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[1] APOSTILA OFFLINE 3º ANO

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Prévia do material em texto

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE 
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO 
ESCOLA DE ENSINO MÉDIO PROF. JOSÉ RODRIGUES LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
3º ANO 
ATIVIDADES DE 
QUARENTENA 
 
APOSTILA VOLTADA PARA ALUNOS QUE NÃO 
POSSUEM ACESSO À INTERNET 
 
 
 
 
PERÍODO: 17 a 30 de Junho 
 
 
 
 
 
 
 
 
RIO BRANCO, ACRE. JUNHO DE 2020. 
Orientações: 
1) O aluno deverá responder as questões em folha separada. Pode ser utilizado folha do próprio 
caderno. 
2) As atividades serão repassadas aos professores, portanto, no início de cada folha é NECESSÁRIO 
que o aluno coloque a disciplina da(s) atividade(s) e o nome do professor regente, bem como o nome, 
número e turma, como no exemplo: 
 
DISCIPLINA: Geografia PROFESSOR: Fábio 
ALUNO: Leandro Marcelo de Jesus Nº: 25 TURMA: 208 
 
ATIVIDADE 01 
(responder a atividade aqui) 
 
 
 
 
ATIVIDADE 02 
(responder a atividade aqui) 
 
 
(Fazer assim para quantas atividades tiverem sido pedidas pelos professores) 
3) Como cada disciplina tem um professor diferente, o aluno deverá fazer as atividades de professores 
diferentes separadamente, para que cada atividade possa chegar até seu professor. 
4) Entregar as atividades em data marcada pela escola. Caso não seja possível entregar pessoalmente 
na data prevista, guardar as atividades para entrega-las assim que for possível. 
 
 
 
 
 
 
BONS ESTUDOS! 
 
ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS. 
3º ANO 
 
DISCIPLINA: HISTÓRIA SÉRIE: 3ª ANO 
ATIVIDADE 01 – Leitura 
1ª Guerra Mundial 
Antecedentes A situação conflituosa do início do século: No início do século XX, as relações 
entre diversos povos e governos da Europa estavam afetadas por conflitos ligados a rivalidades nacionais, 
disputas econômicas e ressentimentos políticos. Essas condições contribuíram para gerar, na Europa, um 
clima de tensão prolongada que culminou em um confronto belicoso sem precedentes. Como era a primeira 
vez que uma guerra envolvendo as principais potências mundiais de sua época alcançava tal proporção, 
os historiadores passaram a chamar esse confronto, que ocorreu entre 1914 e 1918, de Primeira Guerra 
Mundial (ou Primeira Grande Guerra). 
Imperialismo e nacionalismo De acordo com historiadores e estudiosos do tema, os conflitos que 
favoreceram o clima belicoso entre as nações europeias podem ser enquadrados, de modo geral, como 
imperialistas e nacionalistas. 
Disputas imperialistas: Rivalidades e disputas marcavam as relações entre os governos das 
grandes potências europeias, principalmente entre Alemanha, Inglaterra e França, no começo do século 
XX. Essa tensão resultava de disputas por territórios e mercados, tanto na Europa como fora dela, para 
manter ou ampliar os domínios desses países. Desde 1850, aproximadamente, com a expansão do 
capitalismo financeiro e monopolista, os empresários buscavam novos mercados para seus produtos. Isso 
levou os governos dos países industrializados europeus a disputar colônias na África e na Ásia. Ao mesmo 
tempo, o governo de cada país industrializado procurava dificultar a expansão econômica dos concorrentes, 
fechando seus mercados à importação de produtos similares aos nacionais e tentando impedir a expansão 
do império colonial dos rivais. No início do século XX, essa disputa econômica envolvia principalmente 
interesses ingleses e alemães. 
Movimentos nacionalistas: Ao lado das disputas econômicas e por colônias, havia na Europa 
movimentos que catalisaram antigas rivalidades e ressentimentos, carregados de fervor patriótico. Esses 
movimentos pretendiam agrupar, sob um mesmo Estado, povos de matrizes étnico-culturais semelhantes, 
o que implicava um desejo de expansão territorial. Era o caso, por exemplo, de movimentos como os 
seguintes: 
• pan-eslavismo – que buscava a união de todos os povos eslavos da Europa Oriental e era liderado, 
principalmente, pelo governo russo; 
• pangermanismo – que lutava, por exemplo, pela anexação à Alemanha (Império Alemão) dos 
territórios da Europa Central onde viviam germânicos; 
• revanchismo francês – que defendia a recuperação dos territórios da Alsácia-Lorena, região rica em 
minério de ferro e carvão que os franceses haviam sido obrigados a entregar aos alemães depois da derrota 
na Guerra Franco-Prussiana, em 1870, durante o processo de unificação da Alemanha. 
Momentos críticos: As tensões no início do século XX aumentaram gradativamente, chegando a tal 
ponto que qualquer incidente poderia dar início à guerra. Nesse contexto desenvolveram-se duas grandes 
crises que contribuíram para o acirramento das tensões internacionais. Entre 1905 e 1911, os governos da 
França e da Alemanha quase entraram em guerra devido à disputa pelo território do Marrocos, no norte da 
África. Em 1906, foi convocada uma conferência internacional, na cidade espanhola de Algeciras, para 
resolver a questão. Essa conferência deliberou que os franceses teriam supremacia sobre o Marrocos e 
que aos alemães caberia uma pequena faixa de terras no sudoeste africano. O governo da Alemanha não 
concordou com essa decisão desfavorável, e, em 1911, surgiram novos conflitos com a França pela disputa 
de territórios da África. Para evitar a guerra, o governo francês acabou concedendo parte do Congo à 
Alemanha. Além disso, um dos principais focos de atrito entre as potências europeias encontrava-se na 
península Balcânica (sudeste da Europa), onde se chocavam o nacionalismo da Sérvia (pan-eslavismo), 
apoiada pela Rússia, e o expansionismo da Áustria-Hungria, aliada da Alemanha. Em 1908, o governo da 
Áustria-Hungria anexou a Bósnia-Herzegovina a seus territórios. Isso contrariava os interesses da Sérvia, 
que pretendia incorporar aquela região, habitada por eslavos, e criar a Grande Sérvia, com saída para o 
mar Adriático. Em consequência, os movimentos nacionalistas sérvios passaram a agir violentamente, 
manifestando toda a sua contrariedade. Esse foi o cenário do início da Primeira Grande Guerra. 
Corrida armamentista e política de alianças: Esse clima de disputas e rivalidades deu origem à 
chamada paz armada. O que significava esse termo? Diante do risco de guerra, as principais potências da 
Europa iniciaram uma corrida armamentista para fortalecer seus exércitos e, ao mesmo tempo, evitar que 
uma debilidade militar precipitasse um ataque inimigo. Os governos daquelas potências também firmaram 
tratados de aliança entre si, com o objetivo de somar forças para enfrentar os rivais. Depois de negociações 
e tratados, a Europa, em 1907, ficou dividida em dois grandes blocos: 
• Tríplice Aliança – formada inicialmente por Alemanha, Áustria-Hungria (ou Império Austro-Húngaro) 
e Itália; 
 • Tríplice Entente – formada inicialmente por Inglaterra, França e Rússia. Posteriormente, ao longo da 
Primeira Guerra Mundial, essas alianças sofreram alterações. Conforme seus interesses, algumas forças 
acabaram mudando de lado. Foi o caso do governo da Itália, que em 1915 passou para o lado da Entente 
por ter recebido a promessa de compensações territoriais. 
Entente: do francês entente, “entendimento, acordo”. 
A conjuntura do conflito bélico mundial: A conjuntura do conflito bélico mundial 
O estopim da Primeira Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do 
trono austro-húngaro, e de sua esposa na cidade de Sarajevo, na Bósnia, em 28 de junho de 1914. O autor 
do crime foi o estudante Gavrilo Princip, que pertencia à organização secreta nacionalista Unidade ou Morte, 
também conhecida como Mão Negra, que tinha o apoio do governo sérvio. O assassinato de Francisco 
Ferdinando provocou a reação militar da Áustria-Hungria contra a Sérvia. Em razão da política de alianças, 
isso causou a entrada de outras nações no conflito. 
Observe, a seguir, a sucessão de acontecimentos no ano de 1914: 
• 28 de julho – a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia (com o respaldo da Alemanha,a potência 
que liderava a Tríplice Aliança); 
• 29 de julho – a Áustria-Hungria invadiu a Sérvia. Em apoio à Sérvia, a Rússia mobilizou suas tropas; 
• 1o de agosto – a Alemanha declarou guerra à Rússia e, posteriormente, à França; 
• 4 de agosto – para atingir a França, o exército alemão invadiu a Bélgica (país, até então, neutro no 
conflito); 
 • 5 de agosto – a Inglaterra declarou guerra à Alemanha. 
A notícia de declaração de guerra foi celebrada por multidões reunidas em praças públicas. Lealdade 
à pátria e dever nacionalista eram expressões repetidas com entusiasmo. Grande parte das populações 
foram arrastadas pelo clima da guerra sem demonstrar angústias ou hesitações. O historiador italiano Mario 
Isnenghi descreve o fascínio que a guerra, em um primeiro momento, exerceu sobre grande parcela da 
população: 
Os testemunhos da época [...] designaram esses dias de agosto de 1914 como um momento único 
e inesquecível [...]. Romances, poesias, fotografias, filmes, canções, testemunhos epistolares e memórias 
descrevem de maneira semelhante esse clima de expectativa e embriaguez, de excitação e de entusiasmo 
coletivo; multidões agitando bandeiras nas praças, com música e paradas militares; a partida dos trens 
abarrotados de soldados, com civis aplaudindo nas estações e nas estradas de ferro [...]. 
ISNENGHI, Mario. História da Primeira Guerra Mundial. São Paulo: Ática, 1995. p. 27. 
Em muitos lugares, as pessoas que se declaravam contrárias à guerra eram apontadas como 
traidoras da pátria. Poucos pareciam ter consciência do poder de destruição dos novos armamentos da 
época, como metralhadoras, tanques (veículos blindados e armados), projéteis explosivos e aviões 
militares. 
Blocos de países: Ao longo dos quatro anos de duração da Primeira Guerra Mundial, dois blocos 
rivais de países se enfrentaram, com base nas alianças firmadas. De um lado, estavam Alemanha, Império 
Austro-Húngaro, Turquia e Bulgária (as duas últimas em 1914), além da Itália, que, como vimos, passou 
em 1915 para o lado da Entente. De outro, França, Inglaterra, Rússia, Bélgica (inicialmente neutra), Sérvia, 
Itália (a partir de 1915), Grécia, Japão e Estados Unidos (1917), entre outros. Era a primeira vez que ocorria 
uma guerra generalizada, envolvendo as principais potências de diversas regiões do planeta, embora as 
batalhas tenham acontecido principalmente no continente europeu. O governo do Brasil foi o único da 
América do Sul a entrar efetivamente nesse conflito, declarando guerra à Alemanha. Cooperando com os 
ingleses, patrulhou o Atlântico Sul e enviou médicos e aviadores à Europa. 
Principais fases: Para organizar as interpretações a respeito da Primeira Guerra Mundial, 
estudiosos costumam dividir os conflitos em três fases. 
• Primeira fase (1914-1915) – marcada pela intensa movimentação das forças beligerantes. Depois de 
uma rápida ofensiva das tropas alemãs em território francês, em setembro de 1914, os exércitos da França 
organizaram uma contraofensiva, detendo o avanço germânico sobre Paris na chamada Batalha do Marne. 
A partir desse momento, nenhum dos lados conseguiu vitórias significativas, mantendo-se um equilíbrio de 
forças nas frentes de combate. 
• Segunda fase (1915-1917) – a intensa movimentação de tropas da fase anterior foi substituída por 
uma guerra de trincheiras e desgastes, em que cada lado procurava garantir suas posições, evitando o 
avanço do inimigo. Foi um período extremamente duro para as tropas em conflito. Sob ataque intermitente 
do inimigo, os soldados guarneciam suas posições nas trincheiras, enfrentando frio, fome, chuva e barro. 
• Terceira fase (1917-1918) – caracterizada pela entrada e saída de outros países na guerra. A 
Marinha alemã, utilizando submarinos, afundou navios de países tidos como neutros, alegando que 
transportavam alimentos e armas para os inimigos. Foi o caso, por exemplo, dos navios Lusitânia e Arábia, 
dos Estados Unidos, e do navio Paraná, do Brasil. Nessa fase da guerra, dois acontecimentos se 
destacaram: a entrada das forças dos Estados Unidos no conflito (6 de abril de 1917) e a saída dos exércitos 
da Rússia, devido ao 
início da Revolução de 
1917 no país e à 
assinatura de um tratado 
de paz com a Alemanha 
(3 de março de 1918). A 
Revolução Russa de 
1917 será estudada no 
capítulo 2 deste livro 
 
