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Relatório girassol - Camile Bioto

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INSTITUTO FEDERAL DE SANTA CATARINA 
 
 
 
 
CAMILE BIOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS 
Ontogênese e produção de girassol 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê 
Agosto, 2020 
 
CAMILE BIOTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PLANTAS 
Ontogênese e produção de girassol 
 
 
 
Relatório apresentado à 
disciplina de Biologia do 
Curso Técnico em 
Alimentos Integrado ao 
Ensino Médio do Instituto 
Federal de Santa Catarina. 
 
Orientador: Luciane 
Belmonte Pereira 
 
 
 
 
 
 
 
 
Xanxerê 
Agosto, 2020 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 3 
2 DESENVOLVIMENTO 5 
2.1 Cultura do girassol no Brasil 5 
2.2 Exigências climáticas 6 
2.3 Escolha da área 7 
2.4 Classificação botânica 8 
2.5 Descrição botânica 9 
2.5.1 Germinação 9 
2.5.2 Sistema radicular 9 
2.5.2.1 Formação do sistema radicular 9 
2.5.2.2 Tipos de raizes 10 
2.5.2.3 Sistema radicular do girassol 11 
2.5.2.4 Caule 12 
2.5.2.5 Parte aérea do girassol 13 
2.5.2.6 Cotilédones e hipocótilo do girasol 14 
2.5.2.7 Folha 14 
2.5.2.8 Folhas e pecíolos do girassol 15 
2.5.2.9 Flor 17 
2.5.2.10 Inflorescência 18 
2.5.2.11 Fruto e Semente 20 
2.5.2.12 Fruto e semente do girassol 21 
3 MATERIAL E MÉTODOS 24 
3.1 Localização da pesquisa 24 
3.2 Instalação do experimento 24 
3.3 Semeadura e germinação 25 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 31 
5 CONCLUSÃO 32 
REFERÊNCIAS 33 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O girassol (​Helianthus annuus L.​) é descrito por ​Castiglioni et al. (2008) ​como 
uma dicotiledônea anual pertencente à ordem Asterales e a família Asteraceae. Os 
primeiros vestígios históricos da planta foram encontrados na América do Norte, o 
México é considerado o centro de origem e domesticação do girassol (UNGARO et 
al., 2009). O cultivo do girassol está presente em todos os continentes, totalizando 
uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares. No Brasil a cultura está em 
uma contínua expansão e evolução, o que pode ser evidenciado através do aumento 
na área de semeadura, passando de 1.000 para 100.000 hectares e destacando-se 
nas regiões Centro-Oeste, Sul, Sudeste e Nordeste (HOFFMANN-CAMPO et al., 
2003). 
O girassol é a quarta maior fonte de óleo vegetal comestível do mundo 
(UNGARO et al., 2009), sendo de extrema importância agronômica. Para além, o 
seu cultivo também está relacionado com a produção de biocombustíveis, tais 
especificidades da cultura despertam grande interesse mundial, pois além de 
representarem uma alternativa para a produção de matéria-prima em função do 
elevado teor de óleo presente nos aquênios, também possuem uma ampla 
adaptação às diferentes regiões edafoclimáticas, sendo que seu rendimento é pouco 
influenciado pela latitude, pela altitude e pelo fotoperíodo (CASTRO et al., 1997; 
HOFFMANN-CAMPO et al., 2003). 
Segundo ​Castro et al. (1997), o óleo de girassol se destaca entre os demais 
óleos vegetais por suas excelentes particularidades físico-químicas e nutricionais, 
sendo um dos óleos vegetais de melhor qualidade nutricional e organoléptica do 
mundo. Este óleo é essencial ao desempenho das funções fisiológicas do organismo 
humano, devendo ser ingerido através dos alimentos, uma vez que nosso organismo 
não o sintetiza. O óleo ainda auxilia na manutenção e prevenção de diferentes 
doenças cardiovasculares como no controle do nível de colesterol no sangue. 
Além de ser matéria-prima de outros alimentos, medicamentos, cosméticos e 
corantes, o girassol também é fonte protéica para a produção de silagem. No 
cenário nacional, observa-se que o girassol poderá admitir um maior papel quando 
 
4 
 
utilizado na produção de combustível, uma vez que apresenta viabilidade 
técnico-ambiental e há incentivo governamental para que a produção do fruto 
possua essa finalidade (CASTIGLIONI et al., 2008). 
As características da planta podem sofrer modificações dependendo da época 
da semeadura, do genótipo e das condições edafoclimáticas, tanto a estrutura 
quanto o tamanho do capítulo podem sofrer alterações (​CADORIN et al.​, 2012). 
Segundo Castro et al. (1997), o girassol apresenta um sistema radicular do 
tipo pivotante que é altamente eficiente, o que possibilita o cultivo da planta em 
regiões secas, frias e em períodos de calor. O ciclo vegetativo do girassol varia entre 
90 a 130 dias, variando conforme a cultivar, a data de semeadura e as condições 
ambientais características de cada região e ano. O caule da planta é ereto, 
geralmente não ramificado e ao longo do caule distribuem-se folha pecioladas em 
números e formas variáveis. A inflorescência é um capítulo, onde se desenvolvem 
os grãos, denominados aquênios. 
Para além de acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do girassol 
(Helianthus annuus L.), o presente trabalho ainda teve como objetivo contribuir com 
o conhecimento de alguns conceitos abordados e estudados na disciplina de 
Biologia II, orientados pela professora Luciane Belmonte Pereira. Ainda objetivou-se 
acompanhar crescimento e desenvolvimento do girassol (Helianthus annuus L.) 
 
