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lei 8112 3° parte

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
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AULA 5 
(20/07/13) 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Nessa quinta e última aula será abordado o seguinte tema: 
 
• Lei 8.112/90 (3ª parte). 
 
 
Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos 
Concursos. 
 
Grande abraço e ótima aula! 
 
 
 
Armando Mercadante 
armando@pontodosconcursos.com.br 
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PONTO 8 
LEI Nº 8.112/90 
(3ª parte) 
 
8.11. CONCESSÕES (ART. 97 A 99) 
 
Em seu art. 97, a Lei 8.112/90 indica situações em que o servidor 
poderá ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, conforme 
quadro abaixo: 
 
Dias Motivo da ausência 
1 Doação de sangue 
2 Alistamento como eleitor 
8 Casamento; 
Falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e 
irmãos; 
 
No artigo seguinte (art. 98), a lei trata do horário especial para 
determinados servidores: 
 
- Servidor estudante: quando comprovada a incompatibilidade 
entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício 
do cargo, sendo exigida a compensação de horário no órgão ou 
entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do 
trabalho; 
 
- Servidor portador de deficiência: quando comprovada a 
necessidade por junta médica oficial, independentemente de 
compensação de horário; 
 
- Servidor que tenha filho ou dependente portador de 
deficiência física: quando comprovada a necessidade por junta 
médica oficial, exigindo, porém, compensação de horário; 
 
- Servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e 
II do caput do art. 76-A: vinculado à compensação de horário 
a ser efetivada no prazo de até 1 (um) ano. 
 
As pegadinhas de provas vão girar em torno da necessidade de 
compensação de horários. Guarde que o único que não precisa 
compensar horários é servidor deficiente. 
 
Já o art. 99 prescreve que ao servidor estudante que mudar de sede 
no interesse da administração é assegurada, na localidade da nova 
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residência ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino 
congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. 
 
Essa regra aplica-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou 
enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos 
menores sob sua guarda, com autorização judicial. 
 
O entendimento do STF é que a congeneridade deve ser 
observada, ou seja, se de natureza pública na origem, para 
pública ou, se privada na origem, para privada. 
 
 
8.12. TEMPO DE SERVIÇO (ART. 100 A 103) 
 
AUSÊNCIAS CONSIDERADAS COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO 
 
• doação de sangue; 
• alistamento como eleitor; 
• casamento; 
• falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, 
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos; 
• férias; 
• exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos 
Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal; 
• exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer 
parte do território nacional, por nomeação do Presidente da República; 
• participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em 
programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o 
regulamento; 
• desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito 
Federal, exceto para promoção por merecimento; 
• júri e outros serviços obrigatórios por lei; 
• missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme 
dispuser o regulamento; 
• licença: 
a) à gestante, à adotante e à paternidade; 
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses, 
cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em 
cargo de provimento efetivo; 
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou 
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para 
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por 
merecimento; 
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional; 
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; 
f) por convocação para o serviço militar; 
• deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18; 
• participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar 
representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme 
disposto em lei específica; 
• afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil 
participe ou com o qual coopere. 
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TEMPO CONTADO APENAS PARA EFEITO DE APOSENTADORIA E 
DISPONIBILIDADE 
 
• o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito 
Federal; 
 
• a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com 
remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses. 
 
• a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o; 
 
• o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, 
estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público 
federal; 
 
• o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social; 
 
• o tempo de serviço relativo a tiro de guerra; 
 
• o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a 
que se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102. 
 
 
 
Para fechar, duas regrinhas: 
 
• É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado 
concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou 
entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e 
Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia 
mista e empresa pública. 
 
• O tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças 
Armadas, é contado para todos os efeitos. 
 
 
8.13. DIREITO DE PETIÇÃO (ART. 104 A 115) 
 
O servidor tem direito de apresentar requerimento aos Poderes 
Públicos para defesa de direito ou de interesse. 
 
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A petição será dirigida à autoridade competente para decidi-la e 
encaminhada por intermédio daquela a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
 
Uma vez apresentado, o requerimento deve ser despachado em 5 
dias e decidido dentro de 30 dias. 
 
 
 
 
 
Prescrição do direito de petição: 
 
5 anos 120 dias 
 
demissão 
cassação de aposentadoria 
cassação de disponibilidade 
interesse patrimonial afetado 
créditos resultantes das relações 
de trabalho. 
 
 
demais casos, salvo quando 
outro prazo for fixado em lei 
 
 
 
Informações importantes sobre a prescrição: 
 
• O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato 
não for publicado; 
 
• O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
interrompem a prescrição; (atenção com a pegadinha que 
substitui a expressão “interrompem” por “suspendem”!!!). 
 
• A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela 
administração. 
 
 
Pedido de reconsideração 
 
É cabível pedido de reconsideração à autoridade que houver 
expedido o ato ouproferido a primeira decisão, não podendo ser 
renovado. 
 
O prazo para sua interposição é de 30 (trinta) dias, a contar da 
publicação ou da ciência da decisão recorrida. 
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O pedido de reconsideração deve ser despachado em 5 dias e 
decidido dentro de 30 dias. 
 
Em caso de provimento pedido de reconsideração, os efeitos da 
decisão retroagirão à data do ato impugnado. 
 
 
Recurso 
 
É cabível recurso no prazo de 30 dias a contar da publicação ou 
da ciência da decisão recorrida: 
 
- do indeferimento do pedido de reconsideração; 
 
- das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
 
O recurso deve ser dirigido à autoridade imediatamente superior à 
que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, 
em escala ascendente, às demais autoridades. 
 
Será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver 
imediatamente subordinado o requerente. 
 
O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da 
autoridade competente. 
 
Em caso de provimento do recurso, os efeitos da decisão retroagirão 
à data do ato impugnado. 
 
 
8.14. DEVERES E PROIBIÇÕES (ART. 116 A 117) 
 
Questões envolvendo deveres e proibições são bem fáceis, valendo 
aqui o bom senso do candidato, principalmente quanto aos deveres. 
 
