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UFMT INSTITUTO DE CIÊNCIAS NATURAIS, HUMANAS E SOCIAIS - (ICNHS) LICENCIATURA EM CIÊNCIAS NATURAIS E MATEMÁTICA HABILITAÇÕES:FÍSICA O EFEITO FOTOELÉTRICO E SUAS APLICAÇÕES EM PROGRAMAS VIRTUAIS DE ENFASE MATEMATICA MATHEUS FELIPE MEIRA FAGIOLI MIDIÃ PEREZ Sinop (MT) 2018/01 MATHEUS FELIPE MEIRA FAGIOLI MIDIÃ PEREZ O EFEITO FOTOELETRICO E SUAS APLICAÇÕES EM PROGRAMAS VIRTUAIS DE ENFASE MATEMATICA Relatório apresentado ao Curso de Licenciatura em Ciências Naturais e Matemática: Física e Matemática da UFMT- Campus de Sinop, como requisito parcial para aprovação da disciplina de Noções de estatística - 2018/01, sob a orientação da Profa. Dr. Rubens Carnavarolo Pazin Junior. Sinop (MT) 2018/01 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 1 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................................................... 1 2. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................ 2 3. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 10 4. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO ....................................................................................................... 10 1 1. INTRODUÇÃO O seguinte relatório tem como objetivo apresentar a pesquisa e o desenvolvimento de experimentos no programa PHET, o qual simula situações laboratoriais, e demonstrar as análises dos dados em uma função, justificativa de aprovação parcial na disciplina de Estatística do curso de licenciatura em Ciências Naturais e Matemática do campus UFMT- SINOP. O nosso experimento está baseado no efeito fotoelétrico e tem a finalidade de analisar a probabilidade dos dados da função dentro de uma situação fotoelétrica que utiliza os coeficientes de comprimento de onda e o tempo. A nossa metodologia está elencada no programa PHET, o qual nos proporcionou o experimento fotoelétrico gerando assim os dados necessários para a montagem da função aqui representada juntamente com sua lei. Em análise, utilizamos o efeito fotoelétrico dentro do simulador PHET, um software especifico para esse fenômeno. A partir de simulações de variação de comprimentos de onda verificamos que utilizando o tempo poderíamos criar uma lei da função que obedeça a matemática dessas duas variáveis: tempo e comprimento de onda. Esperamos que esse trabalho em um futuro próximo, esteja disponível para um futuro TCC ou servir como referencial teórico para os próximos discentes. Ou ate mesmo virar projeto de pesquisa. 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O efeito fotoelétrico foi descoberto por Heinrich Hertz em 1887, mas só foi explicado por Albert Einstein em 1905. Pois até então a Física Clássica não conseguia explicar esse fenômeno por considerar a luz como uma onda e não uma partícula e a concepção de ser quantizada não se encaixavam nos padrões na época. Assim foi descoberto o efeito fotoelétrico que é uma emissão de raios catódicos, elétrons, que são induzidos pela luz. O qual é definido assim: um campo eletromagnético aplica uma força intensa sobre as partículas carregadas para retira-las do material em questão utilizado. 2 2. DESENVOLVIMENTO Para entendermos melhor como esse trabalho foi desenvolvido é necessário atentar-se a alguns pontos: • O efeito fotoelétrico varia de material para material, sendo assim pode ser diferente os valores resultantes pois o material influencia na emissão dos fotoelétrons que são “produtos” desse fenômeno. • Utilizamos o Na (Sódio) como elemento de uso, pois ele tem uma alta taxa de emissividade elétrica e por se tratar de um elemento leve, quimicamente facilita qualquer processo de liberação de elétrons, tornando o trabalho de retirada menor, portanto facilidade na execução do fenômeno. • Todas a medidas foram reduzidas para o padrão do SI (Sistema Internacional de Unidades) pois alguns coeficientes eram dados em nanômetros (nm) sendo o padrão do SI Micrometros (um). O tempo foi usado em segundos para facilitar e evitar transformações exorbitantes. Acima está os dados originais do espectro visível (faixa