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Estruturas de Concreto Armado Aderência, Ancoragem & Detalhamento Longitudinal de Vigas 21/02/2018 10:10 . Detalhamento da Armadura Longitudinal ao longo da Viga 21/02/2018 10:10 Armadura de leo . Uma vez determinada a armadura longitudinal nas seções transversais mais solicitadas de uma viga de concreto armado, e conhecido o diagrama de momentos fletores, é possível obter o desenvolvimento da armadura ao longo de toda a viga. . O objetivo final do detalhamento é usar as barras de aço com o menor comprimento possível, não deixando de atender todas as condições de segurança do “Estado Limite Último” – (Ruína). 21/02/2018 10:10 Armadura de leo. Consideraes ara o Detalhamento de Vigas . É importante analisar a possibilidade de racionalizar o processo de fabricação. . Em certas situações é preferível empregar as barras em toda a extensão da viga do que cortar algumas delas. . Por exemplo, cortar uma barra “20,0 cm” mais curta que o comprimento do elemento estrutural (p. ex. vão da viga no caso de momentos positivos). . O custo do trabalho despendido no Projeto e na execução da armadura pode ser superior ao custo do material economizado. 21/02/2018 10:10 Armadura de leo. Consideraes ara o Detalhamento de Vigas . Entre os diversos procedimentos existentes para detalhar a armadura ao longo da viga, de forma segura e econômica, o mais indicado e usual é o gráfico, por ser rápido, de fácil visualização e entendimento. . Se uma viga necessita pouca armadura, por exemplo, pode ser necessário estender essa armadura longitudinal de um apoio a ouro, pois ela servirá de apoio para a montagem dos estribos na forma da viga. 21/02/2018 10:10 Armaduras de leo . Quantidade de Armadura Longitudinal ao Longo da Viga . Seja a viga apresentada a seguir: . Cujo Diagrama de Momentos fletores é o seguinte: YOUR DEPARTMENT NAME IN ALL CAPS EDIT THIS TEXT ON SLIDE MASTER 21/02/2018 10:10 Armaduras de leoQuantidade de Armadura Longitudinal ao Longo da Viga . Supondo que sejam necessárias 07 (sete) barras de “Ø = 12,5 mm” para resistir ao momento atuante na seção do apoio B. . Ao observar o diagrama, vê-se que essas barras “negativas” seriam necessárias apenas no trecho “b”. . Considerando que os Momentos decrescem, em módulo, à medida que se caminha do apoio central para qualquer um dos apoios laterais, deduz-se que em uma seção intermediária é inferior a essas sete barras. 21/02/2018 10:10 . A determinação da Armadura necessária na seção “S” (e em qualquer outra seção) é feito pela seguinte fórmula, conforme já visto. ↬ 𝐴𝑠 = 𝑀𝑑 𝑧 ∙ 𝑓𝑠 . Por meio do Momento de Cálculo “Md” na seção é calculada a área da Armadura (quantidade de barras). . O cálculo do número de barras para que seja eficiente (econômico) deveria ser feito para as demais seções do trecho, o que demandaria um grande trabalho. 21/02/2018 10:10 . Mais simples, usual e prático é utilizar um procedimento gráfico que permite determinar em quais seções são necessárias 6,5,4,3,2 e 1 barra de, neste exemplo, “Ø = 12,5 mm”. . Dessa forma, inverte-se o problema anterior, ou seja, em vez de determinar quantas barras devem ser usadas na seção “S”, procura-se graficamente a posição da seção na qual será preciso usar certo número inteiro de barras. 21/02/2018 10:10 . Para a realização do procedimento gráfico admitiremos, como simplificação a favor da segurança, que existe linearidade entre o Momento Fletor e a Armadura de Aço requerida em uma determinada seção. . Sabe-se que a relação correta entre Área de Aço e Momento Fletor deve estar de acordo com a expressão seguinte: ↬ 𝐴𝑠 = 𝑀𝑑 𝑧 ∙ 𝑓𝑠 21/02/2018 10:10 . Esta variação não é linear, pois o braço de alavanca “z” também varia com “Md”. ↬ 𝐴𝑠 = 𝑀𝑑 𝑧 ∙ 𝑓𝑠 . Podemos adotar esta simplificação desde que adotemos como referência o Momento Fletor maior. . Neste caso estaremos a favor da segurança. . Verifiquemos o seguinte exemplo: 5,0 50,0 25,0 . Seja a viga com a seção retangular apresentada: Dados: 𝑓𝑐𝑘 = 20,0 𝑀𝑃𝑎 𝐴ç𝑜 𝐶𝐴 − 50 . Para M = 100,0 kN∙m, temos: As = 8,3 cm2 . Para M = 50,0 kN∙m, temos: As = 3,8 cm2 . Admitindo a linearidade e tomando, inicialmente o maior momento “100,0 kN∙m” como referência, obtem-se: As = 8,3 cm2 . Para M = 50,0 kN∙m, obteríamos: As = 4,15 cm2 . A área de aço encontrada utilizando a linearidade é “maior” do que a calculada (3,8 cm2): . portanto a favor da segurança. . Admitindo a linearidade e tomando, inicialmente o maior momento “50,0 kN∙m” como referência, obtem-se: As = 3,8 cm2 . Para M = 100,0 kN∙m, obteríamos: As = 7,6 cm2 . A área de aço encontrada utilizando a linearidade é “menor” do que a calculada (8,3 cm2): . portanto contrária a segurança. . Conclui-se, dessa forma, que é possível utilizar a linearidade entre as áreas de aço e esforços, desde que a referência seja o maior valor do Momento. Detalhamento de As 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado . A partir das hipóteses apresentadas pode-se proceder ao detalhamento da armadura negativa. . A partir das hipóteses apresentadas pode-se proceder ao detalhamento da armadura negativa. Armadura Longitudinal Detalhamento de As 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado . 1o passo: . O Momento no Apoio “B” é dividido em 7,0 (sete) parte iguais “k”. . Obs.: As divisões devem ser, na verdade, proporcionais à área de cada barra (ou grupo de barras) que compõe a área de aço total. Armadura Longitudinal 21/02/2018 10:10Armadura Longitudinal Armadura de leo Detalhamento de “As” . As retas paralelas ao eixo da viga traçadas por esses pontos determinam, ao encontrar o diagrama de momentos fletores, os valores dos comprimentos mínimos das barras. 