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Livro Eletrônico Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio 1 200 - Aula 06 Plano de Benefícios do RGPS Dependentes do RGPS Prestações do RGPS Introdução aos Benefícios e Serviços Carência das Prestações do RGPS SUMÁRIO 1. Introdução ..................................................................................................................... 4 2. Revisão da Aula Anterior................................................................................................ 5 3. Dependentes do Regime Geral de Previdência ............................................................... 9 3.1 - Introdução ................................................................................................................................. 9 3.2. Prestações Devidas aos Dependentes ...................................................................................... 10 4. Dependentes de Primeira Classe (Preferenciais) .......................................................... 11 4.1. Cônjuge ..................................................................................................................................... 11 4.2. Companheiros .......................................................................................................................... 12 Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 2 200 4.3. Companheiros Homossexuais .................................................................................................. 15 4.4. Concubinato ............................................................................................................................. 18 4.5. Filhos......................................................................................................................................... 19 4.6. Equiparados a Filhos ................................................................................................................ 22 4.7. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 28 5. Dependentes de Segunda Classe .................................................................................. 32 5.1. Pais ........................................................................................................................................... 32 5.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 32 6. Dependentes de Terceira Classe ................................................................................... 36 6.1. Irmãos ....................................................................................................................................... 36 6.2. Comprovação do Vínculo e Dependência Econômica .............................................................. 36 7. Regras aplicáveis aos Dependentes .............................................................................. 38 8. Perda da Qualidade de Dependente ............................................................................ 49 9. Inscrição dos Dependentes .......................................................................................... 51 10. Prestações do Regime geral de Previdência Social - RGPS .......................................... 51 10.1. Introdução .............................................................................................................................. 51 10.2. Espécies de Benefícios Previdenciários .................................................................................. 52 10.3. Serviços Prestados Pela Previdência Social ............................................................................ 53 10.4. Prestações dos Segurados e Dependentes ............................................................................. 54 10.5. Aposentadoria por Invalidez .................................................................................................. 60 10.6. Aposentadoria por Idade ........................................................................................................ 62 10.7. Aposentadoria por Tempo de Contribuição ........................................................................... 67 10.8. Aposentadoria Especial .......................................................................................................... 74 10.9. Auxílio Doença ........................................................................................................................ 79 Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 3 200 10.10. Auxílio Acidente .................................................................................................................... 83 10.11. Salário Maternidade ............................................................................................................ 90 10.12. Salário-Família ..................................................................................................................... 98 10.13. Pensão Por Morte ............................................................................................................... 102 10.14. Auxílio Reclusão.................................................................................................................. 106 10.15. Habilitação e reabilitação Profissional .............................................................................. 111 10.16. Serviço Social ...................................................................................................................... 115 11. Carência das Prestações do RGPS ............................................................................. 116 11.1. Conceito ................................................................................................................................ 116 11.2. Aposentadoria por Invalidez e Auxílio Doença .................................................................... 120 11.3. Aposentadoria por Idade, Aposentadoria por Tempo de Contribuição e Aposentadoria Especial .......................................................................................................................................... 126 11.4. Salário Maternidade............................................................................................................. 129 11.5. Sem Carência に Demais Benefícios e Serviços ...................................................................... 132 12. Resumo da Aula ....................................................................................................... 138 13. Lista de Exercícios .................................................................................................... 143 13.1 . Gabarito Comentado ........................................................................................................... 154 14. Gabarito Geral ......................................................................................................... 193 15. Questionário de Revisão .......................................................................................... 194 15.1. Respostas Comentadas do Questionário de Revisão ........................................................... 195 16. Considerações Finais da Aula ................................................................................... 