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Manual para análise de PSCIP - INCENDIO - EDNALDO FERNANDO

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ESTADO DE MATO GROSSO 
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR 
DIRETORIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANUAL PARA ANÁLISE DE PROCESSOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 
 
 
 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cuiabá – MT 
2015 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
Este trabalho foi desenvolvido a partir da necessidade de se padronizar procedimentos de análise de Processos de Segurança Contra Incêndio 
e Pânico, em consonância com a Lei Estadual nº 8.399/2005 e demais normas correlatas, que disciplinam o serviço de prevenção em âmbito estadual. 
Dessa forma, baseando-se nas informações colhidas dos analistas, nas sugestões dos responsáveis técnicos e nas doutrinas emanadas por 
vários estudiosos da área, buscou-se elencar os principais aspectos da aprovação de projetos bem como as dificuldades para um trabalho dinâmico, 
objetivando rapidez dentro da legalidade e eficiência, tendo como principal finalidade a segurança das pessoas, a proteção de bens e a satisfação do 
contribuinte. 
Este manual traz de forma clara e rápida a maneira de se observar e analisar um Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, em ordem 
crescente de complexidade, para uma decisão segura e dentro da lei na aprovação dos processos. 
Os assuntos aqui abordados traduzem exclusivamente a didática prevencionista que as normas e legislações já prevêem, de modo a efetivar 
a segurança populacional nas edificações, instalações e locais de risco e garantir a eficiência do socorro. 
É certo que nenhuma lei ou norma contempla todas as situações, tampouco o pretende este manual, porém as informações aqui apresentadas 
servirão de base para as decisões posteriores. 
Seguindo este manual, o analista estará menos sujeito a cometer arbitrariedades e não deixará de exigir o essencial em um PSCIP, além de 
otimizar o tempo desse serviço a fim de melhorar a eficiência em se tratando da celeridade da máquina administrativa. 
 
 
 
 
3 
 
 
 
Ednaldo Fernando Rodrigues – Cap BM 
Autor do Manual 
 
4 
 
1. O PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) ...... 9 
2. DO PROCESSO TÉCNICO (PTec) .............................................................................. 10 
3. DAS MEDIDAS PREVENTIVAS ................................................................................... 19 
3.1 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO .........................................................................19 
3.1.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................19 
3.1.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................20 
3.2 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO ........................................................21 
3.2.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................21 
3.2.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................24 
3.3 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL ..........................................................................24 
3.3.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................25 
3.3.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................27 
3.4 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL .................................................................................28 
3.4.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................28 
3.4.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................30 
3.5 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO ......................32 
3.5.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................32 
3.5.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................32 
3.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ..................................................................................................34 
3.6.1 Escadas ...........................................................................................................................38 
3.6.2 Rampas ...........................................................................................................................41 
3.6.3 O que verificar no memorial? ...........................................................................................42 
3.6.3.1 Para rampas ................................................................................................................43 
5 
 
3.6.3.2 Para Escadas Não Enclausuradas (NE) ....................................................................43 
3.6.3.3 Para Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) ..........................................................44 
3.6.3.4 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça (PF)............................................46 
3.6.3.5 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) ..................47 
3.6.3.6 Para enclausuramento por balcão, varanda ou terraço ...........................................49 
3.6.3.7 Para Escadas Abertas Externas (AE) ........................................................................49 
3.6.4 Para Elevador de emergência ...........................................................................................50 
3.6.5 Área de refúgio ..................................................................................................................51 
3.6.6 considerações sobre a NBR 9050 – Acessibilidade ..........................................................51 
3.6.5 O que verificar em planta? ...............................................................................................53 
3.7 PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO .....................................................................55 
3.7.1 O que verificar no memorial? (Planilha de informações operacionais) .........................55 
3.7.2 O que verificar em planta? (Planta de risco de incêndio) ...............................................55 
3.8 BRIGADA DE INCÊNDIO .....................................................................................................56 
3.8.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................56 
3.9 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ......................................................................................58 
3.9.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................58 
3.9.2 Considerações genéricas para os sistemas centralizados ................................................60 
3.9.3 O que verificar em planta? ...............................................................................................61 
3.10 MONITORAMENTO DE GASES E POEIRAS ..................................................................62 
3.10.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................62 
3.10.2 O que verificar em planta? .............................................................................................62 
3.11 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO ..........................................................................63 
6 
 
3.11.1 Detecção ............................................................................................................................63 
3.11.1.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................63 
3.11.2 Alarme ..............................................................................................................................66
3.11.2.1 Acionadores ...............................................................................................................66 
3.11.2.1.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................66 
3.11.2.2 Avisadores sonoros e/ou visuais ...............................................................................67 
3.11.2.2.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................67 
3.11.3 O que verificar em planta? .............................................................................................67 
3.12 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...................................................................................68 
3.12.1 Sinalização básica ............................................................................................................68 
3.12.1.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................69 
3.12.2 Sinalização complementar ..............................................................................................70 
3.12.2.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................70 
3.12.3 Formas e dimensões .........................................................................................................70 
3.12.4 O que verificar em planta? .............................................................................................71 
3.13 EXTINTORES ........................................................................................................................73 
3.13.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................73 
3.13.2 Extintores sobre rodas .....................................................................................................74 
3.13.3 O que verificar em planta? .............................................................................................74 
3.14 HIDRANTES E MANGOTINHOS .......................................................................................75 
3.14.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................75 
3.14.2 Pressões e vazões mínimas pela NTCB 19 ......................................................................77 
3.14.3 O que verificar em planta? .............................................................................................77 
7 
 
3.15 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS ...........................................................................................79 
3.15.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................79 
3.15.2 O que verificar em planta? .............................................................................................81 
3.16 RESFRIAMENTO E ESPUMA ............................................................................................82 
3.16.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................82 
3.16.1.1 Sistema de combate e resfriamento para tanques verticais .......................................83 
3.16.1.2 Sistema de combate e resfriamento para tanques horizontais ...............................84 
3.16.1.3 Sistemas de espuma para tanques verticais de teto fixo .........................................84 
3.16.1.4 Sistemas de espuma para tanques verticais de teto fixo com teto interno ou selo flutuante 85 
3.16.1.5 Sistemas de espuma para tanques horizontais ........................................................86 
3.16.1.6 Sistemas de espuma para plataformas de carregamento de caminhões-tanques e/ou vagões-tanques 86 
3.16.1.7 Sistema de hidrantes e/ou canhão monitor .............................................................87 
3.16.1.8 Bombas de incêndio ..................................................................................................87 
3.16.2 O que verificar em planta? .............................................................................................89 
3.17 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ......................90 
3.17.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................90 
3.17.2 O que verificar em planta? .............................................................................................92 
3.18 CENTRAL DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO ........................................................93 
3.18.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................94 
3.18.2 O que verificar em planta? .............................................................................................98 
3.19 EVENTOS COM PIROTECNIA (R-105 do Exército Brasileiro) .......................................99 
3.19.1 O que verificar no memorial? .......................................................................................100 
3.19.2 O que verificar em planta?........................................................................................102 
8 
 
4. DOS PROCEDIMENTOS PARA LANÇAMENTO NO SISTEMA DE PROTOCOLO103 
 
9 
 
1. O PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) 
O artigo 6º da Lei Estadual nº 8.399/2005 define: 
“É o conjunto de documentos que tipificam as características de um sistema de segurança contra incêndio e pânico constituído por 
memoriais, planilhas, projetos, armazenagem de produtos perigosos, materiais inflamáveis e outras informações complementares que facilitem a 
análise global da segurança das edificações, instalações e locais de risco.” (Grifo nosso) 
Assim, é salutar comentar que o PSCIP é o meio pelo qual o profissional (engenheiro) “dialoga” com o analista de modo a mostrar o que está 
sendo projetado para a edificação observando-se os preceitos legais. Faz-se mister apontar que é recomendado ao engenheiro não fazer desse “diálogo” 
uma forma exacerbada de se expressar, haja vista se tratar de um meio formal que deve seguir o que a legislação prevê. 
Com o advento da Norma Técnica 01/2009, subdividiu-se o PSCIP em quatro categorias: 
a) Processo Técnico (PTec); 
b) Processo Técnico Simplificado (PTS); 
c) Processo Técnico de Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT); 
d) Processo Técnico de Instalação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP). 
Esta mesma norma já define os documentos que deverão compor os PSCIP´s, sendo que os itens comuns a todos são: 
 Requerimento 
 Folha Resumo 
 Taxas 
 
10 
 
2. DO PROCESSO TÉCNICO (PTec) 
Esta modalidade é, em regra, apresentada obrigatoriamente para edificações com área construída ou a construir acima de 750 m2 ou com 
altura superior a 12 m, ou ainda que apresente carga de incêndio acima de 1.200 Mj/m2, além daquelas situações previstas no item 5.1.1.1 da NTCB 
01/2009. 
Ao receber o PSCIP o analista deve (anexo a este memorial existe uma lista de verificação para facilitar a conferência): 
1) Atestar seu o recebimento pelo Sistema de Protocolo da SAD/MT; 
2) Conferir o recolhimento da TASEG de acordo com o Grupo, a Área e o serviço requerido; 
IMPORTANTE! 
O serviço de análise deve ser feito normalmente mesmo se a taxa correspondente não tiver sido recolhida. E deverá ser contabilizado como 
primeira análise. 
 
