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Aula 02
Legislação de Trânsito e Resoluções do CONTRAN p/ PRF (Policial)
Prof. Marcos Girão - 2020
Marcos Girão, Thais Poliana Teixeira Ribeiro de Assunção
04791108329 - Ana karine pereira Rodrigues Aragão
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Sumário 
Normas Gerais de Circulação e Conduta .................................................................................................... 3 
1. Regras Básicas Iniciais ............................................................................................................................ 4 
1.2. O Famoso Artigo 29 do CTB ............................................................................................................. 6 
1.3. As Regras de Ultrapassagem ........................................................................................................... 17 
1.3. Os Artigos 30 a 39 – As Bancas também Gostam ...................................................................... 23 
1.5. O Art. 40 – O Outro Famoso do CTB ............................................................................................ 36 
1.6. As Regras para o Uso da Buzina ..................................................................................................... 44 
1.7. O Resto da Galera (Arts. 42 ao 67) ................................................................................................. 46 
Questões Comentadas ................................................................................................................................. 69 
Lista de Questões ........................................................................................................................................ 100 
Gabarito ........................................................................................................................................................ 113 
Resumo ......................................................................................................................................................... 114 
Considerações Finais .................................................................................................................................. 136 
 
 
Marcos Girão, Thais Poliana Teixeira Ribeiro de Assunção
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APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá, caro futuro Policial Rodoviário Federal! 
Trataremos nessa aula de um dos mais importantes para provas de concursos: o Capítulo III do 
nosso CTB, que trata das Normas Gerais de Circulação e Conduta. 
As bancas, principalmente o CESPE/CEBRASPE, têm um verdadeiro caso de amor com esse 
assunto, pois o maior histórico de questões de prova de toda a história de concursos na área de 
trânsito e exatamente sobre o referido tema. 
Você há de concordar comigo que não se concebe um candidato a cargo de fiscalização de trânsito 
não conhecer as normas mais elementares e básicas de circulação e conduta existentes em nosso 
país, não é mesmo? Assim, dada a grande importância deste assunto para provas de concursos, 
vamos estudar detalhadamente cada um dos dispositivos desse capítulo. 
A didática desta aula será a seguinte: 
 
▪ Enunciaremos o artigo, parágrafo ou inciso, objeto de nosso estudo, da forma como 
ele está disposto no CTB; 
▪ Destacaremos aqueles mais famosos em provas de concursos; 
▪ Explicaremos em mais detalhes o que cada um quer dizer na prática, lembrando 
sempre que exemplificaremos alguns deles com questões recentes das mais 
diversas organizadoras 
▪ Citaremos, sempre que possível e pertinentes, a infração de trânsito 
correspondente à desobediência de grande parte das condutas estudadas. 
 
Prepare-se então, porque começaremos, a partir de agora, uma verdadeira viagem por um assunto 
extremamente importante não só para a sua prova, mas também para o seu dia-a-dia como futuro 
PRF, agente fiscalizador do trânsito nas rodovias e estradas federais do nosso país! 
Sigamos em frente! 
 
 
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NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA 
 
Querido aluno, começaremos agora a estudar as normas, as regras necessárias ao convívio 
adequado entre pessoas, animais e veículos nas vias públicas. São as chamadas normas gerais de 
circulação e conduta elencadas no Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro, o nosso CTB. 
E aí, já vou logo te dizendo uma primeira regra basilar: 
 
Quando o convívio entre pessoas, animais e veículos NÃO SE DER EM VIA PÚBLICA, 
as regras aqui estudadas NÃO SERÃO APLICADAS. 
 
No decorrer desse estudo, verificaremos o comportamento que devemos adotar e também os de 
que somos impedidos, em razão dos direitos dos demais. Na íntegra, tem o mesmo sentido da 
direção segura, da direção perfeita, da direção defensiva, hoje, felizmente, currículo obrigatório 
na formação de novos condutores de veículos, e aos que forem renovar a Carteira Nacional de 
Habilitação. 
Às pessoas que não conseguirem se adequar a estas normas de convívio social, o legislador previu, 
no Capítulo XV do CTB, dos arts. 161 ao 255, medidas punitivas, a fim de restaurar a situação de 
normalidade e a segurança viária. Assim, o Código nos traz uma relação básica entre as normas 
de circulação e conduta e as infrações de trânsito nele previstas, assim resumida: 
 
 
Dito isso, tentaremos seguir o estudo dessa aula na mesma lógica acima: na maioria dos 
dispositivos aqui estudados, indicaremos também a respectiva infração de trânsito a qual estará 
sujeita o infrator da norma. Fazendo isso, você terá a oportunidade de estudar os dois capítulos 
juntos, mesmo que com foco no Capítulo III, e dessa forma visualizar as infrações mais importantes 
e, por conseguinte, as mais queridinhas das bancas para provas de concurso. Quando chegarmos 
à Aula de infrações de trânsito, onde estudaremos todas as infrações, muitas delas já lhes serão 
familiares! 
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Beleza? 
Então vamos lá! 
 
1. Regras Básicas Iniciais 
 
Comecemos pelo primeiro artigo do importantíssimo Capítulo III, o art. 26: 
 
Art. 26. Os usuários das VIAS TERRESTRES devem: 
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito 
de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades 
públicas ou privadas; 
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando ou 
abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro 
obstáculo. 
 
 
 
 
 
A intenção do legislador neste artigo foi a de priorizar a defesa da vida, não deixando de lado o 
meio ambiente. 
Se as pessoas, em qualquer situação possível de ocuparem no trânsito, se abstivessem de atitudes 
perigosas, adotando um comportamento adequado e educado, esta regra inicial seria excelente 
para termos segurança no trânsito. Contudo, nem sempre é desta forma que acontece. Assim, a 
desobediência a tais disposições poderá levar o infrator ao cometimento das seguintes infrações: 
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias: 
Infração - média; 
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Penalidade - multa. 
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurançade veículo e pedestres, 
tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o 
risco à segurança. 
Sigamos! 
 
Art. 27. ANTES de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor 
deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos 
equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de 
combustível suficiente para chegar ao local de destino. 
 
 
 
 
 
A falta de combustível, convenhamos, trata-se de situação desconfortável ao condutor do veículo 
e seus passageiros, principalmente quando em viagem. 
Podemos imaginar a situação constrangedora e o transtorno. Da mesma forma acontece com os 
equipamentos obrigatórios, previstos na Resolução CONTRAN nº 14/98 e suas atualizações. Os 
equipamentos devem existir e estarem em condições de serem utilizados. Imaginemos a situação 
de necessidade de substituição de um pneu e o estepe estar sem condições de uso. Todavia, na 
prática, muitas vezes nos deparamos com tais situações. 
A não observação dessa regra, portanto, leva o condutor infrator às possíveis infrações a seguir: 
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - remoção do veículo. 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
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IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; 
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, TER DOMÍNIO DE SEU VEÍCULO, 
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. 
 