 
AO LADO: Mapa 
Europa – Divisão 
política em 1914 e 
Primeira Guerra 
Mundial 
 
 
Destruição e mudanças: Os combates terrestres da Primeira Guerra Mundial resultaram em 
número elevado de mortes, em razão do uso de novas armas com maior poder de destruição, como tanques 
blindados, metralhadoras, lança-chamas e projéteis explosivos. Além disso, pela primeira vez o avião e o 
submarino foram usados como recursos militares, ampliando as possibilidades de ataque e devastação. 
Fora das frentes de combate, a guerra também trouxe consequências e transformações para a vida das 
populações europeias. Quase todos os segmentos sociais foram envolvidos, de alguma forma, pelo “estado 
de guerra”. Com a destruição de diversas estruturas econômicas (fábricas, plantações, estradas, portos 
etc.) em muitos países, verificou-se também a escassez de alimentos, além do aumento de preços dos 
gêneros de primeira necessidade. Os governos impuseram medidas de racionamento, e a fome espalhou-
se por várias camadas da população, principalmente nas regiões próximas às zonas de combate. 
Batalha pelo alimento: O texto do historiador Lionel Richard trata do problema da fome nas cidades 
alemãs, durante a Primeira Guerra Mundial, a fome foi um dos maiores problemas enfrentados pelas 
populações das cidades alemãs. Leite, manteiga, batatas tornaram-se produtos de luxo. Só eram 
encontrados no “mercado negro” e comprados apenas pelos ricos. Quando havia alimentos à venda, havia 
também racionamento. Cada pessoa só podia comprar um ovo, 2,5 kg de batatas, 20 g de manteiga e até 
190 g de carne por semana. A população pobre era a que mais sofria. Quase 200 mil pessoas entravam 
diariamente em longas filas para conseguir comer um prato de sopa distribuído pelo exército. Como 
consequência da miséria, o roubo era inevitável. Roubavam-se desde roupas até cães para matar a fome. 
Muitas crianças sobreviviam apenas com ralas sopas de batata ou com as frutas que apanhavam nos 
quintais das casas. Com tanta fome, as mortes não ocorriam apenas nos campos de batalha. A desnutrição 
tornava as pessoas vulneráveis às doenças. A tuberculose, o tifo, a cólera e as epidemias de gripe também 
mataram milhares de pessoas na Alemanha, durante a guerra. 
RICHARD, Lionel. A República de Weimar (1919-1933). São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 13-
17 
Fim do conflito: Com o apoio financeiro e material dado pelo governo dos Estados Unidos a partir 
de 1917, os recursos da Entente e de seus aliados tornaram-se muito superiores aos da Tríplice Aliança. 
Esse apoio foi decisivo para a vitória da Entente. No início de 1918, as forças lideradas pela Alemanha já 
estavam isoladas e sem condições de sustentar os combates. Em 11 de novembro daquele ano, o governo 
alemão assinou o armist’cio, com condições bastante desvantajosas. Aceitou, por exemplo, retirar suas 
tropas de todos os territórios ocupados durante a guerra, pagar indenizações e entregar aos adversários 
materiais como canhões e metralhadoras. 
Mulheres no trabalho industrial: A economia dos países que tomaram parte na Primeira Guerra 
Mundial foi direcionada para aumentar a produção dos artigos necessários à guerra, como armas, 
munições, veículos de transporte e tecidos para a confecção de uniformes militares. Como grande número 
de homens participava dos combates, considerável parcela de mulheres ingressou no mercado de trabalho, 
especialmente na Inglaterra, na França, na Itália e na Alemanha. Desse modo, as mulheres passaram a 
desempenhar funções que lhes eram incomuns, como motoristas de ônibus e caminhões,operadoras de 
máquinas e muitas outras atividades na indústria e no comércio. Além disso, terminada a guerra, em alguns 
desses países, as mulheres conseguiram ampliar a luta por seus direitos, conquistando, por exemplo, o 
direito de voto. Em 1918, as mulheres conquistaram esse direito na Inglaterra. No ano seguinte, em 1919, 
foi a vez das estadunidenses. 
Pós-guerra A paz dos vencedores: Terminada a Primeira Guerra Mundial, eram comuns as cenas 
de destruição nos diversos locais onde foram travados combates. Alguns historiadores estimam que a 
guerra provoque um total aproximado de 10 milhões de mortos e de 30 milhões de feridos. Uma grave crise 
socioeconômica acabou assolando os países europeus envolvidos no conflito, já abalados pelas perdas 
materiais e humanas e pelos gastos com a guerra. O sentimento de patriotismo eufórico, que em muitos 
países havia marcado o início da Guerra (quase sempre estimulado pela propaganda governamental), 
transformou-se, em 1918, em um clima geral de desolação e desesperança, seja pela derrota, seja pelo 
saldo de mortos e feridos. Para que tinha servido, afinal, tanta violência e brutalidade? O que significava 
“vencer” em uma situação como aquela? 
Duras imposições à Alemanha: Após a rendição da Alemanha e de seus aliados, realizou-se no 
palácio de Versalhes, na França, de janeiro de 1919 a janeiro de 1920, uma série de conferências com a 
participação de representantes das 27 nações “vencedoras” do conflito. Lideradas pelos representantes 
dos Estados Unidos, da Inglaterra e da França, essas reuniões ficaram conhecidas como Conferência de 
Paz de Versalhes. Durante a conferência, elaborou-se o Tratado de Versalhes, concluído em 28 de junho 
de 1919. Esse documento definiu os termos finais de paz com a Alemanha, pondo fim oficialmente à 
Primeira Guerra Mundial. Uma de suas cláusulas (a chamada “cláusula de culpa”) determinou que a 
Alemanha era a principal responsável pelo conflito, razão pela qual os alemães sofreram as mais duras 
imposições. 
O Tratado de Versalhes estipulava, por exemplo, que a Alemanha deveria: 
• restituir a região da Alsácia-Lorena à França; 
• ceder outras regiões à Bélgica, à Dinamarca e à Polônia; 
• entregar quase todos os seus navios mercantes à França, à Inglaterra e à Bélgica; 
• pagar uma enorme indenização aos países vencedores; 
• reduzir o poderio militar de seus exércitos, sendo proibida de constituir aviação militar. 
Na Alemanha, a derrota no conflito foi acompanhada pela abdicação do cáiser Guilherme II, em 
novembro de 1918, e pela instauração da República de Weimar. Era o fim do Segundo Reich, período da 
história que teve início com a unificação alemã (1871) e terminou com o final da Primeira Guerra Mundial 
(1918). O conjunto de decisões impostas aos alemães provocou, em pouco tempo, uma intensa reação das 
forças políticas que se organizavam nesse país. Muitos alemães consideravam injustas, vingativas e 
humilhantes as condições do Tratado de Versalhes. Anos mais tarde, o ressentimento e o desejo de mudar 
essas condições motivariam o ressurgimento do nacionalismo alemão. 
Tratado de Versalhes: Leia trechos do Tratado de Versalhes, nos quais se destacam as duras 
exigências impostas aos alemães, principalmente no que se refere a possíveis pretensões expansionistas 
e de poderio bélico. Art. 45 – A Alemanha cede à França a propriedade absoluta [...], com direito total de 
exploração, das minas de carvão situadas na bacia do rio Sarre. Art. 80 – A Alemanha reconhece e 
respeitará estritamente a independência da Áustria. Art. 119 – A Alemanha renuncia, em favor das potências 
aliadas, a todos os direitos sobre as colônias ultramarinas. Art. 160 – O exército alemão não deverá ter 
mais do que sete divisões de infantaria e três de cavalaria. Em nenhum caso, a totalidade dos efetivos do 
exército deverá ultrapassar 100 mil homens. Art. 171 – Estão proibidas na Alemanha a fabricação e a 
importação de carros blindados, tanques ou qualquer outro instrumento que sirva a objetivos de guerra. Art. 
173 – Todo serviço militar universal e obrigatório será abolido na Alemanha. O exército alemão só poderá 
ser constituído e recrutado através do alistamento voluntário. Art. 232 – A Alemanha se compromete a 
reparar todos os danos causados à população civil das potências aliadas e a seus bens. 
Tratado de Versalhes. In: MARQUES, Adhemar Martins et al. História contemporânea: textos e documentos. 
São Paulo: Contexto, 1999. p. 115-117; JANOTTI, Maria de Lourdes M. A Primeira Guerra Mundial: o 
confronto do imperialismo. São Paulo: Atual, 1992. p. 62-64. 
O novo mapa europeu: Além do Tratado de Versalhes, outras convenções foram estabelecidas 
durante a conferência de paz, assinadas pelos representantes dos países envolvidos no conflito. Desse 
modo, o pós-guerra se caracterizou, em parte, pelas mudanças territoriais que redesenharam o mapa 
político da Europa. Entre essas mudanças podemos destacar: 
• desmembramento de impérios: os impérios Alemães, Austro-Húngaro, Russo e Turco-Otomano 
deixaram de existir, pois tiveram suas fronteiras modificadas. Alguns países ganharam territórios e outros 
perderam; 
• criação de novos países, como Hungria, Polônia, Áustria, Letônia, Lituânia e Estônia, além de 
Tchecoslováquia (hoje desmembrada em dois países: República Tcheca e Eslováquia) e Iugoslávia (hoje 
desmembrada em várias repúblicas: Bósnia-Herzegovina, Croácia, Eslovênia, Macedônia, Montenegro, 
Sérvia e Kosovo). 
 