3) Conferir o credenciamento do Responsável Técnico através do site do Corpo de Bombeiros através do link “Credenciados”; 
4) Conferir se todas as folhas estão assinadas; 
5) Conferir a existência dos seguintes itens: 
a) Pasta vermelha; 
b) Etiqueta; 
c) Requerimento; 
d) ART1 ou RRT2; 
 
1 Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes
à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à 
"Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART) – Art. 1º da Lei 6.496 de 07 de dezembro de 1977. 
2 Registro de Responsabilidade Técnica - Documento equivalente à ART emitido para os profissionais da Arquitetura e Urbanismo. 
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e) Folha Resumo; 
f) Memorial descritivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico; 
g) Memorial industrial se for de ocupação Industrial; 
h) Cálculo da necessidade do SPDA, e, caso necessário, o respectivo projeto; 
i) Planta (s) de combate a incêndio; 
j) Conjunto de plantas arquitetônicas. 
6) Conferir o preenchimento da Etiqueta; 
- Carga de incêndio: o CNAE da empresa vai definir qual atividade oferece maior risco potencial. Portanto, nem sempre a atividade principal 
é a que tem o maior risco, exemplo: uma edificação com 800 m² de área construída sendo 400 m² de escritório (CNAE 8211-3/00 – D-1 - Carga de 
incêndio 700 Mj/m²) e 400 m² de oficina (CNAE 4520-0/04 – G-4 – Carga de incêndio 300 Mj/m²). Multiplicando-se a área pela carga de incêndio 
específica temos: 
Para D-1: 400 m² x 700 Mj/m² = 280.000 Mj 
Para G-4: 400 m² x 300 Mj/m² = 120.000 Mj 
No Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) poderá constar como atividade principal o CNAE referente à oficina, mas visivelmente não 
será a Ocupação/Divisão que oferecerá maior risco potencial calorífico, ou seja, o risco predominante será o da Divisão D-1; 
12 
 
- Altura: nesse campo a altura computada do piso do nível da descarga até o piso do último pavimento é informada de acordo com a Tabela 
2 da Lei 8.399/2005. Exemplo: abaixo se tem uma edificação com 9 m de altura para os fins a que se destina a lei. Ela será classificada como Tipo III e 
é esta informação que deverá ser colocada nesse campo da Etiqueta. 
 
Observação: quando a edificação tiver somente um pavimento e neste constar um ou mais mezaninos ou assemelhados que somados não 
ultrapassem a 1/3 da área, a edificação será considerada térrea (Tipo I) independente da sua área ou altura. 
7) Conferir o preenchimento do Requerimento: 
- Verificar qual o serviço requerido: Análise, Reanálise, Substituição ou Alteração de dados; 
13 
 
- Os itens 2. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÃO OU LOCAL DE RISCO e 3. IDENTIFICAÇÃO DO (A) 
REQUERENTE deverão ser preenchidos completamente; 
- Quando o requerente não for o proprietário da edificação deve ser apresentada uma procuração original com firma reconhecida transferindo 
os poderes de signatário perante o Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso; 
- No campo População, deve ser informado o número total de pessoas que a edificação comporta conforme o cálculo das Saídas preconizado 
pelo item 5.3 da NTCB 13 e não o número de funcionários ou ocupantes que o proprietário/responsável pelo uso consigna. 
8) Conferir o preenchimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do serviço de elaboração do PSCIP e outros sistemas: 
A ART é documento que atribui toda a autoria na confecção do PSCIP. Neste item o analista verifica se o endereço, CNPJ/CPF e área da 
obra conferem com o que foi apresentado nos outros documentos. 
Atualmente, a ART emitida como atividade técnica Projeto – PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio e Pânico) poderá englobar as 
seguintes medidas preventivas: 
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- Acesso de viatura; 
- Segurança estrutural; 
- Compartimentações; 
- Saídas de emergência; 
- Controle de fumaça; 
- Brigada de incêndio; 
- Sinalização de emergência; 
- Hidrantes e mangotinhos; 
- Resfriamento; 
- Sistema fixo de gases limpos e CO2; 
- Plano de intervenção; 
- Separação entre edificações; 
- Controle de materiais de acabamento; 
- Elevador de emergência; 
- Iluminação de emergência; 
- Alarme de incêndio; 
- Extintores; 
- Chuveiros automáticos; 
- Espuma; 
- Sistema de Proteção Contra Descarga 
Atmosférica (SPDA); 
- Instalação Predial de GLP; 
- Escada Pressurizada; 
- Sistema de Monitoramento, supressão e 
alívio de explosões e/ou poeiras; 
15 
 
9) Conferir o preenchimento da Folha Resumo: 
O item 1 (Identificação da edificação, instalação ou local de risco) da Folha Resumo é idêntico à Etiqueta, portanto, deverá ser 
preenchido igual. Já no item 2 (Características da edificação, instalação ou local de risco), a Discriminação do pavimento/setor deverá indicar 
exatamente a utilização dos setores (recepção, cozinha, sala de cirurgia, apartamentos, etc.). Se em um pavimento existir mais de uma atividade, 
somente aquela que oferecer maior risco potencial será relacionada, porém a área será a total do pavimento. 
Nos itens 3 e 4, devem ser assinalados os itens previstos nas tabelas de 5 a 6 N.1 da Lei 8.399/2005 (repare que mesmo uma medida 
sendo prevista pela Lei, mas tecnicamente inviável o atendimento, ou ainda, isenta pela norma, deve o projetista assinalar e em memorial expor a 
sua justificativa de modo a evitar contratempos nas possíveis Alterações de dados). 
10) Conferir todo o memorial descritivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico 
O memorial é o meio em que o Responsável Técnico3 (RT) esboça através de cálculos e enquadramentos legais as medidas preventivas 
necessárias. Quando o dimensionamento de uma medida preventiva se mostra inviável, o RT deve expor a sua justificativa técnica em memorial 
para que seja submetida à Coordenadoria de Legislação e Pareceres. 
Obs.: quando for um PSCIP de Alteração de Dados ou Substituição, o RT deverá informar logo no início do memorial (item 1 
APRESENTAÇÃO) as alterações a serem realizadas ou o motivo da substituição. 
IMPORTANTE! 
Quando os itens não tiverem alterações (Alteração de dados), deverá ser assim informado: “PERMANECE CONFORME O PSCIP 
N° XXX/ANO APROVADO EM DD/MM/AA”, pois não cabe um redimensionamento estando a medida preventiva já aprovada. 
Quando do preenchimento do item 2 REQUISITOS DA LEGISLAÇÃO, o enquadramento dever seguir rigorosamente as Tabelas de 1 
a 6 da Lei nº 8.399/2005. 
Observações quanto à Tabela 2 - Altura: 
 
3 É profissional de engenharia ou arquitetura que possua curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
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- Se enquadra como TIPO I – Térrea – Um pavimento, quando não exista mais de um pavimento, qualquer que seja a altura do mesmo; 
- A altura é medida do piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento habitável, excluindo-se os pavimentos superiores 
destinados, exclusivamente, a áticos, casa de máquinas, barriletes, reservatórios de água, mezaninos e à unidade duplex do último piso da edificação. 
Observações quanto à Tabela 3 – Carga de Incêndio: 
- A classificação pela Carga de Incêndio define o potencial calorífico de cada setor e da edificação em geral. Deve obedecer a NTCB 
07/2009. 
Obs.: Quando a edificação se enquadrar como Depósito, Armazém de grãos, Secador de grãos e Silo, deve ser apresentado o 
Levantamento da Carga de Incêndio (NTCB 07/2009): 
f
A
HM
fi
q
ii
 
Onde: 
qfi – valor da carga de incêndio específica, em Megajoule por metro quadrado de área de piso 
Mi – massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma 
Hi – potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em Megajoule por quilograma, conforme Tabela 
B.1 da NTCB 01; 
Af – área do piso do compartimento, em metro quadrado. 
Exemplo prático: 
Um depósito com uma área de pavimento de 800 m2 e que estoca 10.000 kg de PVC, 10.000 kg de madeira e 10.000 kg algodão. 
Valor do potencial calorífico de cada material: 
PVC = 17 Mj/kg 
Madeira = 19 Mj/kg 
Algodão = 18 Mj/kg 
17 
 
Substituindo na fórmula teremos: 
 
 
 
 
 
 
Observações quanto à Tabela 4 – Edificações existentes: 
Quando a edificação for enquadrada anteriormente a 23/12/2005, deve ser apresentado qualquer documento original ou autenticado 
emitido por órgão oficial que comprove a construção da edificação anterior
àquela data para que seja considerada como existente (art. 5º, §5º da 
Lei 8.399). Posterior à mesma, considera-se uma edificação nova. E neste ponto cabe um explicativo quanto ao § 7º do art. 5º da Lei, em que, 
numa leitura analítica, extraímos que são considerados prédios a construir aqueles que sofrerem reforma com acréscimo de área além de 10%, e 
assim, exigir-se-ia a substituição do PSCIP, porém a administração pública pode entender que, se esse acréscimo não implicar em 
redimensionamento ou acréscimo de preventivos, não será necessária essa substituição. Mas para tanto, o RT deve atestar essa situação com um 
documento assinado por ele e pelo responsável pela edificação com firma reconhecida. 
Observações quanto à Tabela 5 – Exigências para edificações com área menor que 750 m2 e altura inferior a 12m: 
Esta tabela será usada somente para o PTec, o PTIOT e o PTOTEP conforme enquadramento. Não será utilizada para o PTS. 
O analista deve ficar atento para as notas específicas e genéricas da tabela. 
Observações quanto às Tabelas de 6A a 6N.1 – Exigências para edificações com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12m: 
Importante colocar que nas Tabelas que possuem NOTAS ESPECÍFICAS, os itens que tenham a inscrição “Pode ser substituído por...” 
definem que um dos sistemas deve ser projetado, não isentando a edificação do preventivo correlacionado. 
800
)(10.000x18)(10.000x19)(10.000x17 

fi
q
800
000.54

fi
q
MédioRiscomMj
fi
q ²/675 
18 
 
Exemplo: Ocupação B; Divisão B-1; Altura 6m < H ≤ 12m – A Tabela 6B exige para esta edificação, a Compartimentação Horizontal, 
porém, faculta-se a instalação do sistema de chuveiros automáticos em detrimento da Compartimentação Horizontal. 
Quando do preenchimento do item 3 DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO e dos seus subitens, deve 
ser feito conforme os mementos do item 3 adiante. 
 