 
5 
 
2 DESENVOLVIMENTO 
2.1 Cultura do girassol no Brasil 
O interesse pela produção e cultivo do girassol no Brasil iniciou-se no ano de 
1924, tendo sido marcado desde a década de 1960 por inúmeros períodos de 
expansão e de retração da área cultivada até o completo estabelecimento da cultura 
a partir da década de 1990, em consequência, principalmente, do resultado e 
conclusões de pesquisas e estudos realizados na década de 90, além das 
tecnologias geradas nesse período (UNGARO et al., 2009). Ainda nesse momento, 
houve uma crescente busca pelo cultivo da planta, uma vez que agricultores 
buscavam novas opções de cultivo e surgiam novas indústrias interessadas no fruto. 
No início da propagação da cultura, diversos estados brasileiros buscaram 
investir no cultivo do girassol havendo algum sucesso no feitio, mas em decorrência 
de fatores tecnológicos e ligados à comercialização, decorreu-se o não 
estabelecimento da cultura (CASTIGLIONI et al., 2008). Para além, segundo Lasca 
(1993) e Dall'Agnol et al. (1994), outras condições que ​influíram tal insucesso foram 
a pouca informação sobre adubação, a época de semeadura, o espaçamento e a 
densidade de plantas e controle de pragas; equipamentos para semeadura e para a 
colheita não adaptados para o girassol; e suscetibilidade a doenças, principalmente 
à ferrugem (Puccinia helianthi Schw.) e podridão-branca (S. sclerotiorum). 
No fim da década de 70 emergiu um grande entusiasmo pelo cultivo do 
girassol no país, tanto que o Governo federal, através do Programa de Mobilização 
Energética, o qual além de estimular o uso de óleos vegetais ao invés de derivados 
do petróleo também expandiu o número de pesquisas sobre oleaginosas, entre elas 
o girassol (CASTIGLIONI et al., 2008). 
A partir da década de 1990 os investimentos em pesquisa sobre a cultura do 
girassol foram ampliados, conforme Castiglioni et al. (2008) aborda: 
 
 
[...] estabeleceu-se um novo ciclo para a cultura do girassol, com 
investimento na pesquisa de forma mais determinada, buscando a geração 
de um pacote tecnológico, sustentado pelos resultados alcançados da 
articulaçãoentre os diferentes atores da cadeia, tais como pesquisa, 
 
https://www.sinonimos.com.br/influiram/
6 
 
cooperativa, assistência técnica, produtores de grãos, produtores de 
sementes e indústria, possibilitando ao girassol alcançar áreas expressivas 
(CASTIGLIONI et al., 2008, v. 1, p. 295). 
 
 
Após o desenvolvimento de tais tecnologias houve o desenvolvimento e a 
adaptação da tecnologia, o qual tencionava minimizar as perdas da colheita, 
aprimorar os conhecimentos sobre a fertilização e a época de semeadura da planta. 
O aperfeiçoamento da cultura alavancou a sua produtividade na região do Cerrado, 
sobretudo, nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul. Seguindo para os dias 
atuais, diversas indústrias processadoras de soja expressam interesse na utilização 
do girassol como óleo comestível e como matéria prima para biocombustíveis 
(CASTIGLIONI et al., 2008)​. 
 
2.2 Exigências climáticas 
O girassol é uma oleaginosa que se adapta bem a diversos ambientes, sendo 
passível de tolerar oscilações de temperatura, baixas temperaturas, secas e 
estresse hídrico (CASTRO et al., 1997; HOFFMANN-CAMPO et al.,2003). 
Segundo Balastreire (1987), “a temperatura do solo tem efeito direto sobre 
outros fatores que afetam a germinação da semente, tais como a permeabilidade 
das paredes celulares e atividade celular”. 
A germinação é satisfatória quando em temperaturas superiores a 10°C, 
sendo mínima quando em solos com temperaturas inferiores a 4°C. De acordo com 
Castro et al. (1997), as baixas temperaturas trazem consequências danosas para a 
planta, principalmente no estágio inicial. Além retardar a emergência, induzir a 
formação de plantas menores (com menor área foliar), atrasar a floração a 
maturação da planta e, consequententemente, diminuir seu potencial produtivo e seu 
rendimento, as baixas temperaturas são suportadas apenas por um curto período de 
tempo. 
A faixa de temperatura entre 8°C a 34°C é tolerada pelo girassol, sendo que o 
desenvolvimento ideal ocorre entre as temperaturas de 20°C a 25°C, com ponto 
ótimo entre 28°C e 29°C. No intervalo de 8°C a 34°C ocorre a adaptação a oscilação 
 
