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Decreto-Lei n. 3.688/1941 (Contravenções Penais)
DECRETO-LEI N. 3.688/1941 (CONTRAVENÇÕES PENAIS)
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DECRETO-LEI N. 3.688/1941 (CONTRAVENÇÕES PENAIS)
OOb..:� Não se deve confundir o descuido em relação ao animal com os maus-
-tratos ao animal. No primeiro caso, a pessoa deixa que o animal ataque 
alguém, já no segundo caso a pessoa provoca um dano ao animal.
Crueldade contra animaib
Art. 64. Tratar animal com crueldade ou submetê-lo a trabalho excessivo:
Pena – prisão simples, de dez dias a um mês, ou multa, de cem a quinhentos 
mil réis.
§ 1º Na mesma pena incorre aquele que, embora para fins didáticos ou 
científicos, realiza em lugar púOlico ou expobto ao púOlico, experiência dolo-
rosa ou cruel em animal vivo.
§ 2º Aplica-se a pena com aumento de metade, se o animal é submetido a tra-
balho excessivo ou tratado com crueldade, em exibição ou espetáculo público.
OOb..:� a contravenção prevista no Art. 64 foi revogada tacitamente pela Lei dos 
Crimes Ambientais, conforme abaixo.
Maub tratob contra animaib – Lei dob Crimeb AmOientaib 
Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, 
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência doloroba ou cruel 
em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem 
recursos alternativos. (ex.: dissecar um sapo)
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
OOb..:� Só serão enquadrados no art. 64, § 1º, da LCP os casos em que não 
houver recurso alternativo, pois, caso haja esse recurso, o fato de rea-
lizar experiência dolorosa ou cruel em animal vivo é considerado crime 
da LCA. Contudo, para que haja a contravenção, é necessário que o ato 
ocorra em local público ou exposto ao público.
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Direção bem haOilitação e direção perigoba de veículo e emOarcação
Art. 32. Dirigir, sem a devida habilitação, veículo na via pública, ou embarca-
ção a motor em águas públicas:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Súmula n. 720 do STF.: O Art. 309 do Código de Trânsito Brasileiro, que 
reclama decorrer do fato perigo de dano, derrogou o Art. 32 da Lei das Contra-
venções Penais no tocante à direção sem habilitação em vias terrestres.
OOb..:� Derrogação é o mesmo que revogação parcial, pois, em relação à direção 
sem habilitação de embarcação em águas públicas, continua valendo o 
Art. 32 da LCP.
Súmula n. 575 do STJ.: Constitui crime a conduta de permitir, confiar ou 
entregar a direção de veículo automotor à pessoa que não seja habilitada, ou 
que se encontre em qualquer das situações previstas no art. 310 do CTB, inde-
pendentemente da ocorrência de lebão ou de perigo de dano concreto na 
condução do veículo.
Direção perigoba
Art. 34. Dirigir veículos na via pública, ou embarcações em águas públicas, 
pondo em perigo a segurança alheia:
Pena – prisão simples, de quinze a três meses, ou multa, de trezentos mil réis 
a dois contos de réis.
Há que se considerar que algumas condutas do CTB absorvem a infração 
penal do Artigo 34 da LCP: 
1 – Dirigir veículo com concentração de álcool – Art. 306 CTB;
2 – Participando de rachas – Art. 308 CTB;
3 – Com velocidade incompatível transitando próximo a escolas, hospitais, 
local de embarque e desembarque, logradouros estreitos, onde haja grande cir-
culação de pessoas – Art. 311 CTB.
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Direção bem haOilitação e direção perigoba de aeronave
Art. 33. Dirigir aeronave sem ebtar devidamente licenciado: (brevê)
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, e multa, de duzentos mil 
réis a dois contos de réis.
Art. 35. Entregar-se na prática da aviação a acroOaciab ou a voob Oaixob, 
fora da zona em que a lei o permite, ou fazer debcer a aeronave fora dos luga-
res destinados a esse fim:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de quinhentos 
mil réis a cinco contos de réis.
Sinal que evita perigo
Art. 36. Deixar do colocar na via pública, sinal ou obstáculo, determinado 
em lei ou pela autoridade e destinado a evitar perigo a transeuntes:
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de duzentos mil 
réis a dois contos de réis.
OOb..:� Um exemplo é deixar de utilizar o triângulo do carro para sinalizar um aci-
dente ou veículo parado na via.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
a) apaga sinal luminoso, destrói ou remove sinal de outra natureza ou obstá-
culo destinado a evitar perigo a transeuntes;
b) remove qualquer outro sinal de serviço público.