19 
 
3. DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 
 
3.1 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 06/2011 – Acesso de viatura na edificação 
O acesso serve para que as viaturas consigam entrar e combater o incêndio e também para que seja possível o resgate de vítimas nas 
edificações. 
 
3.1.1 O que verificar no memorial? 
VIAS 
Largura 
Em geral ≥ 6,0 m 
Ruas principais de acesso às instalações industriais em 
refinarias 
≥ 7,0 m 
Altura livre ≥ 4,50 m 
Capacidade de suporte 25.000 kg em distribuídos em dois eixos 
 
PORTÕES (quando existentes) 
Largura ≥ 4,0 m 
Altura ≥ 4,50 m 
20 
 
Quando as vias de acesso possuírem extensão acima de 45 m, estas devem ter retornos em formato circular (Figura 1), em “Y” (Figura 
2) ou em “T” (Figura 3)4; 
 
 
Obs.: Podem ser usados outros tipos 
de retorno desde que garantam a entrada e saída 
das viaturas. Portanto, o analista deve utilizar o 
princípio da razoabilidade para aproximar a 
sugestão do RT à norma. 
Em caso de Centros esportivos e de 
exibição, os acessos de viaturas devem ser separados das saídas utilizadas para o público, ou seja, as viaturas devem entrar e sair sem terem seu 
deslocamento interrompido pelos transeuntes. 
Nos campos devem ser previstos dois acessos de viaturas em lados ou extremidades opostas e também uma área sinalizada de 20 x 8m 
em local adjacente externo para o posicionamento das viaturas. 
Caso as edificações ou áreas de risco possuam arruamento interno, a previsão de portão de acesso se torna obrigatória. 
 
3.1.2 O que verificar em planta? 
1) Basta que se verifique as larguras, alturas e comprimentos indicados na norma. 
 
4 Figuras extraídas da Instrução Técnica 06/2011 (Acesso de viatura na edificação) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 
Figura 1 Figura 2 Figura 3 
21 
 
3.2 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 08/2011 – Resistência ao fogo dos elementos de construção 
O objetivo de se projetar a segurança estrutural é fornecer elementos para o conjunto estrutural de uma edificação de modo que a 
mesma, em contato com o fogo, suporte um determinado tempo para que seja possível o retardamento da propagação das chamas e do colapso 
estrutural. 
3.2.1 O que verificar no memorial? 
Divisão Altura da edificação TRRF Material utilizado 
Tabela A Tabela A Tabela A 
Caso o RT necessite reduzir o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), deverá fazê-lo conforme o cálculo do Anexo D da 
norma. Sendo que os cálculos não podem reduzir mais que 30 minutos dos TRRF da Tabela A. Esse procedimento pode ser utilizado quando se 
tem edificações existentes e os materiais postos não têm o TRRF da referida tabela. 
Os TRRF resultantes deste cálculo não podem ter valores inferiores a: 
- 15 minutos para edificações do Grupo A; D; E; G e Divisões I-1; I-2; J-1 e J-2; 
- 30 minutos para as demais edificações. 
 
Fórmulas para o cálculo da redução do TRRF: 
teq = 0,07 x qfi x yn x ys x W 
Onde: 
teq – tempo equivalente em minutos 
qfi – carga de incêndio do compartimento analisado em Mj/m2 
22 
 
yn – produto de yn1 x yn2 x yn3 que levam em conta a presença de medidas de proteção ativa 
yn1 = 0,60 se existir chuveiros automáticos 
yn2 = 0,90 se existir Brigada de incêndio 
yn3 = 0,90 se existir detecção automática 
Quando constatada a ausência de algum meio, adotar o yn = 1 
ys – produto de ys1 x y2, onde o primeiro diz a característica da edificação e o segundo o Risco de ativação do incêndio 
 
Para yS1 temos: 
y
S1= 1+ Af 
(h+3)
105
 
Onde: 
1 ≤ yS1 ≤ 3 
Af – área do compartimento analisado em m2 
h – altura do piso habitável mais alto do edifício 
Para yS2 temos: 
 
Valores de 
yS2 
Risco de 
ativação 
Ocupação 
0,85 Pequeno Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu 
1,0 Normal 
Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, 
farmácia, frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório 
fotográfico, indústria de papel, oficina elétrica ou 
mecânica, residência, restaurante, teatro, depósito de: 
produtos farmacêuticos, bebidas alcoólicas, supermercado, 
venda de acessórios de automóveis, depósitos em geral 
1,2 Médio Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica 
1,5 Alto Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis 
 
W – é o fator que relaciona a ventilação do ambiente e a altura do compartimento analisado 
23 
 
 
 W= (
6
H
)
0,3
 
[
 
 
 
0,62+ 
90 (0,4-
Av
Af
)
4
1+12,5 (1+10
Av
Af
)
Ah
Af ]
 
 
 
≥0,5 
 
 
Obs.: Esta equação só é válida quando 0,025 ≤ Av/Af ≤ 0,25 
Onde: 
H – altura do compartimento (m) 
Av – área de ventilação vertical. Ex: janelas, portas e similares. (m2) 
Ah – área de ventilação horizontal – piso (m2) 
Af – área de piso do compartimento analisado (m2) 
 
Exemplo prático: 
Uma escola de 300 m2 térrea com 6m de altura, carga de incêndio de 700 Mj/m2, sem chuveiros automáticos, com brigada de 
incêndio, com detecção automática, com área de ventilação vertical de 13,80 m2. 
Dados: 
Área do compartimento 300 m2 
Altura 6 m 
Carga de incêndio 300 Mj/m2 
Sem chuveiros automáticos yn1 = 1 
Com brigada de incêndio yn2 = 0,90 
Com detecção automática yn3 = 0,90 
yn1 x yn2 x yn3 yn = 0,81 
Área de ventilação vertical 13,80 m2 
 
24 
 
W 2,35 
ys1 1,27 
ys2 0,85 
ys1 x ys2 ys = 1,08 
 
teq = 0,07 x qfi x yn x ys x W 
teq = 0,07 x 300 x 0,81 x 1,08 x 2,03 
teq = 37 minutos 
Como se pode ver, esse método não é válido para essa edificação, pois o tempo mínimo estabelecido pela Tabela A da norma correlata 
já define um tempo de 30 minutos de TRRF para edificação. 
 
3.2.2 O que verificar em planta? 
1) Não há a necessidade de se apresentar uma planta com os dados de TRRF, portanto é opcional, ficando a cargo do responsável 
técnico apresentar. 
 
3.3 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 09/2011 –
Compartimentação horizontal 
Este dispositivo normativo serve com uma barreira para que o fogo e/ou a fumaça proveniente da queima não se propague para outros 
ambientes situados horizontalmente adjacentes, ou seja, para que o fogo seja confinado em somente um ambiente. 
Em alguns casos, estabelecidos pelas tabelas da Lei 8.399/2005, este item poderá ser substituído pelo sistema de Chuveiros 
Automáticos. 
25 
 
Este item está automaticamente dispensado nas áreas destinadas EXCLUSIVAMENTE a estacionamento de veículos, nos demais casos 
deverá ser consultado o Anexo B da Instrução Técnica referenciada. 
3.3.1 O que verificar no memorial? 
Divisão 
Altura 
(m) 
Área da 
edificação (m²) 
Área de 
compartimentação 
(m²) 
Método de 
compartimentação 
TRRF da parede 
ou material 
 
 Anexo B 
 
ITENS DE COMPARTIMENTAÇÃO 
Exemplo: dampers, vedadores corta-fogo, portas corta-fogo, etc. 
 
Divisão 
Altura 
(m) 
Área de 
compartimentação 
(m²) 
Área da 
edificação (m²) 
Método de 
compartimentação 
TRRF da parede 
ou material 
 
 Anexo B 
 
ITENS DE COMPARTIMENTAÇÃO 
Exemplo: dampers, vedadores corta-fogo, portas corta-fogo, etc. 
 
Caso a cobertura (telhado) seja constituída de material combustível, esta parede deve ultrapassá-la em 1 metro (Figuras 4 e 5). 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
Figura 4 – Parede de compartimentação com 1 m acima do telhado (cobertura combustível). 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 – Parede de compartimentação com 1 m acima do telhado (cobertura combustível em níveis diferentes). 
IMPORTANTE! 
 A Compartimentação Horizontal somente isenta a instalação do Sistema de Hidrantes quando a parede corta-fogo atender aos 
seguintes itens: 
1) For prevista como isolamento de risco; 
2) As áreas isoladas (compartimentadas) não forem superiores a 750 m2, ou assim consideradas; 
3) Não possuir aberturas; 
4) Ultrapassar em 1 m os telhados conforme Figuras 4 e 5; 
5) As aberturas situadas em lados opostos devem distar de 2 m entre si. Na impossibilidade, pode ser instalada uma aba vertical de 
0,90m solidária à parede corta-fogo perpendicular ao plano das aberturas (Figura 6)5; 
 
5 Figura extraída da Instrução Técnica 07/2011 (Separação entre edificações – Isolamento de risco) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 
27 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6 
6) Permanecer estável mesmo quando a estrutura do telhado entrar em colapso; 
7) Ter o TRRF igual ao da estrutura principal, porém, não inferior a 120 min. 
 
3.3.2 O que verificar em planta? 
1) Devem ser mostrados os setores compartimentados; 
2) A parede usada na compartimentação deve estar na cor vermelha; 
3) Os prolongamentos normativos. 
28 
 
3.4 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 09/2011 – Compartimentação vertical 
Enquanto que a Compartimentação Horizontal limita a propagação do fogo ou fumaça entre os compartimentos, a Compartimentação 
Vertical restringe ao máximo a propagação entre os pavimentos. 
3.4.1 O que verificar no memorial? 
Elementos a serem considerados 
Vigas ou parapeitos 
Altura 
Exigida ≥ 1,20 m 
Prevista/Existente 
Entrepisos 
Tipo de entrepiso 
Prolongamento 
Exigido ≥ 0,90 m 
Previsto/Existente 
Tipo de enclausuramento (elevador) 
Tipo de enclausuramento (escada) 
Tipo de selagem/vedador 
Dampers 
Tipo cortina corta-fogo 
1) Vigas e/ou parapeito – altura mínima de 1,20 m separando as aberturas dos pavimentos (Figura 7); 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 
 
2) Prolongamento de entrepisos – no mínimo 0,90 m do plano externo da fachada (Figura 8). 
 
30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 
 
Obs.: As edificações de risco baixo podem ter a distância da aba horizontal e a distância da verga até o piso da laje superior somados, 
desde que totalize no mínimo 1,20m; 
Se as fachadas forem envidraçadas, os vidros devem ser corta-fogo. Caso não sejam, é obrigatória a previsão dos elementos acima 
informados (vigas e/ou parapeito ou prolongamento de entrepisos). 
3.4.2 O que verificar em planta? 
1) Devem ser mostrados os detalhes da compartimentação na cor vermelha com as respectivas cotas. 
31 
 
 
32 
 
3.5 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 10/2011 – Controle de materiais de acabamento e revestimento 
Ao prever essa medida, o Responsável Técnico observará a Tabela B.1 situada no Anexo B da Instrução Técnica 10 do CBPMESP, 
objetivando a instalação de materiais que evitem o surgimento do incêndio ou geração de fumaça, ou ainda o impedimento do desenvolvimento 
destes. 
As edificações com área inferior ou igual a 750 m2 e altura menor ou igual a 12 m das Ocupações/Divisões A, C, D, E, F9, F10, G, H1, 
H4, H6, I e J estão isentas do CMAR. 
 
3.5.1 O que verificar no memorial? 
Grupo/Divisão 
FINALIDADE do MATERIAL 
Piso 
(Acabamento/Revestimento) 
Parede e divisória 
(Acabamento/Revestimento) 
Teto e forro 
(Acabamento/Revestimento) 
 Anexo B Anexo B Anexo B 
 
3.5.2 O que verificar em planta? 
1) Basta que se apresente uma planta de corte indicando a classe dos materiais, pois nela é possível visualizar o piso, paredes e teto, 
conforme exemplo da Figura 9. Em se apresentado essa, logicamente se torna desnecessário apresentar uma planta baixa. 
33 
 
Figura 9 - Exemplo de corte para 
indicação dos materiais de acabamento 
 
 
34 
 
3.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA 
Norma de referência: Norma Técnica do CBMMT N° 13 – Saídas de emergência 
Importante ficar bem claro para o analista que a saída de emergência é em todo caso: 
“Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, 
balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido 
pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área 
de refúgio), com garantia de integridade física”. 
A norma que regula o assunto é tida como a “NORMA-MÃE”, pois é a partir dela que se dimensionam outros preventivos. É notório 
também que os grandes incêndios resultaram em números expressivos de vítimas, devido às falhas na sinalização, dimensionamento e situação das 
saídas. A inobservância desta norma faz com que mudanças estruturais se tornem inviáveis e, consequentemente, traz insegurança na evacuação 
das pessoas. 
O analista deve observar que as saídas servem tanto para escoar o público quanto para o acesso das equipes de emergência. 
Apesar de óbvio, é salutar pontuar que o socorrista quando entra em uma edificação para buscar uma vítima, vai percorrer certa distância 
para encontrá-la e uma distância para retornar com a pessoa. Assim, um caminho de 30 m acaba resultando em no mínimo 60 m com uma pessoa 
transportada por outra (profissional de resgate). 
Pontos importantes da norma: 
1) As escadas, rampas e descargas devem ser dimensionadas em razão do pavimento de maior população; 
2) A distância máxima a ser percorrida definida na Tabela 4 (Anexo D) é até o espaço livre exterior, área de refúgio, escada comum de 
saída de emergência, protegida ou à prova de fumaça; 
35 
 
3) Nas edificações TÉRREAS, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, 
sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura máxima de 1,20 m, vão livre com área mínima de 1,20 m2 e nenhuma 
dimensão inferior a 1,00 m (Figura 10); 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 - Dimensões de abertura em edificação 
térrea para efeito de distância a percorrer. 
 
4) As portas das ROTAS DE SAÍDA6 e as das salas7 com capacidade acima de 50 pessoas devem abrir no sentido do trânsito
de saída; 
5) As portas devem ter: 
- 0,80 m, valendo por uma unidade de passagem; 
- 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem; 
- 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem; 
- 2,00 m, valendo por quatro unidades de passagem. 
 
6 Também chamada de rota de fuga. 
7 Sala não é o mesmo que unidade autônoma em ocupações residenciais. 
36 
 
Obs.: quando tiverem mais que 1,20 m deverão ter duas folhas e quando tiverem mais que 2,20 m exige-se coluna central. 
6) As portas podem permanecer abertas, mas devem ter dispositivo para fechamento automático quando necessário. Exemplo: ligada 
com o sistema de detecção; 
7) As portas que dividem os corredores devem ter condições de reter o fogo, a fumaça e ter visor transparente de área mínima de 0,07 
m2, sendo que a altura mínima deve ser de 0,25 m (Figura 11). Esse visor serve para que seja possível identificar se existe alguma vítima no corredor 
sem que se faça necessário abrir a porta ou até mesmo evitar um backdraft8; 
 
 
 
 
 
8 Fenômeno do incêndio em que ocorre uma explosão devido à entrada de ar adicional em um ambiente tomado por combustão incompleta. 
37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 11 – Exemplo de visor 
 
8) As portas das ROTAS DE SAÍDA DE LOCAIS DE REUNIÃO e as das salas com capacidade acima de 200 pessoas devem possuir 
barra antipânico; 
9) Os corrimões podem se projetar até 0,10 m de cada lado garantindo-se, assim, 0,90 m de largura efetiva das escadas; 
10) As áreas de refúgio9 são obrigatórias nas Ocupações E-5, E-6, e H-2 quando a altura for maior que 12 m e na Ocupação H-3 com 
altura superior a 6 m, devendo ser previstas em todos os pavimentos e com área mínima de 50 m²; 
Obs.: as edificações dotadas de área de refúgio terão o benefício da redução das saídas em até 50% desde que haja acesso direto às 
mesmas. 
 
9 Locais protegidos destinados a abrigar pessoas até a chegada da equipe de socorro devendo ser totalmente livre e não armazenar produtos de qualquer natureza. 
38 
 
11) A NBR 9077 não determinava que o corrimão deveria ser em material incombustível. Somente as escadas tinham essa 
obrigatoriedade. Porém, a NTCB 13 faz essa previsão devendo o corrimão ser incombustível com o TRRF no mínimo igual ao da escada; 
12) As larguras mínimas das saídas devem ser conforme a tabela abaixo: 
 
 
 
 
Ocupação/Divisão Largura Componente10 
Todas 1,10 m Todos. 
H-2 1,65 m 
Rampas, escadas, acessos (corredores e 
passagens) e descarga. 
H-3 2,20 m 
Rampas, escadas, acessos á rampas 
(corredores e passagens) e descarga das 
rampas. 
13) Exige-se elevador de emergência11 quando a altura da edificação for superior a 60 m, exceto no Grupo A e na Ocupação H-3 onde 
a exigência será quando a altura for superior a 80 m e 12 m, respectivamente. 
3.6.1 Escadas 
1) Escadas com largura maior que 2,20m devem ter corrimão intermediário a cada 1,80 m, no máximo; 
2) O lanço mínimo de uma escada deve ser de três degraus e o máximo deve ser entre dois patamares consecutivos não ultrapassando 
3,70m de altura (Figura 12); 
 
10 Componentes da saída de emergência conforme item 5.2 da NTCB 13. 
11 O elevador de emergência é um dispositivo que deve estar em caixa enclausurado por paredes com TRRF de 120 min., estar ligado a um grupo moto gerador (GMG) e possuir 
chave reversível no painel de comando que deve se situar na descarga. 
39 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12 
 
3) As Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) devem ter, em todos os pavimentos, janelas abrindo para o espaço livre exterior exceto 
na descarga, onde é facultativo. Contudo devem ainda possuir ventilação permanente inferior, com área de 1,20 m2 no mínimo e largura mínima 
de 0,80 m, junto ao solo para captação de ar puro (Figura 13); 
 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 – Janela abrindo para o espaço livre exterior e ventilação permanente na descarga. 
QUADRO DOS TIPOS DE ESCADAS 
Tipo de escada 
Não 
Enclausurada 
Enclausurada 
Protegida 
Enclausurada 
à Prova de 
Fumaça 
Sigla NE EP PF 
Antecâmara Não Não Sim 
41 
 
Obs.: Ainda não há literatura que 
desconsidere a escada rolante como escada de 
emergência. Então, a escada rolante pode ser utilizada 
como uma escada não enclausurada (NE), devendo a 
mesma ser desativada em caso de incêndio, 
juntamente com a energia elétrica da edificação, para 
evitar quedas. 
3.6.2 Rampas 
1) As rampas podem substituir as escadas; 
2) São obrigatórias nas seguintes condições: 
- Para as ocupações H-2 e H-3, devendo ser previstas para unir os pavimentos que tenham acesso a área de refúgio; 
- Acesso a elevadores de emergência; 
- Se altura a vencer for menor que 0,48 m. 
3) O dimensionamento das rampas é o mesmo para as escadas; 
4) Não se pode ter porta nas rampas; 
5) O corrimão deve ser instalado em duas alturas, 0,70 m e 0,92 m; 
6) A declividade (inclinação) de uma rampa externa não pode ser superior a 10% e quando for interna devem seguir a tabela12 abaixo: 
Ocupação Declividade máxima 
A, B, E, F e H 10% 
D e G 
- 12,5% quando a saída é no sentido de descida 
- 10% quando a saída é no sentido de subida 
 
