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Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 1 Expressões algébricas e expressões polinomiais Daniel de Freitas Barros Neto OBJETIVOS DA UNIDADE • Compreender os conceitos de expressões algébricas e numéricas; • Assimilar a estrutura algébrica das expressões polinomiais e racionais; • Manipular algebricamente as expressões polinomiais. TÓPICOS DE ESTUDO Expressões algébricas e polinomiais // Expressões numéricas e algébricas // Expressões polinomiais Operações e propriedades // Adição, subtração, divisão e multiplicação // Expressões racionais Expressões algébricas e polinomiais A Matemática é um amplo campo de estudo que lança mão de diversos conceitos abstratos, de modo a sistematizar o trabalho com formas, quantidades, espaços, medidas, variações, estimativas e afins. Compreender a Matemática de maneira passível de ser aplicada a problemas da realidade é ser capaz de compreender sua capacidade representativa, seja ela geral ou específica. Assim, a presente seção apresenta as expressões numéricas e algébricas, tornando possível essa compreensão representativa acerca da Matemática. Por fim, será apresentado um tipo específico de expressão algébrica: as expressões polinomiais. Serão discutidas, ao longo dessa seção, suas principais diferenças conceituais e práticas. O conhecimento acerca das expressões algébricas auxiliará o aluno na formulação de representações gerais em diferentes contextos da Matemática Aplicada; é a partir dessas expressões que se trabalha com generalidades, ou seja, com representações que valem para diversas situações e objetos, dentro de um mesmo contexto. O conhecimento acerca das expressões numéricas, por sua vez, auxiliará o aluno na compreensão de situações específicas de determinado contexto. Isso será útil para o estudo de uma situação em que se conhece os valores das variáveis e deseja-se encontrar resultados numéricos dos problemas reais. Por fim, serão apresentadas as expressões polinomiais – um caso específico das expressões algébricas –, assim como a estrutura algébrica dessas Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 2 expressões, enfatizando as definições de monômio, binômio e trinômio, além de uma discussão mais profunda acerca de coeficientes, graus e termos. EXPRESSÕES NUMÉRICAS E ALGÉBRICAS Um aspecto relevante de muitas áreas da Matemática é a capacidade de representação de situações reais. Por meio dos objetos matemáticos, é possível, muitas vezes, resolver problemas, modelar cenários e estimar valores ao relacionar diversas situações e contextos da realidade. Essa capacidade representativa que se obtém por meio dos objetos matemáticos é de fundamental importância para a Matemática Aplicada. Aplicar a Matemática significa justamente isso: utilizar os objetos matemáticos como ferramenta representativa de situações reais visando soluções, modelos e predições de problemas inerentes a essas situações. As formas mais simples de representação pautam-se em representações numéricas que ocorrem por meio de expressões numéricas. Em outras palavras, utilizam-se apenas números e operações matemáticas (adição, subtração, divisão e multiplicação) para que se consiga representar uma determinada situação real ou abstrata. Considere, por exemplo, a expressão numérica a seguir: O que se pode observar dessa expressão é que se trata da razão (divisão) entre dois números inteiros positivos, e pode ser resolvida com um simples cálculo sucinto: Essa expressão numérica seguida do cálculo matemático de seu resultado, porém, pode não carregar nenhum sentido real, e representar apenas um mero cálculo aritmético. No entanto, a simples introdução de um contexto torna essa expressão numérica uma representação de uma situação real. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 3 Assim, suponha a seguinte situação: Dois indivíduos estão consumindo alimentos em um determinado estabelecimento e, ao final do consumo, resolvem dividir os gastos. Ao exigir a conta, deparam-se com o valor de R$ 100 em sua comanda. Como decidem dividir igualmente os gastos, utilizam a seguinte expressão numérica para representar tal situação: Desse modo, a expressão numérica transformou-se em uma representação de uma situação da realidade, e sua resolução representaria a resolução do problema real delimitado pelos dois indivíduos. Efetuando o cálculo novamente: O número 50, agora, representa não somente o resultado de uma expressão numérica, mas também a solução de uma situação real. Portanto, os indivíduos devem pagar R$ 50 cada um para que dividam os gastos (100) da refeição de maneira igual. Figura 1. Situação real representada. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 4 Outras inúmeras expressões numéricas podem representar situações reais. Tome como exemplo a seguinte expressão numérica: 0,02 · 600 + 3 O que se pode observar dessa expressão numérica é que se trata de um produto (multiplicação) entre dois números, sendo um deles real (0,02) e outro inteiro positivo (600), acrescidos (adição) de outro número inteiro positivo (3). Com a resolução dessas operações numéricas, pode-se determinar um resultado para a expressão supracitada: 0,02 · 600 + 3 = 12 + 3 = 15 Tal como o exemplo anterior, a expressão numérica seguida do cálculo matemático de seu resultado pode não carregar nenhum sentido real, e representar apenas um mero cálculo aritmético. No entanto, novamente, suponha a seguinte situação real: Um indivíduo solicita um táxi para realizar o trajeto desejado e pagará o dinheiro referente à sua viagem com base no valor apresentado pelo taxímetro. O taxímetro do veículo funciona da seguinte maneira: o preço fixo pela corrida é 3 reais e a cada segundo que passa é acrescido um valor de R$ 0,02. Sabendo- se que o indivíduo realizou uma corrida de 10 minutos, ou seja, 600 segundos, a seguinte expressão numérica representa essa situação real: 0,02 · 600 + 3 Desse modo, novamente, uma expressão numérica transformou-se em uma representação de um problema real, e sua resolução, portanto, delimitaria a solução desse problema. Assim: 0,02 · 600 + 3 = 12 + 3 15 Cada passo da resolução possui um significado real. Por exemplo, a segunda linha do algoritmo representa o valor em dinheiro a ser pago pelos minutos rodados (R$ 12) acrescido do valor a ser pago pelo preço fixo de corrida (R$ 3), e o valor presente na terceira linha é o valor total a ser pago ao final da corrida (R$ 15). Por fim, apresenta-se outra expressão numérica que pode representar situações reais. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 5 Considere a seguinte expressão numérica: 23 Observa-se que essa expressão numérica se refere a uma potenciação, em que a base é o número inteiro positivo 2 e o expoente o número inteiro positivo 3. Tendo em vista o conceito de potenciação, pode-se representar essa expressão numérica de outra maneira: 23 = 2 · 2 · 2 Agora, a expressão numérica é composta por múltiplos produtos (multiplicações) entre três números inteiros positivos (2). Uma vez que está representado nessa forma, pode-se efetuar as operações aritméticas presentes e calcular o valor numérico referente a essa expressão numérica: 2 3 = (2 · 2) · 2 = (4) · 2 = 8 Novamente, suponha a seguinte situação real: Um estudante de Engenharia deseja calcular o volume de um cubo tomando como base a medição de seus lados. O cubo possui arestas de tamanho 2 cm e a expressão numérica que representa o volume de um cubo com essas medidas é a multiplicação de sua largura, altura e comprimento. A Figura 2 apresenta as informações referente ao cubo. Figura 2. Informações do cubo. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 6 Tal relação entre altura, largura e comprimento é descrita conforme aseguinte expressão numérica: 2 · 2 · 2 Desse modo, a expressão numérica trabalhada passa a representar uma situação real, e sua resolução, portanto, delimitaria a solução dessa situação. Assim, pode-se presumir que ambas expressões numéricas representam o cálculo do volume de um cubo de arestas de 2 cm, uma vez que anteriormente provaram-se equivalentes: 23 = 2 · 2 · 2 Calcula-se, novamente, a expressão numérica: 2 3 = (2 · 2) · 2 = (4) · 2 = 8 O número 8, resultado dessa expressão numérica, representa o volume do cubo de arestas de 2 cm. Tendo isso em vista, deve-se atribuir a esse número a unidade de medida equivalente ao volume de um sólido; nesse caso, cm³. Desse modo, a resposta a esse problema seria 8 cm³. Em suma, trabalhar com expressões numéricas na Matemática Aplicada significa trabalhar com representações que contenham números e operações de modo a representar situações reais. Essas situações estudadas apresentam uma característica importante das expressões numéricas para esta área, simbolizando situações particulares e específicas de determinado contexto. Para o cálculo do volume do cubo de 2 cm de aresta, por exemplo, utilizou- se a representação. No entanto, caso fosse necessário o cálculo do volume de outros cubos, a expressão não representaria essas novas situações. Isso posto, pode-se concluir que as expressões numéricas não permitem generalizações. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 7 Tendo em vista essa discussão, inicia-se o estudo dos objetos matemáticos conhecidos por expressões algébricas. Essas expressões são fundamentais para a Matemática Aplicada, uma vez que pode-se representar generalidades com esse objeto matemático. As expressões algébricas possuem os mesmos elementos das expressões numéricas, números e operações aritméticas (soma, divisão, multiplicação e subtração). Porém, essas expressões possuem um outro elemento fundamental para o processo de generalização: a incógnita. A incógnita, também chamada de variável, é uma letra que, no contexto matemático, representa qualquer número de um conjunto numérico determinado. As letras comumente utilizadas para representar variáveis são x, y e z, porém qualquer outra letra possui a mesma capacidade representativa. A fim de explicitar as características representativas gerais das expressões algébricas, além do significado de uma variável, deve-se analisar os exemplos relacionados a expressões numéricas. Tome como exemplo, novamente, a expressão numérica que representa a divisão de gastos entre dois indivíduos: O número 2 representa a quantidade de indivíduos que dividiu o valor de uma conta de R$ 100. Assim, essa expressão representa uma situação particular em que se sabe o número de indivíduos e o valor da comanda. Todavia, é possível imaginar uma situação em que, inicialmente, o valor da comanda é desconhecido e deseja-se representar essa situação. O valor de uma comanda é medido em determinada unidade monetária, nesse caso reais, que tem seus valores numéricos variando conforme o conjunto dos números reais. Nesse caso, pode-se substituir o número 100 por uma variável x, que pertence ao conjunto dos números reais, resultando na seguinte expressão: Essa expressão representa, portanto, a divisão de um gasto no valor de x reais entre dois indivíduos, sendo x um número real positivo. Portanto, essa Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 8 expressão simboliza todas as possíveis contas a serem divididas por dois indivíduos, uma vez que x pode assumir qualquer valor real. Caso x = 100, tem- se um caso particular dessa representação. Caso x assuma o valor de 200, 300 ou 400, obtém-se outras expressões numéricas: Observa-se, portanto, que as expressões numéricas são casos particulares de uma expressão algébrica quando a variável nela presente (x) assume um valor específico (100, 200, 300 ou 400). Porém, nesse caso, ainda há mais uma generalização que pode ser feita. O denominador 2 representa o número de indivíduos que irão dividir os gastos. Esse número inteiro positivo pode ser substituído por uma variável y que representa qualquer número inteiro positivo, resultando na seguinte expressão: Figura 3. Expressões algébrica e numérica. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 9 Analisa-se, também, a situação referente ao cálculo do valor de uma corrida com base em uma expressão numérica. Toma-se como parâmetro, novamente, a seguinte expressão numérica: 0,02 · 600 + 3 Para um conjunto de táxis específico, imagina-se que os taxímetros sejam os mesmos, ou seja, que os valores fixados de 3 e 0,02 sejam sempre constantes. Nesse caso, o tempo de viagem (600) representa um número real positivo, uma vez que o tempo é uma grandeza mensurada pelo conjunto dos números reais. Logo, pode-se substituí-lo por uma incógnita x que pertence a esse conjunto numérico, de tal modo que a expressão supracitada se tornaria: 0,02 · x + 3 Desse modo, a expressão numérica dá origem a uma expressão algébrica que consegue representar qualquer corrida realizada por um táxi que contenha esse taxímetro. Todas as expressões numéricas são casos particulares dessa expressão algébrica. Por exemplo: corridas de 1000, 2000 e 3000 segundos são casos particulares para x = 1000, x = 2000 e x = 3000. Dessa expressão algébrica, obtém-se três outras expressões numéricas para a representação dessas situações específicas: 0,02 · 1000 + 3 0,02 · 2000 + 3 0,02 · 3000 + 3 O resultado de cada uma delas representa o resultado de cada situação específica. A expressão algébrica, portanto, delineia uma regra geral para o cálculo do valor de corridas de táxis. Isso foi possível apenas com a utilização de uma incógnita, objeto que representa um número qualquer de determinado conjunto numérico. A Figura 4 apresenta a relação entre as expressões. Figura 4. Relação entre as expressões algébrica e numérica. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 10 Por fim, analisa-se a situação em que se deseja efetuar o cálculo do volume de um cubo de aresta 2 cm. Retoma-se a expressão numérica que representa o cálculo do volume desse cubo, representada como: 23 A base (2) dessa expressão numérica representa um número real positivo. Isso se deve ao fato de que o número 2 representa uma medida em cm, que é mensurada por um número real positivo. Logo, o número 2 pode ser substituído por uma variável x que pertence ao conjunto numérico dos números reais. Desse modo, a expressão numérica supracitada tornar-se-ia a seguinte expressão algébrica: x3 Essa expressão algébrica representaria, portanto, o cálculo do volume de qualquer cubo. A expressão numérica anterior representaria apenas um caso particular, em que x = 2. Outros cubos com arestas 