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Auto-engano

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Resumo do Livro Auto-engano 
Eduardo Giannetti
Aluna:Luiza Gardini
 O Livro Auto-engano fala sobre as mentiras que contamos a nós mesmos. O ato de mentir é enganar o outro a fim de obter alguma vantagem objetiva, subjetiva ou relacional, mas uma parte considerável das mentiras é contada para nós mesmos. A percepção e o julgamento que se faz das situações estão comprometidos de maneira tal que os fatos são percebidos num viés compatível com as crenças pré-estabelecidas do indivíduo. Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades.
 Condenada socialmente sob muitos aspectos, a mentira, em suas diversas formas, permeia o nosso cotidiano, podendo ser considerada uma habilidade cujo aprendizado começa muito cedo. A alegria dissimulada da mãe ao receber um presente inútil, o silêncio sobre inconvenientes familiares, as tentativas de enganar a criança com argumentos falsos sobre acontecimentos diários são modelos e treinamento para as mentiras futuras.“O enganador auto-enganado, convencido sinceramente do seu próprio engano, é uma máquina de enganar mais habilidosa e competente em sua arte do que o enganador frio e calculista”.
 Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto. Abandonados a ele, entretanto, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social. O problema é que as mentiras que nós contamos não trazem seu nome verdadeiro estampado na fronte. É preciso, por isso, analisar os caminhos que nos levam até elas: encontraremos aí a origem de grandes conquistas e alegrias, mas também dos sofrimentos que muitas vezes causamos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam. O engano compõe a natureza humana e pode estar na gênese de quadros de desestruturação da personalidade.
 Podemos a todo momento observar a desconstrução do comportamento humano fundamentado no auto-engano, analisando seus muitos aspectos e consequências. “Por pior que seja aos olhos dos outros, nenhum homem consegue suportar uma imagem horrível e repugnante de si mesmo por muito tempo.” O enganador precisa ter créditos,então mentir é uma arte. Todos os animais humanos são ativos enganadores e enganados. O enganador auto engano, convencido de seu próprio engano é uma máquina de enganar cada vez mais habilidosa do que o enganador frio e calculista. Para que sua mente não seja lida e decifrada, este embarcar na suas próprias mentiras e desenvolve gradualmente e passa a acreditar na suas mentiras inocentemente, não desperta dúvidas por que não as têm, o espectador não soa tua,ele vive genuinamente o seu papel.
 Nada é o que parece: assim como o homem primitivo viveu num mundo de sonho em relação aos fenômenos da natureza, também nós ainda vivemos num mundo de sonho em relação a nós mesmos e pouco ou nada sabemos sobre as causas verdadeiras de nossas ações na vida prática. Vivemos, de modo indeclinável, imersos em subjetividade. As perguntas fundamentais do autoconhecimento quem sou? O que realmente desejo? O que devo fazer da minha vida? Qual o sentido de tudo isso? – estão fora do alvo e do projeto constitutivo da ciência. Imaginar que ela será algum dia capaz de atender a nossa demanda de autoconhecimento, valores e inteligibilidade é como esperar que um cego de nascença nos ilumine sobre a natureza das cores. Nossos estados mentais e as configurações flutuantes de ânimo afetam pesadamente a nossa auto-imagem e as crenças que alimentamos sobre nós mesmos. A melhor proteção contra o risco onipresente de auto-engano supondo é claro, que vale a pena proteger-se dele é tentar elucidar e entender seus mecanismos internos e a dinâmica de sua ocorrência na formação de crenças O Pior cego é o que está convicto e seguro de que vê. Não há nada mais fácil do que apontar os erros, preconceitos e fanatismo dos outros enquanto permanecemos cegos e insensíveis aos nossos próprios.

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