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trabalho - Terraplanagem

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FACULDADE CATHEDRAL
Avenida Antônio Francisco Cortes, nº 2.501
Setor Cidade Universitária – Barra do Garças - MT
Fone (66) 3402-3200 – End. Eletrônico: faculdadecathedral.edu.br
	
Felipe Pereira
Carlos Henrique
Marielly Lima
Marina Ottonelli
Paulo Fernando
Vinicios Duarte
TERRAPLANAGEM: 
CONCEITO, TIPOS DE SOLO, MÉTODOS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS DE EXECUÇÃO.
Barra do Garcas 2018
A realização de obras de terra em larga escala não é privilegio desta época, pois há muitos séculos elas vem sendo executadas pelo homem.
 Nos tempos primórdios os egípcios e babilônios realizavam feitos notáveis nesse campo, como por exemplo, os canais de irrigação as margens dos rios Nilo e Eufrates. A construção das pirâmides , embora a ideia não fosse econômica, mas religiosa ,não deixa de ser um grande feito e exemplo de escavação e transporte de milhares de metros cúbicos de rocha.
 Mais tarde, os romanos que sem duvidas foram os grandes engenheiros dos tempos antigos, realizaram grandes serviços de terra para que fosse possível a construção de suas estradas e aqueduto. Esses trabalhos eram executados manualmente ou com auxilio de animais que rebocavam instrumentos rudimentares. Esse quadro não se modificou até meados do século passado, o instrumento utilizado era chamado ‘’pá de cavalo’’ (horse drawn scraper), constituída de uma caçamba dotada de lamina de corte a qual, rebocada por tração animal, escavava e transportava o material. Com a criação da maquina a vapor, surgiram as primeiras tentativas de utiliza-la em equipamentos de terraplanagem, a partir da segunda metade do século passado, já existiam escavadeiras providas de ‘’shovel’’, montadas em vagões e usadas na redução do seu tamanho físico, permitiu novas aplicações. Em torno de 1920, Holt e Best lançam o seu trator movido a gasolina, onde foi adaptada a lamina, resultando desta maneita na concepção dos modernos equipamentos de terraplenagem. Nas décadas de 20 e 30, um inovador, criou o primeiro scraper rebocado por trator. Em 1938 foi construído o primeiro ‘’motoscraper’’ , isto é, o scraper auto propelido e que recebeu a denominação comercial de ‘’tournapull’’. A partir dessa data, observa-se o rápido desenvolvimento dos equipamentos de terraplanagem, apresentando maquinas cada vez mais eficientes sob o aspecto mecânico, tal fato resultou no aumento extraordinário de sua produtividade. Segundo Professor Afonso.
“pá de cavalo” (horse drawn scraper)
 
Introdução
A terraplanagem pode ser definida como uma execução de obra de movimentação de terra como solo, de pequeno ou grande porte. Ela consiste na remoção de terra de locais em excesso para locais onde está em falta dentro de um mesmo terreno, seguindo as exigências do projeto piloto a fim de deixar o terreno totalmente linear e de acordo com a necessidade da obra. Pode ser entendida também como terraplenagem a regularização de terrenos onde serão feitas diversas construções, como prédios, casas e conjuntos habitacionais. Esse termo é mais utilizado para obras de grande porte, como uma construção de uma rodovia, estádios de futebol, aeroportos e varias outras obras onde envolve movimentações de terra preparando o terreno natural para receber a obra. Para se realizar qualquer obra da construção civil é necessário fazer um grande estudo do local, por isso a terraplenagem está em um constante crescimento nos últimos tempos e trazendo um grande avanço para as máquinas utilizadas no trabalho, deixando-as cada vez mais potentes e com maiores funcionalidade. 
