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CALENDÁRIO ACADÊMICO 2020/2 - UNIDADE CONTAGEM Comunicação professor com o aluno Via AVA por meio da ferramenta de mensagens ou no respectivo encontro (pré aula, aula, pós aula) Lista de exercícios serão postadas no AVA. Slides das aulas e notas de aula serão postadas no AVA. Informações importantes ou relevantes para o encontro serão por msg. AVA. Qualquer duvida ou problema POR FAVOR entre em contato com o professor Obs: Sempre entre no AVA semanalmente e leia as mensagens ou postagem do professor, pois essa ferramenta será usada com frequência. Bibliografia Vocabulário Internacional de Metrologia: Conceitos fundamentais e gerais de termos associados (VIM 2012). Duque de Caxias, RJ: INMETRO, 2012. 94 p. Fundamentos de Metrologia Científica e Industrial – 1ª Edição Armando Albertazzi G. Jr e Andre R. de Sousa. Barueri, Editora Manole, 2008. 424 p. Metrologia na Indústria – 8ª Edição. Francisco Adval de Lira. São Paulo. Editora Ética. 2009. 256 p. Metrologia e controle geométrico. Alessandra Cristina Santos Akkari. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A. 2017. 216 p. https://drive.google.com/drive/folders/1oXwS3C sC5aipeaDMmZU4ISZ5tmqOo5Wu?usp=sharing Link para download dos livros https://drive.google.com/drive/folders/1oXwS3CsC5aipeaDMmZU4ISZ5tmqOo5Wu?usp=sharing Referencial teórico - Bibliografia ALBERTAZZI, Armando; SOUSA, André Roberto de. Fundamentos de metrologia científica e industrial. 1a edição – Editora Manole, 2008. LIRA, Francisco Adval de. Metrologia na Indústria, 4a edição - Editora Érica - 2001. ISBN: 857194783X. BALBINOT, Alexandre; BRUSAMARELLO, Valner João. Instrumentação e fundamentos de medidas, volume 1. Rio de Janeiro, LTC Ed., 2006. BALBINOT, Alexandre; BRUSAMARELLO, VALNER JOÃO - Instrumentação e fundamentos de medidas (vols2), 1a edição, Editora LTC, 2006. WERKEMA, Cristina – Avaliação de sistemas de medição, série seis sigma volume 5, 1a edição, WERKEMA Editora, 2006. ABNT; INMETRO; Guia para a expressão da incerteza da medição – Terceira edição brasileira (agosto 2003), ABNT/INMETRO, 2003. DOEBELIN, Ernest O, Measurement systems: application and design - Editora McGraw-Hill. 1990. Measurement systems: application and design. REVISTA METROLOGIA E INSTRUMENTAÇÃO - online INMETRO. Vocabulário Internacional de Metrologia – (VIM 2008), 1a edição - INMETRO - 2009. Etimologia Origem da palavra dos termos Gregos: Metron: Medida Logos: Estudo, Ciência Definição: “Ciência da medição que abrange todos os processos teóricos e práticos relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em quaisquer campos da ciência ou da tecnologia” (Fonte: VIM, Inmetro 2012) Importância de medir "O conhecimento amplo e satisfatório sobre um processo ou fenômeno somente existirá quando for possível medi-lo e expressá-lo através de números". William Thomson (Lord Kelvin), 1883 Medições no dia a dia Potência da lâmpada Temperatura da geladeira Volume de leite Tempo de cozimento Velocidade do automóvel Pressão dos pneus Volume de combustível Quantidade de arroz Consumo de energia Tamanho do peixe Dimensões das peças Volume da TV Horário do despertador Tamanho da calça Exemplo de medição 0 1 2 3 4 2,4 unidades mensurando instrumento de medição indicação unidade Exemplo de medição 2 tensão do gerador: 5,305 V constante do sistema de medição: 15,080 (km/h)/V velocidade: 5,305 V . 15,080 (km/h)/V = 80,0 km/h Algumas definições Mensurando é o objeto da medição. É a grandeza específica submetida a medição. Indicação é o valor de uma grandeza fornecido por um sistema de medição. Indicação direta é o número mostrado pelo sistema de medição. A indicação direta pode ou não ser apresentada na unidade do mensurando. Algumas definições tensão do gerador: 5,305 V constante do sistema de medição: 15,080 (km/h)/V velocidade: 5,305 V . 