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ENGENHARIA MECATRÔNICA – AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL MARINA TEREZA RIBEIRO DIAS - 267092020 PORTIFÓLIO DE DESAFIOS RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS 04 E 05 Guarulhos 2020 MARINA TEREZA RIBEIRO DIAS PORTIFÓLIO DE DESAFIOS RESOLUÇÃO DOS DESAFIOS 04 E 05 Trabalho apresentado ao Curso Engenharia Mecatrônica do Centro Universitário ENIAC para a disciplina Comando Numérico. Prof. Lucas Carlos de Sousa Guarulhos 2020 DESAFIO 4 Para realizar o mandrilamento de uma peça mecânica deve-se conhecer primeiramente as operações a serem realizadas nessa máquina e os acessórios a utilizar para esta usinagem. Depois disso, selecionar as ferramentas e efetuar todos os cálculos técnicos necessários ao perfeito desenvolvimento da peça, conforme especificado no desenho técnico-mecânico. Imagine que você trabalha na área técnica de processos e recebeu o desenho mecânico de uma peça, para realizar o seu mandrilamento. Nesse caso, além de desenvolver o procedimento de usinagem com as operações, os acessórios necessários e as ferramentas e seus parâmetros de corte, você também vai precisar saber qual material será utilizado, assim como as suas dimensões. Diante disso e do desenho técnico, calcule: a) O material mínimo necessário para usinar o quadrado de 22 mm. Resposta: Para calcular o material mínimo é necessário fazer o cálculo da diagonal do quadrado de lado 22 mm, por meio do Teorema de Pitágoras: 𝑎2 = 𝑏2 + 𝑐2 Onde: a = diagonal do quadrado; b e c = lados do quadrado. 𝑎2 = 222 + 222 𝑎2 = 968 𝑎 = 31,112 𝑚𝑚 b) O material mínimo necessário para o fresamento de dentes de engrenagem nessa peça no diâmetro a ser calculado e largura de 20 mm, sendo o número de dentes igual a 15 e o módulo 2. Resposta: Calculando o diâmetro externo (de) da engrenagem é possível saber o material mínimo possível. 𝑑𝑒 = 𝑑𝑝 + 2 × 𝑚 Onde: de = diâmetro externo; m= módulo. Como o diâmetro primitivo (dp) não foi fornecido, faremos o cálculo dele primeiro: 𝑚 = 𝑑𝑝 𝑍 ∴ 𝑑𝑝 = 𝑚 × 𝑍 Onde: dp= diâmetro primitivo; m = módulo; Z= número de dentes. 𝑑𝑝 = 2 × 15 𝑑𝑝 = 30 𝑚𝑚 𝑑𝑒 = 30 + 2 × 2 𝑑𝑒 = 34 𝑚𝑚 DESAFIO 05 A tolerância é a medida da variação permitida na peça no momento da sua fabricação. Quando duas peças são montadas uma sobre a outra, chamamos o procedimento de ajuste, o qual pode ser com folga, interferência ou ajuste incerto. Neste desafio, você vai ser levado a escolher padrões de folga e interferência para montagem de conjuntos mecânicos. Observe os conjuntos de peças a seguir: Explique como deve ser feita a ajustagem em cada conjunto mostrado para que as peças possam ser acopladas uma à outra. Resposta: Conjunto A: Como o diâmetro do eixo (d) é maior que o diâmetro do furo (D), fica claro que as peças deveram ser ajustadas para que tenham um encaixe, e neste caso deverá ser feito um ajuste por interferência. Para acoplar as peças devemos utilizar de esforço com auxílio de uma prensa de uma peça com a outra, aquecimento do furo, resfriamento do eixo ou uma aplicação simultânea de resfriamento e aquecimento. Conjunto B: Mesmo que o diâmetro do eixo e do furo sejam iguais, isso não significa que não tenha que ser feito um ajuste para que as peças sejam acopladas perfeitamente. Deste modo, iremos adotar o critério de ajuste por folga., uma vez que a facilidade em retirar material (utilizando uma lima, por exemplo) de uma ou de ambas as peças para executar a montagem, tomando como base o sistema de tolerância e ajuste. Conjunto C: Neste conjunto, o diâmetro do furo (D) é maior que o diâmetro do eixo (d), o eixo poderia ficar deslizando ou girando livremente no furo. O recomendado para que isso não ocorra é fazer um ajuste por folga utilizando as condições limites para que a folga entre as peças deva estar dentro do intervalo da folga máx e a folgamín para que haja um bom funcionamento entre o eixo e o furo. Conjunto D: As chavetas são elementos normalizados, de formato prismático, que são introduzidos entre o cubo e o eixo, unindo-os, resistem a esforços tangenciais (torção) e axiais (alguns casos), servindo como proteção ao sistema de transmissão. Embora não haja as dimensões do conjunto, que isso pode ser resolvido com o auxílio de um paquímetro, existem normas para fazer o acoplamento de chaveta e eixo ou chaveta e furo. Devido ao conjunto D ser um acoplamento de uma chaveta e eixo, devemos fazer o ajuste com interferência, pois é necessária uma fixação rígida entre o eixo e a chaveta, para uma transmissão do torque, além de uma precisão maior. CONCLUSÃO A partir dos desafios propostos e com auxílio das aulas de Comando Numérico, vimos a importância dos processos de usinagem, como é feito o corte dos dentes de engrenagem, o uso do cabeçote divisor e a ajustagem de peças usinada na bancada. Um dos mais importantes processos de usinagem é o mandrilamento, conhecido também por broqueamento, esse processo consiste em remover o cavaco com uma mandrilhadora dando forma ao material (peça), usando ferramentas de corte. Sua operação é parecida com a fresadora, porém ela consegue usinar peças de grande porte e com alta precisão. Uma das grandes vantagens dessa máquina é a diversidade de seus equipamentos, acessórios, ferramentas e operações. Consegue ainda, usinar peças sem a necessidade de removê-la da máquina. Uma das operações mais complexas consideradas nessa máquina é o fresamento de engrenagens dos mais variados tipos e formatos, para isso é necessário a utilização de acessórios (cabeçote divisor, por exemplo) e ferramentas corretas, além dos cálculos, que são importantíssimos, para verificar a quantidade de material mínimo realizados para a execução dessa operação. O ajuste das peças usinadas na bancada de ferramentas é uma operação manual, que consiste no dimensional de superfícies de acordo com parâmetros técnicos, e conferir acabamento das peças. Podemos utilizar a limagem, o corte, traçados, esmerilhamento, para a execução dessa operação. Além de utilizar instrumentos de medição para realizar o controle dimensional das peças, esse controle pode ser feito por comparação manuseando instrumentos de medição indireta (calibradores PNP, verificadores de folgas, etc.) ou direta (paquímetro, micrometro, etc.). Com as aferições das peças é possível verificar suas medidas e com isso determinar a escolha do ajuste (folga ou interferência), determinando o encaixe do conjunto de peças. O ajuste por folga é feito quando o diâmetro do furo é maior que o diâmetro do eixo, já o ajuste por interferência se dá quando o diâmetro do eixo é maior que o diâmetro do furo. Deste modo, o sistema de tolerância e ajustes ABNT/ISSO (NBR 6158) se faz necessário, pois é um conjunto de regras e tabelas que estabelece uma série de tolerâncias fundamentais que determinam a precisão da peça, garantindo a intercambialidade e o correto funcionamento do conjunto mecânico.
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