Terraplenagem manual: A terraplenagem era feita de forma manual até meados do século XIX, nessa época eram os romanos que se destacavam como grandes engenheiros. Foram eles que começaram a realizar obras com grandes movimentações de terra para criar suas estradas entre locais com grandes irregularidades do terreno, além de preparar o terreno (deixando-o totalmente plano) para construção de suas casas. Nessa época a movimentação de terra era feita pelo homem e de forma braçal, com o auxilio de animais utilizados para realizar o transporte de terra e também das ferramentas tradicionais como pá e picareta, utilizadas para fazer escavações no solo. Era considerado baixo o rendimento da terraplenagem manual naquela época, que ainda dependia de mão de obra barata e em grande escala acarretando no baixo desenvolvimento tecnológico e social. Só para se ter uma ideia, uma máquina de escavação de terra tem um rendimento de 50m³ por hora trabalhada, no trabalho de terraplenagem manual antiga para ter esse mesmo rendimento seriam necessários pelo menos 100 homens trabalhando no limite de seus esforços. Mesmo diante desses números, a terraplenagem era feita de forma organizada e rápida naqueles tempos, com muita organização e competência também da parte de gestão de pessoas e administração das obras. 
Terraplenagem mecanizada: Com o avanço tecnológico no período da industrialização, surgiram equipamentos que possibilitavam a realização de grandes movimentos de terra em um curto período de tempo, logo a terraplenagem manual passou a ser usada apenas em pequenas obras, as quais não apresentam grandes movimentos de terra, e nem peculiaridades em sua execução. Os equipamentos usados na realização da terraplenagem mecanizada foram se desenvolvendo cada vez mais com o passar dos anos, o que significava um ganho expressivo na diminuição do prazo de entrega e na qualidade dos trabalhos de terraplenagem. Mas por outro lado este desenvolvimento veio acompanhado do aumento no custo de tais equipamentos e da mão de obra necessária para o manuseio destes. O elevado custo destes equipamentos faz com que em muita das vezes o trabalho de terraplenagem não seja feito por completo mecanicamente, sendo parte de sua execução feita manualmente. Este método de execução é bastante usado em pequenas construções onde apenas uma parte do ciclo de operações necessita da intervenção de equipamentos mecanizados. A terraplenagem mecanizada requer mão de obra especializada, pois os equipamentos usadas neste processo, são de manuseio complexo e de grande peso o que impõe ao terreno cargas acidentais, exigindo de seus operadores grande experiência na área e muito treinamento. A escavação, por exemplo, utiliza escavadeiras de ultima geração, como escavadeira shovel, que requer domínio do seu operador de vários comandos ao mesmo tempo. Enfim, a terraplenagem mecanizada veio para reduzir a mão de obra braçal e o tempo de execução dos trabalhos de movimento de terra. O seu custo beneficio em grandes obras é indiscutivelmente superior aos métodos manuais, e em pequenas obras deve-se analisar cuidadosamente a utilização destes, pois em casos de pequenos movimentos de terra que não necessitem de grandes esforços, a utilização de maquinas de alto custo financeiro e de mão de obra especializada, pode resultar em um aumento desnecessário no valor final de execução da obra
Operações básicas da terraplanagem: O processo de execução de obras de terraplanagem consiste em etapas pré-estabelecidas em projeto, sendo as mais comuns citadas a seguir: 
Escavação: remoção do solo em seu estado natural para manuseio (empréstimo); 
Carga e transporte: carregamento e transporte do material para o local de terraplenagem; 
Descarga, espalhamento e compactação: execução do aterro e compactação do solo, caso seja necessário; 
Remoção de materiais indesejáveis (tocos, solos orgânicos, horizontes não aproveitáveis); 
Caminhos e serviços: acessos, desvios, drenagens, entre outros; 
Cortes: escavações de material para atingir o nível topográfico da obra; 
Aterros: deposição de material para atingir o nível topográfico da obra; 
Local de empréstimo (jazidas): escavação de material em local definido para complementação (volume) de material necessário para a execução da obra de terraplenagem; 
Compensação de volumes. 
