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Prévia do material em texto

CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
1 
 
 
Inquérito Policial 
 
 
 
 
 
 
Aula 01 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
2 
 
 
 
Conversa Inicial 
Olá, aluno! 
Seja sejam muito bem-vindo à disciplina Inquérito Policial... 
Essa é a nossa primeira aula, onde buscaremos revisitar, numa 
perspectiva panorâmica, alguns dos elementos fundamentais do Direito 
Processual Penal e seus mais relevantes princípios norteadores. 
Vamos começar? 
 
Introdução 
Hoje estudaremos os sistemas processuais penais, o conceito e a 
finalidade do Direito Processual Penal, as fases que compõem a persecução 
penal e, por fim, alguns dos mais importantes princípios que regem tanto o direito 
estatal de punir quanto o direito de liberdade daquele que se vê investigado ou 
acusado da prática de um delito. 
Somos constantemente bombardeados por notícias de jornal e periódicos 
que nos dão conta da ocorrência diária de diversos crimes. Quando finalmente 
o criminoso é identificado pela Polícia, questionamos o porquê de o Estado 
demorar tanto em condená-lo pelo ilícito praticado a fim de "pagar pelo que fez". 
 
Contextualizando 
Algumas perguntas para começarmos a esquentar: 
Por que não prender o cidadão que cometeu um delito desde logo e 
obrigá-lo a cumprir a pena prevista na lei para a conduta criminosa que praticou? 
Caso o delinquente confesse o crime, seria possível sua condenação 
imediata, sem um processo criminal? Posso eu, sem o auxílio do Estado, castigar 
aquele que cometeu um crime contra mim? 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
3 
Para responder a essas, e outras perguntas correlatas, é muito importante 
que você conheça os fundamentos basilares do Direito Processual Penal. 
 
 
Pesquise 
Sistemas processuais penais 
Ao longo da aula, o professor Flúvio vai trabalhar alguns pontos 
importantes que são fundamentais para sequência dos nossos estudos! Então, 
preste bastante atenção nos vídeos, ok? Eles estão disponíveis no material on-
line. 
Para começar, você irá conferir quais são os principais sistemas 
processuais penais existentes no mundo e suas principais características. 
A distinção mais importante a ser observada será entre o sistema 
processual penal acusatório e o sistema processual penal inquisitivo, mormente 
quanto às tarefas que cabem aos sujeitos processuais e ao tratamento 
dispensado ao réu durante seu processamento criminal. 
Vamos lá! 
Agora que estudamos as principais diferenças entre o sistema processual 
penal acusatório e o inquisitivo, vamos ver o que caracteriza um sistema como 
misto e, sobretudo, se há sistemas que podem ser considerados puramente 
acusatórios ou puramente inquisitivos. 
Finalizando o presente tema, cabe-nos, nesse momento, refletir sobre 
qual sistema processual penal é adotado no Brasil de acordo com o 
entendimento doutrinário e jurisprudencial majoritário e suas justificativas. 
 
 
Conceito e finalidades do Direito Processual Penal 
Sabendo, agora, que o sistema processual penal adotado em nosso país 
é o acusatório, conforme decidido pelo Supremo Tribunal Federal, vamos 
conversar um pouco acerca da possibilidade ou não de autotutela no Brasil. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
4 
Veja mais detalhes sobre a autotutela e sua proibição (como regra) no 
ordenamento jurídico-penal brasileiro. 
Se a autotutela é proibida, como regra, em nosso país, é dever do Estado, 
portanto, agir em nome da coletividade, em especial quando da ocorrência de 
uma infração penal. Sob esse prisma, surge a necessidade de conhecermos os 
conceitos de jus puniendi, jus libertatis e persecutio criminis. 
É isso que faremos no próximo vídeo disponível no material on-line. 
Vamos conferir os conceitos de jus puniendi, jus libertatis e persecutio 
criminis? 
Agora que sabemos que o Estado detém o poder-dever de punir aquele 
que pratica um crime (jus puniendi) e que, de outro lado, ao agente asseguram-
se os direitos e garantias necessários à sua ampla defesa (jus libertatis) no 
contexto da persecução penal (persecutio criminis), vejamos as principais 
diferenças entre o Direito Processual Penal e o Processo Penal e as finalidades 
precípuas de cada um. 
 
Fases da persecução penal 
Vimos que é no bojo da persecução penal que o Estado busca esclarecer 
as circunstâncias de um fato criminoso, buscando comprovar se 
verdadeiramente houve a ocorrência de um crime e, mais do que isso, quem 
teria sido seu responsável. É também nesse mesmo contexto que aquele sobre 
o qual recai a possível autoria do delito terá a oportunidade de se defender. 
Vamos ver agora, nos próximos vídeos, disponíveis no material on-line, 
quais são as fases da persecutio criminis, suas principais características e 
importância no âmbito do Direito Processual Penal. 
Vamos falar de persecução penal e as suas fases? 
Veja as principais características das duas fases da persecutio criminis e 
sua importância para o Direito Processual Penal. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
5 
 
Alguns princípios norteadores 
Estudamos até aqui que o Direito Processual Penal e o Processo Penal 
têm finalidades próprias, que convergem, ao final, para a efetiva e justa aplicação 
do direito ao caso concreto, ou, em outras palavras, para a devida e proporcional 
responsabilização criminal daquele que, comprovadamente, praticou um delito. 
As regras de Direito Processual Penal, contudo, devem ser interpretadas 
e aplicadas em consonância com a nova ordem constitucional estabelecida pela 
Lei Maior de 1988, em especial quando consideramos que o Código de Processo 
Penal entrou em vigor em 1942 e foi elaborado sob a égide da Constituição de 
1937, durante o assim denominado Estado Novo. 
Sendo assim, é de fundamental importância analisarmos as regras 
processuais penais — sempre de acordo com os princípios adotados pela 
Constituição Federal de 1988, chamada Constituição Cidadã, e com os direitos 
e garantias por ela assegurados. 
Nos vídeos a seguir, veremos os princípios mais relevantes aplicáveis ao 
Direito Processual Penal, disponíveis no material on-line. 
 
Trocando Ideias 
Pronto! Estamos chegando no final da nossa primeira aula! 
Gostou? 
Qual tema relacionado aos princípios e à persecução penal merece uma 
pesquisa mais aprofundada, e por quê? 
 
Leve para o Fórum do curso e debata com os seus colegas! Talvez lá você 
consiga encontrar a resposta que precisa! 
 
 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
6 
Na Prática 
Pudemos perceber o importantíssimo papel dos princípios da dignidade 
humana, do devido processo legal, da isonomia material, do in dubio pro reo, da 
presunção de inocência, da não autoincriminação, da ampla defesa, do 
contraditório, da verdade "real", da vedação das provas ilícitas, da 
obrigatoriedade, da indisponibilidade e da publicidade como pilares de 
salvaguarda do réu em face de eventuais desmandos, excessos e arbítrios que 
o Estado possa perpetrar no âmbito da persecução penal. 
Veja a definição de cada um deles: 
 
Devido processo legal 
Ao réu é assegurado um processo escorreito, com ampla defesa e 
contraditório. 
In dubio pro reo 
Em havendo alguma dúvida, o réu não pode ser prejudicado, mas deve 
ser beneficiado por ela, pendendo a dúvida para o lado mais favorável à sua 
defesa. 
Presunção de inocência, 
Ninguém pode ser considerado culpado, de nenhuma maneira, a não ser 
depois de decisão transitada em julgado. 
Não autoincriminação 
É o princípio do nemo tenetur se detegere: ninguém é obrigado a produzir 
prova contra si mesmo 
Vedação das provas ilícitas 
As provas do processo devem seguir os meios legais para sua produção, 
sob pena de serem nulas. 
 
 
CCDD – Centro de Criação e DesenvolvimentoDialógico 
 
7 
Síntese 
No presente tópico tivemos por objetivo principal trazer à mente os 
elementos fundamentais do Direito Processual e, de forma genérica, o conteúdo 
mais relevante dos princípios que o regem. 
Para tanto, vimos que o sistema processual penal adotado no Brasil é o 
acusatório, onde há clara divisão de tarefas entre aqueles que acusam, 
defendem e julgam. 
Estudamos que Direito Processual Penal não é sinônimo de Processo 
Penal, sendo que cada qual tem conceito e finalidades que lhe são próprios. 
Discorremos sobre o poder-dever de punir do Estado e o direito de 
liberdade, que deve ser plenamente assegurado àquele acusado de ter cometido 
um ilícito penal. 
Pudemos perceber o importantíssimo papel dos princípios da dignidade 
humana, do devido processo legal, da isonomia material, do in dubio pro reo, da 
presunção de inocência, da não autoincriminação, da ampla defesa, do 
contraditório, da verdade "real", da vedação das provas ilícitas, da 
obrigatoriedade, da indisponibilidade e da publicidade como pilares de 
salvaguarda do réu em face de eventuais desmandos, excessos e arbítrios que 
o Estado possa perpetrar no âmbito da persecução penal. 
De acordo com o que estudamos, agora sabemos por que não nos é 
permitido "fazer justiça com as próprias mãos" e que a responsabilização criminal 
daquele que cometeu a infração penal deve — necessariamente — ocorrer 
mediante o rigoroso respeito às normas que regem o Direito Processual Penal. 
 
