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CONHECIFICOS ESPECÍFICOS 4 NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS PARTE 3 GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 2 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. Copyright © 2016 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso por escrito da Loja do Concurseiro. Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da Loja do Concurseiro. O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. Copyright © 2018 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e depois, não pode ser reproduzido ou de outra forma distribuído. Exceto quando expressamente autorizado, você não deve de outra forma copiar, mostrar, baixar, distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso por escrito da Loja do Concurseiro. Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a concessão de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca comercial da Loja do Concurseiro. GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 3 PROGRAMA: Noções de Primeiros Socorros: conceito e procedimentos preliminares; procedimentos a serem adotados em casos de asfixia, envenenamento, desmaios, convulsões, queimaduras, hemorragias e traumas. PRIMEIROS SOCORROS Na garantia do bem estar e da saúde humana, foram desenvolvidos uma série de procedimentos básicos que podem garantir pronto atendimento aos pacientes que sofrem de determinados problemas. Considerando casos simples como cortes, queimaduras, desmaios, entre outros sintomas e condições de saúde, os primeiros socorros foram elaborados com intenção de auxilio rápido, sendo aplicados nestes e em outros casos de saúde para garantir o bem estar dos pacientes. Tratam-se de procedimentos de emergência, os quais devem ser aplicados a vítimas de acidentes, mal súbito ou em perigo de vida, com o intuito de manter sinais vitais, procurando evitar o agravamento do quadro no qual a pessoa se encontra. É uma ação individual ou coletiva, dentro de suas devidas limitações em auxílio ao próximo, até que o socorro avançado esteja no local para prestar uma assistência mais minuciosa e definitiva. O socorro deverá ser prestado sempre que a vítima não tiver condições de cuidar de si própria, recebendo um primeiro atendimento e logo acionando-se o atendimento especializado, o qual encontra-se presente na maioria das cidades e rodovias principais, e chega ao local do fato em poucos minutos. O profissional em atendimento de emergência é denominado de Socorrista, este possui formação e equipamentos especiais, assim como os Paramédicos, e uma pessoa que realiza um curso básico de Primeiros Socorros é chamado de Atendente de emergência. Tipos de acidentes Para cada caso existe uma atitude, e um socorro diferente, veja à seguir alguns exemplos que exigem primeiros socorros: - Choque elétrico - Infarto e parada cardiorrespiratória - Envenenamento - Picada de cobra - Corpos estranhos e asfixia - Queimaduras - Sangramentos - Transporte de vítimas - Fraturas, luxações, contusões e entorces - Acidentes de trânsito É importante aplicar primeiros socorros? É de vital importância a prestação de atendimentos emergenciais. Conhecimentos simples muitas vezes diminuem o sofrimento, evitam complicações futuras e podem inclusive em muitos casos salvar vidas. Porém deve-se saber que nessas situações em primeiro lugar deve-se procurar manter a calma, verificar se a prestação do socorro não trará riscos para o socorrente, saber prestar o socorro sem agravar ainda mais a saúde da(s) vítima(s), e nunca esquecer-se que a prestação dos primeiros socorros não exclui a importância de um médico. O que se deve fazer? A grande maioria dos acidentes poderia ser evitada, porém quando acontecem, geralmente eles vem acompanhados de inúmeros outros fatores, como por exemplo: nervosismo, cenas de sofrimento, pânico, pessoas inconscientes, etc.. Este é o quadro em maior ou menor extensão que depara-se quem chega primeiro ao local, e dependendo da situação exigem-se providências imediatas. Sempre que possível devemos pedir e aceitar a colaboração de outras pessoas, sempre deixando que o indivíduo com maior conhecimento e experiência possa liderar, dando espaço para que o mesmo demonstre à cada uma, com calma e firmeza o que deve ser feito, de forma rápida, correta e precisa. Atitudes corretas 1) A calma, o bom-senso e o discernimento são elementos primordiais neste tipo de atendimento. 2) Agir rapidamente, porém respeitando os seus limites e o dos outros. NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 4 3) Transmitir á(s) vítima(s), tranquilidade, alívio, confiança e segurança, e quando estiverem conscientes informar-lhes que o atendimento especializado está a caminho. 4) Utilize-se de conhecimentos básicos de primeiros socorros, improvisando se necessário. 5) Nunca tome atitudes das quais não tem conhecimento, no intuito de ajudar, apenas auxilie dentro de sua capacidade. Omissão de Socorro É importante saber que a falta de atendimento de primeiros socorros e a omissão de socorro eficientes são os primeiros motivos de mortes e danos irreversíveis às vítimas de acidentes de trânsito. Os momentos subsequentes a um acidente, principalmente as duas primeiras horas são os mais críticos e importantes para garantir a recuperação ou sobrevivência das pessoas envolvidas. Segundo o Art. 135 do Código Penal Brasileiro, deixar de prestar socorro à vítima de acidentes ou pessoas em perigo eminente, podendo fazê-lo, é crime, mesmo que a pessoa não seja a causadora do evento. Ainda de acordo com a atual Lei de Trânsito, todos os motoristas deverão ter conhecimentos de primeiros socorros. Abaixo podemos verificar o artigo na íntegra: Código Penal - OMISSÃO DE SOCORRO Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparado ou em grave e iminente perigo ; ou não pedir , nesses casos, o socorro da autoridade pública. Pena: Detenção de 01 ( um ) a 6 ( seis ) meses ou multa. Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, se a omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplica , se resulta em morte. No entanto, deixar de prestar socorro significa não prestar “nenhuma assistência à vitima”.Uma pessoa que solicita os serviços especializados, já esta fazendo o seu papel de cidadão, providenciando socorro. Nunca é demais que procuremos ter conhecimento de técnicas de primeiros socorros, pois nunca se sabe quando poderemos precisar. Mesmo achando que não teremos coragem ou habilidade para aplicá-las não devemos deixar de aprender. Pois muitas vezes espírito de solidariedade apenas, não basta, é preciso que nos utilizemos de técnicas que nos possibilitem à prestar um socorro rápido, preciso e eficiente, auxiliando pessoas que encontram-se, naquele momento totalmente dependentes do auxílio de terceiros. 1. ASFIXIA Asfixia pode ser definida como sendo parada respiratória, com o coração ainda funcionando. É causado por certos tipos de traumatismos como aqueles que atingem a cabeça, a boca, o pescoço, o tórax; por fumaça no decurso de um incêndio; por afogamento; em soterramentos, dentre outros acidentes, ocasionando dificuldade respiratória, levando à parada respiratória. Nesse caso, a identificação da dificuldade respiratória pela respiração arquejante nas vitimas inconscientes, pela falta de ar de que se queixam os conscientes, ou ainda, pela cianose acentuada do rosto, dos lábios e das extremidades (dedos), servirá de guia para o socorro à vítima. Se as funções respiratórias não forem restabelecidas dentro de 3 a 4 minutos, as atividades cerebrais cessarão totalmente, ocasionando a morte. O oxigênio é vital para o cérebro. Principais Causas A. Bloqueio da passagem de ar. Pode acontecer nos casos de afogamento, secreções e espasmos da laringe, estrangulamento, soterramento e bloqueio do ar causado por ossos, alimentos ou qualquer corpo estranho na garganta. B. Insuficiência de oxigênio no ar. Pode ocorrer em altitudes onde o oxigênio é insuficiente, em compartimentos não ventilados, nos incêndios em compartimentos fechados e por contaminação do ar por gases tóxicos (principalmente emanações de motores, fumaça densa). C. Impossibilidade do sangue em transportar oxigênio. D. Paralisia do centro respiratório no cérebro. Pode ser causada por choque elétrico, venenos, doenças, (AVC), ferimentos na cabeça ou no aparelho respiratório, por ingestão de grande quantidade de álcool, ou de substâncias anestésicas, psicotrópicos e tranquilizantes. E. Compressão do corpo. Pode ser causado por forte pressão externa (por exemplo, traumatismo torácico), nos músculos respiratórios. O sinal mais importante dessa situação é a dilatação das pupilas. GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 5 Primeiros Socorros · A primeira conduta é favorecer a passagem do ar através da boca e das narinas · Afastar a causa. · Verificar se o acidentado está consciente · Desapertar as roupas do acidentado, principalmente em volta do pescoço, peito e cintura. · Retirar qualquer objeto da boca ou da garganta do acidentado, para abrir e manter desobstruída a passagem de ar. · Para assegurar que o acidentado inconsciente continue respirando, coloque-a na posição lateral de segurança. · Iniciar a respiração de socorro (conforme relatado a frente), tão logo tenha sido o acidentado colocado na posição correta. Lembrar que cada segundo é importante para a vida do acidentado. · Repetir a respiração de socorro tantas vezes quanto necessário, até que o acidentado de entrada em local onde possa receber assistência adequada. · Manter o acidentado aquecido, para prevenir o choque. · Não dar líquidos enquanto o acidentado estiver inconsciente. · Não deixar o acidentado sentar ou levantar. O acidentado deve permanecer deitado, mesmo depois de ter recuperado a respiração. · Não dar bebidas alcoólicas ao acidentado. Dar chá ou café para beber, logo que volte a si. · Continuar observando cuidadosamente o acidentado, para evitar que a respiração cesse novamente. · Não deslocar o acidentado até que sua respiração volte ao normal. · Remover o acidentado, somente deitado, mas só em caso de extrema necessidade. · Solicitar socorro especializado mesmo que o acidentado esteja recuperado. Só realizaremos a manobra de Heimlich em caso de obstrução total, quando a pessoa não consegue tossir, falar ou respirar. Pode ser que você tenha passado por isso alguma vez, ou que essa situação nunca tenha te ocorrido. Em quaisquer dos casos não é nada demais conhecer uma técnica que pode salvar vidas. Os sufocamentos (ou asfixia) são mais comuns do que imaginamos, um pedaço de comida ou um objeto podem ficar engasgados em nossas vias aéreas e nos asfixiar pouco a pouco. É uma sensação terrível, tanto para quem a vivencia como primeira pessoa, quanto para quem é testemunho dela, e pode ser pior se, por exemplo, sucede com uma criança pequena. Por isso hoje ofereceremos essa informação simples onde, mediante algumas regras básicas, é possível salvar uma vida. 1. Identificar o tipo de sufocamento Obstrução parcial: se vemos que a pessoa emite sons, se tosse, por exemplo, é um sinal positivo. Significa que suas vias aéreas não estão totalmente obstruídas. Tossir é um mecanismo de defesa para expulsar restos de comida ou objetos, por isso devemos incentivar par que a pessoa continue tossindo. Caso consigamos ver o que está obstruindo a respiração, podemos extraí-lo utilizando os dedos polegar e indicador. Mesmo que situação se inicie com um sufocamento parcial, devemos nos manter atentos para que a obstrução não se torne total. Caso sejam crianças menos de um ano, vale lembrar que o simples fato de que estejam chorando e tossindo é um bom indício. Obstrução total: a pessoa não emite nenhum som, mas está consciente. Não é capaz de tossir porque o objeto em questão tampa por completo suas vias aéreas. Nesse momento devemos aplicar a Manobra de Heimlich. 