Essa é uma das regras que mais estão em sintonia com os conceitos e princípios da Direção 
Defensiva. O condutor deve estar atento; observar os demais condutores, pedestres e animais que 
possam estar nas vias públicas, nas faixas de domínio e até em lotes lindeiros, próximos à rodovia 
ou estrada; segurar o volante com as duas mãos; sinalizar antecipadamente as suas manobra de 
maneira que os demais agentes do trânsito possam ver; e adequar o seu comportamento e 
observar constantemente os espelhos retrovisores. E se desobedecer tal regra: 
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
Beleza? 
E agora: atenção redobradíssima! 
E sabe por quê? 
Porque no próximo tópico estudaremos o famosíssimo e cobradíssimo artigo 29 do CTB! Este 
dispositivo é enorme, tem muitos incisos e é um daqueles queridinhos (um dos casos de amor) das 
bancas! 
Vamos conhecê-lo? 
 
1.2. O Famoso Artigo 29 do CTB 
 
Segue a letra desse importantíssimo artigo: 
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Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá 
às seguintes normas: 
I - a circulação far-se-á PELO LADO DIREITO DA VIA, admitindo-se as exceções 
devidamente sinalizadas; 
 
 
 
 
II - o condutor deverá GUARDAR DISTÂNCIA DE SEGURANÇA LATERAL E 
FRONTAL entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo da 
pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da 
circulação, do veículo e as condições climáticas; 
 
 
 
 
 
 
No inciso I o principal cuidado que você precisa ter é lembrar de que a regra da circular pelo lado 
direito da via não é absoluta, pois o próprio dispositivo admite exceções, desde que devidamente 
sinalizadas! 
Sobre o inciso II, é bem verdade que a legislação não fixa exatamente qual deve ser a distância de 
segurança lateral e frontal do seu veículo com os demais. No entanto, é bom saber que há exceção 
no que diz respeito às bicicletas. Ao passar ou ultrapassar bicicleta, segundo estabelece o art. 201 
do CTN, os condutores de veículos deverão guardar uma distância lateral mínima de 1,5m (um 
metro e meio). 
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A falta desta distância de segurança frontal é a causa de inúmeros acidentes e, muitos, com morte 
de pessoas. A desobediência, é claro, levará a uma das seguintes infrações de trânsito: 
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como 
em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da 
circulação e do veículo: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar 
bicicleta: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Questões frequentes em concursos e que sempre trazem dúvidas entre os candidatos são as que 
dizem respeito às preferências de passagem. Vamos então destrinchá-las, buscando facilitar o seu 
aprendizado!! 
 
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de 
LOCAL NÃO SINALIZADO, terá preferência de passagem: 
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de RODOVIA, aquele que estiver 
circulando por ela; 
 
 
 
 
 
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b) no caso de ROTATÓRIA, aquele que estiver circulando por ela; 
 
 
 
 
 
c) nos DEMAIS CASOS, o que vier pela direita do condutor; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não esqueça dessas regras, tá? 
Só para reforçar: 
 
 
 
 
 
➢ Se houver sinalização de PREFERÊNCIA na via, ela DEVERÁ ser respeitada. 
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➢ Se não houver tal sinalização, as três regrinhas de preferência acima citadas é 
que devem obrigatoriamente ser seguidas. 
 
 
Eis as infrações para quem não as respeita: 
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: 
I - em interseção não sinalizada: 
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; 
b) a veículo que vier da direita; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Continuando... 
 
IV - quando uma pista de rolamento comportar VÁRIAS faixas de circulação no 
mesmo sentido são: 
 as da DIREITA destinadas ao deslocamento dos VEÍCULOS MAIS LENTOS E DE 
MAIOR PORTE, QUANDO NÃO HOUVER FAIXA ESPECIAL A ELES DESTINADA, 
e; 
as da ESQUERDA, destinadas à ULTRAPASSAGEM e ao DESLOCAMENTO DOS 
VEÍCULOS DE MAIOR VELOCIDADE; 
 
 
 
 
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Não esqueça: 
 
Se houver FAIXA ESPECIAL destinada aos veículos mais lentos e de maior porte, é lá 
que eles devem trafegar! Em não havendo, aí tais veículos devem usar a faixa da direita, 
ok? 
 
Ressalta-se também que mesmoque o veículo se desloque no limite máximo da velocidade 
regulamentada para aquela via, deverá estar na faixa da direita, pois a da esquerda é destinada às 
ultrapassagens. A ultrapassagem poderá estar sendo feita por uma viatura policial, uma 
ambulância ou simplesmente alguém com mais pressa, que não esteja observando o limite de 
velocidade. 
Aproveito para distinguir pista de rolamento de faixa de trânsito, segundo nos ensina o Anexo I 
do CTB: 
 
Anexo I CTB: 
PISTA DE ROLAMENTO: a parte da via normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação 
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. 
FAIXA DE TRÂNSITO: que é qualquer uma das áreas longitudinais em que pista pode 
ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma 
largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. 
 
Assim, uma pista de rolamento poderá ter uma ou mais faixas no mesmo sentido. Poderemos ter 
também as pistas duplas, em que há, em cada pista, faixas no mesmo sentido. 
Pois bem, as infrações previstas para a não observância dessa regra são as seguintes: 
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de conservá-lo: 
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação, exceto em situações de emergência; 
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
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Sigamos em frente! 
 
V - o trânsito de veículos sobre PASSEIOS, CALÇADAS e nos ACOSTAMENTOS, 
só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais 
de estacionamento; 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, os passeios, as calçadas e os acostamentos são reservados prioritariamente aos 
pedestres. Os acostamentos poderão ser utilizados pelos veículos, para paradas e 
estacionamentos emergenciais e ainda, por ciclomotores e bicicletas, devendo seus 
deslocamentos ser no mesmo sentido dos veículos (veremos com mais detalhes adiante). 
A desobediência a esse inciso leva ao cometimento das infrações abaixo: 
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, 
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, 
gramados e jardins públicos: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa (três vezes). 
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: 
I - pelo acostamento; 
Infração - gravíssima 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
 
 
 
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VI - os veículos precedidos de batedores terão PRIORIDADE de passagem, 
RESPEITADAS AS DEMAIS NORMAS DE CIRCULAÇÃO; 
 
 
 
 
 
Saiba, aluno, que via de regra não encontraremos disposição em lei que determine trânsito 
totalmente livre para algum tipo de veículo. Normalmente, temos a necessidade de uso de 
batedores para veículos conduzindo autoridades e em situações específicas. Neste caso, 
objetivando a livre circulação da autoridade, os batedores terão de fazer o serviço. 
Pois bem, a regra nos diz que tais veículos, quando precedidos de batedores, terão prioridade de 
passagem, mas tem prioridade tem um condição fundamental: devem ser respeitadas as demais 
normas de circulação. 
E atenção: prioridade é bem diferente de preferência. Preferência é uma prerrogativa ainda maior 
que determinado veículo possa ter no trânsito e você constatará isso nas regras a seguir! 
Confira uma das regras do art. 29 mais cobradas em provas: 
 
VII - os veículos: 
→ destinados a socorro de incêndio e salvamento; 
→ os de polícia; 
→ os de fiscalização e operação de trânsito e; 
→ as ambulâncias, 
 
 
 
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Além de prioridade de trânsito, gozam de LIVRE CIRCULAÇÃO, 
ESTACIONAMENTO E PARADA, quando em serviço de urgência e devidamente 
identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação 
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições: 
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos 
veículos, TODOS OS CONDUTORES deverão deixar livre a passagem pela faixa 
da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário; 
 
 
 
 
b) os PEDESTRES, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só 
atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local; 
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente 
só poderá ocorrer quando da EFETIVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE URGÊNCIA; 
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar COM 
VELOCIDADE REDUZIDA e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas 
as demais normas deste Código; 
 
Diferentemente do que estudamos no inciso VI, os veículos citados no inciso VII gozam, além de 
prioridade de trânsito, de livre circulação, estacionamento e parada nas situações de urgência, 
desde que devidamente identificados (com sirene e giroflex) observadas ainda as disposições, 
tratadas nas alíneas acima. 
 