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Detalhamento de “As” . Diagrama de momentos fletores estratificado Armadura Longitudinal 21/02/2018 10:10 . Há, também, questões práticas que devem ser consideradas, como a necessidade de que um número mínimo de barras seja levado até os apoios extremos para ancorar as bielas de concreto, e, também, a necessidade de empregar, pelo menos quatro barras (duas na face superior e duas na inferior) trabalhando como “porta-estribos”. . O procedimento descrito para as barras negativas deve ser, da mesma forma, empregado para as barras positivas. . Ancoragem or Aderncia da Armadura Longitudinal 21/02/2018 10:10 Armadura de leo . Ao definir os pontos de interrupção das barras, em função da distribuição dos Momentos Fletores solicitantes de cálculo, há a necessidade de transferir para o concreto as tensões a que elas estão submetidas. . Para isso, as barras devem ser providas de um comprimento adicional. A essa transferência dá-se o nome de “ancoragem”, e o comprimento adicional é chamado de “comprimento de ancoragem reto (lb)”. . Ancoragem or Aderncia da Armadura Longitudinal 21/02/2018 10:10 Armadura de leo . Todas as barras das armaduras devem ser ancoradas de modo a garantir que os esforços a que estejam submetidas sejam integralmente ao concreto, seja por meio de aderência, de dispositivos mecânicos ou pela combinação de ambos. Item 9.4.1 ↬ NBR 6118 . Consideram-se dois tipos básicos de ancoragem: a. Por Aderência entre o Aço e o Concreto Detalhamento de As 21/02/2018 10:10 . Quando os esforços são ancorados por meio de um comprimento reto ou com grande raio de curvatura, seguido ou não de gancho. b. Por meio de dispositivos mecânicos Detalhamento de As 21/02/2018 10:10 . Quando os esforços a ancorar são transmitidos ao concreto por meio de dispositivos mecânicos acoplados à barra. DATE . Na ABNT NBR 6118:2014, as prescrições referentes à aderência estão no “item 9.3”, e as relacionadas à ancoragem, em seus diversos aspectos, estão no ‘item 9.4”. . Por ser mais usual, apenas o emprego da ancoragem por aderência, principalmente em edificações, trataremos neste curso. Aderência entre Concreto & Barras de Aço 21/02/2018 10:10 Concreto ArmadoDetalhamentode As . A aderência é o fenômeno que permite o funcionamento do concreto armado como material estrutural. . Sem aderência, as barras da armadura não seriam submetidos aos esforços de tração, pois deslizariam dentro da massa de concreto e a estrutura se comportaria com sendo apenas de concreto simples. Aderência entre Concreto & Barras de Aço 21/02/2018 10:10 Concreto ArmadoDetalhamento de As . A aderência faz com que os dois materiais, de resistência diferentes, tenham a mesma deformação e trabalhem juntos, de modo que os esforços resistidos por uma barra de aço sejam transmitidos para o concreto e vice-versa. . Segundo Lenhardt & Mönnig, a aderência é composta por três parcelas. Aderência entre Concreto & Barras de Aço 21/02/2018 10:10 Concreto ArmadoFlexão . A transferência de força é possibilitada por ações químicas (adesão), por atrito e por ações mecânicas, e pode ser estudada considerando diferentes estágios, dependentes da intensidade da força, da textura da superfície da barra de aço e da qualidade do concreto. . A classificação da aderência em três parcelas (por adesão, por atrito e mecânica), é meramente esquemática, pois não é possível determinar precisamente a contribuição de cada uma delas individualmente. 28 21/02/2018 10:10 Concreto Armado . De natureza físico-química, com forças capilares na interface entre os dois materiais. . O efeito é de uma coalgem provocada pela nata de cimento na superfície do aço. . Indicada pela força “Rb1”, se opõe à separação dos dois materiais. A contribuição da adesão pela aderência é pequena. Aderncia or Adeso “Rb1” Aderncia or Atrito “Rb2” Concreto Armado 21/02/2018 10:10 Flexão . Ao se aplicar uma força que tende a arrancar uma barra de aço inserida no concreto, verifica-se que a força de arranchamento. é muito superior à força “Rb1” relativa à aderência por adesão. (“Rb2” – Figura 2) Aderncia or Atrito “Rb2” Concreto Armado 21/02/2018 10:10 Flexão . Considera-se que a superioridade da força “Rb2” sobre a força “Rb1” é devida às tensões de cisalhamento “τb”, que originam forças de atrito que opõem-se ao deslocamento relativo entre a barra de aço e o concreto. Existe, portanto, uma contribuição do atrito à aderência. . A de r nc ia o r A tr it o “R b 2 ” leo 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 A intensidade das forças de atrito depende do coeficiente de atrito entre o concreto e o aço, e quando existir, da intensidade de forças de compressão transversais ao eixo da barra (Pt – Figura 3), provenientes da retração do concreto, de ações externas, etc. 21/02/2018 10:10 Armadura de leo leo Aderncia ecnica (Rb3) A aderência mecânica é aquela proporcionada pelas saliências (também chamadas nervuras ou mossas) existentes na superfície das barras de aço de alta aderência, e às irregularidades da laminação no caso das barras lisas. . Aderncia ↠ seraes 21/02/2018 10:10 leo . Na realidade, a separação da aderência nas três parcelas acima indicadas é meramente esquemática, não sendo possível determinar-se cada uma delas isoladamente. Além disso, a aderência de uma barra de aço ao concreto que a envolve tem o seu valor fortemente influenciado pela retração, pela fluência e pela