visível de cores que podemos enxergar). A frequência é dada em THz (terahertz) e o comprimento de onda em nm (nanômetros), pelo SI devemos transforma-la em hertz e micrometros respectivamente e então realizando as seguintes transformações verifica-se que se consolida assim: Cor Frequência CDO (λ) violeta 668–789 THz 380–450 nm azul 606–668 THz 450–495 nm verde 526–606 THz 495–570 nm amarelo 508–526 THz 570–590 nm Laranja 484–508 THz 590–620 nm vermelho 400–484 THz 620–750 nm https://pt.wikipedia.org/wiki/Violeta_(cor) https://pt.wikipedia.org/wiki/Azul https://pt.wikipedia.org/wiki/Verde https://pt.wikipedia.org/wiki/Amarelo https://pt.wikipedia.org/wiki/Laranja_(cor) https://pt.wikipedia.org/wiki/Vermelho 3 Frequência (Hz) Comprimento de Onda (λ)(Um) 6,68E+14 0,38 6,06E+14 0,45 5,26E+14 0,495 5,08E+14 0,57 4,84E+14 0,59 4E+14 0,62 Com as transformações realizadas, verificamos que temos uma determinada frequência para um certo comprimento de onda. Porém, precisamos localizar a frequência inicial e verificar se há uma variação e onde está determinado o ponto “inicial” do efeito fotoelétrico para o elemento Na (Sódio). Para isso usaremos o PHET. Acima, vemos que na frequência 489nm (0,48um no SI) não temos uma variação de corrente elétrica, sendo assim os fotoelétrons não são suficientes para ejetar elétrons energéticos e produzir corrente. 4 Isso para a época de Einstein foi decisivo, pois na época acreditava-se que a luz se comportava como ondas e não como partículas. Sendo assim por mais que existam milhares de ondas com mesma frequência, essas ondas jamais teriam energia suficiente para retirar elétrons do seu orbital. Dá-se o descobrimento da energia pela ação de fótons (pacotes concentrados de energia). Entretanto, quando variamos 0,01nm a menos, sendo ele 488nm, verificamos que a frequência desenvolvida foi o suficiente para iniciar a produção de uma corrente elétrica, esse é o ponto inicial da nossa coleta de dados. veja como o PHET simula: Sendo 488nm o ponto “inicial” da nossa coleta de dados, utilizamos o Excel para tabelar os dados variando-os de 20nm em 20nm. Veja: Comprimento de Onda (λ) Corrente (v) 0,488 0,016 0,468 0,031 0,448 0,054 0,428 0,084 0,408 0,123 0,388 0,172 5 0,368 0,232 0,348 0,306 0,328 0,396 0,308 0,506 0,288 0,638 0,268 0,8 0,248 0,996 0,228 1,238 0,208 1,537 0,197 1,733 Perceba que a variação de corrente não é proporcional, essa desproporcionalidade deve-se a característica do material, quanto menor o número atômico do elemento mais fácil observar o efeito fotoelétrico com retirada de elétrons. Contudo, na física quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência. Sendo assim a corrente obtida no Excel NÃO é o produto de uma frequência e comprimento de onda, pois essas medidas são INVERSAMENTE PROPORCIONAIS. Para nós isso foi um problema, pois não tínhamos outra variável para calcular em gráfico todo esses dados. Observe quando variamos o máximo possível: 6 Percebe-se que a “cor” mudou, pois, a frequência aumentou e o comprimento de onda diminuiu. Pelas observações no PHET, 1.733 volts é o ápice energético da emissão fotoelétrica, e essa faixa de 197nm já não pertence ao espectro visível e sim aos raios na faixa ultravioleta. Obs.: Mesmo que aumentamosa frequência e diminuímos o comprimento de onda para 196nm o ápice enérgico cai e a corrente decresce. Portanto paramos nossa coleta de dados, pois com a ajuda do PHET descobrimos o espaço amostral para encontrar a lei da função matemática. Sendo assim temos o gráfico resultante do comprimento de onda verificado no Phet e Projetado no Excel desde o ponto mais baixo ao ponto mais alto (ápice): Olhando pra esse gráfico, verificamos que não há a possibilidade de relaciona-lo com o comprimento, pois ele já é o resultado da variação do comprimento de onda. Entretanto, quando analisamos algumas ferramentas que não alteram o resultado podemos relacioná-las, como por exemplo o tempo. 