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NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS

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CONHECIFICOS ESPECÍFICOS 4 
NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS 
PARTE 3 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2016 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, 
distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
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com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão 
de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da 
Loja do Concurseiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
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comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando 
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com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
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de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da 
Loja do Concurseiro. 
 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
3 
 
 
PROGRAMA: 
 
Noções de Primeiros Socorros: conceito e 
procedimentos preliminares; procedimentos a serem 
adotados em casos de asfixia, envenenamento, 
desmaios, convulsões, queimaduras, hemorragias e 
traumas. 
 
 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
 
Na garantia do bem estar e da saúde humana, foram 
desenvolvidos uma série de procedimentos básicos que 
podem garantir pronto atendimento aos pacientes que 
sofrem de determinados problemas. Considerando 
casos simples como cortes, queimaduras, desmaios, 
entre outros sintomas e condições de saúde, os 
primeiros socorros foram elaborados com intenção de 
auxilio rápido, sendo aplicados nestes e em outros casos 
de saúde para garantir o bem estar dos pacientes. 
Tratam-se de procedimentos de emergência, os quais 
devem ser aplicados a vítimas de acidentes, mal súbito 
ou em perigo de vida, com o intuito de manter sinais 
vitais, procurando evitar o agravamento do quadro no 
qual a pessoa se encontra. É uma ação individual ou 
coletiva, dentro de suas devidas limitações em auxílio 
ao próximo, até que o socorro avançado esteja no local 
para prestar uma assistência mais minuciosa e 
definitiva. 
O socorro deverá ser prestado sempre que a vítima não 
tiver condições de cuidar de si própria, recebendo um 
primeiro atendimento e logo acionando-se o 
atendimento especializado, o qual encontra-se presente 
na maioria das cidades e rodovias principais, e chega ao 
local do fato em poucos minutos. O profissional em 
atendimento de emergência é denominado de 
Socorrista, este possui formação e equipamentos 
especiais, assim como os Paramédicos, e uma pessoa 
que realiza um curso básico de Primeiros Socorros é 
chamado de Atendente de emergência. 
Tipos de acidentes 
Para cada caso existe uma atitude, e um socorro 
diferente, veja à seguir alguns exemplos que exigem 
primeiros socorros: 
- Choque elétrico 
- Infarto e parada cardiorrespiratória 
- Envenenamento 
- Picada de cobra 
- Corpos estranhos e asfixia 
- Queimaduras 
- Sangramentos 
- Transporte de vítimas 
- Fraturas, luxações, contusões e entorces 
- Acidentes de trânsito 
 
É importante aplicar primeiros socorros? 
É de vital importância a prestação de atendimentos 
emergenciais. Conhecimentos simples muitas vezes 
diminuem o sofrimento, evitam complicações futuras e 
podem inclusive em muitos casos salvar vidas. Porém 
deve-se saber que nessas situações em primeiro lugar 
deve-se procurar manter a calma, verificar se a 
prestação do socorro não trará riscos para o socorrente, 
saber prestar o socorro sem agravar ainda mais a saúde 
da(s) vítima(s), e nunca esquecer-se que a prestação 
dos primeiros socorros não exclui a importância de um 
médico. 
O que se deve fazer? 
A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, 
porém quando acontecem, geralmente eles vem 
acompanhados de inúmeros outros fatores, como por 
exemplo: nervosismo, cenas de sofrimento, pânico, 
pessoas inconscientes, etc.. Este é o quadro em maior 
ou menor extensão que depara-se quem chega primeiro 
ao local, e dependendo da situação exigem-se 
providências imediatas. Sempre que possível devemos 
pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre 
deixando que o indivíduo com maior conhecimento e 
experiência possa liderar, dando espaço para que o 
mesmo demonstre à cada uma, com calma e firmeza o 
que deve ser feito, de forma rápida, correta e precisa. 
Atitudes corretas 
1) A calma, o bom-senso e o discernimento são 
elementos primordiais neste tipo de atendimento. 
2) Agir rapidamente, porém respeitando os seus limites 
e o dos outros. 
NOÇÕES DE PRIMEIROS 
SOCORROS 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
 
4 
3) Transmitir á(s) vítima(s), tranquilidade, alívio, 
confiança e segurança, e quando estiverem conscientes 
informar-lhes que o atendimento especializado está a 
caminho. 
4) Utilize-se de conhecimentos básicos de primeiros 
socorros, improvisando se necessário. 
5) Nunca tome atitudes das quais não tem 
conhecimento, no intuito de ajudar, apenas auxilie 
dentro de sua capacidade. 
Omissão de Socorro 
É importante saber que a falta de atendimento de 
primeiros socorros e a omissão de socorro eficientes 
são os primeiros motivos de mortes e danos 
irreversíveis às vítimas de acidentes de trânsito. Os 
momentos subsequentes a um acidente, principalmente 
as duas primeiras horas são os mais críticos e 
importantes para garantir a recuperação ou 
sobrevivência das pessoas envolvidas. 
Segundo o Art. 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de 
prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em 
perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime, mesmo que 
a pessoa não seja a causadora do evento. Ainda de 
acordo com a atual Lei de Trânsito, todos os motoristas 
deverão ter conhecimentos de primeiros socorros. 
Abaixo podemos verificar o artigo na íntegra: 
 
Código Penal - OMISSÃO DE SOCORRO 
 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível 
fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou 
extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao 
desamparado ou em grave e iminente perigo ; ou não 
pedir , nesses casos, o socorro da autoridade pública. 
Pena: Detenção de 01 ( um ) a 6 ( seis ) meses ou multa. 
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se a 
omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e 
triplica , se resulta em morte. 
No entanto, deixar de prestar socorro significa não 
prestar “nenhuma assistência à vitima”.Uma pessoa 
que solicita os serviços especializados, já esta fazendo o 
seu papel de cidadão, providenciando socorro. 
Nunca é demais que procuremos ter conhecimento de 
técnicas de primeiros socorros, pois nunca se sabe 
quando poderemos precisar. Mesmo achando que não 
teremos coragem ou habilidade para aplicá-las não 
devemos deixar de aprender. Pois muitas vezes espírito 
de solidariedade apenas, não basta, é preciso que nos 
utilizemos de técnicas que nos possibilitem à prestar 
um socorro rápido, preciso e eficiente, auxiliando 
pessoas que encontram-se, naquele momento 
totalmente dependentes do auxílio de terceiros. 
 