Dados Importantes para a Realização da Terraplenagem:
Através da sondagem do terreno obteremos dados do tipo de solo a ser trabalhado, mensurando suas características necessárias ao planejamento da obra,elaborando o plano de execução da mesma, bem como a definição de quais equipamentos serão utilizados. A sondagem de terreno nos traz ainda as camadas de solo a serem atravessadas e também a posição do nível d'água. É necessário determinar a cota de fundo da escavação mais adequada, porém para que isso aconteça deve-se conhecer o nível do pavimento mais baixo, o tipo de fundação a executar e as estruturas de transmissão de esforços para a fundação, além dos dados obtidos durante a sondagem. Quanto aos níveis limitrofes da vizinhança, caso nao haja estruturas de contenção, este será o ponto de partida para a formaçao dos taludes.  Outro ponto importante é o projeto do canteiro de obras, em que suas dimensões precisam ser previamente detalhadas afim de não prejudicar a execução da obra.  
Prodecimentos essenciais para a execução da terraplanagem:
Para a execução perfeita de uma obra de grandes movimentações de terra como é a terraplenagem, é preciso seguir três principais tópicos: 
Escavação: A limpeza e a escavação do terreno são as primeiras atividades praticadas no local da obra. A escavação se divide em várias etapas, é um processo que deve ser feito com sabedoria, pois é necessário conhecer muito bem os equipamentos e as funcionalidades das máquinas de corte, existem muitas máquinas de escavação, porém com funcionalidades diferentes. E é também essa a parte mais cara da obra, uma vez que exige trabalho de máquinas pesadas e uma mão de obra especializada, fator que está complicando muito as obras. 
Dentre as principais ferramentas utilizadas para a escavação, estão os diferentes tipos de escavadeiras, que é um equipamento que trabalha na maioria do tempo parada, movendo-se apenas para se locomover em função do andamento da escavação. Essa locomoção acontece de forma bem lenta, a cerca de 1,5 km/h sobre esteiras ligadas a um eixo motriz, por isso esse deslocamento é feito somente em pequenas distâncias. As escavadeiras e as suas funcionalidades são caracterizadas da seguinte forma:  
Escavadeira Shovel: é uma máquina que garante um alto rendimento na escavação, também utilizada em grandes mineradoras devido ao seu tamanho, podendo ser utilizada para trabalhar enchendo dois caminhões de forma muito rápida. É também muito utilizada na construção de taludes que estejam acima do nível em que a máquina se encontra. Dispõe-se de uma lança que varia o ângulo de 35° a 65° sustentada por cabos de aço e dutos hidráulicos, uma caçamba acoplada a esse braço móvel que pode ser trocada dependendo do volume de corte desejado. 
Retroescavadeiras: são máquinas de frequente uso na terraplenagem. Apesar de apresentarem um raio de atuação dos braços hidráulicos e de sua caçamba suportar um volume menor quando comparado com as grandes escavadeiras shovel, as retroescavadeiras também tem suas peculiaridades. Essas máquinas dispõem-se de grandes braços hidráulicos que dão maior precisão e rapidez ao executar a escavação, possuem uma caçamba móvel que pode ser usada em solos bastante compactados, devido a pressão intensa que a lança hidráulica exerce sobre ela. 
A operação das retroescavadeiras é totalmente invertida das escavadeiras shovel. Essa máquina trabalha acima do nível do terreno a ser escavado, sendo que seus braços hidráulicos descem para escavar o solo abaixo de sua plataforma de apoio. Seu eixo central oferece um movimento de rotação total da cabine de comando, facilitando seu trabalho de escavação e de descarga do material dentro de caminhões auxiliares, que podem se aproximar de todos os lados da máquina retro. 
Pá carregadeira: é talvez a máquina mais utilizada para esse tipo de trabalho, porém em áreas reduzidas e onde os materiais a serem escavados ou carregados apresentem pouca resistência. A pá carregadeira é uma máquina que possui uma caçamba flexível, ligadas ao trator por meio de dois grandes braços hidráulicos que são acionados juntos, dando assim, mais força para a caçamba frontal que pode ser operada de varias posições. Durante a execução do trabalho a pá carregadeira também pode ser entendida com um equipamento de carregamento e transporte, locomovendo-se carregada até as unidades próprias de carregamento das obras. Sua concha ligada aos braços hidráulicos do equipamento pode ser dentada ou lisa, essa escolha depende muito do material e também do tipo de trabalho a ser realizado. Quando essa máquina está sendo operada em solos bastante sujos, ou seja, com presença de entulho e de pequenas rochas, a melhor opção é a caçamba dentada, que é o tipo mais utilizado para fazer limpeza em áreas de pequeno e grande porte. Já a caçamba lisa é usada para diversos cortes nos terrenos, pois tem uma capacidade de volume considerável para realização desses cortes e para o espalhamento do material, executando assim a terraplenagem. 