7 
 
de temperaturas, propício para regiões com dias quentes e noites frias, não havendo 
uma perda significativa na produção. Durante a formação de grãos o cultivo em 
temperaturas muito elevadas afetam a razão de respiração nas raízes, prejudicando 
o desenvolvimento fisiológico da plântula, principalmente em condições em que a 
disponibilidade hídrica é baixa. Para além, altas temperaturas resultam em 
alterações negativas significantes na composição de ácidos graxos e no teor de 
ácido linoleico. Temperaturas acima de 35°C reduzem o teor de óleo (​CASTRO et 
al., 1997; GAZZOLA et al., 2011)​. 
O girassol possui uma baixa eficiência hídrica, conforme depreende-se da 
leitura de ​Castro et al. (1997, p.8): 
 
o girassol tem baixa eficiência no uso da água. Cada litro de água 
consumido produz menos de dois gramas de matéria seca. Seu sistema 
radicular profundo e bem desenvolvido lateralmente e sua capacidade de 
manutenção da fotossíntese, mesmo em condições adversas, permitem 
tolerar curtos períodos de seca, assegurando algum rendimento em 
condições onde outras espécies nada produzem. A necessidade de água 
para o girassol vai aumentando com o desenvolvimento da planta. Uma 
adequada disponibilidade de água durante o período da germinação à 
emergência é necessário para a obtenção de uma boa uniformidade na 
população de plantas. As fases de desenvolvimento da planta mais 
sensíveis ao déficit hídrico são: 
a) do início da formação do capítulo ao começo da floração: afeta mais o 
rendimento de grãos; 
b) formação e enchimento de grãos: afeta mais a produção de óleo. É a fase 
de maior consumo de água pelo girassol. 
 
 
2.3 Escolha da área 
A planta é muito adaptável a variados tipos de solo, contudo, recomenda-se 
que ​o mesmo não apresente restrições ao desenvolvimento radicular, sejam elas 
físicas, químicas ou biológicas. Tais necessidades garantem um melhor 
desenvolvimento do sistema radicular, o que confere maior resistência à seca e ao 
tombamento, proporcionando maior absorção de água e nutrientes e, 
conseqüentemente, maior rendimento (​CASTRO et al., 1997)​. 
 
 
8 
 
2.4 Classificação botânica 
O girassol (Helianthus annuus L.) é uma dicotiledônea anual, pertencente à 
ordem Asterales e família Asteraceae (figura 1). O gênero deriva do grego helios, 
que significa sol, e de anthus, que significa flor, ou "flor do sol", que gira seguindo o 
movimento do sol. É um gênero complexo, compreendendo 49 espécies e 19 
subespécies, sendo 12 espécies anuais e 37 perenes (CAVASIN JUNIOR, 2001). 
 
Figura 1 - Grãos de girassol 
 
 
Fonte: ​Compilação do autor 
 
Segundo Leite et al. (2005), o girassol possui a seguinte classificação 
botânica: 
Reino: Plantae 
Divisão: Magnoliophyta 
Classe: Magnoliopsida 
 
9 
 
Ordem: Asterales 
Família: Asteraceae 
Gênero: Helianthus L. 
Espécie: Helianthus annuus. 
 
2.5 Descrição botânica 
2.5.1 Germinação 
O processo de germinação é decorrente de uma série de eventos que 
caracterizam a primeira fase do desenvolvimento de um novo indivíduo a partir do 
crescimento do embrião, alojado nas sementes maduras das Espermatófitas. O 
processo é iniciado após a hidratação da semente, ativando as vias metabólicas, 
iniciando o crescimento do eixo embrionário, o qual será nutrido pelo endosperma 
que disponibiliza a reserva da semente para o embrião pelos cotilédones. Após o 
intumescimento da semente, a germinação passa a ser visível a partir do momento 
que a radícula emerge e se desenvolve em raiz primária fixando a planta ao 
substrato. O desenvolvimento da radícula formará o sistema radicular axial ou 
pivotante típico das Eudicotiledôneas (ALMEIDA C.; ALMEIDA M., 2014). 
 
2.5.2 Sistema radicular 
2.5.2.1 Formação do sistema radicular 
A raiz é o órgão que fixa a planta ao solo ou a outro substrato (base), também 
sendo responsável por absorver e armazenar água, sais minerais e oxigênio, os 
quais serão conduzidos através de vasos condutores para os demais órgãos da 
planta (ALMEIDA M.; ALMEIDA C., 2014). 
Uma raiz é basicamente constituída por: coifa, região de crescimento ou zona 
lisa, região de absorção ou zona pilífera, região de ramificação ou zona suberosa e 
colo ou nó vital. A coifa é a responsável por proteger o cone vegetativo da raiz; a 
região de crescimento é responsável pelo alongamento da raiz em função de seu 
desenvolvimento celular; a região de absorção possui pelos que absorvem a seiva 
 
10 
 
bruta; a região de ramificação é o local de onde partem as raízes secundárias e o 
colo é a região de transição entre o caule e a raiz (figura 2) (​GAZZOLA et al., 2011; 
MARTINS-DA-SILVA et al., 2014​)​. 
 