 
Referências 
ANDRADE, Guilherme Oliveira. Apontamentos acerca da dignidade da 
pessoa humana. In: NICZ, Alvacir Alfredo (Org.); KLEIN, Adriano Alves (org.). 
Princípios constitucionais: Efetividade e desenvolvimento. 1. ed. São Paulo: Iglu, 
2013 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
8 
AVENA, Norberto. Processo penal esquematizado. 6ª. ed. São Paulo: 
Método, 2014. 
BADARÓ, G. H. Processo penal. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: 
Revista dos Tribunais, 2015. 
BARBOSA, Ana Paula Costa. Possibilidade de relativização do princípio 
da dignidade da pessoa humana de acordo com a teoria dos direitos 
fundamentais de Robert Alexy. Revista Diálogo Jurídico, Salvador, n. 17, p. 1-
15, 2008. Disponível em <http://www.direitopublico.com.br> Acesso em 05. ago. 
2014. 
BARROSO, Luis Roberto. Interpretação e aplicação da constituição – 
fundamentos de uma dogmática constitucional transformadora. 3ª. ed. São 
Paulo: Saraiva, 1999. 
BOSCHI, José Antonio Paganella. Das penas e seus critérios de 
aplicação. 6ª. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2013. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 3 de outubro 
de 1988. 
_____. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. 
Acesso em: 30 dez. 2015. 
_____. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 13 out. 1941a. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. 
Acesso em: 30 jan. 2016. 
COSTA RICA. Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Pacto de 
San José. 22 nov. 1969. Disponível em: 
<http://www.rolim.com.br/2002/_pdfs/pactoSanJose.pdf>. Acesso em: 30 jan. 
2016. 
FERNANDES, Antonio Scarance. Processo penal constitucional. 7. ed. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
9 
GOMES, Luiz Flávio, BIANCHINI, Alice. DAHER, Flávio. Princípios 
Constitucionais Penais. LivroeNet, 2015. 
GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 9ª. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
LENZA, P. (Coord.). Direito processual penal esquematizado. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
LOPES JR., A. Direito processual penal e sua conformidade 
constitucional. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011a. v. 1. 
_____. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. 5. ed. 
Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011b. v. 2. 
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processual Penal. Rio de Janeiro: 
Imptus, 2011. v. 5. 
MACHADO, A. A. Teoria geral do processo penal. São Paulo: Atlas, 2009. 
MAGNO, L. E. Curso de processo penal didático. São Paulo: Atlas, 2013. 
MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da Pena. São Paulo: 
Juarez de Oliveira, 2000. 
NORONHA, E. M. Direito penal. 7. ed. rev. e atual. São Paulo: Saraiva, 
1971. v. 1. 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10ª. ed. Rio de 
Janeiro: Forense, 2014. 
_____. Manual de direito penal e execução Penal. 11ª. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
_____. Princípios constitucionais penais e processuais penais. 2º. ed. 
São Paulo: Revista dos Tribunais, 2012 
PACELLI, E. Curso de processo penal. 18. ed. rev., atual. e ampl. São 
Paulo: Atlas, 2014. 
_____.; FISCHER, D. Comentários ao código de processo penal e sua 
jurisprudência. 4. ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2012. 
PACHECO, D. F. Direito processual penal: teoria, crítica e práxis. 4. ed. 
Niterói: Impetus, 2006. 
 
CCDD – Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico 
 
10 
RANGEL, P. Direito processual penal. 20. ed. atual. São Paulo: Atlas, 
2012. 
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do Contrato Social. Fonte Digital: 
www.jahr.org, 2002 
 
Referências Complementares 
Um artigo que traz uma abordagem sobre os princípios: 
“Princípios norteadores do Direito Processual Penal”, de Eliana Descovi 
Pacheco 
<http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=artigos_leitura_pdf&artigo_id=3913>. 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inquérito Policial 
 
 
 
 
 
 
Aula 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
1 
Conversa Inicial 
 
A estrutura da Segurança Pública brasileira está prevista, 
fundamentalmente, na Constituição Federal de 1988. Sob tal perspectiva, nosso 
principal objetivo será apresentá-la sob um viés constitucional, distinguindo as 
atividades preponderantes dos órgãos que a integram. 
Nesta aula apresentaremos os órgãos que integram a Segurança Pública em 
nosso país e, sobretudo, apontaremos suas principais atribuições, visando delimitar 
a missão constitucional da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Polícia Militar, do 
Corpo de Bombeiros Militar, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ferroviária 
Federal, sem esquecer do relevante papel das Guardas Municipais e da Força de 
Segurança Nacional em tal contexto. 
 
 
Vamos lá? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
2 
Contextualizando 
 
Não é raro surgirem dúvidas quanto a qual órgão de Segurança Pública 
incumbe determinada investigação ou atividade. Por exemplo, um assalto 
perpetrado contra uma agência da Caixa Econômica Federal é de atribuição 
investigativa da Polícia Civil, da Polícia Militar ou da Polícia Federal? E se fosse 
Banco do Brasil, haveria alteração em tal atribuição? A quem incumbe a 
investigação de um delito cometido contra um estrangeiro em nosso país? E um 
furto cometido a bordo de uma aeronave? Na hipótese de invasão de terras 
federais, cabe à Polícia Federal restabelecer a ordem? 
Essas e outras dúvidas sejam esclarecidas no decorrer desta aula! 
 
 
Assista à videoaula, disponível no material on-line, e acompanhe a 
apresentação dos temas que serão estudados nesta aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
3 
Pesquise 
 
A Segurança Pública na Constituição Federal de 1988 
 
Apesar de sua importância, o estudo científico da Segurança Pública parece 
não ser muito festejado. São poucas as obras e pesquisadores que, de forma séria 
e aprofundada, buscam analisar a Segurança Pública no marco da Constituição 
Federal, enquantodireito constitucionalmente assegurado a todos e, portanto, 
passível de ser exigido do Estado. 
 
 
Na videoaula, disponível no material on-line, conheceremos um pouco mais 
sobre a Segurança Pública no marco da Constituição Federal de 1988. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
4 
Objetivos principais da Segurança Pública 
 
A Segurança Pública é um direito assegurado pela Constituição Federal e 
um dever do Estado, conforme expressamente previsto no caput do artigo 144. 
 
 
Acesse o site e 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm> 
confira o artigo 144 da Constituição Federal de 1988! 
 
 
Para conhecer os principais objetivos da Segurança Pública estabelecidos 
pela Constituição Federal de 1988, acompanhe a videoaula, disponível no material 
on-line. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
5 
Atividades de Polícia 
 
De acordo com a natureza da atividade policial a ser exercida, ela pode ser 
classificada, basicamente, em atividades de Polícia Administrativa, de Polícia 
Judiciária e de Polícia Ostensiva. 
 
 
Leia o texto <http://elissoncosta.jusbrasil.com.br/artigos/112311673/policia-
administrativa-x-policia-judiciaria> e compreenda a diferença entre Polícia 
Administrativa e Judiciaria. 
 
 
Acompanhe na videoaula, disponível em no material on-line, as diferenças 
mais importantes entre cada uma dessas atividades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
6 
Órgãos de Segurança Pública e suas Atribuições 
 
O artigo 144 da Constituição Federal apresenta um rol taxativo de órgãos 
que, por vontade expressa do legislador constituinte, integram a Segurança Pública 
em nosso país. 
É possível perceber que há órgãos que atuam em âmbito nacional, como o 
caso da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Ferroviária 
Federal, além de outros que se restringem às atividades de polícia em um Estado 
da Federação, tal qual a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros. 
 
 
Acompanhe a videoaula, disponível no material on-line, e conheça as 
atribuições mais comuns de cada um dos órgãos que integram a Segurança Pública 
no Brasil. 
 
 
Não poderíamos encerrar o presente tema, sem tecer alguns breves 
comentários acerca da relevante atuação das Guardas Municipais, da Força 
Nacional de Segurança Pública e dos órgãos que fazem a segurança viária 
estadual no contexto maior da Segurança Pública no Brasil. 
 
 
Portanto, acompanhe no material on-line os comentários do professor Flúvio, 
acerca do assunto. 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
7 
Questões Correlatas 
 
É importante registrar que a Segurança Pública e a atuação rigorosa dos 
órgãos que a integram e apoiam, por si sós, não podem ser vistas como panaceia 
para solução de todos os problemas criminais aos quais, dia a dia, a sociedade 
brasileira tem sido submetida. 
De fato, o Direito Penal deve ser visto como ultima ratio na resolução de 
conflitos — e é essa a tendência mundial —, cabendo aos outros ramos jurídicos, 
como, por exemplo, o Direito Administrativo e o Direito Civil, a relevante 
incumbência de primeiro atuar. 
 
 
Por essa razão, o Direito Penal é regido pelos princípios da subsidiariedade 
e da fragmentariedade, conforme apresentado no texto <http://www.ambito-
juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13029>. 
 