A banca tentará complicar sua vida em apenas algumas proibições, 
quando usará daquelas pegadinhas de trocar palavras. Abaixo 
reproduzirei tais proibições destacando os trechos explorados pelas 
bancas: 
 
• ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia 
autorização do chefe imediato; 
 
• retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição 
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• opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço 
 
• promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; 
 
• cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua 
responsabilidade ou de seu subordinado; 
 
• participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
 
Importante: essa proibição não se aplica às seguintes 
hipóteses: 
 
• participação nos conselhos de administração e fiscal de 
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou 
indiretamente, participação no capital social; 
• participação em sociedade cooperativa constituída para 
prestar serviços a seus membros; e 
• gozo de licença para o trato de interesses particulares; 
 
• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro (é a chamada advocacia administrativa); 
 
• manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
 
 
Segue quadro com os deveres e proibições listados na Lei 8.112/90: 
 
 
 
DEVERES 
 
 
PROIBIÇÕES 
 
• exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo; 
• ser leal às instituições a que servir; 
• observar as normas legais e 
regulamentares; 
• cumprir as ordens superiores, exceto 
quando manifestamente ilegais; 
 
• ausentar-se do serviço durante o 
expediente, sem prévia autorização 
do chefe imediato; 
• retirar, sem prévia anuência da 
autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
• recusar fé a documentos públicos; 
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• atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as 
informações requeridas, ressalvadas as 
protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas 
para defesa de direito ou 
esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da 
Fazenda Pública. 
• levar as irregularidades de que tiver 
ciência em razão do cargo ao 
conhecimento da autoridade superior 
ou, quando houver suspeita de 
envolvimento desta, ao conhecimento 
de outra autoridade competente para 
apuração; 
• zelar pela economia do material e a 
conservação do patrimônio público; 
• guardar sigilo sobre assunto da 
repartição; 
• manter conduta compatível com a 
moralidade administrativa; 
• ser assíduo e pontual ao serviço; 
• tratar com urbanidade as pessoas; 
• representar contra ilegalidade, omissão 
ou abuso de poder. 
 
• opor resistência injustificada ao 
andamento de documento e processo 
ou execução de serviço; 
• promover manifestação de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição; 
• cometer a pessoa estranha à 
repartição, fora dos casos previstos 
em lei, o desempenho de atribuição 
que seja de sua responsabilidade ou 
de seu subordinado; 
• coagir ou aliciar subordinados no 
sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido 
político; 
• manter sob sua chefia imediata, em 
cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até 
o segundo grau civil; 
• valer-se do cargo para lograr 
proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função 
pública; 
• participar de gerência ou 
administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, 
exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou 
comanditário; 
• atuar, como procurador ou 
intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de 
benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o 
segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
• receber propina, comissão, presente 
ou vantagem de qualquer espécie, 
em razão de suas atribuições; 
• aceitar comissão, emprego ou pensão 
de estado estrangeiro; 
• praticar usura sob qualquer de suas 
formas; 
• proceder de forma desidiosa; 
• utilizar pessoal ou recursos materiais 
da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
• cometer a outro servidor atribuições 
estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e 
transitórias; 
• exercer quaisquer atividades que 
sejam incompatíveis com o exercício 
do cargo ou função e com o horário 
de trabalho; 
• recusar-se a atualizar seus dados 
cadastrais quando solicitado. 
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8.15. ACUMULAÇÃO (ART. 118 A 120) 
 
De acordo com o art. 118 da Lei 8.112/90, ressalvados os casos 
previstos na Constituição, é vedada a acumulação remunerada 
de cargos públicos. 
 
As hipóteses previstas no art. 37, XVI da CF são as seguintes: 
 
• dois cargos de professor; 
 
• um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
 
• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, 
com profissões regulamentadas; 
 
A proibição de acumular, nos termos do inciso XVII do referido art. 
37, estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público. 
 
A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à 
comprovação da compatibilidade de horários.O conteúdo do art. 119 veda que o servidor exerça mais de um 
cargo em comissão, exceto no caso de interino (art. 9°). 
 
O servidor também não pode ser remunerado pela 
participação em órgão de deliberação coletiva, exceto, no caso 
de remuneração devida pela participação em conselhos de 
administração e fiscal das empresas públicas e sociedades de 
economia mista, suas subsidiárias e controladas, bem como 
quaisquer empresas ou entidades em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha participação no capital social. 
 
Por fim, a Lei 8.112/90 trata da hipótese do servidor que acumula 
licitamente dois cargos efetivos e é investido em cargo em comissão, 
indicando duas soluções: 
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• ficará afastado de ambos os cargos efetivos para exercer o cargo 
em comissão; 
 
• acumulará o cargo em comissão com um dos cargos 
efetivos, se houver compatibilidade de horário e local declarada 
pelas autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
 
8.16. RESPONSABILIDADES (ART. 121 A 126) 
 
Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, 
penal e administrativamente: 
 
Responsabilidade civil Prejuízo ao erário ou a 
terceiros 
Responsabilidade penal Abrange crimes e 
contravenções 
Responsabilidade administrativa Infração disciplinar 
 
Nos termos do art. 122, a responsabilidade civil decorre de ato 
omissivo (omissão) ou comissivo (ação), doloso ou culposo, 
que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 
Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá 
perante a Fazenda Pública em ação regressiva. 
 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra 
eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. 
 
Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou 
comissivo praticado no desempenho do cargo ou função que 
caracterize infração disciplinar. 
 
Agora, as duas questões desse tema mais cobradas em prova: 
 
- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, 
sendo independentes entre si. 
 
- A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato 
ou sua autoria. 
 
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Fique atento(a) quanto a esse último ponto, pois a absolvição no 
crime por insuficiência ou ausência de provas não interfere 
necessariamente no resultado na esfera administrativa. 
 
 
8.17. PENALIDADES (ART. 127 A 142) 
 
São penalidades disciplinares: 
 
• advertência; 
• suspensão; 
• demissão; 
• cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
• destituição de cargo em comissão; 
• destituição de função comissionada. 
 
Muita atenção, pois exoneração não é punição disciplinar. As 
bancas exploram demais essa questão! 
 
Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a 
gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o 
serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os 
antecedentes funcionais. 
 