ENTENDA e NÃO ESQUEÇA!! 
Em situação de URGÊNCIA, o condutor desses veículos poderá exceder a velocidade, 
trafegar em contramão de direção, trafegar pelo acostamento, ultrapassar em local 
proibido, passar com o semáforo no vermelho, desde que observadas todas as regras 
das alíneas acima, com especial atenção à alínea "d", ou seja, com velocidade reduzida 
e com os devidos cuidados de segurança. 
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Essa alínea “d” visa a preservar a vida de quem estiver na viatura ou ambulância e também a dos 
demais usuários da via. Trata-se de uma informação bastante interessante para provas de 
concursos! E sabe por quê? 
Porque as bancas adoram afirmar em suas questões não há limitações ou condições para o gozo 
das tais prerrogativas delivre circulação, estacionamento e parada. E há sim! Vou repetir: 
 
Tais prerrogativas devem ser gozadas guardados os devidos cuidados no trânsito. 
 
Assim, por exemplo, o motorista de uma viatura, em situação de emergência e com os dispositivos 
devidamente acionados, poderá passar com o sinal vermelho de um semáforo, desde que se 
certifique de que os demais condutores e pedestres o viram e lhe deram a preferência. Beleza? 
E se essas regras não forem observadas: 
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação 
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito 
e das ambulâncias, ainda que parados: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, 
de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e 
devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha 
intermitentes: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de passagem devidamente 
identificada por dispositivos regulamentaresde alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Agora o inciso VIII, igualmente importante e que não pode ser confundido com o que acabamos 
de estudar: 
 
 
 
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VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, QUANDO EM 
ATENDIMENTO NA VIA, gozam de livre parada e estacionamento no local da 
prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados; 
 
 
 
 
 
Agora, estamos tratando de outros tipos de veículos: os prestadores de serviço de utilidade 
pública! 
Esses veículos gozam, quando em atendimento na via, de livre PARADA e ESTACIONAMENTO 
(mas não de livre circulação) no local da prestação do serviço, independentemente de proibições 
ou restrições estabelecidas na legislação de trânsito ou através de sinalização regulamentar, 
quando atendido o quesito acima. E atenção: 
 
Em qualquer outra situação, eles NÃO GOZAM DE NENHUMA PRIORIDADE DE 
TRÂNSITO. 
 
Dentre estes veículos, são incluídos os de guincho, os de recolhimento e depósito de valores, 
os de manutenção na energia elétrica, etc. 
Veja como foi cobrado: 
 
 
 
[CBM/DF – 2011] Considerando que um caminhão do CBMDF, em serviço de urgência e 
devidamente identificado por alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, esteja 
transitando por uma pista de quatro faixas bastante congestionada, julgue os itens seguintes. 
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01. O referido caminhão poderá ultrapassar sinais vermelhos, desde que tome os devidos cuidados 
de segurança. 
Comentário: 
Certíssima! A chave da resposta está na expressão “desde que tome os devidos cuidados de 
segurança”. O caminhão citado na assertiva goza de livre circulação parada e estacionamento, 
mas deve, de fato, tomar os devidos cuidados necessários. 
Gabarito: Certo 
02. Ao chegar ao local da prestação do serviço de urgência, o caminhão poderá ser estacionado 
em locais nos quais haja sinalização proibindo estacionar, no entanto será vedado que o condutor 
do referido caminhão o estacione em locais em que a sinalização determine que seja proibido 
parar. 
Comentário: 
Invenção da banca! Ora, se o caminhão está em serviço de urgência e devidamente identificado 
por alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, então ele goza de livre circulação, 
estacionamento e parada (art. 29, VII). Não há, portanto, a restrição mencionada! 
Gabarito: Errado 
03. Os condutores dos veículos que estiverem trafegando à frente do referido caminhão deverão 
deixar livre a passagem pela faixa à esquerda, indo para as faixas à direita e parando, se necessário. 
Comentário: 
Perfeito! Foi o que vimos ao estudarmos sobre a postura dos demais atores do trânsito quando 
diante de um veículo como o citado no comando da questão! 
Gabarito: Certo 
 
Tranquilas, não é? Bom, agora estudaremos outro importante tópico desta aula que são as regras 
de ultrapassagem. Bastante atenção também para esse assunto, pois é outro sério candidato a 
aparecer em sua prova! 
 
1.3. As Regras de Ultrapassagem 
 
De início, vamos entender o conceito de ULTRAPASSAGEM retirado do glossário do CTB, o seu 
Anexo I: 
 
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Anexo I CTB: 
ULTRAPASSAGEM é o movimento de passar à frente de outro veículo que se desloca 
no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de trânsito, necessitando 
sair e retornar à faixa de origens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
De posse desse conceito, vamos então estudar as regras que você todos nós devemos (ou 
deveríamos!) respeitar nos casos de ultrapassarmos outros veículos. 
São elas: 
 
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento DEVERÁ SER FEITA PELA 
ESQUERDA, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas 
estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver 
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; 
 
 
 
 
 
X - todo condutor deverá, ANTES de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se de 
que: 
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a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para 
ultrapassá-lo; 
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito de 
ultrapassar um terceiro; 
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para que 
sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em sentido 
contrário; 
XI - todo condutor AO EFETUAR A ULTRAPASSAGEM deverá: 
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora de 
direção do veículo OU por meio de gesto convencional de braço; 
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe 
livre uma distância lateral de segurança; 
c) RETOMAR, APÓS A EFETIVAÇÃO DA MANOBRA, A FAIXA DE TRÂNSITO DE 
ORIGEM, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo gesto 
convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr em perigo 
ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou; 
 
Professor, sinalizar com gesto convencional de braço? Como assim?! 
Nós não estudamos ainda a Sinalização de trânsito, objeto de nossa próxima aula, mas já vou te 
adiantando que os condutores de veículos podem utilizar seus braços para fazer determinados 
gestos que funcionam também como uma espécie de “pisca-alerta humano”. Tais gestos são 
regulados e aceitos pelo CTB e podem, conforme vimos nas regras acima, substituir o uso das 
luzes indicadoras de direção do veículo. São eles: 
 
 
 
 
 
 
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Entendido? 
Perceba que a ultrapassagem é uma manobra rotineira, tanto em vias urbanas, quanto rurais. 
Contudo, utilizar momentaneamente a faixa de trânsito destinada aos veículos que se deslocam 
em sentido contrário, trata-se de uma manobra que deve ser realizada com todo o cuidado. 
Diariamente, muitos e muitos acidentes acontecem e vitimam elevado número de pessoas pela 
falta de cuidado na realização desta manobra. 
Lembre-se que se ocorrer uma colisão frontal, as velocidades veículos serão somadas e, muito 
provavelmente, os equipamentos de segurança não serão suficientes para evitar a ocorrência 
de acidentes fatais. 
Se desrespeitar essas regrinhas: 
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der 
sinal de que vai entrar à esquerda: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo 
com autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de 
direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou 
de faixa de circulação: 
Infração - grave; 
Penalidade- multa. 
 