3, 4 e 5 também podem ter seus volumes representados, sendo apenas casos particulares da expressão algébrica quando x assume os valores de 3, 4 e 5, dando origem às seguintes expressões: 3 3 4 3 5 3 CURIOSIDADE Uma vez que x³ pode representar o volume de qualquer cubo que tenha aresta x, a representação de x² pode representar a área de qualquer quadrado que tenha lado x. Por outro lado, x4 não possui representação física; portanto, não é toda expressão algébrica que possui Em suma, na Matemática Aplicada as expressões algébricas tendem a representar generalizações de um cenário real, e as expressões numéricas são casos particulares dessa situação real. A expressão x3 representa a generalização do volume de um cubo, ao passo que as expressões 33, 43 e 53 são casos particulares dessa generalização, por exemplo. A Figura 5 explicita essa relação. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 11 Figura 5. Expressões algébrica e numérica do cubo. Ambas representações, numérica e algébrica, são importantespara o estudo da Matemática Aplicada, uma vez que, conjuntamente, tratam de generalizações e particularidades. Ademais, elas são úteis para a representações de problemas reais, que são o foco dos trabalhos em Matemática Aplicada. DICA Os contextos reais de aplicação da Matemática podem ser interpretados pelo ponto de vista de uma expressão numérica ou uma expressão algébrica. Tudo isso depende de alguns fatores, dentre eles a particularidade ou generalidade do estudo que se almeja. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 12 A Figura 6 apresenta as diferenças entre as duas expressões. Figura 6. Diferenças entre expressão algébrica e expressão numérica. EXPRESSÕES POLINOMIAIS Tendo em vista as discussões da seção passada acerca de expressões algébricas, essa seção busca aprofundar-se um pouco mais nesse tipo de expressão. Será estudado um caso específico de expressão algébrica: as expressões polinomiais. Porém, antes disso, serão discutidos alguns conceitos iniciais relacionados a outras expressões algébricas mais simples, que compõem as expressões polinomiais. Um dos elementos mais simples que compõem as expressões algébricas é o monômio. O monômio é uma expressão algébrica composta por um único termo e que possui o seguinte formato (STEWART; REDLIN; WATSON, 2013): axk No qual a refere-se a um número real e k a um número inteiro não negativo. Em outras palavras, a refere-se a qualquer valor real (a ∈ ℝ) enquanto k pertence ao conjunto dos inteiros, de tal forma que: kϵZ+ = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, …} Tendo isso em vista, analisam-se alguns exemplos de monômio: x 2 6 2x 5 Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 13 Verifica-se que todos os três exemplos satisfazem a definição de monômio. Em x², tem-se que a = 1 e k = 2; já em 6, verifica-se que a = 6 e k = 0, de tal modo que: 6x0 = 6 Por fim, verifica-se em 2x5 os valores de a = 2 e k = 5. Todos os exemplos supracitados referem-se a monômios, mas com diferentes formas. O primeiro exemplo não apresenta um número real visível, ao passo que no segundo exemplo não se observa a variável x e, por fim, no terceiro exemplo, variável e número real estão visíveis. Isso ocorre porque os monômios são constituídos de duas partes: a parte literal e o coeficiente. A parte literal refere-se à variável de um monômio, logo xk. Já o coeficiente refere-se ao número real que acompanha a parte literal, logo, refere-se ao valor a. A Figura 7 apresenta essa distinção entre os elementos que compõem o monômio. Figura 7. Monômio e seus elementos. Portanto, a diferença entre os três exemplos relaciona-se com os elementos que os compõem. O primeiro caso (x²) apresenta um monômio que contém apenas uma parte literal visível; ao passo que o segundo caso (6) refere- se a um monômio que é composto, apenas, por um coeficiente visível; por fim, o último exemplo (2x5) apresenta um monômio que contém a parte literal e, também, um coeficiente. A partir do conceito de monômio, é possível definir outras expressões algébricas que são compostas por dois ou mais monômios. Para aquelas que são compostas pela subtração ou adição de dois monômios, dá-se o nome de binômio. Seguem alguns exemplos dessas expressões algébricas: Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 14 3x + 5 4x² + x³ 2x – 1 No primeiro exemplo, apresenta-se o binômio 3x + 5, que é composto pelo monômio 3x, que possui parte literal (x) e coeficiente (3), e o monômio 5, que possui apenas o coeficiente visível, tal como o terceiro exemplo. Já no segundo exemplo, é apresentado um binômio composto pelo monômio 4x², que possui parte literal (x²) e coeficiente (4), e o monômio x³, que possui apenas parte literal. Seguindo a mesma lógica, define-se o trinômio, expressão algébrica que é composta por três