Buscar

PSICOLOGIA DA SAUDE -INTERVENÇÕES PSICOLOGICAS EM SITUAÇÕES DE CRISE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. RELATO DE CASOS

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PSICOLOGIA DA SAÚDE
Fichamento
INTERVENÇÕES PSICOLOGICAS EM SITUAÇÕES DE CRISE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. RELATO DE CASOS
INTERVENÇÕES PSICOLOGICAS EM SITUAÇÕES DE CRISE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. RELATO DE CASOS
Os psicólogos na área hospitalar contribuem desde a prevenção ate a paliação. E tem sido importante pelo atendimento em ambientes diferenciados nos hospitais.
A teoria da crise é derivada da psicoterapia breve de embasamento psicanalítico. Ela é compreendida pelo estado psicológico, onde o individuo tem um desequilíbrio entre a percepção, a importância do problema e os recursos disponíveis para a solução.
Segundo Harbert, o estado de perturbação pode ser gerado por situações sociais ou situacionais, o que resulta na incapacidade na resolução do problema. A intervenção do psicólogo contribui para o alivio da angustia e ansiedade, favorecendo o desenvolvimento do estado emocional mais tolerável, fazendo com que o individuo consiga restaurar a estabilidade afetiva e as relações com o ambiente. 
A intervenção para pacientes em crise é aplicada principalmente em pacientes hospitalizados na Unidade Intensiva (UTI). O ritmo dentro dessas assistências a saúde é acelerado, e é guiado por mudanças nas condutas médicas, da enfermagem, parâmetro clinico ou manutenção do tratamento oferecido.
Para compreender as alterações e a escolha da intervenção psicológica, a relação do paciente, o lugar onde foi criado, a história e as alterações psíquicas decorrentes de alterações físicas. 
Nesse contexto é importante frisar o uso centrado na equipe, diagnostico diferencial, atendimento psicológico de apoio, manejo ambiental, técnicas complementares e intervenção familiar. Ainda assim, cada caso em crise tem sua particularidade e precisa de uma percepção das necessidades.
Manejo assistencial
O manejo do paciente em crise deve abranger o trabalho direto com a equipe com possível intervenção psicológica do paciente e seus familiares. Dessa forma a equipe tem o reconhecimento do setting terapêutico que o psicólogo ira atuar o que permiti o manejo no trabalho multiprofissional.
Essa leitura vem do contexto psicanalítico das relações humanas, que compreende que o paciente irá gerar um vinculo com os profissionais através da transferência tanto de sua personalidade quanto vivencias, adoecimentos e vida atual.
Kubie definiu transferência a relação entre elementos consciente e inconscientes do homem que são denominados a partir de ações, fala, sentimentos de crença, expectativas, desenvolvimento infantil. Tal transferência tanto do familiar quanto do paciente deve ser trabalhado pelo psicólogo para que o paciente tenha um ambiente terapêutico propicio ao tratamento.
Exemplo de caso
 Paciente com 32 anos, vítima de acidente automobilístico, estado comatoso. Foi solicitado a permanência do familiar ao paciente pela enfermagem. Segundo o relato da enfermeira, mesmo com o laudo médico, o marido da vítima parecia não compreender a gravidade do acidente. Permaneceu ansioso e solicitando altos cuidados a esposa repetidamente, a enfermeira por sua vez aceitou as solicitações do acompanhante visto que eram os últimos momentos do paciente. Foi encaminhado a conversar com a Psicóloga que notou grande exacerbação, ansiedade e ambivalência pelo fato de ter entrado em contato com a realidade e a negação ao mesmo tempo.
A equipe de saúde iniciou-se o caso do marido sobre sua ambivalência e como poderiam trabalhar sua adaptação a realidade da esposa. A equipe teve dificuldade em oferecer cuidados de conforto e de higiene, o que tornava uma tarefa angustiante visto o sofrimento da família. E a primeira ação tomada pelo profissional da Psicologia foi trabalhar a angustia do acompanhante, o que consiste na mudança de higiene da paciente, o que mostra a ele a presença e preocupação da equipe profissional com a esposa. Após a morte da paciente, o psicólogo atuou como mediador para a família e equipe, fornecendo os cuidados necessários para os mesmos.
Diagnóstico diferencial 
