Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
ESTADO DE MATO GROSSO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DIRETORIA DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO MANUAL PARA ANÁLISE DE PROCESSOS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO 1 Cuiabá – MT 2015 2 APRESENTAÇÃO Este trabalho foi desenvolvido a partir da necessidade de se padronizar procedimentos de análise de Processos de Segurança Contra Incêndio e Pânico, em consonância com a Lei Estadual nº 8.399/2005 e demais normas correlatas, que disciplinam o serviço de prevenção em âmbito estadual. Dessa forma, baseando-se nas informações colhidas dos analistas, nas sugestões dos responsáveis técnicos e nas doutrinas emanadas por vários estudiosos da área, buscou-se elencar os principais aspectos da aprovação de projetos bem como as dificuldades para um trabalho dinâmico, objetivando rapidez dentro da legalidade e eficiência, tendo como principal finalidade a segurança das pessoas, a proteção de bens e a satisfação do contribuinte. Este manual traz de forma clara e rápida a maneira de se observar e analisar um Processo de Segurança Contra Incêndio e Pânico, em ordem crescente de complexidade, para uma decisão segura e dentro da lei na aprovação dos processos. Os assuntos aqui abordados traduzem exclusivamente a didática prevencionista que as normas e legislações já prevêem, de modo a efetivar a segurança populacional nas edificações, instalações e locais de risco e garantir a eficiência do socorro. É certo que nenhuma lei ou norma contempla todas as situações, tampouco o pretende este manual, porém as informações aqui apresentadas servirão de base para as decisões posteriores. Seguindo este manual, o analista estará menos sujeito a cometer arbitrariedades e não deixará de exigir o essencial em um PSCIP, além de otimizar o tempo desse serviço a fim de melhorar a eficiência em se tratando da celeridade da máquina administrativa. 3 Ednaldo Fernando Rodrigues – Cap BM Autor do Manual 4 1. O PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) ...... 9 2. DO PROCESSO TÉCNICO (PTec) .............................................................................. 10 3. DAS MEDIDAS PREVENTIVAS ................................................................................... 19 3.1 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO .........................................................................19 3.1.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................19 3.1.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................20 3.2 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO ........................................................21 3.2.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................21 3.2.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................24 3.3 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL ..........................................................................24 3.3.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................25 3.3.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................27 3.4 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL .................................................................................28 3.4.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................28 3.4.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................30 3.5 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO ......................32 3.5.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................32 3.5.2 O que verificar em planta? ...............................................................................................32 3.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA ..................................................................................................34 3.6.1 Escadas ...........................................................................................................................38 3.6.2 Rampas ...........................................................................................................................41 3.6.3 O que verificar no memorial? ...........................................................................................42 3.6.3.1 Para rampas ................................................................................................................43 5 3.6.3.2 Para Escadas Não Enclausuradas (NE) ....................................................................43 3.6.3.3 Para Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) ..........................................................44 3.6.3.4 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça (PF)............................................46 3.6.3.5 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) ..................47 3.6.3.6 Para enclausuramento por balcão, varanda ou terraço ...........................................49 3.6.3.7 Para Escadas Abertas Externas (AE) ........................................................................49 3.6.4 Para Elevador de emergência ...........................................................................................50 3.6.5 Área de refúgio ..................................................................................................................51 3.6.6 considerações sobre a NBR 9050 – Acessibilidade ..........................................................51 3.6.5 O que verificar em planta? ...............................................................................................53 3.7 PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO .....................................................................55 3.7.1 O que verificar no memorial? (Planilha de informações operacionais) .........................55 3.7.2 O que verificar em planta? (Planta de risco de incêndio) ...............................................55 3.8 BRIGADA DE INCÊNDIO .....................................................................................................56 3.8.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................56 3.9 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA ......................................................................................58 3.9.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................................58 3.9.2 Considerações genéricas para os sistemas centralizados ................................................60 3.9.3 O que verificar em planta? ...............................................................................................61 3.10 MONITORAMENTO DE GASES E POEIRAS ..................................................................62 3.10.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................62 3.10.2 O que verificar em planta? .............................................................................................62 3.11 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO ..........................................................................63 6 3.11.1 Detecção ............................................................................................................................63 3.11.1.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................63 3.11.2 Alarme ..............................................................................................................................66 3.11.2.1 Acionadores ...............................................................................................................66 3.11.2.1.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................66 3.11.2.2 Avisadores sonoros e/ou visuais ...............................................................................67 3.11.2.2.1 O que verificar no memorial? ...........................................................................67 3.11.3 O que verificar em planta? .............................................................................................67 3.12 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA ...................................................................................68 3.12.1 Sinalização básica ............................................................................................................68 3.12.1.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................69 3.12.2 Sinalização complementar ..............................................................................................70 3.12.2.1 O que verificar no memorial? ..................................................................................70 3.12.3 Formas e dimensões .........................................................................................................70 3.12.4 O que verificar em planta? .............................................................................................71 3.13 EXTINTORES ........................................................................................................................73 3.13.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................73 3.13.2 Extintores sobre rodas .....................................................................................................74 3.13.3 O que verificar em planta? .............................................................................................74 3.14 HIDRANTES E MANGOTINHOS .......................................................................................75 3.14.