12 O valor em porcentagem quer dizer, por exemplo, que o valor da altura corresponde a 10% do comprimento. 
Resistência ao fogo 
da caixa e dos 
elementos 
estruturais 
120 min. 120 min. 120 min. 
Resistência ao fogo 
da porta 
30 min. 90 min. 
60 min. para 
acesso à 
antecâmara e 
90 para acesso 
à escada 
42 
 
C, I e J 12,5%13 
 
3.6.3 O que verificar no memorial? 
Um exemplo prático de cálculo de população para nortear o analista: 
Escritório de 700 m²: 
Quantidade de pessoas = 700 m² dividido pro 7 m² (1 pessoa por 7 m² de acordo com a Tabela 3) = 100 pessoas 
ENQUADRAMENTO 
Divisão 
Altura até o piso do último pavimento 
Área do maior pavimento Tabela 1 
Área do pavimento abaixo da soleira de entrada Tabela 1 
Área total Tabela 1 
Classificação quanto às características construtivas Tabela 2 
Área da edificação/setor 
Pessoas/m² Tabela 3 
Quantidade de pessoas (área da edificação/setor 
dividido pela quantidade de pessoas de acordo com 
a Tabela 3) 
 
Quantidade de pessoas por pavimento 
Coeficientes 
Acesso e descarga Tabela 3 
Escadas e rampas Tabela 3 
Portas Tabela 3 
Quantidade de unidades de passagem 
Distância máxima a ser percorrida Tabela 4 
Quantidade de saídas Tabela 5 
 
13 Quando o sentido for ascendente deve ser acrescido 25% na largura da rampa. 
43 
 
Tipo de escada Tabela 5 
 
3.6.3.1 Para rampas 
 
RAMPAS 
Material de construção 
Largura da rampa 
Altura a vencer por lance 
 Máximo de 
3,70 m 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,70 e 0,92 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Patamar 
Quantidade 
Comprimento ≥ 1,10 m 
Largura ≥ 1,10 m 
TRRF da estrutura da rampa 
Declividade Item 5.6.3 
 
3.6.3.2 Para Escadas Não Enclausuradas (NE) 
 
ESCADA NÃO ENCLAUSURADA (NE) 
Material de construção 
Largura da escada ≥ 1,10 m 
Altura a vencer por lanço 
Mínimo de 3 degraus 
Máximo de 3,70 m 
44 
 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,80 a 0,92 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Degraus 
Quantidade 
Altura Entre 16 e 18 cm 
Largura Item 5.7.3.1 
Patamar 
Quantidade 
Comprimento Item 5.7.3.3 
Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 
 
3.6.3.3 Para Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) 
 
ESCADA ENCLAUSURADA
PROTEGIDA (EP) 
Material de construção 
Largura da escada ≥ 1,10 m 
Altura a vencer por lanço 
Mínimo de 3 degraus 
Máximo de 3,70 m 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,80 a 0,92 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Degraus 
Quantidade 
Altura Entre 16 e 18 cm 
Largura Item 5.7.3.1 
45 
 
Patamar 
Quantidade 
Comprimento Item 5.7.3.3 
Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 
TRRF 
Caixa ≥ 120 min 
PCF ≥ 90 min 
Janelas abrindo 
para o espaço livre 
exterior 
Altura do teto ≤ 20 cm 
Altura do piso ≥ 1,10 m 
Largura ≥ 0,80 m 
Área ≥ 0,80 m² 
Janela no término 
da escada 
(superior) 
Altura do teto ≤ 20 cm 
Área ≥ 0,80 m² 
Ventilação 
permanente 
inferior 
Largura ≥ 0,80 m 
Área ≥ 1,20 m² 
 
 
46 
 
3.6.3.4 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça (PF) 
 
ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA (PF) 
Material de construção 
Largura da escada ≥ 1,10 m 
Altura a vencer por lanço 
Mínimo de 3 degraus 
Máximo de 3,70 m 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,80 a 0,92 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Degraus 
Quantidade 
Altura Entre 16 e 18 cm 
Largura Item 5.7.3.1 
Patamar 
Quantidade 
Comprimento Item 5.7.3.3 
Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 
TRRF 
Caixa ≥ 120 min 
PCF entrada na caixa ≥ 90 min 
PCF entrada na antecâmara ≥ 60 min 
Antecâmara 
Comprimento ≥ 1,80 m 
Pé-direito ≥ 2,50 m 
Duto de saída de gases 
Quantidade de antecâmaras (n) 
Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 
Largura ≥ 0,80 m 
Altura em relação à última 
antecâmara 
Item 5.7.11.2 d) 
Altura em relação ao último 
elemento construtivo 
Item 5.7.11.2 d) 
47 
 
Área ≥ 0,84 m² 
Duto de entrada de ar 
Quantidade de antecâmaras (n) 
Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 
Largura ≥ 0,80 m 
Área ≥ 0,84 m² 
Captação de ar fresco Item 5.7.11.4 e) 
 
3.6.3.5 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) 
 
 
ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA PRESSURIZADA (PFP) 
Material de construção 
Largura da escada ≥ 1,10 m 
Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus 
Máximo de 3,70 m 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,80 a 0,92 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Degraus 
Quantidade Entre 16 e 18 cm 
Altura Item 5.7.3.1 
Largura 
Patamar 
Quantidade Item 5.7.3.3 
Comprimento Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 
Largura ≥ 120 min 
TRRF 
Caixa ≥ 90 min 
PCF entrada na caixa ≥ 60 min 
48 
 
Sistema 1 ou 2 estágios 
Quantidade de pavimentos em comunicação com a escada 
Fonte de energia 
Nível de pressurização 1º Estágio Anexo A da IT 13 do CBPMESP 
2º Estágio Anexo A da IT 13 do CBPMESP 
Velocidade do fluxo de ar 
Trecho de captação 
Trecho de distribuição em alvenaria ou gesso acartonado 
Trecho de distribuição em chapa metálica 
Trajetória de escape Série, Paralelo ou Série/Paralelo 
Quantidade PCFs de entrada 
Abertas 
Fechadas 
Quantidade PCFs de saída 
Abertas 
Fechadas 
Suprimento de ar 
Q = 0,827 x A x (P)(1/N) 
Área de restrição/escape (A) 
PCFs abertas 
PCFs 
fechadas 
 
Elevadores 
Janelas 
Total 
Diferencial de pressão (P) 
Índice (N) 
Fluxo de ar (Q) 
49 
 
3.6.3.6 Para enclausuramento por balcão, varanda ou terraço 
ENCLAUSURAMENTO POR BALCÃO, VARRANDA OU TERRAÇO 
TRRF 
PCF entrada na caixa ≥ 90 min 
PCF entrada na antecâmara ≥ 60 min 
Guarda-corpo 
Material 
Altura 
Desnível entre o piso dos compartimentos e o piso da caixa 
de escada 
≤ 30 mm 
Largura da marquise (somente para terraço a céu aberto) ≥ 1,20 m 
Distância da guarda do 
balcão, varanda ou terraço 
Abertura desprotegia do 
próprio prédio 
Item 5.7.12.2 
Divisa do lote Item 5.7.12.2 
 
3.6.3.7 Para Escadas Abertas Externas (AE) 
ESCADA ABERTA EXTERNA (AE) 
Material de construção 
Largura da escada ≥ 1,10 m 
Altura a vencer por lanço 
Mínimo de 3 degraus 
Máximo de 3,70 m 
Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m 
Corrimão 
Altura 0,92 a 1,05 m 
Diâmetro (circular) 38 a 65 mm 
Largura (retangular) 50 a 65 mm 
Afastamento da parede 40 mm 
Degraus 
Quantidade 
Altura Entre 16 e 18 cm 
Largura Item 5.7.3.1 
Patamar 
Quantidade 
Comprimento Item 5.7.3.3 
50 
 
Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 
TRRF 
Estrutura da escada ≥ 120 min 
PCF de acesso ≥ 90 min 
Parede entre a escada aberta e a fachada da 
edificação 
≥ 120 min 
Distância de aberturas desprotegidas Item 5.7.14.1 e) 
 
 
 
 
 
 
 
3.6.4 Para Elevador de emergência 
 
ELEVADOR DE EMERGÊNCIA 
Material da porta Item 5.9.2 b) 
TRRF das paredes Item 5.9.2 a) 
Dimensões da cabine 
Antecâmara 
Comprimento ≥ 1,80 m 
Pé-direito ≥ 2,50 m 
Duto de saída de gases 
Quantidade de antecâmaras (n) 
Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 
Largura ≥ 0,80 m 
Altura em relação à última 
antecâmara 
Item 5.7.11.2 d) 
Altura em relação ao último Item 5.7.11.2 d) 
51 
 
elemento construtivo 
Área ≥ 0,84 m² 
Duto de entrada de ar 
Quantidade de antecâmaras (n) 
Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 
Largura ≥ 0,80 m 
Área ≥ 0,84 m² 
Captação de ar fresco Inferior ou junto ao teto 
 
3.6.5 Área de refúgio 
ÁREA DE REFÚGIO 
TRRF da porta 
TRRF das paredes 
TRRF da estrutura do prédio Item 5.10.1.2 
Área 
 
3.6.6 considerações sobre a NBR 9050 – Acessibilidade 
Alguns apontamentos referentes à segurança contra incêndio e pânico serão feitos neste tópico apenas com o intuito informativo: 
1) Apesar de não ser adotada pelo CBMMT, esta norma considera as Pessoas com Mobilidade Reduzida (P. M. R.)14. 
2) A norma cita o chamado Módulo de Referência (M. R.) que é a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa 
utilizando cadeira de rodas15 (Figura 14)16. 
3) Esse módulo é previsto nas rotas de fuga que dispuserem de escadas e a cada 500 pessoas (Figura 15)17. 
 