 
AO LADO: 
Mapa Europa – Divisão 
política em 1921 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consequências da 1ª Guerra Mundial 
Liga das Nações: Em 28 de abril de 1919, os membros da Conferência de Paz de Versalhes 
aprovaram a criação da Liga das Nações (ou Sociedade das Nações), atendendo à proposta do presidente 
dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Tendo como sede a cidade suíça de Genebra, a Liga das Nações 
deu início às suas atividades em janeiro de 1920. Integrada por países-membros de diversos continentes, 
sua principal missão seria agir como mediadora nos conflitos internacionais, procurando preservar a paz 
mundial. O Senado dos Estados Unidos, no entanto, vetou a participação de seu país na Liga das Nações, 
pois discordava da posição fiscalizadora dessa entidade em relação à execução dos tratados internacionais 
firmada no pós-guerra. Assim, sem a adesão dos Estados Unidos e de outras potências, a Liga das Nações 
não reuniu a força política necessária para cumprir seu papel. Essa impotência se revelaria, por exemplo, 
em não conseguir impedir alguns conflitos internacionais que ocorreram naquele período, como a invasão 
japonesa da Manchúria (Ásia), em 1931, o ataque italiano à Etiópia (África), em 1935, e a Guerra do Chaco, 
entre Paraguai e Bolívia, de 1932 a 1935. 
Prosperidade dos Estados Unidos: Desde as últimas décadas do século XIX, a produção industrial 
estadunidense vinha se expandindo e seu campo de atuação econômica se ampliava para diferentes partes 
do mundo. Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial na Europa, houve uma explosão do crescimento 
agrícola e industrial dos Estados Unidos. Isso ocorreu porque, conservando-se o país, no início, em uma 
posição de neutralidade, seus produtores e empresários puderam abastecer as nações envolvidas no 
conflito, já que estas tinham sido obrigadas a redirecionar suas atividades econômicas. Além disso, 
enquanto as potências europeias concentravam seus esforços na guerra, os industriais dos EUA 
aproveitavam para ocupar e suprir mercados da Ásia e da América Latina que deixaram de ser atendidos 
pelos produtores europeus. Ao final do conflito, os bancos e o governo dos Estados Unidos possuíam 
aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros internacionais, 
tornando-se credores da Europa arrasada. E, assim, esse país se projetou como grande potência 
econômica mundial. Em decorrência desse crescimento, os estadunidenses viveriam,durante quase toda 
a década de 1920, um período de euforia e prosperidade que ficou conhecido como “anos felizes”. 
Fonte 
Capítulo 1 Primeira Guerra Mundial. Pág, 10 a 23. In: COTRIM, G. História Global. 3ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017. (3º Ano). 
 
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA SÉRIE: 3ª ANO 
CONTEÚDOS: Identificação das agremiações estudantis, seu papel e situação na atualidade. 
Os movimentos sociais ainda estão presentes na sociedade? De olho na Juventude 
1º MOMENTO: 
Depois de debatermos sobre a transição de jovem para a vida adulta, realize a atividade proposta. Esta tem 
o intuído de nos fazer refletir de maneira mais pontual e profunda sobre a situação do Jovem brasileiro. 
 Livro didático da escola. Sociologia. Volume Único. Capítulo 11. 
 
ATIVIDADE 01 
Leia o texto abaixo, anote as ideias principais defendidas pelo psicólogo argentino José Miguel Abad e 
responda às questões propostas. 
 Assim como a infância parece ser definida pelo futuro, a idade adulta pelo presente e a velhice pelo 
passado, as idades sociais da adolescência e da juventude se confundem na tensão entre o que se deixa 
de ser e o que ainda não se chegou a ser. Este caráter liminar é acentuado pela ambiguidade da moratória 
social que caracteriza a fase juvenil, que consiste no adiamento das "responsabilidades adultas" com a 
condição de adquirir habilidade para "ganhar a vida" e livrar-se da dependência das instituições de amparo 
na infância - a família e a escola. 
 A ambiguidade de que falamos se evidencia em dois casos que cobrem a grande maioria da juventude: 
temos, por um lado, os jovens que são forçados a procurar trabalho, intercalando empregos de baixa 
qualidade com períodos cada vez mais abundantes de desocupação. A moratória juvenil, para eles, é um 
tempo vazio, [...] de impotência, raiva e estigmatização, que muitas vezes os empurra para a marginali- 
dade; no outro, os jovens da classe média, que, embora ainda possam adiar o ingresso no mercado de 
trabalho, têm sua moratória transformada em uma espera mortificada, devido à ausência de um destino 
economicamente garantido. 
 Tanto para uns como para outros, a moratória juvenil é um "presente de grego". Na medida em que 
"curtem" a opção de não serem "obrigados" a participar do mercado de trabalho por suas atribuições sociais, 
os jovens devem também aceitar um "encaixe" marginal e de substituição na força de trabalho. 
 É uma situação que diminuiu suas oportunidades de participação política e de lutar para melhorar as 
suas condições de vida, o que leva à debilidade de sua posição para ter uma estratégia de ação política 
perante as “velhas gerações” e outros grupos de interesse. 
 
1. Os jovens, assim como outros segmentos da população, estão em situações desiguais na estrutura 
social. Isso traz implicações diversas para o seu cotidiano, com repercussões futuras. O que é 
moratória juvenil, segundo o autor? 
 
2. Por que moratória juvenil foi considerada pelo autor um “presente de grego”? 
 
3. Você concorda com a análise do autor? Justifique por meio de exemplo. 
 
 
DISCIPLINA: FILOSOFIA SÉRIE: 3ª ANO 
Atividade 01 
Na atividade anterior, realizou-se a diferenciação entre cultura de massa e cultura popular. Desse modo, 
considerando que estas formas de cultura possuem características distintas, escolha algo que se enquadre 
como cultura de massa e produza um texto argumentativo-dissertativo que explique por que o bem cultural 
escolhido pertence à cultura de massa e não a outra forma cultural. 
 
Instruções para a Produção Textual 
 Se digitado, o texto deverá conter no mínimo 10 linhas e no máximo 20 linhas. 
 Se manuscrito, o texto deverá conter no mínimo 12 linhas e no máximo 23 linhas. 
 A fonte de pesquisa pode ser livros, revistas, materiais apostilados etc. 
 