 
Acesse o material on-line e acompanhe o que o professor Flúvio comenta a 
respeito dos princípios da subsidiariedade e da fragmentariedade do Direito Penal. 
 
 
Cientes, então, que a atuação do Direito Penal, enquanto braço mais forte e 
rigoroso do direito, deve se dar de forma subsidiária em relação aos demais ramos 
jurídicos e, apenas, na proteção de bens determinados, especialmente relevantes 
para uma convivência social pacífica, é preciso refletir sobre a importância dos 
Direitos Sociais, previstos, em sua maioria, no artigo 6º, da Constituição Federal de 
1988, e sua correlação com a Segurança Pública. 
 
Acompanhe, no material on-line, a correlação existente em Segurança 
Pública e os Direitos Sociais. 
 
 
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8 
Trocando Ideias 
 
Agora é o momento de trocar ideias! 
Entre no fórum, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem, e responda 
ao seguinte questionamento: 
 
Qual é a diferença entre os princípios da fragmentariedade e da 
subsidiariedade? 
 
Aproveite e discuta com seus colegas sobre as respostas e opiniões a 
respeito do tema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
9 
Na Prática 
 
A Polícia Judiciária busca a verdade e a garantia dos direitos fundamentais. 
Ela tem por missão, nos termos da sua Lei Orgânica e da Lei de Organização da 
Investigação Criminal (LOIC), coadjuvar as autoridades judiciárias na investigação 
e desenvolver e promover ações de prevenção, detecção e investigação da sua 
competência ou que lhe sejam cometidas pelas autoridades judiciárias 
competentes. 
 
 
Leia o artigo do delegado da polícia civil do Paraná Henrique Hoffmann: 
Missão da Polícia Judiciária é buscar a verdade e garantir direitos fundamentais, 
em <http://www.conjur.com.br/2015-jul-14/academia-policia-missao-policia-
judiciaria-buscar-verdade-garantir-direitos-fundamentais>. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
10 
Síntese 
 
Observamos que a Segurança Pública é um direito de todos e uma 
importante garantia constitucional, cabendo ao Estado o dever de proteger a 
incolumidade física e patrimonial das pessoas e de resguardar a ordem pública. 
Além disso, identificamos as principais diferenças entre a Polícia 
Administrativa, a Polícia Judiciária e a Polícia Ostentiva, bem como apontamos os 
órgãos que integram efetivamente o rol taxativo da Segurança Pública em nosso 
país, quais sejam, a Polícia Federal, a Polícia Civil, a Polícia Militar, o Corpo de 
Bombeiros Militares, a Polícia Rodoviária Federal e a quase extinta Polícia 
Ferroviária Federal. 
Apresentamos as atribuições legais mais corriqueiras de cada um dos 
órgãos integrantes da Segurança Pública, assim como o importante papel das 
Guardas Municipais e da Força Nacional de Segurança no enfrentamento à 
criminalidade no Brasil. 
Por fim, estudamos que o Direito Penal — e consequentemente a atuação 
dos órgãos de Segurança Pública — não pode ser considerado como a solução 
para todos os problemas de violência que enfrentamos, sendo imperioso que haja 
o devido investimento e a verdadeira concretização dos Direitos Sociais previstos 
na Constituição Federal. 
 
 
Acompanhe, no material on-line, a síntese desta aula! 
 
 
 
 
 
Centro de Criação e Desenvolvimento Dialógico (CCDD) 
 
11 
Referências 
 
 
ASSIS, Rafael Damaceno de. A realidade atual do sistema penitenciário 
brasileiro. Maio/2007. Disponível em: 
<http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/3481/A-realidade-atual-do-sistema-
penitenciario-brasileiro>. Acesso em: 12 abr. 2016. 
 
AVENA, Norberto. Processo penal esquematizado. 6ª. ed. São Paulo: Método, 
2014. 
 
BADARÓ, G. H. Processo penal. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2015. 
 
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 
2011. 
 
BELO, Warley. Tratados dos princípios penais: Volume II – princípios 
constitucionais implícitos. 1. ed. Florianópolis: Bookess, 2012 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 03 out. 1988. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso 
em: 30 dez. 2015. 
 
_____. Decreto-Lein. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. Acesso em: 30 
dez. 2015. 
 
 
 
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12 
_____. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 13 out. 1941a. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. Acesso em: 30 
jan. 2016. 
 
_____. Ministério da Justiça. Força Nacional da Segurança Pública. Brasília, 
2016. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/sua-seguranca/seguranca-
publica/forca-nacional>. Acesso em: 09 abr. 2016. 
 
_____. Lei 10.446. Infrações penais de repercussão interestadual ou 
internacional. Brasília, 2002. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/L10446.htm>. Acesso em 06. abr. 
2016. 
 
_____. Lei 13.022. Estatuto Geral dos Guardas Municipais. Brasília, 2014. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-
2014/2014/Lei/L13022.htm>. Acesso em 09. abr. 2016. 
 
_____. Polícia Federal. Competências. Brasília, 2015. Disponível em: 
<http://www.pf.gov.br/acessoainformacao/competencias>. Acesso em 06. abr. 
2016. 
 
_____. Departamento da Polícia Rodoviária Federal. Conheça a PRF. Brasília, 
2015. Disponível em: <https://www.prf.gov.br/PortalInternet/conhecaPRF.faces>. 
Acesso em 08. abr. 2016. 
 
_____. Supremo Tribunal Federal. Coletânea Temática de Jurisprudência – 
Direito Penal e Processual Penal. Brasília, 2013. Disponível em: 
<http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaocatalogoprodutoproduto/anexo/versa
o_web.pdf>. Acesso em 21. mar. 2016 
 
 
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13 
 
BRODBECK, Rafael Vitola. Inquérito policial. Instrumento de defesa e garantia 
dos direitos fundamentais da pessoa humana. Porto Alegre: Nuria Fabris, 2011. 
 
CASA CIVIL. Sistema Estadual de Legislação. Paraná, 1982. Disponível em: 
<http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto
=7724>. Acesso em 08 abr. 2016. 
 
CUNHA, Rogério Sanches; TAQUES, Pedro; GOMES, Luiz Flávio (coords.). 
Limites constitucionais da investigação. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2009. 
 
DARA, Anderson Souza. Inquérito policial. Competência e nulidades de atos de 
polícia judiciária. Curitiba: Juruá, 2006. 
 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 25ª ed. São Paulo: Atlas, 
2012. 
 
DOMINGOS, Rafael Faria. Estatuto Geral das Guardas Municipais: análise dos 
dispositivos da Lei n. 13.022/2014. Ago/2014. Disponível em: 
<https://jus.com.br/artigos/31004/estatuto-geral-das-guardas-municipais-analise-
dos-dispositivos-da-lei-n-13-022-2014>. Acesso em 09. Abr. 2016. 
 
DOTTI, René Ariel. Curso de direito penal – parte geral. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2004. 
 
LIMA, Renato Sérgio; Ratton, José Luiz; Azevedo, Rodrigo Chiringhelli de (orgs.). 
Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014. 
 
 
 
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LOPES JR., Aury. Sistemas de investigação preliminar no processo penal. 2ª 
ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. 
 
 
MARQUES, Arquimedes. A polícia cidadã, o cidadão e a constituição cidadã. 
Jun/2009. Disponível em: < http://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=1415>. 
Acesso em: 12 abr. 2016. 
 
MARQUES, Oswaldo Henrique Duek. Fundamentos da pena. São Paulo: Juarez 
de Oliveira, 2000. 
 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 23º ed. São Paulo: 
Editora RT, 1998. 
 
NABUCO FILHO, José. Por que a polícia é despreparada para lidar com 
manifestações? Nov/2013. Disponível em: <http://www.diariodocentrodo 
mundo.com.br/por-que-a-policia-e-despreparada-para-lidar-com-manifestacoes/>. 
Acesso em 12 abr. 2016. 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10ª. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
 
______. Manual de direito penal e execução Penal. 11ª. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
 
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. Campinas: Autores Associados, 2008. 
 
SCHINEIDER, Rodolfo Herberto. Abordagens atuais em Segurança Pública. 
Porto Alegre: PUCRS, 2011. 
 
 
 
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15 
SILVA, José Afonso da. Comentário contextual à Constituição. 6. ed. São Paulo: 
Malheiros, 2009, p. 635. 
 
______. Curso de direito constitucional positivo – resumo. 16. ed., São Paulo: 
Malheiros, 1999. 
 
SILVA, J. G. da. O inquérito policial e a polícia judiciária. 4. ed. rev. e atual. 
Campinas: Millennium, 2002. 
 