14 Segunda a NBR 9050, é a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros. 
15 Definição dada pela NBR 9050. 
16 Figura extraída da NBR 9050. 
17 Figura extraída da NBR 9050. 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 15 
4) Em se tratando de rampas, a norma diz que a largura mínima é de 1,20 m podendo-se considerar os 0,10 m de cada lado dos 
corrimões. 
5) Quanto à inclinação, ela traz a equação e delimita valores sem considerar as ocupações, conforme se segue: 
i= 
h x 100
c
 
53 
 
Onde: 
i – inclinação em porcentagem 
h – altura do desnível em metros 
c – comprimento da projeção horizontal em metros 
 
Desnível em cada segmento (h) Inclinação máxima (i) Comprimento (c) 
1,50 m 5% 30 m 
1,00 m 5% < i ≤ 6,25% 20 m < c ≤ 16 m 
0,80 m 6,25% < i ≤ 8,33% 12,80 m < c ≤ 9,60 m 
6) Para casos de reforma em que não seja possível atender a tabela acima, a norma trata como situações excepcionais e estabelece a 
tabela abaixo: 
 
Desnível em cada segmento (h) Inclinação máxima (i) Comprimento (c) 
0,20 m 8,33% ≤ i < 10% 2,40 m ≤ c < 2,00 m 
0,075 m 10% ≤ i ≤ 12,5% 0,75 m ≤ c < 0,60 m 
7) A NBR 9050 exige corrimão intermediário para escadas e rampas com largura maior que 2,40 m enquanto que a 9077 e a NTCB 
faz somente para as escadas com largura maior que 2,20 m. 
 
3.6.5 O que verificar em planta? 
1) Tipo de escada; 
2) Identificar as barras antipânico (para locais com mais de 200 pessoas) e as portas corta-fogo na cor vermelha; 
3) Lotação máxima do ambiente (opcional); 
4) Os pontos de captação de ar; 
5) Os dutos de entrada e saída de ar; 
54 
 
6) As portas no sentido do fluxo de saída, para locais com mais de 50 pessoas; 
7) A largura das portas e corredores; 
8) A área de refúgio; 
9) Altura do corrimão e guarda-corpo (pode estar na planta de detalhes) 
10) A
declividade das rampas (pode estar na planta de detalhes); 
11) Corte da escada mostrando a secção dos dutos; 
12) Corrimões na cor vermelha. 
55 
 
3.7 PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 16/2011 – Plano de emergência contra incêndio 
O plano de intervenção, equivalente ao plano de emergência do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, aborda 
todos os aspectos para que o Corpo de Bombeiros intervenha no interior da edificação com todas as informações possíveis referentes aos riscos 
presentes. Além disso, esses dados podem ser utilizados pelos próprios ocupantes da edificação. 
Pode-se dizer que o Plano de Intervenção de Incêndio é um resumo de todas as informações para que seja manuseado facilmente. 
Apesar de a Instrução Técnica adotada não definir sobre a obrigatoriedade da apresentação do plano, o CBMMT exigirá conforme as 
tabelas da lei 8.399/2005. 
 
3.7.1 O que verificar no memorial? (Planilha de informações operacionais) 
1) Localização com distância do Corpo de Bombeiros mais próximo; 
2) População total e por setor, inclusive Portadores de Necessidades Especiais; 
3) Horário de funcionamento; 
4) Riscos inerentes à atividade (caldeiras, geradores elétricos, gases tóxicos, gases congelantes, GLP, etc.); 
5) Relação nominal da brigada de incêndio ou outro grupo de apoio; 
6) Procedimento básico de emergência (Quais providências serão adotadas?) 
 
3.7.2 O que verificar em planta? (Planta de risco de incêndio) 
1) Deve ser apresentada uma planta isolada, preferencialmente em escala padronizada e obrigatoriamente em papel A2, A3 ou A4, 
contendo a identificação dos riscos, rotas de fuga e áreas de refúgio. 
56 
 
3.8 BRIGADA DE INCÊNDIO 
Norma de referência: NBR 14276 – Brigada de incêndio 
Quando se trata de brigada, o Analista tem que ter em mente que o legislador previu que o tempo-resposta das equipes de emergência 
não seria suficiente para que as mesmas debelassem as chamas ou evacuassem as pessoas do local sinistrado. 
Ter um “braço” do Corpo de Bombeiros dentro da empresa faz com que a população fixa tenha mais segurança diante de uma situação 
adversa. E é por esses e outros motivos que a NBR 14276 prevê de forma clara a quantidade de pessoas que formarão a brigada e a carga-horária 
dos cursos. 
Faz-se interessante comentar que, em caso de eventos, o Certificado de Brigada deve ser apresentado ainda na fase de análise o PSCIP. 
 
3.8.1 O que verificar no memorial? 
DIMENSONAMENTO 
Divisão Grau de risco Nível de treinamento Quantidade de colaboradores Quantidade de brigadistas 
 Tabela A.1 Tabela A.1 Tabela A.1 e notas 
 
 
MÓDULOS E CARGA HORÁRIA MÍNIMA DO CURSO 
Módulo (Tabela B.1) Carga horária (h) 
Teoria 
Combate a incêndio: Tabela B.2 
Primeiros socorros: Tabela B.2 
Prática Combate a incêndio: Tabela B.2 
57 
 
Primeiros socorros: Tabela B.2 
Carga horária total 
 
 
58 
 
3.9 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA 
Norma de referência: NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência 
A iluminação de emergência é, dentre os itens de segurança, o mais funcional, pois é ela que direciona a saída segura para o espaço 
livre exterior e fornece condições de resgate e manobras emergenciais às equipes de socorro. Enquanto as pessoas não se ativerem à ideia de que 
os preventivos da edificação são para serem utilizadas por elas mesmas, a saída imediata será a única solução. 
O Analista ao visualizar a planta onde constam as luminárias deve se colocar na situação de uma pessoa dentro do ambiente e tentar ao 
máximo vislumbrar um ambiente escuro e cheio de fumaça, aspectos que serão obstrutores das rotas de fuga e saídas de emergência. 
Em motéis que não possuam corredores internos de serviço, a luminária de emergência está dispensada. 
 
3.9.1 O que verificar no memorial? 
ENQUADRAMENTO 
Tipo de sistema Item 4.1 
Autonomia do sistema ≥ 1h 
Tipo de lâmpada 
Altura de instalação 
Fluxo luminoso 
Intensidade máxima do ponto de luz Tabela 1 
Iluminância ao nível do piso Tabela 1 
Ângulo da dispersão da luz 
Tempo de comutação 
Tipo de bateria 
Distância entre os pontos 
Capacidade do reservatório de diesel 
 
59 
 
Tipo de sistema: 
a) Conjunto de blocos autônomos; 
- conforme a NBR existem dois tipos de luminárias as de aclaramento e as de balizamento: 
a.1) Aclaramento 
- tem a função de iluminar o ambiente sendo de 5 lux18 para desníveis e de 3 lux para locais planos; 
- devem permitir o reconhecimento de obstáculos; 
- não podem deixar sombras nos degraus das escadas. 
a.2) Balizamento (iluminação para sinalização) 
- tem a função de indicar as rotas de fuga sinalizando as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas, etc.; 
- devem garantir um fluxo luminoso de 30 lúmens (30 lm)19; 
- é permitido o uso de faixas reflexivas de iluminação no piso ou rodapé dos corredores e escadas, assim como antiderrapantes em 
escadas e rampas indicando as rotas de saída; 
- os pontos de iluminação de sinalização devem ser locados de modo que seja possível a sua visualização a uma distância máxima de 
15 m na direção de saída de cada ponto; 
- A distância entre dois pontos de iluminação de ambiente não pode ser superior a quatro vezes a altura da instalação em relação ao 
nível do piso. 
 
b) Sistema centralizado com baterias recarregáveis; 
- Deve ser exclusivo para a iluminação de emergência. 
 
18 É uma grandeza luminotécnica, chamada de iluminância, que corresponde de à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma superfície de 1 m², ou seja 1 lux = 1 lm/m². 
19 É uma grandeza luminotécnica, chamada de fluxo luminoso, definida como a quantidade total de luz imitida por uma determinada fonte de luz. 1 lúmen = 1 candela (cd - 
vela padrão). 
http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAmen
http://pt.wikipedia.org/wiki/Metro_quadrado
60 
 
 
c) Sistema centralizado com grupo motogerador com arranque automático; 
- o arranque deve ser de no máximo 12 s; 
- o motogerador deve estar sobre uma base, com isoladores de vibrações, dreno com filtro de cascalho para absorver a perda de óleo 
combustível e líquidos lubrificantes e parafuso de dreno no ponto mais baixo; 
- os tanques de armazenamento de combustível, com volume superior ou igual a 200 L, devem ser montados dentro das bacias de 
contenção com dreno e filtro de cascalho. 
GRUPO MOTOGERADOR 
Tempo para arranque automático 
Item 
4.4.1 a) 
Dispositivo para preaquecimento do motor 
Tipo de combustível utilizado 
Quantidade combustível armazenado 
Dimensões da bacia de contenção (para tanques com volume superior a 200 l) 
 
d) Equipamentos portáteis com a alimentação compatível com o tempo de funcionamento exigido. 
- Lanternas e outros, mas que não podem ser usados para indicar saídas de emergência, ou seja, só podem ser previstos como itens 
adicionais de um dos três sistemas acima 
Autonomia do sistema 
- Mínimo de 1 hora de funcionamento com perda máxima de 10% da luminosidade inicial 
3.9.2 Considerações genéricas para os sistemas centralizados 
 
O local deve ser: 
- exclusivo sem acesso ao público em geral e que não obstrua a saída da edificação; 
61 
 
- protegido contra incêndio ou aquecimento por parede que tenham no mínimo TRRF de 2 horas; 
- ter contato com o exterior da edificação para ventilação e, se necessário, possuir dispositivo para retirada mecânica do ar ou gases. 
 