2. Manobra de Heimlich em adultos ou crianças maiores de 1 ano GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 6 Lembre-se, iniciaremos a manobra de Heimlich apenas se a pessoa em questão (ou criança maior de 1 ano) não puder tossir, falar, gritar e consequentemente, respirar. Se não prestarmos ajuda imediata a pessoa acabará por perder a consciência, por isso é importante atuar rápido e mantendo a calma, para que estejamos seguros do que fazemos. É uma manobra simples: Se posicione atrás da pessoa mas um pouco de lado, ou seja, se você é destro fique um pouco mais para a esquerda e se é canhoto mantenha-se a sua direita. Depois, envolva seu peito com uma mão e incline a pessoa ou criança um pouco para frente, de forma que o objeto que está obstruindo a garganta se movimente em direção a boca, ou seja, para frente, nunca para dentro; Nesse momento comece dando 5 golpes secos entre a omoplata da pessoa sufocada, faça-o com a parte a mão localizada entre a palma e o pulso; Depois de cada golpe observe se o objeto finalmente saiu; Se o bloqueio continuar e a pessoa não conseguir respirar, aplique 5 compressões no abdômen: feche o punho e coloque-o sobre o umbigo da pessoa, na boca do estômago. Com a outra mão aberta sobre a mão que está no umbigo pressione seu estômago para trás, com movimentos secos e bruscos. Repita a operação até que o objeto em questão saia pela boca (atenção: não aplique essa ação em mulheres grávidas e crianças menores de 1 ano, nem com pessoas obesas); Se as vias respiratórias da pessoa continuarem fechadas depois de três ciclos de compressão e três golpes nas omoplatas, chame uma ambulância. Nunca deixe a pessoa sozinha, continue aplicando a técnica de Heimlich. Sufocamento em crianças com menos de 1 ano Se observar que a criança não chora e nem tosse, coloque-a rapidamente de barriga para baixo ao longo de seu antebraço ou sobre sua coxa, com a cabeça para baixo e apoie sua cabeça; Dê 5 golpes firmes nas costas da criança com a parte da mão entre a palma e o pulso. Observe o interior de sua bocae elimine qualquer obstrução que seja visível. Nunca introduza os dedos na boca do bebê a não ser que possa ver e chegar até o objeto, já que poderia empurra-lo ainda mais para dentro e piorar o sufocamento. Se a via aérea continuar bloqueada, aplique até cinco compressões no peito(dê a volta na criança e oprima seu peito com os dedos). Depois de cada compressão comprove se o sufocamento passou. Como pôde ver a técnica é bem simples, basta mantermos a calma e aplica-la com segurança. Ela é sempre eficaz, logo, vale a pena conhece-la para saber como agir e quem sabe, salvar uma vida. 2. ENVENENAMENTO O envenenamento pode acontecer quando a pessoa ingere, inala ou entra em contato com uma substância tóxica, como acontece com produtos de limpeza, monóxido de carbono, arsênico ou cianeto, por exemplo, gerando sintomas como vômitos incontroláveis, dificuldade para respirar e confusão mental. Nestes casos, é importante que: Ligue imediatamente para o Centro de Informações Antiveneno, através do número 0800 284 4343, ou chame uma ambulância, ligando o 192; Diminua a exposição ao agente tóxico: Ingestão: a única forma consiste em fazer lavagem gástrica no hospital, por isso não force o vômito, nem ofereça outros líquidos; Inalação: tente remover a vítima do ambiente contaminado; Contato com a pele: lave a pele da vítima com água e sabão e remova roupas manchadas pela substância; Contacto com os olhos: lavar os olhos com água fria durante 20 minutos. Coloque a pessoa em posição lateral de segurança, especialmente se estiver inconsciente para evitar que sufoque caso precise vomitar. Veja como colocar alguém nesta posição; Procure informações sobre a substância que provocou o envenenamento, lendo o rótulo da embalagem da substância tóxica; Enquanto se espera pela chegada da ajuda médica é importante ficar atento se a vítima continua respirando, iniciando massagem cardíaca caso deixe de respirar. Aprenda como fazer a massagem cardíaca corretamente. https://melhorcomsaude.com/wp-content/uploads/2013/12/deglut..jpg GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 7 Nos casos de envenenamento por ingestão, caso a vítima tenha queimaduras nos lábios, deve-se molhá-los suavemente com água, sem deixar a vítima engolir, porque a ingestão de água pode favorecer a absorção do veneno. Sintomas que podem indicar envenenamento Alguns dos sintomas que podem indicar que alguém está envenenado e que precisa de ajuda médica são: Queimaduras e vermelhidão intensa nos lábios; Respiração com cheiro de produtos químicos, como gasolina; Tonturas ou confusão mental; Vômitos persistentes; Dificuldade para respirar. Além disso, outros sinais, como embalagens de comprimidos vazias, comprimidos partidos ou cheiros intensos vindos do corpo da vítima, podem ser sinal de que estava utilizando alguma substância tóxica, devendo-se chamar imediatamente ajuda médica. O que não fazer em caso de envenenamento Em caso de envenenamento, não se deve: Dar líquidos à vítima, pois pode favorecer a absorção de alguns venenos; Provocar o vômito se a vítima ingeriu um corrosivo ou um solvente, excepto se indicado por um profissional de saúde. As informações recolhidas da vítima, ou do local, devem ser fornecidas aos profissionais de saúde assim que chegarem ao local. Se o envenenamento ocorrer por ingerir detergente, leia o que deve fazer e como evitar complicações. 