Figura 2 - Estrutura radicular 
Fonte: REECE, J. B. et al., 2014. 
 
2.5.2.2 Tipos de raizes 
Conforme ​Martins-da-Silva et al. (2014) e Viana (​1997​)​.​, ​as raízes também 
podem receber classificações de acordo com o ambiente em que se encontram, 
sendo elas: subterrâneas, aquáticas e aéreas. 
As raízes subterrâneas(terrestres) são as que crescem em solos firmes, 
sendo classificadas em: axiais ou pivotantes, fasciculada ou cabeleira e tuberosa. O 
sistema axial apresenta uma raiz principal bem desenvolvida em relação às 
secundárias; o sistema radicular fasciculado possui todas as raízes com o mesmo 
tamanho, formando um feixe de raízes onde não é possível distinguir a raiz principal 
e as raízes tuberosas apresentam a função de reserva nutritiva, sendo que as raízes 
tuberosas axiais são dilatadas devido a esse acúmulo ​(MARTINS-DA-SILVA et al., 
2014; ​VIANA, 1997​)​. 
 
11 
 
As raízes aéreas desenvolvem-se ao ar livre, sendo divididas, principalmente, 
em: escoras ou suporte, tabulares, sugadoras ou haustórios, respiratórias ou 
pneumatóforas e grampiformes. As raízes de suporte são aquelas que partem do 
caule e em seguida mergulham em terrenos alagados; as tabulares formam 
estruturas semelhantes a tábuas e suas raízes secundárias são muito resistentes, 
podendo quebrar calçadas e muros; as sugadoras são as que fazem parte de 
plantas parasitas e possuem órgãos que absorvem a seiva da planta hospedeira; as 
raízes pneumatóforas estão presentes em plantas que fazem parte dos manguezais, 
possuindo uma raiz principal que se divide sucessivamente em raízes secundárias e 
as raízes grampiformes possuem raízes rastejantes que ao encontrarem uma um 
suporte podem escalá-lo ​(MARTINS-DA-SILVA et al., 2014; ​VIANA, 1997​)​. 
As raízes aquáticas ocorrem em plantas que se desenvolvem dentro da água 
(MARTINS-DA-SILVA et al., 2014; ​VIANA, 1997​)​. 
 
2.5.2.3​ Sistema radicular do girassol 
O girassol possui um sistema radicular do tipo pivotante, possuindo um 
crescimento mais acelerado do que a parte aérea da planta e que, quando em 
condições adequadas e associado a um grande número de raízes secundárias, pode 
atingir cerca de dois metros de profundidade. A formação da raiz é composta por um 
eixo principal e raízes secundárias abundantes que podem ser observadas nas 
figuras 3 e 4, as quais atingem de 4 a 8 centímetros de comprimento no estágio 
cotiledonar, com 6 a 10 raízes secundárias. Ao atingir a quantidade de 4 a 5 pares 
de folhas suas raízes podem alcançar uma profundidade de 50 a 70 centímetros, 
completando o crescimento máximo na floração, onde pode atingir até 4 metros de 
profundidade em solos arenosos (GAZZOLA et al., 2011). 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
Figura 3 - Formação da raiz do girassol 
 
Fonte: Rufous, 2019 
 
Figura 4 - Formação avançada da raiz do girassol 
 
Fonte: Rufous, 2019 
 
A raiz possui em sua parte superior um grande número de raízes laterais, 
parte dessas têm seu crescimento no começo paralelamente à superfície do solo até 
uma distância de 10 a 20 centímetros da raiz principal. As raízes em questão 
retornam ao solo e outra parte cresce exclusivamente no sentido horizontal, 
resultando uma espessa rede de radicelas, com uma profundidade de 10 a 30 
centímetros (GAZZOLA et al., 2011). 
 
2.5.2.4 Caule 
O caule faz parte dos órgãos vegetativos das plantas, os quais estão 
relacionados a manutenção da sobrevivência da planta e a captação de nutrientes. 
O caule geralmente é um órgão aéreo, sendo o responsável por auxiliar na 
 
13 
 
sustentação da planta, transportar os nutrientes necessários para suas estruturas e 
realizar a comunicação entre a raz e a copa (BOARO et al., 2016). 
O desenvolvimento do caule ocorre a partir do epicótilo (região acima dos 
cotilédones), entretanto a região superior do eixo hipocótilo-radicular (abaixo dos 
cotilédones) também constituí-lo. As regiões que formam o caule são: broto terminal 
ou gema terminal, brotos laterais ou axilares, nó e entrenó ou gomo, todos visíveis 
na figura 5. O broto terminal é encontrado na ponta do caule, sendo onde ocorre seu 
crescimento, os brotos laterais são onde os ramos são originados, o nó é de onde 
partem as folhas e os brotos laterais e o entrenó fica entre os nós (SOUZA; 
BARROS, 2011). 
 