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................75 3.14.2 Pressões e vazões mínimas pela NTCB 19 ......................................................................77 3.14.3 O que verificar em planta? .............................................................................................77 7 3.15 CHUVEIROS AUTOMÁTICOS ...........................................................................................79 3.15.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................79 3.15.2 O que verificar em planta? .............................................................................................81 3.16 RESFRIAMENTO E ESPUMA ............................................................................................82 3.16.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................82 3.16.1.1 Sistema de combate e resfriamento para tanques verticais .......................................83 3.16.1.2 Sistema de combate e resfriamento para tanques horizontais ...............................84 3.16.1.3 Sistemas de espuma para tanques verticais de teto fixo .........................................84 3.16.1.4 Sistemas de espuma para tanques verticais de teto fixo com teto interno ou selo flutuante 85 3.16.1.5 Sistemas de espuma para tanques horizontais ........................................................86 3.16.1.6 Sistemas de espuma para plataformas de carregamento de caminhões-tanques e/ou vagões-tanques 86 3.16.1.7 Sistema de hidrantes e/ou canhão monitor .............................................................87 3.16.1.8 Bombas de incêndio ..................................................................................................87 3.16.2 O que verificar em planta? .............................................................................................89 3.17 SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ......................90 3.17.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................90 3.17.2 O que verificar em planta? .............................................................................................92 3.18 CENTRAL DE GÁS LIQUEFEITO DE PETRÓLEO ........................................................93 3.18.1 O que verificar no memorial? .........................................................................................94 3.18.2 O que verificar em planta? .............................................................................................98 3.19 EVENTOS COM PIROTECNIA (R-105 do Exército Brasileiro) .......................................99 3.19.1 O que verificar no memorial? .......................................................................................100 3.19.2 O que verificar em planta?........................................................................................102 8 4. DOS PROCEDIMENTOS PARA LANÇAMENTO NO SISTEMA DE PROTOCOLO103 9 1. O PROCESSO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO (PSCIP) O artigo 6º da Lei Estadual nº 8.399/2005 define: “É o conjunto de documentos que tipificam as características de um sistema de segurança contra incêndio e pânico constituído por memoriais, planilhas, projetos, armazenagem de produtos perigosos, materiais inflamáveis e outras informações complementares que facilitem a análise global da segurança das edificações, instalações e locais de risco.” (Grifo nosso) Assim, é salutar comentar que o PSCIP é o meio pelo qual o profissional (engenheiro) “dialoga” com o analista de modo a mostrar o que está sendo projetado para a edificação observando-se os preceitos legais. Faz-se mister apontar que é recomendado ao engenheiro não fazer desse “diálogo” uma forma exacerbada de se expressar, haja vista se tratar de um meio formal que deve seguir o que a legislação prevê. Com o advento da Norma Técnica 01/2009, subdividiu-se o PSCIP em quatro categorias: a) Processo Técnico (PTec); b) Processo Técnico Simplificado (PTS); c) Processo Técnico de Instalação e Ocupação Temporária (PTIOT); d) Processo Técnico de Instalação Temporária em Edificação Permanente (PTOTEP). Esta mesma norma já define os documentos que deverão compor os PSCIP´s, sendo que os itens comuns a todos são: Requerimento Folha Resumo Taxas 10 2. DO PROCESSO TÉCNICO (PTec) Esta modalidade é, em regra, apresentada obrigatoriamente para edificações com área construída ou a construir acima de 750 m2 ou com altura superior a 12 m, ou ainda que apresente carga de incêndio acima de 1.200 Mj/m2, além daquelas situações previstas no item 5.1.1.1 da NTCB 01/2009. Ao receber o PSCIP o analista deve (anexo a este memorial existe uma lista de verificação para facilitar a conferência): 1) Atestar seu o recebimento pelo Sistema de Protocolo da SAD/MT; 2) Conferir o recolhimento da TASEG de acordo com o Grupo, a Área e o serviço requerido; IMPORTANTE! O serviço de análise deve ser feito normalmente mesmo se a taxa correspondente não tiver sido recolhida. E deverá ser contabilizado como primeira análise. 3) Conferir o credenciamento do Responsável Técnico através do site do Corpo de Bombeiros através do link “Credenciados”; 4) Conferir se todas as folhas estão assinadas; 5) Conferir a existência dos seguintes itens: a) Pasta vermelha; b) Etiqueta; c) Requerimento; d) ART1 ou RRT2; 1 Todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia fica sujeito à "Anotação de Responsabilidade Técnica" (ART) – Art. 1º da Lei 6.496 de 07 de dezembro de 1977. 2 Registro de Responsabilidade Técnica - Documento equivalente à ART emitido para os profissionais da Arquitetura e Urbanismo. 11 e) Folha Resumo; f) Memorial descritivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico; g) Memorial industrial se for de ocupação Industrial; h) Cálculo da necessidade do SPDA, e, caso necessário, o respectivo projeto; i) Planta (s) de combate a incêndio; j) Conjunto de plantas arquitetônicas. 6) Conferir o preenchimento da Etiqueta; - Carga de incêndio: o CNAE da empresa vai definir qual atividade oferece maior risco potencial. Portanto, nem sempre a atividade principal é a que tem o maior risco, exemplo: uma edificação com 800 m² de área construída sendo 400 m² de escritório (CNAE 8211-3/00 – D-1 - Carga de incêndio 700 Mj/m²) e 400 m² de oficina (CNAE 4520-0/04 – G-4 – Carga de incêndio 300 Mj/m²). Multiplicando-se a área pela carga de incêndio específica temos: Para D-1: 400 m² x 700 Mj/m² = 280.000 Mj Para G-4: 400 m² x 300 Mj/m² = 120.000 Mj No Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) poderá constar como atividade principal o CNAE referente à oficina, mas visivelmente não será a Ocupação/Divisão que oferecerá maior risco potencial calorífico, ou seja, o risco predominante será o da Divisão D-1; 12 - Altura: nesse campo a altura computada do piso do nível da descarga até o piso do último pavimento é informada de acordo com a Tabela 2 da Lei 8.399/2005. Exemplo: abaixo se tem uma edificação com 9 m de altura para os fins a que se destina a lei. Ela será classificada como Tipo III e é esta informação que deverá ser colocada nesse campo da Etiqueta. Observação: quando a edificação tiver somente um pavimento e neste constar um ou mais mezaninos ou assemelhados que somados não ultrapassem a 1/3 da área, a edificação será considerada térrea (Tipo I) independente da sua área ou altura. 7) Conferir o preenchimento do Requerimento: - Verificar qual o serviço requerido: Análise, Reanálise, Substituição ou Alteração de dados; 13 - Os itens 2. IDENTIFICAÇÃO DA EDIFICAÇÃO, INSTALAÇÃO OU LOCAL DE RISCO e 3. IDENTIFICAÇÃO DO (A) REQUERENTE deverão ser preenchidos completamente; - Quando o requerente não for o proprietário da edificação deve ser apresentada uma procuração original com firma reconhecida transferindo os poderes de signatário perante o Corpo de Bombeiros do Estado de Mato Grosso; - No campo População, deve ser informado o número total de pessoas que a edificação comporta conforme o cálculo das Saídas preconizado pelo item 5.3 da NTCB 13 e não o número de funcionários ou ocupantes que o proprietário/responsável pelo uso consigna. 