1. ASFIXIA 
 
Asfixia pode ser definida como sendo parada 
respiratória, com o coração ainda funcionando. É 
causado por certos tipos de traumatismos como 
aqueles que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o 
tórax; por fumaça no decurso de um incêndio; por 
afogamento; em soterramentos, dentre outros 
acidentes, ocasionando dificuldade respiratória, 
levando à parada respiratória. Nesse caso, a 
identificação da dificuldade respiratória pela respiração 
arquejante nas vitimas inconscientes, pela falta de ar de 
que se queixam os conscientes, ou ainda, pela cianose 
acentuada do rosto, dos lábios e das extremidades 
(dedos), servirá de guia para o socorro à vítima. Se as 
funções respiratórias não forem restabelecidas dentro 
de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão 
totalmente, ocasionando a morte. O oxigênio é vital 
para o cérebro. 
 
Principais Causas 
A. Bloqueio da passagem de ar. Pode acontecer nos 
casos de afogamento, secreções e espasmos da laringe, 
estrangulamento, soterramento e bloqueio do ar 
causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo 
estranho na garganta. 
B. Insuficiência de oxigênio no ar. Pode ocorrer em 
altitudes onde o oxigênio é insuficiente, em 
compartimentos não ventilados, nos incêndios em 
compartimentos fechados e por contaminação do ar 
por gases tóxicos (principalmente emanações de 
motores, fumaça densa). 
C. Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio. 
D. Paralisia do centro respiratório no cérebro. Pode ser 
causada por choque elétrico, venenos, doenças, (AVC), 
ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório, por 
ingestão de grande quantidade de álcool, ou de 
substâncias anestésicas, psicotrópicos e tranquilizantes. 
E. Compressão do corpo. Pode ser causado por forte 
pressão externa (por exemplo, traumatismo torácico), 
nos músculos respiratórios. O sinal mais importante 
dessa situação é a dilatação das pupilas. 
 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
5 
Primeiros Socorros 
 
· A primeira conduta é favorecer a passagem do ar 
através da boca e das narinas 
· Afastar a causa. 
 
· Verificar se o acidentado está consciente 
 
· Desapertar as roupas do acidentado, principalmente 
em volta do pescoço, peito e cintura. 
 
· Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do 
acidentado, para abrir e manter desobstruída a 
passagem de ar. 
 
· Para assegurar que o acidentado inconsciente continue 
respirando, coloque-a na posição lateral de segurança. 
 
· Iniciar a respiração de socorro (conforme relatado a 
frente), tão logo tenha sido o acidentado colocado na 
posição correta. Lembrar que cada segundo é 
importante para a vida do acidentado. 
 
· Repetir a respiração de socorro tantas vezes quanto 
necessário, até que o acidentado de entrada em local 
onde possa receber assistência adequada. 
 
· Manter o acidentado aquecido, para prevenir o 
choque. 
 
· Não dar líquidos enquanto o acidentado estiver 
inconsciente. 
 
· Não deixar o acidentado sentar ou levantar. O 
acidentado deve permanecer deitado, mesmo depois de 
ter recuperado a respiração. 
 
· Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado. Dar chá ou 
café para beber, logo que volte a si. 
 
· Continuar observando cuidadosamente o acidentado, 
para evitar que a respiração cesse novamente. 
· Não deslocar o acidentado até que sua respiração 
volte ao normal. 
 
· Remover o acidentado, somente deitado, mas só em 
caso de extrema necessidade. 
 
· Solicitar socorro especializado mesmo que o 
acidentado esteja recuperado. 
 
Só realizaremos a manobra de Heimlich em caso de 
obstrução total, quando a pessoa não consegue tossir, 
falar ou respirar. Pode ser que você tenha passado por 
isso alguma vez, ou que essa situação nunca tenha te 
ocorrido. Em quaisquer dos casos não é nada demais 
conhecer uma técnica que pode salvar vidas. Os 
sufocamentos (ou asfixia) são mais comuns do que 
imaginamos, um pedaço de comida ou um objeto 
podem ficar engasgados em nossas vias aéreas e nos 
asfixiar pouco a pouco. É uma sensação terrível, tanto 
para quem a vivencia como primeira pessoa, quanto 
para quem é testemunho dela, e pode ser pior se, por 
exemplo, sucede com uma criança pequena. 
Por isso hoje ofereceremos essa informação simples 
onde, mediante algumas regras básicas, é possível 
salvar uma vida. 
1. Identificar o tipo de sufocamento 
Obstrução parcial: se vemos que a pessoa emite sons, 
se tosse, por exemplo, é um sinal positivo. Significa que 
suas vias aéreas não estão totalmente obstruídas. Tossir 
é um mecanismo de defesa para expulsar restos de 
comida ou objetos, por isso devemos incentivar par que 
a pessoa continue tossindo. Caso consigamos ver o que 
está obstruindo a respiração, podemos extraí-lo 
utilizando os dedos polegar e indicador. Mesmo que 
situação se inicie com um sufocamento parcial, 
devemos nos manter atentos para que a obstrução não 
se torne total. Caso sejam crianças menos de um ano, 
vale lembrar que o simples fato de que estejam 
chorando e tossindo é um bom indício. Obstrução total: 
a pessoa não emite nenhum som, mas está consciente. 
Não é capaz de tossir porque o objeto em questão 
tampa por completo suas vias aéreas. Nesse momento 
devemos aplicar a Manobra de Heimlich. 
2. Manobra de Heimlich em adultos ou crianças maiores 
de 1 ano 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
 