A seguir elaborei tabela com as punições disciplinares e respectivas 
hipóteses de aplicação: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Advertência 
 
- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização 
do chefe imediato; 
- retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer 
documento ou objeto da repartição; 
- recusar fé a documentos públicos; 
- opor resistência injustificada ao andamento de documento e 
processo ou execução de serviço; 
- promover manifestação de apreço ou desapreço na repartição; 
- cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em 
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou 
de seu subordinado; 
- coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação 
profissional ou sindical, ou a partido político; 
- manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; 
- recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado; 
- Infração que não justifique punição mais grave 
 
 
Suspensão 
(prazo máximo de 
90 dias, salvo no 
 
- reincidência das faltas punidas com advertência; 
- cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, 
exceto em situações de emergência e transitórias; 
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caso de recusa 
injustificada à 
inspeção médica, 
cujo prazo máximo 
é de 15 dias) 
 
- exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o 
exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; 
- recusar-se à inspeção médica; 
 
Havendo conveniência, a suspensão poderá ser convertida em 
multa de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando 
o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Demissão 
 
 
 
 
- crime contra a administração pública; 
- abandono de cargo; 
- inassiduidade habitual; 
- improbidade administrativa; 
- incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição; 
- insubordinação grave em serviço; 
- ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em 
legítima defesa própria ou de outrem; 
- aplicação irregular de dinheiros públicos; 
- revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo; 
- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
- corrupção; 
- acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas; 
- valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em 
detrimento da dignidade da função pública; 
- participar de gerência ou administração de sociedade privada, 
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na 
qualidade de acionista, cotista ou comanditário; 
- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições 
públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou 
assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou 
companheiro; 
- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer 
espécie, em razão de suas atribuições; 
- aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro; 
- praticar usura sob qualquer de suas formas; 
- proceder de forma desidiosa; 
- utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou 
atividades particulares; 
 
As demais punições são: 
 
- Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade: aplicadas 
quando o inativo houver praticado, na atividade, falta punível com a 
demissão. 
 
- Destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante 
de cargo efetivo: será aplicada nos casos de infração sujeita às 
penalidades de suspensão e de demissão. 
 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nas 
hipóteses a seguir listadas, implica a indisponibilidade dos bens e 
o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível: 
 
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• improbidade administrativa; 
• aplicação irregular de dinheiros públicos; 
• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
• corrupção. 
 
A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos dois casos 
abaixo indicados, incompatibiliza o ex-servidor para nova 
investidura em cargo públicofederal, pelo prazo de 5 
(cinco) anos. 
 
• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de 
outrem, em detrimento da dignidade da função pública; 
 
• atuar, como procurador ou intermediário, junto a 
repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo 
grau, e de cônjuge ou companheiro; 
 
 
Nos termos do art. 137, parágrafo único, não poderá retornar ao 
serviço público federal o servidor que for demitido ou destituído do 
cargo em comissão por ter cometi as seguintes infrações: 
 
• crime contra a administração pública; 
• improbidade administrativa; 
• aplicação irregular de dinheiros públicos; 
• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional; 
• corrupção. 
 
 
Esse dispositivo é de constitucionalidade questionável, pois a CF em 
seu art. 5°, XLIV, “b”, veda as penas de caráter perpétuo. Inclusive, 
tramita no STF a ADI 2975, pendente de julgamento, por meio da 
qual o Procurador Geral da República pretende obter a declaração de 
inconstitucionalidade do referido parágrafo único do art. 137. 
 
 
Cancelamento das punições 
 
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros 
cancelados se o servidor, nos períodos abaixo indicados, não houver 
praticado nova infração disciplinar. 
 
Advertência 3 anos 
Suspensão 5 anos 
 
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O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos. 
 
 
Aplicação das penalidades 
 
As penalidades disciplinares serão aplicadas: 
 
 
 
Autoridade Punição disciplinar 
 
Presidente da República, Presidentes 
das Casas do Poder Legislativo e dos 
Tribunais Federais e Procurador-Geral 
da República 
 
 
 
Demissão e cassação de aposentadoria 
ou disponibilidade 
 
Autoridades administrativas de 
hierarquia imediatamente inferior às 
acima indicadas 
 
 
Suspensão superior a 30 (trinta) dias 
 
 
Chefe da repartição e outras 
autoridades na forma dos respectivos 
regimentos ou regulamentos 
 
 
Advertência ou de suspensão de até 30 
(trinta) dias 
 
 
Autoridade que houver feito a nomeação 
 
 
Destituição de cargo em comissão 
 
 
Prescrição 
 
PRAZO PUNIÇÃO 
 
 
5 anos 
 
 
 
demissão 
cassação de aposentadoria 
cassação de disponibilidade 
destituição de cargo em comissão 
 
 
2 anos 
 
 
suspensão 
 
180 dias 
 
 
advertência. 
 
 
Quanto ao prazo prescricional disciplinar, guarde as principais regras 
para a prova: 
 
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• O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se 
tornou conhecido. 
 
• Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às 
infrações disciplinares capituladas também como crime. 
 
• A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar 
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente. 
 
• Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a 
partir do dia em que cessar a interrupção. 
 
 
Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas 
 
Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas, a autoridade que tiver ciência da 
irregularidade notificará o servidor, por intermédio de sua chefia 
imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência. 
 
Uma vez notificado, no caso de omissão do servidor, dar-se-á início à 
apuração e regularização imediata por meio de procedimento 
sumário, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá 
nas seguintes fases: 
 
 
 
Instauração 
 
- publicação do ato que constituir a comissão, a 
ser composta por 2 servidores estáveis; 
 
- indicação da autoria e da materialidade do 
ilícito objeto da apuração. 
 
 
Instrução sumária 
 
 
compreende indiciação, defesa e relatório. 
 
Julgamento 
 
 
no prazo de 5 dias do recebimento do 
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua 
decisão 
 
 
A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a 
constituiu, termo de indiciação, bem como promoverá a citação 
pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio de sua chefia 
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imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar defesa 
escrita. 
 
Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo 
quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e remeterá o 
processo à autoridade instauradora, para julgamento. 
 
No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a 
autoridade julgadora proferirá a sua decisão. 
 
A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa 
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá 
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. 
 
Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a 
pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções 
públicas em regime de acumulação ilegal. 
 
O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar 
submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da 
data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua 
prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o 
exigirem. 
 
 
Abandono de cargo e Inassiduidade habitual 
 
 
Abandono de cargo 
ausência intencional do 
servidor ao serviço por mais de 
trinta dias consecutivos 
 
Inassiduidade habitual 
é a falta ao serviço, sem causa 
justificada, por sessenta 
dias, interpoladamente, 
durante o período de doze 
meses. 
 
Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será 
adotado o procedimento sumário, o mesmo utilizado na apuração 
de acumulação ilegal de cargos. 
 
A indicação da materialidade dar-se-á: 
 
• na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do 
período de ausência intencional do servidor ao serviço superior 
a trinta dias; 
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• no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de 
falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou 
superior a sessenta dias interpoladamente, durante o período 
de doze meses; 
 
Após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório 
conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e 
remeterá o processo à autoridade instauradora para julgamento. 
 