15,080 (km/h)/V = 80,0 km/h indicação direta indicação mensurando O que é medir? Medir é o procedimento experimental através do qual o valor momentâneo de uma grandeza física (mensurando) é determinado como um múltiplo e/ou uma fração de uma unidade, estabelecida por um padrão, e reconhecida internacionalmente. Medir para que? Monitorar Observar passivamente grandezas Controlar Observar, comparar e agir para manter dentro das especificações. Investigar Descobrir o novo, explicar, formular. Medir para monitorar... Compra e venda de produtos e serviços: consumo de água, energia elétrica, taxímetro, combustíveis, etc. Sinais vitais: pressão arterial, temperatura, nível de colesterol Atividades desportivas: desempenho, recordes Medir para controlar... pressão altitude temperatura rota velocidade 16 Medir para investigar... Medir para investigar... Pequenas diferenças nas medidas podem levar a conclusões completamente diferentes. Medir para investigar... Compreender Descobertas científicas, estudar fenômenos Dominar Validar, know-how Evoluir Melhorar continuamente, expandir limites Inovar Errar é inevitável M e d iç õ e s ge ra m e rr o s Sistema de medição m e n s u ra n d o indicação imperfeições do sistema de medição má definição do mensurando condições ambientais influência do operador ± ERROS procedimento de medição Processo de medição resultado da medição definição do mensurando procedimento de medição condições ambientais sistema de medição operador RM = (RB ± IM) unidade resultado de medição (RM) resultado base (RB) incerteza de medição +/- (IM) Instrumentos de medição 1.1 Evolução histórica da metrologia, unidades de medida e o sistema metrológico brasileiro As unidades de medidas primitivas estavam baseadas nos padrão do corpo humano. Exemplo: 1 Milha Romana = Distância equivalente a mil passos duplos percorridos por um soldado romano de porte médio Problemas Variações devido diferenças na anatomia = Discórdia nas relações comerciais O cúbito do Faraó A criação do Sistema Internacional de Unidades (SI) 1875 Convenção do Metro • Criação do Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM) 1960 Sistema Internacional de Unidades • Baseado no sistema de Unidades MKS • Adotado progressivamente em escala mundial • Atualmente 51 países são membros da Convenção • Das 203 nações, somente 3 não adotaram o SI, sendo eles EUA, Mianmar e Libéria Sistema inglês !! O metro • 1793: décima milionésima parte do quadrante do meridiano terrestre • 1889: padrão de traços em barra de platina iridiada depositada no BIPM • 1960: comprimento de onda da raia alaranjada do criptônio • 1983: definição atual 27 Este possui forma cilíndrica e um diâmetro e altura de aproximadamente 39 mm, sendo constituído por uma liga de 90% de platina e 10% de irídio 30 As sete unidades de Base do SI Unidades Suplementares C R 1 rad C = R Unidades Derivadas Outras Unidades que podem ser utilizadas no SI Representação de Múltiplos e Submúltiplos das Unidades O SI define os seguintes prefixos para múltiplos e submúltiplos das unidades: O nome de um múltiplo (ou submúltiplo) de uma unidade obtém-se acrescentando o nome da unidade ao nome do prefixo apropriado. Exemplo: centímetro (10-2 m) ; quilowatt (103 W) ; microampere (10-6 A) O símbolo de um múltiplo (ou submúltiplo) de um unidade forma-se acrescentando o símbolo da unidade ao símbolo do prefixo apropriado. Exemplo: cm ; kW ; µA. Os símbolos dos prefixos SI, quando impressos, escrevem-se em caracteres seguidos. Não se deve deixar espaço entre o símbolo do prefixo e o símbolo da unidade. Exemplo: deve escrever-se km e não k m para indicar 103 m. Não se deve, igualmente, deixar espaço entre o nome do prefixo e o nome da unidade, quando se escreve o nome do múltiplo (ou do submúltiplo). Exemplo: deve escrever-se microampere e não micro ampere. Um prefixo não pode ser empregue sem uma unidade. Exemplo: deve escrever-se µme não µ. Não se empregam prefixos compostos, isto é, prefixos formados pela associação de dois ou mais prefixos. Exemplos: deve escrever-se pF (picofarad) e não µµF ; deve escrever-se GW (gigawatt) e não kMW. A palavra “grama” é, neste contexto, um substantivo masculino; nestas condições, é incorreto dizer, por exemplo, “duzentas gramas” (como tantas vezes se ouve!), devendo antes dizer-se “duzentos gramas”. Exceção : Celsius é sempre maiúscula Metrologia no Brasil 1875 – Brasil foi signatário da Convenção do Metro 1967 – Adotou o SI 1973 – Lei 5966/73 institui o Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Campus do INMETRO Campus de Laboratórios em Xerém - RJ Outras organizações Outras organizações também fazem parte do Sinmetro, tais como: • Rede Brasileira de Calibração – RBC • Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios – RBLE • Rede Brasileira de Metrologia Legal • Institutos Estaduais de Pesos e Medidas – IPEM • Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT Outras organizações Rede Brasileira de Calibração - RBC • Laboratórios acreditados e coordenados pelo Inmetro para, em seu nome, efetuarem