0 ,0 1 6 0 ,0 3 1 0 ,0 5 4 0 ,0 8 4 0 ,1 2 3 0 ,1 7 2 0 ,2 3 2 0 ,3 0 6 0 ,3 9 6 0 ,5 0 6 0 ,6 3 8 0 ,8 0 ,9 9 6 1 ,2 3 8 1 ,5 3 7 1 ,7 3 3 y = 0,0227e0,2941x V O LT A G EM CORRENTE (V) Corrente (v) Exponencial (Corrente (v)) 7 Dessa forma iremos utilizar o tempo (variações de 0,1 seg. no SI) para determinar a lei da função para: TEMPO X CORRENTE. Estudando a natureza do efeito fotoelétrico notamos que não importa o modulo de variação do tempo. Por mais que o tempo seja uma unidade importante, ele não altera o resultado da corrente, pois o tempo é uma variável não física, porém ele ajuda a verificar qual lei é mais notável para esse fenômeno. Utilizaremos também o Geogebra para modelar os dados e gerar o gráfico da função que cumpre esses requisitos. No Geogebra que é um software matemático, além das funções, conseguimos obter o valor de R² que auxilia no entendimento para verificar se a função condiz ou se há menos erro possível para aquela devida amostra ou Espaço amostral. Utilizando a lista de pontos L criada no Geogebra com todos os valores da corrente na abscissa X e a variação do tempo em segundos na ordenada Y, obtivemos um gráfico crescente. Utilizando as ferramentas de equações do Geogebra chegamos a 3 funções: • Função Polinomial de grau 2. • Função logarítmica. • Função potência. A regressão polinomial de grau 2 possui uma característica notável que vale citar. 8 O R² que define quão “perfeito” essa regressão é diante a uma lei matemática, determinou que o valor da regressão para a função polinomial é de 0.996. sendo assim um modelo ideal para explicar o fenômeno corrente x tempo. Entretanto, a função polinomial corrige erros que a natureza não consegue obedecer, o efeito fotoelétrico é um fenômeno em sua totalidade instável, dessa forma, não existe um fenômeno nessas grandezas microscópicas que possa ser definido por um R² matemático semi-perfeito. Logo, concluímos que o uso da função polinomial de grau 2 é um equívoco, e não iremos utiliza-la. 9 A função potência tem como característica a potenciação matemática, baseada no R², como padrão a função potência descreve quaisquer valores sobre quaisquer “x elevado” invertendo a equação poderíamos utiliza-la em escalas macroscópicas e microscópicas, sendo assim um modelo interessante de se aplicar. Nessa função, cada valor de X obedece a uma potencia “M” fixa, como sabemos que o simulador PHET identificou que há variações diferentes de modulo de corrente, dessa forma, essa função se torna inviável justamente pelo fato de abordar variações fixas, por isso, não obedece a função corretamente. Por fim, a função logarítmica, quando um logaritmo é aplicado no efeito fotoelétrico, podemos verificar que existe uma correlação entre os valores de tempo e corrente justamente por tratar-se de um fenômeno em escala quântica. Tanto o tempo, quanto corrente, em suas totalidades convivem em escalas completamente quânticas. Assim, a melhor função desenvolvida pelo Geogebra e simulada no PHET é a logarítmica. Veja a função: A função definida foi s (x) qualquer, essa função descreve um gráfico com R² próximo de 0.966 10 3. CONCLUSÃO Com esse trabalho, investigamos o efeito fotoelétrico e nele pudemos retirar diversos dados tais como corrente e comprimento de onda. A função logarítmica foi a que mais representou o gráfico Corrente x Tempo, dessa forma a 3º função apresentada é a mais viável para o experimento descrito ao decorrer desse trabalho. Como contribuição podemos investigar qual material poderá ser aplicado em placas que poderá ter um potencial energético de retirar elétrons e produzir isso em forma de corrente elétrica. Na aplicabilidade do estudo do efeito fotoelétrico foi importante pois revolucionou o modo da ciência ver o comportamento da luz e assim desenvolver todas as teorias por trás da quântica moderna. 4. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO https://phet.colorado.edu/pt_BR/ PHET DOWNLOAD, acessado em 23/08 https://www.geogebra.org/?lang=pt download Geogebra, acessado em 14/08 Phet simulador (Java plataforma binary) Geogebra (Classic Version) Microsoft Excel (2016 Version PTBR) https://phet.colorado.edu/pt_BR/ https://www.geogebra.org/?lang=pt
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