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CONTROLE DO MOVIMENTO CORPORAL

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CONTROLE DO MOVIMENTO CORPORAL
Cap. 54 Guyton
Tudo que nosso corpo realiza é graças ao potencial de ação 
Quando se fala em músculo pensamos em SN autônomo (involuntário) e somático (voluntário).
 Reflexo: integração das informações sensoriais gerando uma resposta. Não necessariamente eu tenho um controle, não preciso pensar em contrair a perna para caminhar. Pode ser somático e também autônomo 
Consigo captar estímulos sensoriais do ambiente, informações sensoriais do meio captadas pelo SN sensorial que leva para SNC integrando e mandando uma resposta. Porém não necessariamente pode vir do meu olho, pele nariz e etc; pode ser aumento da pressão arterial e gerar uma vasodilatação.
 Via reflexa
Estímulo (visual, olfatório, temperatura, dor, gustativo, etc) -> receptor (receptor gustativo, olfatório, etc) -> transdução sensorial (receptor traduz o estimulo sensorial em potencial de ação) -> neurônio sensorial -> SNC (estimulo integrado e resposta adequada será gerada) -> neurônio eferente (pode ser neurônio somático-motor no caso da contração de musculo esquelético ou neurônio eferente parassimpático ou simpático) -> célula alvo efetora -> resposta 
Retroalimentação negativa: geralmente as vias reflexas trabalham em feedback negativo. Gero contração muscular para tirar a mão da chapa quente e diminuir a lesão em relação à chama.
Receptor proprioceptivo: consigo ter noção do meu corpo no espaço. Por exemplo, se fecho os olhos e dobro os braços, mesmo sem olhar consigo perceber isso. 
Receptores sensoriais podem estar no musculo, tendão e além de serem proprioceptivos, geram reflexos antecipatórios que são para proteger o corpo. Exemplo quando estou caindo, coloco a mão a frente para diminuir impacto e não bater a cabeça 
Classificação dos reflexos neurais
 Controle eferente ------------------------------------------------
· reflexo somático (musc. Esquelético) – neurônio motor 
· reflexo autônomo (musc. Liso) – neurônio autônomo/visceral
 Local de integração ----------------------------------------------
· reflexo espinal : informações integradas na medula
· reflexo craniano/ cefálico: informação ascende para o encéfalo
 Inato ou aprendido ------------------------------------------
· reflexo inato: é um reflexoque sempre tive. Já nasço com reflexo de defecação 
Reflexo patelar, colar o martelo no tendão da patela e gera um reflexo
· reflexo condicionado: quando começo a andar de bicicleta ainda não tenho noção de qual musculo contrair e relaxar ou noção de equilíbrio. Quando aprendo, condiciono, não esqueço mais (memória muscular).
Teste de memória verciva com rato que quando desce da plataforma leva choque, então ele aprende a não sair mais da plataforma. (step down). 
 Número de neurônios da via -----------------------------------
· Reflexo monossináptico
O receptor sensorial do músculo leva a informação até a medula pelo corno posterior fazendo sinapse diretamente com neurônio motor que desce com a resposta para o musculo contrair. Vou ter uma só sinapse entre neurônio sensorial e neurônio motor.
· Reflexo polissináptico
Neurônio sensorial leva informação do coração para medula e faz sinapse com neurônio autonômico pré e pós ganglionar. Ou seja, tem mais de uma sinapse (2 ou mais sinapses).
O sistema autônomo por ter gânglio vai ser sempre polissináptico
Reflexo autonômico ou visceral
Reflexo espinal
Tenho um estimulo que sofre transdução e é transformado em potencial de ação por receptores sensoriais. Essa informação sofre integração no SNC.
Eu não preciso subir com essa informação para encéfalo, a resposta é a nível medular.
O reflexo autonômico é integrado na medula, é um reflexo medular, mas pode ter interferência do encéfalo. Contudo, chegando na medula eu consigo gerar uma resposta.
O encéfalo pode estimular ou inibir a sinapse na medula
O neurônio pré-ganglionar é sempre excitatório porque ele é nicotínico e para desligar a estimulação é a nível encefálico. O interneurônio (entre pré e pós) pode receber projeções do encéfalo e pode ser receptor de GABA inibindo esse neurônio ou qualquer outra substancia excitatória, que estimularia o neurônio. Assim o encéfalo pode modular a sinapse porque tem ação sobre esses interneurônios. Pode então estimular ou inibir, mas a sinapse ocorre independente do encéfalo.
Posso ter esse reflexo aprendido, como de segurar para não urinar.
