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PROJETO DE LEITURA BANQUETE DE POESIA

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PROJETO DE LEITURA: BANQUETE DA POESIA
DISCIPLINA: LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: ROSÂNGELA CHALEGRE
QUATÁ – SP
2020
1. Tema: Banquete de poesias
2. Justificativa: 
Sabendo que a leitura é uma atividade permanente na condição humana, sendo feita de várias formas: para entender, conhecer, sonhar, viajar na imaginação, por prazer, curiosidade, questionar ou resolver problemas. Cabe ao educador despertar no educando o prazer pela leitura. O trabalho com gêneros textuais é de grande importância para o aprendizado das crianças. Propor atividades contextualizadas e que envolvam diferentes tipos de texto é preciso para que os educandos compreendam essa diversidade e a finalidade de cada um. Além de proporcionar para as crianças momentos de aprendizagem e construção de saberes a poesia, possui, em muitos casos rimas e muito encantamento, o que facilita a alfabetização e avanço nesse processo despertando o gosto pela leitura e envolvimento com as atividades propostas.
3. Situação-problema: Incentivo à leitura.
4. Público-alvo: Ensino Fundamental (4º ano)
 5. Objetivos
Objetivo geral:
Esse projeto tem como objetivo, despertar na criança o interesse pela leitura. Desenvolvendo as atividades de forma lúdica, dinâmica, experiências diversificadas, enriquecendo a criatividade e o conhecimento. De forma descontraída e incomum, a poesia em sala de aula, estimula a aprendizagem: leitura, interpretação, criação e reflexão, despertando nossas emoções. Isto, por que os textos poéticos exigem muitos cuidados quanto à leitura no que diz respeito aos significados das palavras e a pontuação, o que faz com que o aluno exercite mais a sua mente, desenvolvendo e enriquecendo o seu vocabulário gradativamente. 
Objetivos específicos:
· Ampliar visivelmente as possibilidades de o aluno vir a comunicar-se e expressar-se melhor, tornando-o mais receptivo a conhecer outros gêneros literários.
· Enriquecer o vocabulário com palavras ao mesmo tempo em que brincamos com elas;
· Proporcionar contato com textos poéticos, e assim, dando oportunidade de desenvolver-se intelectualmente dentro de uma maior escala.
· Ampliar o repertório de poesias;
· Instigar os educandos da participação coletiva no banquete da poesia, despertando para os autores em destaque nos textos, e do o prazer de ler poesias, bem como ser autor de suas próprias produções. 
 6. Embasamento teórico:
A poesia é uma das formas mais radicais que a educação pode oferecer de exercício de liberdade através da leitura, de oportunidade de crescimento e problematização das relações entre pares e de compreensão do contexto onde interagem. (Filipouski, p 338 2006)
7. Percurso Metodológico
O projeto será desenvolvido com rodas de conversa: momento pra se fazer um levantamento do conhecimento prévio sobre o que educando sabe sobre poesias, terão acesso a livros sobre o tema. Todas as atividades serão realizadas com explicação e auxílio do professor, com objetivo de que as mesmas sensibilize todos os alunos.
8. Recursos:
· Leitura;
· Interpretação oral ;
· Dvds;
· Notebook;
· Data show;
· Rádio;
· Televisão;
· Canetas hidrocor;
· Lápis de cor;
· Cartolina;
· Giz de cera;
· Livros;
9. Cronograma de Atividades:
· O projeto terá a duração de 3 (três) bimestres;
· Realizar um debate com a turma, esclarecendo todas as informações pertinentes a poesia tais como: estrutura, finalidade, estrofes, versos etc. Leitura de várias poesias;
· Preparar uma mesa grande e organizar as poesias por autor em panelas ou jarras; Criar nomes para os pratos. Ex: Sopa de Ruth Rocha, Salada de Vinicius de Moraes etc, esta ação deverá ser feita para todos os autores; 
· Atividades envolvendo nome próprio, destacando o nome dos alunos e dos autores das poesias.
· Trabalhar o gênero textual LISTA, com os títulos das poesias lidas, nomes dos autores etc. 
· Desenvolver uma sequência didática envolvendo uma das poesias que estão sendo trabalhadas. 
· Confeccionar um jogo de RIMA e trabalhar as palavras que rimam dentro dos textos, circulando, colando, pintando etc. 
· Produzir com a turminha suas próprias poesias,orientando sempre quanto a estrutura, tema etc. Expor as criações no grande banquete de exposição no final da culminância do projeto. 
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10. Avaliação:
Deve ser realizada de forma qualitativa e contínua, sempre considerando o envolvimento dos alunos nas atividades propostas. O projeto será considerado satisfatório se cumprir seu objetivo. A mesma será feita mediante a observação das etapas do projeto. Dentro do grupo será observado: interatividade, participação compartilhada, regras, disciplina, organização, cooperação e responsabilidade.
 