6 
 
Lembre-se, iniciaremos a manobra de Heimlich apenas 
se a pessoa em questão (ou criança maior de 1 ano) não 
puder tossir, falar, gritar e consequentemente, respirar. 
Se não prestarmos ajuda imediata a pessoa acabará por 
perder a consciência, por isso é importante atuar rápido 
e mantendo a calma, para que estejamos seguros do 
que fazemos. É uma manobra simples: 
Se posicione atrás da pessoa mas um pouco de lado, ou 
seja, se você é destro fique um pouco mais para a 
esquerda e se é canhoto mantenha-se a sua direita. 
Depois, envolva seu peito com uma mão e incline a 
pessoa ou criança um pouco para frente, de forma que 
o objeto que está obstruindo a garganta se movimente 
em direção a boca, ou seja, para frente, nunca para 
dentro; Nesse momento comece dando 5 golpes secos 
entre a omoplata da pessoa sufocada, faça-o com a 
parte a mão localizada entre a palma e o pulso; Depois 
de cada golpe observe se o objeto finalmente saiu; Se o 
bloqueio continuar e a pessoa não conseguir respirar, 
aplique 5 compressões no abdômen: feche o punho e 
coloque-o sobre o umbigo da pessoa, na boca do 
estômago. Com a outra mão aberta sobre a mão que 
está no umbigo pressione seu estômago para trás, com 
movimentos secos e bruscos. Repita a operação até que 
o objeto em questão saia pela boca (atenção: não 
aplique essa ação em mulheres grávidas e crianças 
menores de 1 ano, nem com pessoas obesas); Se as vias 
respiratórias da pessoa continuarem fechadas depois de 
três ciclos de compressão e três golpes nas omoplatas, 
chame uma ambulância. Nunca deixe a pessoa sozinha, 
continue aplicando a técnica de Heimlich. 
 
Sufocamento em crianças com menos de 1 ano 
Se observar que a criança não chora e nem tosse, 
coloque-a rapidamente de barriga para baixo ao longo 
de seu antebraço ou sobre sua coxa, com a cabeça para 
baixo e apoie sua cabeça; Dê 5 golpes firmes nas costas 
da criança com a parte da mão entre a palma e o pulso. 
Observe o interior de sua bocae elimine qualquer 
obstrução que seja visível. Nunca introduza os dedos na 
boca do bebê a não ser que possa ver e chegar até o 
objeto, já que poderia empurra-lo ainda mais para 
dentro e piorar o sufocamento. Se a via aérea continuar 
bloqueada, aplique até cinco compressões no peito(dê 
a volta na criança e oprima seu peito com os dedos). 
Depois de cada compressão comprove se o 
sufocamento passou. Como pôde ver a técnica é bem 
simples, basta mantermos a calma e aplica-la com 
segurança. Ela é sempre eficaz, logo, vale a pena 
conhece-la para saber como agir e quem sabe, salvar 
uma vida. 
 
2. ENVENENAMENTO 
O envenenamento pode acontecer quando a pessoa 
ingere, inala ou entra em contato com uma substância 
tóxica, como acontece com produtos de limpeza, 
monóxido de carbono, arsênico ou cianeto, por 
exemplo, gerando sintomas como vômitos 
incontroláveis, dificuldade para respirar e confusão 
mental. 
Nestes casos, é importante que: 
Ligue imediatamente para o Centro de Informações 
Antiveneno, através do número 0800 284 4343, ou 
chame uma ambulância, ligando o 192; 
Diminua a exposição ao agente tóxico: 
Ingestão: a única forma consiste em fazer lavagem 
gástrica no hospital, por isso não force o vômito, nem 
ofereça outros líquidos; 
Inalação: tente remover a vítima do ambiente 
contaminado; 
Contato com a pele: lave a pele da vítima com água e 
sabão e remova roupas manchadas pela substância; 
Contacto com os olhos: lavar os olhos com água fria 
durante 20 minutos. 
Coloque a pessoa em posição lateral de segurança, 
especialmente se estiver inconsciente para evitar que 
sufoque caso precise vomitar. Veja como colocar 
alguém nesta posição; 
Procure informações sobre a substância que provocou o 
envenenamento, lendo o rótulo da embalagem da 
substância tóxica; 
Enquanto se espera pela chegada da ajuda médica é 
importante ficar atento se a vítima continua respirando, 
iniciando massagem cardíaca caso deixe de respirar. 
Aprenda como fazer a massagem cardíaca 
corretamente. 
https://melhorcomsaude.com/wp-content/uploads/2013/12/deglut..jpg
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
7 
Nos casos de envenenamento por ingestão, caso a 
vítima tenha queimaduras nos lábios, deve-se molhá-los 
suavemente com água, sem deixar a vítima engolir, 
porque a ingestão de água pode favorecer a absorção 
do veneno. 
Sintomas que podem indicar envenenamento 
Alguns dos sintomas que podem indicar que alguém 
está envenenado e que precisa de ajuda médica são: 
Queimaduras e vermelhidão intensa nos lábios; 
Respiração com cheiro de produtos químicos, como 
gasolina; 
Tonturas ou confusão mental; 
Vômitos persistentes; 
Dificuldade para respirar. 
Além disso, outros sinais, como embalagens de 
comprimidos vazias, comprimidos partidos ou cheiros 
intensos vindos do corpo da vítima, podem ser sinal de 
que estava utilizando alguma substância tóxica, 
devendo-se chamar imediatamente ajuda médica. 
O que não fazer em caso de envenenamento 
Em caso de envenenamento, não se deve: 
Dar líquidos à vítima, pois pode favorecer a absorção de 
alguns venenos; 
Provocar o vômito se a vítima ingeriu um corrosivo ou 
um solvente, excepto se indicado por um profissional de 
saúde. 
As informações recolhidas da vítima, ou do local, devem 
ser fornecidas aos profissionais de saúde assim que 
chegarem ao local. 
Se o envenenamento ocorrer por ingerir detergente, 
leia o que deve fazer e como evitar complicações. 
 