· Todos os reflexos autonômicos são polissinápticos (uma entre SNC e outra no gânglio e ainda posso ter um interneurônio).
Atividade tônica: de tanta estimulação sensorial, o receptor para de responder, ou seja, para de transformar o estimulo em potencial de ação ou diminui isso (receptores fásicos). Os receptores tônicos nunca param de responder, não importando o quanto de estimulo mande; exemplo barroceptores (receptor de presso arterial; nunca se adaptam, são tônicos e geram sempre o reflexo autonômico).
- Tálamo: ainda não é consciente; distribui o potencial de ação para todas as partes do cérebro.
- Hipotálamo: mais relacionado com secreção de hormônios
- Tronco encefálico: ponte e bulbo
Reflexos musculares esqueléticos
Reflexo espinal
Estímulo: movimentos articulares, tensão muscular, alteração do comprimento do musculo geram estímulo e ativam receptor que leva para corno posterior.
A medula decide se quer contração ou relaxamento para aquele músculo. Para eu gerar contração de um membro por exemplo, tenho todo um controle antagonista. Quando decido, meu neurônio motor somático desce com a informação. 
Toda vez que excitar meu neurônio motor somático (receptor é nicotínico) sempre vou ter excitação. 
Um reflexo motor pode ser reflexo monossináptico possui uma única sinapse então é sempre excitatório 
Mas uma informação sensorial chegou e pode gerar duas respostas diferentes: uma resposta + e outra –. Isso se chama divergência da integração sináptica (gera mais de uma resposta e faz sinapse com mais de um tipo de neurônio). Assim, um neurônio sensorial pode fazer sinapse com o neurônio motor para gerar contração e ao mesmo tempo fazer sinapse com um interneurônio que pode ser ou não inibitório e assim inibo a contração do meu outro neurônio motor (do musculo antagonista).
Ou seja, como sabemos, não tem receptor inibitório no neurônio motor, então para parar a contração muscular, é comandado pelo encéfalo que age no interneurônio. Isso se dá graças à divergência da integração sináptica que pode fazer sinapse com mais de um neurônio e gerar respostas inibitórias e excitatórias.
Os reflexos polissinápticos podem gerar uma inibição no músculo, fazendo sinapse com interneurônio.
Organização da medula para função motora 
Na substância cinzenta da medula, no corno posterior vai haver a entrada de milhões de neurônios, mas focaremos em 3:
 Neurônio motor alfa (1)
-São maiores (~1m)
- Fibras Aα
- Formam as unidades motoras (nervo motor + fibras que ele inerva). Esse neurônio se ramifica e inerva várias fibras musculares
 Neuronios motores gama (2)
Nosso músculo é formado por dois tipos de fibras musculares.
- Fibras extra fusais: externa ao fuso inervado por neurônio motor alfa 
Extremamente contráteis, ricas em actina e miosina. Responsável pela contração 
- Fibras intrafusais: no interior do músculo tem uma capsula de tecido conectivo com fibras centrais. Isso é chamado de fuso. Tem baixa concentração de actina e miosina, tendo função receptora.
O neurônio motor alfa inerva as fibras extrafusais
O neurônio motor gama inerva o fuso muscular, fibras intrafusais. 
O neurônio motor gama tem metade do tamanho de alfa. Ele pode ser chamado de fibras gama.
O músculo tem um estado de contração e um de relaxamento, porém no relaxamento ainda tem um certo grau de contração. Para não rasgar o músculo com facilidade por conta da gravidade, ele sempre tem um certo tônus muscular. Quem regula esse tônus muscular são as fibras intrafusais que recebem estímulos do neurônio gama.
Quando aumenta a contração e para não pesar a fibra muscular, mando informação para o neurônio alfa, que contrai e aumenta a resistência para não haver lesão domúsculo.
 Interneurônios (3)
- Estão em todas as áreas da substância cinzenta (não só no corno anterior e posterior)
- Mais numerosos 
- Basicamente funções integrativas da medula 
- Pode fazer convergência, divergência, repetição de disparos
 Células de Renshaw
Quando meu interneurônio inibe o neurônio motor, essas células captam esse estímulo inibitório e amplificam a inibição para todos os outros neurônios 
- Inibição lateral
 Fibras proprioespinais
- Reflexos multisegmentares (fibras podem cruzar de vários locais para outros)
- noção da minha localização no espaço e equilíbrio 
Receptores sensoriais musculares 
Temos que ter feedback sensorial contínuo, ou seja, cada unidade motora tem que mandar informações sensoriais para que possamos controlar finamente todos os movimentos. Quem faz esses disparos são os receptores sensoriais: 
 Fusos musculares: 
Dentro do fuso muscular
Comprimento do músculo ou a velocidade de variação do seu comprimento. O tempo todo o fuso muscular está mandando informação para a medula se estico ou não o músculo
Quando tenho estiramento da fibra, é fuso muscular e está em alta concentração no músculo.