XII - os veículos que se deslocam SOBRE TRILHOS terão PREFERÊNCIA DE 
PASSAGEM sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. 
 
 
 
 
 
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Assim como vimos nas regras dos veículos precedidos de batedores que, mesmo gozando de 
prioridade devem respeitar as demais normas de trânsito, assim acontece com o que trafegam 
sobre trilhos: têm prioridade, mas devem respeitar as demais normas de trânsito também! 
E se o condutor desobedecer o inciso XII? 
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
E atenção: 
 
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b do 
inciso XI aplicam-se à TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS, que pode ser realizada tanto 
pela faixa da esquerda como pela da direita. 
 
Eita professor, agora não entendi! Transposição de faixas? Pode explicar melhor? 
Sim, claro, e para respondê-lo vamos fazer mais uma visitinha ao Anexo I do CTB, para aprender 
primeiro o conceito de transposição de faixas. Confira: 
 
Anexo I CTB: 
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS significa passagem de um veículo de uma faixa demarcada 
para outra. 
 
Entendido o conceito, fica fácil aceitar o comando do §1º citado na página anterior, segundo o 
qual na transposição de faixas deve-se também obedecer às mesmas regras de atenção aplicadas 
na ultrapassagem. Essencialmente, devemos estar sempre atentos, mantermos as distâncias de 
segurança e indicarmos antecipadamente a realização da manobra de ultrapassagem e de 
transposição de faixas. 
Certo? 
Continuemos agora com o §2º do art. 28:... 
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§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, 
em ordem decrescente: 
→ os veículos de MAIOR PORTE serão sempre responsáveis pela segurança dos 
MENORES, 
→ os MOTORIZADOS pelos NÃO MOTORIZADOS e 
→ juntos, pela incolumidade dos PEDESTRES. 
 
De uma forma mais lúdica, a regra funciona mais ou menos assim: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este parágrafo nos traz um ordenamento de prioridade no trânsito que tem o intuito de dar maior 
segurança ao convívio no trânsito, priorizando os veículos menores e, acima de tudo, os pedestres. 
Infelizmente, caro aluno, nós sabemos que, na prática, na maioria das vezes tal situação não é 
respeitada. Muitos condutores de veículos de maior porte não zelam pela segurança dos menores 
e, juntos, não zelam pela incolumidade dos pedestres . Se todos observassem este preceito 
legal, respeitando os demais atores do trânsito, principalmente os mais frágeis, já teríamos uma 
grande melhora na nossa segurança, não é mesmo?! 
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Bom, aqui finalizamos o estudo do cobradííííííííssimo art. 29 do CTB! Sugiro que você revise essa 
parte quantas vezes forem necessárias até que você o aprenda por completo, tá? 
Sigamos com mais um pacote de artigos também relevantes do nosso Código. 
 
1.3. Os Artigos 30 a 39 – As Bancas também Gostam 
 
Comecemos pelo art. 30: 
 
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito de 
ultrapassá-lo, deverá: 
I - se estiver circulando pela faixa da ESQUERDA, deslocar-se para a faixa da 
direita, SEM ACELERAR A MARCHA; 
 
 
 
 
II - se estiver circulando pelas DEMAIS FAIXAS, manter-se naquela na qual está 
circulando, SEM ACELERAR A MARCHA. 
 
Os preceitos acima objetivam facilitar a ultrapassagem e evitar que o veículo a ser ultrapassado 
adote alguma atitude que o envolva em possível acidente de trânsito. Há aqui uma postura 
defensiva. 
Nós já vimos que os condutores de veículos mais lentos ou de maior porte, em havendo várias 
faixas de circulação no mesmo sentido, devem utilizar as da direita para seus deslocamentos, 
deixando as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior 
velocidade. Você, condutor, se já estiver circulando pela direita, mantenha-se nela permitindo a 
ultrapassagem com segurança. Jamais aumente a velocidade. Ao contrário, sempre que possível, 
facilite a ultrapassagens, diminuindo a velocidade. 
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E se teimar em desrespeitar a regra, cometerá a seguinte infração de trânsito: 
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Sigamos: 
 
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, QUANDO EM FILA, deverão manter 
distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem 
POSSAM SE INTERCALAR NA FILA COM SEGURANÇA. 
 
 
 
 
 
 
Você deve estar dizendo pra si mesmo: essa regra aí é uma lenda, professor! 
Pois é, e eu concordo! 
Bom, mas o fato é que pela regra os condutores devem (ou deveriam) observar que os veículos 
menores e com maior velocidade irão lhes ultrapassar seguidamente. Como a ultrapassagem dá-
se de veículo a veículo, deverá haver uma distância entre cada um dos veículos de maior porte, 
permitindo a realização da manobra. Se o condutor passar por mais de um veículo, em uma só 
manobra, fugirá ao conceito de ultrapassagem e cometendo a infração de transitar pela 
contramão. É assim que a maior parte dos doutrinadores entende e, segundo eles (dos quais 
corroboro) será essa a infração cometida: 
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em: 
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, 
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido contrário: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
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Vejamos como o assunto foi abordado pelas lentes da nossa estimada banca: 
 
 
 
 
[DETRAN/PA - 2006] Julgue o item a seguir. 
Sempre que o condutor perceber que outro veículo que o segue tem o propósito de ultrapassá-
lo, deverá deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. 
Comentário: 
Cuidado com essa pegadinha! Lembre-se: 
Se o condutor a ser ultrapassado estiver circulando pela faixa da esquerda, ele realmente deverá 
deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. Mas e se ele não estiver na faixa da 
esquerda, e sim nas demais faixas? Ah, aí ele deve manter-se naquela na qual está circulando, 
também sem acelerar a marcha (art. 30, I e II). 
Gabarito: Errado 
 
E vamo simbora! 
 
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de 
TRANSPORTE COLETIVO que esteja parado, efetuando embarque ou 
desembarque de passageiros, DEVERÁ REDUZIR A VELOCIDADE, dirigindo COM 
ATENÇÃO REDOBRADA ou PARAR O VEÍCULO com vistas à segurança dos 
pedestres. 
 
 
 
 
 
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Já vimos o conceito de ultrapassagem. Você deve ter percebido que ele é um tanto diferente do 
conceituado no dispositivo acima. Trata-se de um errinho conceitual do CTB! Na verdade, o artigo 
refere-se à passagem de algum veículo por outro, de transporte coletivo, que esteja parado, 
efetuando embarque ou desembarque de passageiros. Mas, tudo bem, abafa o caso! (rsrs) 
Não há dúvidas, no entanto, que se trata de uma regra que prega a prudência, pois o local requer 
sim uma atenção especial à diminuição da velocidade. 
Sigamos com o art. 32! Antes de conhecê-lo, porém, vamos dar mais uma passadinha no Anexo I 
o CTB para trazer o significado de passagem de nível: 
 
Anexo I CTB: 
PASSAGEM DE NÍVEL é todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou 
trilho de bonde com pista própria. 
 
Agora sim: 
 
Art. 32. O condutor NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR veículos em vias: 
→ com duplo sentido de direção e pista única, 
→ nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, 
→ nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres 
Atenção: 
EXCETO SE NESSAS TRÊS SITUAÇÕES ACIMA HOUVER SINALIZAÇÃO 
PERMITINDO A ULTRAPASSAGEM. 
 