 Existem ainda vários outros tipos e exemplos do maquinário utilizado no processo de escavação da terraplenagem dentre pá carregadeira de esteira, tratores convencionais, tratores de esteira e caminhões de transporte dos materiais. 
Espalhamento: O espalhamento feito após a descarga do solo transportado é feito por meio de máquinas, denominadas Motoniveladores (MN) (patrolas). Essa é uma das últimas etapas de uma terraplanagem, seguindo a partir daí as outras etapas da obra a ser realizada. Utilizando o Motonivelador, se faz a raspagem do solo deixando-o mais com a superfície mais lisa. Com esta mesma máquina é possível se aplanar solos em desnível. Isto é necessário para, por exemplo, a construção de uma rodovia, pois nela, há diferenças de declividade ao longo de seu perfil. 
Compactação:  A compactação na terraplenagem pode ser entendida como o agrupamento das partículas que compõem o solo, diminuindo o índice de vazios através de uma aplicação da energia de compactação usada para dar o acabamento final da obra, pois é ela que garante a resistência final do solo em que a obra foi executada, podendo ser de estradas, rodovias, aeroportos, barragens, taludes e várias outras obras que envolvem a execução da compactação. 
Esse processo, assim como a escavação, requer uma série de estudos do solo a ser compactado. Os principais fatores determinantes para execução da compactação são: o peso específico do solo, a coesão das partículas constituintes do solo e também a sua granulometria. Os resultados dos valores para o peso específico, coesão e da granulometria vem de amostras coletadas do solo e trazidas para análise no laboratório da obra em questão. Depois de vários cálculos e de experimentos envolvidos na análise do solo é possível determinar a umidade ótima do solo e as máquinas que serão usadas para a realização da compactação. 
Um dos ensaios de laboratório mais utilizado nas obras é o ensaio de Proctor. Ele se define na criação de uma curva convexa em um gráfico que faz relação da massa específica aparente seca com o teor de umidade do solo. 
Na parte ascendente do gráfico é onde estão os valores cuja massa seca está sendo modificada com a presença de água, as partículas constituintes do solo estão sendo rearranjadas à medida que está sendo adicionada água no sistema. Na outra parte do gráfico, onde a curva decresce, a água passa a ser um fator que amortiza o desenvolvimento da compactação, pois começa a ter mais água do que massa seca de solo no sistema. Através deste gráfico e variando a umidade do solo também é possível modificar o estado em que o solo se encontra seja ele líquido, plástico, semissólido e sólido. Entre esses estados estão o limite de liquidez (LL) entre estado líquido e plástico; limite de plasticidade (LP) entre estado plástico e semissólido; limite de contração (LC) entre semissólido e sólido; o índice de plasticidade (IP) é o que indica se o solo é argiloso ou siltoso, através da fórmula: (IP) = (LL) – (LP). Dessa forma, a umidade ótima vem do cruzamento das linhas que criam um ponto na curva, como obsevadas no gráfico. Esse ponto é exatamente onde a massa específica aparente seca ganha mais trabalhabilidade com uma nova porcentagem de umidade criada nolaboratório, podendo ser compactada com grande êxito. 