DISCIPLINA: GEOGRAFIA 
Estrutura Fundiária do Brasil 
A estrutura fundiária do Brasil é marcada pela concentração de terras nas mãos de poucos. Esse fato 
histórico gera amplas discussões sobre a necessidade de uma reforma agrária. 
Para examinar a estrutura fundiária de um país, analisa-se a quantidade, o tamanho e a divisão das 
propriedades rurais. No caso do Brasil, essas observações evidenciam o abismo socioeconômico entre os 
grandes latifundiários e agricultores. 
Foi a partir de 1964, com a criação do Estatuto da Terra, que o governo brasileiro determinou a elaboração 
de censos – documentos relatando perfis e os tipos de plantação dos imóveis rurais – para padronizar os 
chamados módulos rurais e fiscais. Entre os critérios estão: 
 Localização 
 Fertilidade do solo 
 Clima 
 Variedade de produto cultivado 
Estrutura Fundiária do Brasil: classificação das propriedades 
O Estatuto da Terra diz que os territórios rurais brasileiros podem se enquadrar em cinco categorias. 
Minifúndio 
São pequenas regiões, com extensão inferior a 100 hectares, responsáveis pela produção de alimentos 
com base na agricultura familiar. Cerca de 70% dos produtos consumidos no país são frutos dessa mão de 
obra. 
Latifúndio (exploração ou dimensão) 
Os latifúndios por exploração são áreas improdutivas adquiridas para estimular a especulação imobiliária – 
compra de bens com objetivo de venda ou aluguel no momento de melhor valor de mercado. O propósito 
dessa prática é movimentar a economia através de impostos. 
Já os latifúndios por dimensão correspondem às terras voltadas para a agroindústria. Seus produtos 
geralmente são reservados ao mercado de exportação. 
Empresa rural 
São pequenas ou grandes propriedades destinadas para produção de matérias-primas da agroindústria. 
Fabricação em larga escala de laranja, soja, milho, além da criação de gado para o comércio de carnes e 
leite. 
Nessas extensões de terra é comum o uso intenso da biotecnologia, mão de obra especializada e manuseio 
de adubos químicos como fertilizantes, agrotóxicos, pesticidas. 
Estrutura Fundiária do Brasil: histórico 
Os problemas na estrutura fundiária brasileira vem de um longo processo histórico, começando no período 
do Brasil Colônia. 
A coroa portuguesa, logo no início do reconhecimento territorial, ordenou o mapeamento das terras 
conquistadas, tendo o litoral como ponto de ocupação. Com isso, foram firmadas as capitanias hereditárias. 
As capitanias eram quinze lotes de terra administradas por capitães donatários – doze membros da classes 
da nobreza e comerciária. A partir de então entrou em vigor a Lei das Sesmarias, no qual os donatários 
doavam porções da sua capitania para colonos indicados pela coroa. 
Esses colonos eram responsáveis pelo cultivo e repasse dos produtos. Cabia aos donatários o controle 
econômico e judicial, sendo substituídos os que não promoviam o desenvolvimento da capitania herdada. 
A concentração de terras teve continuidade durante a criação das lavouras de cana-de- açúcar para o 
abastecimento do mercado externo e manutenção do tráfico negreiro. 
https://www.guiaestudo.com.br/reforma-agraria
https://www.guiaestudo.com.br/agricultura-familiar
https://www.guiaestudo.com.br/biotecnologia
https://www.guiaestudo.com.br/brasil-colonia
Em 1850, com a implantação da Lei de Terras, as propriedades 
ocupadas foram registradas como privadas e as públicas 
direcionadas para venda. Dessa forma, os escravos libertos e 
imigrantes tiveram os seus direitos de acesso à terras esquecidos. 
O poder latifundiário permaneceu nas mãos dos grandes 
proprietários, que expandiram seus territórios através da mão de 
obra barata. 
Estrutura Fundiária do Brasil: reforma agrária 
De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, realizado pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as 
propriedades rurais voltadas para agropecuária ocupam 41,13% 
do território nacional, fazendo com que a estrutura agrária se 
concentre em três territórios: Mato Grosso, Minas Gerais e Pará. 
Em contrapartida,segundo a Comissão Pastoral da Terra, o país 
registrou mais de 20 assassinatos ligados a conflitos no campo no ano de 2018, especialmente de membros 
do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e líderes indígenas. 
 
Em meio a esses dados da estrutura fundiária do Brasil surge a questão da reforma agrária, estatuto que 
busca a redistribuição de terras na tentativa de recompensar séculos de acumulação. Esse processo é 
garantido pela Constituição Federal, sendo o Estado encarregado pela compra ou desapropriação de áreas 
tidas como improdutivas, e do repasse para os agricultores. 
Pela lei, o Estado tem o dever de garantir o acesso à terra e prestar apoio financeiro às famílias. No entanto, 
a execução da reforma enfrenta inúmeros dilemas, começando pela resistência dos grandes proprietários 
rurais. 
Além disso, existem dificuldades jurídicas e financeiras, pois as famílias assentadas precisam de 
financiamentos para a compra de matérias- primas e maquinário, o mínimo de estrutura para produzir e 
pagar os empréstimos. 
O método de compra das terras também impulsiona duras críticas, pois o governo, ao pagar pela 
propriedade, acaba criando uma série de regras que continuam favorecendo os proprietários de terra. 
Isso reflete nos relatórios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Eles afirmam que 
o governo brasileiro, de 2003 a 2009, comprou mais de 40 milhões de hectares destinados para a reforma, 
mas apenas 3 milhões cumpriram o propósito. 
É evidente que a nova estrutura fundiária do Brasil depende diretamente da reforma agrária. A distribuição 
igualitária de terras proporcionaria um aumento na produção agrícola, no poder de exportação, na geração 
de empregos e, consequentemente,na diminuição das alarmantes taxas de desigualdades e mortes no 
campo. 
 
 Lei de Terras de 1850 
Durante o século XIX, a economia mundial passou por uma série de transformações pela qual a 
economia mundialmente conduzida pelo comércio passou a ceder espaço para o capitalismo industrial. As 
grandes potências econômicas da época buscavam atingir seus interesses econômicos pressionando as 
demais nações para que se adequassem aos novos contornos tomados pela economia mundial. Para 
exemplificar tal situação podemos destacar o interesse inglês em torno do fim do tráfico negreiro. 
Com relação ao uso da terra, essas transformações incidiram diretamente nas tradições que antes 
vinculavam a posse de terras enquanto símbolo de distinção social. O avanço da economia capitalista tinha 
um caráter cada vez mais mercantil, onde a terra deveria ter um uso integrado à economia, tendo seu 
potencial produtivo explorado ao máximo. Em conseqüência dessa nova prática econômica, percebemos 
que diversas nações discutiram juridicamente as funções e os direitos sobre esse bem. 
No Brasil, os sesmeiros e posseiros realizavam a apropriação de terras aproveitando de brechas 
legais que não definiam bem o critério de posse das terras. Depois da independência, alguns projetos de 
lei tentaram regulamentar essa questão dando critérios mais claros sobre a questão. No entanto, somente 
em 1850, a chamada Lei 601 ou Lei de Terras, de 1850, apresentou novos critérios com relação aos direitos 
e deveres dos proprietários de terra. 
Essa nova lei surgiu em um “momento oportuno”, quando o tráfico negreiro passou a ser proibido em 
terras brasileiras. A atividade, que representava uma grande fonte de riqueza, teria de ser substituída por 
uma economia onde o potencial produtivo agrícola deveria ser mais bem explorado. Ao mesmo tempo, ela 
também responde ao projeto de incentivo à imigração que deveria ser financiado com a dinamização da 
economia agrícola e regularizaria o acesso a terra frente aos novos campesinos assalariados. 
Dessa maneira, ex-escravos e estrangeiros teriam que enfrentar enormes restrições para 
possivelmente galgarem a condição de pequeno e médio proprietário. Com essa nova lei, nenhuma nova 
sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras ou seria reconhecida a ocupação por meio da 
ocupação das terras. As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sob os cuidados 
do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio de compra junto ao governo. 
A partir de então, uma série de documentos forjados começaram a aparecer para garantir e ampliar 
a posse de terras daqueles que há muito já a possuíam. Aquele que se interessasse em, algum dia, 
desfrutar da condição de fazendeiro deveria dispor de grandes quantias para obter um terreno. Dessa 
maneira, a Lei de Terras transformou a terra em mercadoria no mesmo tempo em que garantiu a posse da 
mesma aos antigos latifundiários. 
 
 O Trabalho e a Terra no Brasil 
O subaproveitamento do espaço rural brasileiro é caracterizado por uma baixa produtividade em 
relação aos outros países que possui uma agricultura pautada na mecanização. O motivo que faz o Brasil 
ter uma baixa produtividade está na predominância da prática da agropecuária tradicional. 
O Brasil é um país extremamente agrícola, quase a metade do território é ocupada por 
estabelecimentos rurais. As concentrações e as relações estão divididas em estrutura fundiária, latifúndio, 
minifúndio, expropriação e êxodo rural. 
 
- Estrutura fundiária: Corresponde à maneira como as terras estão distribuídas no território. 
- Latifúndio: São grandes propriedades rurais com aproximadamente 600 hectares. 
- Minifúndio: São pequenas propriedade rurais com aproximadamente 3 hectares. 
- Expropriação: É quando um pequeno proprietário rural se encontra endividado e é obrigado a vender sua 
propriedade para pagar dívidas, geralmente os grandes fazendeiros próximos adquirem essas terras. 
 - Êxodo rural: Corresponde ao deslocamento de trabalhadores rurais que saem do campo com destino 
aos centros urbanos, isso pode ocorrer por falta de trabalho no campo devido à mecanização ou mesmo 
para buscar uma vida melhor. 
No campo existem as relações de trabalho que são diversificadas, como mão-de-obra familiar, posseiros, 
parceria, arrendatários, trabalhadores assalariados temporários e o trabalho escravo no campo. 
- Mão-de-obra familiar: É a relação de trabalho entre os entes da família exercendo todas as etapas 
produtivas. 
- Posseiros: São trabalhadores rurais que ocupam e/ou cultivam terras devolutas. 
- Parceria: É a junção entre dois trabalhadores ou produtores rurais, no qual um possui a propriedade da 
terra e o outro apenas a força de trabalho, esse vai cultivar a terra e depois dividir uma parte da produção 
com aquele. 
- Arrendatário: É quando um agricultor não possui terra, mas tem recursos financeiros, então arrenda ou 
aluga a propriedade por um período pré-determinado. 
- Trabalhadores assalariados temporários: São trabalhadores rurais que recebem salário, mas que 
trabalham apenas uma parte do ano, é o que acontece nas colheitas. 
- Trabalho escravo no campo: É quando o trabalhador não tem direitos trabalhistas, não recebe salário, 
pois tudo que é utilizado é cobrado, desde a alimentação até as ferramentas de trabalho, esse fica 
endividado, fato que o impede de ir embora. 
Em pleno século XXI, esse fato se faz real, principalmente em estados como Pará, Mato Grosso e Goiás, 
esses não são únicos no país. 
A reforma agrária é outro problema muito polêmico no país, contudo convém explicitar o significado de tal 
expressão. 
A reforma agrária tem a finalidade de promover a distribuição ou reorganização mais justa da terra. 
A questão agrária provoca uma grande tensão no campo. 
A fixação do trabalhador rural no campo depende de vários fatores, pois não basta a simples redistribuição 
de terras para garantir o sucesso da reforma agrária é preciso facilidade na obtenção e pagamentos de 
créditos financeiros, garantia de preços, condição de transportes, orientação técnica e infra-estrutura. 
 