Muita atenção para a exceção destacada: 
 
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Quando houver a autorização através da SINALIZAÇÃO VIÁRIA o condutor PODERÁ 
FAZER a ultrapassagem em quaisquer dos trechos acima citados! 
 
Agora, se esses trechos não possuírem sinalização permitindo a ultrapassagem, a não observância 
da regra implicará em uma das seguintes infrações: 
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: 
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; 
II - nas faixas de pedestre; 
III - nas pontes, viadutos ou túneis; 
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à 
livre circulação; 
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou 
simples contínua amarela: 
Infração - gravíssima] 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
Tem outro pequeno, mas importante detalhe também: no que diz respeito aos trechos em curvas 
e em aclives, se houver visibilidade suficiente e nenhum impedimento de sinalização, você pode 
efetuar a ultrapassagem sem nenhum problema, desde que observados, obviamente, os demais 
cuidados relacionados aos movimentos de ultrapassar outro veículo. 
Beleza? 
Vamos ao art. 33! 
 
Art. 33. Nas INTERSEÇÕES e SUAS PROXIMIDADES, o condutor NÃO poderá 
efetuar ultrapassagem. 
 
 
 
 
 
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Estamos diante da última regrinha de conduta relacionada à ultrapassagem. Uma regra bem 
simples, mas que nos remete novamente ao glossário do CTB, o Anexo I, para tirarmos alguma 
dúvida que ainda possa existir quanto ao termo interseção de nível. Vamos então aos seus 
conceitos: 
 
Anexo I CTB: 
INTERSEÇÃO é todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as 
áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. 
 
O desrespeito ao art. 33 leva à infração tipificada no art. 202: 
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: 
II - em interseções e passagens de nível; 
Infração - gravíssima 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
E vamos revisando com mais uma questão: 
 
 
 
 
[DETRAN/PA - 2006] Julgue o item subsecutivo. 
Por medida de segurança, o CTB proíbe toda e qualquer ultrapassagem de veículos em vias com 
duplo sentido de direção e pista única, em trechos em curvas, em aclives sem visibilidade 
suficiente, em passagens de nível, em pontes e viadutos e em travessias de pedestres. 
Comentário: 
Uma questãozinha que parece trazer a literalidade do Código, não é? É sim. Mas muitíssimo 
cuidado, pois é uma questão literal, no entanto, perigosíssima! 
É o tipo de questão inconsequente, pois ela suprime e até troca uma informação relevante da 
regrinha que acabamos de estudar. Lembre-se que destaquei que em havendo sinalização 
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adequada na via, o condutor pode fazer ultrapassagem nos trechos citados na questão (art. 32). 
Essa é a exceção à regra! 
A assertiva diz que o CTB proíbe toda e qualquer ultrapassagem, tornando a regra absoluta o que, 
como vimos, está errado. Havendo sinalização regulamentadora nos trechos, a ultrapassagem é 
possível. 
Gabarito: Errado 
 
Tranquilo? Sigamos! 
 
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que 
pode executá-la SEM PERIGO PARA OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA QUE O 
SEGUEM, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção 
e sua velocidade. 
 
Regra muito simples e óbvia. Aqui não temos muito que comentar, apenas ratificar que antes de 
toda e qualquer manobra é de suma importância que sejam observados todos os cuidados já 
estudados, sinalizando adequadamente e observando a sinalização dos veículos que o precedem 
ou o seguem, a fim de evitar colocar-se em perigo, bem como, aos demais. 
 
 Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um DESLOCAMENTO 
LATERAL, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara E com a devida 
antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, OU fazendo 
gesto convencional de braço. 
Parágrafo único. Entende-se por DESLOCAMENTO LATERAL: 
a transposição de faixas; 
os movimentos de conversão à direita, à esquerda; e 
os retornos. 
 
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O parágrafo único nos dá uma ajudinha conceituando o deslocamento lateral. Na prática significa 
nada mais do que as nossas conhecidas expressões: “dobrar” ou “fazer a curva”. 
Pois bem, antes de realizar qualquer manobra enquadrada neste conceito, deve-se indicar 
antecipadamente aos demais usuários sua realização, propiciando-lhes que visualizem e adotem 
uma postura de atenção e cautela. Interessante que a esmagadora maioria dos condutores de 
nosso país conhece apenas a luz indicadora de direção como forma de sinalização de intenção de 
deslocamento lateral. 
E se todas as luzes indicadoras do seu veículo estiverem danificadas? Como fazer então para 
indicar com antecedência o propósito de se fazer um deslocamento lateral? 
Você já sabe: Usando os gestos convencionais de braço também regulamentados pelo CTB! 
Relembrando-os: 
 
 
 
 
Agora, o art. 36: 
 
Art. 36. O condutor que for INGRESSAR NUMA VIA, procedente de um lote 
lindeiro a essa via, DEVERÁ DAR PREFERÊNCIA aos veículos e pedestres que por 
ela estejam transitando. 
 
 
 
 
 
 
Professor, só me esclarece, por favor, o que é esse tal lote lindeiro! 
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Eu não, mas o Anexo I do CTB pode sim te esclarecer: 
 
Anexo I CTB: 
LOTE LINDEIRO é aquele situado ao longo das vias urbanas e rurais e que com elas se 
limita. É um quarteirão ou um terreno delimitado por vias. 
 
A regra acima versa sobreas obrigações que temos ao sair dos lotes lindeiros. É importante que 
se dê a preferência aos veículos e pedestres que por elas estejam transitando. Se não assim não 
proceder: 
 
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para ingresso na 
via e sem as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
 
Art. 37. Nas vias providas de ACOSTAMENTO, A CONVERSÃO À ESQUERDA e 
a OPERAÇÃO DE RETORNO deverão ser feitas nos locais apropriados e, onde 
estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para 
cruzar a pista com segurança. 
 
 
 
 
 
 
A regra geral é essa: sempre que existir um local adequado, devidamente sinalizado, o condutor 
deverá utilizá-lo para fazer a manobra de conversão acima citada. 
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A exceção: se não houver esse local sinalizado, em se tratando de via provida de acostamento, 
condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, onde deverá parar seu veículo, sinalizar sua 
intenção e aguardar o momento oportuno para cruzar a pista com segurança. 
Caso não obedeça: 
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista 
ou entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para operação de retorno: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
A seguir, o art. 38 com as regras específicas e bem cobradas em provas sobre os movimentos de 
conversão à direita e à esquerda: 
 
 Art. 38. ANTES de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes 
lindeiros, o condutor deverá: 
I - ao sair da via pelo LADO DIREITO, aproximar-se o máximo possível do BORDO 
DIREITO da pista e executar sua manobra no menor espaço possível; 
 
 
 
 
 
O Anexo I do CTB também nos traz o conceito de bordo da pista: 
 
Anexo I CTB: 
BORDO DA PISTA é a margem da pista, podendo ser demarcada por linhas 
longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. 
Estas linhas longitudinais dividem a pista de rolamento do acostamento. 
 
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Assim, ao sair da via pelo lado direito, o condutor deve aproximar-se ao máximo do bordo direito 
da pista e diminuir a velocidade de forma gradativa, sinalizando a intenção antecipadamente. 
 
II - ao sair da via pelo LADO ESQUERDO aproximar-se o máximo possível: 
→ de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de uma 
pista com circulação nos dois sentidos; OU 
→ do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido. 
 