calibrações oficiais. • Esta rede continha em Julho de 2003 cerca de 205 laboratórios acreditados. • Certificados com selo do Inmetro Outras organizações Rede Brasileira de Laboratórios de Ensaios - RBLE • Laboratórios acreditados e coordenados pelo Inmetro para, em seu nome, efetuarem certificação de conformidade, isto é, verificar a condição de um produto atender aos requisitos de uma norma, especificação ou regulamento técnico, nacional ou internacional. • Esta rede continha em Julho de 2003 cerca de 140 laboratórios acreditados. • O Brasil necessita cerca de 1000 para atender a atual demanda. Outras organizações Rede Nacional de Metrologia Legal • Órgãos que têm por principal atribuição efetuar verificações periódicas nos meios de medição abrangidos pela Metrologia Legal e nos produtos pré medidos. • Em Julho de 2003 era composta por 26 órgãos metrológicos regionais, sendo 20 órgãos da estrutura dos governos estaduais, conhecidos como IPEM - Institutos de Pesos e Medidas. Outras organizações Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT • É responsável pela elaboração de normas vinculadas a regulamentação técnica; • As atividades relacionadas à acreditação e avaliação de conformidade no Sinmetro são baseadas nas normas e guias ABNT/ISO/IEC. Processo de Medição Posso confiar no que o sistema de medição indica? resultado da medição mensurando procedimento de medição condições ambientais Instrumento ou sistema de medição operador Grandeza a ser medida por meio do processo de medição. Indivíduo que executa o procediment o de medição. Condições, principalmente, ambientais em que ocorre a medição, como temperatura e umidade. A temperatura de referencia considerada em metrologia e de 20 graus Celsius. Modo por meio do qual será realizada a medição: número de repetições, intervalo de tempo entre as repetições, técnica de medição, entre outros. Dispositivo que será empregado para realizar a medição. O instrumento e utilizado para dispositivos mais simples e menos robustos, como paquímetro e micrometro, enquanto sistema de medição e utilizado para dispositivos mais complexos, como projetor de perfil. 1.2 Erro, incerteza e resultado de medição Fontes de erro para o processo, uma vez que pode ocorrer falha na leitura pelo operador não treinado ou erro do operador ao posicionar a peça a ser medida no instrumento; pode haver também imperfeições geométricas nos sistemas de medição ou mesmo o uso de um dispositivo não calibrado; ainda, uma medição executada sob elevada temperatura pode incorrer na dilatação da peca e/ou do instrumento; entre outros Erros de Medição ERRO DE MEDIÇÃO: O erro de medição está presente cada vez que a indicação do sistema de medição não coincide com o valor verdadeiro do mensurando. É a diferença entre o valor indicado pelo sistema de medição e o valor verdadeiro do mensurando. mensurando sistema de medição indicação valor verdadeiro erro de medição componente sistemática componente aleatória Nesse contexto, tem-se o conceito de erro de medição significa: A diferença entre o valor medido de uma grandeza e um valor de referencia, também chamado de valor verdadeiro. Para a obtenção do erro e parte do pressuposto de que e necessário saber o valor verdadeiro do mensurando para se determinar o erro. E = erro de medição; I = indicação (valor medido); VV = valor verdadeiro do mensurando (Equação 1) O erro de medição apresenta duas componentes: componente sistemática e componente aleatória. O erro sistemático tende a ser constante se todas as condições de medição forem mantidas, isto e, a componente sistemática do erro pode ser prevista. Assim, conceitualmente, entende-se que o erro sistemático, em medições repetidas, permanece constante ou varia de maneira previsível. Ex: Instrumento mal calibrado ou improprio para o tipo de medição. O erro sistemático pode ser estimado por meio do parâmetro denominado Tendência (Td). É justamente por poder ser previsto, essa componente pode ser corrigida no resultado de medição, por meio do parâmetro Correção (C). Td = tendência; IM = indicação media; VV = valor verdadeiro. sendo que Ii e a indicação da i-esima medição e n o numero de medições Percebe-se que o parâmetro Correção e numericamente igual a Tendência, mas com sinal invertido. Erros de Medição 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g E = I - VV E = 1014 - 1000 E = + 14 g Indica a mais do que deveria! EXEMPLO 1: Uma massa conhecida é repetidamente medida pela balança digital. O valor de massa é de (1,000000,00001) kg. Seria esperado que a indicação da balança sempre coincidisse com o valor verdadeiro da massa. Entretanto, a balança indica 1014 g. A balança apresenta um erro de medição positivo, que pode ser calculado pela equação 1. 