Buscar

Candidato condenado por crime é desqualificado de concurso da Polícia Civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
 
 
 
superado as provas objetivas, físicas, médicas, psicológicas e 
toxicológicas. Depois de ser impedido de assumir a vaga, o 
candidato entrou com um mandado de segurança na 5ª Vara da 
Fazenda Pública do DF, que foi negado pelo juiz. Segundo o edital do 
concurso, realizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos 
da Universidade de Brasília (CESPE/UNB), a sindicância da vida 
pregressa e investigação social avalia a idoneidade moral do candidato 
no âmbito social, administrativo, civil e criminal. O requisito consta no 
edital como “indispensável para aprovação” no concurso e é avaliado por 
uma comissão formada pela direção da Polícia Civil. No recurso, o 
candidato alegou que já pagou pela infração praticada e que por isso não 
seria lícito continuar punido “ad eternum” o que na prática iria significar 
pena perpétua, vedada pela Constituição. A defesa também disse que, 
após mais de 17 anos desde o fato e de 15 anos de cumprimento da 
medida de liberdade assistida, a exclusão do concurso seria 
inconstitucional e ilegal. Na decisão, o relator da 4ª Turma Cível afirmou 
que o candidato aceitou as condições que constavam no edital do 
concurso, entre elas a possibilidade de sindicância da vida pregressa. 
Segundo o relator, o rapaz concordou com o item que contemplava a 
possibilidade de que o crime praticado contra o índio Galdino se 
tratava “de fato desabonador de sua conduta, incompatibilizando-o com 
o cargo de agente de polícia da carreira de Polícia Civil do Distrito 
Federal”. Na sentença consta que não se trata de punição perpétua, 
pois a decisão apenas dá prestígio à moralidade pública, levando em 
consideração fato trazido à tona em fase regular do concurso público, 
para cuja avaliação a autoridade pública está devidamente autorizada 
por lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
No caso descrito, ocorre a não observância de algum princípio 
constitucional? Existem elementos que revelam proporcionalidade e 
razoabilidade no que concerne ao meios empregados? Fundamente sua 
resposta. 
O Tribunal de Justiça do Distrito Federal negou recurso do candidato 
aprovado em concurso da Polícia Civil, mas que foi desqualificado do 
certame por ser reprovado na etapa de sindicância de vida pregressa. Ele 
foi condenado em 2001 por participação no assassinato do índio Galdino 
Jesus dos Santos. O crime aconteceu em 20 de abril de 1997, quando o 
candidato tinha 16 anos. Ele e outros quatro jovens de classe média de 
Brasília atearam fogo no índio, que dormia em uma parada de ônibus da W3 
Sul. Na época, o então adolescente foi encaminhado para um centro de 
reabilitação juvenil, condenado a cumprir um ano de medidas 
socioeducativas, mas passou apenas três meses internado. O rapaz havia 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
 
 
 
 
 
Resposta: 
 
 
 
 
 Apenas no caso acima, os princípios constitucionais não foram observados, pelo 
motivo de constar no próprio edital o seguinte requisito: 
 
• A sindicância da vida pregressa e investigação social avalia a idoneidade moral 
do candidato no âmbito social, administrativo, civil e criminal. 
 
 
 A decisão da 4ª Turma Cível, afirma com toda clareza , que o candidato assim que 
se inscreveu no concurso , tinha total e plena ciência das condições , antes mesmo dele 
ter feito a prova, principalmente levando-se em conta o cargo a ser ocupado e o local 
onde os aprovados iriam atuar. 
 
 Caso, não houvesse este requisito, ele poderia tranquilamente ter exercido tal cargo, 
pois, nossa constituição prevê: 
 
O artigo 37, inciso I, da Constituição de 1988, ditou que: 
 “Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que 
preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma 
da lei”. 
 Também podemos verificar no artigo 37, que regulamenta de forma bastante ampla a 
administração pública, que somente poderão ser utilizados como requisito para 
ingresso em cargo público aqueles que a lei previamente estabeleceu. 
 Ainda nessa seara temos a lei 8.112 de 1990 que regulamenta em seu artigo 5º os 
requisitos básicos para ingresso em um cargo público conforme segam abaixo: 
 Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo público: 
 I - A nacionalidade brasileira; 
 II - O gozo dos direitos políticos; 
 III - A quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
 IV - O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
 V - A idade mínima de dezoito anos; 
 VI - Aptidão física e mental. 
 
 A conclusão, é que foi aplicada de forma correta as diretrizes do edital, não 
permitindo que este candidato em questão exerce-se o cargo pretendido , mesmo tendo 
passado nos testes exigidos.

Continue navegando