200 Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas(Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 4 200 1. INTRODUÇÃO Olá meus amigos e minhas amigas! Sejam todos muito bem-vindos à 6ª aula do nosso curso de Direito Previdenciário Diagramado. Vamos continuar com nosso trabalho diário de preparação, sempre com muita disciplina, rotina e comprometimento, até o dia da sua aprovação. Em nossa aula de hoje iniciaremos o estudo dos benefícios previdenciários, de maneira estruturada e diagramada, para tornar o estudo mais agradável e a retenção mais efetiva. Começaremos a aula com o estudo das classes de dependentes do RGPS. Em seguida, seremos apresentados a cada um dos benefícios e serviços oferecidos pela Previdência Social. Ainda nesta aula estudaremos a carência das prestações previdenciárias. Importante destacar que não esgotaremos o estudo dos benefícios previdenciários nesta aula. Na próxima aula continuaremos com o estudo dos benefícios, onde analisaremos o salário de benefício, renda mensal inicial, data de início dos benefícios e data de cessação dos benefícios. Lembre-se sempre dos pilares necessário para sua aprovação: • Conhecimento; • Retenção e fixação; • Emocional / psicológico; • Atividade física. É muito importante manter todos estes pilares em harmonia, não apenas adquirindo conhecimento, mas também mantendo o processo de revisão e retenção permanentemente ativos, bem como manter um equilíbrio emocional, psicológico e o corpo energizado e condicionado mediante atividades físicas constates. A soma destes fatores irá auxiliar muito no seu projeto e processo de preparação. Que Deus os abençoe e consolide o aprendizado de hoje. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 5 200 2. REVISÃO DA AULA ANTERIOR ✓ A empresa é obrigada a: o Arrecadar e recolher as contribuições dos segurados a seu serviço; o Recolher suas contribuições patronais sobre as remunerações dos segurados a seu serviço o Reter e recolher 11% do valor bruto da nota fiscal, fatura ou recibo de prestação de serviços mediante cessão ou empreitada de mão de obra. o Recolher contribuições sobre faturamento e lucro o Arrecadar e recolher a contribuição incidente sobre a comercialização da produção rural do produtor rural pessoa física e do segurado especial. o É obrigado a recolher contribuição incidente sobre a receita bruta proveniente de comercialização de sua produção rural, quando se tratar de um produtor rural pessoa jurídica. ✓ No caso de trabalhador avulso, temos duas situações: o Trabalhador avulso portuário: quem arrecada e recolhe é o Órgão Gestor de mão de obra; o Trabalhador avulso não portuário: quem arrecada e recolhe é a empresa tomadora do serviço. ✓ O empregador doméstico arrecada e recolhe as contribuições do empregado doméstico a seu serviço; ✓ Quem recolhe as contribuições do segurado facultativo é o próprio segurado facultativo; ✓ No caso do contribuinte individual, temos duas situações: o se o C.I. presta serviço para empresa: quem arrecada e recolhe é a empresa contratante o será o próprio segurado nos seguintes casos: ▪ se o C.I. presta serviço por conta própria; ▪ se o C.I. presta serviço para pessoa física Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 6 200 ▪ se o C.I. presta serviço para missão diplomática ou repartição consular de carreira estrangeira ▪ ou quando tratar-se de brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o brasil seja membro efetivo ✓ No caso de segurado especial e produtor rural pessoa física, temos duas situações: o o adquirente da produção rural deverá reter e recolher: ▪ se o adquirente da produção rural for pessoa jurídica, ou ▪ se se for pessoa física, não produtor rural, que adquira a produção para venda, no varejo, a pessoas físicas, quem arrecada e recolhe será o adquirente da produção rural. o o próprio segurado deverá recolher se vender para: ▪ adquirente domiciliado no exterior ▪ diretamente, no varejo, a consumidor pessoa física ▪ produtor rural pessoa física ▪ outro segurado especial ✓ Existem 5 datas de vencimento das contribuições previdenciárias o 2 contribuições até o dia 15 do mês seguinte: ▪ Facultativo ▪ Contribuinte individual (quando ele mesmo recolhe) o 1 contribuição até o dia 20 de dezembro: ▪ 13º salário Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 7 200 o 1 contribuição até 2 dias uteis após o evento: ▪ a contribuição de 5% incidente sobre a receita bruta decorrente dos espetáculos desportivos o 2 contribuições até o dia 7 do mês seguinte: ▪ Segurado Especial, quando ele próprio recolhe; ▪ Empregador doméstico, junto com a cota descontada do empregado doméstico a seu serviço. o Várias contribuições até o dia 20 do mês seguinte: ▪ todas as demais contribuições; ✓ Recolhimento fora do prazo: o Inadimplente (declara e não recolhe): Juros de mora e multa de mora; o Sonegador (não declara e não recolhe): Juros de mora e multa de ofício. ✓ Principais Obrigações Acessória da Empresa: o Folha de Pagamento; ▪ Mensal; ▪ TODOS os segurados; ▪ Por estabelecimento; ▪ Por obra de Construção Civil; ▪ Por tomador de serviços; o GFIP. ▪ Mensalmente; ▪ Dados Cadastrais; ▪ Fatos Geradores; ▪ Outras Informações o Contabilidade. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 8 200 ▪ Lançar Mensalmente; ▪ Em Títulos Próprios; ▪ Fatos Geradores; ▪ Quantia descontada; ▪ Contribuições da Empresa; ▪ Total Recolhido o Retenção de 11%: o Cessão de mão de obra; o Empreitada de mão de obra. ✓ Empresa Contratante (tomadora): o Reter 11%; o Recolher em nome da prestadora. ✓ Empresa Contratada (prestadora ou cedente de mão de obra): o Destacar na NF o valor da retenção; o Elaborar as folhas de pagamento e GFIP para cada contratante; o Compensar o valor retido quando do pagamento de suas contribuições previdenciárias Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 9 200 PLANO DE BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS 3. DEPENDENTES DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA 3.1 - INTRODUÇÃO Como já estudado, os beneficiários do Regime Geral de Previdência Social に RGPS são os segurados e seus dependentes. Após termos feito o estudo detalhado de cada uma das espécies de segurados, vamos agora estudar cada um dos dependentes. Os dependentes são beneficiários do RGPS independentemente de qualquer contribuição, pois seu vínculo com a Previdência Social decorre da contribuição do segurado com o qual mantenha vínculo de dependência. Nos termos do art. 16 da Lei 8.213/91, os dependentes dividem-se em três classes, conforme segue: • Classe I (1ª Classe) - também conhecido como dependentes preferenciais: o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave; • Classe II (2ª Classe): os pais; • Classe III (3ª Classe): o irmão não emancipado, de qualquer condição,menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 10 200 3.2. PRESTAÇÕES DEVIDAS AOS DEPENDENTES Os dependentes têm direito apenas a dois benefícios previdenciários, quais sejam: • pensão por morte e • auxílio-reclusão. Além destes benefícios, os dependentes também terão direito aos serviços oferecidos pela Previdência Social, conforme segue: • Habilitação e reabilitação profissional e • Serviço Social Tais benefícios e serviços serão estudados em detalhes, junto com as demais prestações previdenciárias, durante nosso curso. DEPENDENTES 1ª CLASSE 3ª CLASSE 2ª CLASSE ART. 16º - RPS CÔNJUGE, COMPANHEIRA (O) FILHO NÃO EMANCIPADO DE QUALQUER CONDIÇÃO, MENOR DE 21 