 
 
 
 
O procedimento é análogo ao comentado no inciso anterior, observando-se a situação de pista 
com circulação nos dois sentidos, quando o veículo será posicionado mais próximo possível da 
linha divisória da pista, porém, no seu próprio sentido de circulação. 
 
 
 
 
➢ DURANTE A MANOBRA DE MUDANÇA DE DIREÇÃO, o condutor deverá CEDER 
PASSAGEM aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário 
pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. 
 
 
A infração: 
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Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro 
da respectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses lados: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Estudaremos agora o regramento para a operação de retorno. E aí já te dou uma dica bem legal: 
 
O desrespeito às regras de retorno leva o condutor ao cometimento de infração 
gravíssima. 
 
E as regras para o retorno constam no art. 39: 
 
Art. 39. Nas vias urbanas, A OPERAÇÃO DE RETORNO DEVERÁ SER FEITA NOS 
LOCAIS PARA ISTO DETERMINADOS, quer por meio de sinalização, quer pela 
existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam 
condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, 
das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas. 
 
A operação de retorno é tratada com muito cuidado pelo CTB. Perceba que a condição primária 
é que o retorno seja feito apenas em locais determinados para este tipo de operação (quer por 
meio de sinalização, que pela existência de locais apropriados). 
 
 
 
 
 
Contudo, nem sempre é fácil encontrar tudo bonitinho assim nas nossas estimadas vias e é por 
isso que o CTB permitir existir exceções a essa regra e elas vêm descritas no próprio artigo: os 
outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez. 
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Só isso, professor?? 
Não, caro aluno! Além de oferecerem segurança e fluidez, também devem ser observadas as 
características do veículo, da via, as condições meteorológicas e da movimentação de pedestres 
e ciclistas. Situações como as a das figuras a seguir não são permitidas: 
 
 
 
 
 
 
E saiba: o CTB exige que todas essas condições devem ser cumulativamente observadas em toda 
operação de retorno em local não determinado para isso ou não devidamente sinalizado. 
Se essas regras não forem devidamente observadas, como nas figuras acima, o condutor cometerá 
uma das infrações abaixo: 
Art. 206. Executar operação de retorno: 
I - em locais proibidos pela sinalização; 
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis; 
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, 
refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados; 
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via transversal; 
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que em locais permitidos: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
Caro aluno, chegou a hora de conhecermos mais um dispositivo que junto ao art. 29 é 
disparadamente outro dispositivo do Capítulo III queridíssimo de absolutamente TODAS as bancas 
de concursos: 
 
ART. 40 - AS REGRAS PARA O USO DAS LUZES DOS VEÍCULOS!! 
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Atenção redobrada para o próximo tópico, ok? 
 
1.5. O Art. 40 – O Outro Famoso do CTB 
 
Querido aluno, é muito comum você encontrar em provas de concursos pelo menos uma questão 
que trata desse dispositivo, o art. 40 do Código, que traz as regras sobre o uso dos faróis de 
veículos! 
É exatamente por isso que peço que o estude também várias e várias vezes, pois ele é cheio 
detalhes e é nesses detalhes que as organizadoras tentam induzir os candidatos a erro. São 
questões simples, mas que sempre vão requerer de você um olhar especial e uma leitura mais 
cuidadosa. 
Antes de estudar tais regras, vamos primeiramente entender e consolidar os conceitos usados 
pelo CTB (encontrados em seu Anexo I) de luz de posição, luz baixa, luz alta e luz de neblina. 
Professor, mas por que estudá-los se são conceitos tão básicos?Porque, a depender da região ou Estado do país onde você mora, esses conceitos tornam-se 
diferentes na linguagem do dia-a-dia e geralmente são diferentes dos conceitos regulamentados 
pelo Anexo I do CTB. 
Para o nosso estudo (e para a sua prova!), o que importa é conhecer bem esses conceitos. São 
eles: 
 
Anexo I CTB: 
Luz de POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura 
do veículo. É aquela luz conhecida em muitas regiões como luz baixa. Cuidado, pois, 
para o CTB, a famosa luz baixa para muitos é exatamente a luz de posição!! 
Luz BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via diante do veículo, sem 
ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da 
via que venham em sentido contrário. 
Luz ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância 
do veículo. 
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Luz de NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso de 
neblina, chuva forte ou nuvens de pó. 
 
Pronto!! Entendido cada conceito acima, agora vamos dar seguimento às regrinhas sobre o uso 
das luzes em nossos veículos: 
 
Art. 40. O USO DE LUZES em veículo obedecerá às seguintes determinações: 
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando LUZ BAIXA, 
DURANTE A NOITE E DURANTE O DIA nos túneis providos de iluminação pública 
E NAS RODOVIAS; 
 
 
 
 
 
 
A regra é bem clara: entrou em um túnel provido de iluminação pública OU EM RODOVIA, 
seja de noite ou de dia, você deve usar o farol de luz BAIXA! 
 
II - nas vias NÃO ILUMINADAS o condutor deve usar LUZ ALTA, EXCETO ao cruzar 
com outro veículo ou ao segui-lo; 
 
 
 
 
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Já vou te avisando que a única possibilidade de se usar a luz ALTA é em vias não 
iluminadas. E mais: 
ATENÇÃO PARA O FINAL DO TEXTO DESSE INCISO!! 
Ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo, mesmo estando em uma via não iluminada, 
o condutor deverá usar a LUZ BAIXA. Nãos se esqueça, ok? 
 
Continuando: 
 
III - a TROCA DE LUZ BAIXA e ALTA, de forma intermitente e por curto período 
de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, SÓ PODERÁ SER 
UTILIZADA: 
→ para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente; OU 
→ para indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam no 
sentido contrário; 
 
É praticamente proibida a troca de luz alta e baixa de forma intermitente e por período curto de 
tempo. E por quê? 
Porque só é autorizada tão tipo de sinalização em duas situações unicamente: quando o condutor 
tem a intenção de ultrapassar o veículo que está à sua frente e para informar o condutor 
que trafegue em sentido contrário, que ele vai se deparar com alguma situação de perigo. 
Jamais deverá esta sinalização ser utilizada como maneira de informar aos condutores de 
veículos que trafeguem em sentido contrário, a existência de barreira policial ou 
fiscalização de trânsito, pois, além da infração de trânsito que cometerá, poderá estar 
avisando a algum ladrão ou foragido, da presença policial. 
 
IV - o condutor manterá acesas PELO MENOS as luzes de POSIÇÃO do veículo 
quando sob CHUVA FORTE, NEBLINA ou CERRAÇÃO; 
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Quero que o aluno atente para a expressão “pelo menos”. Ao utilizar tal expressão, o CTB nos dá 
a possibilidade de usarmos qualquer uma das luzes (posição, baixa ou alta) nos casos de chuva, 
neblina ou cerração! 
O que as questões de prova mais fazem é suprimir tal expressão ou então mantê-la, trocando, 
contudo, o tipo de luz que deve ser usado. Vou exemplificar: 
 
Ex1: “o condutor manterá acesas as luzes de posição do veículo quando sob chuva forte, 
neblina ou cerração”. Afirmativa errada, pois suprimiu a expressão “pelo menos”. 
Ex2: “o condutor manterá acesa pelo menos a luz baixa do veículo quando sob chuva forte, 
neblina ou cerração”. Também errada, pois trocou o tipo de luz a ser usado. 
 
