Buscar

seminário integrados

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Unidade I
O Projeto de Lei que ficou conhecido como “Anticrime”, foi apresentado pelo então Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
O Projeto de Lei que ficou conhecido como “Anticrime”, foi apresentado pelo então Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
lei aprovada e promulgada não é resultado apenas do projeto apresentado pelo Ministro da Justiça, mas também de outras propostas que tramitavam na câmara. • Os pontos mais controversos acabaram não sendo aprovados, como as alterações substanciais nas excludentes de ilicitude para casos de atuação policial, plea bargain e cumprimento de pena após a condenação em segunda instancia 
Foram alteradas por meio da Lei 13.964/2019, dentre outras: 1. O Código Penal 2. O Código de Processo Penal 3. A Lei de Crimes Hediondos (Lei 8.072/90) 4. A Lei de Execuções Penais (Lei 7.210/84) 5. Lei de Armas (Lei 10.826/2003) 6. Lei de Drogas (Lei 11.343/2006) 7. A Lei dos Presídios Federais (Lei 11.671/2008) 8. A Lei do Disque-Denúncia (13.608/2018) 
2
O Código Penal prevê 4 hipóteses excludentes de ilicitude, descritas no art. 23. São elas: estado de necessidade, legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito.
Mirava os agentes públicos -•“Art. 23. (...) § 2º O juiz poderá reduzir a pena até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção”. • A proposição foi objeto de muitas críticas, primeiramente por falta de técnica legislativa, uma vez que objetivava a inclusão de uma modalidade de exclusão de de culpabilidade em artigo que trata de excludentes de ilicitude.
LEGÍTIMA DEFESA – ART. 25, CP
Outro ponto da proposta pretendia a introdução de um parágrafo único ao art. 25, que prevê os requisitos para a legíLma defesa, nos seguintes termos: “observados os requisitos do caput, considera-se em legíHma defesa: 
 I – o agente de segurança pública que, em conflito armado ou em risco iminente de conflito armado, previne injusta e iminente agressão a direito seu ou de outrem; (RETIRADO INEXISTIA A NECESSIDADE DE AMPLIAÇÃO) Apenas repetia o disposito que já existia com outras palavras.
 II – o agente de segurança pública que previne (REPELIR) agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes”. (APROVADO)(LEGITIMA DEFESA E TERCEIRO)
ÚNICA ALTERAÇÃO DAS EXCLUDENTES DE ILICITUDE ART 25 CP
NOVA REDAÇÃO : Art. 25. (...) Parágrafo único. Observados os requisitos previstos no caput deste artigo, considera-se também em legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crimes. (Parágrafo único acrescentado pela Lei 13.964/2019)
3 UNIDADE 
PENA PECUNIÁRIA ART 51 CP
Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as normas relativas à dívida ativa da fazenda publica, inclusive no que concerne às causas interruptivas e suspensivas da prescrição.
Por essa razão, em caso de falecimento do apenado, estará́ ex;nta a punibilidade, nos termos do art. 107, I do CP, já́ que não se pode estender os efeitos da pena aos sucessores do infrator, por força do art. 5° , XLV da Cons;tuição, que ressalvou apenas a obrigação de reparar o dano e o perdimento de bens.
Unidade 4 
TEMPO MÁXIMO DE CUMPRIMENTO DE PENA ART. 75, CP
Alteração : Tempo máximo de Pena privativa de 30 para 40 anos.
NOVA REDAÇÃO : Art. 75. O tempo de cumprimento das penas priva2vas de liberdade não pode ser superior a 40 (quarenta) anos. 
§ 1o Quando o agente for condenado a penas privativas de liberdade cuja soma seja superior a 40 (quarenta) anos, devem elas ser unificadas para atender ao limite máximo deste artigo.
Art 5º XLVII, b, da Constituição Federal que prevê que não haverá penas de caráter perpétuo.
Para uma parte da doutrina – o brasileiro 76,3 anos, alteração em conseqüência a expectativa de vida que aumentou.