3. DESMAIO 
Quando ocorre um demasio, que é a perda da 
consciência repentina e que leva a uma queda brusca, 
deve-se observar se a vítima está respirando e se 
apresenta pulso e, caso não respire, deve-se pedir ajuda 
médica, ligando para o 192, e iniciar a massagem 
cardíaca. Veja como fazer em: Como fazer massagem 
cardíaca. No entanto, quando o indivíduo desmaia mas 
está respirando, os primeiros socorros para desmaio 
incluem: Deitar a vítima no chão, de barriga para cima, e 
colocar as pernas mais altas que o corpo e a cabeça, 
cerca de 30 a 40 centímetros do chão, como mostra a 
imagem 1; Por a cabeça da vítima de lado, para facilitar 
a respiração e evitar asfixia devido ao risco de vômito, 
como mostra a figura 2; Afrouxar as roupas e abrir os 
botões para facilitar a respiração; Ir comunicando com a 
vítima, mesmo que ela não responda, referindo que 
está ali para ajudá-la; Observar possíveis lesões 
causadas pela queda e se estiver sangrando, tratar a 
hemorragia; Depois de recuperar do desmaio, pode ser 
dado 1 pacote de açúcardiretamente na boca. Além 
disso, é importante ficar junto da vítima até à chegada 
da ajuda médica, mantendo o ambiente arejado, e sem 
muita gente à volta e, se possível afastar a vítima de 
locais perigosos, como janelas ou escadas. 
Levantar as pernas 
 Virar a cabeça de lado 
Inclinar o tronco para as 
pernas 
 
Se a vítima demorar mais de 1 minuto para acordar, é 
recomendado chamar uma ambulância através do 
número 192 e verificar novamente se está respirando, 
iniciando a massagem cardíaca, caso não esteja. Após o 
individuo recuperar a consciência, sendo capaz de ouvir 
e falar, deve ficar pelo menos 10 minutos sentado, 
antes de voltar a andar, pois pode ocorrer um novo 
desmaio. 
O que não fazer em caso de desmaio 
 
Em caso de desmaio, não deve: 
Não dar água nem comida ao individuo enquanto ele 
estiver desmaiado; 
Não oferecer cloro, álcool ou qualquer produto com 
cheiro forte para respirar; 
GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 
 
 
8 
Não sacudir a vítima, pois pode ter ocorrido alguma 
fratura e piorar a situação. 
O que fazer quando ocorre sensação de desmaio 
Caso a vítima ainda não tenha desmaiado, mas existem 
sintomas de que isso possa ocorrer, como palidez, 
tonturas e visão embaçada, recomenda-se que ela se 
sente e mantenha a cabeça entre os joelhos, como 
mostra a figura 2 ou deitar-se no chão, de barriga para 
cima, e colocar as pernas mais altas que o corpo e a 
cabeça, como mostra a imagem 3, pois evita a queda. 
Também deve-se procurar respirar calmamente e 
procurar perceber o motivo da sensação de desmaio, 
evitando, se possível o fator que provocou o desmaio, 
como medo ou calor, por exemplo e, só se deve 
levantar 10 minutos depois e apenas se já não existirem 
sintomas. 
 
Quando ir ao médico 
Após o desmaio, e caso não tenha sido necessário 
chamar ajuda médica, é recomendado que o indivíduo 
vá ao hospital se: 
O desmaio voltar a acontecer durante a semana 
seguinte; 
É o primeiro caso de desmaio; 
Apresentar sinais de hemorragia interna, como fezes 
negras ou sangue na urina, por exemplo; 
Surgir sintomas como falta de ar, vômito excessivo ou 
problemas de fala, após acordar. 
Estes podem ser sintomas de um problema de saúde 
grave, como doenças cardíacas, neurológicas ou 
hemorragia interna, por exemplo, sendo, por isso, 
muito importante que o indivíduo vá ao hospital nestes 
casos. 
 
4. CONVULSÕES 
Você sabe como ajudar durante uma crise convulsiva? 
A crise convulsiva ou convulsão ocorre devido a um 
aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica 
das células cerebrais, nesse caso os neurônios. Esta 
atividade elétrica alterada, é em muito dos casos, o 
causador das alterações motoras de uma crise 
convulsiva, muitas vezes caracterizada por movimentos 
desordenados, repetitivos e rápidos de todo o corpo. 
Além disto, a convulsão também pode ocasionar perda 
temporária de consciência, aumento da salivação, 
ranger de dentes, perda do controle do processo 
urinário e defecação. As crises convulsivas nem sempre 
estão associadas com a epilepsia, pois diversos fatores 
podem desencadeá-la tais como: febre alta; diminuição 
do açúcar no sangue; desidratação; febre alta; pancadas 
fortes na cabeça; perda excessiva de sangue; tumores; 
intoxicações por álcool, medicamentos ou drogas 
ilícitas, dentre outros fatores. Não é incomum as 
pessoas se assustarem ao se depararem com alguém 
tendo uma crise convulsiva e, em funçãodisto, as 
mesmas sentem-se temerosas em auxiliar. No entanto, 
para aquele que sofre a convulsão a ajuda é de extrema 
importância, visto que durante o processo convulsivo o 
risco de lesões em decorrência da perda brusca ou 
muito rápida da consciência pode ocasionar queda 
desprotegida ao chão, o que pode gerar ferimentos e 
até mesmo fraturas. A crise convulsiva não é um 
processo contagioso ou transmissível, sendo assim, não 
há qualquer risco para aquele que auxilia um indivíduo 
nesta condição. É muito simples auxiliar uma pessoa 
durante uma crise convulsiva, entretanto é necessário 
saber o que você deve ou não fazer durante este 
momento. 
 
