Figuras de Linguagem

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CONCEITOS FUNDAMENTAIS
1) DENOTAÇÃO: O enunciador utiliza as palavras em sentido literal, ou seja, ao pé da letra. 
2) CONOTAÇÃO: uma palavra ou expressão extrapola o sentido literal. 
FIGURAS LIGADAS AO ASPECTO SONORO
1) PARONOMÁSIA 
2) ALITERAÇÃO 
3) ASSONÂNCIA
4) ONOMATOPEIA 
PARONOMÁSIA
Emprego de palavras semelhantes na grafia e/ou no som, mas diferentes ou opostas nos sentidos. 
Ex: As palavras ratificar e retificar. 
Ex: O seno bate na porta do banheiro para entrar. O cosseno, que estava lá dentro, responde: tangente. 
Aliteração
É a repetição de um fonema consonantal. 
Ex: Velho vento vagabundo 
Assonância
É a repetição de um fonema vocálico. 
Ex: Sem lenço sem documento
ONOMATOPEIA
Emprego de palavras que produzem sons da natureza, de animais ou de objetos. 
FIGURAS LIGADAS AO ASPECTO SINTÁTICO
	1) Elipse
2) Zeugma
3) Pleonasmo
4) Anáfora
5) Polissíndeto
6) Assíndeto
	7) Silepse
8) Hiperbáto
9) Anacoluto
10) Quiasmo 
11) Apóstrofe
12) Paralelismo
ELIPSE
Ocultamento de uma ou mais palavras subentendidas no contexto ou na desinência verbal.
Ex: Se conversar, diretoria!
ZEUGMA
Trata-se da omissão de uma ou mais palavras anteriormente expressas. 
Ex: A igreja era grande e pobre. Os altares, humildes. 
Carlos Drummond de Andrade
PLEONASMO
Trata-se de uma figura de repetição com o intuito enfático. 
Ex: Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma.
Gonçalves Dias
ANÁFORA
É a repetição de um termo no início de cada verso ou de cada frase. 
Ex: Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta, tudo digere, tudo acaba. 
Pe. Antônio Vieira. 
POLISSÍNDETO
É a repetição intencional de uma conjunção coordenativa, visando criar determinadas sugestões, como enfatizar determinado aspecto. 
Ex: E zumbia, e voava, e voava, e zumbia...
Machado de Assis
ASSÍNDETO
Ausência da conjunção coordenativa entre as orações ou termos coordenados. Confere uma sensação de dinamicidade. 
Ex: Cheguei, vi, venci. 
Eça de Queiroz
SILEPSE	
É quando o enunciador faz a concordância com a ideia. Há três tipos de silepse. 
Ex1: Quanto à pátria de origem, todos os homens somos do céu. 
Ex2: Muita gente anda no mundo sem saber para quê: vivem porque veem os outros viverem.
Ex3: Se você acha Maria Carmem feio, chama-me de Maria. 
HIPÉRBATO
Inversão da ordem direta dos termos da oração. 
Ex: Não é que o meu o teu sangue/Sangue de maior primor.
ANACOLUTO
Trata-se da ruptura sintática da frase. 
Ex: Eu, parece-me que sim; pelo menos nada conheço, que lhe aparente. 
Mário de Sá-Carneiro
QUIASMO
É a figura de estilo que apresenta repetição, invertendo a ordem das palavras (ab – ba).
Ex: O silêncio da voz é a voz do silêncio. 
APÓSTROFE
Essa figura é utilizada para evocar um ser, animado ou não. 
Ex: Ó mar salgada, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal!
Fernando Pessoa
PARALELISMO
Trata-se da repetição de estruturas sintáticas ao longo do texto. 
Ex: Com estrelas na alma, com visões na mente; Bátegas de brasas, turbilhões de sóis. 
FIGURAS LIGADAS AO ASPECTO SEMÂNTICO
	METÁFORA
ALEGORIA
CATACRESE
PROSOPOPEIA
METONÍMIA
SÍMBOLO
	7) PERÍFRASE
8) EUFEMISMO
9) LITOTES
10) ANTÍNTESE
11) PARADOXO
12) SINESTESIA	13) GRADAÇÃO
14) HIPÉRBOLE
15) IRONIA
16) PRETERIÇÃO
17) ALUSÃO
18) CLÍMAX
METÁFORA
Trata-se de uma transferência de sentido da palavra, para um âmbito semântico que não lhe pertence, mas que mantém com o sentido de origem uma relação de semelhança. 
Ex: Na primavera de minha vida, meu pai faleceu. 
ALEGORIA
Em vez de referir-se diretamente a uma situação, o enunciador utiliza uma série de comparações e metáforas. 
CATACRESE
Toma-se de empréstimo um termo de outro campo semântico, que possua uma relação de semelhança com o objeto ou coisa a que se refere. 
Ex: Embarcaram no avião sem medo de serem revistados. 
PROSOPOPEIA
É quando se dá uma característica humana a um ser inanimado ou irracional. 
Ex: As paredes pareciam escutar as confissões. 
METONÍMIA
Trata-se de uma substituição por implicação. 
Ex: Devolva o Neruda que você me tomou. 
SÍMBOLO
Ocorre quando o nome de um ser ou coisa concreta assume um valor convencional, abstrato. 
Ex: O Evangelho e o Corão estão frente a frente no resultado das suas doutrinas. 
PERÍFRASE
Trata-se da substituição de um nome por um de seus atributos ou por um fato que o consagrou. 
Ex: O mestre nos ensinou. 
EUFEMISMO
É utilizada com a finalidade de suavizar a mensagem, a fim de torná-la mais agradável ou menos ofensiva. 
Ex: Trata-se de um produto para homens calvos. 
LITOTES
Trata-se de um tipo de eufemismo. É a negação do contrário. 
Ex: É nada inteligente. 
ANTÍNTESE
Ocorre quando temos oposição de palavras ou ideias. 
Ex: E onde querer cowboy, eu sou chinês.
PARADOXO
Trata-se de uma contradição nas ideias. O paradoxo agrupa significados que se excluem mutuamente. 
Ex: Que o amor seja infinito enquanto dure. 
SINESTESIA
Ocorre quando o enunciador coloca duas ou mais sensações diferentes lado a lado. 
Ex: Avista-se o grito das araras. 
GRADAÇÃO
Trata-se de um aumento ou diminuição gradual. 
Ex: Os meninos não tinham brinquedo, não tinham divertimento, não tinham escola, não tinham comida, não tinham nada. 
HIPÉRBOLE
É a figura de linguagem que engrandece ou diminui exageradamente os fatos. 
Ex: Rios te correrão dos olhos, se chorares!
IRONIA
Ocorre quando o enunciador nega a enunciação. 
Ex: Moça linda bem tratada/ Três séculos de família/ Burra como uma porta:/ Um amor
PRETERIÇÃO
É a figura pela qual o enunciador finge não afirmar o que, na verdade, 	afirma. 
Ex: Não vos pintarei os tumultos, o grita da multidão: o sangue de todos os lados, o corpo do filho estendido. 
ALUSÃO
Quando o enunciador faz referência a um fato ou personagens conhecidos. 
Ex: Qual Prometeu, tu me amarraste um dia.
CLÍMAX
É uma intensificação, ou gradação, que contribui para acentuar a ideia de forma crescente. 
Ex: Da perda do bem nasce o conhecimento; do conhecimento a estimação; da estimação a dor.