monômios. x 5 - 2x + 5 3x 2 + 8x - 1 x 3 - x 2 + x No primeiro exemplo, tem-se o polinômio x5 - 2x + 5, composto pelo monômio x5, que possui parte literal (x5) e coeficiente 1, pelo monômio -2x, que possui parte literal (x) e coeficiente (-2), e o monômio 5, que possui parte literal (x0) e coeficiente 5. O segundo exemplo refere-se ao trinômio 3x2 + 8x - 1, composto pelo monômio 3x2, que contém uma parte literal (x2) e coeficiente (3), pelo monômio 8x, com parte literal (x) e coeficiente (8), e o monômio -1, com parte literal (x0) e coeficiente (-1). Por fim, apresenta-se o terceiro exemplo, referente ao trinômio x3 - x2 + x, que é composto pelo monômio x3, com parte literal (x3) e coeficiente (1), pelo monômio -x2, com parte literal (x2) e coeficiente (-1), e pelo monômio x, com parte literal (x) e coeficiente (1). Do mesmo modo que o binômio e o trinômio, é possível definir inúmeras outras expressões algébricas compostas por diversos monômios. Tendo isso em vista, define-se uma expressão geral que abarca todas essas expressões compostas por monômios na forma axk. Uma expressão algébrica composta pela soma de monômios é definida como polinômio, e possui a seguinte forma geral (STEWART; REDLIN; WATSON, 2013): anxn + an - 1xn - 1 + ... + a1x + a0 Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 15 Os números a0, a1, a2, a3 ... an referem-se a números reais, ou, como visto anteriormente, coeficientes reais. Já o número n refere-se a um número inteiro não negativo, ou seja, {0, 1, 2, 3, 4…}. Caso o coeficiente real an seja diferente de 0, ou seja, an ≠ 0, diz-se que o polinômio tem grau n. Os monômios akxk que compõem todo o polinômio também são chamados de termos. Com relação ao grau dos polinômios, analisam-se alguns exemplos. Considere o seguinte polinômio: 3x3 – 3 Como os termos dos polinômios são todos os monômios que o compõem, logo 3x³ e 3 referem-se aos termos do polinômio. Dentre esses termos, aquele que possui a maior expoente x é o termo 3x², sendo o expoente 2. Logo, diz-se que o polinômio supracitado tem grau 2. Analisando outro exemplo de polinômio: 8x12 - 4x2 + 3x + 12 Como os termos dos polinômios são todos os monômios que o compõem, tem-se que 8x12, -4x2, 3x e 12 são termos desse polinômio. Para que se possa identificar o grau do polinômio, deve-se sempre olhar o maior expoente de x; nesse caso, 12. Desse modo, identifica-se que o polinômio supracitado possui grau 12. O Quadro 1 apresenta outros exemplos de polinômios, identificando seus respectivos termos e determinando seu grau. Quadro 1. Termos e graus de polinômios. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 16 Tendo em vista o conhecimento acerca dos polinômios e sua estrutura, resta, portanto, evidenciar como manipulá-los algebricamente. Esse assunto será tratado na seção seguinte. Seção 2 - Expressões algébricas e polinomiais Operações e propriedades A seção anterior apresentou a conceituação teórica acerca de expressões algébricas e, dentre estas, as expressões polinomiais. Foi possível identificar a estrutura algébrica dessas expressões, assim como seus termos, coeficientes e grau polinomial – a partir desse conhecimento, a presente seção é estruturada. As operações de adição e subtração seguem a noção de agrupamento de termos polinomiais iguais para que, depois de agrupados, eles possam ser adicionados ou subtraídos uns aos outros. Para isso, deve-se levar em conta o grau dos termos e seus coeficientes. A multiplicação, por sua vez, é pautada na propriedade distributiva de termos, a mesma propriedade utilizada para a multiplicação de números reais. Apresenta-se, portanto, diversas propriedades multiplicativas entre termos, que poderá ser útil para o que se denomina expansão e fatoração, conceitos discutidos ao longo da seção. Apresenta-se, por fim, o algoritmo da divisão polinomial, em que se busca dividir um polinômio de maior grau por outro de menor grau. Isso possibilita a simplificaçãode razões polinomiais, as quais serão apresentadas, também, como expressões racionais, ressaltando-se suas propriedades manipulativas. ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, DIVISÃO E MULTIPLICAÇÃO Uma vez conhecida a estrutura de um polinômio, é necessário compreender como se darão as operações entre esses objetos matemáticos. https://sereduc.blackboard.com/courses/1/060_U_EC/content/_2564653_1/scormcontent/index.html#/lessons/xA6_hDs8RAuBP_C_1XvaUsX6M3ZeuCHd https://sereduc.blackboard.com/courses/1/060_U_EC/content/_2564653_1/scormcontent/index.html#/lessons/xA6_hDs8RAuBP_C_1XvaUsX6M3ZeuCHd Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 17 Assim, as primeiras operações discutidas nessa seção serão as operações de adição e subtração. A ideia principal para que seja possível realizar essa operação é a de que os termos iguais devem ser agrupados; somente a partir disso realizam-se as adições e subtrações. Assim, os termos com mesmo grau são reagrupados e somados aos seus coeficientes. Observe o exemplo a seguir: 3x2 + 12x2 = (3 + 12)x2 = 15x² O mesmo ocorre para a subtração: 3x2 - 12x2 = (3 - 12)x2 = -9x² Portanto, a ideia é sempre agrupar os termos com o mesmo grau e somar ou subtrair seus coeficientes. Em uma soma ou subtração polinomial, isso deve ser feito com todos os termos. Para aqueles termos que não podem ser agrupados com outros por possuírem graus distintos, eles permanecem inalterados. Observe o exemplo: (12x3 + 2x) + (5x2 + 8x) Deseja-se efetuar a soma entre o polinômio 12x3 + 2x e o polinômio 5x2 + 8x. Para isso, agrupam-se os termos que contêm o mesmo grau. Nesse caso, isso é possível com os polinômios 2x e 8x, uma vez que ambos possuem grau 1; por outro lado, 12x3 e 5x2 possuem graus 3 e 2, respectivamente, logo não devem ter seus coeficientes somados. O resultado dessa operação seria o seguinte: (12x3 + 2x) + (5x2 + 8x) = 12x3 + 5x2 + (2 + 8)x = 12x3 + 5x2 + 10x O mesmo ocorre com a subtração: (12x3 + 2x) - (5x2 + 8x) = 12x3 - 5x2 + (2 - 8)x= 12x3 - 5x2 - 6x Por fim, mais um exemplo: (7x3 - 2) - (2x2 + x) + (x3 - 10x) = Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 18 7x3 + x3 - 2x2 - 10x - x - 2 = (7 + 1)x3 - 2x2 + (-10 - 1)x - 2 = 8x3 - 2x2 - 11x – 2 Outra operação importante referente aos polinômios é a multiplicação, também chamada de produto. O produto entre dois polinômios é realizado por meio da propriedade distributiva. Considere o exemplo da Figura 8, que apresenta a multiplicação entre dois binômios a + b e c + d quaisquer. Figura 8. Distributiva entre dois binômios. Aplicando essa propriedade em um caso particular de binômios, tem-se o seguinte exemplo de multiplicação: (x2 + 2) · (2x + 3) = 2x3 + 3x2 + 4x + 6 Existem casos, porém, em que adição e subtração de termos com graus semelhantes devem acontecer. Considere o exemplo a seguir: (2x + 8) · (x + 1) = 2x2 + 2x + 8x + 8 Após realizar a propriedade distributiva, deve-se somar os coeficientes que acompanham termos com o mesmo grau, de tal forma que: 2x2 + 2x + 8x + 8 = 2x2 + (2 + 8)x + 8 = 2x2 + 10x + 8 É importante ressaltar que a multiplicação entre polinômios não se limita ao caso dos binômios. A propriedade distributiva aplica-se a qualquer multiplicação polinomial. Tome o exemplo a seguir, que exemplifica a multiplicação de um binômio (x + 3) e um trinômio (x2 + 2x + 1): (x + 3) · (x2 + 2x + 1) = x3 + 2x2 + x + 3x2 + 6x + 3 = x3 + 2x2 + 3x2 + x + 6x + 3 = Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 19 x3 + (2 + 3)x² + (1 + 6)x + 3 = x3 + 5x² + 7x + 3 Existem inúmeras propriedades algébricas acerca do produto entre termos. Essas propriedades valem tanto para P e Q sendo números reais quanto sendo expressões algébricas. O Quadro 2 apresenta essas propriedades, que podem ser utilizadas para resolver determinados produtos de maneira mais rápida. Quadro 2. Propriedades de expansão e fatoração. Para exemplificar a utilização das informações do Quadro 2, considere o seguinte produto de expressões algébricas: (x3 - y5)(x3 - y5)(x3 - y5) Esse produto pode ser escrito da seguinte forma, considerando as propriedades de potenciação: (x3 - y5)(x3 - y5)(x3 - y5) = (x3 - y5)³ DICA Outra maneira que pode ser útil para a visualização dessa escrita em forma de potência é imaginar que (x3 - y5) é um termo só, como, por exemplo, a. Desse modo, os produtos (x3 - y5)(x3 - y5)(x3 - y5) podem ser reescritos como a · a · a, resultando em a a33. Assim, fica mais evidente o motivo pelo qual pode- se escrever essa sequência de produtos como (x3 - x5)3. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 20 De acordo com o Quadro 2, e considerando a propriedade do cubo da diferença (V), pode-se escrever o produto de expressões algébricas supracitado da seguinte forma: (x3 - y5)3 = x9 - 3x6y5 + 3x3 y10 - y15 Considere outro exemplo de um produto de polinômios: (x2 + 2x)(x2 - 2x) Tomando como base o Quadro 2, tem-se que esse tipo de produto se enquadra na propriedade da soma e diferença de termos (I). Portanto, ele pode ser resolvido da seguinte forma: (x2 + 2x)(x2 - 2x) = x4 - 4x2 Assim, é possível resolver os produtos de expressões algébricas de maneira sucinta, uma vez que não é necessário a aplicação de sucessivas propriedades distributivas como, por exemplo, nos casos em que há um produto de três expressões (IV e V). No entanto, o uso dessas propriedades não se limita à resolução de produtos. As propriedades presentes no quadro possibilitam escrever os produtos à esquerda da igualdade como outras expressões algébricas: as que estão à direita da igualdade. Porém, é possível realizar o caminho inverso, ou seja, partir de expressões algébricas e escrevê-las como produtos de expressões. A fim de exemplificar