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1014 g 1000 1010 1020 1012 g 1015 g 1018 g 1014 g 1015 g 1016 g 1013 g 1016 g 1015 g 1015 g 1015 g 1017 g 1017 g e rr o m é d io d is p e rs ã o Erros de Medição Erros de Medição | Erro sistemático É possível estimar o erro sistemático de um sistema de medição. Para isso, devem ser efetuadas medições repetitivas de um mensurando cujo valor verdadeiro é bem conhecido. Quanto maior o número de medições repetitivas, melhor será a estimativa do erro sistemático. Esse é calculado por: VV: valor verdadeiro conhecido exatamente condições: :média de infinitas indicações (Equação 2) Erros de Medição | Erro sistemático Por se tratar de erro sistemático, essa componente pode ser prevista e corrigida na indicação do sistema de medição. O erro sistemático pode ser estimado por meio do parâmetro denominado Tendência (Td), conforme a Equação 3, e, justamente por poder ser previsto, essa componente pode ser corrigida no resultado de medição, por meio do parâmetro Correção (C), conforme Equação 4. tendência VV (Equação 3) O erro de medição também possui a componente aleatória, isto e, um erro que não pode ser previsto (ocorre de modo aleatório) e, tampouco, corrigido. Logo, entende-se o erro aleatório como aquele que, em medições repetidas, varia de maneira imprevisível e um exemplo característico dessa componente refere-se ao erro do operador (INMETRO, 2012). O erro aleatório pode ser estimado pelos parâmetros Incerteza Padrão (u) e Repetitividade (Re). A Incerteza Padrão (desvio padrão), conforme Equação 5, refere-se ao desvio - padrão do erro aleatório de medição e é obtida a partir de uma serie de repetições da medição. O parâmetro Repetitividade (Re), calculado a partir do coeficiente t de Student e da incerteza padrão de acordo com a Equação 6, permite quantificar a intensidade do erro aleatório. Re = repetitividade; t = coeficiente de Student para 95,45% de probabilidade v = n −1 graus deliberdade, sendo n o numero de repetições de medições; u = incerteza padrão; Ii = indicação da i-esima medição O desvio padrão é uma medida que expressa o grau de dispersão de um conjunto de dados. Ou seja, o desvio padrão indica o quanto um conjunto de dados é uniforme. Quanto mais próximo de 0 for o desvio padrão, mais homogêneo são os dados. Erro por Reprodutibilidade (Rp). Se em um processo de medição houver diferentes princípios de medição; diferentes métodos de medição; operadores distintos; diferentes sistemas de medição; diferentes locais onde são efetuadas as medições; distintas condições de utilização; e distintos momentos em que as medições são efetuadas, então falamos em erro aleatório por meio da Reprodutibilidade. Re = repetitividade; t = coeficiente de Student para 95,45% de probabilidade e v = n −1 graus de liberdade, sendo n o numero de repetições de medições Isso significa que quanto mais dados forem usados para estimar o desvio-padra, melhor será a confiabilidade da estimativa realizada, ou seja, maior a probabilidade de evento ocorro por meio dos dados coletados. De acordo com a Equação 6, utiliza-se o coeficiente t de Student para 95,45% de probabilidade, significando que há 95,45% de chances de o erro aleatório estar dentro da faixa indicada pela Repetitividade. Nos livros da área e, principalmente, na prática, comumente adota-se a probabilidade de 95,45%, embora outros valores de probabilidade também possam ser utilizados, como 95,0%, 99,0% ou 99,7%. Nível de confiabilidade Nível de qualidade Sigma Defeito x defeituoso: qual a diferença? Defeito: defeitos são falhas que você consegue medir na sua unidade de produto. Exemplo em um formulário, de forma simples, defeitos seriam os erros de preenchimento, pois são possíveis de se contar. Defeituoso: Defeituoso é qualquer unidade de produto que possui um ou mais defeitos. Remetendo ao nosso exemplo, se seu formulário tem um ou dois erros de preenchimento, cada erro desse é um defeito. A partir do momento que esse formulário possuir um ou mais defeitos, você pode classificá-lo como um produto defeituoso. Um exemplo de erros... A missão de um comandante é avaliar a qualidade dos canhões de médio