Fibras extra fusais inervada pelo neurônio alfa
Fuso muscular é uma capsula de tecido conectivo que tem fibras intrafusais e terminações nervosas dos neurônios sensoriais.
Toda vez que o músculo estira, ativo o fuso muscular e para não sofrer lesão, aumenta disparos de potenciais de ação para gerar contração muscular. 
Músculo contraído, aumenta força muscular e gero uma contração reflexa para proteger o músculo. Estirou demais a ponto de romper, neurônio alfa contrai a fibra extrafusal.
Quando estiro o músculo, ele aumenta o tamanho e o fuso distende junto com ele. Isso manda informações que distendeu demais e pode lesionar e essa informação é integrada, ativa um neurônio motor e faço contração muscular. Quando faço contração muscular reflexa, volto a ter o músculo mais forte e contraído e meu fuso também volta para seu tamanho normal gerando homeostasia que impede lesão desse músculo.
O que ativa o fuso muscular é o estiramento
- Mesmo em repouso, com fuso curto tenho certa concentração muscular. Se em relaxamento o fuso está curto, como consegue ter um certo tônus muscular? 
Com o fuso estirado, o músculo ganha informação do neurônio motor alfa para contrair
Quando o musculo está estirado estou mandando potencial de ação para que eu faça contração reflexa e quando relaxo esse potencial de ação continua a ser propagado.
Quando tem meu neurônio motor alfa o musculo diminui e junto com ele tem o fuso que também diminui.
Junto com o músculo tem o fuso no meio e os dois diminuem então não tem o porquê de o fuso mandar potencial de ação. Mas o cérebro precisa saber se estou contraindo ou não.
Nas pontas do fuso tem um pouco de fibras musculares e o neurônio motor gama inerva essas fibras intrafusais. Quando o músculo contrai, esse neurônio motor gama manda potencial de ação para essa região muscular das pontas do fuso e ela contrai. Mesmo numa situação de esticamento esses neurônios motores gama continuam contraindo as regiões apicais do fuso e assim uma contrai para um lado e outra para o outro e quem ta no meio estica, no caso do fuso. Assim, o musculo continua contraído mesmo com o fuso esticado. Esse mecanismo é chamado de coativação alfa-gama, pois além de ativar o alfa a contrair a musculatura reflexa (extrafusais), também faço o gama disparar para aumentar o estiramento do fuso e continuo mandando esses disparos mesmo sem potencial de ação 
Reflexo de estiramento ou miotático: quando o músculo estira, fuso dispara e de forma reflexa a esse estiramento faço uma contração muscular para o músculo voltar a posição original. Fuso percebe estiramento, manda informação pelo neurônio sensorial pelo corno posterior, faz sinapse com neurônio motor no corno anterior que desce com a informação e faz contração reflexa; faz encurtar musculo e fuso. Exemplo: reflexo patelar 
 Orgãos tendinosos de golgi (OTG) 
Tensão no tendão e a velocidade de alteração da tensão do músculo.
Corresponde apenas à tensão 
São receptores neurais livres (adaptações dos neurônios) que formam modificações estruturais e se entrelaçam nas fibras de colágeno 
Está entre o músculo e o tendão, na junção entre estes. Ele consiste em terminações nervosas sensoriais entrelaçadas com as fibras de colágeno. Ou seja, os receptores neuronais estão entre as fibras colágenas.
Responde à contração isométrica (aumento da tensão do músculo; não responde ao comprimento do músculo).
(- a contração isotônica consiste em movimento, com comprimento da fibra afetado-)
Se aumento a tensão muscular, os receptores neuronais aumentam as ligações cruzadas para que aumente a contração isométrica e tenho maior resistência a esse aumento da tensão muscular. Isso impede uma lesão muscular.
À direita, primeira imagem corresponde ao fuso muscular e a segunda aos órgãos tendinosos de Golgi
Reflexos de estiramento
O reflexo de estiramento sempre acontece através do monossinaptico.
Reflexo patelar: potencial de ação ativa o neurônio motor que está no fuso e faz o quadríceps femoral contrair e a perna levantar.