 
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1 
 
 
 
Inquérito Policial 
Aula 3 
 
 
Professor Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia 
 
 
 
 
 
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2 
Conversa Inicial 
Olá! Seja bem-vindo à terceira aula da disciplina “Inquérito Policial”! 
Nesse encontro, serão abordados os seguintes temas: 
 Conceito, finalidade e principais características do inquérito policial; 
 Início e formalização do inquérito policial; 
 Desenvolvimento das investigações criminais; 
 O ato do indiciamento pela autoridade policial; 
 Prazos para conclusão do inquérito policial e o relatório final. 
Antes de começar, acesse o material on-line e confira o vídeo com os 
comentários iniciais do professor Flúvio. 
Contextualizando 
 Como se dá o início da persecução penal estatal na fase policial? 
 Quais os limites e o efetivo alcance de um inquérito policial? 
 Ele é mesmo imprescindível para a investigação de todo e qualquer 
delito? 
 De que forma a Polícia Judiciária investiga? 
 Quais as diligências policiais permitidas pela lei? 
 Há acusados e réus no âmbito do inquérito policial? 
 O que acontece quando as investigações são encerradas pelo 
Delegado? 
Responder a essas e outras indagações pertinentes ao inquérito policial 
é o objetivo primordial de nosso estudo. 
Para tanto, veremos o conceito, a finalidade e as características mais 
importantes do inquérito policial, sobretudo aquelas que o distinguem de um 
processo criminal. 
 
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3 
Estudaremos as hipóteses legais que autorizam a instauração do 
inquérito policial, seus principais meios de sua formalização, como se dá o 
desenvolvimento das investigações criminais e quais as diligências policiais 
mais utilizadas pela polícia a fim de desvendar um crime. Analisaremos o ato 
de indiciamento, seu significado no contexto das investigações e suas 
formalidades. 
Concluiremos nosso estudo apontando os prazos mais comuns para 
conclusão do inquérito policial, a importância do relatório final do Delegado, seu 
conteúdo e seus reflexos na propositura da ação penal perante o Poder 
Judiciário. 
Pesquise 
Tema 1 – Conceito, finalidade e principais características do inquérito 
policial 
Estudamos que a primeira fase da persecução penal é a pré-processual, 
na qual, em síntese, são feitas investigações preliminares, a fim de esclarecer 
as circunstâncias de uma determinada infração penal e sua respectiva autoria. 
Uma das formas de investigação preliminar mais comum permitida pelo 
ordenamento jurídico processual penal brasileiro é o inquérito policial, 
instaurado e instruído, como regra, pelo Delegado de Polícia. 
Acesse o material on-line e assista a duas videoaulas do professor 
Flúvio. A primeira trata do conceito e das finalidades do inquérito policial e a 
segunda das suas principais características. 
Mesmo se tratando de um expediente de natureza precipuamente 
inquisitiva, é salutar fazer a distinção entre sigilo e segredo de justiça no âmbito 
do inquérito policial, analisando suas implicações quanto ao acesso aos autos 
por parte de qualquerum do povo, do próprio investigado e de seu advogado. 
Além disso, precisamos saber se o inquérito policial é de fato 
indispensável para a propositura de uma ação penal ou se, a depender da 
 
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4 
situação, seria possível o início do processamento criminal do suposto autor 
em juízo, mesmo sem que tenha havido investigações preliminares. 
Acesse o material on-line e assista à videoaula na qual o professor 
Flúvio trata especificamente da disponibilidade do inquérito policial, do sigilo e 
do segredo de justiça. 
Tema 2 – Início e formalização do inquérito policial 
É certo que o inquérito policial é uma das formas mais corriqueiras de se 
dar início à persecução penal estatal em busca do esclarecimento das 
circunstâncias e autoria de um delito. 
Contudo, nem sempre é possível ao Delegado de Polícia instaurar um 
inquérito policial de ofício a partir da simples notícia da prática de um crime. Há 
infrações penais que somente poderão ensejar a instauração de inquérito 
policial se atendidos alguns pressupostos, conforme a ação penal 
correspondente. 
Acessando o material on-line você confere a videoaula do professor 
Flúvio, que trata das hipóteses em que o inquérito policial pode ser instaurado 
pelo Delegado de Polícia, independentemente de quaisquer condições, e das 
que carecem do adimplemento de condição específica. 
Sabemos agora que a instauração de um inquérito policial de ofício pelo 
Delegado de Polícia dependerá da ação penal que estiver legalmente 
vinculada ao crime a ser investigado: 
 Se a ação penal for pública e incondicionada, instaura-se de ofício; 
 Se for pública condicionada é preciso representação do ofendido ou 
requisição do Ministro da Justiça; 
 Se privada, a investigação somente poderá se iniciar por meio de 
requerimento da vítima. 
 
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5 
Uma vez presentes os pressupostos autorizativos para instauração de 
um inquérito policial, precisamos estudar como se dá sua formalização. Para 
isso, acesse o material on-line e confira a videoaula do professor Flúvio! 
Tema 3 – Desenvolvimento das investigações criminais 
Instaurado o inquérito policial, seja por meio de Portaria ou de Auto de 
Prisão em Flagrante, as investigações policiais poderão - e, na maioria dos 
casos, deverão - ser aprofundadas a partir da realização de diversas diligências 
a serem realizadas sob o comando do Delegado de Polícia. 
Quais diligências policiais serão realizadas e em qual ordem é algo que 
cabe ao Delegado de Polícia decidir, de acordo com um juízo de legalidade, 
oportunidade e conveniência. 
Acesse o material on-line e confira a videoaula do professor Flúvio, que 
trata do desenvolvimento do inquérito policial e a discricionariedade da 
autoridade policial na busca pelas evidências. 
O Código de Processo Penal apresenta, de forma meramente 
exemplificativa, algumas diligências que estão à disposição do Delegado de 
Polícia no desenvolvimento de seu mister investigativo. 
Acesse o material on-line e confira o vídeo do professor Flúvio, que trata 
das principais diligências policiais previstas no Código de Processo Penal. 
Se o Delegado de Polícia tem o poder discricionário de optar pela 
realização desta ou daquela diligência policial, o mesmo não pode ser dito 
quanto ao exame de corpo de delito, cuja realização é obrigatória nos crimes 
que deixam vestígios. 
Acesse o material on-line e confira a videoaula do professor Flúvio sobre 
o exame de corpo de delito. 
No final dos estudos pertinentes à nossa primeira aula, vimos alguns 
 
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6 
princípios norteadores do Direito Processual Penal. Entre eles, o princípio do 
nemo tenetur se detegere ou da não autoincriminação, o qual assegura ao réu 
o direito de não produzir provas contra si mesmo. 
Não há dúvidas de que tal princípio se amolda perfeitamente à fase 
acusatória do Processo Penal, mas e quanto à fase inquisitiva do inquérito 
policial? Seria possível a aplicação desse princípio? 
Acesse o material on-line e confira a videoaula do professor Flúvio sobre 
o princípio da não autoincriminação e sua aplicação no inquérito policial. 
Tema 4 – O ato do indiciamento pela autoridade policial 
Com a realização das diligências policiais e consequente análise dos 
resultados obtidos, o Delegado de Polícia terá condições de formar seu 
convencimento quanto à efetiva prática - ou não - de uma infração penal e sua 
respectiva autoria. 
Na hipótese de restar comprovado o cometimento do delito e de haver 
indícios de quem foi responsável por ele, a autoridade policial deverá indiciar o 
investigado. O ato de indiciamento, de titularidade exclusiva do Delegado de 
Polícia, é considerado formal e, por assim ser, deverá atender às exigências 
impostas pela lei. 
Acesse o material on-line e confira duas videoaulas com os seguintes 
temas: 
 O ato de indiciamento. 
 Os direitos que devem ser assegurados ao investigado antes e durante 
seu indiciamento. 
 
 
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7 
Tema 5 – Prazos para conclusão do inquérito policial e do relatório final 
Quanto tempo tem o Delegado de Polícia para concluir as 
investigações? O prazo muda se o investigado estiver preso? Há prazos 
distintos a serem considerados conforme a natureza do delito? 
Para saber a resposta a essas indagações, acesse o material on-line e 
confira o vídeo do professor Flúvio! 
Acesse o material on-line e confira o vídeo do professor Flúvio sobre os 
prazos mais comuns para conclusão do inquérito policial, com investigado 
preso e com investigado em liberdade. 
Com a conclusão das investigações, cabe à autoridade policial 
apresentar um relatório final, onde deverá narrar quais diligências foram 
realizadas, seus resultados e, sobretudo, qual seu entendimento quanto à 
efetiva prática de uma infração penal e - sendo esse o caso - quem seria seu 
possível autor. 
No material on-line você confere duas videoaulas com os seguintes 
temas: 
 O que é o relatório final policial e seu conteúdo. 
 Qual o encaminhamento do relatório final policial e os possíveis 
desdobramentos (oferecimento de denúncia, promoção de arquivamento 
ou requisição de diligências complementares). 
Trocando Ideias 
Ficou com alguma dúvida sobre os conteúdos trabalhados nessa aula? 
Tem algum comentário ou material extra interessante para compartilhar? Então 
entre no fórum! Aproveite e veja o que seus colegas têm a dizer, esse é o 
momento de trocar informações, não deixe de participar! 
 