Para que tenha uma intervenção efetiva é importante o conhecimento da interfase físico-psíquica no adoecimento do paciente. O psicólogo nesse caso deve compreender e conciliar as diferentes opiniões entre os diversos conceitos de interpretação, seja psicodinâmico ou biológico. A compreensão do conhecimento e discussão entre a equipe multidisciplinar no ambiente hospitalar se torna muito importante para a análise da situação e a seleção de técnicas, a forma como será trabalhado e acompanhado a evolução dos casos. 
Exemplo de caso 
Paciente com 64 anos, internada na unidade semi-intensiva decorrente de um acidente automobilístico, com fraturas nos membros superiores, costela e perfuração do pulmão. A enfermeira solicitou uma avaliação psicológica a paciente que se queixava a semanas de dores, recusando os cuidados e procedimentos que a enfermeira aplicava e solicitando remédio frequentemente. Durante a entrevista, a paciente se queixou de negligencia da equipe referente a sua real dor, sobre não conseguir dormir e comer, porém, ao entrevistar os familiares, os mesmos informaram que a paciente tinha baixo linear para dor. 
 As queixas da paciente foram questionadas ao psicólogo para compreender se as dores eram físicas ou psicológica. Após a avaliação psicológica, pode ser elaborada pela equipe de enfermagem uma nova técnica, do qual obteve resultado satisfatório o que contribuiu para o fortalecimento da confiança entre a paciente e equipe de profissionais. 
Atendimento psicológico de apoio e manejo ambiental
As intervenções por meio de terapias devem ser direcionadas a pacientes em situação de crise, fazendo com que apresente características que vinculem ao terapeuta. No atendimento psicológico de apoio é destacado a postura ativa do profissional, permitindo a clarificação e reasseguramento das soluções dos conflitos do paciente. 
O terapeuta então, tem o papel fundamental de participar dos cuidados, reforçando funções adaptativas do ego, ideias e atitudes, desde que pertinentes. Fazendo com que o paciente saiba lidar e compreender melhor com suas angustias e ansiedades. O psicólogo pode direcionar o paciente a mudanças que contribuam para sua reabilitação, de acordo com as necessidades e ambiente.
Técnicas complementares
Para o paciente que se encontra em estado de estresse prolongado ou de crise a técnica de relaxamento favorecerá o bem-estar, o que contribuirá também para o desenvolvimento dos estados emocionais, e níveis elevados de angustia e ansiedade. As técnicas complementares na criação de vinculo entre paciente e terapeuta propicia uma condição de adaptação e suporte aos pacientes em crise. 
Umas das técnicas utilizadas para o relaxamento é de J.H. Schultz, que é utilizada a partir da imaginação ativa, o que cria um relaxamento muscular do corpo através da indução da sensação de calor. É um exercício muito apropriado já que é feito a partir da imaginação do paciente, o mesmo pode ser feito com uma musica e acompanhamento da terapeuta. 
Intervenção familiar
Durante uma crise os familiares são de suma importância para auxiliar na recuperação do paciente, sejam elas intervenções afetivas, informativa ou psicodinâmica. 
Nas UTI’s, a organização familiar na hora de enfrentar a situação é afetada pela ansiedade, segurança e a informação. O que pode atrapalhar na comunicação entre a família e a equipe de saúde. 
Conclusão
 Um dos desafios da psicologia hospitalar tem sido atender de forma diferenciada da psicologia clínica, técnicas que possam abranger o social, assistencial e ambiental, o que irá contribuir para o tratamento dos pacientes durante sua estadia hospitalar. 
Tal adaptação tem por objetivo obter resultados precoce da situação problema dos pacientes, desse modo o psicólogo não irá ater-se apenas ao psíquico do paciente.
Por fim, o resultado obtido será dentro das possibilidades de atuação do psicólogo, o que consiste em saber trabalhar seu conhecimento em diferentes ocasiões, tendo que ser ágil, flexívele tolerante. 
O trabalho apresentado teve como objetivo apresentar a partir de relatos, formas de atuação através das experiencias da psicoterapia dentro do âmbito hospitalar, é um campo amplo do qual exige grande dedicação e estudo.

Outros materiais