Existem quatro métodos para execução da terraplenagem que podem ser aplicados, são eles: 
Pisoteamento: é uma compactação efetuada com o rolo pé de carneiro que possui um enorme tambor frontal. Quando a máquina está sendo operada com o tambor vazio a sua massa pode atingir a marca de 5 a 12 tf, como esse tambor pode ser preenchido com areia úmida sua massa pode ser modificada, variando em torno de 7 a 17 tf. Os tambores desse equipamento possui cerca de 96 a 120 patas, a compactação máxima desse aparelho é quando se apoia em uma única fileira de patas do rolo, fazendo que ocorra uma força variante de 10 a 20 MPA. Depois do pisoteamento ser totalmente concluído, pode ser executada a passagem do rolo liso, apenas para regularizar o terreno pisoteado, que fica cheio de pequenas variações por causa das patas do pé de carneiro. 
Impacto: é geralmente utilizado em obras de menor porte devido à reduzida área de alcance das ferramentas utilizadas, como sapo ou soquetes vibratórios. Esses equipamentos podem ser a gasolina ou motor de explosão a diesel, possuem uma massa de aproximadamente 60 kg e podem chegar até trinta centímetros de compactação. Para uma obra de grande porte essa técnica é utilizada com grandes pesos, sendo arremessados por um guindaste à uma altura de 15 a 25 cm, podendo chegar até 20 cm de compactação no solo. 
Vibração: é o método utilizado para compactar solos mais granulares e mais arenosos, essa vibração acontece por dois discos movidos a gasolina que podem ser instalados nos rolos lisos como também nos rolos pé de carneiro. A capacidades de compactação das máquinas gira em torno de 15 a 25 cm exercendo uma pressão no solo de aproximadamente 8 kgf/cm². O numero de passadas dos rolos são definido em laboratório, que varia dependendo do tipo de obra e do grau de compactação desejado. 
Estática: a compactação estática pode ser executada de duas formas, como rolos lisos e rolos pneumáticos. 
O primeiro é composto por um grande cilindro oco feito totalmente de aço, que pode ser preenchido com pedregulhos ou areia para ter um ganho considerável na aplicação da pressão no solo. Esse rolo é mais indicado para trabalhar em solos com a granulometria um pouco maior como a compactação de pedra britada, pedregulhos e areia podendo compactar até uma profundidade de 20 cm. 
Já os rolos pneumáticos, compostos por grandes pneus são indicados para a compactação de camadas preparatórias de rodovias, também na camada asfáltica e solos com granulações fino-arenosa. Com a grande pressão exercida pelos pneus pode variar a capacidade de compactação de 30 a 50 cm de solo solto. 
Depois de concluída a toda a parte de compactação do solo trabalhado, é necessário que se retire amostras do solo para serem novamente analisadas no laboratório como: coesão do solo, peso específico e grau de compactação (GC) que faz relação entre a massa específica aparente seca coletada no campo, ou seja, uma amostra coletada da compactação do solo com a massa específica aparente seca obtida nos ensaios realizados no laboratório. Tem-se: 
Se o valor de (GC), dado em porcentagem, não atingir o valor estipulado anteriormente pelos ensaios, tem-se que voltar ao campo e fazer uma escarifação que é o movimento de abrasão no solo feito com máquinas próprias para este tipo de serviço, para receber novamente o maquinário de compactação de solos até que o solo alcance esse valor. 
Tipos de solo: Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). Corresponde à decomposição de rochas que ocorre por meio de ações ligadas à temperatura, como o calor, além de processos erosivos provenientes da ação dos ventos, chuva e seres vivos, tais como bactérias e fungos. O Brasil se destaca como grande produtor agrícola, fato proveniente do extenso território e também da fertilidade do solo. Em razão da dimensão territorial do Brasil é possível identificar diversos tipos de solo que são diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação. 
No Brasil são encontrados quatro tipos de solo, são eles: terra roxa, massapé, salmorão e aluviais. 
 
Terra roxa: corresponde a um tipo de solo de extrema fertilidade que detém uma tonalidade avermelhada. Pode ser encontrado em Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo. É originado a partir da decomposição de rochas, nesse caso de basalto. 
Massapé: é um solo encontrado principalmente no litoral nordestino constituído a partir da decomposição de rochas com características minerais de gnaisses de tonalidade escura, calcários e filitos. 