O que fazer: 
Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor; 
Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão; 
Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais 
ela pode se debater e se machucar; 
Utilize material macio para acomodar a cabeça do 
individuo, como por exemplo; um travesseiro, casaco 
dobrado ou outro material disponível que seja macio; 
Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso 
de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) 
escorram para fora da boca; 
Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire 
melhor; 
Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a 
consciência; 
Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir 
cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça 
auxílio para chamar um familiar.Observe a duração da 
crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem 
sinais de melhora, peça ajuda médica. 
O que não deve ser feito durante a crise convulsiva: 
 Não impeça os movimentos da vítima, apenas se 
certifique de que nada ao seu redor irá machucá-la; 
Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima, as 
contrações musculares durante a crise convulsiva são 
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muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá 
mordê-lo; 
Não jogue água no rosto da vítima. 
 
5. QUEIMADURAS 
Na maioria das queimaduras, o passo mais importante é 
esfriar rapidamente a pele para que as camadas mais 
profundas não continuem queimando e provocando 
lesões. No entanto, dependendo do grau da 
queimadura, os cuidados podem ser diferentes, 
especialmente nas de 3º grau que devem ser avaliadas 
o mais rápido possível por um médico para evitar 
complicações graves como destruição de nervos ou 
músculos. 
O que fazer na queimadura de 1º grau 
A queimadura de primeiro grau afeta apenas a camada 
superficial da pele causando sinais como dor e 
vermelhidão na região. Nestes casos é recomendado 
que: 
Coloque a região queimada debaixo de água fria por, 
pelo menos, 15 minutos; 
Mantenha um pano limpo e umedecido em água fria na 
região durante as primeiras 24 horas, trocando sempre 
que a água aquecer; 
Não aplique qualquer produto como óleo ou manteiga 
na queimadura; 
Passe uma pomada hidratante ou cicatrizante para 
queimaduras, como Nebacetin ou Unguento. Veja uma 
lista mais completa de pomadas; 
Este tipo de queimadura é mais comum quando se fica 
muito tempo ao sol ou quando se segura um objeto 
muito quente. Geralmente a dor desaparece ao fim de 2 
ou 3 dias, mas a queimadura pode demorar até 2 
semanas para cicatrizar, mesmo com o uso de pomadas. 
 
Geralmente, a queimadura de 1º grau não deixa 
qualquer tipo de cicatriz na pele e raramente apresenta 
complicações. 
O que fazer na queimadura de 2º grau 
 
A queimadura de 2º grau afeta as camadas intermédias 
da pele e, por isso, além da vermelhidão e da dor no 
local, podem surgir outros sintomas como bolhas ou 
inchaço do local. Neste tipo de queimadura é 
aconselhado que: 
Coloque o local afetado debaixo de água corrente fria 
por, pelo menos, 15 minutos; 
Lave cuidadosamente a queimadura com água fria e 
sabão de pH neutro, evitando esfregar com muita força; 
Cubra a região com uma gaze molhada durante as 
primeiras 48 horas, trocando sempre que necessário; 
Não fure as bolhas e não aplique qualquer produto no 
local, para evitar o risco de infecção; 
Procure ajuda médica se a bolha for muito grande. 
Esta queimadura é mais frequente quando o calor está 
mais tempo em contato com a pele, como acontece 
quando se derrama água quente sobre a roupa, por 
exemplo. 
Na maioria dos casos, a dor melhora ao fim de 3 dias, 
mas a queimadura pode demorar até 3 semanas para 
desaparecer. Embora as queimaduras de 2º grau 
raramente deixem cicatrizes, a pele pode ficar mais 
clara no local. 
O que fazer na queimadura de 3º grau 
 
A queimadura de 3º grau é uma situação grave que 
pode colocar a vida em risco, uma vez que as camadas 
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mais profundas da pele estão sendo afetadas. Por isso 
neste caso é recomendado que: 
Chame imediatamente uma ambulância, ligando para o 
192 ou leve a pessoa rapidamente para o hospital; 
Coloque cuidadosamente uma gaze esterilizada ou um 
pano limpo sobre a região afetada, até a chegada da 
ajuda médica; 
Não coloque nenhum tipo de produto na região 
afetada. 
Em alguns casos, a queimadura de 3º grau pode ser tão 
grave que provoca falha em vários órgãos. Nestes casos, 
caso a vítima desmaie e deixe de respirar deve-se iniciar 
a massa gem cardíaca. Veja aqui o passo-a-passo desta 
massagem. 
Uma vez que todas as camadas de pele estão afetadas, 
os nervos, glândulas, músculos e até órgãos internos 
podem sofrer lesões graves. Neste tipo de queimadura 
pode não se sentir dor devido à destruição dos nervos, 
mas é necessária ajuda médica imediata para evitar 
complicações graves, assim como infecções. 
Quando ir ao hospital 
A maioria das queimaduras podem ser tratadas em 
casa, no entanto, é aconselhado ir ao hospital quando a 
queimadura é maior que o palmo da mão, surgem 
muitas bolhas ou é uma queimadura de terceiro grau, 
que afeta as camadas mais profundas da pele. 
 
 
6. HEMORRAGIA 
O sangramento intenso acontece quando há 
rompimento de vasos sanguíneos (veias ou artérias). A 
hemorragia pode ser interna (quando o sangue se 
acumula nas cavidades do corpo) ou externa 
(sangramento visível), mas todas precisam de 
atendimento médico com urgência, pois se a perda for 
intensa, em poucos minutos pode levar a vítima à 
morte. 
 
