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PRINCÍPIOS APLICÁVEIS AO DIREITO DE FAMÍLIA 
LETÍCIA DE FREITAS RODRIGUES 
 
 
 O Direito de Família de tem como finalidade harmonizar a igualdade plena entre 
os indivíduos seja no âmbito igualitário de homens e mulheres ou na igualdade de 
tratamento que envolve os filhos do relacionamento. 
Quando falamos em princípios do Direito de Família, devemos analisá-los 
adentro ao contexto constitucional, haja vista que neste ramo do Direito Civil, os 
princípios também dispõe de tratamento às pessoas em detrimentos da relação de bens. 
Dentro do Direito de Família, os princípios são divididos em Princípios Gerais e 
Princípios Específicos. 
Começando pelos princípios gerais, o primeiro é da Dignidade da Pessoa 
Humana, que garante a simples sobrevivência do homem e o direito de se viver 
plenamente, o que se faz imprescindível ao Estado Democrático de Direito. Trata-se, 
pois, de um princípio elencado em nossa Constituição Federal em seu artigo primeiro. 
O princípio da igualdade dentro do Direito de Família, em nível constitucional 
representa um avanço inegável no Direito brasileiro, e de fato a busca pela igualdade se 
torna imperiosa quando se considera o novo contexto social da mulher na família 
brasileira, se tornando uma grande premissa igualitária entre homem e mulher expressa 
no código civil brasileiro em seus artigos 226 e 227. 
O princípio da vedação do retrocesso deixa explícito que uma lei posterior não 
pode neutralizar ou minimizar um direito ou garantia constitucional já consagrado. 
Os princípios especiais, ou melhor, dizendo, peculiares ao Direito de Família, 
podem ser observados a partir do princípio da afetividade, que em especial, diz respeito 
a compreensão das partes envolvidas no cenário posto no crivo judicial, respeitando as 
diferenças e valorizando, acima de tudo, os laços de afeto que unem seus membros. 
Outro princípio peculiar é o princípio da solidariedade familiar que não traduz 
apenas na afetividade necessárias que une os membros da família, mas concretiza uma 
especial forma de responsabilidade social aplicada à relação familiar, que ainda, 
determina o amparo, a assistência material e moral recíproca, entre todos os familiares, 
em respeito ao princípio maior da dignidade da pessoa humana. 
Por vez, o princípio da proteção ao idoso traduz o respeito a preferência ao idoso 
e sem dúvida, é um verdadeiro dogma na atualidade do direito de família. 
O papel que a família desempenha na sociedade também se faz presente diante 
ao princípio da função social da família, pois opera-se o segundo nascimento do 
homem, ou seja, o nascimento de sua personalidade sociocultural, após o seu 
nascimento físico. Tal princípio faz jus ao respeito pela busca da realização plena dos 
seus membros e a busca pela felicidade na relação com o outro. 
 Para as crianças e adolescentes, aplica-se o princípio da plena proteção 
desses membros por determinação constitucional através da proteção e prioridade 
absoluta. Assim, vale dizer que em respeito à própria função da família, todos os 
integrantes do núcleo familiar, especialmente os pais e mães, devem propiciar o acesso 
aos meios adequados de promoção moral, material e mental das crianças e dos 
adolescentes do meio em que vive. O Estatuto da Criança e do Adolescente neste 
princípio se faz ativo haja vista que educação, saúde, lazer, alimentação e dignidade são 
diretrizes de sua política do ECA. 
Pelo princípio da convivência familiar, entende-se que pais e filhos devem 
permanecer juntos, sendo o afastamento definitivo dos filhos da sua família natural é 
medida de exceção apenas recomendada em situação justificadas por interesse superior, 
como por exemplo quando há adoção, reconhecimento da paternidade socioafetiva ou 
da destituição do poder familiar por determinação legal. Neste princípio, o ECA 
também se faz presente, haja vista que o estatuto não permite que os filhos sejam 
separados de seus pais por ordem econômica, conforme disposto do artigo 23. 
Por fim e não menos importante, o Princípio da Intervenção Mínima do Estado 
não deve ser confundir com a intervenção no ambiente familiar, mas sim ter a finalidade 
de tutelar a família e proporcionar a ela suas garantias para que os outros princípios 
possam ser efetivados, conforme disposto no artigo 1513 do Código de Direito Civil 
Brasileiro. 
 Há ainda discussão sobre a monogamia ser considerada um princípio nas 
relações familiares, haja vista que a fidelidade é um valor juridicamente tutelado, mas, a 
monogamia não traduz padrão valorativo absoluto para tanto como os outros princípios 
norteadores da relação familiar.

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