Em que pese a lei 8.112/90 atribuir o dolo (intenção) apenas ao 
abandono de cargo, a posição predominante no STJ exige esse 
elemento subjetivo tanto no abandono como na assiduidade. 
 
 
8.18. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR (ART. 143 A 
182) 
 
Nos termos do art. 143, a autoridade que tiver ciência de 
irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua 
apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo 
disciplinar, sob pena de responsabilidade funcional. 
 
 
Sindicância: 
 
O prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 
(trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a 
critério da autoridade superior. 
 
São consequências da sindicância: 
 
• arquivamento do processo; 
 
• aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 
(trinta) dias;• instauração de processo disciplinar. 
 
 
Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de 
penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a 
instauração de processo disciplinar. 
 
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Do Afastamento Preventivo 
 
Como o objetivo de evitar que o servidor influencie na apuração da 
irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar 
poderá determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo 
prazo de até 60 (sessenta) dias, sem prejuízo da 
remuneração, podendo esse prazo ser prorrogado por igual 
período. 
 
 
Processo Disciplinar 
 
O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de 
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do 
cargo em que se encontre investido. 
 
O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três 
servidores estáveis designados pela autoridade competente, que 
indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de 
escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 
Atenção para a diferença quanto ao número de membros da comissão 
no rito sumário: 2 servidores estáveis. 
 
O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser 
exonerado a pedido, ou aposentado voluntariamente, após a 
conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso 
aplicada. 
 
A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu 
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. 
 
Como decorrência do princípio da impessoalidade, não poderá 
participar de comissão de sindicância ou de inquérito, 
cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consanguíneo 
ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
 
A Comissão exercerá suas atividades com independência e 
imparcialidade, assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da administração. As reuniões e as audiências 
das comissões terão caráter reservado. 
 
São fases do processo disciplinar: 
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• instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; 
 
• inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e 
relatório; 
 
• julgamento. 
 
O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que 
constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual 
prazo, quando as circunstâncias o exigirem. 
 
Cuidado aqui com a diferença de prazos relativamente ao processo no 
rito sumário. Enquanto no sumário o prazo é de 30 dias, prorrogável 
por até 15 dias, aqui são 60 mais 60. 
 
Vamos analisar cada uma dessas fases ... 
 
- Inquérito 
 
O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório e 
da ampla defesa. 
 
Na hipótese de o relatório da sindicância concluir que a infração é 
caracterizada como ilícito penal, a autoridade competente 
encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público. 
 
Nessa fase, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, 
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a 
coleta de prova. 
 
É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo 
pessoalmente ou por intermédio de procurador, arrolar e 
reinquirir testemunhas, produzir provas e contraprovas e formular 
quesitos, quando se tratar de prova pericial. 
 
As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado 
expedido pelo presidente da comissão. 
 
Se a testemunha for servidor público, a expedição do mandado será 
imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a 
indicação do dia e hora marcados para inquirição. 
 
As testemunhas serão inquiridas separadamente. 
 
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O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não 
sendo lícito à testemunha trazê-lo por escrito. 
 
Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, 
proceder-se-á à acareação entre os depoentes. 
 
 
Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o 
interrogatório do acusado. 
 
No caso de mais de um acusado, cada um deles será ouvido 
separadamente, e sempre que divergirem em suas declarações sobre 
fatos ou circunstâncias, será promovida a acareação entre eles. 
 
O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, bem como 
à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas 
perguntas e respostas, sendo-lhe facultado, porém, reinquiri-las 
por intermédio do presidente da comissão. 
 
Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indicação do 
servidor, com a especificação dos fatos a ele imputados e das 
respectivas provas. 
 
O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da 
comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 10 (dez) 
dias. 
 
Se o indiciado recusar-se a assinar a cópia da citação, o prazo para 
defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo 
membro da comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas 
testemunhas. 
 
Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 
(vinte) dias. 
 
O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para 
diligências reputadas indispensáveis. 
 
Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado 
por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de 
grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, 
hipótese que o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir 
da última publicação do edital. 
 
Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não 
apresentar defesa no prazo legal. 
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A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e 
devolverá o prazo para a defesa. 
 
Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do 
processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá 
ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter 
nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. 
 
Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório concluindo 
pela inocência ou à responsabilidade do servidor. 
 
Reconhecida a responsabilidade do servidor, a comissão indicará o 
dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
 
O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à 
autoridade que determinou a sua instauração para julgamento. 
 
 
- Julgamento 
 
No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, 
a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. O julgamento fora do 
prazo legal não implica nulidade do processo. 
 
Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada da autoridade 
instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade 
competente, que decidirá em igual prazo. 
 
Havendo mais de um indiciado e diversidade de sanções, o 
julgamento caberá à autoridade competente para a imposição da 
pena mais grave. 
 
Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade 
instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se 
flagrantemente contrária à prova dos autos. 
 
O julgamentoacatará o relatório da comissão, salvo quando 
contrário às provas dos autos. 
 
Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos autos, a 
autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade 
proposta, abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. 
 
 
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Revisão do Processo 
 
Iniciativa: a pedido ou de ofício. Em caso de falecimento, 
ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da 
família poderá requerer a revisão do processo. No caso de 
incapacidade mental do servidor, a revisão será requerida pelo 
respectivo curador. 
 
Prazo para o pedido de revisão: a qualquer tempo. 
 
Requisitos: fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de 
justificar a inocência do punido ou a inadequação da 
penalidade aplicada. A simples alegação de injustiça da penalidade 
não constitui fundamento para a revisão. 
 
Ônus da prova: cabe ao requerente. 
 
Procedimento: o requerimento de revisão do processo será dirigido 
ao Ministro de Estado ou autoridade equivalente, que, se autorizar a 
revisão, encaminhará o pedido ao dirigente do órgão ou entidade 
onde se originou o processo disciplinar. 
 
Prazo para conclusão: a comissão revisora terá 60 (sessenta) 
dias. 
 
Julgamento: caberá à autoridade que aplicou a penalidade julgar no 
prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, no 
curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar diligências. 
 
Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade 
aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em 
relação à destituição do cargo em comissão, que será convertida em 
exoneração. 
 
Reformatio in pejus: ou seja, da decisão da revisão do processo 
agravar a situação do servidor. Não se admite! 
 
Nesse ponto há diferença entre o pedido de revisão, que não 
admite a reforma para pior, e o recurso administrativo, que 
admite essa reforma em caso de ilegalidade na decisão 
recorrida. 
 