Atividade 01 
Exercício 
1) Relacione aLei de Terras à atual estrutura fundiária brasileira: 
2) Explique duas características da estrutura fundiária brasileira. 
3) Fale sobre as principais relações de trabalho no campo: 
4) Elabore um resumo em seu caderno sobre a origem da estrutura fundiária brasileira: 
5) Leia o poema a seguir e responda as questões propostas sobre o campo brasileiro: 
Mulheres bóia-fria 
Mulheres simples do campo 
Com suas mãos calejadas, 
Da voz, nasce um triste canto 
Nas mãos, a conhecida enxada 
 
Levanta de madrugada 
Pisa descalça no orvalho... 
Amola a sua enxada 
E segue firme no trabalho 
 
Tem fome, já meio-dia 
Pega a sua bóia-fria 
Somente arroz e feijão 
 
A essas guerreiras do campo 
Que com a luz dos pirilampos, 
Tem a minha gratidão. 
 HUGO ,Antônio. Disponivel em: 
 http://sitedepoesias.com/poesias/13300. 
 
a) Identifique e explique o problema social inerente à agricultura brasileira que foi abordado no poema. 
b) Elabore uma dissertação em seu caderno, explicando como a histórica concentração de terras no 
Brasil se reflete na atual situação dos trabalhadores rurais, conhecidos como bóias-frias: 
 
Simulado 01 
 
1.A desconcentração industrial verificada no Brasil, 
na última década, decorre, entre outros fatores, da: 
a) ação do Estado, por meio de políticas de 
desenvolvimento regional, a exemplo da Zona 
Franca de Manaus. 
b) elevação da escolaridade dos trabalhadores, o 
que torna o território nacional atraente para novos 
investimentos industriais. 
c) presença de sindicatos fortes nos estados das 
regiões Sul e Sudeste, o que impede novos 
investimentos nessas regiões. 
d) isenção fiscal oferecida por vários estados, o que 
impede novos investimentos nessas regiões. 
e) globalização da economia que, por meio das 
privatizações, induz o desenvolvimento da atividade 
industrial em todo o território. 
2. Os textos a seguir relacionam-se a momentos 
distintos da nossa história. 
TEXTO 01 
A integração regional é um instrumento fundamental 
para que um número maior de países possa 
melhorar a sua inserção num mundo globalizado, já 
que eleva o seu nível de competitividade, aumenta 
as trocas comerciais, permite o aumento da 
produtividade, cria condições para um maior 
crescimento econômico e favorece o 
aprofundamento dos processos democráticos. A 
integração regional e a globalização surgem como 
processos complementares e vantajosos 
TEXTO 02 
Um considerável número elevado de mercadorias 
passou a ser produzido no Brasil, substituindo o que 
não era possível ou era muito caro importar. Foi 
assim que a crise econômica mundial e o 
encarecimento de importação levaram o governo 
Vargas a criar como bases para o crescimento 
industrial brasileiro. 
 
a) Opostas, pois no primeiro texto, o centro das 
preocupações são as exportações e, no segundo, 
as importações 
b) Semelhantes uma vez que ambos demonstram 
uma tendência protecionista. 
c) Diferentes, porque, para o primeiro texto, a 
questão central é a integração regional e, para o 
segundo, a política de substituição de 
importações. 
d) Semelhantes, porque consideram a integração 
regional necessária ao desenvolvimento 
econômico. 
http://sitedepoesias.com/poesias/13300
e) Opostas, pois, para o primeiro texto, a 
globalização impede um aprofundamento 
democrático e, para o segundo, a globalização é 
geradora da crise econômica. 
 
3. Uma mesma empresa pode ter sua sede 
administrativa onde os impostos são menores, as 
unidades de produção onde os salários são os mais 
baixos, os capitais onde os juros são mais altos e 
seus executivos onde a qualidade de vida é mais 
elevada. 
No texto estão apresentadas estratégias 
empresariais no contexto da globalização, uma 
consequência social derivada dessas estratégias 
tem sido 
a) O crescimento da carga tributária. 
b) O aumento da mobilidade ocupacional. 
c) Redução da concorrência entre as empresas. 
d) O direcionamento de vendas para os mercados 
regionais. 
e) uma ampliação do poder de planejamento dos 
Estados nacionais 
 
4. A partir dos anos 70, impõe-se um movimento de 
desconcentração da produção industrial, uma das 
manifestações do desdobramento da divisão 
territorial do trabalho no Brasil. A produção industrial 
torna-se mais complexa, estendendo-se sobretudo, 
para novas áreas do Sul e para alguns pontos do 
Centro-Oeste, do Nordeste e do Norte. 
Um fator geográfico que contribui para o tipo de 
alteração da configuração territorial descrita no texto 
é: 
a) Obsolescência dos portos. 
b) Estatização de empresas. 
c) Eliminação de incentivos fiscais. 
d) Ampliação de políticas protecionistas. 
e) Desenvolvimento dos meios de comunicação. 
 
5. A indústria brasileira enfrenta vários problemas, 
que aumentam seus custos e dificulta uma maior 
participação no mercado externo, como: 
I os baixos investimentos públicos e privados em 
desenvolvimento tecnológico; 
II como barreiras tarifárias e não tarifárias impostas 
por outros países à importação de produtos 
brasileiros; 
III a maior dispersão espacial dos estabelecimentos 
industriais em regiões historicamente 
marginalizadas; 
 IV as deficiências dos transportes acarretadas pela 
má conservação das rodovias e ferrovias. 
Pode-se concluir que são corretos apenas os itens :), 
a) l, II e III 
 b) I, Il e IV. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e IV. 
e) N. D. A. 
 
6. Sobre o processo de industrialização brasileira, 
feito da seguinte forma: 
I. A partir de 1930, começa um importante projeto de 
criação de infraestrutura para o desenvolvimento do 
parque industrial. 
II. A partir da Segunda Guerra Mundial, acentuou o 
processo de estatização das indústrias na região 
Sudeste. 
III. A partir de 1964, amplia o parque industrial para 
atender à demanda de modernização da agricultura. 
Quais estão corretas? 
 a) apenas I. 
 b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas o III 
e) apenas II e III. 
 
7. Sobre os processo de industrialização no Brasil, 
análise as afirmativas a seguir: 
|- até a década de 30,Não se desenvolveu uma 
política de industrialização, pois as atenções 
estavam voltadas para o setor agrário-exportados. 
||-um período importante para o desenvolvimento 
industrial ocorreu após 1945,com o início da 
cafeicultura brasileira. 
||| Após 1950,o desenvolvimento se fez com grande 
participação de capitais estrangeiras, iniciando se a 
internacionalização da economia do país 
a) apenas I e II 
 b) apenas I e III. 
c) apenas III. 
d) N.D.A 
 
8. Entre o final da década de 1960 e o início da 
década de 1970, a economia brasileira obteve altos 
índices de crescimento. O fenômeno se tornou 
conhecido como milagre econômico e derivou da 
aplicação de uma política que provocou, entre outros 
efeitos. 
(A) êxodo rural e incremento no setor ferroviário. 
(B) crescimento imediato dos níveis salariais e das 
taxas de inflação. 
(C) aumento do endividamento externo e da 
concentração de renda. (D) estatização do aparato 
industrial e do setor energético. 
(E) crise energética e novos investimentos em 
pesquisas tecnológicas. 
 
9. Considerando a estrutura industrial brasileira no 
que se refere à origem do capital, é correto afirmar 
que: 
Escolha uma: 
a. Desde a origem da industrialização brasileira, a 
indústria de capital privado nacional sempre foi, 
numericamente, superior às demais. 
b. Na atualidade, as indústrias de capital privado 
nacional são um setor forte e predominante no 
sistema econômico. 
c. As multinacionais, com sede no exterior, 
começaram a penetrar mais intensamente no Brasil 
após a Segunda Guerra Mundial. 
d. Somente após 1964, as empresas estatais 
passaram a uma fase de enfraquecimento. 
 
10. Observado de um ângulo distinto, o 
desenvolvimento da primeira metade do século XX 
apresenta-se basicamente como um processo de 
articulaçãodas distintas regiões do país em um 
sistema com um mínimo de integração. 
Considerando o processo histórico de 
desenvolvimento econômico e territorial brasileiro, 
ao longo da primeira metade do século XX, é correto 
afirmar que 
 
(A) o estabelecimento de redes comerciais 
protecionistas estimulou a produção cafeeira, a partir 
deste momento voltada ao sólido mercado 
consumidor nacional. 
(B) o fortalecimento do mercado interno reforçou o 
movimento de substituição das importações, 
fomentado na região Sudeste pela ação do Estado e 
do capital estrangeiro. 
(C) a adoção de superintendências locais financiou a 
modernização da economia açucareira do litoral 
nordestino, reinserindo-a no mercado internacional. 
(D) a implantação de um sistema nacional integrado 
solidificou os empreendimentos agroindustriais da 
região Centro-Oeste, agora protegidos pelo 
planejamento desenvolvimentista nacional. 
 (E) a articulação regional garantiu o crescimento da 
exploração aurífera em Minas Gerais, fornecendo 
subsídios técnicos e amplo mercado consumidor. 
 
SIMULADO 02 
1. “A expansão das cadeias produtivas de carne, 
grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste 
e Norte vem aprofundando o processo de 
interiorização do país na última década. A 
constatação é da nova edição do Atlas Nacional do 
Brasil Milton Santos, lançado pelo Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, 
composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, 
seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza 
informações geográficas sobre o território brasileiro 
na última década”. (…) 
Revista Globo Rural, 14 dez. 2010. Adaptado. 
O processo acima descrito, no contexto das 
reconfigurações do espaço agrário do Brasil, 
deflagra: 
a) o processo de redistribuição de terras 
b) a expansão da fronteira agrícola 
c) a ruralização ou expansão do meio agrário 
d) a contração da produção para o mercado externo 
e) o estímulo à desapropriação de terras 
improdutivas 
 
2. Nos últimos anos, em virtude do grande nicho 
mercadológico aberto pelos biocombustíveis, vem 
se elevando no campo brasileiro uma questão 
polêmica a respeito do aumento das culturas 
destinadas, principalmente, à produção de etanol. 
Em geral, a contestação a essa tendência 
apresenta como argumento: 
a) a falta de espaços agricultáveis no território 
brasileiro para a produção desse tipo de cultura. 
b) os efeitos altamente danosos do cultivo de cana-
de-açúcar aos solos existentes no país. 
c) a suscetibilidade das erosões no meio agrícola 
causadas pela agropecuária intensiva voltada a 
esse mercado. 
d) a retração da economia nacional e do PIB frente 
às oscilações frequentes dos biocombustíveis no 
mercado externo. 
e) a diminuição da produção de alimentos no campo 
brasileiro, com riscos de ausência de oferta e 
elevação dos preços. 
 