É tido como hemorragia todo derramamento de 
sangue do organismo humano para fora dos vasos 
sanguíneos. O sangue tem uma função vital e 
fundamental no organismo, além de transportar os 
nutrientes e o oxigênio para as células. Também leva o 
gás carbônico e outros resíduos e substâncias para os 
órgãos excretores do corpo. O sangue tem funções 
nutritivas, excretoras e imunológicas essenciais ao 
nosso organismo, o que leva a concluir que a perda de 
tal elemento em nosso corpo é extremamente 
prejudicial e, dependendo da quantidade e do caso, 
mortal. Uma hemorragia com muita perda de sangue 
não devidamente tratada pode levar a vítima a um 
estado de choque e, posteriormente, a óbito. Já em 
casos de hemorragias de menor proporção, pode trazer 
um quadro de anemia (falta de nutrientes, e baixa 
quantidade de glóbulos vermelhos no sangue). 
Hemorragia externa: É o tipo de sangramento exterior 
ao corpo, ou seja, que é facilmente visível. Pode ocorrer 
em camadas superficiais da pele por corte ou 
perfurações, ou mesmo atingindo áreas mais profundas 
através de aberturas ou orifícios gerados por traumas. 
Pode ser contida, utilizando técnicas de primeiros 
socorros. Hemorragia interna: A hemorragia interna se 
dá nas camadas mais profundas do organismo com 
músculos ou mesmo órgão internos. Ela pode ser oculta 
ou exteriorizar-se através de algum hematoma (mancha 
arroxeada) na região da hemorragia. A hemorragia 
interna costuma ser mais grave pelo fato de na maioria 
dos casos ser “invisível”, o que dificulta sabermos a 
dimensão e a extensão das lesões. 
As hemorragias ainda têm um outro tipo de 
classificação que se dá quanto ao tipo de vaso 
sanguíneo rompido. Podem ser: 
Hemorragia Arterial: quando uma artéria érompida ou 
cortada e o sangramento ocorre em jatos intermitentes, 
na mesma pulsação das palpitações cardíacas. O sangue 
nesse tipo de hemorragia, apresenta uma coloração 
vermelha clara e brilhante. Costuma ser mais grave por 
ter uma perda mais rápida de sangue. 
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Hemorragia Venosa: É o sangramento que se dá em 
decorrência do rompimento ou corte de uma veia, e 
tem uma coloração vermelha escura, típica de um 
sangue rico em gás carbônico, tem um fluxo contínuo e 
mais lento que o da hemorragia arterial. 
Hemorragia Capilar: É um sangramento lento e com 
menos volume de sangue, que ocorre nos vasos 
capilares (encontrados na extremidade interna da pele) 
e é observado em arranhões e pequenos cortes 
superficiais. 
Abaixo, um comparativo da quantidade de sangue 
perdida em uma hemorragia e as consequências e/ou 
sinais observados em cada estágio. 
Quando se perde de 15 a 30% do sangue no organismo: 
Um estado de ansiedade; 
Observa-se o pulso fraco; 
Sede excessiva; 
Suor excessivo; 
Taquicardia (batimentos muito acelerados do coração); 
Respiração rápida. Quando se perde de 30 a 50% do 
sangue no organismo: 
Taquicardia; 
Semiconsciência; 
Estado de choque. 
Quando se perde mais de 50% do sangue do organismo: 
- Dificilmente a pessoa que perde essa quantidade de 
sangue sobrevive sem uma imediata intervenção 
laboratorial (transfusão de sangue) realizada por um 
médico profissional. 
O que fazer em casos de hemorragia? 
* É necessário manter e transmitir a calma diante da 
situação, passando à vítima confiança; 
*Deite a pessoa em posição horizontal, pois facilita a 
circulação sanguínea entre o coração e o cérebro; 
* Aplique sobre o corte, perfuração ou ferimento, uma 
compressa com gaze, ou um pano limpo (se possível 
antes, use luvas descartáveis, a fim de evitar possíveis 
contaminações), fazendo uma pressão firme sobre o 
local com uma ou com as duas mãos, ou mesmo com 
um dedo, ou ainda uma ligadura, dependendo do 
tamanho e do local do ferimento; 
Se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este 
não deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado 
outro por cima, para não interromper o processo de 
coagulação do sangue que está sendo contido; 
* Continuar a compressão até que a hemorragia 
estanque (no mínimo 10 min.); 
* Em seguida, faça uma ligadura compressiva (que é um 
curativo bem preso e com certa pressão sobre a região 
afetada) no local da hemorragia. 
* Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima 
calma e acordada, não dar nada para comer ou para 
beber e mantê-la aquecida. 
* No caso de hemorragias nos membros com muita 
abundância de sangue, as quais não se pôde conter 
após ter aplicado as técnicas acima mencionadas, pode 
ser que seja necessário o uso de um torniquete, que 
consiste em colocar um pano ou um 
esfigmomanômetro (pop. “liga de soro”) logo acima do 
ferimento, de maneira a interromper quase que 
integralmente a circulação sanguínea naquele local para 
estancar a hemorragia. Visto que é uma técnica muito 
arriscada, o torniquete é recomendável somente em 
última hipótese. Nos casos de hemorragias muito 
constantes deve-se transportar a vítima imediatamente 
a uma unidade de saúde mais próxima. 
Compressão local: 
 Utilizando gase ou tecido limpo, realiza-se pressão 
sobre o local onde o sangramento é mais intenso. O 
tempo de compressão variará conforme a avaliação do 
paciente, podendo variar de três a cinco minutos, 
passado este tempo pode ser avaliada a compressão e a 
lesão. Enquanto se realiza a hemostasia, deve ser 
iniciado o transporte do paciente até um atendimento 
médico adequado. 
Compressão à distância: 
 Caso o sangramento se mantenha após duas ou três 
revisões, deve-se analisar a possibilidade de 
compressão à distância, sobre a área do vaso que 
alimenta a região do sangramento. 
Torniquete: 
 É realizado atando uma faixa, tira de pano ou outro 
material macio sobre a área onde se possa bloquear a 
circulação. Devido ao grande número de procedimentos 
incorretos, e que geram uma nova lesão, o uso de 
torniquetes é indicado apenas no caso de perda de 
membro,para dizermos que a hemostasia por 
torniquete apresenta efeito é necessário que o 
sangramento cesse totalmente ou diminua 
substancialmente. 
 