3. DESMAIO Quando ocorre um demasio, que é a perda da consciência repentina e que leva a uma queda brusca, deve-se observar se a vítima está respirando e se apresenta pulso e, caso não respire, deve-se pedir ajuda médica, ligando para o 192, e iniciar a massagem cardíaca. Veja como fazer em: Como fazer massagem cardíaca. No entanto, quando o indivíduo desmaia mas está respirando, os primeiros socorros para desmaio incluem: Deitar a vítima no chão, de barriga para cima, e colocar as pernas mais altas que o corpo e a cabeça, cerca de 30 a 40 centímetros do chão, como mostra a imagem 1; Por a cabeça da vítima de lado, para facilitar a respiração e evitar asfixia devido ao risco de vômito, como mostra a figura 2; Afrouxar as roupas e abrir os botões para facilitar a respiração; Ir comunicando com a vítima, mesmo que ela não responda, referindo que está ali para ajudá-la; Observar possíveis lesões causadas pela queda e se estiver sangrando, tratar a hemorragia; Depois de recuperar do desmaio, pode ser dado 1 pacote de açúcardiretamente na boca. Além disso, é importante ficar junto da vítima até à chegada da ajuda médica, mantendo o ambiente arejado, e sem muita gente à volta e, se possível afastar a vítima de locais perigosos, como janelas ou escadas. Levantar as pernas Virar a cabeça de lado Inclinar o tronco para as pernas Se a vítima demorar mais de 1 minuto para acordar, é recomendado chamar uma ambulância através do número 192 e verificar novamente se está respirando, iniciando a massagem cardíaca, caso não esteja. Após o individuo recuperar a consciência, sendo capaz de ouvir e falar, deve ficar pelo menos 10 minutos sentado, antes de voltar a andar, pois pode ocorrer um novo desmaio. O que não fazer em caso de desmaio Em caso de desmaio, não deve: Não dar água nem comida ao individuo enquanto ele estiver desmaiado; Não oferecer cloro, álcool ou qualquer produto com cheiro forte para respirar; GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 8 Não sacudir a vítima, pois pode ter ocorrido alguma fratura e piorar a situação. O que fazer quando ocorre sensação de desmaio Caso a vítima ainda não tenha desmaiado, mas existem sintomas de que isso possa ocorrer, como palidez, tonturas e visão embaçada, recomenda-se que ela se sente e mantenha a cabeça entre os joelhos, como mostra a figura 2 ou deitar-se no chão, de barriga para cima, e colocar as pernas mais altas que o corpo e a cabeça, como mostra a imagem 3, pois evita a queda. Também deve-se procurar respirar calmamente e procurar perceber o motivo da sensação de desmaio, evitando, se possível o fator que provocou o desmaio, como medo ou calor, por exemplo e, só se deve levantar 10 minutos depois e apenas se já não existirem sintomas. Quando ir ao médico Após o desmaio, e caso não tenha sido necessário chamar ajuda médica, é recomendado que o indivíduo vá ao hospital se: O desmaio voltar a acontecer durante a semana seguinte; É o primeiro caso de desmaio; Apresentar sinais de hemorragia interna, como fezes negras ou sangue na urina, por exemplo; Surgir sintomas como falta de ar, vômito excessivo ou problemas de fala, após acordar. Estes podem ser sintomas de um problema de saúde grave, como doenças cardíacas, neurológicas ou hemorragia interna, por exemplo, sendo, por isso, muito importante que o indivíduo vá ao hospital nestes casos. 4. CONVULSÕES Você sabe como ajudar durante uma crise convulsiva? A crise convulsiva ou convulsão ocorre devido a um aumento excessivo e desordenado da atividade elétrica das células cerebrais, nesse caso os neurônios. Esta atividade elétrica alterada, é em muito dos casos, o causador das alterações motoras de uma crise convulsiva, muitas vezes caracterizada por movimentos desordenados, repetitivos e rápidos de todo o corpo. Além disto, a convulsão também pode ocasionar perda temporária de consciência, aumento da salivação, ranger de dentes, perda do controle do processo urinário e defecação. As crises convulsivas nem sempre estão associadas com a epilepsia, pois diversos fatores podem desencadeá-la tais como: febre alta; diminuição do açúcar no sangue; desidratação; febre alta; pancadas fortes na cabeça; perda excessiva de sangue; tumores; intoxicações por álcool, medicamentos ou drogas ilícitas, dentre outros fatores. Não é incomum as pessoas se assustarem ao se depararem com alguém tendo uma crise convulsiva e, em funçãodisto, as mesmas sentem-se temerosas em auxiliar. No entanto, para aquele que sofre a convulsão a ajuda é de extrema importância, visto que durante o processo convulsivo o risco de lesões em decorrência da perda brusca ou muito rápida da consciência pode ocasionar queda desprotegida ao chão, o que pode gerar ferimentos e até mesmo fraturas. A crise convulsiva não é um processo contagioso ou transmissível, sendo assim, não há qualquer risco para aquele que auxilia um indivíduo nesta condição. É muito simples auxiliar uma