fissuração do concreto. Determinação da Tensão de Aderência 21/02/2018 10:10 . Por meio de ensaios de arrancamento é possível encontrar valores médios da tensão de aderência. . Nestes ensaios, é medida a força necessária para arrancar um pedaço de uma barra de aço de um corpo de prova de concreto. . “lb” ⇄ comprimento da barra de aço dentro do corpo de concreto; . “Ft” ↦ Força de tração aplicada. Determinação da Tensão de Aderência 21/02/2018 10:10 . Supõe-se que, na iminência do arranchamento, toda a tensão atuante na barra seja transferida para o concreto. Tensão de Aderência Armadura Longitudinal . “Ftu” ⇄ Força de tração última; . “τb” ↦ Tensão de aderência no concreto; . “τbu” ⇌ Valor último de τb; Tensão de Aderência Armadura Longitudinal . “Ftu” ⇄ Força de tração última; . “τb” ↦ Tensão de aderência no concreto; . “τbu” ⇌ Valor último de τb; Tensão de Aderência Armadura Longitudinal . “τbm” ↮ 𝐹𝑡 á𝑟𝑒𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓í𝑐𝑖𝑒 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎 = 𝐹𝑡 𝜋∙∅∙𝑙𝑏 ↠ Tensão média de aderência no concreto; . “∅” ↛ diâmetro da barra; . “σs” ↔ tensão na barra de aço. Tensão de Aderência Armadura Longitudinal . A tensão de aderência “τb” entre uma barra e o concreto que a envolve pode ser encontrada, analiticamente, a partir de um elemento infinitesimal “dx”, pelo equilíbrio das forças atuantes na barra e no concreto, assim tem-se: 𝐴𝑠 ∙ 𝜎𝑠 + 𝜏𝑏 ∙ 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑑𝑥 = 𝐴𝑠 ∙ 𝜎𝑠 + 𝐴𝑠 ∙ 𝑑𝜎𝑠 𝜏𝑏 ∙ 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑑𝑥 = 𝐴𝑠 ∙ 𝑑𝜎𝑠 𝜏𝑏 = 𝐴𝑠 ∙ 𝑑𝜎𝑠 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑑𝑥 = 𝐴𝑠 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑑𝜎𝑠 𝑑𝑥 Tensão de Aderência Armadura Longitudinal . As tensões de aderência “τb” se opõem à tendência de movimento relativo entre as barra de aço e o concreto e se manifestam na área de contato; . Elas só existem quando há variação de tensão na barra (se a tração for uniforme, a tensão de aderência será nula; . Na NBR 6118 ⇛ (item 9.1), a tensão última de aderência é chamada de aderência de cálculo da armadura passiva “fbd”. Armadura Longitudinal Verificação da aderência entre concreto e armadura Uniform Division Traffic Section Support Service Division Security Officer System Administration Information Records Investigative Division Family Protection Gang Task Force Planning and Research Narcotics 21/02/2018 10:10 . Nas regiões de ancoragem, deve ser verificada a capacidade de transmissão de esforços entre concreto e armadura. . Essa verificação se faz por meio da tensão de aderência no Estado Limite Último. . Os valores de cálculo de tensões de aderência (resistência de aderência de cálculo) dependem, principalmente, da posição da barra durante a concretagem (regiões propícias ou não à boa aderência), de sua conformação superficial e de seu diâmetro. 21/02/2018 10:10Tensão de Aderência Armadura Longitudinal Observação . Em situações em que exista grande concentração de armadura, com espaçamentos pequenos ou várias camadas de armadura, é necessária também a verificação do fendilhamento, considerando a possibilidade de colaboração de armaduras transversais. . egies aoreis ou desaoreis uanto Aderncia 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Armadura Longitudinal . Ensaios experimentais realizados mostraram que a resistência de aderência, de barras de aço posicionadas na direção vertical, é significativamente maior que a resistência de aderência de barras posicionadas na horizontal. . Para as barras horizontais, a distância ao fundo ou ao topo da fôrma (superfície de concreto) determina a qualidade da aderência entre o concreto e a barra de aço. . egies aoreis ou desaoreis uanto Aderncia 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Armadura Longitudinal . Assim ocorre porque, durante o adensamento e o endurecimento do concreto, a sedimentação do cimento e principalmente o fenômeno da exsudação, tornam o concreto da camada superior mais poroso, podendo diminuir a aderência à metade daquela das barras verticais. Aderncia 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Situações de Boa e Má Aderência . Em determinadas situações, que dependem basicamente da inclinação e da posição da barra de aço na massa de concreto (Figura 15), a NBR 6118 (item 9.3.1) define situações chamadas “boa” e “má” aderência. Aderncia 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Situações de Boa Aderência a) com inclinação maior que 45º sobre a horizontal; Aderncia 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Situações de Boa Aderência b) horizontais ou com inclinação menor que 45º sobre a horizontal, desde que: - para elementos estruturais com “h < 60 cm”, localizados no máximo “30,0 cm” acima da face inferior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima; Aderncia 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0Concreto Armado Situações de Boa Aderência - para elementos estruturais com “h ≥ 60 cm”, localizados no mínimo “’30,0 cm” abaixo da face superior do elemento ou da junta de concretagem mais próxima. Page 49 21/02/2018 10:10 Aderncia Concreto Armado . Observação “Os trechos das barras em outras posições, e quando do uso de formas deslizantes, devem ser considerados em má situação quanto à aderência.” esistncia de Aderncia leo 21/02/2018 10:10 Concreto Armado Aderncia . A determinação da resistência de aderência “fbd” entre o concreto e a armadura é importante e necessária ao cálculo do “comprimento de ancoragem” e do “comprimento de