ANOS FILHO INVÁLIDO OU QUE TENHA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL OU DEFICIÊNCIA GRAVE, NOS TERMOS DO REGULAMENTO (DE QUALQUER IDADE) PAIS (PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA) IRMÃO DE QUALQUER CONDIÇÃO, MENOR DE 21 ANOS (PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA) IRMÃO INVÁLIDO OU QUE TENHA DEFICIÊNCIA INTELECTUAL OU MENTAL OU DEFICIÊNCIA GRAVE, NOS TERMOS DO REGULAMENTO (DE QUALQUER IDADE) (PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA) ENTEADO E MENOR SOB TUTELA (PRECISAM COMPROVAR DEPENDÊNCIA ECONÔMICA) PREFERENCIAIS NÃO COMPROVAM DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 11 200 4. DEPENDENTES DE PRIMEIRA CLASSE (PREFERENCIAIS) 4.1. CÔNJUGE Consideram-se cônjuges aqueles matrimonialmente vinculados pelo casamento. Assim sendo, cada um dos cônjuges é beneficiário do RGPS, na condição de dependente, em relação ao outro cônjuge, quando estes forem segurados. Como exemplo podemos afirmar que o marido é dependente da esposa, se ela for segurada. Da mesma forma, a esposa será dependente do marido, se ele for segurado. O cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, bem como o ex-companheiro, que recebia pensão de alimentos, concorrerá em igualdade de condições com os dependentes de 1ª Classe. Obs.: Equipara-se à percepção de pensão alimentícia o recebimento de ajuda econômica ou financeira sob qualquer forma. Apesar da legislação previdenciária considerar o recebimento da pensão de alimentos ou ajuda econômica/financeira como fator determinante para a manutenção da qualidade de dependente para o ex-cônjuge e ex-companheiro, o STJ tem o seguinte entendimento: DIREITOS DOS DEPENDENTES PENSÃO POR MORTE REABILITAÇÃO PROFISSIONAL AUXÍLIO-RECLUSÃO SERVIÇO SOCIAL BENEFÍCIOS SERVIÇOS Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 12 200 Súmula 336 ʹ STJ: さA mulher que renunciou aos alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica supervenienteくざ Apesar da súmula mencionar apenas a separação judicial, tal entendimento aplica-se também aos casos de divórcio. Para corroborar com tal entendimento, podemos citar parte da ementa de Julgamento do STJ do Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial 101062/RJ: STJ: さConsoante jurisprudência desta Corte, comprovada a dependência econômica em relação ao de cujus, o cônjuge separado judicialmente faz jus ao benefício de pensão pós-morte do ex-cônjuge, ainda que não receba pensão alimentíciaくざ 4.2. COMPANHEIROS Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada. Considera-se união estável aquela configurada na convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família, exceto nos casos de impedimento legal de casamento, que também impedem a constituição de união estável. Outrossim, no caso em que um dos companheiros ou ambos sejam separados apenas de fato, tal situação, apesar de impedir casamento, não impedirá a união estável. Assim sendo, podemos resumir as condições para que se reste caracterizada a união estável em dois itens: • convivência pública, contínua e duradoura entre o homem e a mulher, estabelecida com intenção de constituição de família; • ambos os companheiros sejam solteiros, separados judicialmente, divorciados, viúvos ou separados de fato. Não é possível o reconhecimento da união estável, bem como dos efeitos previdenciários correspondentes, quando um ou ambos os pretensos companheiros forem menores de dezesseis anos. Em se tratando de companheiro(a) maior de dezesseis e menor de dezoito anos, dada a incapacidade relativa, o reconhecimento da união estável está condicionado à apresentação de declaração expressa dos pais ou representantes legais, atestando que conheciam e autorizavam a convivência marital do menor. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 13 200 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 1. (CESPE - Analista de Gestão Educacional ʹ SEDF - 2017). Relativamente a segurados, cumulação de benefícios e previdência complementar, julgue o item a seguir. Entende-se como companheiro ou companheira para efeito de proteção previdenciária a pessoa com quem o segurado mantém união estável por período superior a cinco anos, independentemente da existência de prole em comum. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três, e companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, portanto automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. (Destaques Nossos). Vamos conferir o Art. 226 da Constituição federal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 14 200 2. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - 2017). A respeito da carência e da condição de segurados e dependentes no regime geral da previdência social (RGPS), julgue o item subsequente. Para a concessão da pensão por morte na condição de companheira ou companheiro, exige-se do interessado a prova da existência de filhos em comum ou da convivência por, no mínimo, dois anos com o segurado falecido. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Assertiva incorreta. As Classes de dependentes, conformeestudamos, são definidas em três e companheiros, desde que comprovem união estável, são considerados como dependentes Classe I, sendo automaticamente considerados como financeiramente dependentes do segurado, e não existindo um prazo legal para configurar uma união considerada estável e, menos ainda a necessidade da existência de filhos em comum, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 3º Considera-se companheira ou companheiro a pessoa que, sem ser casada, mantém união estável com o segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 226 da Constituição Federal. (Destaques Nossos). Vejamos o Art. 226 da Constituição federal: Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. [...] § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 15 200 4.3. COMPANHEIROS HOMOSSEXUAIS No âmbito do Regime Geral de Previdência Social - RGPS, as normas que tratam de dependentes para fins previdenciários devem ser interpretadas de forma a abranger a união estável entre pessoas do mesmo sexo. O companheiro ou a companheira do mesmo sexo de segurado inscrito no RGPS integra o rol dos dependentes e, desde que comprovada a união estável, concorre com os dependentes preferenciais (dependentes de 1ª Classe), para fins de recebimento de pensão por morte e de auxílio-reclusão, independentemente de comprovação de dependência econômica. O STF já se posicionou reconhecendo a legitimidade da união homoafetiva como entidade familiar. Vejamos o julgado a seguir: RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO ENTIDADE FAMILIAR . - O Supremo Tribunal Federal - apoiando-se em valiosa hermenêutica construtiva e invocando princípios essenciais (como os da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da autodeterminação, da igualdade, do pluralismo, da intimidade, da não discriminação e da busca da felicidade) - reconhece assistir, a qualquer pessoa, o direito fundamental à orientação sexual, havendo proclamado, por isso mesmo, a plena legitimidade ético-jurídica da união homoafetiva como entidade familiar, atribuindo-lhe, em consequência, verdadeiro estatuto de cidadania, em ordem a permitir que se extraiam, em favor de parceiros homossexuais, relevantes consequências no plano do Direito, notadamente no campo previdenciário, e, também, na esfera das relações sociais e familiares . - A extensão, às uniões homoafetivas, do mesmo regime jurídico aplicável à união estável entre pessoas de gênero distinto justifica-se e legitima-se pela direta incidência, dentre outros, dos princípios constitucionais da igualdade, da liberdade, da dignidade, da segurança jurídica e do postulado constitucional implícito que consagra o direito à busca da felicidade, os quais configuram, numa estrita dimensão que privilegia o sentido de inclusão decorrente da própria Constituição da República (art. 1º, III, e art. 3º, IV), fundamentos autônomos e suficientes aptos a conferir suporte legitimador à qualificação das conjugalidades entre pessoas do mesmo sexo como espécie do gênero entidade familiar .