 
 
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Medidas auxiliares para hemostasia: 
- Para minimizar a perda sanguínea, o local do 
sangramento deve ficar em posição superior ao 
coração. 
- O paciente deve ser mantido aquecido para evitar que 
entre em choque. 
- O paciente deve ter sua pressão e pulso verificados 
frequentemente, para avaliar eventuais hemorragias 
internas ou se a hemostasia está apresentando eficácia. 
- Manter o paciente deitado com a cabeça ao nível do 
corpo ou mais baixa. 
Locais de hemorragias e pontos de pressão para 
hemostasia: 
- Cabeça: compressão no local sangrante. 
- Braço e antebraço: compressão no local sangrante. 
- Mão: compressão no local sangrante . 
- Dedo: compressão no local sangrante e na base do 
dedo. 
- Tórax ou abdome: compressão no local sangrante 
(estar atento à possibilidade de perfurações). 
- Coxa e perna: compressão no local sangrante e na 
artéria femural. 
- Pé: compressão no local sangrante e no tornozelo. 
 Ao fazer a compressão local deve-se tomar cuidado na 
assepsia para evitar infecções. 
7. TRAUMAS 
 
Os traumas são causados por inúmeros motivos: de 
uma simples queda a um acidente automobilístico 
(onde, normalmente, há um grau maior de gravidade). 
Os traumas que mais ocorrem são as fraturas, entorses 
e luxações, e elas, normalmente, devem ser tratadas 
como emergências médicas. Nos acidentes 
automobilísticos, deve-se dar ênfase ao fato destes 
traumas ocorrerem, principalmente, devido à 
irresponsabilidade e à imprudência dos motoristas e 
seus acompanhantes. Salienta-se que, em casos de 
acidentes com veículos, a gravidade das lesões pode ser 
maior, devido à não utilização de EPI (equipamento de 
proteção individual), como, por exemplo, o cinto de 
segurança. As fraturas (ossos quebrados), as entorses 
(estiramentos ou roturas de ligamentos articulares) e as 
luxações (extremidades ósseas fora de suas posições 
normais nas articulações) raramente ameaçam a vida 
do paciente salvo em algumas regiões do corpo , mas 
podem levar à dor e à incapacidade prolongadas e 
permanentes, se não forem tratadas imediata e 
adequadamente. 
 
Primeiramente, deve-se classificar as lesões para, assim, 
enumerá-las de acordo com seu grau de urgência: 
 
As fraturas podem ser dividas em fraturas abertas 
(expostas) ou fechadas. 
- Fratura: Consiste, basicamente, no ato de quebrar os 
ossos. Como sinais, têm-se a dor, a diminuição ou 
cessação dos movimentos, edema, etc. 
 
- Fraturas Abertas: São fraturas nas quais há, na região 
do trauma, comunicação entre os meios interno e 
externo. 
 
- Fraturas Fechadas: São fraturas onde não há meio de 
continuidade do interior com o meio externo. 
 
- Entorses: Como já foi dito, elas podem ser definidas 
como estiramentos ou roturas de ligamentos 
articulares. 
 
- Luxações: Consistem, basicamente, no deslocamento 
das extremidades articulares para fora de sua(s) 
articulação(ões). 
 
Deve-se, sempre, levar em conta os sinais de lesões que 
estes traumas podem causar, principalmente se estes 
sinais estão levando à depressão dos sinais vitais (pulso, 
respiração e consciência). Nas situações em que há risco 
de vida, como a perda de pulso, dificuldade ou perda da 
capacidade de respiração, diminuição ou perda de 
consciência ou sangramento em grande escala, 
devemos colocar em prática todo o conhecimento 
adquirido nos treinamentos para RCP (Reanimação 
Cárdiopulmonar) e Hemorragia e Choque, 
apropriadamente; após a estabilização dos sinais vitais, 
ou caso não tenham sido prejudicados, devem-se iniciar 
os seguintes procedimentos: 
 
1- Manter a pessoa ferida (vítima)o mais imobilizada 
possível, aconselhando-a, primeiramente, a não se 
movimentar, verbalmente; 
 
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2- Iniciar a imobilização propriamente dita da região 
agredida com talas, tipoias e ataduras (não utilizar 
gessos cilíndricos, mesmo se houver disponibilidade), de 
acordo com a situação; 
 
3- Em caso de fraturas abertas, cuidar para que estas 
não se contaminem, mantendo a área limpa e 
protegida; 
4- Evitar o edema (inchaço) do membro lesado; 
 
5- Jamais se esqueça da SUA própria proteção, 
principalmente quando há secreções e/ou 
sangramentos, ou quando o local do atendimento 
oferece riscos (ex.: no meio da rua, com movimentação 
de veículos) 
 
A imobilização consiste (em primeiros socorros) no uso 
de tipóias, talas e ataduras. 
 
O que são tipóias? São, simplesmente, apoios feitos a 
partir de panos, faixas, cintos, etc, que visam sustentar 
o peso e manter os membros em elevação constante e 
com certa imobilização; 
 
O que são talas? São improvisações onde procura-se 
imobilizar a área afetada, de uma maneira muito rígida, 
utilizando tábuas, galhos, pedaços de metais, jornais, 
etc; 
O que são ataduras? Consistem na utilização de faixas 
de crepom, panos, fitas adesivas, etc, visando à 
imobilização da área, de uma forma menos rígida e 
como método adicional nas outras imobilizações. 
 
As condutas de primeiros socorros, principalmente nos 
casos de imobilização e transporte, necessitam de 
CRIATIVIDADE e muita IMAGINAÇÃO; por isso, deve-se 
sempre estar atento ao seu redor e, 
consequentemente, manter sempre a calma, para 
poder ter uma linha de raciocínio clara e coerente. 
A imobilização na prática: 
Antes de imobilizar o local machucado, evite a 
movimentação! 
Jamais tente “endireitar” uma fratura, pois, através 
desta manobra, você poderá aumentar os danos 
(rompimento de tecido nervoso e/ou vascular, por 
exemplo)! 
Mantenha o local agredido o mais limpo possível, 
principalmente se houver área com exposição de 
tecido, com sinais de escoriação e/ou hemorragia! 
Em caso de lesão de membros, procure sempre verificar 
os pulsos periféricos do membro afetado, antes e 
depois de ter sido feita a imobilização, para garantir que 
a imobilização não está causando uma isquemia (parada 
de circulação). 
 
Em primeiros socorros, o TPT (transporte de Poli- 
Traumatizados) é um dos temas que mais causam 
dúvidas e levam ao erro. 
Na ansiedade de transportar a vítima até o hospital, 
muitos se esquecem ou simplesmente ignoram regras 
básicas, que devem ser seguidas com a finalidade de 
minimizar danos e aumentar a expectativa de vida do 
politraumatizado. 
É importante a avaliação dos sinais vitais antes, durante 
e depois da imobilização e transporte da vítima. No TPT, 
será considerado como prioridade o SNC (sistema 
nervoso central), ou seja, encéfalo e medula espinhal, 
assim como todo o arcabouço ósseo que o protege. 
Pode ser considerado como uma terminação principal 
aumentada do sistema nervoso central. Ocupa o crânio 
ou caixa encefálica (arcabouço ósseo). A coluna dorsal é 
composta de uma série de pequenos ossos: as 
vértebras. Sustenta o tronco e a cabeça, cerca e protege 
a medula espinhal. 
 
Tipos de lesões 
 
É definida como longa e quase cilíndrica massa de 
tecido nervoso, oval ou arredondada em secção 
transversa, ocupando, aproximadamente, os dois terços 
superiores do canal vertebral. A medula espinhal é 
formada por fibras nervosas que saem do cérebro e 
chegam a ele, controlando muitas funções do corpo. A 
medula espinhal é considerada a ligação entre o 
encéfalo e o restante do corpo, abaixo do pescoço, 
onde se originam e terminam nervos periféricos. Estes 
nervos estão organizados em pares e passam entre as 
vértebras. Em qualquer acidente, grave ou não, a vitima 
pode apresentar lesões na medula espinhal (total ou 
parcial) ou simplesmente do arcabouço ósseo (total ou 
parcial). Entende-se como lesão total da medula 
espinhal sua completa secção, sendo perdida a ligação 
com o encéfalo, e diz-se parcial quando parte da 
medula foi atingida, seja anterior, posterior ou 
lateralmente. Entende-se como lesão total do 
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arcabouço ósseo sua perda de continuidade em toda a 
extensão, independente de lesão na medula espinhal 
(parte neural) e diz-se lesão parcial apenas quando há 
fratura em algum dos seus pontos anterior, posterior e 
laterais. A medula espinhal pode ser lesada sem 
nenhum dano ao arcabouço ósseo. As partes mais 
vulneráveis da coluna vertebral são os ossos do pescoço 
(região cervical) e da parte inferior das costas (região 
sacral). Estas definições ajudam a entender a 
importância da correta movimentação da vítima, onde 
as possibilidades de injúria deste órgão são grandes. O 
simples fato de movimentar a vítima de maneira 
impulsiva pode transformar uma lesão óssea em uma 
poderosa lâmina e seccionar a medula espinhal, fazendo 
com que a vítima fique com uma deficiência, 
posteriormente. 
 
Causas mais comuns de lesão da medula espinhal e 
coluna vertebral 
 
Quedas de altura; 
 
Mergulhos em piscinas rasas; 
 
Quedas de cavalo ou moto; 
 
Desaceleração repentina de veículos (colisão frontal); 
Quedas de objetos pesados nas costas 
 
8. ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS 
 
O animal peçonhento é aquele que possui a peçonha 
(veneno) e tem como inoculá-la em outro ser. Os 
acidentes causados por serpentes são os mais 
frequentes e estão principalmente relacionados à 
atividade humana no campo e a fatores climáticos. A 
maioria das serpentes é venenosa, mas a presença de 
dentes inoculadores de veneno é o que caracteriza a 
serpente peçonhenta e a diferencia da não peçonhenta. 
Também podemos considerar a presença da fosseta 
loreal (órgão termorreceptor) como uma característica 
das serpentes peçonhentas (exceção: as corais). Mas em 
caso de acidentes, sempre devemos considerar a 
serpente peçonhenta. 
 
Os principais gêneros de serpentes que causam 
acidentes no Brasil são: 
 
Prevenção: 
- Uso de botas de cano alto e luvas de couro; 
 
- Não colocar a mão em buracos; 
 
- Evitar acúmulo de lixo 
 
Acidentes com Aranhas e Escorpiões: 
Os acidentes com Aranhas e Escorpiões são comuns e 
ocorrem principalmente dentro ou próximos das casas. 
São três os principais gêneros causadores de acidentes: 
 
 
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Prevenção: 
 
- Limpar terrenos e jardins; 
 
- Não colocar a mão em buracos, folhas secas... 
 
- Uso de calçados e luvas; 
 
- Combater insetos. 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
Capturar os animais, sempre que estes não 
apresentarem perigo, para identificação. 
Ter sempre bom senso ao aplicar os Primeiros Socorros. 
 
Primeiros Socorros de Serpentes: 
- Manter a pessoa em repouso e calma; 
 
- Retirar anéis, relógios, pulseiras... 
 
- Lavar o local com água e sabão; 
 
- Procurar Serviço Médico o mais rápido possível. 
 
Não Fazer: 
- Torniquete ou garrote; 
 
- Não cortar ou chupar o veneno; 
 
- Não dar álcool, calmante. 
 
Primeiros Socorros de Aranhas e Escorpiões: 
 
- Manter a pessoa em repouso e calma; 
 
- Lavar o local da picada com água e sabão; 
- Retirar anéis, relógios; 
 
- Procurar Serviço Médico rapidamente. 
 
Não Fazer: 
- Colocar substâncias colorantes no local da picada, nem 
folhas ou pó de café.

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