3.9.3 O que verificar em planta? 
 
1) Os pontos de iluminação de emergência (distâncias e alturas); 
2) A localização da central do sistema; 
3) A localização do grupo motogerador, se houver; 
4) Os detalhes da bacia de contenção (dimensões, planta baixa e de corte), se houver; 
5) A possibilidade das luminárias projetarem sombras nos degraus, quinas e objetos, se no ambiente forem locadas somente elas; 
6) Legenda de acordo com as normas. 
 
 
 
62 
 
3.10 MONITORAMENTO
DE GASES E POEIRAS 
Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 27 – Armazenamento em silos 
Considerando que não existe normativa específica para este item e ele só é exigido na Tabela 6N.1 (Silos, armazéns e secadores de 
cereais) da Lei n° 8.399/2005, deve-se utilizar por similaridade a Instrução Técnica 27/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado 
de São Paulo, sendo que deve constar no projeto: 
 
3.10.1 O que verificar no memorial? 
1) Como é coletada a poeira produzida em todos os ambientes. A poeira coletada deve ser filtrada e armazenada em silo situado fora 
do local de risco, devendo ser equipado com dispositivo corta-fogo no duto de conexão e provido de dispositivos de alívio de explosão. 
2) Ventiladores à prova de explosão ou similares em locais confinados para a renovação do ar a partir da retirada de gases e poeiras. 
3) Dispositivo de alívio de explosão nos locais onde haja esse risco. 
4) Dispositivo de aeração dos grãos para evitar a geração de gases através da sua decomposição. 
5) O sistema de respiro dos silos localizado na cobertura. 
6) Sensor de temperatura que deve se situar entre o dispositivo de produção de calor e o secador. 
O Responsável Técnico deverá apresentar de forma sintética como será atendido este item, descrevendo todo o funcionamento do 
sistema adotado. 
 
3.10.2 O que verificar em planta? 
1) A disposição dos silos e armazéns; 
2) A distância de separação mínima de 4 m entre o secador e a fornalha que utilize combustível sólido; 
3) Aterramento (obrigatório); 
63 
 
4) Os locais de coleta da poeira; 
5) Os locais de instalação dos ventiladores; 
6) Detalhes dos dispositivos de alívio; 
7) Locais de instalação dos sensores de temperatura. 
3.11 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO 
Norma de referência: NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme 
3.11.1 Detecção 
 
Outros sistemas podem ser ligados diretamente a esse, tais como: sistemas automáticos de combate, iluminação de emergência, 
fechamento/abertura de portas corta-fogo, desligamento da energia elétrica normal, sistemas de ventilação, dampers de insuflamento e retorno de 
ar, etc. 
O analista deve atentar-se para o tipo de sistema escolhido pelo responsável técnico para verificar a funcionalidade e eficiência dos 
dispositivos nos diversos ambientes, considerando ainda os materiais e os fenômenos que possam acontecer. 
 
3.11.1.1 O que verificar no memorial? 
DETECÇÃO 
Tipo de sistema Item 5.1 
Tipo de teto 
Área de cobertura para o circuito de detecção convencional ≤ 1.600 m² 
Número de circuitos de detecção 
Quantidade de detectores por circuito 
Tipo de detector Item 5.4 
Pontuais 
64 
 
Altura de instalação 
Área de cobertura 
Distância da parede lateral ou vigas 
Distância do teto 
Espaçamento entre detectores 
Lineares 
Distância entre emissor e receptor 
Área de cobertura 
Distância entre os feixes de dois detectores adjacentes 
Quais materiais combustíveis no ambiente 
Distância dos detectores das paredes anteriores 
Distância dos detectores das paredes laterais 
Temperatura 
Típica do ambiente 
Máxima do teto Tabela 1 
Atuação do detector Tabela1 
1) Um ambiente só pode ser protegido por um tipo de detector. É aceito um outro tipo desde que este seja suplementar; 
2) Tipos de detectores: 
- Pontuais de fumaça (óptico ou iônico) 
Altura de instalação: ≤ 8,00 m 
Distância da parede lateral ou vigas: mínimo de 0,15 m 
Distância do teto: entre 0,15 m e 0,30 m 
Espaçamento entre detectores: ≤ 12,60 m 
Condições específicas 
Obstrução* 
Área de ação 
máxima (m2) 
Lado do quadrado 
inscrito (m) 
Raio do 
círculo (m) 
65 
 
 Vigas de até 0,20 m 81,00 
9,00 6,30 Vigas de 0,21 a 0,60 m 54,00 
Vigas maiores que 0,60 m 40,50 
* em relação ao teto 
- Pontuais de temperatura (fixa ou termovelocimétrico) 
Altura de instalação: ≤ 5,00 m 
Obs.: Em tetos planos de altura superior a 5,00 m, reduzem-se as distâncias conforme se segue: 
Altura do local (m) Espaçamento máximo (m) 
≤ 5,0 6,0 
6,0 5,6 
7,0 5,2 
8,0 4,8 
9,0 4,4 
> 10,0 4,0 
Distância da parede lateral ou vigas: mínimo de 0,15 m 
Distância do teto: entre 0,15 m e 0,30 m 
Espaçamento entre detectores: ≤ 6,00 m 
Condições específicas 
Obstrução* 
Área de ação 
máxima (m2) 
Lado do quadrado 
inscrito (m) 
Raio do 
círculo (m) 
 Vigas de até 0,20 m 36,00 
6,00 4,20 Vigas de 0,21 a 0,60 m 24,00 
Vigas maiores que 0,60 m 18,00 
* em relação ao teto 
66 
 
- De chama 
- Lineares de fumaça 
Distância do teto: entre 0,30 m e 1,00 m 
Distância entre emissor e receptor/refletor: ≤ 100 m 
Distância entre os feixes de dois detectores adjacentes: ≤ 15 m 
Distância dos detectores das paredes anteriores: ≤ 3,75 m 
Distância dos detectores das paredes laterais: ≤ 7,50 m 
 
- Lineares de temperatura 
Utilizam-se os mesmos critérios dos detectores pontuais de fumaça 
- De fumaça por amostragem de ar 
Utilizam-se os mesmos critérios dos detectores pontuais de fumaça 
3.11.2 Alarme 
3.11.2.1 Acionadores 
3.11.2.1.1 O que verificar no memorial? 
1) Altura de instalação: entre 0,9 m e 1,35 m; 
2) Distância máxima a ser percorrida até o acionador: ≤ 30 m; 
3) Pelo menos um acionador manual por pavimento e, no caso das Divisões B-1 e B-2, também nos corredores; 
Obs.: Os mezaninos estão dispensados da instalação se a distância a percorrer do ponto mais desfavorável ao acionador for inferior 
a 30 m 
67 
 
3.11.2.2 Avisadores sonoros e/ou visuais 
 
3.11.2.2.1 O que verificar no memorial? 
1) Nível médio de som do ambiente. Em locais com nível sonoro acima de 105 dBA, além de avisadores sonoros devem ser previstos 
avisadores visuais; 
2) Potência sonora do avisador sonoro. Deve ser de 15 dBA acima do nível médio do ambiente ou 5 dBA acima do nível máximo do 
ambiente; 
3.11.3 O que verificar em planta? 
1) A localização dos detectores; 
2) A localização dos sinalizadores sonoros e visuais; 
3) A localização dos acionadores onde ocorre o trânsito de pessoas (áreas de lazer, corredores, saídas de emergência para o exterior, 
etc.); 
4) A localização da central do sistema junto à entrada da edificação. Caso não seja possível, recomenda-se a instalação de um painel 
repetidor ou painel sinóptico20 próximo da entrada; 
5) Espaço livre de 1,00 m² em frente à central; 
6) Altura de instalação da central entre 1,10 m e 1,60 m; 
7) O trajeto da fiação do sistema que deve ser totalmente independente; 
8) Legenda de acordo com as normas. 
 