8) Conferir o preenchimento da Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do serviço de elaboração do PSCIP e outros sistemas: A ART é documento que atribui toda a autoria na confecção do PSCIP. Neste item o analista verifica se o endereço, CNPJ/CPF e área da obra conferem com o que foi apresentado nos outros documentos. Atualmente, a ART emitida como atividade técnica Projeto – PPCI (Plano de Prevenção Contra Incêndio e Pânico) poderá englobar as seguintes medidas preventivas: 14 - Acesso de viatura; - Segurança estrutural; - Compartimentações; - Saídas de emergência; - Controle de fumaça; - Brigada de incêndio; - Sinalização de emergência; - Hidrantes e mangotinhos; - Resfriamento; - Sistema fixo de gases limpos e CO2; - Plano de intervenção; - Separação entre edificações; - Controle de materiais de acabamento; - Elevador de emergência; - Iluminação de emergência; - Alarme de incêndio; - Extintores; - Chuveiros automáticos; - Espuma; - Sistema de Proteção Contra Descarga Atmosférica (SPDA); - Instalação Predial de GLP; - Escada Pressurizada; - Sistema de Monitoramento, supressão e alívio de explosões e/ou poeiras; 15 9) Conferir o preenchimento da Folha Resumo: O item 1 (Identificação da edificação, instalação ou local de risco) da Folha Resumo é idêntico à Etiqueta, portanto, deverá ser preenchido igual. Já no item 2 (Características da edificação, instalação ou local de risco), a Discriminação do pavimento/setor deverá indicar exatamente a utilização dos setores (recepção, cozinha, sala de cirurgia, apartamentos, etc.). Se em um pavimento existir mais de uma atividade, somente aquela que oferecer maior risco potencial será relacionada, porém a área será a total do pavimento. Nos itens 3 e 4, devem ser assinalados os itens previstos nas tabelas de 5 a 6 N.1 da Lei 8.399/2005 (repare que mesmo uma medida sendo prevista pela Lei, mas tecnicamente inviável o atendimento, ou ainda, isenta pela norma, deve o projetista assinalar e em memorial expor a sua justificativa de modo a evitar contratempos nas possíveis Alterações de dados). 10) Conferir todo o memorial descritivo das medidas de segurança contra incêndio e pânico O memorial é o meio em que o Responsável Técnico3 (RT) esboça através de cálculos e enquadramentos legais as medidas preventivas necessárias. Quando o dimensionamento de uma medida preventiva se mostra inviável, o RT deve expor a sua justificativa técnica em memorial para que seja submetida à Coordenadoria de Legislação e Pareceres. Obs.: quando for um PSCIP de Alteração de Dados ou Substituição, o RT deverá informar logo no início do memorial (item 1 APRESENTAÇÃO) as alterações a serem realizadas ou o motivo da substituição. IMPORTANTE! Quando os itens não tiverem alterações (Alteração de dados), deverá ser assim informado: “PERMANECE CONFORME O PSCIP N° XXX/ANO APROVADO EM DD/MM/AA”, pois não cabe um redimensionamento estando a medida preventiva já aprovada. Quando do preenchimento do item 2 REQUISITOS DA LEGISLAÇÃO, o enquadramento dever seguir rigorosamente as Tabelas de 1 a 6 da Lei nº 8.399/2005. Observações quanto à Tabela 2 - Altura: 3 É profissional de engenharia ou arquitetura que possua curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho. 16 - Se enquadra como TIPO I – Térrea – Um pavimento, quando não exista mais de um pavimento, qualquer que seja a altura do mesmo; - A altura é medida do piso do pavimento térreo até o piso do último pavimento habitável, excluindo-se os pavimentos superiores destinados, exclusivamente, a áticos, casa de máquinas, barriletes, reservatórios de água, mezaninos e à unidade duplex do último piso da edificação. Observações quanto à Tabela 3 – Carga de Incêndio: - A classificação pela Carga de Incêndio define o potencial calorífico de cada setor e da edificação em geral. Deve obedecer a NTCB 07/2009. Obs.: Quando a edificação se enquadrar como Depósito, Armazém de grãos, Secador de grãos e Silo, deve ser apresentado o Levantamento da Carga de Incêndio (NTCB 07/2009): f A HM fi q ii Onde: qfi – valor da carga de incêndio específica, em Megajoule por metro quadrado de área de piso Mi – massa total de cada componente i do material combustível, em quilograma Hi – potencial calorífico específico de cada componente i do material combustível, em Megajoule por quilograma, conforme Tabela B.1 da NTCB 01; Af – área do piso do compartimento, em metro quadrado. Exemplo prático: Um depósito com uma área de pavimento de 800 m2 e que estoca 10.000 kg de PVC, 10.000 kg de madeira e 10.000 kg algodão. Valor do potencial calorífico de cada material: PVC = 17 Mj/kg Madeira = 19 Mj/kg Algodão = 18 Mj/kg 17 Substituindo na fórmula teremos: Observações quanto à Tabela 4 – Edificações existentes: Quando a edificação for enquadrada anteriormente a 23/12/2005, deve ser apresentado qualquer documento original ou autenticado emitido por órgão oficial que comprove a construção da edificação anterior àquela data para que seja considerada como existente (art. 5º, §5º da Lei 8.399). Posterior à mesma, considera-se uma edificação nova. E neste ponto cabe um explicativo quanto ao § 7º do art. 5º da Lei, em que, numa leitura analítica, extraímos que são considerados prédios a construir aqueles que sofrerem reforma com acréscimo de área além de 10%, e assim, exigir-se-ia a substituição do PSCIP, porém a administração pública pode entender que, se esse acréscimo não implicar em redimensionamento ou acréscimo de preventivos, não será necessária essa substituição. Mas para tanto, o RT deve atestar essa situação com um documento assinado por ele e pelo responsável pela edificação com firma reconhecida. Observações quanto à Tabela 5 – Exigências para edificações com área menor que 750 m2 e altura inferior a 12m: Esta tabela será usada somente para o PTec, o PTIOT e o PTOTEP conforme enquadramento. Não será utilizada para o PTS. O analista deve ficar atento para as notas específicas e genéricas da tabela. Observações quanto às Tabelas de 6A a 6N.1 – Exigências para edificações com área superior a 750 m2 ou altura superior a 12m: Importante colocar que nas Tabelas que possuem NOTAS ESPECÍFICAS, os itens que tenham a inscrição “Pode ser substituído por...” definem que um dos sistemas deve ser projetado, não isentando a edificação do preventivo correlacionado. 800 )(10.000x18)(10.000x19)(10.000x17 fi q 800 000.54 fi q MédioRiscomMj fi q ²/675 18 Exemplo: Ocupação B; Divisão B-1; Altura 6m < H ≤ 12m – A Tabela 6B exige para esta edificação, a Compartimentação Horizontal, porém, faculta-se a instalação do sistema de chuveiros automáticos em detrimento da Compartimentação Horizontal. Quando do preenchimento do item 3 DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO E PÂNICO e dos seus subitens, deve ser feito conforme os mementos do item 3 adiante. 19 3. DAS MEDIDAS PREVENTIVAS 3.1 ACESSO DE VIATURA NA EDIFICAÇÃO Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 06/2011 – Acesso de viatura na edificação O acesso serve para que as viaturas consigam entrar e combater o incêndio e também para que seja possível o resgate de vítimas nas edificações. 3.1.1 O que verificar no memorial? VIAS Largura Em geral ≥ 6,0 m Ruas principais de acesso às instalações industriais em refinarias ≥ 7,0 m Altura livre ≥ 4,50 m Capacidade de suporte 25.000 kg em distribuídos em dois eixos PORTÕES (quando existentes) Largura ≥ 4,0 m Altura ≥ 4,50 m 20 Quando as vias de acesso possuírem extensão acima de 45 m, estas devem ter retornos em formato circular (Figura 1), em “Y” (Figura 2) ou em “T” (Figura 3)4; Obs.: Podem ser usados outros tipos de retorno desde que garantam a entrada e saída das viaturas. Portanto, o analista deve utilizar o princípio da razoabilidade para aproximar a sugestão do RT à norma. Em caso de Centros esportivos e de exibição, os acessos de viaturas devem ser separados das saídas utilizadas para o público, ou seja, as viaturas devem entrar e sair sem terem seu deslocamento interrompido pelos transeuntes. Nos campos devem ser previstos dois acessos de viaturas em lados ou extremidades opostas e também uma área sinalizada de 20 x 8m em local adjacente externo para o posicionamento das viaturas. Caso as edificações ou áreas de risco possuam arruamento interno, a previsão de portão de acesso se torna obrigatória. 3.1.2 O que verificar em planta? 1) Basta que se verifique as larguras, alturas e comprimentos indicados na norma. 4 Figuras extraídas da Instrução Técnica 06/2011 (Acesso de viatura na edificação) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Figura 1 Figura 2 Figura 3 21 3.2 SEGURANÇA ESTRUTURAL CONTRA INCÊNDIO Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 08/2011 – Resistência ao fogo dos elementos de construção O objetivo de se projetar a segurança estrutural é fornecer elementos para o conjunto estrutural de uma edificação de modo que a mesma, em contato com o fogo, suporte um determinado tempo para que seja possível o retardamento da propagação das chamas e do colapso estrutural. 3.2.1 O que verificar no memorial? Divisão Altura da edificação TRRF Material utilizado Tabela A Tabela A Tabela A Caso o RT necessite reduzir o Tempo Requerido de Resistência ao Fogo (TRRF), deverá fazê-lo conforme o cálculo do Anexo D da norma. Sendo que os cálculos não podem reduzir mais que 30 minutos dos TRRF da Tabela A. Esse procedimento pode ser utilizado quando se tem edificações existentes e os materiais postos não têm o TRRF da referida tabela. Os TRRF resultantes deste cálculo não podem ter valores inferiores a: - 15 minutos para edificações do Grupo A; D; E; G e Divisões I-1; I-2; J-1 e J-2; - 30 minutos para as demais edificações. Fórmulas para o cálculo da redução do TRRF: teq = 0,07 x qfi x yn x ys x W Onde: teq – tempo equivalente em minutos qfi – carga de incêndio do compartimento analisado em Mj/m2 22 yn – produto de yn1 x yn2 x yn3 que levam em conta a presença de medidas de proteção ativa yn1 = 0,60 se existir chuveiros automáticos yn2 = 0,90 se existir Brigada de incêndio yn3 = 0,90 se existir detecção automática Quando constatada a ausência de algum meio, adotar o yn = 1 ys – produto de ys1 x y2, onde o primeiro diz a característica da edificação e o segundo o Risco de ativação do incêndio Para yS1 temos: y S1= 1+ Af (h+3) 105 Onde: 1 ≤ yS1 ≤ 3 Af – área do compartimento analisado em m2 h – altura do piso habitável mais alto do edifício Para yS2 temos: Valores de yS2 Risco de ativação Ocupação 0,85 Pequeno Escola, galeria de arte, parque aquático, igreja, museu 1,0 Normal Biblioteca, cinema, correio, consultório médico, escritório, farmácia, frigorífico, hotel, livraria, hospital, laboratório fotográfico, indústria de papel, oficina elétrica ou mecânica, residência, restaurante, teatro, depósito de: produtos farmacêuticos, bebidas alcoólicas, supermercado, venda de acessórios de automóveis, depósitos em geral 1,2 Médio Montagem de automóveis, hangar, indústria mecânica 1,5 Alto Laboratório químico, oficina de pintura de automóveis W – é o fator que relaciona a ventilação do ambiente e a altura do compartimento analisado 23 W= ( 6 H ) 0,3 [ 0,62+ 90 (0,4- Av Af ) 4 1+12,5 (1+10 Av Af ) Ah Af ] ≥0,5 Obs.: Esta equação só é válida quando 0,025 ≤ Av/Af ≤ 0,25 Onde: H – altura do compartimento (m) Av – área de ventilação vertical. Ex: janelas, portas e similares. (m2) Ah – área de ventilação horizontal – piso (m2) Af – área de piso do compartimento analisado (m2) Exemplo prático: Uma escola de 300 m2 térrea com 6m de altura, carga de incêndio de 700 Mj/m2, sem chuveiros automáticos, com brigada de incêndio, com detecção automática, com área de ventilação vertical de 13,80 m2. Dados: Área do compartimento 300 m2 Altura 6 m Carga de incêndio 300 Mj/m2 Sem chuveiros automáticos yn1 = 1 Com brigada de incêndio yn2 = 0,90 Com detecção automática yn3 = 0,90 yn1 x yn2 x yn3 yn = 0,81 Área de ventilação vertical 13,80 m2 24 W 2,35 ys1 1,27 ys2 0,85 ys1 x ys2 ys = 1,08 teq = 0,07 x qfi x yn x ys x W teq = 0,07 x 300 x 0,81 x 1,08 x 2,03 teq = 37 minutos Como se pode ver, esse método não é válido para essa edificação, pois o tempo mínimo estabelecido pela Tabela A da norma correlata já define um tempo de 30 minutos de TRRF para edificação. 3.2.2 O que verificar em planta? 1) Não há a necessidade de se apresentar uma planta com os dados de TRRF, portanto é opcional, ficando a cargo do responsável técnico apresentar. 3.3 COMPARTIMENTAÇÃO HORIZONTAL Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 09/2011 – Compartimentação horizontal Este dispositivo normativo serve com uma barreira para que o fogo e/ou a fumaça proveniente da queima não se propague para outros ambientes situados horizontalmente adjacentes, ou seja, para que o fogo seja confinado em somente um ambiente. Em alguns casos, estabelecidos pelas tabelas da Lei 8.399/2005, este item poderá ser substituído pelo sistema de Chuveiros Automáticos. 25 Este item está automaticamente dispensado nas áreas destinadas EXCLUSIVAMENTE a estacionamento de veículos, nos demais casos deverá ser consultado o Anexo B da Instrução Técnica referenciada. 3.3.1 O que verificar no memorial? Divisão Altura (m) Área da edificação (m²) Área de compartimentação (m²) Método de compartimentação TRRF da parede ou material Anexo B ITENS DE COMPARTIMENTAÇÃO Exemplo: dampers, vedadores corta-fogo, portas corta-fogo, etc. Divisão Altura (m) Área de compartimentação (m²) Área da edificação (m²) Método de compartimentação TRRF da parede ou material Anexo B ITENS DE COMPARTIMENTAÇÃO Exemplo: dampers, vedadores corta-fogo, portas corta-fogo, etc. Caso a cobertura (telhado) seja constituída de material combustível, esta parede deve ultrapassá-la em 1 metro (Figuras 4 e 5). 26 Figura 4 – Parede de compartimentação com 1 m acima do telhado (cobertura combustível). Figura 5 – Parede de compartimentação com 1 m acima do telhado (cobertura combustível em níveis diferentes). IMPORTANTE! A Compartimentação Horizontal somente isenta a instalação do Sistema de Hidrantes quando a parede corta-fogo atender aos seguintes itens: 1) For prevista como isolamento de risco; 2) As áreas isoladas (compartimentadas) não forem superiores a 750 m2, ou assim consideradas; 3) Não possuir aberturas; 4) Ultrapassar em 1 m os telhados conforme Figuras 4 e 5; 5) As aberturas situadas em lados opostos devem distar de 2 m entre si. Na impossibilidade, pode ser instalada uma aba vertical de 0,90m solidária à parede corta-fogo perpendicular ao plano das aberturas (Figura 6)5; 5 Figura extraída da Instrução Técnica 07/2011 (Separação entre edificações – Isolamento de risco) do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo. 27 Figura 6 6) Permanecer estável mesmo quando a estrutura do telhado entrar em colapso; 7) Ter o TRRF igual ao da estrutura principal, porém, não inferior a 120 min. 3.3.2 O que verificar em planta? 1) Devem ser mostrados os setores compartimentados; 2) A parede usada na compartimentação deve estar na cor vermelha; 3) Os prolongamentos normativos. 28 3.4 COMPARTIMENTAÇÃO VERTICAL Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 09/2011 – Compartimentação vertical Enquanto que a Compartimentação Horizontal limita a propagação do fogo ou fumaça entre os compartimentos, a Compartimentação Vertical restringe ao máximo a propagação entre os pavimentos. 3.4.1 O que verificar no memorial? Elementos a serem considerados Vigas ou parapeitos Altura Exigida ≥ 1,20 m Prevista/Existente Entrepisos Tipo de entrepiso Prolongamento Exigido ≥ 0,90 m Previsto/Existente Tipo de enclausuramento (elevador) Tipo de enclausuramento (escada) Tipo de selagem/vedador Dampers Tipo cortina corta-fogo 1) Vigas e/ou parapeito – altura mínima de 1,20 m separando as aberturas dos pavimentos (Figura 7); 29 Figura 7 2) Prolongamento de entrepisos – no mínimo 0,90 m do plano externo da fachada (Figura 8). 30 Figura 8 Obs.: As edificações de risco baixo podem ter a distância da aba horizontal e a distância da verga até o piso da laje superior somados, desde que totalize no mínimo 1,20m; Se as fachadas forem envidraçadas, os vidros devem ser corta-fogo. Caso não sejam, é obrigatória a previsão dos elementos acima informados (vigas e/ou parapeito ou prolongamento de entrepisos). 3.4.2 O que verificar em planta? 1) Devem ser mostrados os detalhes da compartimentação na cor vermelha com as respectivas cotas. 31 32 3.5 CONTROLE DE MATERIAIS DE ACABAMENTO E REVESTIMENTO Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 10/2011 – Controle de materiais de acabamento e revestimento Ao prever essa medida, o Responsável Técnico observará a Tabela B.1 situada no Anexo B da Instrução Técnica 10 do CBPMESP, objetivando a instalação de materiais que evitem o surgimento do incêndio ou geração de fumaça, ou ainda o impedimento do desenvolvimento destes. As edificações com área inferior ou igual a 750 m2 e altura menor ou igual a 12 m das Ocupações/Divisões A, C, D, E, F9, F10, G, H1, H4, H6, I e J estão isentas do CMAR. 3.5.1 O que verificar no memorial? Grupo/Divisão FINALIDADE do MATERIAL Piso (Acabamento/Revestimento) Parede e divisória (Acabamento/Revestimento) Teto e forro (Acabamento/Revestimento) Anexo B Anexo B Anexo B 3.5.2 O que verificar em planta? 1) Basta que se apresente uma planta de corte indicando a classe dos materiais, pois nela é possível visualizar o piso, paredes e teto, conforme exemplo da Figura 9. Em se apresentado essa, logicamente se torna desnecessário apresentar uma planta baixa. 33 Figura 9 - Exemplo de corte para indicação dos materiais de acabamento 34 3.6 SAÍDAS DE EMERGÊNCIA Norma de referência: Norma Técnica do CBMMT N° 13 – Saídas de emergência Importante ficar bem claro para o analista que a saída de emergência é em todo caso: “Caminho contínuo, devidamente protegido e sinalizado, proporcionado por portas, corredores, “halls”, passagens externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, conexões entre túneis paralelos ou outros dispositivos de saída, ou combinações desses, a ser percorrido pelo usuário em caso de emergência, de qualquer ponto da edificação, recinto de evento ou túnel, até atingir a via pública ou espaço aberto (área de refúgio), com garantia de integridade física”. A norma que regula o assunto é tida como a “NORMA-MÃE”, pois é a partir dela que se dimensionam outros preventivos. É notório também que os grandes incêndios resultaram em números expressivos de vítimas, devido às falhas na sinalização, dimensionamento e situação das saídas. A inobservância desta norma faz com que mudanças estruturais se tornem inviáveis e, consequentemente, traz insegurança na evacuação das pessoas. O analista deve observar que as saídas servem tanto para escoar o público quanto para o acesso das equipes de emergência. Apesar de óbvio, é salutar pontuar que o socorrista quando entra em uma edificação para buscar uma vítima, vai percorrer certa distância para encontrá-la e uma distância para retornar com a pessoa. Assim, um caminho de 30 m acaba resultando em no mínimo 60 m com uma pessoa transportada por outra (profissional de resgate). Pontos importantes da norma: 1) As escadas, rampas e descargas devem ser dimensionadas em razão do pavimento de maior população; 2) A distância máxima a ser percorrida definida na Tabela 4 (Anexo D) é até o espaço livre exterior, área de refúgio, escada comum de saída de emergência, protegida ou à prova de fumaça; 35 3) Nas edificações TÉRREAS, pode ser considerada como saída, para efeito da distância máxima a ser percorrida, qualquer abertura, sem grades fixas, com peitoril, tanto interna como externamente, com altura máxima de 1,20 m, vão livre com área mínima de 1,20 m2 e nenhuma dimensão inferior a 1,00 m (Figura 10); Figura 10 - Dimensões de abertura em edificação térrea para efeito de distância a percorrer. 