Salmorão: esse tipo de solo é encontrado ao longo das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste brasileiro, é constituído pela fragmentação de rochas graníticas e gnaisses. 
Aluviais: é um tipo de solo formado em decorrência da sedimentação em áreas de várzea ou vales, é possível de ser encontrado em diversos pontos do país. 
Tipos de solo- Características como cor, porosidade, permeabilidade e textura influem no tipo de uso que se faz do solo. 
Cor : A cor do solo depende do material de origem e do conteúdo de matéria orgânica (elementos vivos e não vivos compostos de carbono). O solo é mais escuro, por exemplo, quanto maior for a quantidade de matéria orgânica. A cor indica se ele é fértil ou não. Tons avermelhados ou amarelados estão associados a óxidos de ferro e, por isso, podem representar um terreno bom para plantação. É o caso da terra roxa (nome que veio da palavra italiana “rosso”, que significa “vermelho”). No Brasil, esse tipo de solo é encontrado principalmente nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. 
Porosidade: A porosidade se refere à porção do espaço ocupado por líquidos e gases em relação à massa do solo, ou seja, diz respeito aos “vazios”. Essa característica resulta em maior ou menor circulação de água no solo. Se há mais poros, a penetração da água é maior e alcança camadas mais profundas, o que diminui a umidade do solo. 
Permeabilidade: A permeabilidade do solo está diretamente relacionada à porosidade, pois diz respeito à condição da água de circular pelo solo. 
Textura: Outros fatores que influenciam na permeabilidade de um solo são o tamanho e a proporção das partículas que o compõem, ou seja, sua textura. Na ordem do menor para o maior diâmetro de suas partículas, o solo pode ser argiloso, de silte (fragmentos de rocha ou partículas surgidas da destruição de outras rochas), arenoso ou de pedregulho (calcário). 
O solo argiloso é menos permeável e, por isso, armazena mais água. Além disso, tem grande quantidade de óxidos de alumínio e de ferro. A terra roxa, boa para a prática da agricultura, e o massapé, encontrado no Nordeste e muito relacionado à cultura de cana-de-açúcar, são exemplos de solo argiloso. 
O solo de silte tem partículas pequenas e leves e normalmente pode sofrer erosão (desgaste ou arrastamento da terra por ação da água, do vento, de transporte ou de outros agentes). Por isso, não é usado na agricultura. Estradas de terra que soltam muito pó em períodos de seca têm esse tipo de solo. 
O solo arenoso, comum principalmente no Nordeste, tem boa porosidade e é bastante permeável. A penetração da água até camadas mais profundas faz com que ele seja mais seco. Assim, plantas e micro-organismos têm mais dificuldade para crescer nessas condições. 
Por fim, o solo de pedregulho, ou de calcário, é formado por partículas de rochas e, por isso, não é adequado para a agricultura. No entanto, o pó branco ou amarelado retirado dele é usado na agricultura para mudar a acidez do solo em que haverá cultivo. Comum em áreas de deserto, também fornece matéria-prima para a fabricação de cal e cimento. 
Conclusão terraplanagem
A terraplenagem é uma obra essencial para qualquer tipo de construção realizada em terrenos onde apresenta diferenças de níveis, identificados pelo estudo topográficodo terreno e pelas cotas altimétricas. 
Nesse tipo de trabalho a mão de obra não é barata, pois envolve um maquinário pesado e cada vez mais moderno, operados por profissionais de alto nível que, muitas vezes, não existem na região da obra sendo preciso trazê-los de cidades vizinhas.
 A execução da terraplenagem sem os devidos estudos e análises prévias pode acarretar no desperdício de combustíveis utilizados nas máquinas e na mão de obra desnecessária, além de colocar a carreira do responsável técnico em risco. 
A presença de um topógrafo ou responsável técnico gabaritado no planejamento ou execução da operação de terraplanagem, quando possível, pode contribuir muito para o bom andamento do trabalho como um todo, garantindo qualidade na prestação do serviço.