Cuidado então nas questões, ok? 
Vou dar um pulinho mais na frente do CTB para fazer com você um comparativo entre a regra que 
acabamos de estudar e a que regulamenta o inciso VIII do art. 40: 
 
VII - o condutor manterá acesas, À NOITE, AS LUZES DE POSIÇÃO quando o veículo estiver 
PARADO para fins de embarque ou desembarque de passageiros E carga ou descarga de 
mercadorias. 
 
Tal situação visa facilitar a identificação de veículo parado pelos demais condutores, aumentando 
a segurança viária. E aqui é diferente: o CTN não usa a expressão: “pelo menos”! 
Isto então significa que não há outra opção a ser pensada pelo condutor: se, à noite, estiver 
embarcando ou desembarcando passageiros ou carregando e descarregando mercadorias, o 
condutor deverá acionar de imediato as luzes de POSIÇÃO. 
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Vou ser repetitivo: o condutor só deve acionar as luzes de posição quando estiver executando tais 
operações durante à noite! De dia não há a necessidade de acionar os faróis para executar tais 
manobras, tá? 
Voltemos um pouquinho e vamos ao inciso V: 
 
V - O condutor utilizará o PISCA-ALERTA nas seguintes situações: 
→ em imobilizações ou situações de emergência; 
→ quando a regulamentação da via assim o determinar; 
Aqui, precisamos visitar mais um conceito retirado do Anexo I de nosso CTB: 
 
Anexo I CTB: 
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, 
destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em 
situação de emergência. 
 
Nós, brasileiros, temos o péssimo hábito de acionarmos o pisca-alerta para várias outras situações 
que não as previstas acima. Pois saiba de mais essa dica: não há exceções à regra!! 
Qualquer insinuação da banca para outra finalidade do pisca-alerta será um erro! 
Temos também regrinha para a luz de placa: 
 
VI - durante A NOITE, em circulação, o condutor manterá acesa a LUZ DE PLACA; 
 
A Resolução CONTRAN nº 14/98 determina a lanterna de iluminação da placa traseira, de cor 
branca, como um item veicular obrigatório. O que eu preciso que você fique atento e não esqueça 
é que dois requisitos precisam ser preenchidos para que você acenda a luz DE PLACA: 
✓ só pode ser utilizada durante a noite; e 
✓ quando em circulação. 
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Por fim, uma regra que as bancas adoram, pois ela é um verdadeiro parque de diversões para um 
elaborador de questões: 
 
Parágrafo único. Os veículos de TRANSPORTE COLETIVO REGULAR DE PASSAGEIROS, quando 
circularem em faixas próprias a eles destinadas, e OS CICLOS MOTORIZADOS deverão utilizar-se 
de FAROL DE LUZ BAIXA durante o dia e a noite. 
 
Vamos entender a regra: 
1º) Quem ela diz que deve usar o farol de luz BAIXA durante o dia e a noite? 
Os veículos de transporte coletivo de passageiros e os ciclosmotorizados. 
2º) E esses veículos devem usar o farol de luz BAIXA de dia e de noite em toda e qualquer situação? 
Não! Em toda e qualquer situação somente os ciclos motorizados! 
 
 
 
 
 
Professor, mas você não acabou de dizer que também os veículos de transporte coletivo de 
passageiros estão inclusos na regra? É esse o pulo do gato que eu quero que você entenda: 
Tão somente no momento em que circularem em FAIXAS PRÓPRIAS (corredores de ônibus), é 
obrigatório a estes tipos de veículos, utilizar a luz baixa acesa, mesmo durante o dia. Não sendo 
em faixas próprias, aos ônibus não é obrigatório o uso da luz baixa durante o dia. 
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Entendido? 
Para reforçar, vamos revisar: 
 
 
 
 
➢ Aos veículos de 02 ou 03 rodas (ciclo motorizados), sempre será obrigatório manter o 
farol ligado na luz BAIXA, SEJA DIA OU NOITE. 
➢ Os de transporte coletivo regular de passageiros (ônibus) só manterão as luzes BAIXAS 
acesas durante o dia se estiverem em faixas próprias destinadas a eles. 
➢ Para ambos os tipos de veículos, nas vias NÃO ILUMINADAS, é óbvio, é a luz ALTA 
que deve ser utilizada. 
 
 
Bom, é isso! Terminamos aqui nosso estudo sobre as regras que tratam das luzes dos veículos. No 
CTB, apenas dois artigos tipificam as infrações relativas ao uso indevido das luzes dos veículos. E 
são infrações de natureza média! 
Vamos a eles: 
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: 
I - deixar de manter acesa a luz baixa: 
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a) durante a noite; 
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias; 
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas 
a eles destinadas; 
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; 
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob chuva forte, neblina ou cerração; 
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: 
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência; 
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações: 
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-
lo; 
b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utilizando pisca-alerta; 
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Estudaremos, no próximo artigo, o regramento para o correto uso das famosas buzinas de nossos 
veículos! Antes disso, convido-o a exercitar o aprendizado com umas questõezinhas bem legais: 
 
 
 
[CETURB/ES – 2010] Julgue o item seguinte. 
Quando os veículos de transporte coletivo regular de passageiros circularem em faixas próprias, 
ou seja, a eles destinadas, é obrigatório o uso de farol de luz baixa, tanto de dia quanto à noite. 
Comentário: 
Como você pode ver, caro aluno, essa questão traz literalmente o que acabamos de estudar!! 
Vimos que os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando em circulação em faixas a 
eles destinadas, deverão usar farol de luz baixa de dia em de noite (art. 40, parágrafo único). 
Se o CTB usou a expressão "deverão", significa que ela indica obrigatoriedade e, assim, fica claro 
então que a questão está correta quando diz ser obrigatório o uso de farol de luz baixa, tanto de 
dia quanto à noite. 
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Gabarito: Certo 
[MPU – 2010] Julgue o item a seguir, à luz do CTB. 
A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, pode ser usada 
pelo condutor de veículo, com o objetivo de advertir outros condutores que circulam no sentido 
contrário da presença de animais na pista. 
Comentário: 
Começo o comentário com uma pergunta: animais na pista não trazem riscos à segurança dos 
condutores? 
Claro que sim! E muitos riscos!! Assim, advertir os condutores que trafegam em sentido contrário 
da existência de animais na pista se encaixa perfeitamente como uma das duas condutas 
permitidas para a troca de luz baixa e alta de forma intermitente (art. 40, III). 
Gabarito: Certo 
[CBM/DF – 2011] Julgue o item subsecutivo. 
O CTB determina que o condutor mantenha acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, 
durante a noite, o que significa que os faróis deverão ser mantidos acesos no período entre 18 h 
e 6 h, independentemente das condições de luminosidade. 
Comentário: 
Caro aluno, diga-me onde está no CTB o dispositivo que versa a respeito de ser ou não noite o 
período compreendido entre 18h e 6h, porque sinceramente não encontrei! 
E não existe mesmo!! A assertiva acima é uma enrolação total da nossa querida banca. 
Gabarito: Errado 
 
No próximo tópico, o uso da buzina. 
 
1.6. As Regras para o Uso da Buzina 
 
Aqui trabalharemos basicamente o art. 41, conjugando-o com o art. 227 do CTB. 
Vamos lá: 
 
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Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de BUZINA, desde que em 
toque breve, nas seguintes situações: 
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes; 
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se 
tem o propósito de ultrapassá-lo. 
 
