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PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 1 DIREITO ADMINISTRATIVO ATOS ADMINISTRATIVOS CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO 1) A expressão ato administrativo, por incluir não só os atos praticados no exercício da função administrativa, mas também os atos de direito privado praticados pelo poder público, tem sentido mais amplo que a expressão ato da administração. 2) Existem atos administrativos produzidos por agentes de entidades que não integram a estrutura da administração pública, mas que nem por isso deixam de qualificar-se como tais, como no caso de certos atos praticados por concessionários e permissionários de serviços públicos, quando regidos pelo direito público. 3) Ato complexo é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a produção de seus efeitos depende de outro ato que o aprove. 4) Todo ato praticado pela administração pública é considerado ato administrativo. 5) O aluguel, pelo TCDF, de espaço para ministrar cursos de especialização aos seus servidores constitui ato administrativo, ainda que regido pelo direito privado. 6) Atos administrativos são aqueles praticados exclusivamente pelos servidores do Poder Executivo, como, por exemplo, um decreto editado por ministro de estado ou uma portaria de secretário de justiça de estado da Federação. 7) Os atos administrativos podem ser exarados por órgãos públicos ou por particulares mediante delegação. 8) Mérito administrativo é a margem de liberdade conferida por lei aos agentes públicos para escolherem, diante da situação concreta, a melhor maneira de atender ao interesse público. 9) A lei estabelece todos os critérios e condições de realização do ato vinculado, sem deixar qualquer margem de liberdade ao administrador. 10) Ato vinculado é aquele analisado apenas sob o aspecto da legalidade; o ato discricionário, por sua vez, é analisado sob o aspecto não só da legalidade, mas também do mérito. 11) Situação hipotética: O TCE/PA alugou várias salas de aula de uma escola privada para a realização do curso de formação de seus novos servidores. Assertiva: Nessa situação, o ato de locação, ainda que seja regido pelo direito privado, é considerado um ato administrativo. 12) De acordo com a doutrina, o ato administrativo será considerado perfeito, inválido e eficaz, quando, concluído o seu ciclo de formação, e não se conformando às exigências normativas, ele produzir os efeitos que lhe seriam inerentes. 13) Suponha que determinado ato administrativo, percorrido seu ciclo de formação, tenha produzido efeitos na sociedade e, posteriormente, tenha sido reputado, pela própria administração pública, desconforme em relação ao ordenamento jurídico. Nesse caso, considera-se o ato perfeito, eficaz e inválido. 14) Os atos administrativos praticados pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário submetem-se ao regime jurídico administrativo. PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 2 DIREITO ADMINISTRATIVO 15) Ato praticado por usurpador de função pública é considerado ato irregular. 16) A autorização de serviço público consiste em ato unilateral, discricionário e precário, por meio do qual se delega um serviço público a um autorizatário, que o explorará, predominantemente, em benefício próprio. 17) A licença é ato administrativo unilateral e discricionário pelo qual a administração pública faculta ao particular o desempenho de atividade material ou a prática de ato que, sem esse consentimento, seria legalmente proibido. 18) Enquanto no ato complexo as manifestações de dois ou mais órgãos se fundem para formar um único ato, no ato composto se pratica um ato administrativo principal que depende de outro ato para a produção plena dos seus efeitos. 19) Ato administrativo declaratório é aquele que implanta uma nova situação jurídica ou modifica ou extingue uma situação existente. 20) A concessão de diária é ato vinculado da administração pública. 21) O ato que aplica determinada sanção a um servidor público configura exemplo de ato constitutivo, que se caracteriza por criar, modificar ou extinguir direitos. 22) Ato administrativo complexo é aquele que resulta do somatório de manifestações de vontade de mais de um órgão, por exemplo, a aposentadoria. 23) Uma licença para a edificação de um novo restaurante em uma cidade é um ato unilateral e discricionário da administração pública. 24) Quando a administração pública emite uma certidão para o particular, certificando situação existente, pratica um ato administrativo ordinatório. 25) Atos praticados por concessionárias e permissionárias de serviços públicos, ainda que regidos pelo direito público, não podem ser qualificados como atos administrativos. 26) Ao celebrar com um particular um contrato de abertura de conta corrente, a Caixa Econômica Federal pratica um ato administrativo. 27) Considere que determinado cidadão tenha requerido administrativamente licença para exercer sua profissão, que é regulamentada em lei. Tendo sido comprovado o cumprimento de todos os requisitos legais, a licença foi-lhe concedida. Nessa situação, é correto afirmar que esse ato administrativo de concessão é considerado vinculado e irrevogável, por razões de conveniência e oportunidade da administração pública. GABARITO 1. Errado 2. Certo 3. Errado 4. Errado 5. Errado 6. Errado 7. Certo 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Errado 12. Certo 13. Certo 14. Certo 15. Errado 16. Certo 17. Errado 18. Certo 19. Errado PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 3 DIREITO ADMINISTRATIVO 20. Certo 21. Certo 22. Certo 23. Errado 24. Errado 25. Errado 26. Errado 27. Certo ELEMENTOS E ATRIBUTOS 1) O atributo da tipicidade do ato administrativo impede que a administração pratique atos sem previsão legal. 