Figura 5 - Partes do caule 
 
Fonte: Escola Educação, 2020 
 
Assim como as raízes os caules possuem uma classificação de acordo com 
seu habitat, sendo ela: aéreos, subterrâneos e aquáticos. os caules subterrâneos 
são divididos em: rizoma, tubérculos e bulbos (VIANA, 1997). 
 
2.5.2.5 Parte aérea do girassol 
De acordo com Gazzola et al. (2011), o girassol quando cultivado 
desenvolve-se a partir de uma haste vertical (única), sem ramificações, possuindo 
 
14 
 
pubescência protetora e rugosa, em forma cilíndrica. Algo indesejado é o 
alongamento de ramificações laterais que, ao fim, desenvolvem área de 
inflorescência que desenvolvem as brácteas ao longo do caule do girassol, 
geralmente acontecendo em períodos frios e não gerando aproveitamento para 
gerar sementes ou óleo. O ciclo do girassol possui característica fenotípica de cor 
verde até ao fim da floração, após, passando para cor amarelada e, ao fim, na 
colheita, com cor marrom clara acinzentada. O caule do girassol é ereto, geralmente 
não ramificado, com altura variando entre 1,0 a 2,5 m e com cerca de 20 a 40 folhas 
por planta. O diâmetro e a altura da planta podem variar de 1,8 a 5 centímetros e 60 
a 220 centímetros, possuindo uma base espessa para a sustentação da mesma, 
com pouco ou nada de pilosidades presentes. 
 
2.5.2.6 Cotilédones e hipocótilo do girasol 
Tanto os cotilédones quanto hipocótilo ​possuem tamanha importância na fase 
vegetativa da planta ​— momento em que ocorre a retirada de nutrientes do solo e 
transferência à planta ​—, pois são os responsáveis por fornecer nutrientes nos 
estágios iniciais do cultivo. Eles possuem pecíolos curtos, são carnosos, ovalados e 
grandes, medindo cerca de 3 centímetros de comprimento e 2 centímetros de 
largura. Ao longo do dia encontram-se posicionados horizontalmente e ao longo da 
noite apresentam uma posição levemente oblíqua (GAZZOLA et al., 2011). 
Ainda de acordo com Gazzola et al. (2011), o hipocótilo pode manifestar-se 
nas cores verde-esbranquiçado, verde-avermelhado ou vermelho-antociânico. 
 
 2.5.2.7 Folha 
A folha é um apêndice lateral presente no caule, situada na região que 
corresponde ao nó, sendo distribuída em intervalos regulares nos entrenós. Elas 
possuem aspecto de lâmina (plana e achatada) e suas principais funções principais 
são as funções fisiológicas, entre elas a fotossíntese, as trocas gasosas e a 
transpiração, e a preservação da espécie, a qual resume-se em reprodução, 
acúmulo e absorção e proteção ​(SOUZA; BARROS, 2011)​. 
 
15 
 
As folhas são constituídas pelo limbo e pelo pecíolo (eudicotiledôneas) e 
limbo e bainha (monocotiledôneas). No entanto, define-se que uma folha padrão é 
constituída pelo limbo, pecíolo e bainha (figura 6) ​(SOUZA; BARROS, 2011)​. 
 
Figura 6 - Folha completa constituída por bainha, pecíolo e limbo 
 
Fonte: ALENCAR, 2019 
 
2.5.2.8 Folhas e pecíolos do girassol 
Aleatoriamente, ao longo do caule, dispersam-se as folhas, as quais podem 
ser longopecioladas, alternadas, acuminadas, rombóides, dentadas, lanceoladas, e 
com pilosidade áspera em ambas as faces (GAZZOLA et al., 2011). 
Deacordo com Gazzola et al. (2011), após o hipocótilo emergir os cotilédones 
(opostamente posicionados), surgem as primeiras duas folhas, com maior 
desenvolvimento da lâmina foliar, de maior amplitude em comparação aos 
cotilédones. Geralmente são rombóides, mas algumas vezes lanceolado, os bordos 
são lisos, raramente com leve serreado. O segundo par de folhas é lanceolado, 
possuindo pecíolo com maior desenvolvimento e bordos serreados. As folhas do 
terceiro par são, geralmente, triangulares e raramente apresentam uma estrutura 
cordiforme com bordos dentados. 
Os três primeiros pares de folhas são opostos e, a partir daí, as folhas 
 
