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Sarcocystidae: Doenças Parasitárias em Animais

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Julia Silva
DOENÇAS PARASITARIAS
Sarcocystidae
O Sarcocystis é um protozoário de dois hospedeiros, que tem os carnívoros como hospedeiros definitivos e os herbívoros como hospedeiros intermediários.
Taxonomia
· Reino:	Chromista
· Filo: Apicomplexa
· Classe: Conoidasida
· Ordem: Eucoccidiorida
· Subordem: Eimeriorina
· Família: Sarcocystidae
A família Sarcocystidae tem como característica possuir o estágio assexuado no hospedeiro intermediário e estágio sexuado no hospedeiro definitivo. A fase tissular dos parasitas geralmente ocorre no hospedeiro intermediário. A Sarcocistose ou Sarcosporidiose é causada por um protozoário esporozoário heteroxênico, denominado Sarcocystis, encontrado em grande variedade de animais. 
Epidemiologia
As diferentes espécies de Sarcocystis estão associadas ao ciclo presapredador (LOPES, 2004). Assim, seu ciclo de vida é heteroxeno, com estágios assexuados nos hospedeiros intermediários (presa) e um estágio sexuado nos hospedeiros definitivos (predador) (RUAS et al., 2000). Este protozoário tem como hospedeiros definitivos animais carnívoros como o cão, o gato ou seres humanos e possuem vários hospedeiros intermediários com as aves, os répteis, pequenos roedores, herbívoros e suínos (CARLTON & MCGAVIN, 1995).
Ciclo evolutivo
Nos hospedeiros definitivos, o parasito desenvolve uma fase intestinal que culmina com a produção de oocistos, contendo em seu interior dois esporocistos similares, com quatro esporozoítos cada. Nos hospedeiros intermediários, a infecção por Sarcocystis causa cistos nos tecidos que quando maduros apresentam grande número de merozoítos (RUAS et al., 2000). A sarcocistose é uma doença grave para os hospedeiros intermediários em todo o mundo. Sua maior importância está relacionada aos hospedeiros intermediários, pois nestes ocorre à dispersão do parasita por todo o sistema sanguíneo.
Sarcocystes neurona MIELOENCENFALITE PROTOZOÁRIA EQUINA (MEPE)
A Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) é uma importante doença neurológica, causada pelo Sarcocystes neurona, um protozoário transmitido aos equinos pelos gambás (Didelphis virginiana e Didelphis albiventris), que são hospedeiros definitivos. 
Os sintomas principais podem ser observados com a mudança de comportamento do animal, como falta de coordenação motora, atrofia muscular, cansaço. Internamente, o animal apresenta severas inflamações. A principal manifestação da doença é com a incoordenação motora assimétrica, podendo em alguns equinos ser acompanhada de atrofia muscular focal.
Diagnostico
A suspeita ou diagnóstico clínico pode ser confirmado pelo exame de Western Blot (líquido cefalorraquidiano) desafiados para a detecção de anticorpos antiproteína do S. neurona.
Tratamento
O tratamento consiste no combate ao protozoário, utilização de anti-inflamatórios, vitaminas, suplementação alimentar, dentre outros. Antimicrobianos específicos que agem no parasita como a sulfadiazina, pirimetamina, diclazuril, toltrazuril, ponazuril e nitazoxanide. 
Terapêutica adicional: Flumixin meglumine® (1,1 mg/kg IM), SID, ou de DMSO, na dose de 1g/kg , diluído em solução a 10% e aplicado lentamente pela via endovenosa, pode abrandar os fenômenos inflamatórios do sistema nervoso central. Ácido fólico na dose de 20 a 40 mg/kg pela via oral + vitamina E e selênio.
OBS: A sobrevivência dos animais acometidos depende da severidade das lesões. Indivíduos com sinais clínicos severos têm maior probabilidade de entrar em decúbito permanente havendo necessidade da eutanásia.
Referencias 
CARLTON,W.W.; McGAVIN, M.D. Patologia Veterinária Especial. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 440 p.
LOPES, Carlos Wilson Gomes. O gênero Sarcocystis (LANKESTER, 1882) (APICOMPLEXA: SARCOCYSTIDAE): Uma questão a ser reavaliada no Brasil. Disponível em: . Acesso em 19 Mar 2008.
RUAS, JERÔNIMO L. Et al. Prevalência de Sarcocystis spp. (LANKESTER, 1882) em bovinos clinicamente sadios, da região do Rio Grande do Sul, Brasil. Disponível em . Acesso em: 21 Mar 2008.

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