2) A autoexecutoriedade é atributo restrito aos atos administrativos praticados no exercício do poder de polícia. 3) Em decorrência do atributo da tipicidade, quando da prática de ato administrativo, devem-se observar figuras definidas previamente pela lei, o que garante aos administrados maior segurança jurídica. 4) A decisão de recursos administrativos não poderá ser objeto de delegação de competência. 5) A busca de fim diverso do estabelecido na lei, expressa ou implicitamente, implica nulidade do ato administrativo por desvio de finalidade. 6) Caso não seja decretada a invalidade do ato administrativo pela administração pública ou pelo Poder Judiciário, o ato inválido produzirá normalmente seus efeitos, como se fosse plenamente válido. 7) A cobrança de multas, em caso de resistência do particular, é um ato administrativo autoexecutório. 8) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. 9) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, quando a administração motivar o ato administrativo, mesmo que a lei não exija a motivação, ele só será válido se os motivos forem verdadeiros. 10) Quando uma autoridade administrativa delega parte de sua competência, ela pode revogá-la a qualquer tempo. 11) Presunção de legitimidade é atributo universal aplicável a todo ato administrativo. 12) A imperatividade é atributo indissociável dos atos administrativos. 13) A competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto — ou conteúdo — são elementos que integram os atos administrativos. 14) Um ato administrativo editado pela administração pública não requer provas de sua validade, visto que a presunção de legitimidade é inerente a esse ato. 15) A presunção de legitimidade ou de veracidade de determinadoato administrativo produz a inversão do ônus da prova, ou seja, a atuação da administração é presumidamente fundada em fatos verdadeiros e em observância à lei, até prova em contrário. 16) É proibido delegar a edição de atos de caráter normativo. 17) Ao delegar a prática de determinado ato administrativo, a autoridade delegante transfere a titularidade para sua prática. PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 4 DIREITO ADMINISTRATIVO O servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público desentendeu-se com a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do servidor, a autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as pessoas que entrassem e saíssem do imóvel. Com referência a essa situação hipotética, julgue o item que se segue. 18) Na situação apresentada, a ordem exarada pela autoridade superior é ilícita, por vício de finalidade 19) A presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos é absoluta. 20) Imperatividade é o atributo com base no qual o ato administrativo pode ser praticado pela própria administração sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário. 21) Os atos administrativos gozam da presunção de legitimidade, o que significa que são considerados válidos até que sobrevenha prova em contrário. 22) Caso seja fornecida certidão, a pedido de particular, por servidor público do quadro do MTE, é correto afirmar que tal ato administrativo possui presunção de veracidade e, caso o particular entenda ser falso o fato narrado na certidão, inverte- se o ônus da prova e cabe a ele provar, perante o Poder Judiciário, a ausência de veracidade do fato narrado na certidão 23) A autoexecutoriedade, um dos atributos do ato administrativo, dispensa a necessidade de a administração obter autorização judicial prévia para a prática do ato 24) A competência para a prática de atos administrativos pode ser presumida ou advir de previsão legal. 25) O motivo é a justificativa escrita da ocorrência dos pressupostos jurídicos autorizadores da prática de determinado ato administrativo. GABARITO 1. Certo 2. Errado 3. Certo 4. Certo 5. Certo 6. Certo 7. Errado 8. Certo 9. Certo 10. Certo 11. Certo 12. Errado 13. Certo 14. Certo 15. Certo 16. Certo 17. Errado 18. Certo 19. Errado 20. Errado 21. Certo 22. Certo 23. Certo 24. Errado 25. Errado EXTINÇÃO E MANUTENÇÃO 1) A revogação aplica-se a atos praticados no exercício da competência discricionária. 2) A revogação de um ato administrativo produz efeitos retroativos à data em que ele tiver sido praticado. 3) A administração pública pode revogar seus atos por motivos de conveniência ou oportunidade, competindo, no entanto, exclusivamente ao Poder Judiciário a anulação de atos administrativos eivados de vícios de legalidade. PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 5 DIREITO ADMINISTRATIVO 4) O ato discricionário, dada sua natureza, não está sujeito a apreciação judicial. 5) Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade. 6) Um ato administrativo praticado por pessoa que não tenha competência para tal não poderá ser convalidado, pois, assim como os vícios de motivo e objeto, o vício de competência é insanável. 7) Situação hipotética: Antônio, servidor que ingressou no serviço público mediante um ato nulo, emitiu uma certidão negativa de tributos para João. Na semana seguinte, Antônio foi exonerado em função da nulidade do ato que o vinculou à administração. Assertiva: Nessa situação, a certidão emitida por Antônio continuará válida. 8) Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas editou ato administrativo com desvio de finalidade. Após correição, o vício foi detectado e comunicado ao presidente do tribunal. Assertiva: Nessa situação, o presidente poderá avocar para si a competência administrativa pertinente e convalidar o ato administrativo. 9) Caso seja necessário, a administração pública poderá revogar ato administrativo válido e legítimo. 10) Removido de ofício por interesse da administração, sob a justificativa de carência de servidores em outro setor, determinado servidor constatou que, em verdade, existia excesso de servidores na sua nova unidade de exercício. Nessa situação, o ato, embora seja discricionário, poderá ser invalidado. 11) Considere que um servidor tenha sido demitido do serviço público por meio de ato de autoridade incompetente. Nessa situação, o ato administrativo poderá ser invalidado tanto pela administração como pelo Poder Judiciário. 12) Ato administrativo praticado por autoridade incompetente e que apresente defeito não pode ser convalidado. 13) Situação hipotética: Determinado contrato público foi assinado por um funcionário subordinado à autoridade competente; um ano depois, ao constatar o problema, a autoridade convalidou o ato, após certificar-se da ausência de potencial lesivo e verificar que os requisitos contratuais haviam sido preenchidos. Assertiva: Nessa situação, a autoridade competente agiu ilicitamente ao convalidar o ato, uma vez que este estava eivado de vício insanável. 14) Na revogação, o ato é extinto por oportunidade e conveniência, ao passo que, na anulação, ele é desfeito por motivo(s) de ilegalidade. 15) Atos administrativos ilegítimos ou ilegais podem ser anulados tanto pela própria administração quanto pelo poder judiciário. 16) É passível de revogação, por motivos de conveniência e oportunidade, o ato administrativo consistente em emissão de certidão que ateste, em favor de um administrado, determinada situação fática. PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 6 DIREITO ADMINISTRATIVO 17) O prazo para anulação dos atos administrativos é de cinco anos, independentemente da boa-fé do administrado que se tenha beneficiado com tais atos. 18) A administração pode anular os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos e ressalvada a apreciação judicial, bem como pode revogá-los quando eles estiverem eivados de vícios que os tornem ilegais. 19) Os atos da administração que apresentarem vício de legalidade deverão ser anulados pela própria administração. No entanto, se de tais atos decorrerem efeitos favoráveis a seus destinatários, o direito da administração de anular esses atos administrativos decairá em cinco anos, contados da data em que forem praticados, salvo se houver comprovada má-fé. 20) Os atos com vício de forma ou finalidade são convalidáveis. 21) A convalidação supre o vício existente na competência ou na forma de um ato administrativo, com efeitos retroativos ao momento em que este foi originariamente praticado. 22) A revogação do ato administrativo por motivo de conveniência e(ou) de oportunidade, casos em que se manifesta a discricionariedade administrativa, produz efeitos ex nunc a partir da revogação. 23) Ao extinguir por meio de revogação, um ato administrativo discricionário válido, a administração pública tem de fazê-lo em razão de oportunidade e conveniência, respeitando os efeitos já produzidos pelo ato até o momento. 24) Por meio da revogação, a administração extingue, com efeitos ex tunc, um ato válido, por motivos de conveniência e oportunidade, ainda que esse ato seja vinculado. 25) Os atos com vício de forma ou finalidade são convalidáveis. 26) Caso um analista administrativo pratique ato cuja competência técnica incumba a seu superior hierárquico, tal ato será nulo em razão da incompetênciado agente. 27) Considere que, após a realização de uma correição, tenha sido detectado vício de finalidade em ato administrativo editado pelo diretor de departamento de uma agência reguladora, situação que foi, então, comunicada ao presidente da entidade. Nessa situação, tendo avocado para si a competência, o presidente poderá convalidar o referido ato administrativo. 28) Se determinado servidor público for removido, de ofício, por interesse da administração pública, sob a justificativa de falta de servidores em outra localidade, e se esse servidor constatar o excesso de pessoal na sua nova unidade de exercício e não a falta, o correspondente ato de remoção, embora seja discricionário, poderá ser invalidado. 29) O ato praticado com vício de competência não admite convalidação. 30) Se um particular descumprir as condições impostas pela administração para efetuar uma construção, deve-se cassar a licença que tiver sido concedida para tal construção. PROFESSOR: Thállius Moraes TURMA: Carreiras Administrativas DATA 23.03.2019 7 DIREITO ADMINISTRATIVO 31) Os atos administrativos vinculados são passíveis de controle pelo Poder Judiciário, enquanto que os atos administrativos discricionários submetem-se apenas ao poder hierárquico da administração pública. GABARITO 1. Certo 2. Errado 3. Errado 4. Errado 5. Errado 6. Errado 7. Certo 8. Errado 9. Certo 10. Certo 11. Certo 12. Errado 13. Errado 14. Certo 15. Certo 16. Errado 17. Errado 18. Errado 19. Certo 20. Errado 21. Certo 22. Certo 23. Certo 24. Errado 25. Errado 26. Errado 27. Errado 28. Certo 29. Errado 30. Certo 31. Errado
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