4) As portas das ROTAS DE SAÍDA6 e as das salas7 com capacidade acima de 50 pessoas devem abrir no sentido do trânsito de saída; 5) As portas devem ter: - 0,80 m, valendo por uma unidade de passagem; - 1,00 m, valendo por duas unidades de passagem; - 1,50 m, em duas folhas, valendo por três unidades de passagem; - 2,00 m, valendo por quatro unidades de passagem. 6 Também chamada de rota de fuga. 7 Sala não é o mesmo que unidade autônoma em ocupações residenciais. 36 Obs.: quando tiverem mais que 1,20 m deverão ter duas folhas e quando tiverem mais que 2,20 m exige-se coluna central. 6) As portas podem permanecer abertas, mas devem ter dispositivo para fechamento automático quando necessário. Exemplo: ligada com o sistema de detecção; 7) As portas que dividem os corredores devem ter condições de reter o fogo, a fumaça e ter visor transparente de área mínima de 0,07 m2, sendo que a altura mínima deve ser de 0,25 m (Figura 11). Esse visor serve para que seja possível identificar se existe alguma vítima no corredor sem que se faça necessário abrir a porta ou até mesmo evitar um backdraft8; 8 Fenômeno do incêndio em que ocorre uma explosão devido à entrada de ar adicional em um ambiente tomado por combustão incompleta. 37 Figura 11 – Exemplo de visor 8) As portas das ROTAS DE SAÍDA DE LOCAIS DE REUNIÃO e as das salas com capacidade acima de 200 pessoas devem possuir barra antipânico; 9) Os corrimões podem se projetar até 0,10 m de cada lado garantindo-se, assim, 0,90 m de largura efetiva das escadas; 10) As áreas de refúgio9 são obrigatórias nas Ocupações E-5, E-6, e H-2 quando a altura for maior que 12 m e na Ocupação H-3 com altura superior a 6 m, devendo ser previstas em todos os pavimentos e com área mínima de 50 m²; Obs.: as edificações dotadas de área de refúgio terão o benefício da redução das saídas em até 50% desde que haja acesso direto às mesmas. 9 Locais protegidos destinados a abrigar pessoas até a chegada da equipe de socorro devendo ser totalmente livre e não armazenar produtos de qualquer natureza. 38 11) A NBR 9077 não determinava que o corrimão deveria ser em material incombustível. Somente as escadas tinham essa obrigatoriedade. Porém, a NTCB 13 faz essa previsão devendo o corrimão ser incombustível com o TRRF no mínimo igual ao da escada; 12) As larguras mínimas das saídas devem ser conforme a tabela abaixo: Ocupação/Divisão Largura Componente10 Todas 1,10 m Todos. H-2 1,65 m Rampas, escadas, acessos (corredores e passagens) e descarga. H-3 2,20 m Rampas, escadas, acessos á rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas. 13) Exige-se elevador de emergência11 quando a altura da edificação for superior a 60 m, exceto no Grupo A e na Ocupação H-3 onde a exigência será quando a altura for superior a 80 m e 12 m, respectivamente. 3.6.1 Escadas 1) Escadas com largura maior que 2,20m devem ter corrimão intermediário a cada 1,80 m, no máximo; 2) O lanço mínimo de uma escada deve ser de três degraus e o máximo deve ser entre dois patamares consecutivos não ultrapassando 3,70m de altura (Figura 12); 10 Componentes da saída de emergência conforme item 5.2 da NTCB 13. 11 O elevador de emergência é um dispositivo que deve estar em caixa enclausurado por paredes com TRRF de 120 min., estar ligado a um grupo moto gerador (GMG) e possuir chave reversível no painel de comando que deve se situar na descarga. 39 Figura 12 3) As Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) devem ter, em todos os pavimentos, janelas abrindo para o espaço livre exterior exceto na descarga, onde é facultativo. Contudo devem ainda possuir ventilação permanente inferior, com área de 1,20 m2 no mínimo e largura mínima de 0,80 m, junto ao solo para captação de ar puro (Figura 13); 40 Figura 13 – Janela abrindo para o espaço livre exterior e ventilação permanente na descarga. QUADRO DOS TIPOS DE ESCADAS Tipo de escada Não Enclausurada Enclausurada Protegida Enclausurada à Prova de Fumaça Sigla NE EP PF Antecâmara Não Não Sim 41 Obs.: Ainda não há literatura que desconsidere a escada rolante como escada de emergência. Então, a escada rolante pode ser utilizada como uma escada não enclausurada (NE), devendo a mesma ser desativada em caso de incêndio, juntamente com a energia elétrica da edificação, para evitar quedas. 3.6.2 Rampas 1) As rampas podem substituir as escadas; 2) São obrigatórias nas seguintes condições: - Para as ocupações H-2 e H-3, devendo ser previstas para unir os pavimentos que tenham acesso a área de refúgio; - Acesso a elevadores de emergência; - Se altura a vencer for menor que 0,48 m. 3) O dimensionamento das rampas é o mesmo para as escadas; 4) Não se pode ter porta nas rampas; 5) O corrimão deve ser instalado em duas alturas, 0,70 m e 0,92 m; 6) A declividade (inclinação) de uma rampa externa não pode ser superior a 10% e quando for interna devem seguir a tabela12 abaixo: Ocupação Declividade máxima A, B, E, F e H 10% D e G - 12,5% quando a saída é no sentido de descida - 10% quando a saída é no sentido de subida 12 O valor em porcentagem quer dizer, por exemplo, que o valor da altura corresponde a 10% do comprimento. Resistência ao fogo da caixa e dos elementos estruturais 120 min. 120 min. 120 min. Resistência ao fogo da porta 30 min. 90 min. 60 min. para acesso à antecâmara e 90 para acesso à escada 42 C, I e J 12,5%13 3.6.3 O que verificar no memorial? Um exemplo prático de cálculo de população para nortear o analista: Escritório de 700 m²: Quantidade de pessoas = 700 m² dividido pro 7 m² (1 pessoa por 7 m² de acordo com a Tabela 3) = 100 pessoas ENQUADRAMENTO Divisão Altura até o piso do último pavimento Área do maior pavimento Tabela 1 Área do pavimento abaixo da soleira de entrada Tabela 1 Área total Tabela 1 Classificação quanto às características construtivas Tabela 2 Área da edificação/setor Pessoas/m² Tabela 3 Quantidade de pessoas (área da edificação/setor dividido pela quantidade de pessoas de acordo com a Tabela 3) Quantidade de pessoas por pavimento Coeficientes Acesso e descarga Tabela 3 Escadas e rampas Tabela 3 Portas Tabela 3 Quantidade de unidades de passagem Distância máxima a ser percorrida Tabela 4 Quantidade de saídas Tabela 5 13 Quando o sentido for ascendente deve ser acrescido 25% na largura da rampa. 43 Tipo de escada Tabela 5 3.6.3.1 Para rampas RAMPAS Material de construção Largura da rampa Altura a vencer por lance Máximo de 3,70 m Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,70 e 0,92 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Patamar Quantidade Comprimento ≥ 1,10 m Largura ≥ 1,10 m TRRF da estrutura da rampa Declividade Item 5.6.3 3.6.3.2 Para Escadas Não Enclausuradas (NE) ESCADA NÃO ENCLAUSURADA (NE) Material de construção Largura da escada ≥ 1,10 m Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus Máximo de 3,70 m 44 Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,80 a 0,92 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Degraus Quantidade Altura Entre 16 e 18 cm Largura Item 5.7.3.1 Patamar Quantidade Comprimento Item 5.7.3.3 Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 3.6.3.3 Para Escadas Enclausuradas Protegidas (EP) ESCADA ENCLAUSURADA PROTEGIDA (EP) Material de construção Largura da escada ≥ 1,10 m Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus Máximo de 3,70 m Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,80 a 0,92 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Degraus Quantidade Altura Entre 16 e 18 cm Largura Item 5.7.3.1 45 Patamar Quantidade Comprimento Item 5.7.3.3 Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 TRRF Caixa ≥ 120 min PCF ≥ 90 min Janelas abrindo para o espaço livre exterior Altura do teto ≤ 20 cm Altura do piso ≥ 1,10 m Largura ≥ 0,80 m Área ≥ 0,80 m² Janela no término da escada (superior) Altura do teto ≤ 20 cm Área ≥ 0,80 m² Ventilação permanente inferior Largura ≥ 0,80 m Área ≥ 1,20 m² 46 3.6.3.4 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça (PF) ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA (PF) Material de construção Largura da escada ≥ 1,10 m Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus Máximo de 3,70 m Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,80 a 0,92 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Degraus Quantidade Altura Entre 16 e 18 cm Largura Item 5.7.3.1 Patamar Quantidade Comprimento Item 5.7.3.3 Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 TRRF Caixa ≥ 120 min PCF entrada na caixa ≥ 90 min PCF entrada na antecâmara ≥ 60 min Antecâmara Comprimento ≥ 1,80 m Pé-direito ≥ 2,50 m Duto de saída de gases Quantidade de antecâmaras (n) Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 Largura ≥ 0,80 m Altura em relação à última antecâmara Item 5.7.11.2 d) Altura em relação ao último elemento construtivo Item 5.7.11.2 d) 47 Área ≥ 0,84 m² Duto de entrada de ar Quantidade de antecâmaras (n) Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 Largura ≥ 0,80 m Área ≥ 0,84 m² Captação de ar fresco Item 5.7.11.4 e) 3.6.3.5 Para Escadas Enclausuradas à Prova de Fumaça Pressurizada (PFP) ESCADA ENCLAUSURADA À PROVA DE FUMAÇA PRESSURIZADA (PFP) Material de construção Largura da escada ≥ 1,10 m Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus Máximo de 3,70 m Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,80 a 0,92 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Degraus Quantidade Entre 16 e 18 cm Altura Item 5.7.3.1 Largura Patamar Quantidade Item 5.7.3.3 Comprimento Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 Largura ≥ 120 min TRRF Caixa ≥ 90 min PCF entrada na caixa ≥ 60 min 48 Sistema 1 ou 2 estágios Quantidade de pavimentos em comunicação com a escada Fonte de energia Nível de pressurização 1º Estágio Anexo A da IT 13 do CBPMESP 2º Estágio Anexo A da IT 13 do CBPMESP Velocidade do fluxo de ar Trecho de captação Trecho de distribuição em alvenaria ou gesso acartonado Trecho de distribuição em chapa metálica Trajetória de escape Série, Paralelo ou Série/Paralelo Quantidade PCFs de entrada Abertas Fechadas Quantidade PCFs de saída Abertas Fechadas Suprimento de ar Q = 0,827 x A x (P)(1/N) Área de restrição/escape (A) PCFs abertas PCFs fechadas Elevadores Janelas Total Diferencial de pressão (P) Índice (N) Fluxo de ar (Q) 49 3.6.3.6 Para enclausuramento por balcão, varanda ou terraço ENCLAUSURAMENTO POR BALCÃO, VARRANDA OU TERRAÇO TRRF PCF entrada na caixa ≥ 90 min PCF entrada na antecâmara ≥ 60 min Guarda-corpo Material Altura Desnível entre o piso dos compartimentos e o piso da caixa de escada ≤ 30 mm Largura da marquise (somente para terraço a céu aberto) ≥ 1,20 m Distância da guarda do balcão, varanda ou terraço Abertura desprotegia do próprio prédio Item 5.7.12.2 Divisa do lote Item 5.7.12.2 3.6.3.7 Para Escadas Abertas Externas (AE) ESCADA ABERTA EXTERNA (AE) Material de construção Largura da escada ≥ 1,10 m Altura a vencer por lanço Mínimo de 3 degraus Máximo de 3,70 m Altura do guarda-corpo 0,92 a 1,05 m Corrimão Altura 0,92 a 1,05 m Diâmetro (circular) 38 a 65 mm Largura (retangular) 50 a 65 mm Afastamento da parede 40 mm Degraus Quantidade Altura Entre 16 e 18 cm Largura Item 5.7.3.1 Patamar Quantidade Comprimento Item 5.7.3.3 50 Largura Item 5.7.3.3 b) e 5.7.3.4 TRRF Estrutura da escada ≥ 120 min PCF de acesso ≥ 90 min Parede entre a escada aberta e a fachada da edificação ≥ 120 min Distância de aberturas desprotegidas Item 5.7.14.1 e) 3.6.4 Para Elevador de emergência ELEVADOR DE EMERGÊNCIA Material da porta Item 5.9.2 b) TRRF das paredes Item 5.9.2 a) Dimensões da cabine Antecâmara Comprimento ≥ 1,80 m Pé-direito ≥ 2,50 m Duto de saída de gases Quantidade de antecâmaras (n) Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 Largura ≥ 0,80 m Altura em relação à última antecâmara Item 5.7.11.2 d) Altura em relação ao último Item 5.7.11.2 d) 51 elemento construtivo Área ≥ 0,84 m² Duto de entrada de ar Quantidade de antecâmaras (n) Seção (S = 0,105 x n) Item 5.7.11.2 Largura ≥ 0,80 m Área ≥ 0,84 m² Captação de ar fresco Inferior ou junto ao teto 3.6.5 Área de refúgio ÁREA DE REFÚGIO TRRF da porta TRRF das paredes TRRF da estrutura do prédio Item 5.10.1.2 Área 3.6.6 considerações sobre a NBR 9050 – Acessibilidade Alguns apontamentos referentes à segurança contra incêndio e pânico serão feitos neste tópico apenas com o intuito informativo: 1) Apesar de não ser adotada pelo CBMMT, esta norma considera as Pessoas com Mobilidade Reduzida (P. M. R.)14. 2) A norma cita o chamado Módulo de Referência (M. R.) que é a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas15 (Figura 14)16. 3) Esse módulo é previsto nas rotas de fuga que dispuserem de escadas e a cada 500 pessoas (Figura 15)17. 14 Segunda a NBR 9050, é a pessoa com deficiência, idosa, obesa, gestante entre outros. 15 Definição dada pela NBR 9050. 16 Figura extraída da NBR 9050. 17 Figura extraída da NBR 9050. 52 Figura 14 Figura 15 4) Em se tratando de rampas, a norma diz que a largura mínima é de 1,20 m podendo-se considerar os 0,10 m de cada lado dos corrimões. 5) Quanto à inclinação, ela traz a equação e delimita valores sem considerar as ocupações, conforme se segue: i= h x 100 c 53 Onde: i – inclinação em porcentagem h – altura do desnível em metros c – comprimento da projeção horizontal em metros Desnível em cada segmento (h) Inclinação máxima (i) Comprimento (c) 1,50 m 5% 30 m 1,00 m 5% < i ≤ 6,25% 20 m < c ≤ 16 m 0,80 m 6,25% < i ≤ 8,33% 12,80 m < c ≤ 9,60 m 6) Para casos de reforma em que não seja possível atender a tabela acima, a norma trata como situações excepcionais e estabelece a tabela abaixo: Desnível em cada segmento (h) Inclinação máxima (i) Comprimento (c) 0,20 m 8,33% ≤ i < 10% 2,40 m ≤ c < 2,00 m 0,075 m 10% ≤ i ≤ 12,5% 0,75 m ≤ c < 0,60 m 7) A NBR 9050 exige corrimão intermediário para escadas e rampas com largura maior que 2,40 m enquanto que a 9077 e a NTCB faz somente para as escadas com largura maior que 2,20 m. 3.6.5 O que verificar em planta? 1) Tipo de escada; 2) Identificar as barras antipânico (para locais com mais de 200 pessoas) e as portas corta-fogo na cor vermelha; 3) Lotação máxima do ambiente (opcional); 4) Os pontos de captação de ar; 5) Os dutos de entrada e saída de ar; 54 6) As portas no sentido do fluxo de saída, para locais com mais de 50 pessoas; 7) A largura das portas e corredores; 8) A área de refúgio; 9) Altura do corrimão e guarda-corpo (pode estar na planta de detalhes) 10) A declividade das rampas (pode estar na planta de detalhes); 11) Corte da escada mostrando a secção dos dutos; 12) Corrimões na cor vermelha. 55 3.7 PLANO DE INTERVENÇÃO DE INCÊNDIO Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 16/2011 – Plano de emergência contra incêndio O plano de intervenção, equivalente ao plano de emergência do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, aborda todos os aspectos para que o Corpo de Bombeiros intervenha no interior da edificação com todas as informações possíveis referentes aos riscos presentes. Além disso, esses dados podem ser utilizados pelos próprios ocupantes da edificação. Pode-se dizer que o Plano de Intervenção de Incêndio é um resumo de todas as informações para que seja manuseado facilmente. Apesar de a Instrução Técnica adotada não definir sobre a obrigatoriedade da apresentação do plano, o CBMMT exigirá conforme as tabelas da lei 8.399/2005. 3.7.1 O que verificar no memorial? (Planilha de informações operacionais) 1) Localização com distância do Corpo de Bombeiros mais próximo; 2) População total e por setor, inclusive Portadores de Necessidades Especiais; 3) Horário de funcionamento; 4) Riscos inerentes à atividade (caldeiras, geradores elétricos, gases tóxicos, gases congelantes, GLP, etc.); 5) Relação nominal da brigada de incêndio ou outro grupo de apoio; 6) Procedimento básico de emergência (Quais providências serão adotadas?) 3.7.2 O que verificar em planta? (Planta de risco de incêndio) 1) Deve ser apresentada uma planta isolada, preferencialmente em escala padronizada e obrigatoriamente em papel A2, A3 ou A4, contendo a identificação dos riscos, rotas de fuga e áreas de refúgio. 56 3.8 BRIGADA DE INCÊNDIO Norma de referência: NBR 14276 – Brigada de incêndio Quando se trata de brigada, o Analista tem que ter em mente que o legislador previu que o tempo-resposta das equipes de emergência não seria suficiente para que as mesmas debelassem as chamas ou evacuassem as pessoas do local sinistrado. Ter um “braço” do Corpo de Bombeiros dentro da empresa faz com que a população fixa tenha mais segurança diante de uma situação adversa. E é por esses e outros motivos que a NBR 14276 prevê de forma clara a quantidade de pessoas que formarão a brigada e a carga-horária dos cursos. Faz-se interessante comentar que, em caso de eventos, o Certificado de Brigada deve ser apresentado ainda na fase de análise o PSCIP. 3.8.1 O que verificar no memorial? DIMENSONAMENTO Divisão Grau de risco Nível de treinamento Quantidade de colaboradores Quantidade de brigadistas Tabela A.1 Tabela A.1 Tabela A.1 e notas MÓDULOS E CARGA HORÁRIA MÍNIMA DO CURSO Módulo (Tabela B.1) Carga horária (h) Teoria Combate a incêndio: Tabela B.2 Primeiros socorros: Tabela B.2 Prática Combate a incêndio: Tabela B.2 57 Primeiros socorros: Tabela B.2 Carga horária total 58 3.9 ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA Norma de referência: NBR 10898 – Sistema de iluminação de emergência A iluminação de emergência é, dentre os itens de segurança, o mais funcional, pois é ela que direciona a saída segura para o espaço livre exterior e fornece condições de resgate e manobras emergenciais às equipes de socorro. Enquanto as pessoas não se ativerem à ideia de que os preventivos da edificação são para serem utilizadas por elas mesmas, a saída imediata será a única solução. O Analista ao visualizar a planta onde constam as luminárias deve se colocar na situação de uma pessoa dentro do ambiente e tentar ao máximo vislumbrar um ambiente escuro e cheio de fumaça, aspectos que serão obstrutores das rotas de fuga e saídas de emergência. Em motéis que não possuam corredores internos de serviço, a luminária de emergência está dispensada. 