alcance disponíveis no arsenal bélico da corporação e classificar, em ordem decrescente, quais as melhores unidades. Para tal, um teste de tiro foi idealizado. Considere em mirar no centro de um alvo posicionado a 500 m de distância do canhão e disparar seguidamente 20 projéteis. Como condição especial, o teste exige que, para cada canhão, a mira seja feita apenas antes de iniciar o primeiro disparo e não seja refeita antes de os tiros subsequentes serem dados. Os resultados dos testes de precisão de tiro dos quatro canhões A, B, C e D são mostrados a seguir: Erros de Medição A B C D Erros de Medição A B C DEs EsEsEs Considerações para o canhão A: Não atingiu o alvo, mas suas marcas se concentraram em uma pequena região; Todos os erros foram grandes, mas seria fácil prever o 21º tiro do canhão; Esse é um tipo de erro previsível, denominado erro sistemático; Erro sistemático é a parcela previsível do erro. Corresponde ao erro médio. Considerações para o canhão B: Grande dispersão dos tiros. Porém, a média das posições dos tiros fica próxima ao centro do alvo; Seria difícil prever o 21º tiro do canhão; Os erros do canhão B são denominados erros aleatórios; Erro aleatório é a parcela imprevisível do erro. É o agente que faz com que repetições levem a resultados diferentes. Erros de Medição A B C DEa EaEaEa Considerações para o canhão C: Os projéteis do canhão C se espalharam por uma grande área do alvo (dispersão); A média das posições dos tiros fica distante do centro do alvo; Assim, tanto erro sistemático, quanto erro aleatório, são grandes. O erro sistemático está associado a distância entre a posição do centro da região dento da qual as marcas dos tiros se situam e o cento do alvo. A intensidade do erro aleatório está associada ao raio da região circular dento da qual as marcas de todos os projeteis se encontram. Erros de Medição A B C DEa Es Ea EsEa EsEa Es Considerações para o canhão D: Desempenho excepcional. Todos os tiros acertaram o alvo; O canhão é repetitivo; Erro sistemático nulo e o erro aleatório é pequeno. (Erro médio é praticamente zero) (Espalhamento pequeno) Erros de Medição A B C DEa Es Ea EsEa EsEa Es Exatidão e Precisão A B C DEa Es Ea EsEa EsEa Es Algumas considerações para os canhões A e B: Pontos positivos: Canhão A: - Dispersão pequena (Previsibilidade) Canhão B: - Alguns tiros acertaram o alvo 1º LUGAR: 2º LUGAR: 3º LUGAR: 4º LUGAR: Canhão D Canhão A Canhão B Canhão C Pontos negativos: Canhão A: - Nenhum dos projéteis acertaram o alvo Canhão B: - Dispersão alta (Imprevisível) Exatidão e Precisão A B C DEa Es Ea EsEa EsEa Es Canhão A: Possui excelente precisão Canhão D: Possui excelente exatidão e precisão 1º LUGAR: 2º LUGAR: 3º LUGAR: 4º LUGAR: Canhão D Canhão A Canhão B Canhão C Exatidão e Precisão A B C DEa Es Ea EsEa EsEa Es Exatidão é a capacidade de um sistema funcionar sem erros, tendo sempre um ótimo desempenho; Precisão significa “pouca dispersão”, isto é, capacidade de obter sempre o mesmo resultado quando repetições são efetuadas. Definição de exatidão e de precisão Exatidão refere-se ao grau de concordância entre um valor medido e um valor verdadeiro de um mensurando. (acertar o alvo) Precisão indica o grau de concordância entre indicações ou valores medidos, obtidos por medições repetidas, no mesmo objeto ou em objetos similares. (dispersão dos dados) Operador A : alta precisão, baixa exatidão Operador B : media precisão, media exatidão Operador C : alta precisão, alta exatidão Operador D : media precisão, baixa exatidão. Conclusão... Quanto maior for a precisão... menor o desvio-padrão.... menor dispersão dos dados...menor a componente aleatória. Quanto maior a exatidão, menor tendera a ser o erro sistemático. voltando.... Erro e a indicação entre o valor medido e o valor verdadeiro do mensurado, então o valor verdadeiro precisa ser conhecido. Incerteza é a faixa de valores que pode ser atribuída ao mensurando, então na pratica não se conhece o valor verdadeiro. O resultado da medição é apenas a melhor estimativa de tal valor verdadeiro, e na ausência de erros sistemáticos ele é obtido pela media aritmética de N medições repetidas do mesmo mensurando. Incerteza tipo A está relacionada a aleatoriedade, os que foram determinados utilizando-se uma análise estatística e uma série de observações Incerteza tipo B está relacionada a erros sistemáticos de qualquer medição, os quer foram determinados por quaisquer outros meios. resultado de