16 
 
crescem alternadamente, onde a distância entre o primeiro e o segundo nó de folhas 
alternadas é mais curto, entre o segundo e o terceiro nó alternado é maior e diminui 
novamente, entre o terceiro e quarto nós, e assim continuamente. Essas folhas são 
cordiformes, longopecioladas e com limbo foliar altamente desenvolvido (GAZZOLA 
et al., 2011). 
As folhas terminais apresentam uma diferenciação dentre as anteriores. 
Deliberando pecíolos menores e folhas mais triangulares de menor tamanho. As 
últimas folhas são transformadas brácteas do invólucro. As folhas são trinervadas, 
cordiformes com pecíolo longo e rugosas ao tato em ambas as faces. A quantidade 
de folhas varia de 12 a 40, dependendo da composição de cada híbrido (GAZZOLA 
et al., 2011). 
Em relação aos pecíolos, Gazzola et al. (2011) disserta que ‘’são compridos e 
elásticos, permitindo o movimento das folhas com o vento. Possuem um canal que 
facilita o transporte de água da chuva que cai sobre parte das folhas, sendo dirigida 
ao colmo e deste à raiz’’. Na figura 7 podemos observar a folha e o pecíolo de um 
girassol. 
 
Figura 7 - Folha e pecíolo do girassol 
 
Fonte: Rosenberg, 2018 
 
2.5.2.9 Flor 
Segundo Viana ​(1997), ​as flores são o órgão de reprodução sexuada das   
Angiospermas e Gimnospermas. É uma estrutura com ramo de crescimento 
 
17 
 
localizado na porção terminal do caule, de um ramo axilar ou caulinar. 
Uma flor completa de Angiosperma é composta por pedicelo, receptáculo, 
verticilos produtores e reprodutores. O pedicelo é o eixo de sustentação da flor, o 
receptáculo é uma dilatação do pedicelo onde se inserem os verticilos produtores 
(cálice e corola) e reprodutores (androceu e gineceu). O cálice é é formado por um 
conjunto de folhas modificadas (sépalas), geralmente verde, sendo que quando 
unidas podem formar os cravos e quando separadas formam as rosas. O corola é 
formado por pétalas que também podem estar unidas ou separadas. O androceu é o 
órgão masculino da flor que é composto por estames. O gineceu é o órgão 
reprodutor feminino, sendo formado por um ou mais carpelos que se dividem em 
estigma, estilete e ovário ​(VIANA, 1997)​. As estruturas mencionadas estão visíveis   
na figura 8. 
 
Figura 8 - Estrutura de uma flor hermafrodita 
 
Fonte: Cola da Web, 2020 
 
2.5.2.10 Inflorescência 
O crescimento vertical da planta ocorre devido a atividade da gema apical 
vegetativa, localizada, sempre, na extremidade apical do caule. Após o período de 
crescimento, acontece uma diferenciação na gema apical, a qual se torna 
reprodutiva, originando ramificações florais, que, originam a inflorescência do 
girassol (GAZZOLA et al., 2011). 
A inflorescência é do tipo capítulo, sendo composto por um pêndulo floral, 
 
18 
 
receptáculo flores e invólucro, podendo ser plano, côncavo ou convexo, e as flores 
originam-se a partir do receptáculo floral, apresentando brácteas imbricadas, 
ovalmente compridas, rugosas e pilosas. O diâmetro médio do capítulo pode variar 
de 17 a 22 centímetros, variando dependendo de cada híbrido e suas condições 
ambientais momentâneas (GAZZOLA et al., 2011). 
O ideal é que o receptáculo floral seja plano, cheio de flores e com diâmetro 
de 20 a 25 centímetros, favorecendo sua secagem. O diâmetro do capítulo pode 
variar de 6 a 40 centímetros, variando de 100 a 8000 flores bissexuadas. 
O girassol possui movimento heliotrópico, ou seja, a capacidade de girar ao 
sentido do movimento aparente do sol, o que delimitou o nome botânico em comum 
do mesmo. Esse movimento acontece durante todo o tempo da floração plena, 
derivados de movimentos complementares, sendo, rotação espiralada de caule e de 
ereção das folhas do capítulo. Ao amanhecer do dia, o caule se encontra em 
posição normal em leste e, ao aparecer do sol, começa a girar e faz uma volta 
superior a noventa graus, chegando, ao entardecer, de frente a oeste. Também, o 
movimento que o capítulo e as folhas empezam são de: caídas ao início do dia, 
eretas durante o dia e flácidas novamente ao fim do dia. Durante a noite ocorre o 
movimento contrário, da mesma forma, e, a meia noite, os capítulos encontram-se 
de forma ereta. Assim, encerrando o florescimento, e com capítulos virados para 
leste (GAZZOLA et al., 2011). 
Flores inscritas no receptáculo são de duas variáveis: tubulosas (flores férteis) 
e liguladas (flores inférteis). Enquanto as tubulosas são flores hermafroditas 
propriamente ditas, aquelas que quando fecundadas originam sementes e frutos e 
podem variar entre 1000 e 1800 flores férteis em receptáculos alternados, as flores 
liguladas são de um cunho de apenas um ovário, cálice rudimentar, e uma corola 
semelhante a uma pétala e, possuindo de 30 a 70 flores liguladas por capítulo 
(GAZZOLA et al., 2011). Podemos observar as flores liguladas e as tubulosas na 
figura 9. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
Figura 9 - Inflorescência do girassol 
 