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8 
Na Prática 
Para ter uma visão sobre a importância do inquérito policial e o que ele 
representa para o processo penal acesse o link a seguir e leia o texto “Polícia 
Judiciária no Brasil”, uma coletânea de dois pequenos artigos, um da 
especialista em ciências criminais Walkyria Carvalho e um do delegado e 
professor Líbero Penello de Carvalho Filho. 
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-
jurisprudencia/54/artigo190865-1.asp 
Síntese 
Chegamos ao fim de nossa terceira aula! Os estudos realizados nessa 
etapa de aprendizagem nos revelaram informações importantes sobre o 
inquérito policial, sua finalidade e as atividades policiais desenvolvidas pelo 
Delegado de Polícia no bojo de uma investigação criminal. 
Vimos que o inquérito policial é um procedimento de natureza 
administrativa e investigativa, que se presta a coletar elementos informativos 
capazes de contribuir para a propositura de uma ação penal futura, quando se 
consegue a prova da materialidade do delito e dos indícios de autoria, ou para 
evitar o processamento criminal injusto daquele que - sabidamente - não foi o 
responsável pela prática delituosa. 
Aprendemos as características primordiais do inquérito policial, que o 
distinguemde forma bastante evidente da ação penal, suas formas de início 
(que dependem do delito a ser investigado e de sua correlata ação penal) e as 
diligências policiais mais corriqueiras que o Código de Processo Penal coloca à 
disposição do Delegado de Polícia, as quais são meramente exemplificativas. 
Estudamos que o ato de indiciamento é privativo da autoridade policial e 
que sua formalização nos autos do inquérito revela a convicção do Delegado 
em ter comprovado o delito e coletado indícios suficientes de sua autoria. 
Por fim, analisamos o relatório final policial, seu conteúdo e os 
desdobramentos que podem advir de sua apresentação: a promoção de 
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/54/artigo190865-1.asp
http://revistavisaojuridica.uol.com.br/advogados-leis-jurisprudencia/54/artigo190865-1.asp
 
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arquivamento das investigações, a requisição de diligências consideradas 
imprescindíveis para formar a opinio delicti do Ministério Público ou o início da 
ação penal por meio do oferecimento da peça acusatória chamada de 
denúncia. 
Não finalize seus estudos sem antes acessar o material on-line e conferir 
a videoaula com os comentários finais do professor Flúvio! 
Referências 
AVENA, Norberto. Processo penal esquematizado. 6. ed. São Paulo: Método, 
2014. 
BADARÓ, G. H. Processo penal. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista 
dos Tribunais, 2015. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 3 de outubro 
de 1988. 
_____. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. 
Acesso em: 30 dez. 2015. 
_____. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil. Rio de Janeiro, 13 out. 1941a. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. 
Acesso em: 30 jan. 2016. 
BRODBECK, Rafael Vitola. Inquérito policial. Instrumento de defesa e 
garantia dos direitos fundamentais da pessoa humana. Porto Alegre: Nuria 
Fabris, 2011. 
CUNHA, Rogério Sanches; TAQUES, Pedro; GOMES, Luiz Flávio (Coords.). 
Limites constitucionais da investigação. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2009. 
DARA, Anderson Souza. Inquérito policial. Competência e nulidades de atos 
de polícia judiciária. Curitiba: Juruá, 2006. 
DOTTI, René Ariel. Curso de direito penal – parte geral. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2004. 
FERNANDES, Antonio Scarance. Processo penal constitucional. 7. ed. São 
 
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10 
Paulo: Revista dos Tribunais, 2012. 
GARCIA, Ismar Estulano. Procedimento policial. Inquérito e termo 
circunstanciado. 10. ed. rev., atual. e ampl. Goiânia: AB Editora, 2004. 
GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 9. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2012. 
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processual Penal. Rio de Janeiro: 
Imptus, 2011. v. 5. 
LIMA, Renato Sérgio; RATTON, José Luiz; AZEVEDO, Rodrigo Chiringhelli de 
(Orgs.). Crime, polícia e justiça no Brasil. São Paulo: Contexto, 2014. 
LOPES JR., Aury. Sistemas de investigação preliminar no processo penal. 
2. ed. rev., ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. 
______. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. 7. 
ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011. v.1. 
______. Direito processual penal. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
MENDRONI, Marcelo Batlouni. Curso de investigação criminal. São Paulo: 
Juarez de Oliveira, 2002. 
MUCCIO, Hidejalma. Inquérito policial. Teoria e prática. Bauru/SP: EDIPRO, 
2000 (coleção prática jurídica - série criminal). 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
______. Manual de direito penal e execução Penal. 11. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal. 18. ed. São Paulo: 
Atlas, 2014. 
SILVA, J. G. da. O inquérito policial e a polícia judiciária. 4. ed. rev. e atual. 
Campinas: Millennium, 2002. 
TOURINHO FILHO, Fernando da Costa. Processo Penal. 32. ed. São Paulo: 
Saraiva, 2010, v.1. 
______. Processo Penal. 32. ed. São Paulo: Saraiva, 2010, v. 3. 
 
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Inquérito Policial 
Aula 4 
Prof. Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia 
 
 
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1 
Conversa Inicial 
 
No contexto da investigação criminal, o inquérito policial não é o único 
instrumento utilizado para o esclarecimento das circunstâncias e autoria de 
eventual infração penal. Tratando-se de delito legalmente classificado como de 
menor potencial ofensivo, o início da persecução penal estatal deve ocorrer, como 
regra, por meio do assim chamado termo circunstanciado (e não de um inquérito 
policial), onde prevalecem critérios de celeridade, oralidade e informalidade que se 
voltam, precipuamente, quando possível, à conciliação ou à transação penal e, por 
conseguinte, ao não processamento criminal do agente. 
 
 
Preparado?Preparado?Preparado?Preparado? 
 
 
 
 
 
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2 
Contextualizando 
 
Para compreender melhor o que são infrações de menor potencial ofensivo 
e o termo circunstanciado, estudaremos a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, 
que disciplina os Juizados Especiais Criminais, notadamente a partir de seu artigo 
60. 
Estabeleceremos as principais diferenças entre o inquérito policial e o termo 
circunstanciado, bem como as hipóteses de cabimento deste último e sua 
formalização. 
Avançaremos nosso estudo apresentando as especificidades do inquérito 
policial que tramita perante a Polícia Federal (inquérito policial federal), apontando 
suas principais semelhanças e diferenças em relação ao inquérito policial de alçada 
estadual. 
Por fim, veremos que o Delegado de Polícia não detém com exclusividade a 
titularidade da investigação criminal e que, em recente decisão, o Supremo Tribunal 
Federal, no Recurso Extraordinário nº 593.727, julgado em 18 de maio de 2015, 
pacificou o entendimento quanto à possibilidade de também o Ministério Público, 
de forma complementar, atuar na apuração de infrações penais. 
 
 
Assista à videoaula, disponível no material on-line, e acompanhe a 
apresentação dos temas que serão estudados nesta aula. 
 
 
 
 
 
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3 
Pesquise 
 
A Lei nº 9.099/95 e as infrações de menor potencial ofensivo 
 
A Lei nº 9.099/95 trouxe grandes inovações ao ordenamento jurídico 
processual penal brasileiro com a regulamentação dos chamados juizados 
especiais criminais, aos quais foi atribuída a competência de processar e julgar 
as infrações penais consideradas de menor potencial ofensivo. 
 
Acompanhe na videoaula, disponível no material on-line, os princípios 
norteadores da Lei nº 9.099/95, seu objetivo maior no contexto da persecução penal 
estatal e quais são as infrações penais que passaram a ser consideradas de menor 
potencial ofensivo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4 
Termo Circunstanciado 
 
Além de trazer uma nova disposição legal para o processamento e 
julgamento de infrações penais de menor potencial ofensivo pelos juizados 
especiais criminais, a Lei 9.099/95 também apresenta um instrumento específico 
de investigação para tais tipos de delito, o qual, como regra, substitui o inquérito 
policial. 
 
Na videoaula, disponível no material on-line, veremos que novo instrumento 
é esse e sua importância na investigação dos crimes de menor potencial ofensivo. 
Confira! 
 
As hipóteses de cabimento do Termo Circunstanciado são específicas e se 
encontram bem definidas na Lei nº 9.099/95. Sua formalização,contudo, não está 
expressamente delineada, porém, pode ser inferida dos princípios que regem o 
processamento e julgamento das infrações penais de menor potencial ofensivo. 
 
Acompanhe no vídeo, disponível no material on-line, quais são as hipóteses 
de cabimento do Termo Circunstanciado e como se dá sua formalização. 
 
Não poderíamos finalizar o presente tema sem tecer alguns breves 
comentários quanto aos institutos da composição civil, da transação penal e seus 
reflexos na persecutio criminis. 
 
Portanto, acompanhe a videoaula disponível no material on-line e confira! 
 
 
 
 
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5 
Inquérito Policial Federal e suas particularidades 
 
A Polícia Federal, enquanto órgão que integra a Segurança Pública no Brasil, 
também faz uso do inquérito policial como instrumento de investigação preliminar. 
É preciso pontuar, contudo, algumas particularidades do inquérito policial federal 
em relação ao seu congênere estadual. 
 
Para tanto, acompanhe a videoaula, disponível no material on-line, para 
conhecer a Instrução Normativa nº 011/2001-DG/DPF, os objetivos de sua 
aplicação no âmbito da Polícia Federal e seus principais reflexos no 
desenvolvimento do inquérito policial federal. 
 