 
20 Painel que representa graficamente todos os eventos do sistema. 
68 
 
3.12 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA 
Norma de referência: NBR 13434 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico 
A sinalização tem por norma, três objetivos: 
- Reduzir a ocorrência de incêndio ou acidentes; 
- Garantir as ações para o controle e/ou extinção do risco; e, 
- Definir as rotas para o abandono seguro das edificações. 
Existem dois tipos de sinalização: básica e complementar. Sendo ambas obrigatórias de acordo com a exigência normativa. 
3.12.1 Sinalização básica 
 
Temos 4 tipos de sinalização básica: 
1) De proibição; 
2) De alerta; 
3) De orientação e salvamento; 
4) De equipamentos de combate e alarme. 
Lembremos que a norma já define para cada tipo, uma formatação específica: 
Tipo Forma 
Cor do 
fundo 
Cor do símbolo 
Margem 
(opcional) 
Detalhe 
Proibição Circular Branca Preta Vermelha 
Barra diametral 
e faixa circular: 
vermelha 
Alerta Triangular Amarela Preta Amarela -------- 
Orientação e 
salvamento 
Quadrada 
ou 
retangular 
Verde Fotoluminescente Fotoluminescente -------- 
69 
 
Equipamentos 
de combate e 
alarme 
Quadrada 
ou 
retangular 
Vermelha Fotoluminescente Fotoluminescente -------- 
Distâncias e alturas de instalação 
Tipo Altura (m) Entre si (m) 
Distância de 
visualização 
(m) 
Proibição 
≥ 1,80 ≤ 15,00 ≤ 7,50 
Alerta 
Orientação
e 
salvamento 
Rotas ≥ 1,80 ≤ 15,00 ≤ 7,50 
Portas de 
saída 
≤ 0,10 da verga ou 
na porta a 1,80 
----- ----- 
Interior de 
escadas 
1,80 ----- ----- 
Equipamentos de combate ≥ 1,80 ----- 
De acordo com 
o risco 
 
3.12.1.1 O que verificar no memorial? 
 
Sinalização (Básica e/ou Complementar) 
Tipo Forma Cor do fundo Cor do símbolo 
Item 4.1.1.1 (Parte 1) Item 4.2 (Parte 2) Item 4.3 (Parte 2) Item 4.3 (Parte 2) 
 
Dimensões 
70 
 
Distância de 
visualização 
Lado, altura ou 
diâmetro 
Área da placa 
Altura das 
letras 
Altura de 
instalação 
Item 4 (Parte 2) Item 4 (Parte 2) Item 4 (Parte 2) 
Item 4 (Parte 
2) 
Item 5.1 e 5.2 
 
3.12.2 Sinalização complementar 
 
A sinalização complementar define quais são as rotas, identifica os obstáculos/riscos e oferece mensagens específicas para a sinalização 
básica. 
 
3.12.2.1 O que verificar no memorial? 
Tipo Altura (m) Entre si (m) 
Indicação 
continuada 
Piso ----- 
3,00 
Parede Entre 0,25 e 0,50 
Indicação de 
obstáculos 
0,50 
Por toda a 
extensão do 
obstáculo 
 
3.12.3 Formas e dimensões 
 
Agora será exemplificado como dimensionar uma placa de sinalização básica. 
Utilizaremos para o nosso exemplo a identificação de um extintor locado a 25 m do operador. 
1º Passo – Identificar a distância máxima do observador à placa (L) 
Como o equipamento está a 25 m e a placa deve ser situada logo acima do mesmo, temos que a distância também será de 25 m. 
2º Passo – Utilizar a fórmula para saber a área mínima da placa 
71 
 
A > 
L2
2000
 → A > 
252
2000
 → A > 
625
2000
 
A > 0,3125 m2 
Assim, definimos a área da placa para o nosso extintor localizado a 25 m do operador. Para saber as dimensões da placa (lados), 
devemos escolher o formato geométrico, quadrado ou retangular. Optaremos pelo formato quadrado, dessa forma temos: 
 
Área do quadrado = (Lado do quadrado)2 
0,3125 = (Lado do quadrado)2 
Lado do quadrado = √0,3125 
Lado do quadrado = 0,56 m = 56 cm 
 
Como o quadrado tem os lados iguais, a largura e altura da placa terão a mesma medida, ou seja, 56 cm. 
Caso for utilizar letras basta que use da fórmula seguinte para saber a altura (h) das mesmas: 
h> 
L
125
 → h> 
25
125
 
h> 0,20 m 
O item 6 da Parte 1 da norma não será considerado haja vista o CBMMT ter adotado a NBR 14100 para a simbologia em planta, de 
outra sorte o projeto perde a sua finalidade ao receber várias informações que são redundantes, ficando também “poluído”. 
3.12.4 O que verificar em planta? 
1) Localização das sinalizações; 
2) Distâncias acima informadas; 
72 
 
3) Um modelo em escala na planta de detalhes de cada sinalização a ser colocada na edificação, demonstrando as cores e 
dimensionamentos; 
4) Legenda de acordo com as normas. 
73 
 
3.13 EXTINTORES 
Norma de referência: Decreto Estadual n° 857 – Especificação para instalação de proteção contra incêndio 
Os extintores são os melhores aliados para o combate aos princípios de incêndio. Pede-se atenção para o fato deles serem utilizados 
somente nos princípios de incêndio. Pois a sua pequena carga demanda um tempo muito curto de combate. 
No CBMMT, o Decreto estabelece os seguintes parâmetros para que seja computada 01 (uma) unidade extintora: 
Tipo Quantidade de aparelhos e de agente 
Espuma 1 de 10 litros 
Gás carbônico 1 de 6 quilos ou 2 de 4 quilos 
Pó Químico Seco 1 de 4 quilos 
Água pressurizada 1 de 10 litros 
 
3.13.1 O que verificar no memorial? 
1) Tipo de material (classe) existente no ambiente; 
2) Risco; 
3) Área de cobertura real do extintor; 
4) Distância real a percorrer para localizar um aparelho extintor; 
5) Tipo de extintor locado; 
6) Capacidade extintora do aparelho; 
7) Carga nominal do agente extintor; 
8) Altura de instalação do aparelho. 
O Decreto 857/1984 define a área máxima de cobertura por unidade extintora e a distância máxima a ser percorrida até se encontra 
uma, tudo em função do risco: 
74 
 
Risco Área de cobertura (m2) Distância a percorrer (m) 
Baixo 500 25 
Médio 300 20 
Alto 200 15 
3.13.2 Extintores sobre rodas 
1) Quando se tratar de extintores sobre rodas deverá ser acrescido 50% do valor da distância: 
Exemplo: escolhido um extintor sobre rodas para a classe de risco baixo, a distância máxima passará a ser 37,50 m (25 + 12,50); 
2) Só será computada metade da sua capacidade para a quantificação de unidade extintora: 
Exemplo: escolhido um extintor sobre rodas de Pó Químico Seco de 20 kg (20 B), este computará somente 10 B; 
3) A edificação poderá ter somente metade da sua área protegida por extintores sobre rodas. 
3.13.3 O que verificar em planta? 
 
1) Localização do extintor em fácil acesso; 
2) Estar visível o tempo todo; 
3) O extintor não pode ser locado nas escadas, pois podem obstruir o caminhamento seguro das pessoas para fora da edificação; 
4) Cada pavimento deverá ter no mínimo duas unidades extintoras; 
5) Legenda de acordo com as normas. 
 
 
75 
 
3.14 HIDRANTES E MANGOTINHOS 
Norma de referência: Norma Técnica do CBMMT N° 19 – Sistema de proteção por hidrantes ou mangotinhos 
3.14.1 O que verificar no memorial? 
1) Quando interno, o hidrante poderá ter no máximo 30 m de mangueira; 
2) Quando interno e externo, o hidrante externo poderá ter no máximo 60 m de mangueira desde que esteja afastado a, no mínimo, 15 
m da edificação a ser protegida; 
3) No caso de a edificação ter hidrantes externos e internos, estes últimos deverão ser cobertos por uma linha de mangueira, no mínimo 
(Figura 16): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
76 
 
Figura 16 - Ilustrativa 
4) O diâmetro mínimo da canalização de alimentação do sistema é de 63mm. Na NBR é admitida a canalização de 50 mm para o 
sistema de mangotinhos; 
5) A NTCB 19 especifica o que antes não estava claro e diz respeito ao material que deverá ser fabricado o reservatório de água do 
sistema. O item 6.2.3.2 diz que ele deve ser totalmente fechado, construído em concreto armado ou metálico, mas se ainda assim o responsável 
quiser ter um outro tipo de reservatório, deve ser apresentado um laudo técnico do ensaio laboratorial que comprove a resistência ao fogo de no 
mínimo 2 horas. 
6) A pressão em qualquer ponto do sistema não pode ser superior a 100 mca. 
 
 
7) As pressões e vazões obedecem à seguinte fórmula geral: 
Q = 0,2046 x d2 x √P 
Onde: 
Q – vazão em l/min 
d – diâmetro do bocal em mm 
P – pressão em mca 
 
8) Planilha do cálculo. Os pontos mais importantes do memorial estão elencados na tabela abaixo: 
 
Tipo de reservatório Acionamento do sistema 
Item 6.2.3 
Esguicho Mangueira 
Tipo Diâmetro Metragem Diâmetro 
77 
 
Tabela 1 Tabela 1 Item 5.6.8 Tabela 1 
Hidrantes 
Instalados Desfavoráveis Pressão Vazão por hidrante 
Tabela 2 Tabela 2 Tabela 1 Tabela 1 
 
Bomba 
Acionamento 
Vazão 
Potência Altura manométrica 
l/min m³/h 
 
Velocidade real da água na 
tubulação 
Reserva Técnica para Incêndio 
Capacidade Tempo para cálculo 
Sucção Recalque 
Tabela 2 Item 6.2.6 
Item 5.3.6 Item 5.3.6 
Tubulação Diâmetro da 
canalização de 
sucção 
Diâmetro da canalização de 
recalque Material 
Hazen 
Willians 
Tabela 3 Tabela 3 Item 5.3.2 Item 5.3.1 
 
3.14.2 Pressões e vazões mínimas pela NTCB 19 
Risco 
Diâmetro do 
esguicho na posição 
de maior vazão 
(mm) 
Vazão 
(L/min) 
Pressão 
(mca) 
Baixo 251 13 852 100 62 10 
Médio 16 200 15 
Alto 19 300 17 
1 Mangotinho 
2 Somente para edificações do Grupo A 
3.14.3 O que verificar em planta? 
1) A localização dos abrigos e tomadas, obedecendo a distância máxima de 5 metros das saídas; 
78 
 
2) Válvula de retenção instalada na saída do reservatório, quando o mesmo for superior e na saída da bomba quando for ao nível do 
solo ou subterrâneo. Não é regulamentar a instalação próxima ao hidrante de recalque, mas pode ser apresentada com vistas à prevenção contra 
atos de vandalismo; 
3) Isométrico com as devidas cotas e diâmetro

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