pessoa durante uma crise convulsiva, entretanto é necessário saber o que você deve ou não fazer durante este momento. O que fazer: Mantenha-se calmo e acalme as pessoas ao seu redor; Evite que a pessoa caia bruscamente ao chão; Acomode o indivíduo em local sem objetos dos quais ela pode se debater e se machucar; Utilize material macio para acomodar a cabeça do individuo, como por exemplo; um travesseiro, casaco dobrado ou outro material disponível que seja macio; Posicione o indivíduo de lado de forma que o excesso de saliva ou vômito (pode ocorrer em alguns casos) escorram para fora da boca; Afrouxe um pouco as roupas para que a pessoa respire melhor; Permaneça ao lado da vítima até que ela recupere a consciência; Ao término da convulsão a pessoa poderá se sentir cansada e confusa, explique o que ocorreu e ofereça auxílio para chamar um familiar.Observe a duração da crise convulsiva, caso seja superior a 5 minutos sem sinais de melhora, peça ajuda médica. O que não deve ser feito durante a crise convulsiva: Não impeça os movimentos da vítima, apenas se certifique de que nada ao seu redor irá machucá-la; Nunca coloque a mão dentro da boca da vítima, as contrações musculares durante a crise convulsiva são GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 9 muito fortes e inconscientemente a pessoa poderá mordê-lo; Não jogue água no rosto da vítima. 5. QUEIMADURAS Na maioria das queimaduras, o passo mais importante é esfriar rapidamente a pele para que as camadas mais profundas não continuem queimando e provocando lesões. No entanto, dependendo do grau da queimadura, os cuidados podem ser diferentes, especialmente nas de 3º grau que devem ser avaliadas o mais rápido possível por um médico para evitar complicações graves como destruição de nervos ou músculos. O que fazer na queimadura de 1º grau A queimadura de primeiro grau afeta apenas a camada superficial da pele causando sinais como dor e vermelhidão na região. Nestes casos é recomendado que: Coloque a região queimada debaixo de água fria por, pelo menos, 15 minutos; Mantenha um pano limpo e umedecido em água fria na região durante as primeiras 24 horas, trocando sempre que a água aquecer; Não aplique qualquer produto como óleo ou manteiga na queimadura; Passe uma pomada hidratante ou cicatrizante para queimaduras, como Nebacetin ou Unguento. Veja uma lista mais completa de pomadas; Este tipo de queimadura é mais comum quando se fica muito tempo ao sol ou quando se segura um objeto muito quente. Geralmente a dor desaparece ao fim de 2 ou 3 dias, mas a queimadura pode demorar até 2 semanas para cicatrizar, mesmo com o uso de pomadas. Geralmente, a queimadura de 1º grau não deixa qualquer tipo de cicatriz na pele e raramente apresenta complicações. O que fazer na queimadura de 2º grau A queimadura de 2º grau afeta as camadas intermédias da pele e, por isso, além da vermelhidão e da dor no local, podem surgir outros sintomas como bolhas ou inchaço do local. Neste tipo de queimadura é aconselhado que: Coloque o local afetado debaixo de água corrente fria por, pelo menos, 15 minutos; Lave cuidadosamente a queimadura com água fria e sabão de pH neutro, evitando esfregar com muita força; Cubra a região com uma gaze molhada durante as primeiras 48 horas, trocando sempre que necessário; Não fure as bolhas e não aplique qualquer produto no local, para evitar o risco de infecção; Procure ajuda médica se a bolha for muito grande. Esta queimadura é mais frequente quando o calor está mais tempo em contato com a pele, como acontece quando se derrama água quente sobre a roupa, por exemplo. Na maioria dos casos, a dor melhora ao fim de 3 dias, mas a queimadura pode demorar até 3 semanas para desaparecer. Embora as queimaduras de 2º grau raramente deixem cicatrizes, a pele pode ficar mais clara no local. O que fazer na queimadura de 3º grau A queimadura de 3º grau é uma situação grave que pode colocar a vida em risco, uma vez que as camadas GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 10 mais profundas da pele estão sendo afetadas. Por isso neste caso é recomendado que: Chame imediatamente uma ambulância, ligando para o 192 ou leve a pessoa rapidamente para o hospital; Coloque cuidadosamente uma gaze esterilizada ou um pano limpo sobre a região afetada, até a chegada da ajuda médica; Não coloque nenhum tipo de produto na região afetada. Em alguns casos, a queimadura de 3º grau pode ser tão grave que provoca falha em vários órgãos. Nestes casos, caso a vítima desmaie e deixe de respirar deve-se iniciar a massa gem cardíaca. Veja aqui o passo-a-passo desta massagem. Uma vez que todas as camadas de pele estão afetadas, os nervos, glândulas, músculos e até órgãos internos podem sofrer lesões graves. Neste tipo de queimadura pode não se sentir dor devido à destruição dos nervos, mas é necessária ajuda médica imediata para evitar complicações graves, assim como infecções. Quando ir ao hospital A maioria das queimaduras podem ser tratadas em casa, no entanto, é aconselhado ir ao hospital quando a queimadura é maior que o palmo da mão, surgem muitas bolhas ou é uma queimadura de terceiro grau, que afeta as camadas mais profundas da pele. 6. HEMORRAGIA O sangramento intenso acontece quando há rompimento de vasos sanguíneos (veias ou artérias). A hemorragia pode ser interna (quando o sangue se acumula nas cavidades do corpo) ou externa (sangramento visível), mas todas precisam de atendimento médico com urgência, pois se a perda for intensa, em poucos minutos pode levar a vítima à morte. É tido como hemorragia todo derramamento de sangue do organismo humano para fora dos vasos sanguíneos. O sangue tem uma função vital e fundamental no organismo, além de transportar os nutrientes e o oxigênio para as células. Também leva o gás carbônico e outros resíduos e substâncias para os órgãos excretores do corpo. O sangue tem funções nutritivas, excretoras e imunológicas essenciais ao nosso organismo, o que leva a concluir que a perda de tal elemento em nosso corpo é extremamente prejudicial e, dependendo da quantidade e do caso, mortal. Uma hemorragia com muita perda de sangue não devidamente tratada pode levar a vítima a um estado de choque e, posteriormente, a óbito. Já em casos de hemorragias de menor proporção, pode trazer um quadro de anemia (falta de nutrientes, e baixa quantidade de glóbulos vermelhos no sangue). Hemorragia externa: É o tipo de sangramento exterior ao corpo, ou seja, que é facilmente visível. Pode ocorrer em camadas superficiais da pele por corte ou perfurações, ou mesmo atingindo áreas mais profundas através de aberturas ou orifícios gerados por traumas. Pode ser contida, utilizando técnicas de primeiros socorros. Hemorragia interna: A hemorragia interna se dá nas camadas mais profundas do organismo com músculos ou mesmo órgão internos. Ela pode ser oculta ou exteriorizar-se através de algum hematoma (mancha arroxeada) na região da hemorragia. A hemorragia interna costuma ser mais grave pelo fato de na maioria dos casos ser “invisível”, o que dificulta sabermos a dimensão e a extensão das lesões. As hemorragias ainda têm um outro tipo de classificação que se dá quanto ao tipo de vaso sanguíneo rompido. Podem ser: Hemorragia Arterial: quando uma artéria érompida ou cortada e o sangramento ocorre em jatos intermitentes, na mesma pulsação das palpitações cardíacas. O sangue nesse tipo de hemorragia, apresenta uma coloração vermelha clara e brilhante. Costuma ser mais grave por ter uma perda mais rápida de sangue. GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 11 Hemorragia Venosa: É o sangramento que se dá em decorrência do rompimento ou corte de uma veia, e tem uma coloração vermelha escura, típica de um sangue rico em gás carbônico, tem um fluxo contínuo e mais lento que o da hemorragia arterial. Hemorragia Capilar: É um sangramento lento e com menos volume de sangue, que ocorre nos vasos capilares (encontrados na extremidade interna da pele) e é observado em arranhões e pequenos cortes superficiais. Abaixo, um comparativo da quantidade de sangue perdida em uma hemorragia e as consequências e/ou sinais observados em cada estágio. Quando se perde de 15 a 30% do sangue no organismo: Um estado de ansiedade; Observa-se o pulso fraco; Sede excessiva; Suor excessivo; Taquicardia (batimentos muito acelerados do coração); Respiração rápida. Quando se perde de 30 a 50% do sangue no organismo: Taquicardia; Semiconsciência; Estado de choque. Quando se perde mais de 50% do sangue do organismo: - Dificilmente a pessoa que perde essa quantidade de sangue sobrevive sem uma imediata intervenção laboratorial (transfusão de sangue) realizada por um médico profissional. O que fazer em casos de hemorragia? * É necessário manter e transmitir a calma diante da situação, passando à vítima confiança; *Deite a pessoa em posição horizontal, pois facilita a circulação sanguínea entre o coração e o cérebro; * Aplique sobre o corte, perfuração ou ferimento, uma compressa com gaze, ou um pano limpo (se possível antes, use luvas descartáveis, a fim de evitar possíveis contaminações), fazendo uma pressão firme sobre o local com uma ou com as duas mãos, ou mesmo com um dedo, ou ainda uma ligadura, dependendo do tamanho e do local do ferimento; Se o pano ou gaze ficar encharcado com sangue, este não deve ser trocado, mas mantido no lugar e colocado outro por cima, para não interromper o processo de coagulação do sangue que está sendo contido; * Continuar a compressão até que a hemorragia estanque (no mínimo 10 min.); * Em seguida, faça uma ligadura compressiva (que é um curativo bem preso e com certa pressão sobre a região afetada) no local da hemorragia. * Durante todo esse processo, deve-se manter a vítima calma e acordada, não dar nada para comer ou para beber e mantê-la aquecida. * No caso de hemorragias nos membros com muita abundância de sangue, as quais não se pôde conter após ter aplicado as técnicas acima mencionadas, pode ser que seja necessário o uso de um torniquete, que consiste em colocar um pano ou um esfigmomanômetro (pop. “liga de soro”) logo acima do ferimento, de maneira a interromper quase que integralmente a circulação sanguínea naquele local para estancar a hemorragia. Visto que é uma técnica muito arriscada, o torniquete é recomendável somente em última hipótese. Nos casos de hemorragias muito constantes deve-se transportar a vítima imediatamente a uma unidade de saúde mais próxima. Compressão local: Utilizando gase ou tecido limpo, realiza-se pressão sobre o local onde o sangramento é mais intenso. O tempo de compressão variará conforme a avaliação do paciente, podendo variar de três a cinco minutos, passado este tempo pode ser avaliada a compressão e a lesão. Enquanto se realiza a hemostasia, deve ser iniciado o transporte do paciente até um atendimento médico adequado. Compressão à distância: Caso o sangramento se mantenha após duas ou três revisões, deve-se analisar a possibilidade de compressão à distância, sobre a área do vaso que alimenta a região do sangramento. Torniquete: É realizado atando uma faixa, tira de pano ou outro material macio sobre a área