11. Referências Bibliográficas:
Páginas pesquisadas:
FILIPOUSKI, Ana Mariza Ribeiro. Para formar leitores e combater a crise da leitura na escola: acesso à poesia como direito humano. In: Ciências e Letras: Revista da Faculdade Porto-alegrense de Educação, Ciência e Letras. Momentos da Poesia Brasileira-Dossiê Mario Quintana. Porto Alegre, jun./Jul. 2006.
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2013/2013_unioeste_port_artigo_cleide_aparecida_cardoso.pdf
O que é poesia?
A Poesia é um texto poético, geralmente em verso, que faz parte do gênero literário denominado "lírico".
Ela combina palavras, significados e qualidades estéticas. Nela, prevalece a estética da língua sobre o conteúdo, de forma que utiliza de diferentes dispositivos fonéticos, sintáticos e semânticos.
A poesia é dividida em versos que, agrupados, são chamados estrofes. As origens literárias da poesia apontam que ela nasceu para ser cantada, por isso a preocupação com a estética, a métrica e a rima.
A poesia é um texto onde o autor expressa diretamente sentimentos e visões pessoais. 
O Direito das Crianças – Ruth Rocha
Toda criança no mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome
Criança tem que ter lar
Ter saúde e não ter fome
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer
Nem questão de concordar
Os direitos das crianças
Todos têm de respeitar.
Tem direito à atenção
Direito de não ter medos
Direito a livros e a pão
Direito de ter brinquedos.
Mas criança também tem
O direito de sorrir.
Correr na beira do mar,
Ter lápis de colorir…
Ver uma estrela cadente,
Filme que tenha robô,
Ganhar um lindo presente,
Ouvir histórias do avô.
Descer do escorregador,
Fazer bolha de sabão,
Sorvete, se faz calor,
Brincar de adivinhação.
Morango com chantilly,
Ver mágico de cartola,
O canto do bem-te-vi,
Bola, bola,bola, bola!
Lamber fundo da panela
Ser tratada com afeição
Ser alegre e tagarela
Poder também dizer não!
Carrinho, jogos, bonecas,
Montar um jogo de armar,
Amarelinha, petecas,
E uma corda de pular. 
Pessoas são Diferentes - Ruth Rocha
“São duas crianças lindas
Mas são muito diferentes!
Uma é toda desdentada,
A outra é cheia de dentes...
Uma anda descabelada,
A outra é cheia de pentes!
Uma delas usa óculos,
E a outra só usa lentes.
Uma gosta de gelados,
A outra gosta de quentes.
Uma tem cabelos longos,
A outra corta eles rentes.
Não queira que sejam iguais,
Aliás, nem mesmo tentes!
São duas crianças lindas,
Mas são muito diferentes!”
Ou isto ou aquilo – Cecília Meireles
Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!
Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!
Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.
É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo nos dois lugares!
Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.
Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!
Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.
Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.
A bailarina – Cecília Meireles
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Não conhece
nem dó nem ré
mas sabe ficar na ponta do pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá
Não conhece nem lá nem si,
mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar
e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu
e diz que caiu do céu.
Esta menina
tão pequenina
quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças. 
As meninas – Cecília Meireles
Arabela
abria a janela.
Carolina
erguia a cortina.
E Maria
olhava e sorria:
“Bom dia!”
Arabela
foi sempre a mais bela.
Carolina,
a mais sábia menina.
E Maria
apenas sorria:
“Bom dia!”
Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
uma que se chamou Carolina.
Mas a profunda saudade
é Maria, Maria, Maria,
que dizia com voz de amizade:
“Bom dia!” 
 
 
Na chácara do Chico Bolacha
(Cecília Meireles)
Na chácara do Chico Bolacha
o que se procura
nunca se acha!
Quando chove muito,
O Chico brinca de barco,
porque a chácara vira charco.
Quando não chove nada,
Chico trabalha com a enxada
e logo se machuca
e fica de mão inchada.
Por isso, com o Chico Bolacha,
o que se procura
nunca se acha.
Dizem que a chácara do Chico
só tem mesmo chuchu
e um cachorrinho coxo
que se chama Caxambu.
Outras coisas, ninguém procura,
porque não acha.
Coitado do Chico Bolacha!
 
A porta, de Vinícius de Moraes
Sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Não há nada no mundo
Mais viva que uma porta
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Eu fecho tudo no mundo
Só vivo aberta no céu! 
AS BORBOLETAS – Vinicius de Moraes
Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas.
Borboletas brancas
São alegres e francas.
Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
As amarelinhas
São tão bonitinhas!
E as pretas, então...
Oh, que escuridão! 
A CASA
Vinicius de Moraes, Sérgio Endrigo, Sergio Bardotti
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos Bobos
Número zero 
O RELÓGIO – Vinícius de Moraes
Passa, tempo, tic-tac
Tic-tac, passa, hora
Chega logo, tic-tac
Tic-tac, e vai-te embora
Passa, tempo
Bem depressa
Não atrasa
Não demora
Que já estou
Muito cansado
Já perdi
Toda a alegria
De fazer
Meu tic-tac
Dia e noite
Noite e dia
Tic-tac
Tic-tac
Tic-tac...
Sugestões de atividades
História na caixa de pizza
Outra ideia que funciona muito bem para o processo de compreensão e resumo de uma história é utilizar uma caixa de pizza. Após a leitura, a criança pode escrever ou desenhar em cada “fatia” da caixa uma parte da história, até terminar todo o círculo.
Isso ajuda o pequeno leitor a entender conceitos como começo, meio e fim da narrativa, além de associar causas e consequências. Ao reconstruir a história nesse suporte tão inesperado que é parte de seu dia a dia, a criança também treina o raciocínio e a escrita de maneira lúdica.
Jogo da memória literário
Para que as crianças mergulhem ainda mais no universo de uma história, o jogo da memória literário é uma ótima atividade. A ideia é seguir as mesmas regras do jogo da memória tradicional, mas com cartas relacionadas ao livro. E parte da brincadeira é criar as cartinhas!
Basta recortar quadradinhos de papel e separá-los em pares. Em cada par, a criança pode desenhar e escrever um elemento da história: um personagem, um lugar, um objeto, ou até mesmo o título do livro. Espalhem todas as cartas no chão e divirtam-se! 
Mapa
Entre as sugestões de atividades de leitura mais inusitadas, a confecção de um mapa está entre elas. Peça para que todos imaginem um grande mapa sobre o livro lido ou alguma passagem específica. Então, aproveitem essa atividade de leitura para colocar tudo isso no papel, adicionando legendas, escala, lugares principais, rotas, casas e etc.

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