medição (RM) resultado base (RB) incerteza de medição +/- (IM) O resultado de medição sempre terá uma incerteza atrelada a qual, por sua vez, também se vincula com efeitos sistemáticos e aleatórios Exemplo A massa de uma esfera de aço utilizada em rolamentos, sendo que o valor de especificação desta peça, ou seja, seu valor verdadeiro, e de 300,00 g Calcular o erro de medição, erro sistemático e o erro aleatório. E = erro de medição; I = indicação; VV = valor verdadeiro do mensurando Componente sistemática Siglas: E = erro de medição; Td = tendência; IM = indicação media; VV = valor verdadeiro. RM = Resultado de medição RB = Resultado base u = incerteza padrão Re = repetitividade t = coef. Student Componente aleatória (300,5 − 300,3)2+(300,27 − 300,3)2+(300,35 − 300,3)2+(300,19 − 300,3)2+(300,31 − 300,3)2 5 − 1 u = 0,118 g. Re = ± (2,869 * 0,118) Re = ± 0,339 g Siglas: E = erro de medição; Td = tendência; IM = indicação media; VV = valor verdadeiro. RM = Resultado de medição RB = Resultado base u = incerteza padrão Re = repetitividade t = coef. Student t = 2,869 Repetitividade (Re) 0 g1014 g 1 (1000,00 ± 0,01) g 1014 g 1012 g 1015 g 1018 g 1014 g 1015 g 1016 g 1013 g 1016 g 1015 g1015 g 1017 g 112 )1015( u 12 1 2 − − = =i iI média: 1015 g u = 1,65 g = 12 - 1 = 11 t = 2,255 Re = 2,255 . 1,65 Re = ± 3,72 g Cálculo da repetitividade: O coeficiente t de Student é obtido por tabela é 2,255. Cálculo da incerteza-padrão: Siglas: E = erro de medição; Td = tendência; IM = indicação media; VV = valor verdadeiro. RM = Resultado de medição RB = Resultado base u = incerteza padrão Re = repetitividade t = coef. Student No excel =MED() - media =DESVPADA() – desvio padrão Nesta seção, iremos vai aprender conceitos importantes vinculados com os métodos de medição, características metrológicas e fontes de erro. Vamos compreender os fundamentos e as características de cada método de medição, englobando os métodos de: 1. Comparação; 2. Indicação; 3. diferencial. 1.3 Métodos básicos de medição Método da comparação: O valor do mensurando é determinado comparando-o com um artefato cujo valor de referência é muito bem conhecido. Métodos de medição 0 medidas materializadas ➢ massa padrão ➢ bloco padrão ➢ resistor elétrico padrão Método da comparação: Na metrologia, denominamos esse objeto de medida materializada, ou padrão, referindo-se a um dispositivo capaz de reproduzir ou fornecer valores conhecidos de uma dada grandeza. Assim, por exemplo, podemos citar os blocos padrão de comprimento, blocos padrão de dureza, massa padrão, resistor padrão, gerador-padrão de sinais, entre outros. Métodos de medição Método da comparação: Assim, no método da comparação, emprega-se uma medida materializada com valor conhecido e equivalente ao mensurando que se quer medir, de modo que o sistema indique diferença zero entre os objetos. Métodos de medição Método da indicação (ou método da deflexão do ponteiro): Quando o sistema é acionado, um número proporcional ao valor do mesurando é obtido. Muitos instrumentos digitais operam como base no método da indicação, sendo que o valor obtido no mostrador digital, quando o sistema é acionado, refere-se ao valor do mensurando. Métodos de medição Mostram um número proporcional ao valor do mesurando. Método da indicação (ou método da deflexão do ponteiro): Galvanômetro Métodos de medição Método diferencial: Combinação dos métodos da indicação e da comparação. Assim, relativo ao método da comparação, tem-se o uso de medida materializada cujo valor é próximo ao do mensurando e a diferença entre ambos é medida pelo método da indicação. Logo, não há necessidade de equiparar os valores entre o mensurando e o padrão, mas preza-se somente por uma aproximação, de modo que a diferença é obtida pelo método da indicação. Métodos de medição A pequena diferença entre o mensurando e uma medida materializada é indicada. Método diferencial: Métodos de medição Métodos de medição Método diferencial: base coluna relógio comparador 0 0 d padrão peçapadrãopeça d característica indicação comparação diferencial velocidade de medição muito rápido muito lento rápido facilidade de automação muito difícil muito fácilmuito fácil estabilidade com tempo instável muito estável muito estável custo moderado a elevado elevado moderado Análise Comparativa: muito usada na indústria Métodos de medição Módulos de um SM transdutor e/ou sensor unidade de tratamento do sinal dispositivo mostrador ou registrador