emenda” das barras da armadura. . A resistência de aderência depende da resistência do concreto, da rugosidade da superfície da barra de aço, da posição da barra na massa de concreto (situação de aderência) e do diâmetro da barra. . As nervuras (saliências) na superfície da barra aumentam significativamente a resistência de aderência. PRESENTATIO TITLE Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Resistência de Aderência leo . De acordo com a NBR 6118 (item 9.3.2.1), a “resistência de aderência de cálculo entre a armadura e o concreto na ancoragem de armaduras passivas deve ser obtida pela seguinte expressão:” 𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 𝜂3 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 . Onde: . fctd = resistência de cálculo do concreto à tração direta: 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 𝛾𝑐 = 0,7 ∙ 𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝛾𝑐 = 0,7 ∙ 0,3 𝛾𝑐 ∙ 3 𝑓𝑐𝑘 2 . fck em MPa. 21/02/2018 10:10 𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 𝜂3 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 . η1 ↬ parâmetro que considera a rugosidade da barra de aço. η1 . η1 = 1,0 ↦ para barras lisas; . η1 = 1,4 ↦ para barras entalhadas; . η1 = 2,25 ↦ para barras nervuradas. DATE 𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 𝜂3 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 . η2 ↬ parâmetro que considera a posição da barra na peça. η2 . η2 = 1,0 ⇏ para situações de boa aderência; . η2 = 0,7 ↠ para situações de má aderência. 21/02/2018 10:10 𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 𝜂3 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 . η3 ↬ parâmetro que considera o diâmetro da barra. η3 . η3 = 1,0 ↛ para Ø < 32,0 mm ; . η3 = (132,0 – Ø)/100 ↦ para Ø ≥ 32,0 mm ; . com Ø = diâmetro da barra em mm. m62 visualcommunications Ancoragem das Barras A ancoragem das barras da armadura longitudinal passiva por aderência estão normatizadas na NBR 6118:2014 no item 9.4.2. . As barras tracionadas (item 9.4.2.1) podem ser ancoradas com um comprimento retilíneo ou com grande raio de curvatura em sua extremidade. . A ancoragem deve se dar: a. obrigatoriamente com gancho para barras lisas; b. sem gancho nas que tenham alternância de solicitação (tração e compressão); c. com ou sem gancho nos demais casos, não sendo recomendado o gancho para barras de Ø > 32,0 mm ou para feixes de barras. m62 visualcommunications Ancoragem das Barras As barras comprimidas NBR 6118 – “item 9.4.2.1” só poderão ser ancoradas sem ganchos. 21/02/2018 10:10 . Comrimento Bsico de Ancoragem Armaduras de leoArmadura Longitudinal . A norma define, no “item 9.4.2.4”, como comprimento reto de ancoragem básico “lb” aquele necessário para ancorar a força limite “As∙fyd” em uma barra de diâmetro “Ø”, da armadura passiva, admitindo, ao longo desse comprimento, tensão de aderência uniforme e igual a “fbd”. . Esse comprimento, que segundo a norma deve ser maior que “25,0∙Ø” (Ø é o diâmetro da barra), pode ser calculado a partir do equilíbrio entre as forças em ação. Armadura de leo 21/02/2018 10:10. Comprimento de Ancoragem Básico 𝐴𝑠 ∙ 𝑓𝑦𝑑 = 𝜋 ∙ 𝜙2 4 ∙ 𝑓𝑦𝑑 = 𝑙𝑏 ∙ 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑓𝑏𝑑 𝑙𝑏 = 𝜙 4 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑓𝑏𝑑 𝑙𝑏 ∙ 𝜋 ∙ ∅ ∙ 𝑓𝑏𝑑 Exemplo 1 Description/Date 21/02/2018 10:10 Armadura de leo . Comprimento de Ancoragem básico . Calcular o comprimento de ancoragem reto básico para uma barra de “Ø = 12,5 mm”, “Aço CA-50” e “fck = 20,0 MPa”, considerando “situação de boa aderência”. ↠ 𝑙𝑏 = 𝜙 4 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑓𝑏𝑑 Page 60 21/02/2018 10:10 Eemlo 1Comprimento de Ancoragem 𝑓𝑏𝑑 = 𝜂1 ∙ 𝜂2 ∙ 𝜂3 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 . η1 = 2,25 (CA-50 para barra usual, nervurada, de alta aderência); . η2 = 1,0 (situação de boa aderência); . η3 = 1,0 (Ø = 12,5 mm < 32,0 mm). 𝑓𝑏𝑑 = 2,25 ∙ 1,0 ∙ 1,0 ∙ 1,1052 𝑓𝑏𝑑 = 2,4867 𝑀𝑃𝑎 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 0,21 ∙ 3 20,0 2 1,4 = 1,1052 Concreto Armado Page 61 21/02/2018 10:10 Exemplo 1 ↦ 𝑙𝑏 = 12,5 4 ∙ 434,78 2,4867 ↛ 𝑙𝑏 = 546,4 𝑚𝑚 = 54,6 𝑐𝑚 Comprimento de Ancoragem Concreto Armado . Comrimento ecessrio de Ancoragem 21/02/2018 10:10 Armadura de leo . Em situações em que a armadura existente (detalhada) em um determinado elemento é maior que a necessária calculada, o comprimento de ancoragem necessário “lb,nec” pode ser reduzido, de acordo com o “item 9.4.2.5” da NBR 6118, sendo calculo por: ⇝ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 ∙ 𝑙𝑏 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝐴𝑠,𝑒𝑓 ≥ 𝑙𝑏,𝑚í𝑛 21/02/2018 10:10 ⇝ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 ∙ 𝑙𝑏 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝐴𝑠,𝑒𝑓 ≥ 𝑙𝑏,𝑚í𝑛 . Onde: . α1 = 1,0 (barras sem gancho); . α1 = 0,7 (barras tracionadas com gancho e cobrimento no plano normal ao do gancho ≥ 3∙Ø); . lb = ; . As,calc =área de aço calculada; . As,ef = área de aço efetiva (existente); . lb,mín = maior valor entre “0,3∙lb”, “10,0∙Ø” e “100,0 mm”. 𝜙 4 ∙ 𝑓𝑦𝑑 𝑓𝑏𝑑 21/02/2018 10:10 Armadura Transersal na Ancoragem Detalhamento de As . As ancoragens por aderência, com excessão das regiões situadas sobre os apoios diretos, devem ser confinadas por armaduras transversais ou pelo próprio concreto. . Neste último caso, o cobrimento da barra ancorada eve ser maior ou igual a “3∙Ø”, e a distância entre as barras ancoradas também deve ser maior ou igual a 3 “3∙Ø” . . Segundo o “item 9.4.2.6” da NBR 6118, consideram-se como armaduras transversais as existentes ao longo do comprimento de ancoragem, caso a soma das áreas dessas armaduras seja maior ou igual às especificadas a seguir. 