essa explicação, considere o exemplo a seguir: x2 – 1 Essa expressão algébrica pode ser escrita também da seguinte forma: x2 - 12 Observando a propriedade I, percebe-se que essa expressão tem o formato P² -Q², expressão essa que se encontra à direita da igualdade e, logo, pode ser escrita como o produto que está à esquerda da igualdade. Dessa forma, pela propriedade I, tem-se que: x2 - 12 = (x+1)(x-1) As propriedades do Quadro 2 nos permitem transformar produtos de expressões algébricas em novas expressões, assim como transformar expressões algébricas em produtos de expressões. Para o primeiro caso, dá-se o nome de expansão, ao passo que o segundo caso recebe o nome de fatoração. A Figura 9 apresenta essa informação. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 21 Figura 9. Expansão do produto e a fatoração de expressão. Por fim, apresenta-se a operação de divisão entre os polinômios. Para que seja possível dividir um polinômio por outro, o dividendo deve possuir um grau maior do que o divisor. Dado um polinômio P(x) e um polinômio G(x), determina-se que a divisão de P(x) (dividendo) por G(x) (divisor) seja efetuada da seguinte forma: 1. Divide-se o termo de maior grau do dividendo pelo termo de maior grau do divisor, compondo um novo termo do quociente Q(x); 2. Multiplica-se o divisor pelo novo termo do quociente e subtrai-se o resultado do dividendo; 3. Todo o processo é repetido com o resto R(x) como novo dividendo até que seu grau seja menor do que o grau do dividendo Q(x). Considere a divisão do polinômio x3 + 4x2 + x - 6 pelo polinômio x + 2. Para que seja possível efetuar essa divisão, deve-se, de antemão, verificar se o grau do dividendo é maior que o grau do divisor. Nesse caso, o grau do dividendo é 3 e o grau do divisor é 1; logo, é possível efetuar a divisão polinomial. Seguindo o passo 1 descrito anteriormente, divide-se o termo de maior grau do dividendo (x³) pelo termo de maior grau do divisor (x). Desse modo: Portanto o termo x² será o primeiro termo do quociente Q(x) da divisão, e multiplicará o divisorx + 2 de acordo com o passo 2, resultando em: (x2)(x + 2) = x3 + 2x² Ainda segundo o passo 2, esse resultado deverá ser subtraído do dividendo x3 + 4x2 + x - 6, resultando em: (x 3 + 4x 2 + x - 6) - (x 3 + 2x²) = (1 - 1)x 3 + (4 - 2)x 2 + x - 6= Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 22 (0)x 3 + (2)x 2 + x - 6 = 2x 2 + x – 6 O resultado dessa subtração é o resto R(x), que deve ser submetido aos passos 1 e 2 novamente, e, de acordo com o passo 3, até que seu grau seja menor do que o divisor G(x). A primeira execução dos três passos é representada pela Figura 10. Figura 10. Primeira execução da divisão polinomial. Aplicando os passos novamente, deve-se realizar a divisão do termo de maior grau do resto (2x²) pelo termo de maior grau do divisor (x), de acordo com o passo 1. Tem-se, portanto: Desse modo, 2x é o novo termo do quociente Q(x), que deve multiplicar o divisor, segundo o passo 2, da seguinte forma: (2x)(x + 2) = 2x2 + 4x Esse resultado (2x2 + 4x) deve ser subtraído do resto (2x² + x - 6), ainda de acordo com o passo 2, resultando em: (2x 2 + x - 6) - (2x 2 + 4x) = (2 - 2)x 2 + (1 - 4)x - 6 = Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 23 (0)x 2 + (-3)x - 6 = -3x - 6 O resultado dessa subtração é o novo resto R(x), que deve ser submetido aos passos 1 e 2 novamente, de acordo com o passo 3, até que seu grau seja menor do que o divisor G(x). A segunda execução dos três passos é representada pela Figura 11. Figura 11. Segunda execução da divisão polinomial. Aplicando os passos novamente, deve-se realizar a divisão do termo de maior grau do resto (-3x) pelo termo de maior grau do divisor (x), de acordo com o passo 1. Tem-se, portanto: Desse modo, -3 é o novo termo do quociente Q(x), que deve multiplicar o divisor, segundo o passo 2, da seguinte forma: (-3)(x + 2) = -3x – 6 Esse resultado (-3x - 6) deve ser subtraído do resto (-3x - 6), ainda de acordo com o passo 2, resultando em: (-3x - 6) - (-3x - 6) = 0 Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 24 O resultado dessa subtração é o novo resto R(x), que tem o grau polinomial menor do que o divisor G(x), o que sinaliza o final da divisão polinomial. A terceira, e última, execução dos três passos é representada pela Figura 12. Figura 12. Terceira execução da divisão polinomial. Portanto, a divisão do polinômio x3 + 4x2 + x - 6 pelo polinômio x + 2 resulta no quociente x2 + 2x - 3 e no resto 0. A sequência de passos utilizadas para efetuar essa divisão polinomial é válida para qualquer outra, desde que o grau do dividendo seja maior do que o grau do divisor. EXPRESSÕES RACIONAIS As expressões racionais são um tipo determinado de expressões algébricas que envolvem polinômios de maneira específica. A razão entre dois polinômios é chamada de expressão racional; dessa forma, a expressão racional é uma fração cujo numerador e o denominador são polinômios. Observe alguns exemplos de expressões racionais: O ponto de partida do estudo de expressões racionais é seu domínio, porém para o conhecimento de seu domínio são necessários conhecimentos mais avançados, que fogem do escopo desta unidade. Aqui serão discutidas, portanto, as operações que podem ser efetuadas com expressões desse tipo. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 25 O Quadro 3 apresenta as operações que podem ser efetuadas com as expressões racionais. Quadro 3. Propriedades das expressões racionais. A propriedade I é denominada simplificação. Com ela, é possível eliminar termos em comum que estejam presentes em um produto no denominador e no numerador da expressão racional. Considere o exemplo a seguir, que apresenta sua utilização: O polinômio (x + 3) está presente em um produto tanto no denominador quanto no numerador e, por conta disso, pode ser excluído de ambos. Essa propriedade é extremamente útil, também, quando utilizada conjuntamente com a fatoração de polinômios. Considere o exemplo a seguir de uma expressão racional: Como apresentado anteriormente, o polinômio x2 - 1 pode ser fatorado da seguinte forma, segundo a propriedade I do Quadro 2: x2 - 1 = (x + 1)(x - 1) Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 26 Desse modo, a expressão racional anterior pode ser reescrita da seguinte forma: Utilizando a simplificação (I) presente no Quadro 3, tem-se: Outra operação importante das expressões racionais é descrita pela propriedade da multiplicação (II). Para que ela seja efetuada corretamente, deve-se multiplicar denominador por denominador e numerador por numerador de ambas as expressões racionais envolvidas. Considere o exercício a seguir: A divisão (III), por sua vez, possui certa ligação com a multiplicação de expressões racionais. Para que seja possível dividir uma expressão racional por outra, a expressão racional que seria o divisor deve inverter o denominador e o numerador e multiplicar a expressão racional que seria o dividendo. Para uma melhor compreensão, considere o exemplo a seguir: A adição (IV) e a subtração (V) de expressões racionais com o mesmo denominador seguem a mesma regra. Deve-se manter o denominador e somar ou subtrair os polinômios presentes no numerador. Este exemplo apresenta a adição de duas expressões racionais: Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 27 O exemplo a seguir apresenta a subtração das mesmas expressões racionais utilizadas no exemplo anterior: Desse modo, apresentou-se as operações possíveis com as expressões racionais, de acordo com o enfoque teórico da unidade. É importante ressaltar que essas operações devem ser executadas levando em conta, também, as propriedades polinomiais estudadas na subseção anterior, tal como foi apresentado com relação à propriedade da simplificação (I) do Quadro 3 e a fatoração do Quadro 2. Agora é a hora de sintetizar tudo o que aprendemos nessa unidade. Vamos lá?! SINTETIZANDO Dentre os objetivos estipulados estava a compreensão dos conceitos de expressões algébricas e numéricas, alcançado ao final da primeira seção da unidade. Além disso, apresentou-se as discussões teóricas acerca da conceituação dessas duas expressões e de suas aplicabilidades. A principal distinção foi devido à capacidade de generalização das expressões algébricas e à capacidade de particularização das expressões numéricas. Tudo isso é fundamental para o estudo da Matemática Aplicada. Compreender a estrutura algébrica das expressões polinomiais e manipulá-las eram, também, objetivos dessa unidade. A compreensão da estrutura algébrica dessas expressões foi realizada ao final da primeira seção da unidade, uma vez que se discutiu acerca dos elementos que a constitui, tais como termos, coeficientes e graus polinomiais. Na seção seguinte, apresentou-se as operações que podem ser realizadas com esses objetos matemáticos, tais como adição, divisão, subtração e multiplicação. Isso foi possível devido aos conceitos de agrupamento de termos iguais, fatoração, expansão, e a comparação efetuada acerca dos graus dos polinômios, principalmente na divisão polinomial. Matemática Aplicada (DISCIPLINA UNINASSAU) II 28 Por fim, apresentou-se a estrutura algébrica das expressões racionais, que são expressões compostas por uma razão de polinômios, outro objetivo dessa unidade. Além da apresentação da estrutura algébrica, estudou-se propriedades manipulativas desses objetos matemáticos, tais como divisão, adição multiplicação, subtração e simplificação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS STEWART, J.; REDLIN, L.; WATSON, S. Precalculus: mathematics for calculus. Boston, 2013.
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