Pavimentação
Pode parecer estranho , mas pavimentação tem muito a ver com religião. No começo de sua história, a pavimentação de estradas e ruas ocorria com fins religiosos, e não para ajudar no transporte de pessoas. Abriam-se vias para facilitar as construções de templos – afinal, como locomover os enormes blocos depedra e colunas monumentais assírias e egípcias?
A mais antiga via pavimentada é a Faiyumhollow, ao sul do Cairo, no Egito. Construída em 4600 a.C., tinha 13 km que conectavam uma pedreira de basalto a um aqueduto que desembocava no Nilo. Os aquedutos, ou galerias fluviais, eram o mais comum meio de transporte de cargas daquele período. Foram os gregos que difundiram as técnicas de pavimentação. Tinham o costume de manter as ruas sempre bem pavimentadas, com betume preenchendo os espaços entre os tijolos. E a razão era simples: as ruas eram próximas a templos sagrados e serviam de via para transportar estátuas de figuras divinas durante cerimônias religiosas.
Mas não só para religião serviam as estradas. Quanto mais avançadas foram as técnicas de construção de vias, maior o grau de desenvolvimento de rotas comerciais e militares. Não à toa, a Grécia e o Império Romano ficaram conhecidos por deter as melhores técnicas de pavimentação da Antiguidade.
Introdução
Estrutura de múltiplas camadas construída sobre a terraplenagem e destinada, técnica e economicamente, a resistir aos esforços oriundos do tráfego e a melhorar as condições de rolamento.
 
Tipos de Pavimentos
Pode-se classificar os pavimentos em 3 tipos:
Rígidos: placas de concreto de cimento Portland
Semi-rígidos: revestido de camada asfáltica e com base estabilizada quimicamente (cal, cimento)
Flexíveis: revestido de camada asfáltica e com base de brita ou solo
PAVIMENTOS DE BAIXO CUSTO
É de baixo custo o pavimento cuja vida útil, no dimensionamento, for considerada como perfazendo de metade a um terço da vida útil normal dos pavimentos;
É de baixo custo o pavimento executado a fim de garantir tráfego permanente na estrada, sem qualquer outra exigência que levaria a um dispêndio de dinheiro.
DEFINIÇÃO
Pavimento é a estrutura construída sobre a terraplenagem e destinada, economicamente, técnica e simultaneamente a:
a) resistir e distribuir os esforços verticais oriundos do tráfego;
b) melhorar as condições de rolamento quanto ao conforto e segurança;
c) resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a superficie de rolamento.
LARGURA DAS CAMADAS
	Classe
	Região
	
	Plana
	Ondulada
	Montanhosa
	Escarpada
	Rev.
	Base
	Sub-base
	Rev.
	Base
	Sub-base
	Rev.
	Base
	Sub-base
	Rev.
	Base
	Sub-base
	Especial
	7.50
	9.00
	11.00
	7.50
	9.00
	10.00
	7.50
	9.00
	9.50
	7.50
	9.00
	9.00
	I
	7.00
	9.00
	12.00
	7.00
	9.00
	11.00
	7.00
	9.00
	10.00
	7.00
	9.00
	9.00
	II e III
	6.00
a
7.00
	8.00
a
9.00
	10.00
a
1.00
	6.00
a
7.00
	8.00
a
9.00
	9.00
a
10.00
	6.00
a
7.00
	8.00
a
9.00
	8.40
a
9.40
	6.00
a
7.00
	8.00
a
9.00
	8.00
a
9.00
CAMADAS QUE COMPÕEM O PAVIMENTO
Num pavimento rodoviário, distinguimos as seguintes camadas:
Sub-leito: É o terreno de fundação do pavimento. No caso mais comum, isto é, estrada já em tráfego já há algum tempo, e a qual se pretende pavimentar, apresenta-se com a superfície irregular, exigindo a regularização.
Regularização: É a camada de espessura irregular, construída sobre o sub-leito e destinada a conformá-lo, transversal e longitudinalmente, com o projeto. Deve ser executada sempre em aterro, evitando-se:
— sejam executados cortes difíceis no material da “casca”, já compactada pelo tráfego;
— seja substituida uma camada, já compactada, por uma camada a ser compactada, nem sempre atingindo a porcentagem de compactação existente.