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As a. Barras com Ø < 32,0 mm Ao longo do comprimento de ancoragem deve ser prevista armadura transversal capaz de resistir a 25% da força longitudinal de uma das barras ancoradas. Se a ancoragem envolver barras diferentes, prevalece, para efeito, a de maior diâmetro. b. Barras com Ø < 32,0 mm Deve ser verificada a armadura em duas direções transversais ao conjunto de barras ancoradas. Essas armaduras transversais devem suportar os esforços de fendilhamento segundo os planos críticos, respeitando o espaçamento máximo de “5∙Ø” (onde “Ø” é o diâmetro da barra ancorada). 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As c. Barras Comprimidas Quando se tratar de barras comprimidas, pelo menos uma das barras constituintes da armadura transversal deve estar situada a uma distância igual a “4,0∙Ø” (quatro diâmetros da barra ancorada) além da extremidade da barra. Company Logo21/02/2018 10:1021/02/2018 10:10 Ancoragem de Estrios 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As . De acordo com o “item 9.4.6” da NBR 6118, a ancoragem dos estribos deve necessariamente ser garantida por meio de ganchos ou barras longitudinais soldadas. Ganchos dos Estrios 21/02/2018 10:10 . De acordo com o “item 9.4.6.1” da NBR 6118, os ganchos dos estribos, confeccionados com barras de diâmetro “Øt”, poderão ser: a. Semicirculares ou em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento igual a “5∙Øt”, porém não inferior a “5,0 cm”; b. Em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a “10∙Øt”, porém não inferior a “7,0 cm” (este caso não é permitido para barras e fios lisos). Detalhamento de As 21/02/2018 10:10. Ganchos dos Estribos . Os diâmetros internos da curvatura dos estribos deverão se, no mínimo, iguais aos do quadro apresentado a seguir (“Tabela 9.2” da NBR 6118:2014), sendo “Øt” o diâmetro da barra do estribo. Click to edit Master text styles Second level Third level Fourth level Fifth level 21/02/2018 10:10 Ganchos de Ancoragem nas Etremidades das Barras Detalhamento de As . Na NBR 6118 são previstos ganchos para ancoragem das barras tracionadas e estribos. . Os ganchos possibilitam a redução do comprimentode ancoragem. . As armaduras comprimidas devem ancoradas sem a utilização de ganchos. Ganchos da Armadura de Tração Concreto Armado 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As . As recomendações para os ganchos da armadura longitudinal de tração se encontram no “item 9.4.2.3” da NBR 6118. . Os comprimentos mínimos retos nas extremidades das barras visam garantir o trabalho do gancho ou a efetiva ancoragem. Os ganchos podem ser: . a. semicirculares, com ponta reta de comprimento não inferior a “2∙Ø”. Ganchos da Armadura de Tração Concreto Armado 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As . b. em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento não inferior a “4∙Ø”. . c. em ângulo reto, com ponta reta de comprimento não inferior a “8∙Ø”. Detalhamento de As 21/02/2018 10:10. Ganchos da Armadura de Tração . Nas barras lisas, os ganchos deverão ser semicirculares. O diâmetro interno da curvatura do dobramento dos ganchos das armaduras longitudinais de tração (“Øi” na figura a seguir) . exigido a fim de evitar fissuras no aço, deve ser, pelo menos, igual aos valores apresentados a seguir, dados em função do diâmetro da barra e do tipo de aço. 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Detalhamento da Armadura Longitudinal Eemlo 2 . Calcular o comprimento de ancoragem de uma barra de diâmetro “Ø = 12,5 mm”, considerando “situação de boa aderência”, concreto com “fck = 20,0 MPa” e terminando na extremidade com gancho de ângulo reto. . Detalhar o gancho. Detalhamento de As 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Exemplo 2 a. Cálculo do comprimento de ancoragem . O comprimento de ancoragem de uma barra tracionada, com área efetiva igual à calculada, quando de utiliza gancho, é obtido multiplicando o comprimento de ancoragem da barra reta (comprimento básico) por “0,7”, ou seja: ↮ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 ∙ 𝑙𝑏 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝐴𝑠,𝑒𝑓 ≥ 𝑙𝑏,𝑚í𝑛 . α1 = 0,7 (barras tracionadas com gancho e cobrimento no plano normal ao do gancho ≥ 3∙Ø); ⇎ 𝑙𝑏,𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 0,7 ∙ 𝑙𝑏,𝑟𝑒𝑡𝑎 ⇎ 𝑙𝑏,𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 0,7 ∙ 54,6 Exemplo 1 ⇎ 𝑙𝑏,𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜 = 38,3 𝑐𝑚 Detalhamento de As 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Exemplo 2 a. Cálculo do comprimento de ancoragem . O comprimento de ancoragem de uma barra tracionada, com área efetiva igual à calculada, quando de utiliza gancho, é obtido multiplicando o comprimento de ancoragem da barra reta (comprimento básico) por “0,7”, ou seja: ↮ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 ∙ 𝑙𝑏 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝐴𝑠,𝑒𝑓 ≥ 𝑙𝑏,𝑚í𝑛 . α1 = 0,7 (barras tracionadas com gancho e cobrimento no plano normal ao do gancho ≥ 3∙Ø); 21/02/2018 10:10Armadura Longitudinal Detalhamento de As Exemplo 2 b. Detalhamento do gancho . Deve ser calculado o comprimento gasto para executar o gancho, que é igual a soma do trecho curvo retificado (do ponto “A” ao “B”) com a ponta reta, ↦ 𝑙𝑔 = 𝛼 ∙ 𝜋 ∙ 2,5 ∙ 𝜙 + 0,5 ∙ 𝜙 180 + 8 ∙ 𝜙 2 ⇢ 𝑙𝑔 = 4,71 ∙ 𝜙 + 8,0 ∙ 𝜙 ⇛ 𝑙𝑔 = 12,71 ∙ (1,25) ↳ 𝑙𝑔 ≅ 16,0 𝑐𝑚 Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo . Embora na NBR 6118 não esteja definido onde termina o comprimento de ancoragem em barras com ganchos, na versão de 1982 estava estabelecido que “lb” deveria se estender até o ponto B, como indicado a seguir: Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo . Assim, o comprimento de aço gasto a mais para se ancorar com gancho é obtido retirando-se da medida anterior a projeção horizontal do comprimento AB e acrescentando-se o tamanho do gancho. . Valor a descontar de “lb” (início da curva) = 𝜙𝑖 2 + 𝜙 = 5 ∙ 𝜙 2 + 𝜙 = 3,5 ∙ 𝜙 = 3,5 ∙ 1,25 ≅ 4,4 𝑐𝑚 Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo . Tamanho total da ancoragem com gancho: ⇢ lt = lb + lg - 4,4 = 38,26 + 16,0 - 4,4 ≅ 49,9 cm Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Barra com Comprimento Retificado = 38,26 − (𝜙 + 2,5 ∙ 𝜙) + 16,0 = 49,9 𝑐𝑚 . Resumo Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo . Observa-se que não compensa utilizar gancho reto na ancoragem, pois o comprimento total gasto para as barras com e sem gancho é praticamente o mesmo (49,9 cm para 54,6 cm). Detalhamento de As Armadura Longitudinal . Resumo . A pequena economia conseguida no comprimento total não compensa, pois há um maior trabalho para executar o gancho, não havendo economia de material considerável. . Portanto, os gancho devem ser colocados apenas quando não houver distância disponível para ancorar a armadura, como ocorre, por exemplo, nos apoios extremos de vigas. Exemplo 3 . Detalhamento de As Armadura de leo . Detalhar uma barra de aço CA-50 de modo que ela se estenda sobre todo o comprimento de uma viga, na sua parte inferior, utilizando ganchos semicirculares (180º) nas duas extremidades; . A distância entre as faces externas da viga é “800,0 cm”, e o cobrimento é de “3,0 cm”. 86 © 2017 Regents of the University of Minnesota. All rights reserved. . Detalhamento de As 21/02/2018 10:10 Exemplo 3 . Nos detalhamentos dos projetos estruturais é necessário identificar a barra e informar suas dimensões para que ela possa ser confeccionada, e cada barra será designada por uma denominação genérica dada por: . Nn Ø D - C . Onde: Nn ⇋ número que identifica a barra; D ↬ Diâmetro da barra em milímetros; e C ⇁ comprimento total em centímetros. 87 © 2017 Regents of the University of Minnesota. All rights reserved. 21/02/2018 10:10 Exemplo 3 Detalhamento de As . Além do valor do comprimento total da barra (retificada), costuma-se indicar o comprimento “reto” da barra, na verdade a distância BB’, . que no caso vale: . l = 800,0 – 2,0∙(3,0) = 791,0 cm 21/02/2018 10:10Armadura Longitudinal Detalhamento de As Exemplo 3 . O comprimento total da barra é obtido acrescentando-se ao “comprimento reto” o comprimento necessário para construir o gancho. . O comprimento do gancho é dado pelo comprimento total do gancho (semicírculo mais ponta reta de “2∙Ø”). . Comprimento do gancho: . lg = 𝜋 ∙ 5 ∙ 𝜙 + 𝜙 2,0 + 2,0 ∙ 𝜙 = 9,4 ∙ 𝜙 + 2,0 ∙ 𝜙 = 11,4 ∙ 𝜙 = 11,4 ∙ 1,25 ≅ 14,0 𝑐𝑚 21/02/2018 10:10Armadura Longitudinal Detalhamento de As Exemplo 3 b. Detalhamento do gancho . Deve ser calculado o comprimento gasto para executar o gancho, que é igual a soma do trecho curvo retificado (do ponto “A” ao “B”) com a ponta reta, ↦ 𝑙𝑔 = 𝛼 ∙ 𝜋 ∙ 2,5 ∙ 𝜙 + 0,5 ∙ 𝜙 180 + 8 ∙ 𝜙 2 ⇢ 𝑙𝑔 = 4,71 ∙ 𝜙 + 8,0 ∙ 𝜙 ⇛ 𝑙𝑔 = 12,71 ∙ (1,25) ↳ 𝑙𝑔 ≅ 16,0 𝑐𝑚 Armaduras de Flexão 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As Ganchos dos Estrios . De acordo com o “item 9.4.6.1”, os ganchos dos estribos, confeccionados com barras de diâmetro “Øt” poderão ser: a. semicirculares ou em ângulo de 45º (interno), com ponta reta de comprimento igual a “5,0∙Øt”, porém não inferior a “5,0 cm”; b. Em ângulo reto, com ponta reta de comprimento maior ou igual a “10,0∙Øt”, porém não inferior a “7,0 cm” (este caso não é permitido para barras e fios lisos); Armaduras de Flexão 21/02/2018 10:10 Detalhamento de As Ganchos dos Estrios . Os diâmetros internos da curvatura dos estribos deverão ser, no mínimo, iguais aos da Tabela 9.2 da NBR 6118, sendo “Øt” diâmetro da barra do estribo: Company Logo Detalhamento de As leo 21/02/2018 10:10 Armadura de leoDeslocamento do Diagrama de omentos letores (Decalagem) . Os comprimentos das barras da armadura longitudinal em uma viga são determinados por meio das medidas efetuadas no diagrama de Momentos Fletores. 21/02/2018 10:10 Deslocamento do Diagrama de omentos letores (Decalagem) . A estes comprimentos devem ser somados o comprimento de ancoragem de cada uma. . O estudo feito no calcula da armadura de flexão considerou apenas o caso de flexão simples e pura. . Em uma viga de edifícios há sempre o efeito do cisalhamento, devido à força cortante, e para levá-lo em conta é utilizado o modelo de treliça de Mörsch desenvolvido no início do século XX. . Faremos uma introdução ao estudo do modeloque será discutido mais detalhadamente nos tópicos referentes ao estudo do cisalhamento em vigas. Armadura de leo 21/02/2018 10:10Decalagem . No colapso, as fissuras na região próxima ao apoio estão inclinadas em aproximadamente 45º . De acordo com a figura da viga em colapso pode se fazer uma analogia com os mecanismos resistentes de uma treliça. Armadura de leo 21/02/2018 10:10Decalagem . Na região do apoio as forças cortantes são maiores e pala analogia de treliça pode se considerar que o concreto íntegro entre duas fissuras inclinadas (biela comprimida de concreto) seja representado pelas diagonais da treliça, com inclinação de 45º. Armadura de leo 21/02/2018 10:10Decalagem . A região de concreto comprimida na parte superior da viga (acima da linha neutra) é representada pelo banzo superior horizontal. Armadura de leo 21/02/2018 10:10Decalagem . A armadura longitudinal tracionada é representada pelo banzo inferior, e os montantes (verticais) representam os efeito dos estribos. Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de Momentos fletores . Seccionando a treliça de Mörsch em uma seção SS: Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de Momentos fletores . Fazendo o equilíbrio de momentos em torno do ponto “K”, chega-se a : 𝐹𝑠 ∙ 𝑧 = 𝑅 ∙ 𝑎 − 𝑃1 ∙ 𝑎1 + 𝑎2 − 𝑃2 ∙ 𝑎2 . Verifica-se que a parcela da direita (R∙a-P1∙a1-P1∙a2-P2∙a2) é numericamente igual ao valor do Momento fletor de cálculo “Md”. Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de Momentos fletores . A força na armadura é a área de aço “As” multiplicada pela sua resistência de cálculo à tração “fyd”, resulta: 𝐹𝑠 ∙ 𝑧 ⇛ 𝑓𝑦𝑑 ∙ 𝐴𝑠 ∙ 𝑧 = 𝑀𝑑 ⟹ 𝐴𝑠 = 𝑀𝑑 𝑧 ∙ 𝑓𝑦𝑑 . que é a mesma expressão obtida quando se calculou a armadura de flexão. . A diferença é que, na definição de “As” na flexão simples, “Md” atuava na seção que continha o ponto “K” da distância “a2”. Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de Momentos fletores . Como “Md” atuante na seção do ponto “J” é menor que “Md” na seção do ponto “K”, a área da armadura obtida é menor que a necessária. . Em outras palavras podemos inferir que a área “As” obtida na flexão simples foi calculada com “Fs” que atua em “J”, quando deveria ter sido calculada com “Fs” atuante na seção que contém o ponto “K”, em que é maior. Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de momentos fletores . Uma maneira de considerar esse fato é trasladar o diagrama de Momentos Fletores de certa distância “al” na direção mais desfavorável, como indicado pelas curvas tracejadas na figura seguinte: Armadura de leo 21/02/2018 10:10 . Decalagem do diagrama de momentos fletores . Os comprimentos “ai” das barras seriam tirados deste novo diagrama. . Para simplificar, pode-se usar o diagrama normal e acrescentar aos valores de “ai”, além do comprimento de ancoragem “lb”, o valor de “al”. 104 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Decalagem do diagrama de Momentos Fletores . O cálculo da armadura transversal é necessário para estabelecer o valor do deslocamento (decalagem) do diagrama de Momentos Fletores. . Segundo a NBR 6118, “item 17.4.1”, o cálculo da armadura transversal é baseado no modelo de treliça de banzos paralelos, com uma parcela Vc da força cortante absorvida por mecanismos resistentes complementares. . São possíveis dois modelos de Cálculo, que serão vistos em detalhes no item referente ao cisalhamento de vigas. 105 © 2017 Regents of the University of Minnesota. All rights reserved. Decalagem do Diagrama de Momentos Fletores 21/02/2018 10:10 odelo 1 . Modelo 1: . Admite que as diagonais de compressão (bielas comprimidas) têm inclinação “θ = 45º” em relação ao eixo longitudinal da peça, e que “Vc” tem valor constante, independentemente de “Vsd” (força cortante solicitante de cálculo). 106 © 2017 Regents of the University of Minnesota. All rights reserved. 21/02/2018 10:10 Modelo 2 Decalagem do Diagrama de omentos letores . Modelo 2: . Admite que as diagonais de compressão (bielas comprimidas) têm inclinação “θ” diferente de 45º, arbitrada livremente no intervalo “30º ≤ θ ≤ 45º”. . Neste caso a parcela “Vc” é considerada com valores menores, sofrendo redução com o aumento de “Vsd” (força cortante solicitante de cálculo). Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com o “Modelo 1” Detalhamento de As 21/02/2018 10:10 leo . Quando a armadura longitudinal de tração for determinada por meio do equilíbrio de esforços na seção normal ao eixo do elemento estrutural, podem–se substituir os efeitos provocados pela fissuração oblíqua pelo deslocamento do diagrama de força no banzo tracionado (ou do diagrama de momentos fletores), paralelo ao eixo da peça, dado por: . “item 17.4.2.2c” da NBR 6118. 𝑑 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 2,0 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ∙ 1,0 + cot 𝛼 − cot 𝛼al = ≤ 𝑑 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com “Modelo 1” . em que: 𝑑 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 2,0 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ∙ 1,0 + cot 𝛼 − cot 𝛼al = ↳ “al = d” 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 ≤ 𝑉𝑐↠ para . A parcela “Vc” da força cortante, no caso de flexão simples, sendo “bw” (largura) e “d” (altura útil) da seção, e “fctd” a resistência de cálculo à tração do concreto, é dada por: 𝑉𝑐 = 0,6 ∙ 𝑓𝑐𝑡𝑑 ∙ 𝑏𝑤 ∙ 𝑑 . sendo: 𝑓𝑐𝑡𝑑 = 𝑓𝑐𝑡𝑘,𝑖𝑛𝑓 𝛾𝑐 = 0,7 ∙ 0,3 ∙ 𝑓𝑐𝑘 2/3 1,4 = 0,7 ∙ 𝑓𝑐𝑡,𝑚 𝛾𝑐 . com “fck” em MPa 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com “Modelo 1” . em que: 𝑑 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 2,0 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ∙ 1,0 + cot 𝛼 − cot 𝛼al = . “al = d” 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 ≤ 𝑉𝑐↠ para ↳ “al ≥ 0,5∙d” ↠ no caso geral ↳ “al ≥ 0,2∙d” ↠ para estribos inclinados a 45º ↳ α ↬ ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal da peça, podendo- se tomar “45º ≤ α ≤ 90º”. ↳ “Vsd,máx” ↦ força cortante de cálculo na seção mais solicitada. ↳ “Vc” ↦ parcela da força cortante absorvida por mecanismos adicionais ao de treliça. 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com “Modelo 1” . No caso da utilização de estribos verticais e, portanto, α = 90º, resulta para “al”; 𝑑 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 2,0 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 ∙ 1,0 + cot 𝛼 − cot 𝛼al = 𝑑 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 2,0 ∙ 𝑉𝑠𝑑,𝑚á𝑥 − 𝑉𝑐 al = ≤ 𝑑 . Ainda neste mesmo “item 17.4.2.2c”, a norma admite que a decalagem do diagrama de força no banzo tracionado pode também ser obtida simplesmente empregando a força de tração, em cada seção, dada pela expressão: 𝐹𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑟 = 𝑀𝑠𝑑 𝑧 + 𝑉𝑠𝑑 ∙ cot 𝜃 − cot 𝛼 ∙ 1 2 ≤ 𝑀𝑠𝑑,𝑚á𝑥 𝑧 2 1 /0 2 /2 0 1 8 1 0 :1 0 Concreto Armado Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com “Modelo 1” . em que: 𝐹𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑟 = 𝑀𝑠𝑑 𝑧 + 𝑉𝑠𝑑 ∙ cot 𝜃 − cot 𝛼 ∙ 1 2 ≤ 𝑀𝑠𝑑,𝑚á𝑥 𝑧 .“Msd,máx” é o Momento Fletor de cálculo máximo no trecho em análise; .“α” é o ângulo de inclinação da armadura transversal em relação ao eixo longitudinal da peça. .“θ = 45º” é a inclinação das diagonais de compressão em relação ao eixo longitudinal da peça. YOUR SITE HERE LOGO Detalhamento de As Concreto Armado Deslocamento do Diagrama de Momentos Fletores de acordo com o “Modelo 2” . O deslocamento do diagrama de Momentos Fletores, de acordo com o “Modelo 2”, mantidas as mesmas condições estabelecidas para o “Modelo 1”, será: . “item 17.4.2.3c” da NBR 6118. 0,5 ∙ 𝑑 ∙ cot 𝜃 − cot 𝛼al = ≥ 21/02/2018 10:10 . “0,5∙d” ↛ “caso geral” . “0,2∙d” ↠ “estribos inclinados a 45º” . Em que é a inclinação das diagonais de compressão (bielas), variando entre 30º e 45º. Detalhamento de As Armadura Longitudinal 0,5 ∙ 𝑑 ∙ cot 𝜃 − cot 𝛼al = . Considerando novamente estribos verticais, resulta para “al”; 0,5 ∙ 𝑑 ∙ cot 𝜃al = ≥ 0,5∙d . Também no Modelo 2 permanece válida a alternativa para a obtenção da forçade tração dada pela seguinte equação: 𝐹𝑠𝑑,𝑐𝑜𝑟 = 𝑀𝑠𝑑 𝑧 + 𝑉𝑠𝑑 ∙ cot 𝜃 − cot 𝛼 ∙ 1 2 ≤ 𝑀𝑠𝑑,𝑚á𝑥 𝑧 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Ancoragem da Armadura de Trao junto aos Aoios . Quando o diagrama de momentos deslocado, em seu ramo positivo, atingir o apoio, torna-se necessário ancorar a biela de concreto na região inferior da viga. . Na parte superior, o concreto comprimido é responsável pela ancoragem. . As recomendações a respeito de armadura de tração nas seções de apoio e sai ancoragem são apresentadas nos itens 18.3.2.4 e 18.3.2.4.1 da NBR 6118. Detalhamento de As 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Ancoragem da Armadura de Trao junto aos Aoios Detalhamento de As . Os esforços de tração, junto aos apoios de vigas simples ou contínuas, devem ser resistidos por armaduras longitudinais que satisfaçam a mais severa das seguintes condições: a. Para momentos positivos, as armaduras obtidas por meio do dimensionamento da seção; b. Em apoios extremos, para garantir a ancoragem da diagonal de compressão, armaduras capazes de resistir a uma força de tração dada por: 𝑅𝑠𝑡 = 𝑎𝑙 𝑑 ∙ 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑 Ancoragem da Armadura de Trao junto aos Aoios leo 21/02/2018 10:10Detalhamento de As . “Vd” ⇛ Força cortante no apoio; . “Nd” ⇏ Força de tração eventualmente existente; & . “al” ↠ Valor do deslocamento do diagrama de momentos fletores. 𝑅𝑠𝑡 = 𝑎𝑙 𝑑 ∙ 𝑉𝑑 + 𝑁𝑑 21/02/2018 10:10 Armadura de leo Ancoragem da Armadura de Trao junto aos Aoios Detalhamento de As . Em apoios extremos e intermediários, por prolongamento de uma parte da armadura de tração do vão (As,vão), que corresponde ao máximo momento positivo do tramo (Mvão), de modo que: . se “Mapoio” for nulo ou negativo e de valor absoluto ≤ (0,5∙“Mvão”); . se “Mapoio” for negativo e de valor absoluto > (0,5∙“Mvão”) . 𝐴𝑠,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ 𝐴𝑠,𝑣ã𝑜 3,0 𝐴𝑠,𝑎𝑝𝑜𝑖𝑜 ≥ 𝐴𝑠,𝑣ã𝑜 4,0 21/02/2018 Detalhamento de As . Na ancoragem da armadura de tração no apoio, quando se tratar de apoio extremo com momento positivo (caso a), deverão ser obedecidos os critérios usuais de detalhamento, já discutidos. Para aas situações de apoios extremos com momentos negativos ou nulos (casos “b & c”), as barras dessas armaduras deverão ser ancoradas a partir da face do apoio, com comprimentos iguais ou superiores ao maior dos seguintes valores: . “lb,nec”, conforme a equação . (r + 5,5∙Ø), em que “r” é o raio de curvatura interno do gancho e “Ø” o diâmetro da barra; . “60,0 mm”. ↮ 𝑙𝑏,𝑛𝑒𝑐 = 𝛼1 ∙ 𝑙𝑏 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑎𝑙𝑐 𝐴𝑠,𝑒𝑓 A nc or a ge m d a A rm a du ra d e T ra o ju nt o a os A o io s Armadura de leo Ancoragem da Armadura de Trao junto aos Aoios leo 21/02/2018 10:10Detalhamento de As . Quando houver cobrimento da barra no trecho do gancho, medido normalmente ao plano do gancho, de pelo menos “70,0 mm”, e as ações acidentais não ocorrerem com grande frequência com seu valor máximo, o primeiro dos três valores anteriores pode ser desconsiderado, “. Para momentos positivos, as armaduras obtidas por meio do dimensionamento da seção.” prevalescendo, neste caso, as duas condições restantes. 120A nc or a ge m d a A rm a du ra d e T ra o ju nt o a os A o io s 21/02/2018 10:10 D et a lh a m en to de A s . Quando se tratar de apoios intermediários, nas situações b e c, o comprimento de ancoragem pode ser igual a “10,0∙Ø”, desde que não haja nenhuma possibilidade da ocorrência de momentos positivos nessa região provocados por situações imprevistas, particularmente por efeitos de vento e eventuais recalques. . Quando essa possibilidade existir, as barras deverão ser contínuas ou emendadas sobre o apoio.
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