indicação ou registro mensurando sistema de medição • em contato com o mensurando • transformação de efeitos físicos • sinal fraco • amplifica potência do sinal do transdutor • pode processar o sinal • torna o sinal perceptível ao usuário • pode indicar ou registrar o sinal Módulos de um SM Dispositivos registradores: Módulos de um SM F d tr a n s d u to r d is p o s it iv o m o s tr a d o r F D A unidade de tratamento de sinais P W A F N B 14,5 N ID d is p o s it iv o m o s tr a d o r Características metrológicas dos SM Ainda no tocante aos sistemas de medição, uma vez entendidos os métodos básicos de operação, bem como sua estrutura física, torna-se válido caracterizar esses dispositivos de acordo com as especificações da metrologia. Podemos qualificar um sistema de medição, quanto ao seu comportamento e desempenho, por meio dos seguintes parâmetros: Características metrológicas dos SM Faixa de indicação (FI): – intervalo compreendido entre o menor e o maior valor que pode ser indicado. faixa de indicação 4 dígitos Faixa de utilização: Características metrológicas dos SM Quanto à faixa de indicação, esta pode ser realizada de forma analógica (ponteiros ou marcas) ou digital (dígitos numéricos). Uma das principais características metrológicas no tocante à indicação é a resolução, que se refere à menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. Por exemplo, micrômetro que tem resolução de 0,01 mm significa que o mínimo passível de ser identificado pelo instrumento é 0,01 mm, de forma que não conseguiríamos assegurar um valor de 0,005 mm para este dispositivo, uma vez que é menor que a diferença mínima entre as indicações. Nos instrumentos digitais, a resolução recebe a denominação de incremento digital. Características metrológicas dos SM • Incremento Digital (ID) Nos instrumentos com mostradores digitais, corresponde à menor variação da indicação direta possível de ser apresentada. Paquímetro Digital ID: 0,01 mm Características metrológicas dos SM • Incremento Digital (ID) g 1,0 quantidade de açúcar (g) indicação (g) 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 1,0 2,0 3,0 4,0 0,0 0,0 incremento digital 01234 Valor de uma Divisão (de Escala) (VD) Nos instrumentos com mostradores analógicos corresponde à diferença entre os valores da escala correspondentes à duas marcas sucessivas. 0 1 2 3 4 Parâmetros Característicos de SM Resolução (R) Menor diferença entre indicações que pode ser significativamente percebida. A avaliação da resolução é feita em função do tipo de instrumento: a) Nos sistemas com mostradores digitais, a resolução corresponde ao incremento digital; R = incremento digital b) Nos instrumentos com mostradores analógicos: R = VD a resolução a adotar poderá ser: R = VD/2; VD/4; VD/5 ou VD/10 Parâmetros Característicos de SM Características metrológicas dos SM Faixa nominal (FN): faixa ativa selecionada pelo usuário. 0 a 1000 V 0 a 200 V 0 a 20 V 0 a 2 V 0 a 200 mV Faixas nominais: Exemplo Características metrológicas dos SM A faixa de Medição (FM), que vincula-se com a faixa de valores para a qual o sistema de medição foi desenhado para operar, sendo estabelecida pelo fabricante, é normalmente especificada por seus limites inferior e superior. Um exemplo é o paquímetro, no qual a faixa de medição é de 0 a 150 mm, ou seja, o instrumento foi projetado (especificação) para operar bem em medidas de 0 a 150 mm, sendo esta a sua faixa de medição. Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM No que se refere à relação estímulo/resposta, destacam-se as características metrológicas sensibilidade e tempo de resposta. A sensibilidade refere-se à razão entre a variação da resposta em função da variação do estímulo, podendo ser linear ou não linear. O tempo de resposta é o intervalo entre o momento de ocorrência do estímulo e o instante em que a resposta atinge e permanece estável dentro de limites. Características metrológicas dos sistemas de medição Relação estímulo/resposta F (N) d (mm) estímulo resposta T (°C) R () estímulo resposta Curva característica de resposta Sensibilidade (constante): 0 mm 40 mm 400 N 0 mm 4 mm 400 N A B F (N) d (mm) 0 400 40 4 B A resposta estímulo SbA = 0,01 mm/N SbB = 0,10 mm/N Δestimulo Δresposta Sb = Características metrológicas dos sistemas de medição Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos sistemas de medição Relação estímulo/resposta fração do volume total deslocamento do ponteiro (mm) 0 1/4 1/2 