Ainda sobre o inquérito policial federal, é importante registrar que sua 
instauração, desenvolvimento e tramitação ocorre de forma diferenciada nos 
Estados do Sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. 
Isso porque, nesses Estados, a Justiça Federal, a Procuradoria da República 
e a Polícia Federal fazem uso de um sistema automatizado chamado eProc. 
 
Confira, na vidoaula disponível no material on-line, mais detalhes sobre o 
eProc e o inquérito policial federal na Região Sul de nosso país. 
 
 
 
 
 
 
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6 
A investigação criminal conduzida pelo Ministério Público 
 
Há algum tempo, as investigações criminais conduzidas pelo Ministério 
Público passaram a ser questionadas em juízo sob o fundamento de que o exercício 
das funções de Polícia Judiciária seria de atribuição exclusiva do Delegado de 
Polícia, conforme artigo 144, §1º, IV e §4º, da Constituição Federal de 1988. 
 
Na videoaula, disponível no material on-line, o professor tentará 
contextualizar o tema e apresentar os principais argumentos que entendem pela 
impossibilidade de o Ministério Público estar à frente de investigações criminais. 
Acompanhe! 
 
Se os argumentos pela impossibilidade parecem ser convincentes, 
impressão semelhante se tem quando estudamos os fundamentos que sustentam 
a possibilidade de o Ministério Público investigar. 
Diante do impasse e dos entendimentos divergentes, doutrinários e 
jurisprudenciais, o Supremo Tribunal Federal fora chamado a se manifestar sobre 
o assunto e, assim, dar a última palavra quanto à possibilidade ou não de 
investigações criminais serem realizadas diretamente pelo Ministério Público. 
 
Confira, na videoaula disponível no material on-line, os argumentos a favor 
da investigação pelo Ministério Público e — o que é mais importante — o 
entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, em 2015, quanto à melhor 
solução para a controvérsia. 
 
 
 
 
 
 
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Trocando Ideias 
 
Aproveite este momento para interagir e aprimorar seus conhecimentos! 
 
Acesse o fórum, disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem, e discuta 
com seus colegas sobre os temas que estamos estudando nesta aula. Não se 
esqueça de fazer pesquisas sobre as leis, textos e notícias, que estejam 
relacionados com as particularidades do Inquérito Policial Federal e a investigação 
criminal pelo Ministério Público, para compartilhar com eles a sua opinião. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na Prática 
 
Sobre a polícia federal e sua investigação, vale explorar a página oficial. 
Pode-se começar lendo algumas perguntas frequentes e suas respostas, por isso, 
acesse <http://www.pf.gov.br/acessoainformacao/perguntas-frequentes> e confira! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Síntese 
 
A partir dos estudos realizados nesta aula, concluímos que o inquérito 
policial, de fato, não é o único instrumento possível de ser utilizado na persecução 
penal para apuração e esclarecimento de eventual fato criminoso. 
A Lei nº 9.099/95 nos apresentou uma nova ferramenta, denominada termo 
circunstanciado, que deve ser manejada, como regra, quando a investigação 
versar sobre infrações de menor potencial ofensivo, assim consideradas aquelas 
cuja pena máxima seja igual ou inferior a 02 (dois) anos. 
As diferenças constatadas entre o termo circunstanciado e o inquérito policial 
nos permitem afirmar que o primeiro é regido pela oralidade, celeridade e 
informalidade que viabilizam a possibilidade de resolução do caso penal sem a 
imperiosa necessidade do efetivo ajuizamento da ação penal, uma vez que, antes 
mesmo da acusação, fomenta-se a conciliação e, num momento posterior, a 
transação penal entre as partes. 
Aprendemos ainda que há algumas importantes diferenças entre o inquérito 
policial federal, que tramita perante a Polícia Federal, e aquele que se instaura e 
desenvolve perante a autoridade policial estadual (Polícia Civil). Em síntese, o 
inquérito policial federal é regido não apenas pelos normativos comuns previstos 
no Código de Processo Penal, mas também por uma regulamentação específica 
que, atualmente, encontra-se na Instrução Normativa nº 011/2011, promulgada 
pela Direção-Geral da Polícia Federal, em Brasília/DF. 
Além disso, nos Estados do Sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina 
e Paraná), o desenvolvimento e a tramitação do inquérito policial federal se dá 
eletronicamente, por meio do sistema eProc instituído pelo Tribunal Regional 
Federal da 4ª Região. 
Por fim, observamos que, a par das acirradas discussões que se 
estabeleceram, em especial, entre os Delegados e os membros do Ministério 
Público, o Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento no sentido da 
admissibilidade de o parquet estar à frente de investigações criminais, consoante 
 
 
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restou decidido no Recurso Extraordinário nº 593.727, julgado pelo Plenário da 
Corte Suprema em 18.05.2015. 
 
 
Não se esqueça de acessar à videoaula, disponível no material on-line, para 
conferir a síntese que o professor faz sobre os temas que aprendemos hoje! 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
 
AVENA, Norberto. Processo penal esquematizado. 6ª. ed. São Paulo: Método, 
2014. 
 
BADARÓ, G. H. Processo penal. 3. ed. rev., atual. e ampl. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2015. 
 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, de 3 de outubro de 1988. 
 
_____. Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 31 dez. 1940. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm>. 
Acesso em: 30 dez. 2015. 
 
_____. Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941. Diário Oficial [da] 
República dos Estados Unidos do Brasil, Rio de Janeiro, 13 out. 1941a. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del3689.htm>. 
Acesso em: 30 jan. 2016. 
 
_____. Lei 9.099. Juizado Especiais Cíveis e Criminais. Brasília, 1995. 
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9099.htm> Acesso em 
15. abr. 2016. 
 
_____. Ministério da Justiça. Departamento de Polícia Federal. Instrução Normativa 
nº 011, de 26 de junho de 2001. Publicada no Boletim de Serviço nº 129, de 9 de 
julho de 2001. 
 
_____. Supremo Tribunal Federal. Plenário. Recurso Extraordinário nº 593.727.Rel. Min. Gilmar Mendes. j. 18.05.2015. DJE nº 97, 22.05.2015. 
 
 
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BRODBECK, Rafael Vitola. Inquérito policial. Instrumento de defesa e garantia 
dos direitos fundamentais da pessoa humana. Porto Alegre: Nuria Fabris, 2011. 
 
CUNHA, Rogério Sanches; TAQUES, Pedro; GOMES, Luiz Flávio (coords.). 
Limites constitucionais da investigação. São Paulo: Editora Revista dos 
Tribunais, 2009. 
 
DARA, Anderson Souza. Inquérito policial. Competência e nulidades de atos de 
polícia judiciária. Curitiba: Juruá, 2006. 
 
GARCIA, Ismar Estulano. Procedimento policial. Inquérito e termo 
circunstanciado. 10ª ed. rev., atual. e ampl. Goiânia: AB Editora, 2004. 
 
GRECO FILHO, Vicente. Manual de processo penal. 9ª. ed. São Paulo: Saraiva, 
2012. 
 
LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processual Penal. Rio de Janeiro: Imptus, 
2011. v. 5. 
 
LOPES JR., A. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. 7. 
ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2011a. v. 1. 
 
______. Direito processual penal e sua conformidade constitucional. 5. ed. Rio 
de Janeiro: Lumen Juris, 2011b. v. 2. 
 
______. Direito processual penal. 10ª. ed. São Paulo: Saraiva, 2013. 
 
______. Sistemas de investigação preliminar no processo penal. 2ª ed. rev., 
ampl. e atual. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003. 
 
 
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13 
 
MENDRONI, Marcelo Batlouni. Curso de investigação criminal. São Paulo: 
Juarez de Oliveira, 2002. 
 
MUCCIO, Hidejalma. Inquérito policial. Teoria e prática. Bauru/SP: EDIPRO, 
2000 (coleção prática jurídica - série criminal). 
 
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de direito penal. 10ª. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
 
______. Manual de direito penal e execução Penal. 11ª. ed. Rio de Janeiro: 
Forense, 2014. 
 
OLIVEIRA, Eugênio Pacelli. Curso de Processo Penal. 18ª. ed. São Paulo: Atlas, 
2014. 
 
SILVA, J. G. da. O inquérito policial e a polícia judiciária. 4. ed. rev. e atual. 
Campinas: Millennium, 2002. 
 
 
 
 
 
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Inquérito Policial 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
Professor 
 
 
 
 
 
 
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Conversa Inicial 
 
Você chegou à quinta aula de Inquérito Policial, seja bem-vindo! 
Infelizmente, vivemos em uma sociedade onde é alto o índice de criminalidade, 
onde temos que conviver com delitos comezinhos até a corrupção 
institucionalizada. Com bastante frequência, ouvimos acerca da prisão em 
flagrante ou temporária de alguém que, em tese, seria responsável por 
determinada prática criminosa. Expressões como “prisão preventiva” e “prisão 
temporária” deixaram de ser novidade. 
Quando o assunto é a prisão de alguém, questionamentos diversos 
podem surgir: qual o motivo da prisão? Por quanto tempo o agente ficará preso? 
Essa prisão é provisória ou definitiva? Se provisória, o tempo que o agente 
permaneceu preso será descontado quando do cumprimento da pena definitiva 
após eventual condenação? Como saber que alguém está em flagrante delito? 
Será que se eu vir alguém na rua, praticando um crime, poderei prendê-lo em 
flagrante ou somente a Polícia pode fazê-lo? 
 
