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Personalidade e autoafirmação

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PERSONALIDADE
 E 
AUTO-AFIRMAÇÃO
Profª. Patrícia Sierpinska
AULA 7
2019.2
A PERSONALIDADE
PERSONALIDADE É O CONJUNTO DAS CARACTERÍSTICAS MARCANTES DE UMA PESSOA, QUE AJUDA A DETERMINAR SEUS RELACIONAMENTOS COM BASE EM SEU PADRÃO DE INDIVIDUALIDADE PESSOAL E SOCIAL, REFERENTE AO PENSAR, SENTIR E AGIR.
PERSONALIDADE NA 1ª INFÂNCIA
EU
PESSOAL
EU
SOCIAL
PERSONALIDADE A PARTIR DOS 3 ANOS DE VIDA
V
A
R
I
A
Ç
Õ
E
S
EU
PESSOAL
EU
SOCIAL
BIPOLARIDADE COMPORTAMENTAL
ÁREA INDIVIDUAL
(PESSOAL)
ÁREA EXTRA-INDIVIDUAL
(SOCIAL)
O CONCEITO DO EU
Padrão organizado de percepções, sentimentos, atitudes e valores que o indivíduo acredita ser unicamente seu. 
O "eu" se refere à autoimagem ou uma conscientização de si mesmo.
O EU PESSOAL
Refere-se a parte genética, inteligência e outras aptidões, estrutura e dinâmica sensorial e motora.
Refere-se ainda as experiências 
e seus efeitos introjetados e já 
incorporados ao funcionamento 
do organismo.
O EU SOCIAL
Refere-se ao conjunto resultante das expectativas, direções, imposições e pressões sociais que atuam sobre o EU PESSOAL.
Produto da educação que elege e manipula valores, moldando o indivíduo de acordo com a ideologia vigente na sociedade.
O INDIVÍDUO SOBRE PRESSÃO
EU
PESSOAL
EU SOCIAL
EU IDEAL
O EU IDEAL
O que idealizamos sobre nossa pessoa?
 O "eu ideal" que se refere ao conjunto das 
características que o indivíduo desejaria poder reclamar
como descritivas de si mesma, ou seja, significa a pessoa
tal como gostaria de ser. 
 Os indivíduos bem ajustados seriam aqueles que
 possuem uma correspondência muito próxima entre
o "eu" e o "eu ideal".
EU REAL
 O que realmente somos?
 A simples imagem no espelho caracteriza nossa identidade que é completada pela autocrítica, dando lugar 
 a mudanças adaptativas às quais a 
 pessoa tenta operar no sentido de 
 impor-se a si mesma com respeito 
 e admiração.
CONFLITO ENTRE “EU REAL” E “EU IDEAL”
Tendência para realização, isto é, o ser humano tem tendência natural para resolver seus conflitos. Isso se faz através do esforço no sentido da congruência entre o "eu" e a experiência.
Quando existe harmonia e consistência entre o "eu" e a experiência, o indivíduo se mantém congruente.
Quando não há harmonia, o indivíduo fica no estado de incongruência; há um certo desajuste. 
A desvinculação do EU ocorre nos esquizofrênicos, que se sentem dissociados de seu corpo, perdendo sua identidade física e consequentemente ingressam em profunda angústia existencial.
Quanto mais há desacordo entre o "eu" e a experiência, mais o comportamento fica incompreensivo e a personalidade desequilibrada. 
Quando o indivíduo se encontra em estado de desacordo sem se dar conta disto, é potencialmente vulnerável à angústia, à ameaça e à desorganização.
A estrutura da auto-imagem determina dia após dia, de momento à momento, o comportamento da pessoa.
“Conhecer o EU, senti-lo como real, sentir-se como alguém, apreciar seus valores físicos, intelectuais ou afetivos, bem como suas limitações nesses e noutros campos de vida, seria o motivo básico do comportamento em função do qual giram seus pensamentos e ações. Quando não percebe sua identidade perde-se na imensidão das coisas e confunde-se com o tudo ou nada e desaparece no seu autoconceito. Esse desaparecer pode causar os mais variados comportamentos desde o autismo ou a tentativa de criar um mundo para si próprio, até a negação do que existe ou o uso de fantasias que satisfaçam a necessidade de ser alguém.”
AS PRESSÕES SOCIAIS 
“Quando as pressões sociais assumem formas traumáticas, a pessoa vê-se aniquilada, sem ser alguém. Busca então recompor-se, mostrar que existe, afirmar-se. Quanto mais profunda e traumática a imposição, maior é o sentimento de não-ser e maior a necessidade de auto-afirmação.”
A AUTOESTIMA/ AUTOAFIRMAÇÃO
É a imagem favorável que temos de nós mesmos. Nossa dignidade pessoal.
OS DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
A quase totalidade dos distúrbios emocionais de origem não-biológica, provém do aniquilamento do EU PESSOAL e da consequente necessidade de fazê-lo emergir.
A percepção de ser desvalorizado, desprezado, preterido, parece ser a mais contundente experiência humana.
Ao ser assim percebido, o homem ingressa em defesas para compensar essa desvalorização de algum modo e enquanto isso não ocorre, permanece em estado de real sofrimento. Não importa se esse sofrimento seja real ou imaginário. Desde que assim seja sentido pela pessoa, atua como se fosse real.
OS DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
As compensações psicológicas explicadas pelos mecanismos de defesa são meios pelos quais o indivíduo recompõe seu equilíbrio emocional, revendo-se como alguém, bom, útil e expressivo. As vezes essa defesa é socialmente inaceitável, não adaptativa.
Nesses casos o indivíduo está psicologicamente equilibrado mas socialmente condenado.
OS DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
Buscar afirmação em obras ou atividades que substituem suas deficiências ou pseudo deficiências e que são aceitas e valorizadas socialmente.
Obtêm-se nesses casos um equilíbrio social e psicológico adequado.
OS DISTÚRBIOS EMOCIONAIS
Quando o indivíduo permanece no plano da nulidade ou da não-existência e esse sentimento profundamente traumático gera angústias às vezes insuportáveis, temos os problemas psicológicos.
Esses podem ser manipulados terapeuticamente com compensações ou com uma nova visão do sujeito sobre si e dos referenciais externos através da reeducação, da reabilitação ou da psicoterapia.
Referências bibliográficas
SANTOS, Oswaldo de Barros. Aconselhamento Psicológico & Psicoterapia. Cap. 7. Livraria Pioneira Editora. São Paulo, 1982.
TEXTO 2. (2ª edição em PDF) MAY, Rollo. A arte do aconselhamento psicológico. Cap. II (Uma descrição da personalidade).

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