1/1 1/4 0 1/21/1 1 2 Sensibilidade (variável): indicador do volume de combustível de um Fusca): Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos sistemas de medição 0 0 x y y x estímulo resposta Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM 0 0 x y y x estímulo resposta Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM 0 0 x y y x estímulo resposta Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM 0 0 x y y x estímulo resposta Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM 0 0 x y y x estímulo resposta Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM 0 0 x y y x erro de histerese laço de histerese estímulo resposta Histerese: retardo na resposta de uma unidade do sistema quando existe um acréscimo ou decréscimo no valor do sinal Relação estímulo/resposta Características metrológicas dos SM Sistemas de medição frequentemente envolvem peças móveis. No uso normal, as peças são movidas pela ação do mensurando e produzem a indicação. Se o mensurando cresce ou decresce em intensidade, o sentido do movimento é invertido, produzindo indicações que são afetadas pela histerese, dando origem a erros de medição. Tempo de Resposta Características metrológicas dos SM tolerância tempo resposta estímulo tempo de resposta O tempo de resposta é o intervalo entre o momento de ocorrência do estímulo e o instante em que a resposta atinge e permanece estável dentro de limites. Erro de medição Por sua vez, as características metrológicas vinculadas ao erro englobam a: Tendência (Td) Correção (C) Repetitividade (Re) Reprodutibilidade (Rp) Erro Máximo Erro de medição ◼ Tendência (Td) ◼ estimativa do erro sistemático. ◼ Correção (C) ◼ constante que, somada à indicação, compensa os erros sistemáticos. Erro de medição ◼ Repetitividade (Re) ◼ faixa dentro da qual é esperado o erro aleatório em medições repetidas realizadas nas mesmas condições. ◼ Reprodutibilidade (Rp) ◼ faixa dentro da qual é esperado o erro aleatório em medições repetidas realizadas em condições variadas. Erro de medição ▪ Erro máximo: Erro Indicação Es Re Re Emáx - Emáx Fontes de erro Fontes de erro → podem gerar dúvidas ao resultado de medição. Fonte de erro refere-se ao fator que, agindo sobre o processo de medição, origina erros de medição. A natureza da fonte de erro pode ser interna, fatores internos ao sistema de medição (erros de geometria nos sistemas mecânicos, por exemplo), ou externa, fatores externos que independem do sistema de medição (condições ambientais inadequadas). Fontes de erro Neste ponto, vamos focar nosso estudo nas fontes externas de erro, especificamente erros advindos da influência da temperatura, uma vez que há peculiaridades no tratamento desse erro. Quando pensamos no sistema de medição e na peça a ser medida, sabemos que cada um desses itens foi projetado para uso em determinadas condições ambientais, além de que, tanto o instrumento quanto a peça, são constituídos por um tipo de material que, por sua vez, é caracterizado por um determinado coeficiente de dilatação térmica (). Fontes de erro Assim, é intuitivo pensar que, se houver um aumento ou uma redução na temperatura, quando comparada à temperatura de referência para medição então irá ocorrer uma dilatação ou uma contração do instrumento e/ou peça, sendo que cada uma dessas duas partes irá ter sua dimensão linear alterada conforme a Equação 1. Correção = (sistema − peça).(Tmedição − Treferência).(Indicação) (Eq. 1) em Metrologia, Treferência = 20 °C Fontes de erro Exemplo: O raio de um eixo de alumínio foi medido por um micrômetro de aço em um ambiente com temperatura de 35°C, obtendo-se a indicação de 21,427 mm. Assim, qual seria a correção a ser aplicada no valor do raio do eixo a fim de corrigir o efeito da temperatura? Dados: Al = 23,0.10 −6K−1 aço = 11,5.10 −6K−1 Tmedição = 273 + 35 = 308 K Treferência = 273 + 20 = 293 K Fontes de erro Exemplo: Dados: Al = 23,0.10 −6K−1 Tmedição = 273 + 35 = 308 K aço = 11,5.10 −6K−1 Treferência = 273 + 20 = 293 K indicação = 21,427 mm Correção = (sistema − peça).(T medição − T referência).(Indicação) Correção = (11,5.10−6 − 23,0.10−6).(308 − 293).(21,427) Correção = -0,002957 mm Logo, devemos aplicar uma correção de, aproximadamente, -0,003 mm para corrigir o erro da influência da temperatura. Fontes de erro Exemplo: Logo, a indicação corrigida passa a ser: Ic = I + C Ic = 21,427 - 0,002957 Ic = 21,42404 mm Ic = 21,424 mm
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