 Esse estimulo inicial precisa provocar o reflexo de estiramento e inibir a ação do antagonista = inibição recíproca, ou seja, ao mesmo tempo estimular um agonista e inibir um antagonista.
Unidade miotática = conjunto de vias que controlam uma única articulação 
Reflexo do tendão patelar 
Neurônios sensoriais estimulam neurônio motor e interneurônio
Interneurônio inibe neurônio motor do musculo antagonista e estimula o do musculo agonista.
Reflexo flexor
Inibir meu musculo, para tirar o membro de uma situação de risco.
Sempre acontece no musculo flexor de membro
Reflexo nociceptivo ou de dor
Reflexo doloroso na mão é enviado para a medula e passa por vários interneuronios, por isso é um reflexo mais demorado. Essas múltiplas sinapses é porque o estimulo de dor é cefálico, ou seja, consciente. Essa informaco sobe por neurônio sensorial e os interneuronios fazem sinapse com neurônios que levam a informação para o cérebro, onde a dor é entendida, a informação desce, eu sinto a dor e consigo retirar o membro.
Os músculos agonistas ou sinérgicos serão excitatos e os antagonistas serão inibidos (inibição reciproca) e assim faço movimento flexor.
Reflexo extensor cruzado
Ao pisar em um prego, eu levanto a perna e perco o equilíbrio na parte do corpo que a retirei. Assim, além desse estimo de flexão, jogo o apoio do corpo para a outra perna (extensão).
Terei estimulo doloroso captado pelo neurônio sensorial e ascende ate a medula. Farei muitas sinapses com interneuronios na substancia cinzenta. Esse ramo do neurônio sensorial sobe para o encéfalo cruzando para o lado oposto da medula, pois precisa estimular o extensor (perna de apoio), inibindo o flexor e estimular o extensor para compensar o apoio.
Reflexo de retirada
Quando o movimento de retirada do musculo de situações de risco e não for em músculos reflexores 
Outras partes do corpo
Tipos de movimento
 Reflexo = estimulo externo que foi captado gera e é minimamente voluntario (posso ter controle do centro superior, mas não é obrigatório, pode ser inconsciente). 
São mais simples, pois é modulado na medula e pode ser modulado no tronco encefálico com modulação de centro superior (mas nem sempre).
É inato, ou seja, já nascemos sabendo
Exemplo: reflexo patelar, tosse, reflexo postural
 Voluntário = estímulos externos ou por motivação (vontade)
Mais complexo, integrado no córtex cerebral
Exemplo, tocar piano
Estimulo começa no SNC, podendo ser por uma memória, motivação 
São movimentos aprendidos que melhoram com a pratica; uma vez aprendidos tornam-se subconscientes (‘’memória muscular’’). Acaba sendo automático como reflexo de tanta prática.
 Rítmico = início e finalização voluntaria 
Exemplo, caminhar, correr
A partir do momento que manda o estimulo, ele fica automático. Exemplo, não preciso pensar em cada passo que estou dando e paro quando quero de maneira voluntaria.
Mas todoo processo de caminhar foi reflexo
Tem complexidade intermediaria, pois é integrado na medula e tem necessidade de sinalização de centros superiores.
Quando penso em caminhar, essa informação vem do córtex e desce chegando na medula. Na medula temos redes de interneuronios chamados de geradores centrais padrões (GCP) 
A partir desse momento que a estimulação chega nas GCP são elas que vão mandar estímulos para neurônios motores para que coordenamos uma perna atrás da outra de forma rítmica. Por isso ocorre de forma complexa e de forma reflexa, eu caminho.
Quando não quero mais caminhar mando informação para SNC e as GCP ficam inibidas, parando estimulação na medula e o movimento cessa. 
Diferentes áreas do SNC integram o movimento
- medula: nível mais baixo, de menor complexidade. Automatismo rítmico
- tronco cerebral: modula reflexo postural e de controle de equilíbrio junto com o aparelho vestibular
- núcleos da base e cerebelo: ajuste fino, coordenação fina, movimentos dos olhos, mãos. 
- córtex: quando quero começar ou para o movimento de maneira voluntaria; comando de movimento.
Como o cérebro consegue diferenciar o que é estimulo de dor, visual, auditivo sendo que tudo é potencial de ação?
Tenho córtexes especializados para cada uma dessas informações. Assim a informação que vem do músculo só vai estimular uma determinada área e assim ocorre com todos os outros. Sempre que o córtex motor é ativado, ele gera movimento. Tem vários pedacinhos e cada um deles responde ao estímulo de um determinado músculo.