Para outra parcela- seria inconstitucional por constituir pena de caráter cruel, vedada pela cf. haveria ainda violação a instrumentos internacionais dos quais o Brasil é signatário.
•: O injustificado 5 aumento em uma década para o limite de cumprimento da pena privativa de liberdade em verdade oculta, sob o manto higienista e securitário, um projeto de institucionalização, diferenciação estigmatizante e desrespeito à humanidade. Na essência, trata-se de um atentado à integridade física, psíquica e moral das pessoas presas em um franco retrocesso não admitido por nosso Texto Constitucional e por todas as normas internacionais de direitos humanos das quais o Brasil é signatário (MENDES; MARTÍNEZ, 2020, n.p)
Isso porque o art. 97, §1º do CP não estabelece prazo máximo de cumprimento da medida de segurança, asseverando que essa deve durar enquanto permanecer o estado de periculosidade do agente. • No entanto, doutrina e jurisprudência entendem pela inconsTtucionalidade do prazo indeterminado, que poderia se tornar uma modalidade de pena de caráter perpétuo, em clara violação à ConsTtuição.
UNIDADE 5 
EFEITOS DA CONDENAÇÃO Art. 91-A, CP
• O art. 91-A do Código Penal foi incluído pela Lei 13.964/2019, não existindo correspondência anterior à norma. Referido instituto ficou conhecido como “confisco alargado”
Art. 91-A Na hipótese de condenação por infrações às quais a lei comine pena máxima superior a 6 (seis) anos de reclusão, poderá ser decretada a perda, como produto ou proveito do crime, dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e aquele que seja compatível com o seu rendimento lícito. 
§ 1º Para efeito da perda prevista no caput deste artigo, entende-se por patrimônio do condenado todos os bens:
 I – de sua naturalidade, ou em relação aos quais ele tenha o domínio e o beneficio direto ou indireto, na data da infração penal ou recebidos posteriormente; e
 II – transferidos a terceiros a título gratuito ou mediante contraprestação irrisória, a partir do início da atividade criminal.
§ 2º O condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
 § 3º A perda prevista neste artigo deverá ser requerida expressamente pelo Ministério Público, por ocasião do oferecimento da denúncia, com indicação da diferença apurada. 
§ 4º Na sentença condenatória, o juiz deve declarar o valor da diferença apurada e especificar os bens cuja perda for decretada. 
§ 5º Os instrumentos utilizados para a prática de crimes por organizações criminosas e milícias deverão ser declarados perdidos em favor da União ou do Estado, dependendo da Justiça onde tramita a ação penal, ainda que não ponham em perigo a segurança das pessoas, a moral ou a ordem pública, nem ofereçam sério risco de ser utilizados para o cometimento de novos crimes.
• Condenação por crime com pena máxima cominada no preceito secundário da norma superior a seis anos;
• A novel previsão legal visa evitar o enriquecimento ilícito, tornando efeito da condenação, a perda dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do condenado e o montante que seria compaEvel com o seu rendimento lícito.
• Nesse caso, o patrimônio, amealhado sem justa causa, torna-se ilícito por força de lei, equiparando-se a diferença patrimonial sem causa ao produto ou proveito do crime.
• Não se trata de efeito automático, dependendo de requerimento expresso do Ministério Publico na denúncia, onde deverá constar, inclusive o valor da diferença apurada.
 Na sentença, o juiz deverá expressamente decretar o efeito, especificando o valor e bens perdidos.
• Independe se o patrimônio esteja sob a /tularidade do réu ou de terceiros, mas que seja de uso do réu. Também poderá́ ocorrer o perdimento do bem que seja passado a terceiro apenas para dissimular a /tularidade, com preço simbólico de transferência.
§2º, que determina que o condenado poderá demonstrar a inexistência da incompatibilidade ou a procedência lícita do patrimônio.