3. “Dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro 
de Geografia e Estatística) indicam que, neste ano, 
a safra brasileira de soja deve crescer 25,3%, 
recuperando-se do mau desempenho causado pela 
seca em regiões produtoras em 2012. 
Como os preços da oleaginosa estão elevados no 
mercado mundial, em razão das previsões de 
queda na produção nos Estados Unidos, as 
exportações devem gerar receita recorde para o 
Brasil”. 
BBC Brasil, 09 jan. 2013. Adaptado. 
Os crescentes resultados da soja no contexto da 
história econômica recente da agropecuária 
brasileira são oriundos, sobretudo. 
 
a) da democratização ampla das propriedades 
rurais. 
b) da descentralização agrária em favor das 
cooperativas 
c) do processo de redução de impostos rurais pelo 
governo. 
d) do aumento da produtividade e da atuação do 
agronegócio. 
e) da maior oferta de mão de obra no meio rural do 
pais 
 
 
4. (FUVEST/2014) 
Considere as anamorfoses: 
 
Mapas de anamorfose sobre a produção agrícola no Brasil 
As condições da produção agrícola, no Brasil, são 
bastante heterogêneas, porém alguns aspectos 
estão presentes em todas as regiões do País. 
Nas anamorfoses acima, estão representadas 
formas de produção agrícola das diferentes regiões 
administrativas. Assinale a alternativa que contém, 
respectivamente, a produção agrícola representada 
em I e em II. 
a) De subsistência e patronal. 
b) Familiar e itinerante. 
c) Patronal e familiar. 
d) familiar e de subsistência. 
e) Itinerante e patronal. 
 
5 Observe o mapa e o texto a seguir: 
 
 
 
Mapa para exercícios sobre agricultura brasileira* 
*Disponível em: Contenidosdigitales 
“De grão em grão – transgênico ou não – o cultivo 
da soja espalhou-se por todas as regiões do Brasil 
nas três últimas décadas. Ocupa hoje uma área 
cinco vezes e meia superior à da Holanda. O Brasil 
foi, em 2003 e 2004, o maior exportador mundial de 
soja e vem mantendo a posição de segundo maior 
produtor, após os Estados Unidos. A previsão é de 
que esta condição de maior exportador mundial 
volte a ocorrer em breve, consolidando-se ao longo 
dos próximos anos”. 
(SCHLESINGER, S., NORONHA, S. O Brasil está 
nú! O avanço da monocultura da soja, o grão que 
cresceu demais. Rio de Janeiro: FASE, 2006). 
O mapa acima representa o avanço da produção de 
soja no Brasil, cuja principal consequência 
socioespacial foi: 
a) a democratização da estrutura fundiária pelo 
interior do país 
b) a expansão da fronteira agrícola sobre as áreas 
do Cerrado 
c) a ampliação de reservas florestais nas áreas do 
Centro-Oeste 
d) a diminuição dos latifúndios improdutivos no 
território nacional 
e) o crescimento da agricultura de subsistência 
 
06 (UEPB – 2011) O processo de concentração 
fundiária caminha junto à industrialização da 
agropecuária com predomínio de capitais. Logo: 
http://contenidosdigitales.ulp.edu.ar/exe/geo-politica/
I - O discurso de modernidade das elites tem 
contribuído para que a terra esteja concentrada nas 
mãos da grande maioria dos agricultores brasileiros. 
II - Os pequenos agricultores não conseguem 
competir e são forçados a abandonar suas lavouras 
de subsistência e vender suas terras. 
III - A intensa mecanização leva à redução do 
trabalho humano e à mudança nas relações de 
trabalho, com a especialização de funções e o 
aumento do trabalho assalariado e de diaristas. 
IV - As modificações na estrutura fundiária provocam 
desemprego no campo, intenso êxodo rural, além de 
aumentar o contingente de trabalhadores sem direito 
à terra e sua exclusão social. 
Estão corretas: 
a) Apenas as proposições I e IV 
b) Apenas as proposições I, II e III 
c) Apenas as proposições II, III e IV 
d) Apenas as proposições II e III 
e) Todas as proposições 
 
07 (UFT) A estrutura fundiária no Brasil está 
concentrada nas mãos de uma pequena parcela da 
população, criando assim os conflitos por terra. 
Diante desse problema, o mapa abaixo mostra a 
distribuição territorial mais conflitante em 2009 no 
território brasileiro. Assinale a alternativa correta. A 
região no Brasil com maior número de conflitos por 
terra é a: 
 
a) Região Norte 
b) Região Nordeste 
c) Região Centro-Oeste 
d) Região Sudeste 
e) Região Sul 
 
08 (Enem) O gráfico representa a relação entre o 
tamanho e a totalidade dos imóveis rurais no Brasil. 
Que característica da estrutura fundiária brasileira 
está evidenciada no gráfico apresentado? 
 
 
a) A concentração de terras nas mãos de poucos. 
b) A existência de terras nas mãos de poucos. 
c) O domínio territorial dos minifúndios. 
d) A primazia da agricultura familiar. 
e) A debilidade dos plantations modernos. 
 
09 Sobre as definições das propriedades rurais 
brasileiras, marque V para as proposições que 
considerar verdadeiras e F para as proposições que 
considerar falsas: 
a) ( ) Minifúndios são pequenas propriedades rurais 
voltadas para a produção moderna de monocultura. 
b) ( ) Latifúndios são grandes propriedades rurais 
voltadas para a produção de subsistência. 
c) ( ) Módulo rural é o imóvel rural explorado por uma 
família, garantindo nele o seu próprio sustento. 
d) ( ) Empresa rural éuma propriedade rural utilizada 
para a exploração econômica racional do espaço 
agrário. 
Assinale a alternativa correta: 
a) FFFV 
b) FVFV 
c) VFVV 
d) FFVV 
 
10 A estrutura fundiária está relacionada à maneira 
como as propriedades agrárias estão distribuídas em 
um determinado lugar. Sobre a estrutura fundiária, 
assinale a alternativa incorreta: 
a) Quanto maior a concentração de terras, menor 
será a quantidade de propriedades de terras e maior 
será o tamanho da propriedade. 
b) Em países subdesenvolvidos, há grandes 
propriedades rurais concentradas nas mãos de 
muitos proprietários, que abastecem o mercado 
interno. 
c) A estrutura fundiária brasileira é uma das mais 
concentradas do mundo. 
d) A concentração de terras nas mãos de poucos 
contribui para o aumento dos problemas no campo, 
intensificando os conflitos por terra. 
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-estrutura-fundiaria.htm
https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-geografia/exercicios-sobre-estrutura-fundiaria.htm
ÁREA: LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS. 
3ºANO 
DISCIPLINA: ARTE 3º ANO 
 
Leia o resumo da peça teatral abaixo, em seguida anote e responda os questionamentos em seu caderno: 
O Demônio Familiar (resumo) 
Peça em quatro atos, a ação transcorre no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. A trama gira em torno 
da família da viúva D. Maria. Seu filho mais velho, Eduardo, médico recém-formado, assume a posição de líder 
familiar, auxiliando na condução dos destinos da irmã Carlotinha – moça casadoura que mantém um discreto namoro 
com Alfredo, amigo do irmão – e do caçula Jorge. Eduardo tem um escravo particular, o moleque Pedro, pouco 
interessado no trabalho doméstico e que não perdia nenhuma oportunidade de passear pela cidade que se 
urbanizava. O grande amor de Eduardo é Henriqueta, amiga de Carlotinha, que também ama o rapaz. No entanto, a 
união é impedida pelo projeto de casamento da moça com Azevedo, moço rico recém-chegado de Paris, ao qual ela 
se submetia, para auxiliar seu pai, Vasconcelos, a saldar algumas dívidas. 
Pedro, menino escravo da família de Eduardo, assume um papel essencial no enredo em função de suas intromissões 
na vida amorosa dos amos. Ao mesmo tempo em que luta para promover a união entre Carlotinha e Alfredo, usa 
artifícios para separar Henriqueta e Eduardo, aproximando-o de uma viúva rica interessada nele. 
Quando Eduardo descobre tudo, ameaça vender Pedro, mas o menino implora para ficar e se compromete a resolver 
tudo. Começa, então, a desenvolver ações no sentido contrário, inventando coisas a respeito de Henriqueta para 
fazer Azevedo desistir do casamento. Enquanto isso, Eduardo também se movimenta no sentido de romper a 
obrigação do casamento da amada com Azevedo. Para tanto, salda por conta própria as dívidas de Vasconcelos. 
Procurando agora deixar Henriqueta livre para seu amo, Pedro busca separá-la de Azevedo. Para tanto, tenta 
aproximar este de Carlotinha, provocando um mal-entendido entre esta e Alfredo. Mais uma vez, Eduardo descobre 
todas as ações do moleque e esclarece tudo aos familiares e aos envolvidos. Declara seu amor a Henriqueta, ao 
mesmo tempo em que Azevedo se afasta. Alfredo e Carlotinha finalmente tornam público seu amor. 
Para o moleque Pedro, responsável por todos os desencontros da peça, sobra o castigo final: Eduardo lhe entrega a 
sua carta de alforria, o que significa deixá-lo, dali por diante, por sua própria conta e sem a proteção da família que o 
acolhia. 
 
 
ATIVIDADE 01 
QUESTÕES 
1) A que gênero teatral pertence a peça teatral acima? 
2) Quem são os personagens da peça (conforme o resumo)? 
3) É possível perceber uma crítica na peça? Explique. 
4) Qual o objetivo (mensagem) da peça? O que o autor pretende? 
5) Já foi ao teatro? Comente sobre uma peça teatral que já assistiu. 
 
DISCIPLINA: LÍNGUA INGLESA 3º ANO 
 
De acordo com os conteúdos estudados em sala de aula e nas vídeo aulas no 1º bimestre, resolva as seguintes 
atividades propostas: 
Faça a leitura da imagem e do texto da campanha: “people for the ethical treatmente of animals”, e logo em seguida, 
responda as questões 1 e 2. 
 
Peta é um acrônimo para uma organização não governamental intitulada “people for the ethical treatment of 
animals”. Nessa propaganda, a artista kelly osbourne apoia peta em uma campanha para: 
 
fonte: livro de inglês – alive high – 1º ano do ensino médio – vera menezes; junia braga 
 
1. Peta é um acrônimo para uma organização não governamental intitulada “people for the ethical treatment of 
animals”. Nessa propaganda, a artista Kelly Osbourne apoia peta em uma campanha para: 
a) convidar para um espetáculo em prol das focas; 
b) demonstrar que eles não usam peles de focas; 
c) denunciar os países que usam peles de focas; 
d) impedir que a Europa compre peles de focas; 
e) protestar contra a matança de focas no Canadá. 
 
2. A expressão save the seals tem a função de: 
a) apresentar uma justificativa; 
b) comover o leitor emotivo; 
c) persuadir o leitor a fazer algo; 
d) pedir ao leitor uma doação; 
e) descrever um problema ético. 
 
3) Frases célebres revelam o ponto de vista de pessoas famosas, entre eles, Martin Luther King Jr, “I have a 
dream” que marcou a história mundial com a sua frase apresentada na imagem abaixo e que significa: 
a) ele teve um sonho; 
b) eu tenho um sonho; 
c) ela tem um sonho; 
d) eles têm um sonho; 
e) nós tivemos um sonho. 
 
4) Conforme a atividade proposta, aprendemos como se aplica corretamente o discurso direto e indireto. Dessa 
forma, reescreva as frases usando o reported speech. (obs: lembremos que o mesmo ocorre aqui: os verbos 
auxiliares devem ficar no passado. a diferença é que, na letra d, como é uma frase imperativa, o tempo verbal da 
ordem não muda. Exemplo: “girls! it’s time to leave the room!” – “garotas! está na hora de deixarem o quarto!” . 
 
a) “What time will you be there?” 
He asked _______________________________________________________; 
b) “Does he like chocolate?” 
She asked if _____________________________________________________; 
c) “Why did you leave?” 
She asked me____________________________________________________; 
d) “Girls! It’s time to leave the room.” 
She told ________________________________________________________; 
e) “The boy was crying.” 
She said that ____________________________________________________. 
 
5. Conforme a atividade proposta, aprendemos como se aplica corretamente o discurso direto e indireto. Dessa 
forma, preencha os espaços em branco com o tempo verbal correto. (obs: lembremos que nesses casos, os verbos 
e auxiliares devem ficar no passado: is – was / will – would / are – were / can – could. exemplo: “i saw her” – he 
said the he had seen him.): 
a) “There is a butterfly in my garden.” – I said ______________ a butterfly in my garden; 
b) “I’ll see you later.” – She said she ____________ me later 
c) “We are very sad.” – They told me they ___________ very sad; 
d) “Can I go out with you?” – He asked me if he ______________ out with me; 
e) “I’ll dance next Saturday.” – She said she ______________ next Saturday. 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
PROPOSTA DE REDAÇÃO 
Com base na leitura dos textos motivadores e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um 
texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da Língua Portuguesa sobre o tema “A fome no Brasil”, 
apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma 
coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 
 
TEXTOS MOTIVADORES 
TEXTO 01 
 
O Brasil flerta com a volta ao Mapa da Fome 
Em 2014, o País saiu do Mapa Mundial da Fome, como apontou o relatório global da Organização das Nações 
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Na época, o indicador de Prevalência de Subalimentação, medida 
empregada pelaFAO há 50 anos para dimensionar e acompanhar a fome em nível internacional, atingiu no Brasil 
nível menor que 5%, abaixo do qual a organização considera que um país superou o problema da fome. 
No entanto, ainda que a fome tenha se mantido relativamente em patamar baixo desde o começo da década 
de 2010, a ameaça do crescimento do número de pessoas subalimentadas é real, segundo especialistas, muito por 
conta do quadro de estagnação econômica — após dois anos de recessão, o país voltou a crescer economicamente 
em 2017, mas apenas 1% — que gera desempregos e aumento de subempregos, que estão diretamente relacionados 
com a insegurança alimentar. 
Também pesa sobre o cenário a quantidade de pessoas sem nenhuma forma de rendimento e que não estão 
associadas a nenhuma política social de transferência de renda, como o Bolsa Família e a aposentadoria rural. Mais 
de 7 milhões de pessoas estão nessa situação, segundo a FAO. Essas pessoas, se não passam fome, sobrevivem 
por meio de doações de instituições ou repasses de familiares. 
[...] 
BASILIO, Ana Luiza. Há fome no Brasil: 3 dados alarmantes que Bolsonaro deveria conhecer. 
Carta Capital. 16 jul. 2019. Disponível em: <https://www.cartacapital.com.br/politica/ha-fomeno- 
brasil-3-dados-alarmantes-que-bolsonaro-deveria-conhecer/>. Acesso em: 18 fev. 2020. 
TEXTO 02 
Extrema pobreza e desigualdade crescem há 4 anos, revela pesquisa 
[...] 
A leve recuperação econômica observada nos últimos dois anos no Brasil não se refletiu de forma igual entre 
os diversos segmentos sociais. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB — a soma de todas as riquezas produzidas 
no país) cresceu 1,1% em 2017 e 2018, após as quedas de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016, o rendimento dos 10% 
mais ricos da população subiu 4,1% em 2018 e o rendimento dos 40% mais pobres caiu 0,8%, na comparação com 
2017. 
Com isso, o índice que mede a razão entre os 10% que ganham mais e os 40% que ganham menos, que 
vinha caindo até 2015, quando atingiu 12, voltou a crescer e chegou a 13 em 2018. Ou seja, os 10% da população 
com os maiores rendimentos ganham, em média, 13 vezes mais do que os 40% da população com os menores 
rendimentos. 
É o que mostra a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, divulgada hoje (6), no Rio de Janeiro, 
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo analisa as condições de vida da população 
brasileira. 
[...] 
Desigualdade 
Segundo o IBGE, o aumento da desigualdade é reflexo da falta de ganho real no salário mínimo ocorrida em 
2018, além da informalidade e da subutilização no mercado de trabalho, que atingem níveis recordes atualmente, 
com 41,4% das pessoas ocupadas nessa condição, de acordo com o gerente dos Indicadores Sociais do IBGE, André 
Simões. 
[...] 
O Índice de Gini, um padrão clássico para medir desigualdade, vem subindo há quatro anos no Brasil. Em 
2015, atingiu o mínimo da série histórica, com 0,524 e chegou a 0,545 em 2018. Quanto mais próximo de zero, mais 
igualitária é a sociedade. 
Extrema pobreza 
No indicador da pobreza monetária, ou seja, que leva em conta apenas a renda, o Brasil também tem 
apresentado piora nos últimos quatro anos. Ao todo, 13,5 milhões de pessoas no Brasil viviam em 2018 com até R$ 
145 por mês, o que corresponde a 6,5% da população, após a mínima de 4,5% em 2014. 
O IBGE destaca que no Brasil há mais pessoas em situação de pobreza extrema do que toda a população de 
países como Bolívia, Bélgica, Grécia e Portugal. Desse total, 72,7% são pretas ou pardas. 
[...] 
Redução da pobreza 
André Simões explicou que o ingresso no mercado de trabalho é o principal meio de redução de pobreza. 
Porém, como os dados indicam que a faixa dos maiores rendimentos apresenta crescimento de renda enquanto os 
menores rendimentos estão estagnados ou com perdas, ele destacou a necessidade de outras medidas para reduzir 
as desigualdades sociais. 
“Como é um grupo muito vulnerável e não está com uma propensão tão grande de entrar no mercado de 
trabalho quanto os outros grupos sociais, com rendimentos mais elevados, necessita de cuidados maiores, como 
políticas públicas, políticas de transferência de renda, políticas de dinamização do mercado de trabalho para que elas 
possam ter acesso a uma renda que as tire dessa situação de pobreza”, ponderou. 
O IBGE também analisou as condições da moradia e constatou que, no total do país, 12,8% das pessoas 
moram em domicílios com pelo menos uma inadequação, que são a ausência de banheiro exclusivo, paredes feitas 
com material não durável, adensamento excessivo ou ônus muito alto com o aluguel. Na população que vive com até 
R$ 420 mensais, a proporção sobe para 29,3%. 
Quanto à ausência de serviços de saneamento, que são a coleta de lixo, o abastecimento de água e o 
esgotamento sanitário, 58% dos pobres vivem com pelo menos uma dessas situações, enquanto a proporção geral 
é de 37,2%. 
NITAHARA, Akemi. Extrema pobreza e desigualdade crescem há 4 anos, revela pesquisa. Agência Brasil, 
6 nov. 2019. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2019-11/ 
extrema-pobreza-e-desigualdade-crescem-ha-4-anos-revela-pesquisa>. Acesso em: 18 fev. 2020. 
 
TEXTO 03 
 
 
Instruções: 
• O texto definitivo deve ser escrito à tinta preta, na folha própria (no final da apostila), em até 30 linhas. 
• A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação terá o número de linhas copiadas 
desconsiderado para a contagem de linhas. 
Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: 
• tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “insuficiente”; 
• fugir ao tema ou não atender ao tipo dissertativo-argumentativo; 
• apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. 
 
 
 
 
ÁREA: CIÊNCIAS DA NATUREZA E MATEMÁTICA. 
3º ANO 
DISCIPLINA: BIOLOGIA 
Leia o texto abaixo. Após a leitura do texto, faça um mapa conceitual sobre as etapas da sucessão ecológica. 
Sucessão ecológica 
Os seres vivos presentes em um ambiente são influenciados pelo meio em que vivem. Porém, estes mesmos 
seres vivos podem lentamente provocar pequenas alteração locais, que modificam o ambiente, criando novas 
condições para que outros organismos ali se estabeleçam. Dessa maneira, ao longo do tempo, as comunidades 
presentes naquele local podem ser modificadas em sucessivas transformações, até que, ao longo do tempo se 
estabeleça uma comunidade estável, autorregulada, que não sofre alterações. Este conjunto de transformações é 
chamado de sucessão ecológica. 
Uma sucessão ecológica possui três características básicas: as sucessões são processos contínuos e não 
sazonais (ou seja, continuam ocorrendo, independentemente das estações do ano); as sucessões 
ecológicas ocorrem como respostas às modificações ocorridas nas condições ambientais de um local, geradas pelos 
próprios organismos que ali vivem; as sucessões ecológicas terminam com o estabelecimento de uma comunidade 
estável – a comunidade clímax, que não sofre mais grandes mudanças na sua estrutura básica, desde que as 
condições macroclimáticas não sejam modificadas. 
 
Fases de uma sucessão ecológica: 
 
A conquista de um ambiente novo é um processo que ocorre de maneira gradual e lentamente. Neste 
processo, comunidades mais simples que conseguem se adaptar à condições inóspitas são sucessivamente 
substituídas por comunidades mais complexas e que exigem mais recursos do ambiente. Ao longo de uma sucessão 
ecológica, podemos definir três fases: 
 
Pioneiros ou eceses: Imagine que uma nova ilha rochosa foi formada no meio do oceano Atlântico em 
decorrência de atividades vulcânicas. O substrato rochoso oferece poucos recursos e proteção. Dessa maneira, os 
organismos que ali se instalarão precisam ser adaptados à estas condições e exigirem poucos recursos do ambiente. 
Assim são os organismos pioneiros ou eceses: organismos pequenos, simples e resistentes. Os organismos 
pioneirosmais comuns em uma sucessão ecológica terrestre são os líquens, musgos, gramíneas e insetos. Estes 
organismos, bastante resistentes às condições climáticas, apresentam grande produção líquida, uma vez que sua 
taxa de fotossíntese é muito superior à de respiração, restando um saldo positivo onde produzem mais matéria 
orgânica do que utilizam. Este excesso de matéria orgânica é liberado para o ambiente e, juntamente com os 
minerais liberados das rochas por conta da ação química de substâncias fixadoras que estes organismos liberam 
(como o ácido liquênico liberado pelos líquens), formam um início de solo. Uma vez que sobrevivem em um ambiente 
com condições desfavoráveis, os organismos pioneiros utilizam a maior parte de seu suprimento energético na sua 
reprodução, produzindo grande quantidade de sementes e esporos. Isso segue a premissa básica da vida: quanto 
mais descendentes, maiores são as chances de sobrevivência de uma espécie (principalmente em um ambiente 
desfavorável). 
 
Intermediários ou séries: Os organismos intermediários de uma sucessão ecológica são aqueles que 
começam a se instalar após os pioneiros terem “preparado o ambiente”. Fazem parte desse grupo de seres vivos 
as vegetações arbustivas e herbáceas. Estas plantas possuem um porte um pouco maior que os organismos 
pioneiros, assim promovem um sombreamento no solo, permitindo uma intensificação da umidade e melhorando as 
condições de vida. Por serem um pouco maiores, apresentam também uma produção líquida um pouco menor que 
a dos pioneiros, uma vez que gastam mais matéria orgânica para a sua homeostase e crescimento. 
 
Clímax: A comunidade clímax é a mais complexa da sucessão ecológica. Esta etapa é a mais desenvolvida 
e biodiversa que pode ocorrer em determinado ambiente, pois este grupo de seres vivos explora todos os recursos e 
potencialidade de um local. Em geral, as comunidades clímax apresentam grande biomassa, assim, sua 
produtividade líquida é baixa (apesar das altas taxas de fotossíntese), pois o gasto energético dos seres desse 
ambiente é proporcional ao seu tamanho. As comunidades clímax geralmente apresentam grande diversidade de 
espécies, nichos e relações ecológicas. 
 
 
Sucessão primária e secundária: Uma sucessão ecológica primária é aquela que ocorre em ambientes 
totalmente desabitados (como a ilha rochosa que utilizei como exemplo). Já as sucessões ecológicas 
secundárias são aquelas em que a colonização de seres vivos ocorre em uma região onde antes havia uma 
comunidade bem estabelecida e que foi destruída para dar lugar a plantações, por exemplo. É importante ressaltar 
que mesmo havendo a possibilidade de uma sucessão ecológica secundária, a perda de biodiversidade e das 
relações ecológicas únicas de determinado ecossistema é inestimável. Além disso, para que um ecossistema tenha 
novamente uma comunidade clímax, são necessários muitos anos (até mesmo milhares) para que uma 
nova sucessão ecológica se complete. 
 
Atividade 01 
Responda às perguntas abaixo 
 
1) A ilustração a seguir representa os estágios de uma área inicialmente desabitada onde se instala, ao cabo de 
muitos anos, uma floresta. 
 
 
a) No estágio indicado pelo número 1 são encontrados apenas liquens e só depois de muito tempo são encontradas 
pequenas plantas rasteiras. Por que os liquens aparecem primeiro e só depois aparecem as primeiras plantas? 
b) Um estudante disse que, ao estudar cadeias alimentares, ele aprendeu que a biomassa diminui ao longo da cadeia. 
Por isso, ele afirmou que a biomassa também diminui na sequência indicada na figura. Você concorda com o 
estudante? Por quê? 
c) Suponha que essa área agora ocupada pela floresta seja desmatada e transformada em pastagem e, depois 
de algum tempo, seja abandonada. Com o passar dos anos, o que deve ocorrer no lugar? 
 
2) (UNESP) Considere as afirmativas: 
I. Sucessão ecológica é o nome que se dá ao processo de transformações graduais na constituição das comunidades 
de organismos. 
II. Quando se atinge um estágio de estabilidade em uma sucessão, a comunidade correspondente é a comunidade 
clímax. 
III. Numa sucessão ecológica, a diversidade de espécies aumenta inicialmente, atingindo o ponto mais alto no clímax 
estabilizando-se então. 
IV. Numa sucessão ecológica ocorre aumento de biomassa. 
 
Assinale: 
a) Se todas as afirmativas estiverem incorretas; 
b) Se todas as afirmativas estiverem corretas; 
c) Se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem corretas; 
d) Se somente as afirmativas 1 e 4 estiverem incorretas; 
e) Se somente a afirmativa 4 estiver correta. 
 
3) A 26 de agosto de 1882, a pequena ilha vulcânica de Krakatoa, situada a 41 km de Java, voou pelos ares numa 
tremenda explosão, que foi percebida a mais de 1600 km de distância. Partes da ilha desapareceram completamente 
e as que resistiram foram cobertas por uma camada tão espessa de cinza quente que nenhuma planta ou animal 
sobreviveu. Três anos após a explosão, viu-se que o solo estava coberto de cianofíceas e descobriram-se 11 espécies 
de filicíneas e 15 de fanerógamas. Os animais surgiram logo após as plantas. Em 1889, sete anos após a explosão, 
havia muitos tipos de artrópodos (aranhas, moscas, borboletas, mariposas). Por volta de 1920, a lista de animais 
aumentava para 573 espécies (incluindo representantes de répteis, aves e mamíferos). Dois anos mais tarde, 
Krakatoa estava coberta por uma floresta jovem, mas densa. 
 
A) Como se denomina o fenômeno ecológico ocorrido na ilha de krakatoa a partir da erupção vulcânica até dez 
anos depois? 
B) Qual o papel dos organismos pioneiros no ambiente físico? 
C) Por que no processo de reorganização da natureza em Krakatoa os heterotróficos não poderiam ter sido os 
organismos pioneiros? 
 
4) Com relação à sucessão ecológica: 
A) Diferencie sucessão primária de sucessão secundária. 
B) Por que ocorre um aumento na estabilidade das comunidades durante a sucessão? 
 
5) (Fuvest) Considere dois estágios, X e Y, de um processo de sucessão ecológica. 
No estágio X, há maior biomassa e maior variedade de nichos ecológicos. 
No estágio Y, há maior concentração de espécies pioneiras e a comunidade está sujeita a variações mais intensas. 
A) Qual dos dois estágios representa uma comunidade clímax? 
B) Em qual dos estágios há maior biodiversidade? Justifique sua resposta. 
C) Descreva o balanço entre a incorporação e a liberação de carbono nos estágios X e Y 
 
6) (UFRJ/1992) Dois agricultores possuem, cada um, 10 hectares de mata virgem, que abriga um grande número de 
insetos predadores. O primeiro agricultor derruba a mata e planta seus 10 hectares com soja. O segundo derruba 
60% da sua mata, deixando 40% preservada na forma de várias ilhas de vegetação nativa e planta, na parte 
derrubada, milho, soja e feijão, em áreas iguais. Nenhum dos dois usa defensivos agrícolas (inseticidas). Qual dos 
dois agricultores corre maior risco de ter sua lavoura destruída por pragas? Justifique sua resposta. 
 
7) (UFRJ) No gráfico a seguir, estão representadas as variações de três parâmetros de um ecossistema formado por 
plantas e animais que habitam por cem dias um pequeno charco. Esses parâmetros são: 
 produção primária bruta (formação de matéria orgânica por fotossíntese); 
 taxa de respiração (energia gasta para manter vivos os animais e os vegetais); 
 biomassa (quantidade de matéria orgânica viva dos animais e vegetais do ecossistema). Pela observação do 
gráfico, verifica-se que, a partir do 70o dia, a biomassa para de aumentar. Explique esse fato. 
 
 
 
 
DISCIPLINA: QUÍMICA 
Atividade 01 
 
1) (PUC-Rio – RJ) A seguir está representada a estrutura de uma substância orgânica de origem natural. 
 
Nessa substância estão presentes as funções orgânicas 
a) álcool e éter. 
b) álcool e cetona. 
c) éter e cetona. 
d) éster e aldeído. 
e) éster e ácido carboxílico. 
 
 
2) (FMP – RJ) 
Árvore-da-morte 
Esse é um dos seus nomes conhecidos, usado por quem convive com ela. Seus frutos, muitos parecidos com maçãs, 
são cheirosos,

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