 
QUESTÕES DO CESPE COMENTADAS 
 
01. (TRE-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/CESPE/2009) Acerca das 
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concessões a que os servidores públicos fazem jus, assinale a 
opção correta. 
a) Servidor público não pode ausentar-se do serviço em razão de 
falecimento da própria madrasta. 
b) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, 
por até dois dias consecutivos em razão de casamento. 
c) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, 
por, no máximo, um dia para se alistar como eleitor. 
d) Deve ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando 
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da 
repartição em que trabalha, sem prejuízo do exercício de seu cargo. 
e) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, 
por, no máximo, dois dias consecutivos em razão de falecimento de 
irmãos. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A) Errada - contrariando o disposto no art. 97, III, b, da Lei 
8.112/90: que permite o afastamento por 8 dias consecutivos em 
razão de “falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta, 
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos”. 
 
B) Errada - por 8 dias consecutivos, conforme art. 97, III, a. 
 
 
C) Errada - por dois dias para alistamento como eleitor, conforme 
art. 97, II. 
 
 
D) Assertiva correta, conforme art. 98, caput, da Lei 8.112/90. 
 
 
E) Errada - de acordo com o art. 97, III, b, da Lei 8.112/90, o 
servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, em 
razão de falecimento de irmãos, por oito dias consecutivos. 
 
GABARITO: letra D 
 
 
02. (TST/ANALISTA/2008/CESPE) Considere que Carlos seja 
servidor público ocupante de cargo comissionado em um tribunal 
regional do trabalho (TRT). Carlos não pode acumular 
remuneradamente esse cargo público com outro cargo comissionado 
na administração pública federal. 
 
COMENTÁRIOS 
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Nos termos do art. 119, o servidor não poderá exercer mais de um 
cargo em comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do 
art. 9º, parágrafo único: “o servidor ocupante de cargo em comissão 
ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, 
interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das 
atribuições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar 
pela remuneração de um deles durante o período da interinidade”. 
 
GABARITO: errada 
 
 
03. (CESPE - 2010 - ABIN - OFICIAL TÉCNICO DE 
INTELIGÊNCIA - ÁREA DE DIREITO) Afasta-se a responsabilidade 
penal do servidor público que pratique fato previsto, na legislação, 
como contravenção penal, dada a baixa lesividade da conduta, 
subsistindo a responsabilidade civil e administrativa. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A responsabilidade penal do servidor público abrange crimes e 
contravenções. 
 
GABARITO: errada 
 
 
04. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) O funcionário que, 
demitido administrativamente do serviço público por ter praticado 
infração também capitulada como crime, seja absolvido do crime por 
insuficiência de provas, deverá ser reintegrado no cargo efetivo. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A absolvição criminal por insuficiência de provas não necessariamente 
influenciará na esfera administrativa, motivo pelo qual não se pode 
afirmar que o servidor será reintegrado no cargo efetivo. 
 
GABARITO: errada 
 
 
05. (AUGEM/AUDITOR/2008/CESPE) Se o servidor cometer 
infração que é, ao mesmo tempo, definida em lei como ilícito penal e 
ilícito administrativo, e o juiz absolver o servidor por insuficiência de 
provas, então ele não poderá ser punido na esfera administrativa. 
 
COMENTÁRIOS 
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Assertiva incorreta pelo mesmo raciocínio desenvolvido para a 
questão anterior: “a absolvição criminal por insuficiência de provas 
não necessariamente influenciará na esfera administrativa, motivo 
pelo qual não se pode afirmar que o servidor será reintegrado no 
cargo efetivo”. 
 
GABARITO: errada 
 
 
06. (TJSE/MAGISTRATURA/2008/CESPE) A absolvição criminal 
só afastará a persecução no âmbito da administração no caso de 
a) ficar provada na ação penal a inexistência do fato ou a negativa de 
autoria. 
b) insuficiência de provas para demonstração da participação do 
servidor no ilícito. 
c) ocorrer prescrição da pretensão punitiva. 
d) ocorrer prescrição da pretensão executória. 
e) o Ministério Público propor a suspensão do processo no rito do 
juizado especial criminal. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva correta é letra A, de acordo com o art. 126 da Lei 
8.112/90: “a responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do 
fato ou sua autoria”. 
 
GABARITO: letra A 
 
 
07. (TRE/BA/Analista/2010/CESPE) O rito sumário do processo 
administrativo disciplinar aplica-se apenas à apuração das 
irregularidades de acumulação ilícita de cargos públicos, abandono de 
cargo e inassiduidade habitual. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Assertiva correta, conforme art. 133, II, c/c art. 140. 
 
Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere 
o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia 
imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez 
dias, contados da data da ciência e, nahipótese de omissão, 
adotará procedimento sumário para a sua apuração e 
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regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se 
desenvolverá nas seguintes fases (...) 
 
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade 
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se 
refere o art. 133, observando-se especialmente que (...) 
 
GABARITO: correta 
 
 
08. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Na aplicação das 
penalidades, serão consideradas a natureza e a gravidade da infração 
cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes 
funcionais, sendo que as penalidades de advertência e de suspensão 
terão seus registros cancelados, após o decurso de três e cinco anos 
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Correta, sendo combinação dos arts. 128 e 131 da Lei 8.112/90. 
 
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a 
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela 
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou 
atenuantes e os antecedentes funcionais. 
 
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos 
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
 
GABARITO: correta 
 
 
09. (CESPE - 2011 - MMA - Analista Ambiental – I) Os deveres 
dos servidores públicos civis federais incluem a observância das 
normas legais e regulamentares, o cumprimento incondicional das 
ordens superiores e o exercício, com zelo e dedicação, das atribuições 
do cargo. 
 
COMENTÁRIOS 
 
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Não se pode impor aos servidores públicos o cumprimento 
incondicional das ordens superiores. Inclusive, sendo essas ilegais 
têm o servidor o dever de não cumpri-las. 
 
GABARITO: errada 
 
 
10. (CESPE/2011/IFB/PROFESSOR/DIREITO) A obrigação de 
reparar dano causado por servidor público ao erário estende-se aos 
sucessores, e contra eles será executada, até o limite do valor da 
herança recebida. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva reproduz o conteúdo do art. 122, §3º, da Lei 8.112/90. 
 