Reforço do sub-leito: Sua definição é ainda motivo de discussões mais ou menos acadêmicas. É uma camada de espessura constante, construída, se necessário, acima da regularização, com características técnicas inferiores ao material usado na camada que lhe for superior, porém superiores às do material do sub-jeito.
Se o reforço do sub-leito deve ser considerado camada do pavimento ou da fundação, é um problema que não afeta a espessura total do pavimento, pois as diversas camadas devem ter capacidade de suporte para receber os esforços transmitidos através das camadas superiores.
Sub-base: É a camada complementar à base, quando, por circunstâncias tecno-econômicas, não for aconselhável construir a base diretamente sobre a regularização ou reforço do sub-leito.
Base: É a camada destinada a receber e distribuir os esforços oríundos do tráfego, e sobre a qual se constrói o revestimento.
Revestimento (capa de rolamento): É a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a ação do tráfego, é destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste (durabilidade).
MATERIAIS
A construção de um pavimento exige não só o conhecimento dos materiais constituintes das camadas desse pavimento, mas também dos materiais constituintes do sub-leito e dos materiais que possam interferir na construção dos drenos, acostamentos, cortes e aterros.
Entre os materiais destaca-se o solo, que interfere em todos os estudos de um pavimento, pois mesmo não sendo eventualmente utilizado nas camadas previstas, será sempre o suporte da estrutura.
Nos pavimentos betuminosos, a análise dos agregados e dos asfaltos será sempre considerada, pois serão utilizados necessariamente na construção da capa de rolamento, podendo ainda ser utilizados nas outras camadas.
O cimento, independente de sua utilização obrigatória nos pavimentos de concreto de cimento, tem sido material de vasta aplicação na execução das bases de solo-cimento, que constituem no estado de São Paulo o tipo mais usado de pavimento.
A cal pode ter sua utilização intensificada, pois não só permite a estabilização dos solos para sub-base e base de pavimentos, como também tem aplicação como agente de melhoria das características de um solo, possibilitando sua estabilização por meio de um outro aglutinante.
Outros tipos de materiais podem permitir a estabilização de solos, mas ainda aparecem, em nosso meio, de maior experimentação, exigindo que sejam realizados testes que possibilitem uma avaliação de suas reais propriedades, além de um confronto, em termos econômicos, com os materiais tradicionais.
Conclusão:
Pavimentar significa revestir um piso ou chão com uma cobertura. No âmbito da engenharia, pavimentação constitui uma base horizontal composta por uma ou mais camadas sobrepostas, elevando sua durabilidade e facilitando o fluxo de veículos e pessoas.
Conceituação parecida é utilizada para se referir especificamente à pavimentação asfáltica. Trata-se da mesma definição utilizada pelos engenheiros, mas observando as propriedades de resistência ao tráfego contínuo, proporcionando condições ideais ao rolamento.
Como estrutura, o pavimento deve ser elaborado levando em conta variáveis como a base do terreno, fluxo esperado, clima e outras pertinentes. Devem ser considerados, ainda, possíveis impactos causados por intempéries e a natural deterioração da superfície.
Embora seja comum relacionar pavimentação a asfalto, o termo também designa os tipos de cobertura de chão para pedestres, como calçamento,e pisos interiores.
Referências Bibliográficas
ABRAM, ISAAC – 1° Ed. – Manual Prático de Terraplenagem 
DOUBECK, A. Topografia. Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 1989.
JACOMINE, Paulo K. T. a nova versão do sistema brasileiro de classificação de solos (sibcs)
VEIGA, L.A.K. et al. Fundamentos de topografia , UFPR
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DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. DNER-ME 049/94: Solos – determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não trabalhadas. Rio de Janeiro, 1994
REIS, N. F. S. D. Análise estrutural de pavimentos rodoviários. Aplicação a um pavimento reforçado com malha de aço. Dissertação de Mestrado, Instituto Superior Técnico. Universidade Técnica de Lisboa. Portugal, 2009.

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