3.9.1 O que verificar no memorial? ENQUADRAMENTO Tipo de sistema Item 4.1 Autonomia do sistema ≥ 1h Tipo de lâmpada Altura de instalação Fluxo luminoso Intensidade máxima do ponto de luz Tabela 1 Iluminância ao nível do piso Tabela 1 Ângulo da dispersão da luz Tempo de comutação Tipo de bateria Distância entre os pontos Capacidade do reservatório de diesel 59 Tipo de sistema: a) Conjunto de blocos autônomos; - conforme a NBR existem dois tipos de luminárias as de aclaramento e as de balizamento: a.1) Aclaramento - tem a função de iluminar o ambiente sendo de 5 lux18 para desníveis e de 3 lux para locais planos; - devem permitir o reconhecimento de obstáculos; - não podem deixar sombras nos degraus das escadas. a.2) Balizamento (iluminação para sinalização) - tem a função de indicar as rotas de fuga sinalizando as mudanças de direção, obstáculos, saídas, escadas, etc.; - devem garantir um fluxo luminoso de 30 lúmens (30 lm)19; - é permitido o uso de faixas reflexivas de iluminação no piso ou rodapé dos corredores e escadas, assim como antiderrapantes em escadas e rampas indicando as rotas de saída; - os pontos de iluminação de sinalização devem ser locados de modo que seja possível a sua visualização a uma distância máxima de 15 m na direção de saída de cada ponto; - A distância entre dois pontos de iluminação de ambiente não pode ser superior a quatro vezes a altura da instalação em relação ao nível do piso. b) Sistema centralizado com baterias recarregáveis; - Deve ser exclusivo para a iluminação de emergência. 18 É uma grandeza luminotécnica, chamada de iluminância, que corresponde de à incidência perpendicular de 1 lúmen em uma superfície de 1 m², ou seja 1 lux = 1 lm/m². 19 É uma grandeza luminotécnica, chamada de fluxo luminoso, definida como a quantidade total de luz imitida por uma determinada fonte de luz. 1 lúmen = 1 candela (cd - vela padrão). http://pt.wikipedia.org/wiki/L%C3%BAmen http://pt.wikipedia.org/wiki/Metro_quadrado 60 c) Sistema centralizado com grupo motogerador com arranque automático; - o arranque deve ser de no máximo 12 s; - o motogerador deve estar sobre uma base, com isoladores de vibrações, dreno com filtro de cascalho para absorver a perda de óleo combustível e líquidos lubrificantes e parafuso de dreno no ponto mais baixo; - os tanques de armazenamento de combustível, com volume superior ou igual a 200 L, devem ser montados dentro das bacias de contenção com dreno e filtro de cascalho. GRUPO MOTOGERADOR Tempo para arranque automático Item 4.4.1 a) Dispositivo para preaquecimento do motor Tipo de combustível utilizado Quantidade combustível armazenado Dimensões da bacia de contenção (para tanques com volume superior a 200 l) d) Equipamentos portáteis com a alimentação compatível com o tempo de funcionamento exigido. - Lanternas e outros, mas que não podem ser usados para indicar saídas de emergência, ou seja, só podem ser previstos como itens adicionais de um dos três sistemas acima Autonomia do sistema - Mínimo de 1 hora de funcionamento com perda máxima de 10% da luminosidade inicial 3.9.2 Considerações genéricas para os sistemas centralizados O local deve ser: - exclusivo sem acesso ao público em geral e que não obstrua a saída da edificação; 61 - protegido contra incêndio ou aquecimento por parede que tenham no mínimo TRRF de 2 horas; - ter contato com o exterior da edificação para ventilação e, se necessário, possuir dispositivo para retirada mecânica do ar ou gases. 3.9.3 O que verificar em planta? 1) Os pontos de iluminação de emergência (distâncias e alturas); 2) A localização da central do sistema; 3) A localização do grupo motogerador, se houver; 4) Os detalhes da bacia de contenção (dimensões, planta baixa e de corte), se houver; 5) A possibilidade das luminárias projetarem sombras nos degraus, quinas e objetos, se no ambiente forem locadas somente elas; 6) Legenda de acordo com as normas. 62 3.10 MONITORAMENTO DE GASES E POEIRAS Norma de referência: Instrução Técnica do CBPMESP N° 27 – Armazenamento em silos Considerando que não existe normativa específica para este item e ele só é exigido na Tabela 6N.1 (Silos, armazéns e secadores de cereais) da Lei n° 8.399/2005, deve-se utilizar por similaridade a Instrução Técnica 27/2011 do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo, sendo que deve constar no projeto: 3.10.1 O que verificar no memorial? 1) Como é coletada a poeira produzida em todos os ambientes. A poeira coletada deve ser filtrada e armazenada em silo situado fora do local de risco, devendo ser equipado com dispositivo corta-fogo no duto de conexão e provido de dispositivos de alívio de explosão. 2) Ventiladores à prova de explosão ou similares em locais confinados para a renovação do ar a partir da retirada de gases e poeiras. 3) Dispositivo de alívio de explosão nos locais onde haja esse risco. 4) Dispositivo de aeração dos grãos para evitar a geração de gases através da sua decomposição. 5) O sistema de respiro dos silos localizado na cobertura. 6) Sensor de temperatura que deve se situar entre o dispositivo de produção de calor e o secador. O Responsável Técnico deverá apresentar de forma sintética como será atendido este item, descrevendo todo o funcionamento do sistema adotado. 3.10.2 O que verificar em planta? 1) A disposição dos silos e armazéns; 2) A distância de separação mínima de 4 m entre o secador e a fornalha que utilize combustível sólido; 3) Aterramento (obrigatório); 63 4) Os locais de coleta da poeira; 5) Os locais de instalação dos ventiladores; 6) Detalhes dos dispositivos de alívio; 7) Locais de instalação dos sensores de temperatura. 3.11 DETECÇÃO E ALARME DE INCÊNDIO Norma de referência: NBR 17240 – Sistemas de detecção e alarme 3.11.1 Detecção Outros sistemas podem ser ligados diretamente a esse, tais como: sistemas automáticos de combate, iluminação de emergência, fechamento/abertura de portas corta-fogo, desligamento da energia elétrica normal, sistemas de ventilação, dampers de insuflamento e retorno de ar, etc. O analista deve atentar-se para o tipo de sistema escolhido pelo responsável técnico para verificar a funcionalidade e eficiência dos dispositivos nos diversos ambientes, considerando ainda os materiais e os fenômenos que possam acontecer. 3.11.1.1 O que verificar no memorial? DETECÇÃO Tipo de sistema Item 5.1 Tipo de teto Área de cobertura para o circuito de detecção convencional ≤ 1.600 m² Número de circuitos de detecção Quantidade de detectores por circuito Tipo de detector Item 5.4 Pontuais 64 Altura de instalação Área de cobertura Distância da parede lateral ou vigas Distância do teto Espaçamento entre detectores Lineares Distância entre emissor e receptor Área de cobertura Distância entre os feixes de dois detectores adjacentes Quais materiais combustíveis no ambiente Distância dos detectores das paredes anteriores Distância dos detectores das paredes laterais Temperatura Típica do ambiente Máxima do teto Tabela 1 Atuação do detector Tabela1 1) Um ambiente só pode ser protegido por um tipo de detector. É aceito um outro tipo desde que este seja suplementar; 2) Tipos de detectores: - Pontuais de fumaça (óptico ou iônico) Altura de instalação: ≤ 8,00 m Distância da parede lateral ou vigas: mínimo de 0,15 m Distância do teto: entre 0,15 m e 0,30 m Espaçamento entre detectores: ≤ 12,60 m Condições específicas Obstrução* Área de ação máxima (m2) Lado do quadrado inscrito (m) Raio do círculo (m) 65 Vigas de até 0,20 m 81,00 9,00 6,30 Vigas de 0,21 a 0,60 m 54,00 Vigas maiores que 0,60 m 40,50 * em relação ao teto - Pontuais de temperatura (fixa ou termovelocimétrico) Altura de instalação: ≤ 5,00 m Obs.: Em tetos planos de altura superior a 5,00 m, reduzem-se as distâncias conforme se segue: Altura do local (m) Espaçamento máximo (m) ≤ 5,0 6,0 6,0 5,6 7,0 5,2 8,0 4,8 9,0 4,4 > 10,0 4,0 Distância da parede lateral ou vigas: mínimo de 0,15 m Distância do teto: entre 0,15 m e 0,30 m Espaçamento entre detectores: ≤ 6,00 m Condições específicas Obstrução* Área de ação máxima (m2) Lado do quadrado inscrito (m) Raio do círculo (m) Vigas de até 0,20 m 36,00 6,00 4,20 Vigas de 0,21 a 0,60 m 24,00 Vigas maiores que 0,60 m 18,00 * em relação ao teto 66 - De chama - Lineares de fumaça Distância do teto: entre 0,30 m e 1,00 m Distância entre emissor e receptor/refletor: ≤ 100 m Distância entre os feixes de dois detectores adjacentes: ≤ 15 m Distância dos detectores das paredes anteriores: ≤ 3,75 m Distância dos detectores das paredes laterais: ≤ 7,50 m - Lineares de temperatura Utilizam-se os mesmos critérios dos detectores pontuais de fumaça - De fumaça por amostragem de ar Utilizam-se os mesmos critérios dos detectores pontuais de fumaça 3.11.2 Alarme 3.11.2.1 Acionadores 3.11.2.1.1 O que verificar no memorial? 1) Altura de instalação: entre 0,9 m e 1,35 m; 2) Distância máxima a ser percorrida até o acionador: ≤ 30 m; 3) Pelo menos um acionador manual por pavimento e, no caso das Divisões B-1 e B-2, também nos corredores; Obs.: Os mezaninos estão dispensados da instalação se a distância a percorrer do ponto mais desfavorável ao acionador for inferior a 30 m 67 3.11.2.2 Avisadores sonoros e/ou visuais 3.11.2.2.1 O que verificar no memorial? 1) Nível médio de som do ambiente. Em locais com nível sonoro acima de 105 dBA, além de avisadores sonoros devem ser previstos avisadores visuais; 2) Potência sonora do avisador sonoro. Deve ser de 15 dBA acima do nível médio do ambiente ou 5 dBA acima do nível máximo do ambiente; 3.11.3 O que verificar em planta? 