Fonte: Plantas e Flores do Areal, 2011 
 
Flores tubulares florescem da periferia para o centro do capítulo, de forma 
circular concêntrica e de forma sucessiva. Levando, normalmente, 2 dias para seu 
desenvolvimento, florescendo de 3 a 4 círculos concêntricos por dia e, o 
florescimento totalitário do capítulo leva de 5 a 15 dias. O ciclo vital de uma flor é de 
cerca de um dia a um dia e meio (GAZZOLA et al., 2011). 
Conforme Gazzola et al. (2011), as anteras do girassol amadurecem antes do 
estigma, denominado fenômeno da protandria. Fala-se de de uma planta de 
polinização cruzada, na qual a autofecundação é quase inexistente, trata-se de uma 
planta alógama. Pelo fato do pólen ser pesado, não consegue se dispersar de forma 
efetiva pelo vento, sendo assim, a entomofilia entra em ação e sendo o constituinte 
primordial de polinização do girassol, entre ação de abelhas e outros. 
Envolta ao capítulo, encontram-se diversas folhas transformadas (invólucro), 
as brácteas (impedem a queda natural dos frutos). Partidárias do receptáculo frontal 
e, antes da floração as mesmas se separam, assim, aparecendo primeiramente 
flores liguladas e em seguidas as tubulosas (GAZZOLA et al., 2011). 
 
2.5.2.11 Fruto e Semente 
O fruto é o ovário da flor, desenvolvido após a fecundação e persistente após 
a antese e a polinização, é exclusivo das Angiospermas Funcionando como um 
 
20 
 
envoltório da semente, ele assegura a propagação e perpetuação das espécies. 
Dependendode sua origem, os frutos podem ser classificados em simples, múltiplo 
e agregado (SOUZA; BARROS, 2011). 
Geralmente o fruto é composto por duas partes, sendo: o pericarpo (parte 
externa) e semente (parte interna) (figura 10). O pericarpo é formado pelo epicarpo, 
que é a camada mais externa conhecida por casca do fruto, o mesocarpo, que é a 
parte carnosa e geralmente comestível e o endocarpo, que é a camada que envolve 
a semente, muitas vezes chamada de caroço (SOUZA; BARROS, 2011). 
 
Figura 10 - Constituintes do fruto 
 
Fonte: Toda Matéria, 2017 
 
Já a semente é definida como um óvulo maduro e fecundado, contendo em 
seu interior uma planta embrionária, substâncias de reserva (às vezes ausentes), 
ambas protegidas por um ou dois envoltórios (casca). A semente protege o embrião 
contra o ataque de microorganismos, insetos, danos mecânicos e dessecação, 
tendo sido uma estrutura crucial na evolução das plantas terrestres (SOUZA; 
BARROS, 2011). 
Tanto a forma da semente, a coloração e a estrutura das sementes são 
diversificadas. Entretanto, as sementes são classificadas em 3 partes: embrião, 
endosperma, que às vezes é ausente, e tegumento seminal, sendo a casca. 
Embrião e endosperma são produtos da fecundação, enquanto o tegumento da 
semente se desenvolve a partir do tegumento do óvulo (SOUZA; BARROS, 2011). 
 
 
21 
 
2.5.2.12 Fruto e semente do girassol 
De acordo com Viana (2016), “o fruto do girassol é um fruto seco, do tipo 
aquênio, oblongo, geralmente achatado, composto pelo pericarpo (casca) e pela 
semente propriamente dita (polpa ou amêndoa)” (figura 11). O tamanho, a cor e o 
teor de óleo variam conforme o cultivar. O pericarpo é fibroso, tendo a possibilidade 
de apresentar a cor branco estriada, parda, negra, ou negro-estriada. A espessura 
do aquênio varia de acordo com o cultivar ou híbrido mas geralmente os frutos 
pretos ou pretos-estriados possuem pericarpos mais finos que o restante. A medida 
que avança da periferia para o capítulo o tamanho do aquênio diminui. 
 