O propósito de nosso estudo será apresentar as principais modalidades 
de prisão existentes no ordenamento jurídico-penal brasileiro, começando da 
prisão em flagrante, passando pela prisão preventiva e finalizando na prisão 
temporária. Para cada uma delas, apontaremos seus respectivos requisitos 
legais, hipóteses de cabimento e duração. 
Terminaremos com breves notas sobre o ato de prisão em si, onde e como 
pode ocorrer, e com o tratamento especial que a lei determina seja dado aos 
presos provisórios. 
 
O professor Flúvio mais uma vez nos apresenta o conteúdo, vamos assistir no 
material online! 
 
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3 
Contextualizando 
Nesta aula estudaremos as principais mudanças trazidas pela Lei nº 
12.403/11 quanto aos pressupostos genéricos para decretação de prisão 
provisória; as modalidades de prisão atualmente existentes no Brasil (prisão-
pena, prisão cautelar e prisão pré-cautelar); a classificação das diversas formas 
de flagrante; o estudo dos requisitos necessários e como deve ocorrer a 
formalização do Auto de Prisão em Flagrante; as providências judiciais que 
podem ser adotadas quando do recebimento do Auto de Prisão em Flagrante 
pelo magistrado. 
 
Serão esclarecidos quais são os requisitos, as condições de 
admissibilidade e os pressupostos específicos necessários para a decretação da 
prisão preventiva, bem como as hipóteses de cabimento e o procedimento 
específico da prisão temporária. 
Distinguiremos a prisão temporária da prisão preventiva; quais as 
condições para realização de uma prisão e, também, as especificidades relativas 
ao tratamento a ser dado aos presos provisórios. 
 
 
Preparado para iniciar? Vamos lá! 
 
Pesquise 
TEMA 1: A Lei nº 12.403/11 e as modalidades de prisão 
 
A doutrina sempre se manifestou, até com certa veemência, quanto à 
necessidade de se evitar a banalização das prisões cautelares, assim, 
entendidas aquelas decretadas durante o curso do Processo Penal. 
 
 
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Algumas decisões judiciais, calcadas no princípio da presunção de 
inocência, faziam coro à doutrina a fim de sustentar que as prisões durante a 
persecução penal teriam que ser medidas excepcionais e fundamentadas na 
cautelaridade, vale dizer, jamais poderiam representar um cumprimento 
antecipado de pena. 
Somente com a Lei 12.403, de 04 de maio de 2011, a prisão no curso da 
persecução penal passou a ser efetivamente tratada como extrema ratio, ou seja, 
um investigado ou réu ainda não condenado definitivamente somente poderia 
ser preso se, comprovadamente, não houvesse a possibilidade de cumprimento 
de alguma medida alternativa à prisão. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm 
 
Nos vídeos a seguir, trataremos sobre esse tema e procuraremos 
contextualizar a questão, apontando, ao final, as modalidades de prisão 
atualmente existentes no Brasil e seus pressupostos genéricos. 
 
O professor Flúvio explica sobre a banalização da prisão provisória, a 
presunção de inocência e o advento da Lei 12.403/11 (prisão como extrema ratio, 
medidas cautelares alternativas à prisão), confira no material online! 
 
Assista no material online as principais modalidades de prisão atualmente 
existentes no Brasil (prisão-pena e prisão cautelar) e seus pressupostos 
genéricos (sentença penal condenatória ou necessidade, adequação e utilidade, 
combinado com (c/c) excepcionalidade, c/c fumus delicti commissi e periculum 
libertatis). 
 
TEMA 2: Prisão em flagrante 
Todo aquele que for encontrado praticando um crime estará sujeito 
a ser preso em flagrante delito. A Constituição Federal de 1988 e o Código de 
Processo Penal estabelecem as bases legais da prisão em flagrante, cabendo à 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12403.htm
 
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legislação infraconstitucional definir as hipóteses em que o sujeito poderá ser 
considerado em flagrante delito. 
Nos vídeos a seguir, apresentaremos as bases normativas 
(constitucionais e infraconstitucionais) da prisão em flagrante e esclareceremos 
a quem cabe a missão de prender em flagrante e em quais circunstâncias poderá 
haver a prisão. 
 
Veja o professor Flúvio apresentando, no material online, a base 
constitucional e legal da prisão em flagrante, quem pode ser sujeito ativo e quem 
pode ser sujeito passivo. 
 
A doutrina apresenta algumas classificações do flagrante, que pode ser, 
dentre outros, obrigatório, facultativo, próprio, impróprio, presumido,preparado, 
esperado, forjado e retardado. Vejamos nos próximos vídeos as principais 
diferenças entre os tipos mais comuns de flagrante. 
 
Sobre a diferença entre o flagrante obrigatório e o flagrante facultativo, o 
professor Flúvio nos explica no material online. 
 
Você sabe a diferença entre o flagrante próprio e o flagrante impróprio? 
Entenda assistindo à videoaula a seguir, acesse o material online para conferir! 
 
Ainda temos o flagrante presumido e o preparado. Já ouviu falar de algum 
deles? Reflita o que você lembra e confira a explicação no material online! 
 
Para fechar nosso entendimento sobre os tipos de flagrantes, o professor 
Flúvio fecha com a explicação das diferenças entre o flagrante esperado, o 
flagrante forjado e o flagrante retardado. Acompanhe no material online! 
 
 
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6 
Agora que sabemos as diferentes classificações do flagrante, convém 
estudarmos qual autoridade estatal tem o poder de lavrar o auto de prisão e onde 
deve ser lavrado, se no local onde o fato criminoso fora praticado ou onde o 
agente fora preso, caso sejam diversos. 
 
É isso que veremos no material online, no qual o professor fala 
brevemente sobre quem tem legitimidade para lavratura do auto de prisão em 
flagrante e sobre o local onde deve ser lavrado. 
 
Estudamos até aqui que a autoridade policial — o Delegado de Polícia — 
é a única legitimada à lavratura da prisão em flagrante e que o auto deve ser 
lavrado no local onde ocorrer a prisão. Por se tratar de cerceamento do direito 
de ir e vir de uma pessoa, mesmo que de alguém em flagrante delito, a lavratura 
do auto de prisão se reveste de algumas formalidades importantes que devem 
ser rigorosamente observadas, sob pena de a prisão ser considerada ilegal. 
 
Veremos no material online quais são essas formalidades, qual o 
procedimento de lavratura do auto de prisão em flagrante e a ordem que deve 
ser respeitada para a prática de cada ato. Acesse lá! 
Questão interessante e muitas vezes mal compreendida é aquela que se 
refere à possibilidade ou não de ser arbitrada fiança ao preso para que, feito o 
pagamento, possa responder pelo crime em liberdade. Há circunstâncias que 
autorizam o arbitramento de fiança pelo próprio Delegado de Polícia. Outras, 
contudo, o desautorizam a fazê-lo, cabendo ao juiz tal mister. 
 
Veremos quais são as hipóteses legais que permitem à autoridade policial 
e ao magistrado, respectivamente, o arbitramento de fiança àqueles presos em 
flagrante delito, bem como sua formalização e consequências. 
 
 
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Assista ao professor Flúvio, no material online, que indica as hipóteses de 
cabimento de arbitramento de fiança pela autoridade policial e pelo juiz, bem 
como sua formalização e consequências. 
 
Lavrado o necessário auto de prisão em flagrante a quem deve ser 
encaminhado? O que acontece com o preso? Deverá o agente permanecer 
preso até a conclusão das investigações ou término do processo criminal? 
 
Pretendemos dar respostas a esses questionamentos no material online! 
Nesta fase, o professor explica os possíveis desdobramentos após o 
encaminhamento dos autos do flagrante para análise judicial. 
 
Finalizando o presente estudo, importa discutirmos sobre a possibilidade 
de prisão em flagrante do agente que se apresenta espontaneamente à 
autoridade policial. Além disso, é relevante saber se há um prazo legal mínimo 
ou máximo que o agente deverá permanecer preso por ter sido surpreendido em 
flagrante delito. 
Também há a apresentação espontânea e o prazo de prisão em flagrante. 
Vamos conhecer? Confira no material online! 
 
TEMA 3: Prisão preventiva 
A prisão preventiva é uma das modalidades de prisão cautelar prevista no 
ordenamento jurídico brasileiro que permite o encarceramento durante o curso 
da investigação e da ação penal, sem que isso implique em ofensa ao princípio 
da presunção de inocência. 
No conteúdo online, pretendemos apresentar a base legal da prisão 
preventiva, as autoridades que estão legitimadas a pedi-la ou decretá-la e em 
que fase da persecutio criminis a prisão pode ocorrer. 
 
 
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Tratando-se de prisão cautelar que pode ser decretada tanto no curso das 
investigações quanto durante a ação penal, a prisão preventiva possui requisitos 
e fundamentos legais que devem ser rigorosamente observados, sob pena de 
ser considerada ilícita e arbitrária. 
Vejamos, no conteúdo online, quais são esses requisitos e fundamentos 
legais. 
 