Se por acaso um estimulo motor fosse erroneamente para o córtex visual, ele seria lido como estímulo visual.
As informações vão ascendendo até chegar no tálamo, o qual manda para as regiões especificas de cada córtex.
Movimento reflexo
Não necessariamente precisa ter ação do cérebro, pode ser só espinal.
Informação captada por receptores, ao ser levado para a medula, vai ascender para o tronco encefálico, onde terá reflexos posturais, movimentos de mãos e olhos. Ascende também para o cerebelo e pode ou não chegar ao tálamo e ir para o córtex caso queira modular o movimento por exemplo.
Não é obrigatório chegar ao córtex, mas sempre chega ao tronco encefálico e cerebelo. Assim descem para a medula, onde é integrado pelos interneuronios e tenho contração muscular.
Quando a bexiga começa a ficar cheia, aumenta a pressão, o que é captado por receptores e a informação vai até a medula e pode ascender até o tronco, gerando respostas para empurrar o conteúdo da bexiga. Nesse caso não precisei do cérebro, mas a informação poderia ter subido no caso para segurar.
Movimento voluntario
Mais complexo, pois tem ação do córtex
Se eu quero andar, executo o movimento e a partir dai não preciso mais dessas estruturas mais superiores. Agora preciso de movimento rítmico. Quando quero parar, volto para o córtex e paro o movimento.
Precisamos gerar uma saída do cérebro para gerar o início do movimento (gerando o reflexo do movimento até chegar nos GCP). Além de iniciar o movimento, teremos que ter a memória do que decidirmos fazer, ou seja, o hipocampo trabalhando toda hora para lembrar qual caminho que vai percorrer e até onde vai chegar. Após o início do movimento, temos a execução do movimento, onde não precisamos mais da ação do córtex ou do hipocampo, pois precisamos executar esse movimento rítmico na medula, parando de executar, volta para o córtex e encerra o movimento.
Córtex somatossensorial capta a informação que recebemos. Após receber essa informação preciso planejar tudo que vou fazer e isso é responsabilidade do córtex pré-central (principal área de execução e planejamento do cérebro). Além disso terei todas as áreas associativas envolvidas, núcleos da base e tálamo também envolvidos. Todas essas estruturas vão me ajudar a planejar e tomar a decisão como e quando vou realizar todos os movimentos.
A partir disso, a informação é mandada do córtex pré-frontal para o córtex motor. Ele vai receber essa informação e fará todo o ajuste postural e coordenação junto com o cerebelo para a realização do movimento. Assim, a informação deve descer através do trato cortiço espinal passando pelo tronco encefálico e ir para a medula espinal na substância cinzenta e ai sim modular a sinapse e iniciar meu movimento voluntário.
Essas informações descem para o neurônio motor pelo trato córticoespinal (do córtex para a medula). Grupo de neurônios de projeção que controlam o movimento voluntario partindo do córtex motor para a medula espinal, onde fazem sinapse diretamente com os neurônios motores somáticos.
Na região da pirâmide no tronco encefálico essas fibras cruzam da direita para a esquerda e da esquerda para a direita. Assim o lado direito inerva o esquerdo e o esquerdo inerva o direito (cruzamento nas pirâmides). 
Quando os neurônios de projeção cruzam, estimulam o neurônio motor a gerar movimento (ou inibir no caso do músculo antagonista).
Núcleos da base estão relacionados ao controle do movimento e tem muitos neurônios dopaminérgicos. É um sistema extrapiramidal, pois está fora do cruzamento das pirâmides. Sintomas extrapiramidais geram problemas relacionados ao movimento, como tremor e dificuldade para andar. 
A doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa (mata neurônios), crônica (acontece a longo prazo) e progressiva (mata neurônios progressivamente) dos movimentos, que acomete principalmente idosos. Causa bradicinesia (problemas de locomoção), tremor em repouso (tremor e dedos em ‘’contar moedas’’), rigidez muscular e comprometimento cognitivo (neurônios vão morrendo e danificando redes que estimulam a cognição).
Vias dopaminérgicas essenciais:
· Nigroestriatal: sai da substância nigra e vai até os núcleos da base, onde há controle do movimento junto com o córtex motor.
· Mesolímbica: prazer 
· Mesocortical: cognição 
· Tuberoinfundibular: hormônios 
A liberação de dopamina nos núcleos da base pela via nigroestriatal, faz com que ocorra o controle de movimentos. São os neurônios dessa via que morrem na doença de Parkinson prejudicando os movimentos.

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