1) A localização dos detectores; 2) A localização dos sinalizadores sonoros e visuais; 3) A localização dos acionadores onde ocorre o trânsito de pessoas (áreas de lazer, corredores, saídas de emergência para o exterior, etc.); 4) A localização da central do sistema junto à entrada da edificação. Caso não seja possível, recomenda-se a instalação de um painel repetidor ou painel sinóptico20 próximo da entrada; 5) Espaço livre de 1,00 m² em frente à central; 6) Altura de instalação da central entre 1,10 m e 1,60 m; 7) O trajeto da fiação do sistema que deve ser totalmente independente; 8) Legenda de acordo com as normas. 20 Painel que representa graficamente todos os eventos do sistema. 68 3.12 SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA Norma de referência: NBR 13434 – Sinalização de segurança contra incêndio e pânico A sinalização tem por norma, três objetivos: - Reduzir a ocorrência de incêndio ou acidentes; - Garantir as ações para o controle e/ou extinção do risco; e, - Definir as rotas para o abandono seguro das edificações. Existem dois tipos de sinalização: básica e complementar. Sendo ambas obrigatórias de acordo com a exigência normativa. 3.12.1 Sinalização básica Temos 4 tipos de sinalização básica: 1) De proibição; 2) De alerta; 3) De orientação e salvamento; 4) De equipamentos de combate e alarme. Lembremos que a norma já define para cada tipo, uma formatação específica: Tipo Forma Cor do fundo Cor do símbolo Margem (opcional) Detalhe Proibição Circular Branca Preta Vermelha Barra diametral e faixa circular: vermelha Alerta Triangular Amarela Preta Amarela -------- Orientação e salvamento Quadrada ou retangular Verde Fotoluminescente Fotoluminescente -------- 69 Equipamentos de combate e alarme Quadrada ou retangular Vermelha Fotoluminescente Fotoluminescente -------- Distâncias e alturas de instalação Tipo Altura (m) Entre si (m) Distância de visualização (m) Proibição ≥ 1,80 ≤ 15,00 ≤ 7,50 Alerta Orientação e salvamento Rotas ≥ 1,80 ≤ 15,00 ≤ 7,50 Portas de saída ≤ 0,10 da verga ou na porta a 1,80 ----- ----- Interior de escadas 1,80 ----- ----- Equipamentos de combate ≥ 1,80 ----- De acordo com o risco 3.12.1.1 O que verificar no memorial? Sinalização (Básica e/ou Complementar) Tipo Forma Cor do fundo Cor do símbolo Item 4.1.1.1 (Parte 1) Item 4.2 (Parte 2) Item 4.3 (Parte 2) Item 4.3 (Parte 2) Dimensões 70 Distância de visualização Lado, altura ou diâmetro Área da placa Altura das letras Altura de instalação Item 4 (Parte 2) Item 4 (Parte 2) Item 4 (Parte 2) Item 4 (Parte 2) Item 5.1 e 5.2 3.12.2 Sinalização complementar A sinalização complementar define quais são as rotas, identifica os obstáculos/riscos e oferece mensagens específicas para a sinalização básica. 3.12.2.1 O que verificar no memorial? Tipo Altura (m) Entre si (m) Indicação continuada Piso ----- 3,00 Parede Entre 0,25 e 0,50 Indicação de obstáculos 0,50 Por toda a extensão do obstáculo 3.12.3 Formas e dimensões Agora será exemplificado como dimensionar uma placa de sinalização básica. Utilizaremos para o nosso exemplo a identificação de um extintor locado a 25 m do operador. 1º Passo – Identificar a distância máxima do observador à placa (L) Como o equipamento está a 25 m e a placa deve ser situada logo acima do mesmo, temos que a distância também será de 25 m. 2º Passo – Utilizar a fórmula para saber a área mínima da placa 71 A > L2 2000 → A > 252 2000 → A > 625 2000 A > 0,3125 m2 Assim, definimos a área da placa para o nosso extintor localizado a 25 m do operador. Para saber as dimensões da placa (lados), devemos escolher o formato geométrico, quadrado ou retangular. Optaremos pelo formato quadrado, dessa forma temos: Área do quadrado = (Lado do quadrado)2 0,3125 = (Lado do quadrado)2 Lado do quadrado = √0,3125 Lado do quadrado = 0,56 m = 56 cm Como o quadrado tem os lados iguais, a largura e altura da placa terão a mesma medida, ou seja, 56 cm. Caso for utilizar letras basta que use da fórmula seguinte para saber a altura (h) das mesmas: h> L 125 → h> 25 125 h> 0,20 m O item 6 da Parte 1 da norma não será considerado haja vista o CBMMT ter adotado a NBR 14100 para a simbologia em planta, de outra sorte o projeto perde a sua finalidade ao receber várias informações que são redundantes, ficando também “poluído”. 3.12.4 O que verificar em planta? 1) Localização das sinalizações; 2) Distâncias acima informadas; 72 3) Um modelo em escala na planta de detalhes de cada sinalização a ser colocada na edificação, demonstrando as cores e dimensionamentos; 4) Legenda de acordo com as normas. 73 3.13 EXTINTORES Norma de referência: Decreto Estadual n° 857 – Especificação para instalação de proteção contra incêndio Os extintores são os melhores aliados para o combate aos princípios de incêndio. Pede-se atenção para o fato deles serem utilizados somente nos princípios de incêndio. Pois a sua pequena carga demanda um tempo muito curto de combate. No CBMMT, o Decreto estabelece os seguintes parâmetros para que seja computada 01 (uma) unidade extintora: Tipo Quantidade de aparelhos e de agente Espuma 1 de 10 litros Gás carbônico 1 de 6 quilos ou 2 de 4 quilos Pó Químico Seco 1 de 4 quilos Água pressurizada 1 de 10 litros 3.13.1 O que verificar no memorial? 1) Tipo de material (classe) existente no ambiente; 2) Risco; 3) Área de cobertura real do extintor; 4) Distância real a percorrer para localizar um aparelho extintor; 5) Tipo de extintor locado; 6) Capacidade extintora do aparelho; 7) Carga nominal do agente extintor; 8) Altura de instalação do aparelho. O Decreto 857/1984 define a área máxima de cobertura por unidade extintora e a distância máxima a ser percorrida até se encontra uma, tudo em função do risco: 74 Risco Área de cobertura (m2) Distância a percorrer (m) Baixo 500 25 Médio 300 20 Alto 200 15 3.13.2 Extintores sobre rodas 1) Quando se tratar de extintores sobre rodas deverá ser acrescido 50% do valor da distância: Exemplo: escolhido um extintor sobre rodas para a classe de risco baixo, a distância máxima passará a ser 37,50 m (25 + 12,50); 2) Só será computada metade da sua capacidade para a quantificação de unidade extintora: Exemplo: escolhido um extintor sobre rodas de Pó Químico Seco de 20 kg (20 B), este computará somente 10 B; 3) A edificação poderá ter somente metade da sua área protegida por extintores sobre rodas. 3.13.3 O que verificar em planta? 1) Localização do extintor em fácil acesso; 2) Estar visível o tempo todo; 3) O extintor não pode ser locado nas escadas, pois podem obstruir o caminhamento seguro das pessoas para fora da edificação; 4) Cada pavimento deverá ter no mínimo duas unidades extintoras; 5) Legenda de acordo com as normas. 75 3.14 HIDRANTES E MANGOTINHOS Norma de referência: Norma Técnica do CBMMT N° 19 – Sistema de proteção por hidrantes ou mangotinhos 3.14.1 O que verificar no memorial? 1) Quando interno, o hidrante poderá ter no máximo 30 m de mangueira; 2) Quando interno e externo, o hidrante externo poderá ter no máximo 60 m de mangueira desde que esteja afastado a, no mínimo, 15 m da edificação a ser protegida; 3) No caso de a edificação ter hidrantes externos e internos, estes últimos deverão ser cobertos por uma linha de mangueira, no mínimo (Figura 16): 76 Figura 16 - Ilustrativa 4) O diâmetro mínimo da canalização de alimentação do sistema é de 63mm. Na NBR é admitida a canalização de 50 mm para o sistema de mangotinhos; 5) A NTCB 19 especifica o que antes não estava claro e diz respeito ao material que deverá ser fabricado o reservatório de água do sistema. O item 6.2.3.2 diz que ele deve ser totalmente fechado, construído em concreto armado ou metálico, mas se ainda assim o responsável quiser ter um outro tipo de reservatório, deve ser apresentado um laudo técnico do ensaio laboratorial que comprove a resistência ao fogo de no mínimo 2 horas. 6) A pressão em qualquer ponto do sistema não pode ser superior a 100 mca. 7) As pressões e vazões obedecem à seguinte fórmula geral: Q = 0,2046 x d2 x √P Onde: Q – vazão em l/min d – diâmetro do bocal em mm P – pressão em mca 8) Planilha do cálculo. Os pontos mais importantes do memorial estão elencados na tabela abaixo: Tipo de reservatório Acionamento do sistema Item 6.2.3 Esguicho Mangueira Tipo Diâmetro Metragem Diâmetro 77 Tabela 1 Tabela 1 Item 5.6.8 Tabela 1 Hidrantes Instalados Desfavoráveis Pressão Vazão por hidrante Tabela 2 Tabela 2 Tabela 1 Tabela 1 Bomba Acionamento Vazão Potência Altura manométrica l/min m³/h Velocidade real da água na tubulação Reserva Técnica para Incêndio Capacidade Tempo para cálculo Sucção Recalque Tabela 2 Item 6.2.6 Item 5.3.6 Item 5.3.6 Tubulação Diâmetro da canalização de sucção Diâmetro da canalização de recalque Material Hazen Willians Tabela 3 Tabela 3 Item 5.3.2 Item 5.3.1 3.14.2 Pressões e vazões mínimas pela NTCB 19 Risco Diâmetro do esguicho na posição de maior vazão (mm) Vazão (L/min) Pressão (mca) Baixo 251 13 852 100 62 10 Médio 16 200 15 Alto 19 300 17 1 Mangotinho 2 Somente para edificações do Grupo A 3.14.3 O que verificar em planta? 1) A localização dos abrigos e tomadas, obedecendo a distância máxima de 5 metros das saídas; 78 2) Válvula de retenção instalada na saída do reservatório, quando o mesmo for superior e na saída da bomba quando for ao nível do solo ou subterrâneo. Não é regulamentar a instalação próxima ao hidrante de recalque, mas pode ser apresentada com vistas à prevenção contra atos de vandalismo; 3) Isométrico com as devidas cotas e diâmetro
Compartilhar