Figura 1 - Constituintes do grão de girassol 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
Há dois tipos de “sementes” de girassol, as quais são classificadas em 
oleosas e não oleosas. As “sementes” não oleosas são maiores e possuem casca 
mais fibrosa facilmente removível, comumente usadas na alimentação humana ou 
de pássaros, enquanto que as “sementes” oleosas apresentam uma casca bem 
aderida, sendo usadas para produção de farelo e para extração de óleo. Os 
 
22 
 
aquênios que apresentam casca grossa e desgrudada da semente produzem menor 
teor de óleo que aqueles com casca fina e aderida à amêndoa (VIANA, 2016). 
A semente (amêndoa) é constituída por dois cotilédones carnosos. O teor de 
óleo na semente de girassol varia de 26 a 72%. A constituição da amêndoa é 
baseada em endosperma, o qual possui tecido de reserva classificado como 
oleaginoso, e embrião, o qual é formado por um eixo embrionário dividido em duas 
partes: radícula e caulículo (VIANA, 2016). 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
3 MATERIAL E MÉTODOS 
 
3.1 Localização da pesquisa 
A pesquisa foi conduzida no município de Xanxerê, região oeste de Santa 
Catarina (figura 12). De acordo com a classificação de Köppen, Santa Catarina 
possui o clima mesotérmico úmido (sem estação seca), o qual se subdivide em clima 
subtropical (Cfa) e clima temperado propriamente dito (Cfb) (PANDOLFO et al., 
2002). 
 
Figura 12 - Localização geográfica de Xanxerê - SC 
 
fonte: Wikipedia, 2006 
 
O experimento foi ministrado em ambiente interno, na residência da 
autora, entre os meses de junho e julho. 
 
3.2 Instalação do experimento 
Em um primeiro momento, no dia 12/06/2020, os grãos de girassol foram 
cultivados em um recipiente plástico (pote) com capacidade volumétrica de 390 mL 
preenchidos parcialmente com 2 gramas de algodão (figura 13). 
 
 
 
 
24 
 
Figura 13 - recipiente utilizado no experimento 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
3.3 Semeadura e germinação 
Na semeadura foram introduzidas 11 sementes no recipiente com algodão. 
Tanto o algodão quanto os grãos eram umedecidos frequentemente com o intuito de 
criar um ambiente ótimo para o desenvolvimento germinativo (figura 14). 
 
Figura 14 - Grãos e algodão umedecidos 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
25 
 
A germinação de alguns dos grãos de girassol sucedeu-se em 23/06/2020, ou 
seja, exatos 11 dias após a semeadura dos mesmos. Neste momento pode ser 
observada a radícula (figura 15) 
 
Figura 15 - Radícula 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
Em 25/06/2020 decorreu-se o surgimento da radícula dos grãos restantes, 
sendo que os frutos que já haviam germinado passam a apresentar o hipocótilo 
(figura 16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Figura 16 - Radícula e hipocótilo 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
Ao longo da emergência da planta há o contínuo desenvolvimento do 
hipocótilo e dos pelos radiculares, onde pode-se observar que o mesmo inicia a 
formação da raiz principal (figuras 17 e 18). 
 
Figura 17 - Radícula, hipocótilo e pelos radiculares sendo formados 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
27 
 
 
Figura 18 - Radícula, hipocótilo e pelos radiculares sendo formados 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
Após a formação da raiz principal os grãos foram passados para um 
recipiente de isopor preenchidos parcialmente por terra, onde a umidificação da terra 
e das plantas continuou constante (figuras 19 e 20). 
 
Figura 19 - Raiz principal formada 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
28 
 
Figura 20 - Raiz principal 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
Após 16 dias que o fruto estava no recipiente com terra decorreu-se a sua 
passagem para o solo terrestre (figura 21), onde as folhas cotiledonares 
desenvolveram-se, desprendendo a casca do grão (figura 22). Entretanto a planta 
não se adaptou bem a mudança de ambientes e acabou morrendo. 
 
Figura 21 - Fruto introduzido na terra 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
29 
 
Figura 22 - Fruto introduzido na terra sem a casca 
 
 
Fonte: Compilação do autor 
 
30 
 
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
 
O decorrer do crescimento das sementes de girassol foi bastante conturbado, 
alguns equívocos foram cometidos durante o processo o que acabou afetando seu 
desenvolvimento completo. No início do experimento, a germinação demorou alguns 
dias para tornar-se visível, foi possível observar que essa demora aconteceu devido 
a pouca quantidade de água oferecida às sementes, pois assim que a quantidade 
aumentou a semente germinou. 
Na passagem das sementes do algodão para a terra, outro equívoco 
aconteceu, alguns dias após as sementes serem plantadas notou-se a raiz 
nascendo na parte aérea e não no interior da terra, como se esperava. Por fim, as 
sementes foram replantadas da maneira correta e começaram a se desenvolver até 
as folhas cotilédones aparecerem, porém não se adaptou ao solo e acabou 
morrendo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
 
5 CONCLUSÃO 
 
Os conhecimentos obtidos na disciplina de Biologia II auxiliaram no manejo e 
cultivo do girassol, possibilitando mais uma aprendizagem sobre botânica. Os 
objetivos e resultados almejadosnão foram alcançados por completo, uma vez que 
a planta não sobreviveu a mudança de ambientes. 
A experiência de cuidar e observar o crescimento de uma planta de perto 
possibilitou a autora a aquisição de novos conhecimentos sobre a biologia em si e a 
cultivar do girassol. 
 
 
 
 
 
32 
 
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