GABARITO: correta 
 
 
11. (CESPE/2011/TRF - 5ª REGIÃO/JUIZ) Jorge, servidor público 
federal, acusou sua colega de trabalho, Lúcia, também servidora 
pública federal, de ter-lhe atirado, enfurecida, durante o expediente 
de serviço e dentro do local de trabalho, o telefone celular a ele 
pertencente, o que lhe teria provocado lesão grave e a destruição do 
aparelho. Em sua defesa, Lúcia alegou que, no dia da mencionada 
agressão, não comparecera ao local de trabalho. 
Com base nessa situação hipotética e na Lei n. o 8.112/1990, que 
dispõe sobre os deveres e obrigações do servidor público, assinale a 
opção correta com relação à responsabilização administrativa, civil e 
criminal da referida servidora. 
a) A responsabilidade civil-administrativa não resulta de ato omissivo 
praticado por servidor no desempenho do cargo ou função. 
b) A existência de sanção penal contra Lúcia inibe a aplicação de 
sanção administrativa, e vice-versa. 
c) O prejuízo decorrente da destruição do aparelho de telefone celular 
de Jorge enseja a responsabilização administrativa de Lúcia. 
d) Caso ocorra a absolvição criminal de Lúcia, em razão de ela 
comprovar que não compareceu ao trabalho no dia em que Jorge 
sofreu a agressão, não caberá aplicação de sanção administrativa 
contra a servidora. 
e) A responsabilidade penal em geral não abrange as contravenções 
imputadas ao servidor, nessa qualidade. 
 
COMENTÁRIOS 
 
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A) A responsabilidade civil-administrativa resulta tanto de ato 
comissivo ou de omissivo, doloso ou culposo, conforme art. 122. 
 
 
B) De acordo com o art. 125, as sanções civis, penais e 
administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. 
 
 
C) O prejuízo decorrente da destruição do aparelho de telefone 
celular de Jorge enseja a responsabilização civil, e não administrativa, 
que decorre de atos omissivos ou omissivos, dolosos ou culposos, que 
resultes me prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 
 
D) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no 
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua 
autoria – art. 126. 
 
 
E) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções – art. 
123. 
 
GABARITO: letra D 
 
 
12. (CESPE/2011/FUB - ANALISTA DE TECNOLOGIA DA 
INFORMAÇÃO) A conversão da penalidade de suspensão em multa, 
na base de 50% por dia de vencimento ou remuneração, poderá 
ocorrer na hipótese de o servidor permanecer obrigatoriamente na 
repartição e quando houver conveniência para a prestação do serviço. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva é praticamente a redação do art. 130, §2º. 
 
 
GABARITO: correta 
 
 
13. (CESPE/2011/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO/SEGURANÇA) 
Aplica-se suspensão em caso de reincidência de falta punida com 
advertência e de violação de proibição que não tipifique infração 
sujeita à penalidade de demissão, não podendo a suspensão exceder 
a noventa dias. 
 
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É o que dispõe o art. 130, caput, da Lei 8.112/90. 
 
GABARITO: correta 
 
 
14. (CESPE/2011/FUB/CARGOS DE NÍVEL MÉDIO) Na hipótese 
de o servidor público praticar nepotismo sob sua chefia imediata, a 
penalidade atribuída pelo regime jurídico dos servidores federais, via 
de regra, é a suspensão pelo prazo de trinta dias. 
 
COMENTÁRIOS 
 
O nepotismo está proibido no art. 117, VIII - manter sob sua chefia 
imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge, companheiro ou 
parente até o segundo grau civil. Não podemos esquecer que a 
súmula vinculante do STF nº 13 refere-se a parentesco até o 3º grau. 
 
Conforme art. 129, referida prática dará ensejo à pena de 
advertência. 
 
GABARITO: errada 
 
 
15. (CESPE/2010/TRE-BA/Técnico Judiciário/Programação de 
Sistemas) O servidor público é proibido de ausentar-se do serviço 
sem prévia autorização do chefe imediato. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme art. 117, I, da Lei 8.112/90: “ausentar-se do serviço 
durante o expediente sem prévia autorização do chefe imediato”. 
 
GABARITO: correta 
 
 
16. (BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Como medida cautelar 
e a fim de que o servidor acusado não venha a influir na apuração da 
irregularidade, a autoridade instauradora do PAD poderá determinar o 
seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até sessenta 
dias, com prejuízo da remuneração. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Nos termos do art. 147 da Lei 8.112/90, o afastamento será sem 
prejuízo da remuneração. 
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GABARITO: errada 
 
 
17. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Técnico 
Judiciário - Conhecimentos Básicos) Uma vez aplicadas ao 
servidor faltoso, as penalidades de advertência e de suspensão 
ficarão permanentemente registradas em seu assentamento 
funcional. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Errada, pois o art.131 preceitua de forma diversa: 
 
“As penalidades de advertência e de suspensão terão seus 
registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos 
de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não houver, 
nesse período, praticado nova infração disciplinar. 
 
GABARITO: errada 
 
 
18. (TRE/MT/Analista/2010/CESPE) Instaurado o processo 
administrativo disciplinar, o servidor acusado pode ser afastado 
preventivamente por determinação da autoridade instauradora, por 
até quarenta dias após o término do processo e sem remuneração. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Errada, pois são 60 dias, prorrogáveis por igual período, com 
remuneração (art. 147). 
 
GABARITO: errada 
 
 
19. (CESPE - 2013 - INPI - Analista de Planejamento – Direito) 
O servidor público deve informar as irregularidades de que tiver 
conhecimento, em razão do cargo que ocupa, à sua autoridade 
superior para a devida apuração. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme art. 116, são deveres do servidor: “VI - levar as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao 
conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de 
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envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade 
competente para apuração”. 
 
GABARITO: correta 
 
 
 
20. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Técnico 
Judiciário - Conhecimentos Básicos) Havendo conveniência para 
o serviço, a pena de suspensão pode ser convertida em multa 
correspondente à metade por dia do vencimento ou remuneração, 
ficando o servidor obrigado a permanecer no desempenho de suas 
atribuições. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A resposta para esse enunciado está no art. 130, §2º: “quando 
houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão 
poderá ser convertida em multa, na base de 50% (cinquenta por 
cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o servidor 
obrigado a permanecer em serviço”. 
 
GABARITO: correta 
 
 
 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
 
Nas questões abaixo, julgue os itens: 
 
1) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: 
I - por 1 (um) dia, para se alistar como eleitor; II - por 2 (dois) dias, 
para doação de sangue; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão 
de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, 
madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e 
irmãos. 
 
2) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando 
comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da 
repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, independente de 
compensação de horário. 
 
3) Também será concedido horário especial ao servidor portador de 
deficiência, quando comprovada a necessidade por junta médica 
oficial, independentemente de compensação de horário. 
 
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4) Ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de 
deficiência física também será concedido horário especial, 
independente de compensação de horário. 
 
5) Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da 
administração é assegurada, na localidade da nova residência ou na 
mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em 
qualquer época, independentemente de vaga. 
 
6) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes 
Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. 
 
7) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido 
o ato ou proferido a primeira decisão, podendo ser renovado uma 
vez. 
 
8) Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; 
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. 
 
9) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de 
recurso é de 15 (quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, 
pelo interessado, da decisão recorrida. 
 
10) Em nenhuma hipótese, o recurso poderá ser recebido com efeito 
suspensivo. 
 
11) O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto 
aos atos de demissão e de cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e créditos 
resultantes das relações de trabalho; II - em 120 (cento e vinte) dias, 
nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. 
 
12) O prazo de prescrição será contado da data da ocorrência do fato. 
 
13) O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, 
suspendem a prescrição. 
 
14) Se houver interesse público, é possível relevar a prescrição. 
 
15) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, 
quando eivados de ilegalidade. 
 
16) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições 
do cargo. 
 
17) É dever do servidor ser leal às instituições a que servir. 
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18) É dever do servidor observar as normas legais e regulamentares. 
 
19) É dever do servidor cumprir quaisquer ordens superiores. 
 
20) É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior 
as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. 
 
21) É dever do servidor zelar pela economia do material e a 
conservação do patrimônio público. 
 
22) É dever do servidor representar contra legalidades. 
 
23) Ao servidor é proibido ausentar-se do serviço durante o 
expediente. 
 
24) Ao servidor é proibido retirar qualquer documento ou objeto da 
repartição. 
 
25) Ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos. 
 
26) Ao servidor é proibido opor qualquer resistência ao andamento de 
documento e processo ou execução de serviço. 
 
27) Ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou 
desapreço no recinto da repartição. 
 
28) Ao servidor é proibido cometer a pessoa estranha à repartição, 
fora dos casos previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja 
de sua responsabilidade ou de seu subordinado. 
 
29) Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordinados no sentido 
de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a partido 
político. 
 
30) Ao servidor, conforme redação da Lei 8.112/90, é proibido 
manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, 
cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau civil. 
 
31) Ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito 
pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública. 
 
32) Ao servidor é proibido, em qualquer caso, ser sócio ou acionista 
de sociedade privada, personificada ou não personificada. 
 
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33) Ao servidor é proibido atuar, como procurador ou intermediário, 
junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios 
previdenciários ou assistenciais de parentes até o terceiro grau, e de 
cônjuge ou companheiro. 
 
34) Ao servidor é proibido cometer a outro servidor atribuições 
estranhas ao cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e 
transitórias. 
 
35) Ao servidor é proibido recusar-se a atualizar seus dados 
cadastrais quando solicitado. 
 
36) Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a 
acumulação remunerada de cargos públicos. 
 
37) A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e 
funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos 
Estados, dos Territórios e dos Municípios. 
 
38) A acumulação de cargos, aindaque lícita, fica condicionada à 
comprovação da compatibilidade de horários. 
 
39) O servidor não poderá, em qualquer hipótese, exercer mais de 
um cargo em comissão. 
 
40) O servidor vinculado ao regime da Lei 8.112/90, que acumular 
licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo de 
provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos 
efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de horário 
e local com o exercício de um deles, declarada pelas autoridades 
máximas dos órgãos ou entidades envolvidos. 
 
41) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo 
exercício irregular de suas atribuições. 
 
42) A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, 
doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. 
 
43) Em caso de falecimento do servidor, a obrigação de reparar o 
dano não se estende os sucessores. 
 
44) A responsabilidade penal abrange os crimes, estando afastadas 
as contravenções. 
 
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45) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, 
sendo independentes entre si. 
 
46) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no 
caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua 
autoria, bem como a decorrente de insuficiência de provas. 
 
47) São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; 
III - demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V -
 destituição de cargo em comissão; VI - destituição de função 
comissionada; VII – multa; VIII - exoneração. 
 
48) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas 
punidas com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo 
exceder de 60 (sessenta) dias. 
 
49) Será punido com suspensão de até 30 (trinta) dias o servidor 
que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção 
médica determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos 
da penalidade uma vez cumprida a determinação. 
 
50) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de 
suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 50% 
(cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando 
o servidor obrigado a permanecer em serviço. 
 
51) As penalidades de suspensão e advertência terão seus registros 
cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo 
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, 
praticado nova infração disciplinar. 
 
52) O cancelamento da penalidade prevista acima não surtirá efeitos 
retroativos. 
 
53) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas, o servidor será notificado, por 
intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo 
improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese 
de omissão, adotar-se-á procedimento ordinário para a sua apuração 
e regularização imediata. 
 
54) No procedimento para apuração de acumulação ilegal de cargos, 
empregos ou funções públicas o prazo para apresentação de defesa 
escrita é de 10 (dez) dias. 
 
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55) A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa 
configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá 
automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. 
 
56) O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar 
para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 
públicas não excederá trinta dias, contados da data de publicação do 
ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até 
quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. 
 
57) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que 
houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. 
 
58) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante 
de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração sujeita às 
penalidades de advertência, suspensão e de demissão. 
 
59) Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor 
ao serviço por trinta dias consecutivos. 
 
60) Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem 
causa justificada, por sessenta dias consecutivos, durante o período 
de doze meses. 
 
61) Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual 
será adotado o procedimento sumário. 
 
62) A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às 
infrações puníveis com demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade e destituição de cargo em comissão; II - em 2 
(dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, 
quanto á advertência. 
 
63) O prazo de prescrição começa a correr da data de ocorrência do 
fato. 
 
64) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar 
interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade 
competente. 
 
65) Da sindicância poderá resultar arquivamento do processo ou 
aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 
(trinta) dias. 
 
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66) O prazo para conclusão da sindicância não excederá 60 
(sessenta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério 
da autoridade superior. 
 
67) Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição 
de penalidade de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de 
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou 
destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de 
processo disciplinar. 
 
68) Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a 
influir na apuração da irregularidade, a autoridade instauradora do 
processo disciplinar poderá determinar o seu afastamento do 
exercício do cargo, pelo prazo de até 30 (trinta) dias, sem prejuízo da 
remuneração. 
 
69) O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar 
responsabilidade de servidor por infração praticada exclusivamente 
no exercício de suas atribuições. 
 
70) O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de 
três servidores estáveis designados pela autoridade competente. 
 
71) Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, 
cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consanguíneo ou afim, 
em linha reta ou colateral, até o quarto grau. 
 