(STF, RE 477554 AgR/MG, DJe-164, de 25/08/2011) Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 16 200 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 3. (CESPE - Auditor Fiscal de Controle Externo - TCE-SC ʹ 2016). A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social. Acerca da seguridade social, julgue o item subsequente. O STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao(à) companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Sabemos que os dependentes são divididos em 3 classes, segundo o Art. 16 da Lei 8.213/91, senão vejamos: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; Na análise literal do dispositivo, podemos notar que nada se aborda na lei sobre os relacionamentos homoafetivos. Contudo, o STF publicou diversas decisões neste sentido, conforme segue: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil ね さY ヴWIラミエWIキS; Iラマラ WミデキS;SW a;マキノキ;ヴ ; ┌ミキ?ラ Wゲデ=┗Wノ entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o ラHテWデキ┗ラ SW Iラミゲデキデ┌キN?ラ SW a;マケノキ;ざ に não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 17 200 pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. 2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que さミキミェ┌Yマが ;Hゲラノ┌デ;マWミデW ミキミェ┌Yマが ヮラSW ゲWヴ ヮヴキ┗;Sラ SW SキヴWキデラゲ ミWマ ゲラaヴWヴ ケ┌;キゲケ┌Wヴ ヴWゲデヴキNロWゲ SW ラヴSWマ jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando- se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine,que fomente a intolerância, ケ┌W Wゲデキマ┌ノW ラ SWゲヴWゲヮWキデラ W ケ┌W SWゲキェ┌;ノW ;ゲ ヮWゲゲラ;ゲ Wマ ヴ;┣?ラ SW ゲ┌; ラヴキWミデ;N?ラ ゲW┝┌;ノく ふぐぶ A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões エWデWヴラ;aWデキ┗;ゲくざ ふPヴWIWSWミデWゲぎ RE ミく ヵヵヲくΒヰヲが RWノ;デラヴ ラ Mキミキゲデヴラ Dキ;ゲ Tラaaラノキが DJW SW ヲヴくヱヰくヱヱき RE ミく ヶヴンくヲヲΓが Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. (...) 4. In casu, o ;IルヴS?ラ ラヴキェキミ;ヴキ;マWミデW ヴWIラヴヴキSラ ;ゲゲWミデラ┌ぎ さEMENTáぎ áDMINI“TRáTIVOく CON“TITUCIONáLく PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 に DWIキゲ?ラ ┌ミ>ミキマWくざ ヵく áェヴ;┗ラ ヴWェキマWミデ;ノ ; ケ┌W ゲW ミWェ; ヮヴラ┗キマWミデラく (STF に RE 607562 AgR/PE に Relator Ministro LUIZ FUX に Primeira Turma に Julgamento em 18.09.2012 に Publicação em 03.10.2012) (Destaques Nossos). Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 18 200 Portanto podemos concluir que a assertiva está correta, pois o STF reconhece a união homoafetiva como entidade familiar e, consequentemente, assegura ao companheiro(a) da pessoa segurada a qualidade de dependente para fins previdenciários. Estudar a Jurisprudência é essencial para diferenciar o candidato bem preparado. Sobretudo em casos de assuntos que possuem uma razoável projeção na mídia. Estes assuntos, o candidato tem que saber. Gabarito: CERTO. 4.4. CONCUBINATO Considera-se concubinato a relação não eventual entre o homem e a mulher, impedidos de casar. Trata-se de uma relação impedida e que não pode ser considerada como entidade familiar. No entanto, exclui-se da noção de concubinato a relação de pessoas separadas judicialmente ou de fato que, apesar de serem impedidas para novo casamento, podem estabelecer união estável, conforme previsão expressa em lei. Também se considera concubina a mulher com quem o cônjuge adúltero tem encontros periódicos fora do lar. A doutrina e a jurisprudência consideram as relações de concubinato excluídas do conceito de união estável, por considera-las ilegítimas, não alcançando a proteção do Estado. Vejamos decisão do STF sobre o assunto: STF - COMPANHEIRA E CONCUBINA - DISTINÇÃO. Sendo o Direito uma verdadeira ciência, impossível é confundir institutos, expressões e vocábulos, sob pena de prevalecer a babel. UNIÃO ESTÁVEL - PROTEÇÃO DO ESTADO. A proteção do Estado à união estável alcança apenas as situações legítimas e nestas não está incluído o concubinato. PENSÃO - SERVIDOR PÚBLICO - MULHER - CONCUBINA - DIREITO. A titularidade da pensão decorrente do falecimento de servidor público pressupõe vínculo agasalhado pelo ordenamento jurídico, mostrando-se impróprio o implemento de divisão a beneficiar, em detrimento da família, a concubina. (STF - RE: 397762 BA, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 03/06/2008) Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 19 200 4.5. FILHOS Os filhos também estão incluídos no rol de dependentes de 1ª Classe (dependentes preferenciais), quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Destaco aqui que os filhos adotados não são apenas equiparados a filhos... Filhos adotados SÃO FILHOS, sem qualquer distinção (não por equiparação, mas por definição). A Constituição Federal de 1988 unificou o direito de igualdade entre os filhos. Muitos alunos costumam confundir a dependência dos filhos para efeitos previdenciários com a dependência para efeito de imposto de renda. Os filhos que tenham entre 21 e 24 anos, quando universitários ou estejam cursando escola técnica de 2º grau, apesar de dependentes para efeito de imposto de renda, não são considerados dependentes para efeitos previdenciários. O filho maior de 21 anos somente manterá a condição de dependente quando inválido ou se tiver deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Outro ponto que costuma causar confusão ocorreu após a redução da maioridade promovida pelo Novo Código Civil, de 21 anos para 18 anos, para aquisição de plena capacidade civil. Essa redução de maioridade civil para 18 anos em nada altera a idade dos filhos, equiparados a filhos e irmãos para fins previdenciários, que manterão a qualidade de dependente, quando não emancipados, até completar 21 anos de idade. A emancipação, cujo conceito jurídico é a aquisição de capacidade civil antes da idade mínima definida em lei, ou seja, é a aptidão para exercer, por si só, os atos da vida civil, poderá antecipar a perda da qualidade de dependente para idade anteriores a 21 anos. Vejamos abaixo as causas de emancipação: I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; II - pelo casamento; III - pelo exercício de emprego público efetivo; IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. Obs.: Se a emancipação decorrer da colação de grau científico em curso de ensino superior, o filho inválido não perde a condição de dependente. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 20 200 Para efeitos de dependência previdenciária sem limite de idade, a invalidez tem que existir no momento em que o requisito exigido como condição para concessãodo benefício for implementado. Assim sendo, A pensão por morte somente será devida ao filho e ao irmão cuja invalidez tenha ocorrido antes da emancipação ou de completar a idade de vinte e um anos, desde que reconhecida ou comprovada, pela perícia médica do INSS, a continuidade da invalidez até a data do óbito do segurado. Exemplo 1: Abelardo , segurado do RGPS, faleceu deixando um filho de 25 anos chamado Paulo. Seis meses após a morte de Abelardo, Paulo sofreu um acidente e ficou inválido. Nesta situação, apesar de inválido, Paulo não terá direito à pensão por morte, pois sua invalidez ocorreu após a morte de seu pai Abelardo e quando Paulo já possuía mais de 21 anos. Exemplo 2: Agora vamos imaginar que Paulo, quando do falecimento de seu pai Abelardo, tivesse 16 anos. Caso Paulo fique inválido antes de completar 21 anos, terá direito à manutenção do benefícios de pensão por morte, enquanto durar a invalidez, independentemente de sua idade e independentemente de ter ficado inválido após o óbito do segurado. O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de microempreendedor individual, não impede a concessão ou manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual ou mental ou com deficiência grave. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 4. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB ʹ 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Ao filho maior de vinte e um anos de idade será garantida a prestação de benefícios e serviços da previdência social, desde que comprove a matrícula em instituição de ensino superior, até a data da sua formatura. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos, com exceção dos inválidos ou deficientes, são dependentes Classe I e possuem direito a pensão até os 21 anos, não sendo o exercício de tal direito prorrogável pelo fato de estarem matriculados em universidade. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 21 200 Conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. 5. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal ʹ 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, filho maior de vinte e um anos de idade não portador de invalidez ou qualquer deficiência mantém a condição de dependente do segurado do RGPS até completar vinte e quatro anos, desde que seja estudante universitário. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos fazem parte de dependentes da Classe I, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91, mas como sabemos, há algumas condições para isto. Vejamos o referido artigo: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Podemos ver que nada se fala sobre o filho ser estudante universitário ou não. A lei apenas diz que filhos menores de 21 anos são considerados como dependentes, com exceção aos filhos inválidos ou portadores de deficiências intelectuais ou mentais, portanto assertiva incorreta. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 22 200 6. (Questão Inédita) Julgue o item a seguir: De acordo com o disposto na Lei n.º 8.213/1991, o filho, ainda não emancipado, quando adquire a maioridade civil e não é portador de invalidez ou qualquer deficiência, automaticamente perde a condição de dependente do segurado do RGPS. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Filhos fazem parte de dependentes da Classe I e perdem tal condição quando chegam a determinada idade. Mas será que esta idade coincide com a maioridade civil? Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Podemos ver, neste caso, que a idade considerada pela legislação previdenciária para a perda da condição de dependente é de 21 anos. Isto é diferente da perda da menoridade que, segundo o artigo 5º do Código Civil, cessa aos 18 anos. Calma... Você não precisa saber todo o Código Civil para realizar uma prova de direito previdenciário. Mas, neste tipo de contexto, uma informação que pode ser considerada senso comum (a maioridade no Brasil inicia-se após os 18 anos completos), pode cair na sua prova. Mas não confunda maioridade civil (18 anos) com idade padrão para cessar a dependência do filho no RGPS (21 anos). Gabarito: ERRADO. 4.6. EQUIPARADOS A FILHOS Equiparam-se aos filhos, mediante declaração escrita do segurado, comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no § 3º do art. 22, o enteado e o menor que esteja sob sua tutela e desde que não possua bens suficientes para o próprio sustento e educação. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 23 200 Enteado: considera-se enteado o filho de seu cônjuge ou companheiro atual, proveniente de um relacionamento anterior. Tutela: considera-se tutela um encargo conferido a uma pessoa civilmente capaz, para que esta administre os bens e/ou a conduta de um menor de idade, decorrente de falecimento dos pais ou estes decaírem dom poder familiar. Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de dependente casos preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: • declaração escrita do segurado; • comprovação de dependência econômica; • não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação Os equipados a filhos, quando cumprirem os requisitos exigidos, também estão incluídos no rol de dependentes de 1ª Classe (dependentes preferenciais), desde que sejam menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. A maior polêmica está n; W┝Iノ┌ゲ?ラ Sラゲ さmenores sob guardaざ do rol de dependentes equiparados a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o enteado e o menor tutelado. No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que: § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma mais genérica (Estatuto da Criança e do Adolescente) acerca da equiparação a filho do さmenor sob guardaざ, para efeitos previdenciários. Vejamos, resumidamente, cada entendimento: Lei 8.213/91: Menor sob guarda nãoé equiparado a filho. Lei 8.090/90: Menor sob guarda é equiparado a filho. Para resolver esse conflito de normas, temos que recorrer ao STJ, onde o tema também é controverso, conforme podemos ver a seguir: Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 24 200 Vejamos uma decisão favorável ao Estatuto da Criança e Adolescente, mantendo o menor sob guarda no rol dos equiparados a filhos: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA JUDICIAL. APLICABILIDADE DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE - ECA. INTERPRETAÇÃO COMPATÍVEL COM A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E COM O PRINCÍPIO DE PROTEÇÃO INTEGRAL DO MENOR. 1. Caso em que se discute a possibilidade de assegurar benefício de pensão por morte a menor sob guarda judicial, em face da prevalência do disposto no artigo 33, § 3º, do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, sobre norma previdenciária de natureza específica. 2. Os direitos fundamentais da criança e do adolescente têm seu campo de incidência amparado pelo status de prioridade absoluta, requerendo, assim, uma hermenêutica própria comprometida com as regras protetivas estabelecidas na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente. 3. A Lei 8.069/90 representa política pública de proteção à criança e ao adolescente, verdadeiro cumprimento da ordem constitucional, haja vista o artigo 227 da Constituição Federal de 1988 dispor que é dever do Estado assegurar com absoluta prioridade à criança e ao adolescente o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. 4. Não é dado ao intérprete atribuir à norma jurídica conteúdo que atente contra a dignidade da pessoa humana e, consequentemente, contra o princípio de proteção integral e preferencial a crianças e adolescentes, já que esses postulados são a base do Estado Democrático de Direito e devem orientar a interpretação de todo o ordenamento jurídico. 