onde se possa bloquear a circulação. Devido ao grande número de procedimentos incorretos, e que geram uma nova lesão, o uso de torniquetes é indicado apenas no caso de perda de membro,para dizermos que a hemostasia por torniquete apresenta efeito é necessário que o sangramento cesse totalmente ou diminua substancialmente. GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 12 Medidas auxiliares para hemostasia: - Para minimizar a perda sanguínea, o local do sangramento deve ficar em posição superior ao coração. - O paciente deve ser mantido aquecido para evitar que entre em choque. - O paciente deve ter sua pressão e pulso verificados frequentemente, para avaliar eventuais hemorragias internas ou se a hemostasia está apresentando eficácia. - Manter o paciente deitado com a cabeça ao nível do corpo ou mais baixa. Locais de hemorragias e pontos de pressão para hemostasia: - Cabeça: compressão no local sangrante. - Braço e antebraço: compressão no local sangrante. - Mão: compressão no local sangrante . - Dedo: compressão no local sangrante e na base do dedo. - Tórax ou abdome: compressão no local sangrante (estar atento à possibilidade de perfurações). - Coxa e perna: compressão no local sangrante e na artéria femural. - Pé: compressão no local sangrante e no tornozelo. Ao fazer a compressão local deve-se tomar cuidado na assepsia para evitar infecções. 7. TRAUMAS Os traumas são causados por inúmeros motivos: de uma simples queda a um acidente automobilístico (onde, normalmente, há um grau maior de gravidade). Os traumas que mais ocorrem são as fraturas, entorses e luxações, e elas, normalmente, devem ser tratadas como emergências médicas. Nos acidentes automobilísticos, deve-se dar ênfase ao fato destes traumas ocorrerem, principalmente, devido à irresponsabilidade e à imprudência dos motoristas e seus acompanhantes. Salienta-se que, em casos de acidentes com veículos, a gravidade das lesões pode ser maior, devido à não utilização de EPI (equipamento de proteção individual), como, por exemplo, o cinto de segurança. As fraturas (ossos quebrados), as entorses (estiramentos ou roturas de ligamentos articulares) e as luxações (extremidades ósseas fora de suas posições normais nas articulações) raramente ameaçam a vida do paciente salvo em algumas regiões do corpo , mas podem levar à dor e à incapacidade prolongadas e permanentes, se não forem tratadas imediata e adequadamente. Primeiramente, deve-se classificar as lesões para, assim, enumerá-las de acordo com seu grau de urgência: As fraturas podem ser dividas em fraturas abertas (expostas) ou fechadas. - Fratura: Consiste, basicamente, no ato de quebrar os ossos. Como sinais, têm-se a dor, a diminuição ou cessação dos movimentos, edema, etc. - Fraturas Abertas: São fraturas nas quais há, na região do trauma, comunicação entre os meios interno e externo. - Fraturas Fechadas: São fraturas onde não há meio de continuidade do interior com o meio externo. - Entorses: Como já foi dito, elas podem ser definidas como estiramentos ou roturas de ligamentos articulares. - Luxações: Consistem, basicamente, no deslocamento das extremidades articulares para fora de sua(s) articulação(ões). Deve-se, sempre, levar em conta os sinais de lesões que estes traumas podem causar, principalmente se estes sinais estão levando à depressão dos sinais vitais (pulso, respiração e consciência). Nas situações em que há risco de vida, como a perda de pulso, dificuldade ou perda da capacidade de respiração, diminuição ou perda de consciência ou sangramento em grande escala, devemos colocar em prática todo o conhecimento adquirido nos treinamentos para RCP (Reanimação Cárdiopulmonar) e Hemorragia e Choque, apropriadamente; após a estabilização dos sinais vitais, ou caso não tenham sido prejudicados, devem-se iniciar os seguintes procedimentos: 1- Manter a pessoa ferida (vítima)o mais imobilizada possível, aconselhando-a, primeiramente, a não se movimentar, verbalmente; GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 13 2- Iniciar a imobilização propriamente dita da região agredida com talas, tipoias e ataduras (não utilizar gessos cilíndricos, mesmo se houver disponibilidade), de acordo com a situação; 3- Em caso de fraturas abertas, cuidar para que estas não se contaminem, mantendo a área limpa e protegida; 4- Evitar o edema (inchaço) do membro lesado; 5- Jamais se esqueça da SUA própria proteção, principalmente quando há secreções e/ou sangramentos, ou quando o local do atendimento oferece riscos (ex.: no meio da rua, com movimentação de veículos) A imobilização consiste (em primeiros socorros) no uso de tipóias, talas e ataduras. O que são tipóias? São, simplesmente, apoios feitos a partir de panos, faixas, cintos, etc, que visam sustentar o peso e manter os membros em elevação constante e com certa imobilização; O que são talas? São improvisações onde procura-se imobilizar a área afetada, de uma maneira muito rígida, utilizando tábuas, galhos, pedaços de metais, jornais, etc; O que são ataduras? Consistem na utilização de faixas de crepom, panos, fitas adesivas, etc, visando à imobilização da área, de uma forma menos rígida e como método adicional nas outras imobilizações. As condutas de primeiros socorros, principalmente nos casos de imobilização e transporte, necessitam de CRIATIVIDADE e muita IMAGINAÇÃO; por isso, deve-se sempre estar atento ao seu redor e, consequentemente, manter sempre a calma, para poder ter uma linha de raciocínio clara e coerente. A imobilização na prática: Antes de imobilizar o local machucado, evite a