72) O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I) 
instauração; II inquérito administrativo, que compreende instrução, 
defesa e relatório; III - julgamento. 
 
73) O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 
(sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir 
a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo. 
 
74) O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório 
e da ampla defesa. 
 
75) O indiciado será citado por mandado expedido pelo presidente da 
comissão para apresentar defesa escrita, no prazo de 15 (quinze) 
dias. 
 
76) Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 
(vinte) dias. 
 
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77) O prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para 
diligências reputadas indispensáveis. 
 
78) Na hipótese de o indiciado ser citado por edital, o prazo para 
defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do 
edital.79) No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do 
processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão. 
 
80) O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser 
exonerado a pedido ou de ofício, ou aposentado voluntariamente, 
após a conclusão do processo e o cumprimento da penalidade, acaso 
aplicada. 
 
81) O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a 
pedido ou de ofício, quando se aduzirem fatos novos ou 
circunstâncias suscetíveis de justificar a inocência do punido ou a 
inadequação da penalidade aplicada. 
 
82) No processo revisional o ônus da prova será da Administração 
Pública. 
 
83) A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos 
trabalhos. 
 
84) No processo de revisão, o prazo para julgamento será de 30 
(trinta) dias, contados do recebimento do processo. 
 
85) Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a 
penalidade aplicada, restabelecendo-se todos os direitos do servidor, 
exceto em relação à destituição do cargo em comissão, que será 
convertida em exoneração. 
 
86) Da revisão do processo não poderá resultar agravamento de 
penalidade. 
 
GABARITO: 1) F, 2) F, 3) V, 4) F, 5) V, 6) V, 7) F, 8) V, 9) F, 10) F, 11) V, 12) F, 
13) F, 14) F, 15) V, 16) V, 17) V, 18) V, 19) F, 20) V, 21) V, 22) F, 23) F, 24) F, 
25) V, 26) F, 27) V, 28) V, 29) V, 30) F, 31) V, 32) F, 33) F, 34) V, 35) V, 36) V, 
37) V, 38) V, 39) F, 40) V, 41) V, 42) V, 43) F, 44) F, 45) V, 46) F, 47) F, 48) F, 
49) F, 50) V, 51) F, 52) V, 53) F, 54) F, 55) V, 56) V, 57) V, 58) F, 59) F, 60) F, 
61) V, 62) V, 63) F, 64) V, 65) F, 66) F, 67) V, 68) F, 69) F, 70) V, 71) F, 72) V, 
73) V, 74) V, 75) F, 76) V, 77) V, 78) V, 79) V, 80) F, 81) V, 82) F, 83) V, 84) F, 
85) V, 86) V. 
 
 
Gabarito anotado: 
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1) Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do serviço: I - por 1 (um) 
dia, para se alistar como eleitor; II - por 2 (dois) dias, para doação de sangue; 
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: a) casamento; b) falecimento do 
cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob 
guarda ou tutela e irmãos. (Conforme art. 97, para alistamento como eleitor são 2 
dias e para doação de sangue 1 dia) 
 
2) Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a 
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do 
exercício do cargo, independente de compensação de horário. (Será exigida a 
compensação de horário, conforme art. 98, §1º) 
 
3) Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, 
quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de 
compensação de horário. (Ver art. 98, § 2º) 
 
4) Ao servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de deficiência física 
também será concedido horário especial, independente de compensação de 
horário. (Será exigida a compensação de horário, conforme art. 98, §3º) 
 
5) Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é 
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em 
instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. 
(Ver art. 99) 
 
6) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa 
de direito ou interesse legítimo. (Ver art. 104). 
 
7) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou 
proferido a primeira decisão, podendo ser renovado uma vez. (Conforme art. 
106, caput, não é possível a renovação). 
 
8) Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das 
decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos. (Ver art. 107). 
 
9) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15 
(quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão 
recorrida. (Prazo é de 30 dias, conforme art. 108). 
 
10) Em nenhuma hipótese, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo. 
(De acordo com o art. 109, poderá ser atribuído efeito suspensivo a critério da 
autoridade competente). 
 
11) O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de 
demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem 
interesse patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; II - em 120 
(cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei. 
(Ver art. 110). 
 
12) O prazo de prescrição será contado da data da ocorrência do fato. (De acordo 
com o parágrafo único do art. 110, será contado da data da publicação do ato 
impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado). 
 
13) O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a 
prescrição. (Conforme art. 111, interrompem (zeram) a prescrição). 
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14) Se houver interesse público, é possível relevar a prescrição. (O art. 112 proíbe 
essa conduta, não sendo possível relevá-la) 
 
15) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de 
ilegalidade. (Ver art. 114) 
 
16) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. (Ver 
art. 116, I) 
 
17) É dever do servidor ser leal às instituições a que servir. (Ver art. 116, II) 
 
18) É dever do servidor observar as normas legais e regulamentares. (Ver art. 116, 
III) 
 
19) É dever do servidor cumprir quaisquer ordens superiores. (Conforme art. 116, 
IV, cumprir ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais) 
 
20) É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as 
irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo. (Ver art. 116, VI) 
 
21) É dever do servidor zelar pela economia do material e a conservação do 
patrimônio público. (Ver art, 116, VII) 
 
22) É dever do servidor representar contra legalidades. (Ver art. 116, XII) 
 
23) Ao servidor é proibido ausentar-se do serviço durante o expediente. 
(Conforme art. 117, I, ausentar-se do serviço sem prévia autorização do chefe 
imediato) 
 
24) Ao servidor é proibido retirar qualquer documento ou objeto da repartição. (De 
acordo com o art. 117, II, retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente...) 
 
25) Ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos. (Ver art. 117, III) 
 
26) Ao servidor é proibido opor qualquer resistência ao andamento de documento 
e processo ou execução de serviço. (Conforme art. 117, IV, opor resistência 
injustificada) 
 
27) Ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no 
recinto da repartição. (Ver art. 117, V) 
 
28) Ao servidor é proibido cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos 
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou 
de seu subordinado. (Ver art. 117, VI) 
 
29) Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a 
associação profissional ou sindical, ou a partido político. (Ver art. 117, VII) 
 
30) Ao servidor é proibido manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de 
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau civil. (Conforme 
art. 117, VIII, até o segundo grau. Lembrando que a súmula vinculante nº 13 
considera nepotismo a nomeação até o 3º grau. Contudo, o enunciado afirmou de 
acordo com a Lei 8.112) 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 275 
 
31) Ao servidor é proibido valer-se do

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