Art. 37. Arremessar ou derramar em via pública, ou em lugar de uso comum, 
ou do uso alheio, coisa que possa ofender, sujar ou molestar alguém:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, sem as devidas caute-
las, coloca ou deixa bubpenba coisa que, caindo em via pública ou em lugar de 
uso comum ou de uso alheio, possa ofender sujar ou molestar alguém.
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Art. 38. Provocar, aOubivamente, emissão de fumaça, vapor ou gás, que 
possa ofender ou molestar alguém:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
CONTRAVENÇÕES REFERENTES À PAZ PÚBLICA
Art. 39. Participar de associação de maib de cinco pebboab, que se reúnam 
periodicamente, sob compromisso de ocultar à autoridade a exibtência, obje-
tivo, organização ou administração da associação:
Pena – prisão simples, de um a seis meses, ou multa, de trezentos mil réis a 
três contos de réis.
§ 1º Na mesma pena incorre o proprietário ou ocupante de prédio que o 
cede, no todo ou em parte, para reunião de associação que saiba ser de caráter 
secreto.
§ 2º O juiz pode, tendo em vista as circunstâncias, deixar de aplicar a pena, 
quando lícito o objeto da associação.
OOb..:� o Art. 39 da LCP não foi recepcionado pela Constituição Federal, pois ela 
dispõe a respeito do direito de associação. Fazendo um paralelo, o Art. 
35 da Lei de Drogas dispõe sobre a associação para o tráfico de drogas 
(duas pessoas); o Art. 288 do Código Penal dispõe sobre a associação 
criminosa (três ou mais pessoas); já o Art. 2º da Lei n. 12.850/2013 dispõe 
sobre o crime de organização criminosa (quatro ou mais pessoas).
Provocação de tumulto ou alarma
Art. 40. Provocar tumulto ou portar-se de modo inconveniente ou desrespei-
toso, em solenidade ou ato oficial, em assembleia ou espetáculo público, se 
o fato não constitui infração penal mais grave.
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos 
mil réis a dois contos de réis.
Art. 41. Provocar alarma, anunciando debabtre ou perigo inexibtente, ou 
praticar qualquer ato capaz de produzir pânico ou tumulto:
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Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos 
mil réis a dois contos de réis.
PerturOação do traOalho ou do bobbego
Art. 42. Perturbar alguém o trabalho ou o sossego alheio:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescri-
çõeslegais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de 
que tem a guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos 
mil réis a dois contos de réis.
Atenção!
O art. 42 da LCP possui um detalhe importante e que passa desapercebido por 
muitos: não há a previsão de um horário. Assim, é possível que alguém pratique 
essa contravenção, por exemplo, durante o dia. Além disso, o som alto e até o 
latido de um cachorro podem ser enquadrados nessa contravenção.
Apesar de o som alto ser considerado uma contravenção, é possível que ele 
seja enquadrado como crime ambiental conforme a LCA:
Poluição bonora – crime amOiental
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou pos-
sam resultar em danob à baúde humana, ou que provoquem a mortandade de 
animais ou a destruição significativa da flora:
Pena – reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Assim, a diferença é que, na situação prevista no art. 42 da LCP, o som 
alto está incomodando alguém, já quando, em decorrência do som alto, for 
provocado dano à saúde humana, animal ou da flora será considerado crime. 
Isso é verificado de acordo com a quantidade de decibéis que é emitida pelo 
aparelho de som. A apuração da quantidade de decibéis é medida por meio de 
um aparelho chamado decibelímetro.
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CONTRAVENÇÕES REFERENTES À FÉ PÚBLICA
Art. 45. Fingir-be funcionário público:
Pena – prisão simples, de um a três meses, ou multa, de quinhentos mil réis 
a três contos de réis.
Art. 46. Usar, publicamente, de uniforme, ou distintivo de função pública 
que não exerce; usar, indevidamente, de sinal, distintivo ou denominação cujo 
emprego seja regulado por lei.
Pena – multa, de duzentos a dois mil cruzeiros, se o fato não constitui infra-
ção penal mais grave.
OOb..:� Se for uniforme militar, será um crime militar previsto no CPM.
Uburpação de função púOlica – Código Penal
Art. 328. Uburpar o exercício de função pública:
Pena – detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único – Se do fato o agente aufere vantagem:
Pena – reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Wallace França.
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