Caro aluno, a norma deste artigo praticamente proíbe o uso deste equipamento obrigatório! 
Apenas em dois casos, e desde que com toque BREVE, é que o uso da buzina é PERMITIDO. Os 
dois casos são: 
 
1º - Sempre que for necessário advertir alguém com o intuito de se evitar algum acidente, a 
qualquer momento a buzina poderá ser acionada. 
2º - Estando em via fora das áreas urbanas, ser desejar ultrapassar alguém e quiser adverti-
lo desse seu intuito, você pode fazer uso da buzina. Se estiver em uma via dentro de área 
urbana, seja qual for o motivo, a buzina é proibida! 
 
Não se esqueça dessas regrinhas, ok? 
 
Dica: TODA infração de trânsito relacionada a uso incorreto de BUZINA é LEVE. 
 
Quer ver? Olha só: 
Art. 227. Usar buzina: 
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros 
veículos; 
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; 
III - entre as vinte e duas e as seis horas; 
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; 
V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN: 
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Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
E no quadro-destaque a seguir, um reforço a respeito do inciso III do art. 227: 
 
 
 
 
 
➢ O CTB PROÍBE o uso de BUZINAS entre as 22:00hs e às 06:00hs EM TODA E 
QUALQUER SITUAÇÃO!! 
 
 
Certinho? 
Bom, estamos quase no fim do nosso estudo. No nosso próximo e último tópico, os dispositivos 
restantes do CTB, quesão os que menos chamam a atenção dos elaboradores de provas. Isso não 
quer dizer, obviamente, que não devem ser levados a sério. Devem sim, e muito! 
Estude-os com atenção, buscando assimilá-los ao máximo, ok? 
A eles! 
 
1.7. O Resto da Galera (Arts. 42 ao 67) 
 
No art. 42, uma regra de prudência: 
 
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, SALVO POR 
RAZÕES DE SEGURANÇA. 
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Já vimos que o condutor deve dirigir sempre com atenção e cuidados indispensáveis à segurança. 
Dentre os cuidados, convém ressaltar a distância de segurança entre os veículos que se seguem. 
O próprio artigo nos traz uma exceção: o freio somente deve ser usado bruscamente em situação 
emergencial. 
 
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente as 
condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas e a 
intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade 
estabelecidos para a via, além de: 
 
Nem sempre é prudente trafegar no limite máximo da velocidade regulamentada para aquela via. 
Sempre é necessário observar as circunstâncias do momento, como as condições físicas da via, do 
veículo, carga, condições meteorológicas, intensidade de trânsito, presença de pedestres no 
acostamento ou paradas de ônibus e presença de animais na faixa de domínio. Presente uma ou 
mais destas circunstâncias, convém adotar uma postura de cautela e diminuir a velocidade, a fim 
de evitar se envolver em acidente de trânsito. Ainda devemos observar o seguinte: 
 
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa 
justificada, transitando a uma velocidade ANORMALMENTE REDUZIDA; 
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes certificar-
se de que pode fazê-lo SEM RISCO NEM INCONVENIENTES para os outros 
condutores, a não ser que haja perigo iminente; 
III - indicar, DE FORMA CLARA, COM A ANTECEDÊNCIA NECESSÁRIA E A 
SINALIZAÇÃO DEVIDA, a manobra de redução de velocidade. 
 
Regrinhas óbvias e, por isso, não tão cobradas em provas. Não nos custa relembrar que qualquer 
manobra deve ser precedida de sinalização adequada, a fim de que os demais usuários da via, 
quer sejam condutores de veículos quer sejam pedestres, possam saber o que iremos fazer. 
 
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Art. 44. Ao aproximar-se de QUALQUER TIPO DE CRUZAMENTO, o condutor do 
veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade 
moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar 
passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. 
 
Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, esteja sinalizado ou não, deve-se reduzir a 
velocidade e redobrar a atenção, em condições de parar o veículo a qualquer momento. Poderá, 
como já vimos, o condutor se deparar com veículos que tenham o direito de preferência, como 
viaturas policiais ou ambulâncias e ainda com um pedestre atravessando a via em uma faixa de 
segurança. Com esta conduta, muitos atropelamentos de pessoas e abalroamentos de veículos 
podem ser evitados. 
 
Art. 45. MESMO QUE A INDICAÇÃO LUMINOSA DO SEMÁFORO LHE SEJA 
FAVORÁVEL, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver 
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, 
obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal. 
 
 
 
 
 
Esta norma quer nos alertar para o fato que mesmo que o semáforo esteja na luz VERDE, é 
importante que observemos, antes de atravessar o cruzamento, se o trânsito nele existente 
permite que façamos a travessia com segurança. 
Repito: a atenção e o cuidado devem existir mesmo que o sinal esteja verde permitindo sua 
passagem! 
Se isso não acontecer, você deve obrigatoriamente aguardar que o cruzamento esteja 
completamente desobstruído para só então cruzar a interseção. E a infração? 
 
 
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Art. 181. Estacionar o veículo: 
(...) 
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - remoção do veículo. 
Art. 182. Parar o veículo: 
(...) 
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
 
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no 
leito viário, EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, deverá ser providenciada a 
imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 
 
 
 
 
 
A presente regra nos ensina a como proceder em caso de situação de emergência que nos leva a 
imobilizar temporariamente o veículo no leito viário. 
Vamos começar a analisá-la pela sua última informação: “...na forma estabelecida pelo 
CONTRAN...” 
Todos nós, ou quase todos, conhecemos o velho e bom triângulo de emergência de veículos. Pois 
bem, o correto uso desse equipamento para sinalização de veículo que esteja imobilizado na via 
foi regulamentado pela Resolução nº 36/98. 
Essa Resolução tem apenas um artigo e ele estabelece que, em situação de emergência, o 
condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a 
colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da 
parte traseira do veículo. 
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 Outra informação importante é que o equipamento de sinalização de emergência deverá ser 
instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade. O curioso é que 
a Resolução não cita o que pode ser um equipamento similar... 
Sigamos! 
 
Art. 47. Quando PROIBIDO O ESTACIONAMENTO na via, a PARADA deverá 
restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de 
passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a 
locomoção de pedestres. 
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo órgão 
ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada ESTACIONAMENTO. 
 
Dica: caso um condutor de um veículo se depare com a placa de regulamentação de 
estacionamento proibido, ele poderá parar o veículo apenas pelo tempo necessário para o 
embarque ou desembarque de algum passageiro. Qualquer tempo excedente a será 
caracterizado como a infração de estacionar em local proibido! 
E para não esquecer: 
 
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA = ESTACIONAMENTO 
 
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, o 
veículo deverá ser posicionado NO SENTIDO DO FLUXO, PARALELO AO BORDO 
DA PISTA DE ROLAMENTO E JUNTO À GUIA DA CALÇADA (meio-fio), admitidas 
as exceções devidamente sinalizadas. 
 
 
 
 
Marcos Girão, Thais Poliana Teixeira Ribeiro de Assunção
Aula 02
Legislação de Trânsito e Resoluções do CONTRAN p/ PRF (Policial) Prof. Marcos Girão - 2020
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04791108329 - Ana karine pereira Rodrigues Aragão
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Esta é a conduta básica para a parada, o estacionamento ou a operação de carga e descarga de 
veículos. Simples!

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