movimentação! Jamais tente “endireitar” uma fratura, pois, através desta manobra, você poderá aumentar os danos (rompimento de tecido nervoso e/ou vascular, por exemplo)! Mantenha o local agredido o mais limpo possível, principalmente se houver área com exposição de tecido, com sinais de escoriação e/ou hemorragia! Em caso de lesão de membros, procure sempre verificar os pulsos periféricos do membro afetado, antes e depois de ter sido feita a imobilização, para garantir que a imobilização não está causando uma isquemia (parada de circulação). Em primeiros socorros, o TPT (transporte de Poli- Traumatizados) é um dos temas que mais causam dúvidas e levam ao erro. Na ansiedade de transportar a vítima até o hospital, muitos se esquecem ou simplesmente ignoram regras básicas, que devem ser seguidas com a finalidade de minimizar danos e aumentar a expectativa de vida do politraumatizado. É importante a avaliação dos sinais vitais antes, durante e depois da imobilização e transporte da vítima. No TPT, será considerado como prioridade o SNC (sistema nervoso central), ou seja, encéfalo e medula espinhal, assim como todo o arcabouço ósseo que o protege. Pode ser considerado como uma terminação principal aumentada do sistema nervoso central. Ocupa o crânio ou caixa encefálica (arcabouço ósseo). A coluna dorsal é composta de uma série de pequenos ossos: as vértebras. Sustenta o tronco e a cabeça, cerca e protege a medula espinhal. Tipos de lesões É definida como longa e quase cilíndrica massa de tecido nervoso, oval ou arredondada em secção transversa, ocupando, aproximadamente, os dois terços superiores do canal vertebral. A medula espinhal é formada por fibras nervosas que saem do cérebro e chegam a ele, controlando muitas funções do corpo. A medula espinhal é considerada a ligação entre o encéfalo e o restante do corpo, abaixo do pescoço, onde se originam e terminam nervos periféricos. Estes nervos estão organizados em pares e passam entre as vértebras. Em qualquer acidente, grave ou não, a vitima pode apresentar lesões na medula espinhal (total ou parcial) ou simplesmente do arcabouço ósseo (total ou parcial). Entende-se como lesão total da medula espinhal sua completa secção, sendo perdida a ligação com o encéfalo, e diz-se parcial quando parte da medula foi atingida, seja anterior, posterior ou lateralmente. Entende-se como lesão total do GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATRIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 14 arcabouço ósseo sua perda de continuidade em toda a extensão, independente de lesão na medula espinhal (parte neural) e diz-se lesão parcial apenas quando há fratura em algum dos seus pontos anterior, posterior e laterais. A medula espinhal pode ser lesada sem nenhum dano ao arcabouço ósseo. As partes mais vulneráveis da coluna vertebral são os ossos do pescoço (região cervical) e da parte inferior das costas (região sacral). Estas definições ajudam a entender a importância da correta movimentação da vítima, onde as possibilidades de injúria deste órgão são grandes. O simples fato de movimentar a vítima de maneira impulsiva pode transformar uma lesão óssea em uma poderosa lâmina e seccionar a medula espinhal, fazendo com que a vítima fique com uma deficiência, posteriormente. Causas mais comuns de lesão da medula espinhal e coluna vertebral Quedas de altura; Mergulhos em piscinas rasas; Quedas de cavalo ou moto; Desaceleração repentina de veículos (colisão frontal); Quedas de objetos pesados nas costas 8. ACIDENTES POR ANIMAIS PEÇONHENTOS O animal peçonhento é aquele que possui a peçonha (veneno) e tem como inoculá-la em outro ser. Os acidentes causados por serpentes são os mais frequentes e estão principalmente relacionados à atividade humana no campo e a fatores climáticos. A maioria das serpentes é venenosa, mas a presença de dentes inoculadores de veneno é o que caracteriza a serpente peçonhenta e a diferencia da não peçonhenta. Também podemos considerar a presença da fosseta loreal (órgão termorreceptor) como uma característica das serpentes peçonhentas (exceção: as corais). Mas em caso de acidentes, sempre devemos considerar a serpente peçonhenta. Os principais gêneros de serpentes que causam acidentes no Brasil são: Prevenção: - Uso de botas de cano alto e luvas de couro; - Não colocar a mão em buracos; - Evitar acúmulo de lixo Acidentes com Aranhas e Escorpiões: Os acidentes com Aranhas e Escorpiões são comuns e ocorrem principalmente dentro ou próximos das casas. São três os principais gêneros causadores de acidentes: GUARDA MUNICIPAL DE IMPERATIZ CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 4 15 Prevenção: - Limpar terrenos e jardins; - Não colocar a mão em buracos, folhas secas... - Uso de calçados e luvas; - Combater insetos. PRIMEIROS SOCORROS Capturar os animais, sempre que estes não apresentarem perigo, para identificação. Ter sempre bom senso ao aplicar os Primeiros Socorros. Primeiros Socorros de Serpentes: - Manter a pessoa em repouso e calma; - Retirar anéis, relógios, pulseiras... - Lavar o local com água e sabão; - Procurar Serviço Médico o mais rápido possível. Não Fazer: - Torniquete ou garrote; - Não cortar ou chupar o veneno; - Não dar álcool, calmante. Primeiros Socorros de Aranhas e Escorpiões: - Manter a pessoa em repouso e calma; - Lavar o local da picada com água e sabão; - Retirar anéis, relógios; - Procurar Serviço Médico rapidamente. Não Fazer: - Colocar substâncias colorantes no local da picada, nem folhas ou pó de café.
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