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CASOS CONCRETOS - SEMANA 5 - DADM II

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CASOS CONCRETOS – DIREITO ADMINISTRATIVOS II - PROFA. FABIANA 
 
Semana 5 
CASOS CONCRETOS 
a) Sim. Após a efetivação de uma desapropriação, o ente expropriante deve empregar o bem à 
finalidade pública que desencadeou o processo de desapropriação. Em não o fazendo, estar-
se-á diante da tredestinação, que nada mais é do que a destinação do bem em 
desconformidade com o plano inicialmente previsto. A tredestinação, entretanto, distingue-se 
em lícita (na qual o bem é empregado em finalidade diversa da inicialmente pretendida, mas 
ainda afetada ao interesse público) e ilícita (na qual não se emprega o bem em uma utilização 
de interesse público). A tredestinação lícita, isto é, a alteração na destinação do bem, por 
conveniência da administração pública, resguardando, de modo integral, o interesse público, 
não é vedada pelo ordenamento. 
Portanto, com relação ao questionado na letra “A” a resposta é afirmativa, visto que estamos 
diante da tredestinação lícita, na qual o bem é empregado em finalidade diversa da 
inicialmente pretendida, mas ainda assim afetada ao interesse público, atendendo aos critérios 
de conveniência e oportunidade, uma vez que esta não é vedada pelo ordenamento jurídico 
nacional. 
B) Não. A tredestinação lícita, por manter o bem afetado a uma finalidade de interesse público 
não configura direito de retrocessão, isto é, o direito do particular expropriado de reaver o 
bem, em virtude da sua não utilização. E a própria legislação de regência, o Decreto-lei n. 
3.365/1941, dispõe, em seu Art. 35, que os bens expropriados, uma vez incorporados à 
Fazenda Pública, não podem ser objeto de reivindicação. 
Por fim, com relação ao item “B” o particular não pode requerer o retorno do bem 
expropriado à sua propriedade, primeiro porque estamos diante de uma tredestinação lícita, 
situação em que foi mantida a finalidade ampla, que é o interesse público, não se 
configurando, portanto, o direito de retrocessão, e segundo porque o bem expropriado, uma 
vez incorporado à Fazenda Pública, não pode mais ser objeto de reivindicação, ainda que esta 
seja fundada em nulidade do decreto de desapropriação, conforme Art. 35, do Decreto-Lei n. 
3.365/41.

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