Além dos requisitos e fundamentos legais estudados, há também 
condições de admissibilidade que, se não estiverem presentes, alternativa ou 
cumulativamente, conforme o caso, inviabilizam a decretação da prisão 
preventiva. 
 
Sobre tais condições de admissibilidade conversaremos no vídeo do 
conteúdo online com o professor! 
 
Como vimos no primeiro tema estudado, toda e qualquer prisão cautelar 
deverá ser excepcionalíssima (extrema ratio) e, portanto, sua decretação deverá 
ser muito bem fundamentada pelo magistrado, o qual deve apoiar sua decisão 
em fatos concretos. 
A questão da efetiva fundamentação do decreto prisional, bem como a 
eventual existência de prazo legal mínimo e máximo em que o agente deverá 
permanecer preso preventivamente e da possibilidade de sua substituição pela 
prisão domiciliar, serão vistas a seguir. 
 
Assista, em seu conteúdo online, sobre a necessidade de efetiva 
fundamentação do decreto prisional, do prazo da preventiva e da possibilidade 
de sua substituição pela prisão domiciliar. 
 
 
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TEMA 4: Prisão temporária 
Tal qual a prisão preventiva, a prisão temporária também faz parte do rol 
de prisões cautelares admitidas no Brasil. Chamada de "prisão para 
investigação", a prisão temporária, contudo, apresenta características e 
requisitos próprios que a distinguem claramente da prisão preventiva. 
 
No material online conversaremos sobre a base legal da prisão 
temporária, quem e quando pode pedir. 
 
Sabemos agora que a prisão temporária não pode ser determinada pelo 
juiz de ofício e que não é possível sua decretação na fase processual da ação 
penal. As hipóteses de cabimento da prisão temporária são menos complexas e 
exigentes que as impostas à prisão preventiva. 
 
Vejamos quais são no conteúdo online, não deixe de acessar! 
 
Há um rito específico a ser seguido desde o pedido da prisão temporária 
até sua decretação (ou não) pelo juiz. Ademais, ao contrário do que ocorre com 
a prisão em flagrante e com a prisão preventiva, há prazos de duração 
específicos para a prisão temporária. 
No material online veremos o procedimento específico da prisão 
temporária e os prazos estabelecidos na lei para sua duração. Confira! 
 
E você sabe quais são os prazos da prisão temporária? O professor 
Flúvio nos explica no conteúdo online. 
 
 
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TEMA 5: O ato de prisão e os presos provisórios 
É possível efetuar a prisão de alguém num feriado? Pode ser efetuada à 
noite ou de madrugada? E se o agente estiver numa festa de aniversário, num 
casamento ou num velório, mesmo assim poderá ser preso? 
O artigo 283, § 2º do Código de Processo Penal apresenta as respostas 
a tais indagações e é sobre elas que estudaremos no material online com o 
professor. Acesse lá! 
 
Sabemos agora que a prisão pode ser efetuada a qualquer dia (de 
segunda a domingo) e a qualquer hora, inclusive à noite e na madrugada. 
Contudo, o artigo que estudamos apresenta uma ressalva importantíssima ao 
final: é preciso respeitar as restrições relativas à inviolabilidade do domicílio. 
Com o professor, no conteúdo online, estudaremos quais são essas 
restrições e como elas limitam o ato de prisão. 
 
Este é onosso último tema de estudo de hoje, resta-nos deixar registrado 
que a legislação processual penal prevê tratamento diferenciado entre os 
presos provisórios, aqueles presos cautelarmente (durante a persecução 
penal), e os presos definitivos, aqueles já condenados (após a persecução 
penal). 
Essa diferenciação veremos no material online, a partir da análise do 
artigo 30 do Código de Processo Penal. 
 
Trocando ideias 
As medidas cautelares pessoais, que restringem a liberdade do indivíduo, 
são a exceção (ou, ao menos, devem ser). Pesquise por algum caso que foi 
preciso tomar esta medida. Acesse o fórum e compartilhe com os seus colegas 
o que você encontrou. Aproveite também para verificar o que eles encontraram. 
 
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11 
Discuta sobre este tipo de medida no fórum! 
Na Prática 
Na atividade anterior você pesquisou por casos nos quais tiveram a 
tomada de medidas cautelares pessoais. Assim decidiu o ministro do Supremo 
Tribunal Federal, Dias Tóffoli, ao julgar um pedido de habeas corpus. Acesse, no 
link a seguir, a notícia “Ministro diz que sequestro de bens e medidas cautelares 
são suficientes para Eder”. 
http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?noticia=Ministro
_diz_que_sequestro_de_bens_e_medidas_sao_suficientes_para_Eder&id=275
69 
 
Reflita: se fosse você no lugar do ministro, neste caso, você teria a mesma 
a atitude? 
 
Síntese 
A vigência da Lei 12.403/11 representou um marco normativo importante 
quanto a um maior prestígio ao princípio da presunção de inocência e, 
fundamentalmente, à prisão como extrema ratio no contexto do Direito 
Processual Penal. 
Vimos que as modalidades de prisão no Brasil podem ser basicamente 
classificadas em prisão-pena, aquela decorrente de sentença penal 
condenatória, e prisão cautelar, a qual engloba a prisão em flagrante (a rigor uma 
prisão pré-cautelar), a prisão preventiva e a prisão temporária. 
Quanto à prisão em flagrante, analisamos suas principais classificações 
doutrinárias, o local onde dever ser lavrada e o procedimento a ser seguido para 
sua lavratura. 
http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?noticia=Ministro_diz_que_sequestro_de_bens_e_medidas_sao_suficientes_para_Eder&id=27569
http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?noticia=Ministro_diz_que_sequestro_de_bens_e_medidas_sao_suficientes_para_Eder&id=27569
http://www.olhardireto.com.br/juridico/noticias/exibir.asp?noticia=Ministro_diz_que_sequestro_de_bens_e_medidas_sao_suficientes_para_Eder&id=27569
 
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Apontamos as hipóteses em que se permite o arbitramento de fiança pelo 
Delegado de Polícia e pelo magistrado, além dos desdobramentos que se 
seguem a partir da análise judicial da regularidade do auto de flagrante lavrado. 
Descobrimos que a apresentação espontânea não é suficiente por si só 
para ensejar a prisão em flagrante do agente, e que não é possível manter o 
agente preso cautelarmente com base tão somente nesse tipo de prisão, razão 
pela qual ser chamada pela doutrina de pré-cautelar. 
Estudamos que, para a prisão preventiva requer-se como requisitos a 
prova da materialidade do delito e indícios suficientes de autoria; como 
fundamentos, a garantia da ordem pública, a garantia da ordem econômica, a 
conveniência da instrução criminal, a garantia da futura aplicação da lei penal ou 
descumprimento de quaisquer obrigações impostas por força de outras medidas 
cautelares alternativas à prisão. 
 
 
Além de tudo isso, percebemos que é preciso estarem presentes as 
condições legais de admissibilidade como, por exemplo, ser o delito considerado 
doloso e com pena máxima privativa de liberdade superior a 4 (quatro) anos ou 
ser o agente reincidente em outro crime doloso, não sendo permitida a 
decretação da prisão preventiva, contudo, se se tratar de crime onde esteja 
presente uma excludente de ilicitude, como a legítima defesa, o estado de 
necessidade, o estrito cumprimento de dever legal e o exercício regular de um 
direito. 
Aprendemos que nem a prisão em flagrante e nem a prisão preventiva 
têm tempo legal mínimo ou máximo estabelecido em lei e que essa última pode 
ser substituída, em situações especiais, por prisão domiciliar. 
No que se refere à prisão temporária, vimos que sua previsão normativa 
se encontra em uma lei especial (Lei nº 7.960/89) e que é conhecida como prisão 
para investigação, uma vez que somente pode ser decretada na fase do inquérito 
policial e jamais de ofício (sem qualquer provocação) pelo juiz. 
 
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13 
As hipóteses de cabimento da prisão temporária nos remetem à 
imprescindibilidade da segregação pessoal para as investigações ou quando o 
investigado não tiver residência fixa ou pairar dúvida quanto à sua identidade. 
Ainda, deverá haver pelo menos indício de autoria ou participação do investigado 
em pelo menos um dos delitos listados no inciso III do artigo 1º da Lei nº 
7.960/89. 
Ao contrário do que ocorre com a prisão em flagrante e com a prisão 
preventiva, há prazo legal máximo fixado para a prisão temporária, sendo, como 
regra, de 5 (cinco) dias, prorrogáveis por mais 5, ou, nas hipóteses de crimes 
hediondos e assemelhados, de 30 (trinta) dias, prorrogáveis por igual período. 
Após vermos o procedimento pertinente à prisão temporária, passamos 
ao estudo do ato de prisão e dos normativos específicos que envolvem os presos 
provisórios, os quais, por determinação legal, devem ser mantidos separados 
dos presos definitivos. 
Chegando ao fim da aula de hoje, confira no material online a sintetização 
feita pelo professor Flúvio. 
 
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