5. Embora a lei complementar estadual previdenciária do Estado de Mato Grosso seja lei específica da previdência social, não menos certo é que a criança e adolescente tem norma específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente que confere ao menor sob guarda a condição de dependente para todos os efeitos, inclusive previdenciários (art. 33, § 3º, Lei n.º 8.069/90), norma que representa a política de proteção ao menor, embasada na Constituição Federal que estabelece o dever do poder público e da sociedade na proteção da criança e do adolescente (art. 227, caput, e § 3º, inciso II). 6. Havendo plano de proteção alocado em arcabouço sistêmico constitucional e, comprovada a guarda, deve ser garantido o benefício para quem dependa economicamente do instituidor. 7. Recurso ordinário provido. (STJ - RMS: 36034 MT 2011/0227834-9, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento: 26/02/2014, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 15/04/2014) Vejamos agora uma decisão favorável ao entendimento da Lei 8.213/91, excluindo o menor sob guarda no rol dos equiparados a filhos: PREVIDENCIÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA. ANÁLISE DE DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. IMPOSSIBILIDADE. 1. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de ser indevida pensão por morte a menor sob guarda se o óbito do segurado tiver ocorrido sob a vigência da MP n. 1.523/96, posteriormente convertida na Lei n. 9.528/97. Precedentes (...) - (AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 1.141.788 に RS) Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 25 200 Em recente decisão, o STJ confirmou o entendimento de que o Estatuto da Criança e Adolescente deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da Previdência Social, mantendo o menor sob guarda no rol dos equiparados a filhos: PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. MENOR SOB GUARDA. ALTERAÇÕES LEGISLATIVAS. ART. 16 DA LEI N. 8.213/90. MODIFICAÇÃO PELA MP N. 1.523/96, CONVERTIDA NA LEI N. 9.528/97. CONFRONTO COM O ART. 33, § 3º, DO ECA. ART. 227 DA CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO CONFORME. PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO INTEGRAL E PREFERENCIAL DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. 1. Ao menor sob guarda deve ser assegurado o direito ao benefício da pensão por morte mesmo se o falecimento se deu após a modificação legislativa promovida pela Lei n. 9.528/97 na Lei n. 8.213/90. 2. O art. 33, § 3º da Lei n. 8.069/90 deve prevalecer sobre a modificação legislativa promovida na lei geral da previdência social porquanto, nos termos do art. 227 da Constituição, é norma fundamental o princípio da proteção integral e preferência da criança e do adolescente. 3. Embargos de divergência acolhidos. Em provas de concursos públicos, recomendo aos candidatos adotarem a seguinte resposta: Se a banca perguntar o entendimento nos termos da lei 8.213/91: Menor sob Guarda não é equiparado a filho e está excluído do rol de dependentes. Se a banca perguntar o entendimento nos termos do Estatuto da Criança e do Adolescente: Menor sob Guarda é equiparado a filho e está incluído do rol de dependentes. Se a banca perguntar o entendimento nos termos da Jurisprudência ou segundo entendimento predominante e recente do STJ: Menor sob Guarda é equiparado a filho e está incluído do rol de dependentes. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 26 200 Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 7. (CESPE - Auditor de Controle Externo - TCE-PE - Auditoria de Contas Públicas ʹ 2017). Acerca da filiação, acumulação de benefício e regimes próprios de previdência social, julgue o item a seguir. O adolescente que estiver sob dependência econômica da madrasta, segurada do RGPS, poderá ser inscrito no INSS como dependente desta. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três, e vimos que apenas os dependentes de 1ª Classe são considerados como financeiramente dependentes do segurado. O enteado do segurado é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para ser considerado dependente e receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) MENOR SOB GUARDA DE ACORDO COM O 3º DO ART. 33 DA LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE), “A GUARDA CONFERE À CRIANÇA OU ADOLESCENTE A CONDIÇÃO DE DEPENDENTE, PARA TODOSOS FINS E EFEITOS DE DIREITO, INCLUSIVE PREVIDENCIÁRIOS ”. NO ENTANTO, HÁ UM CONFLITO ENTREAS NORMAS ESTABELECIDASNO ART. 16, 2º, DA LEI 8.213/91 (NA REDAÇÃO DADA PELA LEI 9.528/97) E O 3º DO ART. 33 DA LEI 8.069/90 (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE).NO ÂMBITO DO STJ, O TEMA É CONTROVERSO E VÁRIAS SÃOAS DECISÕESQUE DETERMINAM QUE O MENOR SOB GUARDA NÃO ENTRA NO ROL DOS DEPENDENTES DO RGPS. NO ÂMBITO DO STJ, O TEMA É CONTROVERSO EAS MAIS RECENTES DECISÕES QUE DETERMINAM QUE O MENOR SOB GUARDA ENTRA NO ROL DOS DEPENDENTES DO RGPS. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS(Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 27 200 § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira. Gabarito: CERTO. 8. (CESPE - Defensor Público Federal ʹ 2015). Em relação aos segurados do RGPS e seus dependentes, julgue o item subsecutivo. A lei de benefícios previdenciários prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente, havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Gヴ;ミSW ヮラノZマキI; Wゲデ= ミ; W┝Iノ┌ゲ?ラ Sラゲ さマWミラヴWゲ ゲラH ェ┌;ヴS;ざ Sラ ヴラノ SW SWヮWミSWミデWゲ Wケ┌キヮ;ヴ;Sラゲ a filhos, conforme podemos verificar no art. 16, § 2º,da Lei 8.213/91, com a redação dada pela Lei nº 9.528/97. Após a exclusão dos menores sob guarda, restaram como equiparados a filhos apenas o enteado e o menor tutelado. No entanto, o Estatuto da Criança e Adolescente (Lei 8.090/90), em seu art. 33, §1º, determina que: § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários. Como podemos perceber, existe um conflito entre a norma mais específica (Lei 8.213/91) e a norma マ;キゲ ェWミYヴキI; ふEゲデ;デ┌デラ S; Cヴキ;ミN; W Sラ ASラノWゲIWミデWぶ ;IWヴI; S; Wケ┌キヮ;ヴ;N?ラ ; aキノエラ Sラ さマWミラヴ ゲラH ェ┌;ヴS;ざが ヮ;ヴ; WaWキデラゲ ヮヴW┗キSWミIキ=ヴキラゲ A assertiva está incorreta, pois diferentemente do afirmado, a lei de benefícios previdenciários NÃO prevê expressamente que o menor sob guarda do segurado filiado ao RGPS é seu dependente (não confundir menor sob guarda com menor sob tutela), havendo discussão jurisprudencial a respeito do tema, dada a existência de normas contrárias no ordenamento jurídico nacional, como é o caso do Estatuto da Criança e do Adolescente. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 28 200 4.7. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Os dependentes de 1ª Classe, também conhecidos como dependentes preferenciais, em regra, não precisam comprovar dependência econômica, uma vez que tal dependência é presumida. Os únicos dependentes de 1ª Classe que precisam comprovar dependência econômica são os equiparados a filhos, conforme segue: • Enteado; • Menor sob Tutela; • Menor sob Guarda (se aceito como dependente) Os enteados e menores sob tutela serão beneficiários do RGPS na qualidade de dependente casos preencham, cumulativamente, os seguintes requisitos: • declaração escrita do segurado; • comprovação de dependência econômica; • não possuir bens suficientes para garantir seu sustento e educação. Nos caso dos demais dependentes de 1ª Classe, mesmo que possuam bens suficientes para garantir seu sustento e educação e não dependam economicamente do segurado, farão jus às prestações previdenciárias na qualidade de dependentes. Para comprovação do vínculo e da dependência econômica, quando for o caso, devem ser apresentados no mínimo três dos seguintes documentos: • certidão de nascimento de filho havido em comum; • certidão de casamento religioso; • declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; • disposições testamentárias; • declaração especial feita perante tabelião; • prova de mesmo domicílio; • prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; • procuração ou fiança reciprocamente outorgada; Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 29 200 • conta bancária conjunta; • registro em associação de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; • anotação constante de ficha ou livro de registro de empregados; • apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; • ficha de tratamento em instituição de assistência médica, da qual conste o segurado como responsável; • escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome de dependente; • declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; ou • quaisquer outros que possam levar à convicção do fato a comprovar. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 9. (CESPE - Auditor de Contas Públicas - TCE-PB ʹ 2018) (QUESTÃO ADAPTADA). Julgue a assertiva a seguir. A prestação de benefícios e serviços da previdência social será garantida ao cônjuge supérstite, desde que este comprove a dependência econômica do cônjuge segurado que tiver falecido. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Cônjuge, como você sabe, são pertencentes à Classe I. Não se assuste com as palavras que você não conheça, caso isto ocorra na prova. No caso, cônjuge supérstite significa cônjuge sobrevivente (viúvo), pertence à Classe I. Sabemos que dependentes Classe I, são considerados como financeiramente dependentes, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 30 200 Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o cônjuge não deverá comprovar dependência econômica, uma vez que ela é presumida. Gabarito: ERRADO. 10. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 7ª Região ʹ 2017) (QUESTÃO ADAPTADA). João, segurado obrigatório no RGPS, é casado com Fabiana, pelo regime da separação total de bens, com quem tem dois filhos, Marcos, de dezesseis anos de idade, e Felipe, de vinte e cinco anos de idade, portador de deficiência mental grave desde criança. Nessa situação hipotética, à luz da Lei n.º 8.213/1991, considera(m)-se dependente(s) previdenciário(s) de João: Fabiana, Marcos e Felipe. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Cônjuges, filhos menores de 21 anos não emancipados ou filhos inválidos ou que tenham deficiência intelectual ou mental (independentemente da idade), são considerados como dependentes de 1ª Classe. Automaticamente, tais dependentes têm sua dependência econômica presumida, conforme podemos conferir no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). O fato de João ser casado com Fabiana pelo regime da separação total de bens em nada altera a condição de dependente preferencial de Fabiana. Sendo assim podemos concluir que a assertiva é verdadeira. Gabarito: CERTO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social)- Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 31 200 11. (CESPE - Juiz Federal - TRF 1ª Região ʹ 2015) (QUESTÃO ADAPTADA). Com relação aos beneficiários do RGPS, julgue o item a seguir: Para efeitos previdenciários, presume-se que o filho e o enteado com menos de vinte e um anos são economicamente dependentes do segurado. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: O enteado do segurado, é equiparado aos filhos, mas precisa comprovar dependência econômica para receber os benefícios, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois o enteado, apesar de ser dependente de 1ª Classe, deverá comprovar a dependência econômica. Gabarito: ERRADO. 12. (CESPE - Defensor Público do Distrito Federal ʹ 2013). Acerca do RGPS, julgue o item a seguir. É presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência social, não sendo necessária a comprovação dessa dependência para que ele se torne beneficiário do RGPS na condição de dependente do segurado. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Estudamos que os filhos são pertencentes à Classe I, no rol de dependentes (que possui 3 classes). Dependentes Classe I são considerados como financeiramente dependente, como podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 32 200 Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) (Destaques Nossos). Note que a menção à idade é de 21 anos e não 18. Não confunda a maioridade civil com a perda da condição de dependente. Sendo assim podemos concluir que a assertiva está correta, pois é presumida a dependência econômica do filho com mais de dezoito anos e menos de vinte e um anos de idade em relação ao segurado da previdência social. O fato de ser presumida também a dependência econômica para os filhos menores de 18 anos, não modifica a verdade contida na afirmação. Gabarito: CERTO. 5. DEPENDENTES DE SEGUNDA CLASSE 5.1. PAIS Os pais (pai e a mãe) do segurado são seus dependentes de 2ª Classe. Importante lembrar que os dependentes de 2ª classe somente terão direito às prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista nenhum dependente de 1ª classe (preferencial), uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 5.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os pais (dependentes de 2ª classe) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de 1ª Classe (preferenciais). Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 33 200 "PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDENTES. PAIS. COMPROVAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA. LEI 8.213/91. 1. Conforme firme jurisprudência desta Corte, a dependência econômica da mãe do segurado falecido, para fins de percepção de pensão por morte, não é presumida, devendo ser comprovadaざ. (AgRg no AREsp 136451 / MG, RELATOR MINISTRAO CASTRO MEIRA, T2 - SEGUNDA TURMA, 19/06/2012, DJe 03/08/2012). O Superior Tribunal de Justiça に STJ tem se pronunciado no sentido de que testemunhos coerentes e idôneos merecem crédito, no tocante à demonstração da dependência econômica dos pais em relação aos filhos, uma vez que nem a lei nem o regulamento da Previdência Social exigem que a dependência econômica dos pais em relação aos filhos seja comprovada por início de prova documental, tal como ocorre para a demonstração do tempo de serviço. Neste sentido: "PROCESSUAL E PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. DEPENDÊNCIA. ECONÔMICA. COMPROVAÇÃO. INÍCIO DE PROVA MATERIAL. INEXIGÊNCIA. A legislação previdenciária não exige início de prova material para comprovação da dependência econômica de mãe para com o filho segurado, sendo bastante a prova testemunhal lícita e idônea." (RESP 296128/SE, RELATOR MINISTRO GILSON DIPP, DJ 04/02/2002, p.475) Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 13. (CESPE - Defensor Público Federal - 2017). A respeito da condição de segurados e dependentes no RGPS e da fonte de custeio desse regime, julgue o item subsequente. Para efeito de concessão de benefício aos dependentes, a dependência econômica dos genitores do segurado é considerada presumida. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: As Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I são considerados, de forma presumida, como economicamente dependentes do segurado. Os genitores do segurado (pai e mãe) são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência econômica para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 34 200 I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa. Gabarito: ERRADO. 14. (CESPE - Analista de Administração Pública - TC-DF - 2014). No que se refere ao regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. É presumida, por força de lei, a dependência econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Não é bem assim. Os pais do segurado são considerados como dependentes Classe II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Sendo assim podemos concluir que a assertiva é falsa, pois a dependência econômica dos pais do segurado para fins de atribuição da qualidade de dependentes deverá ser comprovada. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciáriop/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 35 200 15. (CESPE - Auditor Fiscal do Trabalho ʹ 2013). No que se refere às normas que regulamentam a condição de dependente no RGPS, julgue o item subsequente. Apesar de integrarem a segunda classe de dependentes, os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, ainda que existam dependentes que integrem a primeira classe. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Conforme estudamos, as Classes de dependentes são definidas em três e apenas os dependentes Classe I são, em regra, automaticamente considerados como economicamente dependentes do segurado. Os pais do segurado são considerados como dependentes de Classe II, precisando comprovar dependência financeira para receber pensão, porém só poderão receber essa pensão caso não exista nenhum beneficiário Classe I, conforme podemos ver no art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave II - os pais; (...) § 1º A existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes. (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Além do erro apontado acima, outro erro está inserido na questão. Quando a assertiva afirma que os pais poderão fazer jus ao recebimento de pensão por morte, desde que comprovem a dependência econômica do segurado a eles, temos uma inversão técnica, pois não se deve comprovar a dependência econômica do segurado aos pais, mas sim dos pais em relação aos segurados. Portanto, podemos concluir que a assertiva está duplamente incorreta. Gabarito: ERRADO. Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 36 200 6. DEPENDENTES DE TERCEIRA CLASSE 6.1. IRMÃOS Os irmãos são dependentes de 3ª Classe, quando não emancipados, de qualquer condição, quando menores de 21 anos ou, em qualquer idade, quando inválidos ou que tenha deficiência intelectual, mental ou deficiência grave. Os irmãos do segurado são seus dependentes de 3ª Classe. Importante lembrar que os dependentes de 3ª classe somente terão direito às prestações previdenciárias (benefícios e serviços) caso não exista qualquer dependente de 1ª classe (preferencial), nem tampouco qualquer de pendente de 2ª Classe, uma vez que a existência de dependente de qualquer das classes anteriores exclui do direito às prestações os das classes seguintes. 6.2. COMPROVAÇÃO DO VÍNCULO E DEPENDÊNCIA ECONÔMICA Para fins de concessão de benefícios previdenciários, os irmãos (dependentes de 3ª classe) devem comprovar dependência econômica, bem como a inexistência de dependentes de 1ª Classe (preferenciais) e de 2ª Classe. Vejamos como tais assuntos já foram cobrados em prova: 16. (CESPE - Auditor Governamental - CGE PI ʹ2015). A respeito do regime geral de previdência social, julgue o item a seguir. A dependência econômica do irmão menor de vinte e um anos de idade na condição de dependente do segurado é presumida para fins de obtenção de benefício previdenciário. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, recorramos ao art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 37 200 I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (...) § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada. (Destaques Nossos). Portanto assertiva incorreta, pois a dependência dos irmão, que são dependentes da Classe III, não é presumida, devendo ser comprovada. Gabarito: ERRADO. 17. (CESPE - Analista Judiciário - TRT 10ª Região ʹ 2013). O item a seguir apresenta uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada com base nas disposições do direito previdenciário. José, com dezesseis anos de idade, não emancipado, vive às expensas de seu irmão mais velho, João, que é segurado da previdência social. Nessa situação, José é considerado beneficiário do regime geral da previdência social, na condição de dependente de João. ( ) Certo ( ) Errado COMENTÁRIOS: Como estudamos, temos três classes de dependentes. Irmãos pertencem a Classe III, portanto, conforme podemos ver na legislação, transcrita abaixo, precisam comprovar a dependência econômica. Vejamos o art. 16 da Lei 8.213/91: Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; (Destaques Nossos). Rubens Mauricio Corrêa, Equipe Rubens Mauricio Aula 06 Direito Previdenciário p/ INSS (Técnico do Seguro Social) - Com Videoaulas (Prof. Rubens Maurício) www.estrategiaconcursos.com.br 38 200 Nesse caso em específico, o irmão (José) tem 16 anos de idade, não é emancipado e é economicamente dependente de seu irmão mais velho (João, que é segurado RGPS). Portanto, José é considerado como beneficiário dependente de João, se não houver dependentes de classes anteriores. Gabarito: CERTO. 7. REGRAS APLICÁVEIS AOS DEPENDENTES Em relação aos dependentes, temos algumas regras básicas para que sejam considerados beneficiários do RGPS, conforme segue: • A existência de dependente de qualquer das classes exclui do direito às prestações os das classes seguintes. o Exemplo: Se houver algum cônjuge, companheiro, filho ou equiparado a filho como dependentes, os pais e irmão não terão qualquer direito ao benefícios previdenciário. • Os dependentes de uma mesma classe concorrem em igualdade de condições. Assim sendo, os benefícios dos dependentes (pensão por morte e auxílio-reclusão), quando devidos, serão divididos em cotas iguais entre cada um dos dependentes. o Exemplo: Imaginemos uma pensão por morte a ser paga para cinco dependentes, sendo uma esposa e quatro filhos menores. Se o valor da renda mensal inicial da pensão por morte for R$ 1.000,00, cada um dos quatro dependentes receberá R$ 200,00. • Reverterá em favor dos demais dependentes a parte daquele cujo direito à pensão cessar. o No exemplo acima, assim que um dos filhos completar 21 anos, deixará de ser dependente (exceto se for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental ou deficiência grave). Neste caso, deixando um filho de ser dependente, os R$ 1.000,00 passarão a ser divididos entre os quatro dependentes restantes, pagando-se R$ 250,00 para cada dependente. E assim por diante.
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