UNIDADE 6 
CAUSAS IMPEDITIVAS DA PRESCRIÇÃO ART. 116, CP
A prescrição é a perda do
direito (poder) de punir do Estado por conta da decorrência de certo espaço de tempo, previsto em lei. O inicio do computo do prazo prescricional se dá, em regra, com a prática do crime
O Código Penal, contudo, cria hipóteses em que esse prazo pode ser suspenso ou interrompido. Tais situações estão previstas nos arts 116 e 117, respectivamente.
• A interrupção da prescrição, implica a reabertura de sua contagem, iniciando-se novamente todo o curso do prazo prescricional, desde a data em que foi interrompido.
A suspensão não obsta a continuidade do andamento do prazo prescricional, pressupondo o prosseguimento de seu curso. A partir dela, suspensão, conta-se apenas o prazo restante.
REDAÇÃO ATUAL : Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre:
 I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do crime;
 II – enquanto o agente cumpre pena no exterior;
 III – na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando inadmissíveis; e
 IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. 
(A novel previsão do inciso IV determina que enquanto não for cumprido o acordo de não persecução penal a prescrição não correrá. O acordo de não persecução penal será objeto de estudo mais detalhado em outra aula. Por ora, é suficiente que se saiba que consiste em acordo firmado entre o Ministério Público e o acusado, em que esse se compromete ao cumprimento de determinadas condições para que o Ministério Público não ofereça denúncia. Cumpridas as condições acordadas é extinta a punibilidade.)
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo.
Unidade 7 
LIVRAMENTO CONDICIONAL ART. 83, CP
“um instituto de política criminal, utilizado para antecipar a saída do condenado do regime carcerário (fechado, semiaberto ou aberto), concedendo-lhe a liberdade, mediante o preenchimento de certos requisitos e prevendo a obediência a determinadas condições”
• Com a reforma, não houve alteração no caput, incisos I, II, IV e V e do parágrafo único do artg 83, que estabelecem parte dos requisitos para concessão do livramento condicional. 
• A alteração se deu com a especificação dos requisitos contidos no inciso III, conforme quadro a seguir:
REDAÇÃO ATUAL :Art. 83.
 III - comprovado: a) bom comportamento durante a execução da pena; b) não cometimento de falta grave nos úl;mos 12 (doze) meses; c) bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído; e d) ap1dão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto .
• Em resumo, as alterações são:
 • O termo comportamento satisfatório foi substituído por BOM COMPORTAMENTO 
• A ausência de falta grave nos últimos 12 meses passa a constar como requisito subjetivo negativo expressamente previsto
Unidade 8
ROUBO ART. 157, §2ºA , VII, CP ART. 157, §2ºB, CP
A Lei 13.964/19 alterou o art. 157 do Código Penal para nele inserir duas novas causas de aumento de pena.
Art. 157. (...) § 2o A pena aumenta-se de 1/3 (um terço) até metade: 
VII - se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma branca; 
§ 2o-B. Se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido, aplica-se em dobro a pena prevista no caput deste artigo
O conceito de arma branca é dado por exclusão, considerando-se arma branca a que não é de fogo. As armas brancas são doutrinariamente classificadas em duas categorias, as próprias e as impróprias. As primeiras são aquelas cujo fabrico se dá com a finalidade de servir como instrumento de ataque ou instrumento ofensivo. Ex: o punhal, a espada, o soco-inglês, dentre outras. As impróprias não são fabricadas com finalidade de ataque, mas podem servir para isso. Ex: o martelo, a chave de fenda, a faca de cozinha ou de churrasco, o machado, dentre outros.
 • Como o texto do inciso VIII do § 2º do art. 157 não faz menção especifica a um tipo de arma branca, a causa de aumento se aplica tanto às próprias quanto às impróprias.
TIPO DE ARMA PENA Branca Pena do caput aumentada de 1/3 até metade (art. 157, §2º, VII, CP) 
De fogo de uso permitido Pena do caput aumentada de 2/3 (Art. 157, §2ºA, I, CP)
 De fogo de uso restrito ou proibido- Aplicação em dobro da pena prevista no caput (art. 157, §2º-B, CP).

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando