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RESUMO-FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

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RESUMO – FUNDAMENTOS DA ECONOMIA A1 – COMPLETO
CAPÍTULO 1 – O FUNCIONAMENTO DA ECONOMIA (CONCEITOS BÁSICOS) –
QUAL É O OBJETIVO DA ECONOMIA?
A economia tem como objetivo estudar a forma como as sociedades escolhem o modo mais eficiente de empregar seus recursos produtivos escassos, para produzir os bens e serviços necessários à satisfação das necessidades de sua população da melhor forma possível.Alguns estudiosos afirmam que a Economia é o estudo da Escassez.É administrar a escassez.
A ESCASSEZ é um conceitorelativo: refere-se ao desejo deadquirir uma quantidade debens e serviços maior que adisponível.
ESCASSEZ E ESCOLHA:
A partir da definição acima percebemos que a economia se ocupa das questões relacionadas ao uso dos recursos e à satisfação das necessidades humanas.Enquanto a escassez de recursos limita a produção de bens e serviços, parece não haver limites para as necessidades humanas.
A escassez não é um problema tecnológico, mas de disparidade entredesejos materiais e não-materiais de uma sociedade e os meios disponíveis parasatisfazê-los.
OS PROBLEMAS ECONÔMICOS FUNDAMENRTAIS:
A exposição dessa realidade nos leva à seguinte reflexão: se os recursos serãosempre escassos para produzir todos os bens e serviços que a sociedade deseja, elaterá que fazer escolhas. E é dessa escolha que se originam os problemaseconômicos fundamentais que qualquer sociedade terá que responder: 
O queproduzir? Que bens devem ser produzidos e em que quantidade? A sociedade escolherá
Como produzir? Que recursos e técnicas serão utilizados na produção dos bens e serviços? A produção será artesanal ou altamente mecanizada? O método de produção seráintensivo em capital ou em trabalho?
Para quem produzir?A quem? Quais os membros da sociedade que consumirão os bens e serviços produzidos? A distribuição da produção nacional privilegiará os diferentes indivíduos segundo suas rendas, ou seja, beneficiará a população de renda mais baixa ou de renda mais alta?
Como você pôde observar, em todas as decisões econômicas necessitam que sejam feitas escolhas entre alternativas e isso implica em um custo, ou seja, você terá “que abrir mão” de uma alternativa por outra.
CURVA (OU FRONTEIRA) DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO:
A Curva (ou fronteira) de Possibilidades de Produção (CPP) procura mostrar como a questão da escassez impõe um limite na capacidade produtiva de umasociedade, obrigando-a a fazer escolhas entre alternativas de produção (capacidade máxima de consumo de uma sociedade)
Assim, a CPP representa as quantidades máximas de bens e serviços que uma sociedade pode produzir, em um determinado período de tempo, com o
conhecimento tecnológico e recursos produtivos de que dispõe, considerando as quantidades de outros produtos que também produz.
A produção de um bem adicional implica, necessariamente, em reduzir a produção de um outro bem, porque os recursos já estão sendo utilizados.
CUSTO DE OPORTUNIDADE:
Custo de oportunidade:esse conceito procura demonstrar que, dada a escassez de recursos, tudo tem um custo em economia. Isto quer dizer que o custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços que se deve sacrificar para obtê-lo. Ou corresponde à quantidade reduzida na produção de um bem qualquer que uma economia deve sacrificar para aumentar a produção de outro bem.
Vimos que, uma economia, quando se encontra no limite máximo de utilização de seus recursos e tecnologia, está diante de um dilema: ela só poderá aumentar a produção de um bem se produzir menos de outro bem.
Ao iniciar a produção de outro bem, alimentos, no caso, a economia passa a atuar em um setor em que não conhece quais as melhores técnicas de produção, o que torna cada vez mais difícil e onerosa a transferência de recursos de um produto para outro.
IMPORTANTE
O deslocamento da CPP para a direitaindica que o país está crescendo (o oposto também acontece em ordem decrescente), ou seja, a expansão dos recursos de produção e o desenvolvimentotecnológico que caracterizam o processo de crescimento econômico deslocam acurva de possibilidades de produção. Exemplo:
FATORES (OU RECURSOS) DE PRODUÇÃO:
Modernamente, são considerados os seguintes fatores de produção utilizados: 
Terra ouRecursos Naturais – Esses recursos constituem a base sobrea qual se exercem as atividades dos demais recursos.Abrange a terra que é utilizada para cultivo,os elementos que estão no solo e no subsolo, os recursos hídricos (oceanos, mares, lagos, rios), a vegetação e os recursos da flora e da fauna, o clima utilizado pela produção da econômica;
Trabalho –É constituído por uma parcela da população total: a população economicamente ativa (PEA) de uma sociedade.
Capital – compreende um conjunto de riquezas acumuladas pela sociedade e inclui, além das máquinas, equipamentos e ferramentas, outros grupos de bens de capital que resultam do processo de acumulação: as construções e edificações, os equipamentos de transporte (rodovias, ferrovias, aerovias e hidrovias), a infraestrutura econômica (energia, telecomunicações, transportes) e a infraestrutura social (saúde e saneamento, educação, segurança,etc.);
CapacidadeTecnológica (tecnologia) – Diz respeito à técnica ou conjunto de técnicas de um domínio de conhecimentos.O conjunto de conhecimentos e habilidades que as sociedades desenvolvem para sustentar o processo de produção;
CapacidadeEmpresarial - É todo o esforço de mobilização e de coordenação dos recursos produtivos com o objetivo de gerar fluxos de produção.
Na realidade, a existência de recursos humanos, de capital, de recursos naturais e de tecnologia, isoladamente, não são suficientes para gerar produção, ou seja, há que se mobilizar e combinar os fatores de produção para concretizar o processo de produção.
BENS E SERVIÇOS:
OS BENS PODEM SER CLASSIFICADOS EM DOIS TIPOS: 
BENS LIVRES - são bens que satisfazem às necessidades, mas sua utilização não implica em relações de ordem econômica, ou seja, são bens que não possuempreço (ex.: o ar, o mar, a luz solar). 
BENS ECONÔMICOS–São de certa forma, escassos e implicam esforço humano para serem obtidos. Portanto, têm como característica terem um preço.
Podem ser materiais (tangíveis) – Possuem peso, altura, densidade, podem sertocados e estocados.
Imateriais ou serviços (intangíveis) –Por exemplo, os serviços de um médico, os serviços de transporte, os serviços de um professor acabam no mesmo momento de sua produção, ou seja, não podem ser estocados.
Tipos de bens:
Bens de capital: são os bens utilizados para fabricar outros bens, porexemplo, máquinas, computadores, equipamentos, instalações,edifícios. São bens que não se desgastam totalmente no processoprodutivo e contribuem para a melhoria da produtividade da mãode-obra;
Bens de consumo: são os bens utilizados diretamente para a satisfação das necessidades humanas. São classificados, segundo suadurabilidade, em duráveis(geladeiras, fogões, móveis, automóveis,etc.) e não-duráveis(alimentos, gasolina, produtos de higiene pessoal e de limpeza, etc.);
Bens intermediários: são os bens que ainda precisam ser transformados ou agregados na produção de outros bens, ou seja,são consumidos totalmente no processo produtivo, por exemplo, osinsumos e matérias-primas;
Bens finais: tanto os bens de capital, quanto os bens de consumosão classificados como bens finais, ou seja, são bens que já passaram
por todos os processos de transformação, já estão acabados.
SISTEMAS ECONÔMICOS:
É um particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar. É a maneira como a sociedade está organizada para desenvolver as atividades econômicas: as atividades de produção, circulação,distribuição e consumo de bens e serviços.
OS PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM UMSISTEMA ECONÔMICO SÃO:
um estoque de recursos ou fatores de produção (sem terra, trabalho,capital, tecnologia e capacidade empresarial não se realiza aatividade econômica fundamental: a produção);
os agentes econômicos que interagem no sistema: as unidadesfamiliares, as empresas e o Governo;
o conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais:nenhum sistema econômico é possível sem normas disciplinadorasde direitos e deveres, sem definição das competências de cadaagente e sem regras de conduta e valores de referência.
PODEMOS CLASSIFICAR OS SISTEMAS ECONÔMICOS COMO:
Economia de mercado ou sistema capitalista – é gerido pelas forças de mercado, ou seja, é a economia privada, naqual predomina a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatoresde produção;
Economia centralizada – predomina a propriedade pública dosfatores e produção e as decisões sobre as questões econômicas são determinada pelos órgãos planejadores centrais e não pelas forças de mercado como em uma economia de mercado.
O FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO:
Definição dos agentes para a economia:
- Famílias ou unidades familiares – são os agentes consumidores e os proprietários dos fatores de produção (Terra, recursos naturais, trabalho, capital,capacidade empresarial e tecnologia);
- Empresas ou unidades produtivas – são os agentes responsáveis pela produção dos bens e serviços que serão consumidos pelas famílias.
As famílias, com a remuneração recebida pelo uso de seus fatores deprodução, compram os bens e serviços que são produzidos pelas empresas. Existem dois tipos de fluxos: um fluxo de bens e serviços e um fluxode fatores de produção, os chamados fluxos reais, e dois outros fluxos depagamentos e remunerações, os chamados fluxos monetários, que podem servisualizados abaixo:
no mercado de bens e serviços as famílias demandam (procuram)bens e serviços e as empresas ofertam os bens e serviços queproduzem;
no mercado de fatores de produção a famílias oferecem os fatores eprodução que são de sua propriedade e as empresas os demandampara realizar sua produção.
As remunerações pagas pelas empresas pelo uso dos fatores de produção são chamadas de RENDA.
Para finalizar, unindo os fluxos real e monetário, temos o chamado fluxocircular da renda
Explicando melhor, temos:
- no mercado de bens e serviços, a oferta de bens e serviços pelas empresas e a demanda de bens e serviços pelas famílias determinam os preços dos bens e serviços;
- no mercado de fatores de produção, a oferta, pelo lado da família, e ademanda, por parte das empresas, determinam os preços dos fatores de produção.
O preço dos bens e serviços é o valor de mercado que as famílias pagam no momento que os compram. E os preços dos fatores de produção? Cada fator deprodução tem uma remuneração específica
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 1:
Unidade 11. B2. B3. A4. A5. E6. D7 C 8 E
1) As definições contemporâneas da Economia:
Xb) resultam de se considerarem os recursos escassos e as necessidades ilimitadas.
2) As famílias fazem parte dos mercados de bens e de fatores de produção, de que modo?
b) Constituem a demanda no mercado de bens e a oferta no mercado de fatores.
3) O Fluxo Circular da Atividade Econômica, em uma economia composta por famílias e empresas, procura mostrar como:
Xa) o mecanismo de mercado ajusta a oferta e a procura das famílias à oferta e procura das empresas.
4) Indique a alternativa incorreta.
INCORRETAa) A resposta à pergunta “o que produzir?”, em qualquer sistema econômico, é determinada no mercado de bens e serviços.
b)O mercado de fatores de produção geralmente responde à questão de “para quem produzir?”.
c) A questão de “como produzir? “está relacionada à eficiência produtiva.
d) Um ponto à direita da fronteira de possibilidades de produção representa umnível impossível de produção.
e) É teoricamente possível se atingir o pleno emprego dos fatores de produçãoem qualquer tipo de sistema econômico.
5) Baseando-se na curva de possibilidades de produção abaixo, identifique aalternativa correta:
e) No ponto B observamos uma produção eficiente dos bens X e Y.
6) A remuneração dos fatores de produção é chamada:
a) gasto. b) demanda. c) consumo. Xd) renda. e) salário.
7) A renda que os proprietários de recursos ganham ao fornecer tais recursos às empresas denomina-se:
c) aluguel, na qualidade de proprietários da terra e de seus recursos, e salários como trabalhadores.
8) Se uma economia estiver numa situação em que a disponibilidade e aqualificação dos recursos de produção se mantenham inalteradas:
e) então só será possível expandir a produção de todos os bens dessa economia e houver capacidade ociosa no sistema.
9) Nas modernas sociedades, o problema da escassez, ao contrário do que poderia se imaginar, tende a se tornar mais grave que nas economias primitivas. Explique ecomente as razões dessa contradição.
RESP:O problema da escassez DIZ RESPEITO À SEGUINTE DUALIDADE: de um lado a economia dispõe de uma quantidade de recursos produtivos escassos e de outro as necessidades e desejos humanos são ilimitados. Nas sociedades modernas as necessidades e desejos humanos tendem a se tornar cada vez mais ilimitados devido ao desenvolvimento
10) Explique a diferença entre bens, serviços e fatores de produção. Exemplifique.
RESP: Bens e serviços são as mercadorias transacionadas no mercado. 
Os bens são produtos tangíveis e podem ser estocados, tais como os bens duráveis, (automóveis, eletrodomésticos, etc.) e não duráveis (material de limpeza e higiene pessoal, alimentos) e os bens de capital (máquinas, equipamentos). 
Os serviços são produtos intangíveis; são consumidos no momento em que são produzidos, por exemplo, os transportes, a consulta médica, o serviço bancário, entre outros.
Quanto aos fatores ou recursos de produção, são os elementos que propiciam a realização da produção em uma economia. São os recursos humanos - trabalho e capacidade empresarial, a terra e/ou recursos naturais, o trabalho, o capital (bens de capital) e a tecnologia.
UNIDADE 2 – USO DA ECONOMIA PARA ANÁLISE DO CONTEXTO DE DECISÃO EMPRESARIAL – INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA
DEMANDA DE MERCADO
A demanda ou procura indica a quantidade queuma pessoa ou grupo de pessoas, ou seja, osconsumidores desejam consumir de um bem ouserviço X qualquer em um determinado período detempo (sempre observando a restrição orçamentária – não ter dinheiro suficiente para comprar);
“Demandar significa estar disposto a comprar, enquanto comprar é efetuar de fato a aquisição. A demanda reflete uma intenção um desejo se comprar, enquanto a compra constitui uma ação”.
A teoria econômica destaca que vários fatoresinfluenciam a escolha dos consumidores pelademanda de um bem e serviço:
o preço do bem ou serviço em questão (Px);
o preço dos demais bens (Pz);
a renda do consumidor disponível no período (Y);
os hábitos de consumo ou preferências do consumidor (H).
Com esta definição estamos querendo dizer que a quantidade demandada de um bem ou serviço pelos consumidores (Qd) é função do preço desse bem ou serviço (Px), da renda (Y), do preço dos outros bens (Pz) e dos hábitos e preferências do consumidor (H), ou seja, estamos nos referindo à função demanda,que pode ser expressa matematicamente da seguinte forma:
Qd = f (Px, Pz, Y, H)
COMO ANALISAR SE UM AUMENTO NA RENDA DO CONSUMIDOR RESULTARÁ NECESSARIAMENTE NUM AUMENTO DO CONSUMO? E O QUE OCORRERÁ COM OS PREÇOS DOS OUTROS BENS?
Ceteris paribus, do latim que pode ser traduzida por “todo o mais é constante” ou “mantidas inalteradas todas as outras coisas”.
Em economia esta condição consiste em supor que, ao se estudar a influência do preço na quantidade de um bem ou serviço, as demais variáveis que influenciam a demanda ou a oferta por esse bem, com exceção de seu preço,permanecem constantes.
É supor que, em um determinado períodode tempo, todos os fatores que influenciam ademanda permanecem constantes (não se alteram),com exceção do preço do bem ou serviço.
Explicando melhor: as variáveis Pz, Y e Hpermanecem constantes e somente as variáveis Qd ePx registram mudanças no período que está sendoanalisado.
Em outras palavras, ao
adotar essa suposição, estamos aplicando acondição ceteris paribus, ou seja, considera-se que cada uma dessasvariáveis influencia separadamente as escolhas do consumidor.
Com este raciocínio, a função demanda – Qd - passa a dependerexclusivamente do preço - Px. Matematicamente, tem-se então:
Qd = f (Px)
IMPORTANTE
Então, qual a relação entre Qd e o Px? 
A resposta é dada pela chamadaLei Geral da Demanda.
Há uma relação inversa entre o preço do bem (Px) e quantidadedemandada (Qd), ou seja, a um aumento de preço corresponde uma queda naquantidade demandada ou o contrário, redução de preço provoca aumentona quantidade demandada.
Dois motivos facilitam o entendimento desta relação inversa entre preço equantidade, ou seja, aumento do preço de um bem ou serviço diminui aquantidade demandada pelos consumidores: o efeito substituição e o efeitorenda.
EFEITO SUBSTITUIÇÃO. Geralmente, quando ocorre o aumento depreço de um bem X, parte dos consumidores poderá diminuir a quantidade do quecompram, deixar de comprá-lo ou substituí-lo por outro produto.consumidores tendem a substituir os bens ouserviços que se tornam relativamente mais caros por aqueles que consideraremrelativamente mais baratos.
EFEITO RENDA? Se um bem aumenta seu preço, tornando-se mais caro, osconsumidores comprarão menos quantidade do bem porque, com essa elevaçãode preço, o consumidor perde o seu poder aquisitivo.
Por exemplo, um aumentono preço das mensalidades escolares diminui o poder aquisitivo dos consumidoresem determinados níveis de renda e a demanda por esse serviço poderá diminuir.
A relação inversa entre preço/quantidade pode ser representada por umatabela de demanda de mercado conforme exemplo a seguir:
Tabela 3: Tabela de demanda de um Bem X
	Preço
(em reais) 
	Demanda de mercado
	10 
	130
	30 
	100
	50 
	60
	100 
	20
Ela ilustra a relação quantidade/preço: quanto maior o preço do bem X, menora quantidade que os consumidores estariam dispostos a comprar e, quanto maisbaixo o preço, mais unidades do bem seriam demandadas.
Tabela 4: Curva de Demanda de um Bem X.
IMPORTANTE
A demanda de um bem ou serviço não será influenciada apenas peloseu preço. Pelo contrário, a procura, para a maioria dos produtos, será também
influenciada pela renda do consumidor, pelo preço dos outros bens e serviços (osbens substitutos e os bens complementares) e os hábitos e as preferências doconsumidor.
Por exemplo, podemos analisar a relação entre a demanda e a renda Y doconsumidor. Neste caso, a função demanda passará a ser função da renda etudo o mais constante, ou seja:
Qd = f (Y)
BEM NORMAL os indivíduos, ao aumentarem suas rendas,desejam aumentar seu padrão de vida e, consequentemente, aumentam ademanda por bens e serviços. 
BENS SACIADOSde um lado pode haverconsumidores que não aumentem a quantidade demandada de alguns bens ouserviços quando a sua renda aumenta, porque estão satisfeitos com o consumodesses bens. 
BENS INFERIORESde outro, há os bens que os consumidores reduzem a quantidade demandadaquando ocorrem aumentos em suas rendas. Por exemplo, a demanda por carne desegunda se reduz quando o consumidor aumenta sua renda, porque ele passará aconsumir carne de primeira e não mais a carne de segunda. 
IMPORTANTEResumindo, temos:
	Tipo de bem ou serviço 
	Relação entre a renda e a quantidade
demandada
	Bens normais. 
	Demanda varia no mesmo sentido que a renda.
	Bens inferiores. 
	Demanda varia em sentido inverso às variações da
renda.
	Bens de consumo saciado. 
	A demanda não é influenciada pela renda do
consumidor.
Vejamos agora a relação entre a demanda de um bem e o preço dosoutros bens ou serviços. Neste caso, a demanda, tudo o mais constante, seráfunção de do preço dos outros bens (Pz), ou seja:
Qd = f (Pz)
Observe que o aumento do preço de outro bem poderá aumentar ou reduzir ademanda do bem X. Assim, se não existe uma regra, tudo vai depender da reaçãoexistente entre os dois bens, isto é:
se o aumento do preço do outro bem aumentar a demanda do bemX, os outros bens e o bem X serão chamados de bens substitutos ouconcorrentes. Por exemplo, manteiga e margarina, chá e café, carnee peixe, entre outros são bens substitutos. E porque concorrentes? Porque guardam relação de substituição. O consumo de um podesubstituir o consumo do outro.
se o aumento de preço do outro bem provocar uma queda nademanda do bem X, será o caso de bens complementares. São osbens que são consumidos conjuntamente, por exemplo, camisassociais e gravatas, pão e manteiga, automóveis e gasolina e outros.
Observe que há uma diferenciação entre os termos demanda e quantidadedemandada, ou seja:
uma variação na quantidade demandada é provocada pela variação dopreço do bem, isto é, a variação na quantidade que ocorre ao longo damesma curva de demanda (relaciona um determinado preço a umaquantidade);
uma variação na demanda é provocada pela variação de qualquer umadas outras variáveis (renda, preço dos outros bens e gostos epreferências), ou seja, a variação de toda a curva de demanda (relacionaos possíveis preços a determinadas quantidades)
Hábitos e preferências dos consumidores são fatores que interferem bastante nas escolhas dos consumidores. Por este motivo é que as empresas desenvolvem mecanismos de propaganda e marketing com o objetivo de influenciar as preferências e hábitos dos consumidores.
OFERTA DE MERCADO:
A oferta de um determinado bem ou serviço X é a quantidade deste bem ouserviço que os produtores desejam oferecer no mercado, num determinadoperíodo de tempo. A teoria econômica define um conjunto de fatores comodeterminantes da decisão dos produtores em ofertar um bem ou serviço:
o preço do bem ou serviço em questão (Px);
o preço de outros bens (Py);
o preço dos recursos (insumos) utilizados na produção (Pz);
a capacidade tecnológica (desenvolvimento tecnológico (T)
Com esta definição estamos querendo dizer que a quantidade ofertadade um bem ou serviço pelos produtores (Qo) é função do preço desse bem ouserviço (Px), do preço dos outros bens (Py), do preço dos fatores utilizados naprodução (Pz) e da capacidade tecnológica. Ou seja, estamos nos referindo àfunção oferta, que pode ser expressa, matematicamente, da seguinte forma:
Qo = f (Px, Pz, Py, T)
Todas as variáveis que influenciam a oferta permanecem constantes (não sealteram), hipótese ceteris paribus, com exceção do preço do bem em serviço.Assim a função “oferta” passa a depender exclusivamente do preço (Px) epodemos expressá-la, matematicamente, como:
Qo = f(Px)
Mas qual a relação entre Qo e Px? A resposta é dada pela chamada LeiGeral da Oferta.Há uma relação direta entre o preço do bem (Px) e quantidade ofertada(Qo), ou seja, um aumento de preço corresponde a um aumento naquantidade ofertada ou o contrário, redução de preço provoca redução naquantidade ofertada.
E porque isso ocorre? A resposta deve levar em consideração ocomportamento dos produtores (vendedores), isto é, dos ofertantes do bem e
serviço.
Isto porque,quanto maior o Px, maior será a expectativa de lucro dos produtores e, portanto,será também maior o desejo dos ofertantes em disponibilizar maiores quantidadesde bens e serviços no mercado.A relação direta entre preço/quantidade é representada pela tabela de oferta
de mercado:
Tabela 5 : Tabela de oferta de mercado
	Preço
(em reais) 
	Oferta de mercado
	10 
	20
	30 
	50
	50 
	80
	100 
	130
Ela ilustra a relação direta entre o preço e a quantidade ofertada de um bem:quanto menor o preço de X, os produtores ofertariam menos quantidade do bem.Maior o preço de X, maior quantidade seriam disponibilizadas no mercado.A oferta de mercado também pode ser expressa graficamente:
Tabela 6: Curva de Oferta de Um Bem X
IMPORTANTE
Além do preço do bem ou serviço, a oferta sofre a influência do preço(custo) dos fatores de produção (salários, insumos) utilizados na produção e das
alterações na capacidade tecnológica.
Aumentos nos custos dos fatores devem provocar quedas na oferta dos bens, porque, mantidos os mesmos preços dos bens (ceteris paribus), as empresas são
obrigadas a diminuir a produção porque terão sua lucratividade reduzida, ou seja, a relação entre a oferta e o custo dos fatores é inversa.
Por outro lado, se ocorre uma melhoria na capacidade tecnológica, mantido o mesmo preço do bem, a oferta aumenta, porque os bens que mais se beneficiaremdas alterações tecnológicas terão maior lucratividade.
IMPORTANTE
Também há uma distinção entre os termos oferta e quantidadeofertada:
uma variação na quantidade ofertada é provocada pela variação do preçodo bem, ou seja, a variação na quantidade ofertada (que ocorre ao longode toda a curva);
uma variação na oferta é provocada pela variação de qualquer uma dasoutras variáveis (nos custos de produção ou no nível tecnológico), ouseja, a variação de toda a curva de oferta.
EQUILÍBRIO DE MERCADO:
O preço em uma economia de mercado é determinado pela oferta e pelademanda. A interseção das curvas de oferta e demanda de um determinado bemou serviço nos permite determinar o seu preço (Pe) e a quantidade (Qe) deequilíbrio de mercado, ou seja, O PREÇO E A QUANTIDADE QUE IGUALAM OFERTA E DEMANDA DE UM BEM OU SERVIÇO.
Tabela 7: Equilíbrio de Mercado
IMPORTANTE
No ponto E, a quantidade que os consumidores desejam comprar é a mesma que os produtores desejam vender, ou seja, existe equilíbrio entre a ofertae a procura do bem ou serviço.
Entretanto, para todos os preços que estiverem acima do preço de equilíbrio(ponto E), a quantidade ofertada será maior do que a quantidade que os
consumidores desejam adquirir, isto é, existe excesso de oferta. Isto quer dizer que,quanto maior o preço, maior será o excesso de oferta. Nesta situação, haverá umexcedente de produção e conseqüente aumento nos estoques de produtos, o queprovocará pressões para redução dos preços.
Por outro lado, para todos os preços que estiverem abaixo do preço deequilíbrio (ponto E), teremos um excesso de demanda, então, a quantidadedemandada será maior que a quantidade que os produtores desejam ofertar. Istoquer dizer que, quanto menor o preço, maior será o excesso de demanda.
Nestas condições, surgirão pressões para os preços aumentarem, porque oscompradores, por terem dificuldades em poder comprar tudo o que desejam, emfunção da escassez de produtos no mercado, ficam dispostos a pagar mais pelosprodutos.
Pelo exposto, podemos perceber que havendo competição entre produtores(ofertantes) e consumidores (demandantes), existe uma tendência no mercado para se chegar a uma situação de equilíbrio, ou seja, sem escassez de produto e sem excedente de produção.
VARIAÇÕES DO PREÇO DE EQUILÍBRIO: DESLOCAMENTO DAS CURVAS DE DEMANDA E DE OFERTA.
Os deslocamentos das curvas de demanda e de oferta estão intimamenterelacionados com o movimento dos preços. Vários fatores podem provocardeslocamento nas curvas e, consequentemente, mudanças no preço de equilíbrio.
Suponha que o mercado de um bem X esteja em equilíbrio onde:
P0 = preço inicial de equilíbrio.
Q0 = a quantidade (ponto A).
Analisemos as seguintes situações:
Suponha que tenha ocorrido uma redução no preço dos insumos utilizadospara fabricar o bem x. Redução nos preços dos insumos diminui o custo defabricação do produto, o que motiva o produtor a aumentar a oferta do produto(de Q0 para Q1). Nesta situação, a curva de oferta se deslocará para a direita e opreço de equilíbrio se tornará menor (ponto B)
Tabela 8: Aumento da oferta
Suponhamos agora uma situação em que os consumidores tenham tido umaumento em sua renda, ceteris paribus. Aumento de renda significa aumento dopoder aquisitivo dos consumidores, o que os motiva a aumentar a demanda doproduto (de Q0 para Q1). Nesta situação, a curva de demanda se deslocará para adireita e o preço se tornará maior (ponto B).
Tabela 7: Aumento da demanda
INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NO EQUILÍBRIO DE MERCADO:
Incidência tributária: diz respeito a proporção do imposto paga por consumidores e produtores. Mostra sobre quem recai o ônus d o imposto.
FIXAÇÃO DE TRIBUTOS:
A fixação de um tributo eleva o preço de mercado de um produto porquerepresenta um aumento nos custos de produção da empresa. Dessa forma, para continuar produzindo as mesmas quantidades, a empresa procurará repassar a totalidade do imposto ao consumidor.
Política de preços mínimos na agricultura
É uma política que dá garantia de preços ao produtor agrícola com o propósitode protegê-lo de eventuais quedas de preços no mercado. O governo garante,antecipadamente, o preço que ele pagará após a colheita do produto.
O agricultor, na ocasião da colheita, analisará os preços de mercado e ospreços mínimos garantidos pelo governo. Caso os preços de mercado sejam maisaltos que os preços mínimos, o agricultor preferirá vender no mercado. Caso ospreços mínimos fiquem mais altos do que os preços de mercado, o produtorpreferirá vender sua produção para o governo pelo preço anteriormente fixado.Neste caso, o governo acumulará um excedente de produto que será utilizadocomo estoque regulador da oferta do produto.
Tabelamento
A constatação da alta dos preços no mercado faz com que o governo adotemecanismos de intervenção no sistema de preços de mercado, visando a defendero consumidor de abusos por parte dos vendedores, controlar preços de bens deprimeira necessidade e ainda deter o processo inflacionário.
ELASTICIDADE:
Durante a análise da demanda e da oferta constatamos que existe uma relaçãoentre o preço de um bem e serviço e as quantidades que são demandadas ouofertadas. Pelo lado da demanda, verificou-se que elevações no preço de um bemou serviço Px provocam reduções na quantidade demandada Qd, e que reduçõesno Px provocam aumentos em Qd. Pelo lado da oferta, o comportamento dospreços em relação à quantidade ofertada é diferente: aumentos no preço do bem eserviço provocam aumentos na quantidade ofertada Qo.
A prática demonstra que cada bem ou serviço tem uma sensibilidade própriaem relação às variações dos preços e da renda.
IMPORTANTE
Em economia, quando pretendemos analisar qual o grau de reação ou sensibilidade de uma variável, quando ocorrem alterações em outra, utilizamos oconceito de elasticidade.
ELASTICIDADE
Representa uma informação bastante útil tanto para as empresas quanto para a administração pública. Nas empresas, (...) permite uma estimativa da reação dos consumidores em face de alterações nos preços da empresa, dos concorrentes e em seus salários. Para o planejamento macroeconômico é de igual importância, pois poder-se-ia prever, por exemplo, qual seria o impacto de uma desvalorização cambial de 30% sobre o saldo da balança comercial” (...)
Elasticidade - preço da demanda
A elasticidade - preço da demanda (EpD) - mede asensibilidade de uma variação no preço (Px) sobre aquantidade demandada (Qd). Isto significa dizer que aEpDmede a variação percentual na quantidadedemandada de um bem ou serviço qualquer emfunção da variação percentual no seu preço, ceterisparibus.
Epd = Variação % na quantidade demandada de X
Variação % no preço de X
MPORTANTE
Como, na demanda, a relação entre preço (Px) e quantidadedemandada (Qdx) é inversa, o valor encontrado será sempre negativo.
Vejamos, por exemplo, como calcular a elasticidade-preço da demanda, apartir dos dados da tabela abaixo, para os bens X, Y e Z:
No caso do bem X, a elevação em Pxde 10% (de $18,00 para $19,80) provocouuma redução da demanda de 10% (de 39 para 35 unidades) logo:
 EPD de X = 10% /10% = 1
Nesta situação, a elevação no Px causou uma redução na mesma proporção naquantidade demandada Qdx, isto é, as variações no preço e na quantidadepossuem a mesma magnitude. Neste caso, dizemos que a demanda é unitária.
No caso do bem Y, a elevação em Py de 20% (de $20,00 para $24,00) provocouuma redução da demanda de 50% (de 100 para 50), logo:
EPD de Y =50% / 20% = 2,5
A elevação no Py causou uma redução mais que proporcional na quantidadedemandada Qdy. Neste caso, quando as variações nas quantidades demandadassão muito sensíveis às alterações
nos preços, isto é, AS VARIAÇÕES NAS QUANTIDADES DEMANDADAS SUPERAM AS VARIAÇÕES NOS PREÇOS, DIZEMOS QUE A DEMANDA É ELÁSTICA.
No caso do bem Z, a elevação de 20% no Pz (de $20,00 para $24,00) provocouuma redução de apenas 10% (de 88 para 80) na quantidade demandada Qdz, logo:
Ep D d e Z = 10% / 20% = 0,5
A elevação no Pz provocou uma redução menos que proporcional naquantidade demandada Qdz. Neste caso, quando as alterações na demanda são pouco sensíveis às alterações nos preços, isto é, AS VARIAÇÕES NOS PREÇOS PROVOCAM UMA VARIAÇÃO NA QUANTIDADE DEMANDADA RELATIVAMENTE MENOR, dizemos que A DEMANDA É INELÁSTICA.
FATORES QUE INFLUENCIAM A ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA
Finalmente, que fatores explicam a demanda de alguns bens ser elástica ouinelástica? Vejamos:
1) A existência de bens substitutos: quanto mais substitutos o bem possuir, mais elástica a sua demanda, porque qualquer alteração em seu preço provoca a troca por seu substituto, reduzindo, portanto, a sua demanda. Por exemplo, a elevação do preço da manteiga irá provocar uma queda do consumo de manteiga e o consumidor passa a adquirir um bem substituto, por exemplo,margarina. Neste caso, pequenas variações no preço da manteiga tendem a provocar um grande impacto sobre a quantidade demandada de manteiga.
2) O grau de essencialidade do bem: bens cujo consumo é essencialtendem a ter sua demanda pouco sensível às alterações nos preços. Desta forma,os bens de primeira necessidade (alimentos básicos, por exemplo) tendem a terdemanda inelástica, enquanto os chamados bens supérfluos (joias, roupas finas,)tendem a ter demanda elástica.
3) O peso (a importância) do bem no orçamentodo consumidor: quando o peso relativo de um bemno orçamento total do consumidor é muito pequeno, atendência é que sua demanda seja pouco sensível àsalterações nos preços, isto é sua demanda tende a serinelástica. Por outro lado, se o bem tem um pesosignificativo no orçamento do consumidor, sua Epdtende a ser elástica
Peso relativo diz respeito ao grau de intensidade de uma variável em relação a uma medida padrão que é tomada como referência, por exemplo:dado um consumidor que tenha uma renda de um salário mínimo, as despesas com alimentação no valor de R$200,00 (duzentos reais) tem um peso em seu orçamento de cerca de 53%.
Elasticidade - Renda da Demanda
A elasticidade - renda da demanda (ERD) mede o impacto (a sensibilidade) devariações na renda (Y) sobre a quantidade demandada (Qd), ou seja, a Erd mede avariação percentual da quantidade demandada (Qd) em função da variaçãopercentual na renda do consumidor(Y), ceteris paribus.
ERD = variação % na quantidade demandada de X
variação % na renda do consumidor (Y)
Vejamos como calcular a ERD para três bens através dos dados da tabela abaixo.
Demanda para os Bens X, Y e Z
	Bens 
	Y =$2000 
	Y = $3000
	Qdx 
	60 
	54
	Qdy 
	60 
	84
	Qdz 
	60 
	120
IMPORTANTE
Neste exemplo, o aumento na renda do consumidor de 50% (Ypassa de $2000 para $3000) provocou efeitos diferenciados sobre as quantidadesdemandadas dos bens X, Y e Z:
No caso do bem X, o aumento de 50% da renda provocou uma redução de10% na quantidade demandada, ou seja:
Erd de X = -10% / 50% = -1/5
Neste caso, quando aumentos de renda provocam redução na quantidadedemandada (queda no consumo do bem), o bem é inferior. Outra forma deleitura: sempre que a elasticidade-renda da demanda for negativa o bem éinferior.
No caso do bem Y, o aumento de 50% na rendaprovocou uma elevação 40%na quantidade demandada, logo:
Erd de Y= 40% / 50% = 0,8
Neste caso, quando aumentos de renda provocam aumentos menos queproporcionais ou proporcionais na quantidade demandada (no consumo dobem), o bem é normal. De outra forma, sempre que a elasticidade-renda dademanda for positiva e menor que 1 (Erd < 1), temos um bem normal.
Por fim, no caso do bem Z, um aumento de 50% na renda provocou umaelevação de 100% na quantidade demandada, então:
Erd de z = 100% / 50% = 2
Neste caso, quando aumentos de renda provocam aumentos mais queproporcionais na quantidade demandada (no consumo do bem), o bem ésuperior. De outra forma, sempre que a elasticidade-renda da demanda forpositiva e maior que 1 (Erd >1), temos um bem superior.
Elasticidade – preço cruzada da demandaA elasticidade - preço cruzada da demanda (Ecd) - pretende identificar qual amudança percentual que ocorre na quantidade demandada de um bem X (Qd)quando se modifica o preço de outro bem (Py). Explicando melhor, a Ecr mede avariação percentual na quantidade demandada do bem X (Qd), em função davariação percentual no preço do bem Y (Py).
Ecr = variação % na quantidade demandada de um bem X
variação % no preço de um bem Y
Observe os exemplos de elasticidade cruzada a seguir:
Exemplo 1: Preço e demanda para os bens X e Y
	Preço do bem x 
	Quantidade demandada do bem y
	$80 
	20
	$96 
	30
Observe que a elevação em 20% no preço do bem x provocou uma elevação de 50% no consumo do bem y, logo:
Ecr = 50% / 20% = 2,5
Neste caso, a elevação do preço de X levou os consumidores a substituírem oconsumo do bem X pelo bem Y.
Os bens X e Y são chamados de bens substitutos, ou seja, sempre que aelasticidade cruzada da demanda foi maior que zero (Ecr > O), os bens sãosubstitutos.
Como exemplos de bens substitutos, temos: a margarina e a manteiga; a carnede boi e a carne de porco, o azeite de oliva e o óleo de milho, entre tantos outros.
Exemplo 2: Preço e demanda para os bens W e Z
	Preço do bem W 
	Quantidade demandada do bem Z
	$80 
	200
	$96 
	160
Neste caso, a elevação em 20% no preço do bem W levou a uma redução de20% na quantidade demandada do bem Z, logo:
Ecr = -20% / 20% = -1
Isto quer dizer que a elevação no preço de W levou os consumidores areduzirem o consumo do bem Z.
Os bens W e Z são chamados de bens complementares, ou seja, sempreque a elasticidade cruzada da demanda for menor que zero (Ecr < O), os benssão complementares.
DICA!
Bens complementares são aqueles que têm o consumo dependentedo consumo de outro bem. Pneus e automóveis, gasolina e automóvel, camisassociais e gravatas são bens cujo consumo ocorre de forma complementar. Porexemplo, o aumento no preço da gasolina não apenas reduz a demanda degasolina como também implica numa redução do consumo de automóveis.
ELASTICIDADE - PREÇO DA OFERTA.
A elasticidade-preço da oferta (Epo) mede a sensibilidade de uma variação nopreço de um bem X (Px) sobre a quantidade ofertada (Qo), isto é, a Epo mede avariação percentual na quantidade ofertada de X (Ox), em função da variaçãopercentual no preço (Px).
Epo = variação % na quantidade ofertada de X
variação % no preço de X
IMPORTANTE
Como na demanda, a elasticidade-preço da oferta é calculada com omesmo raciocínio. Entretanto, o resultado da elasticidade-preço da ofertaserá sempre positivo, porque a correlação entre preço e quantidade ofertada édireta. Deve-se ainda destacar que a elasticidade-preço da oferta (Epo) éclassificada da mesma forma que a elasticidade preço da demanda, ou seja:
Se Epo = 1, a elasticidade preço da oferta é unitária;
Se a Epo> 1, a elasticidade-preço da oferta é elástica;
Se a Epo< 1, a elasticidade-preço da oferta é inelástica.
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 21. E2. B3. D4. C5. B6. D7 B8 C
1) Se a elasticidade-preço da demanda do bem X é 0,5, podemos concluir que:
a) uma elevação no preço de X não altera sua demanda.
b) uma redução do preço X determina uma redução de sua demanda emproporção menor que a redução no preço.
c) uma redução do preço de X determina uma elevação de sua demanda emproporção maior que a elevação no preço.
d) uma redução do preço de X determina uma elevação de sua demanda emproporção maior que a redução no preço.
e) uma elevação no preço de X determina uma redução de sua demanda em proporção menor que a elevação no preço.
2) O preço de equilíbrio de mercado define:
a) o limite máximo que os consumidores estão dispostos a pagar por umproduto.
b) uma situação na qual não existem pressões no mercado que levem a alteração neste nível de preço, ou seja, uma situação em que o mercado se
encontra equilibrado.
c) a maximização da satisfação do consumidor.
d) o mínimo que os produtores querem aceitar pelos seus produtos oferecidosno mercado
e) uma situação impossível de ser alterada.
3) Dentre os fatores que afetam a oferta de um bem, os que mais se destacam são:
a) preço do bem, preferências do consumidor, custos de produção.
b) custos de produção, clima, renda do consumidor.
c) preço do bem, renda do consumidor, custos de produção.
d) preço do bem, tecnologia, preço dos bens complementares e substitutos naprodução.
e) custos de produção, preferência do consumidor, renda do consumidor
4) Sabendo-se que quando o preço de X subiu 20% a sua quantidade demandadacaiu em 15%, enquanto que aumentou a quantidade demandada por outro bem Yem 10%, pode-se afirmar que:
a) Y tem uma procura inelástica.
b) Y tem uma procura elástica.
c) X e Y são substitutos.
d) a elasticidade-preço da demanda por X é igual a 0,5.
e) X é um bem normal.
5) Considere F (falsa) ou V (verdadeira) cada uma das proposições abaixo. Emseguida, assinale a alternativa correta.
( ) Uma curva típica de demanda , ceteris paribus, evidencia que as quantidadesprocuradas diminuem à medida que os preços aumentam.
( ) Na curva de oferta, ceteris paribus, quanto mais se elevam os preços de umproduto, menores serão as quantidades, por período de tempo, que osprodutores estarão dispostos a produzir,embora nem sempre estejamaptos no curto prazo.
( ) O preço de equilíbrio é, efetivamente, o único preço que harmoniza osinteresses conflitantes dos produtores e dos consumidores.
( ) Os preços e as quantidades demandadas, ceteris paribus, variam na mesmadireção, ou seja, quanto mais altos os preços, maiores as quantidadesdemandadas.
( ) Uma curva típica de oferta , ceteris paribus, evidencia que as quantidadesofertadas crescem à medida que os preços aumentam.
a) F, V, F, V, F
b) V, F, V, F, V
c) F, V, F, F, V
d) V, F, V, V, F
e) V, F, F, F, V
6) Pode-se definir a procura de mercado como sendo:
a) as relações que se estabelecem entre a renda dos consumidores e suas preferências de consumo.
b) a quantidade que é adquirida pelo indivíduo ao preço de equilíbrio demercado.
c) as variações nas quantidades demandadas decorrentes de mudanças naspreferências dos consumidores.
d) a relação entre as quantidades que os indivíduos estão dispostos a adquirir,em dado período de tempo, a vários preços alternativos.
e) as quantidades adquiridas pelos indivíduos aos vários preços de mercado.
7) A elasticidade-renda da demanda resulta:
a) da variação percentual na quantidade demandada dividida pela variaçãopercentual do preço.
b) da variação percentual da quantidade procurada dividida pela variação percentual da renda do consumidor.
c) da variação percentual da renda do consumidor dividida pela variaçãopercentual da quantidade demandada.
d) da variação percentual do preço dividida pela variação percentual daquantidade procurada.
e) da variação percentual do preço dividida pela variação percentual da rendado consumidor.
8) Identifique a alternativa errada.
a) A demanda por um produto é dada pelas quantidades que os consumidoresestão aptos e dispostos a adquirir, sob diferentes preços, em determinadoperíodo de tempo.
b) Pode-se afirmar que os preços constituem um obstáculo ao consumidor, mas principalmente, quando considerados altos, representam um fator de estímulo para os produtores.
c) A baixa do preço de determinado produto influi nas quantidades que os consumidores estão dispostos a adquirir, mas não exerce influência sobre as quantidades ofertadas.
d) O preço de equilíbrio é determinado pela interseção das curvas de oferta edemanda.
e) Os deslocamentos da curva de demanda dependem, entre outras coisas, davariação do poder aquisitivo e das atitudes e preferências dosconsumidores
9) Observe o gráfico abaixo que expressa o equilíbrio no mercado de manteiga.Utilize os instrumentos de oferta e demanda para explicar de que forma cada umdos seguintes eventos afetaria o preço e a quantidade de equilíbrio neste mercado.
a) uma redução nos níveis de renda da população
b) um aumento no preço da margarina
utilizar os conceitos de oferta e demanda.
a)Redução nos níveis de renda provoca redução na demanda de manteiga (deslocaa curva de demanda para a esquerda, de D0 para D1. Teremos o surgimento de umnovo ponto de equilíbrio dado pela interseção da nova curva de demanda D1 coma oferta O0 . Este novo ponto de equilíbrio será dado por E1, indicando ter havidouma diminuição do preço (de P0 para P1 e um diminuição na quantidade de q0 paraq 1 (vide o gráfico abaixo)
b) Um aumento no preço da margarina, que é um bem substituto da manteiga,provavelmente acarretará um aumento da demanda de manteiga (umdeslocamento da curva de demanda para a direita). Surgirá, portanto, um novoponto de equilíbrio, dado pela interseção da nova curva de demanda D1com aoferta O0.Esse novo ponto de equilíbrio será dado por E1 , indicando ter havido umaumento no preço de P0para P1e um aumento na quantidade de q0para q1(vide ográfico abaixo)
10) FAÇA O QUE SE PEDE:
A) EXPLIQUE ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA.
a) A elasticidade-preço da demanda (EpD) mede a sensibilidade de umavariação no preço (Px) sobre a quantidade demandada (Qd). Isto significa dizer quea EpDmede a variação percentual na demanda de um bem ou serviço qualquer emfunção da variação percentual no seu preço (Px),ceteri s paribus.
B) EXPLIQUE ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA.
b)A elasticidade-renda da demanda (ERD) mede o impacto (a sensibilidade) devariações na renda (Y) sobre a quantidade demandada (Qrd), ou seja, a Erdmede avariação percentual da quantidade demandada (Qdx) em função da variaçãopercentual na renda do consumidor (Y),ceteris paribus.
C) EXPLIQUE ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA.
c) A elasticidade-preço da oferta (Epo) mede a sensibilidade de uma variação no preço de um bem x (Px) sobre a quantidade ofertada (Qox). Formalmente, diz-seque a Epo mede a variação percentual na quantidade ofertada de x (Ox) em funçãoda variação percentual no seu preço (Px)
Unidade 21. E2. B3. D4. C5. B6. D7 B8 C
9 Para responder esta questão o aluno deverá saber utilizar os conceitos deoferta e demanda.
a)Redução nos níveis de renda provoca redução na demanda de manteiga (deslocaa curva de demanda para a esquerda, de D0 para D1. Teremos o surgimento de umnovo ponto de equilíbrio dado pela interseção da nova curva de demanda D1 coma oferta O0 . Este novo ponto de equilíbrio será dado por E1, indicando ter havidouma diminuição do preço (de P0 para P1 e um diminuição na quantidade de q0 paraq 1 (vide o gráfico abaixo)
b) Um aumento no preço da margarina, que é um bem substituto da manteiga,provavelmente acarretará um aumento da demanda de manteiga (umdeslocamento da curva de demanda para a direita). Surgirá, portanto, um novoponto de equilíbrio, dado pela interseção da nova curva de demanda D1com aoferta O0.Esse novo ponto de equilíbrio será dado por E1 , indicando ter havido umaumento no preço de P0para P1e um aumento na quantidade de q0para q1(vide ográfico abaixo)
CAPÍTULO 3 – ESTRUTURA DE MERCADOS PRODUÇÃO E CUSTO
PRODUÇÃO – ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS
Empresa ou firma
É a unidade de produção que atuaem nível nacional, procurandomaximizar seus resultados relativos àprodução e ao lucro, ou seja, abrangetodo tipo de empreendimento e naTeoria dos Preços é definida como aunidade técnica que produz bens ouserviços.
Fator de produção (input)
São os bens ou serviços que, combinados entre si,são transformáveis em produção.
Produção
Produzir é o processo de transformação dosfatores adquiridos pela empresa em produtos paravenda no mercado. Estes produtos referem-se tantoaos bens físicos e materiais (bens tangíveis), quantoaos serviços (bens intangíveis), tais como ostransportes, o comércio, as atividades financeiras eoutros.
Método ou processo de produção: técnica por meio da qual um ou mais produtos serão obtidos pela utilização de determinadas quantidades de fatores de produção, por exemplo, um processo de produção pode
ser mais intensivo em capital(utiliza mais capital em relação a outros insumos) ou intensivo em mão-de-obra.
Portanto, o processo de produção é uma ação que envolve a utilização dos mais diferentes fatores de produção para produzir um bem ou serviço.Assim, énecessário que o empresário procure utilizar a maneira mais eficiente de combinaros fatores e, consequentemente, obter maior quantidade produzida do produto. Asformas como são combinados esses fatores constituem o método ou processo deprodução.
Quando a combinação de fatores possibilitar produzir um único produto (output), teremos um processo de produção simples; se for possível produzir maisde um produto, teremos um processo de produção múltiplo ou de produçãomúltipla.E que processo ou método de produção deve ser usado? Ou melhor, quemétodo ou processo de produção pode ser mais eficiente ao combinar os fatores ou insumos (inputs)? Adotar um métodoeficiente, do ponto de vista técnico (tecnológico), ou econômico.
A eficiência técnica ou tecnológica - utiliza menor quantidade de insumos para produzir uma unidadeequivalente de produto.
A eficiência econômica - método de produção mais barato emrelação a outros métodos (custos de produção).
IMPORTANTE
Resumindo, temos que a quantidade de um bem x qualquer, que poderá ser produzida por uma firma, é uma função (depende) da dotação de fatores utilizados no processo produtivo. A função de produção indica a relaçãoentre o volume de fatores (capital, mão-de-obra, área cultivada, matérias-primas)utilizados no processo produtivo e o volume final de produto obtido.
A função de produção pode ser escrita da seguinte forma:
Q= f (x1, x2, x3,..., xn), 
onde:Q= quantidade produzida do bem e,
x1, x2, x3,... xn = as quantidades utilizadas de diversos fatores no processo de produção mais adequado, ou seja, mais eficiente tecnicamente.
Para entendê-la melhor, podemos tambémrepresentá-la da seguinte maneira:
Q = f(L, K,T,M)
Onde:
Q= a quantidade total produzida, por unidade detempo;
L = a quantidade utilizada de mão-de-obra;
K = a quantidade utilizada de capital;
T= a quantidade utilizada de tecnologia.
Fatores de produção fixos –“aqueles cujas quantidadesutilizadas não variam com arealização do processoprodutivo. 
Ex: a maquinaria,as instalações da empresa e atecnologia são fatores quesão alterados no longoprazo.” (Vasconcellos &Garcia – 1999)
Fatores de produçãovariáveis – “aqueles cujasquantidades utilizadasvariamcom a realização doprocesso de produção(quando o volume deprodução varia). Ex.: quandoaumenta a produção sãonecessários maistrabalhadores e maiorquantidade de matériasprimas.” (Vasconcellos &Garcia – 1999)
IMPORTANTE
A análise microeconômica utiliza doistipos de relações entre a quantidade produzida doproduto e a quantidade utilizada dos fatores:
quando na função de produção pelo menos umdos fatores de produção é fixo, caracteriza-se uma situação de curto prazo.
quando na função de produção todos osfatores de produção são variáveis,caracteriza-se uma situação de longo prazo.
IMPORTANTE
Os conceitos de CURTO E LONGO PRAZOreferem-se à perspectiva temporal dos planos da empresa e guardam relação com a possibilidadede modificar fatores fixos e reduzir custos de produção. Curto prazo é um períodoao longo do qual as empresas conseguem ajustar a produção, mudando os fatores variáveis. No longo prazo, todas as empresas têm a possibilidade de alterar a quantidade de todos os fatores empregados na produção, inclusive o capital.(Mochón – 2006)
Complementando, ainda segundo Mochón (2006), “Em economia, a distinçãoentre curto e longo prazo é estabelecida unicamente em função da existência ounão de fatores fixos”.
A PRODUÇÃO NO CURTO PRAZO:
Dado que o curto prazo é o período onde pelo menos um dos fatores de produção é considerado fixo, a questão central é analisar a produtividade do fatorvariável para entender o movimento do volume da produção de uma firma quandoa quantidade de um fator de produção permanece fixo.
EXEMPLIFICANDO
Imagine o seguinte exemplo:Um empresário dispõe de uma área ampla de terra para ser cultivada e,inicialmente, não foram alocados trabalhadores para cultivar a terra. Suponha queele contrate um trabalhador para iniciar o cultivo. Certamente, a utilização dessefatorprodutivo irá render alguma produção. Por outro lado, dado que área a sercultivada é ampla, a contratação de um segundo trabalhador deverá aumentar,ainda mais, a produção.
Considere agora que esse processo de alocação de trabalhadores continueaumentando até um ponto em que, dado o limite do fator de produção fixo (terra),os acréscimos da contratação de novos trabalhadores não aumentarão a produçãona mesma proporção verificada quando da contratação dos primeirostrabalhadores. Na realidade, se a quantidade de terra está constante, os aumentosda produção dependerão do aumento da mão-de-obra que estiver sendo utilizadano cultivo. Nesse caso, a produção crescerá até o ponto em que o número detrabalhadores por área de terra tenha atingido umnível tal que a contratação demais um trabalhador comece a reduzir a produção.
IMPORTANTE
Este exemplo simples é o ponto central de uma importante lei econômica, a LEI DOS RENDIMENTOS DECRESCENTES.
“A Lei dos Rendimentos Decrescentes estabelece que, se na produção há pelomenos um fator fixo, e vamos acrescentar a ele unidades sucessivas de fatorvariável, chegará um momento a partir do qual os incrementos na produção serãocada vez menores”. (Mochón)
Produto (ou produtividade) total: é a quantidade de produto que se obtém da utilização do fator variável,mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores.
Vejamos, através de um exemplo retirado deVasconcellos & Garcia, 1999, que apresenta asinformações sobre a produção de arroz, como sãodefinidos os conceitos de Produto Total, Produtividademédia e Produtividade marginal.
É considerada como fator fixo, a terra, distribuídaem 9 faixas, cada uma com 10 alqueires. O fatorvariável é o número de trabalhadores, ou seja, a mãode-obra.
Este quadro resume de forma clara o comportamento do Produto (ouProdutividade) Total no curto prazo:
	Tabela 1 Produto Total da produção de arroz
	Terra
(fator fixo)
(alqueires)
(1)
	Mão-de
obra
(fatorvariável)
(2)
	Produto
total
(toneladas)
(3)
	Produtividade
média da mão
de-obra
(toneladas)
(4) = (3) : (2)
	Produtividade
marginal da
mão-de-obra
(toneladas)
(5) = variaçãoem (3)
variaçãoem (2)
	10 
	1 
	6 
	6,0 
	6
	10 
	2 
	14 
	7,0 
	8
	10 
	3 
	24 
	8,0 
	10
	10 
	4 
	32 
	8,0 
	8
	10 
	5 
	38 
	7,6 
	6
	10 
	6 
	42 
	7,0 
	4
	10 
	7 
	44 
	6,2 
	2
	10 
	8 
	44 
	5,4 
	0
	10 
	9 
	42 
	4,6 
	-2
Pelos dados do exemplo, o acréscimo de novos trabalhadores tem,inicialmente, um impacto crescente sobre o Produto Total, coluna 3. A partir decerto ponto, esses acréscimos à produção passam a ser decrescentes até o pontoem que a contratação do nono trabalhador reduz a produção.
Graficamente, o Produto Total (coluna 3) assume a seguinte forma:
Graf. Pg 75
Vejamos os demais conceitos:
Produto ou Produtividade média do fator (Pme), em nosso exemplo, otrabalho é a relação entre o Produto Total(PT) e a quantidade utilizada do fator, ouseja, o número de trabalhadores utilizados na produção.Matematicamente, temos:
Pme = Produto Total
Quantidade utilizada do fator*(*número de trabalhadores)
A coluna 4 indica os valores obtidos para o Produto ou Produtividade média do trabalho (Pme), Percebe-se que a Pmeé inicialmente crescente, atinge ummáximo no emprego de 4 trabalhadores e depois passa a ser decrescente.
Produto ou Produtividade marginal do fator (Pmg), em nosso exemplo, otrabalho é a variação do Produto Total derivada da variação no emprego do fator,ou seja, é a variação do Produto Total, quando ocorre uma variação na quantidadeutilizada do fator de produção. Matematicamente, temos:
Pmg = variação no Produto Total
acréscimo de uma unidade do fator* (* de mão-de-obra)
A coluna 5 indica os valores obtidos para o Produto ou Produtividade marginaldo trabalho (Pmg).
Observamos que a Pmg é inicialmente crescente, atinge
um máximo noemprego de 3 trabalhadores, antes, portanto, que produto médio, e depois passa aser decrescente.Tais relações permitem traçar o gráfico seguinte:
Graf. Pg 76
Os resultados desta análise podem ser resumidos da seguinte forma:
1) quando o Pmg é maior do que o Pme, este último é crescente.
2) quando Pmg e Pmeforem iguais, o Pme é máximo.
3) quando Pmg for menor que o Pme, este último é decrescente.
IMPORTANTE: A Produtividade média e a Produtividade marginal podem tambémser obtidas para os demais fatores, por exemplo, para o fator capital (números demáquinas utilizadas) ou para o fator terra (área cultivada).
A produção no longo prazo
No longo prazo, a hipótese é que todos os fatores de produção são variáveis.Nessa situação, a questão principal é compreender os rendimentos de escala dafunção de produção, ou seja, entender as propriedades técnicas da produção deuma firma quando as dotações dos fatores variam ao mesmo tempo.
Os rendimentos de escala refletem a resposta da quantidade produzida (produto total) quando variam as quantidades utilizadas de todos os fatores. Segundo Móchon (2006) “Escala significa o tamanho da empresa medido por sua produção”.
EXEMPLIFICANDO
Imagine o seguinte exemplo:A função de produção da empresa é dada por:
Y= 4.K.L, onde:
K = unidade de capital
L = unidades de mão-de-obra
Dada esta função de produção, considere que a empresa disponha de 6máquinas e 80 trabalhadores. Nessa situação, o volume de produção obtido seráde:
Y = 4.6.80 = 1920 unidades de produto
Suponha agora que dobrem os fatores de produção (capital e trabalho), ouseja, a empresa passe a contar com 12 trabalhadores e 100 máquinas. Nessasituação, o volume de produção obtido por A é de:
Y = 4.12.160 = 7680 unidades de produto
IMPORTANTE
Nesse caso, ao dobrar os fatores de produção, o produto obtido foimais que proporcional à variação da quantidade utilizada dos fatores de produção.
No exemplo, ao se aumentar a utilização dos fatores em 100%, o produtoquadruplicou.
Nessa situação, quando a variação dos fatores de produção causa umavariação mais que proporcional (em uma proporção maior) no produto, temosrendimentos crescentes de escala ou economias de escala. Houve, portanto,aumento na produtividade dos fatores utilizados pela empresa.
Por outro lado, se a variação na quantidade dos fatores de produçãovariou na mesma proporção que a variação do produto total, por exemplo,aumentando-se a utilização dos fatores em 25%, o produto também aumentaem 25%, temos rendimentos constantes de escala. A produtividade dosfatores utilizados pela empresa não se alterou.
Por fim, se ocorreu uma variação na quantidade produzida em proporçãomenor à variação na utilização dos fatores, ou seja, a empresa aumentou autilização de fatores em 15% e o produto aumentou 5%, temos rendimentosdecrescentes de escala ou deseconomias de escala. Isto indica que houve umaqueda na produtividade dos fatores de produção.
Finalizando, podemos sintetizar essas ideias da seguinte forma:
“A produção mostrará rendimentos de escala crescentes, decrescentes ouconstantes, conforme um incremento proporcional nos fatores provoque noproduto, respectivamente, um incremento mais que proporcional, menos queproporcional ou exatamente proporcional.” (Mochón, 2006. p 57).
CUSTOS DE PRODUÇÃO:
O objetivo principal é relacionar aquantidade física de produtos com os preços dos fatores de produção. Paraproduzir, uma empresa necessitará utilizar fatores de produção, matérias-primas(inputs), o que grande acarretará em custos. Portanto, os custos que o empresáriodeve tomar em consideração dependerão dos custos dos fatores que utilizará emseu processo de produção. Portanto, os custos são uma variável fundamental paraa empresa, pois, a partir dela, do preço dos bens e serviços vendidos e da receitaalcançada, o empresário decidirá que quantidade do bem vai produzir.
O lucro é definido como a diferença entre a receita total e ocusto total.
Minimizar custos é uma condição necessária para maximizaros lucros.
Reduzir custos permite que a empresa fixe seus preços empatamares que a habilite competir no mercado.
O custo será sempre umavariável estratégica para uma empresa.
Conhecidos os preços dos fatores, pode se determinar o custo total de produção, ou seja, os custos totais de uma empresa
refletem a sua função de produção.
AS MEDIDAS DO CUSTO:
Vejamos um exemplo retirado de Vasconcellos & Garcia – 1999.
Suponha que estas informações correspondam aos custos da produção dearroz. A partir da informação do custo total, podem-se derivar outras medidas decusto.Observemos a Tabela 2:A coluna 1 mostra a quantidade de arroz que poderia ser obtida por dia e acoluna 4, o custo total da produção de arroz.
IMPORTANTE
O custo total da produção de arroz pode ser divido em dois tipos. Osque não variam com a quantidade produzida, os custos fixos, e os que variam coma produção, os custos variáveis.
Na coluna 2 estão demonstrados os custos fixos da produção de arroz quepodem ser o aluguel da terra, que não depende da quantidade produzida de arroz,e os custos com a manutenção das instalações da sede da agroindústria ou dasmáquinas (tratores, colheitadeiras), que também independem da quantidade dearroz produzida. Estes custos são chamados na contabilidade empresarial decustos indiretos.
Na coluna 3 vemos os custos variáveis, ou seja, os que variam com aquantidade produzida. Por exemplo, os custos variáveis na produção de arrozpodem ser o salário que o gerente de produção paga aos trabalhadores (folha depagamentos) ou ainda os gastos com matérias-primas (sementes, adubos efertilizantes) que mudam com a variação da produção.
Assim, o custo total será o resultado da soma dos custos fixos e dos custosvariáveis (coluna 4):
Custo Total (CT) = Custo Fixo (CFT) + Custo Variável (CVT)
Dependendo do prazo em que as decisões são tomadas, asanálises utilizam-se da distinção entre o curto prazo e o longo prazo.
CUSTOS NO CURTO PRAZO:
No curto prazo, a suposição é que a agroindústria realize sua produçãoutilizando apenas um fator fixo, o tamanho da área utilizada para a produção dearroz, e um fator variável, a quantidade de trabalhadores (mão-de-obra). Dado queo tamanho de sua área é um fator fixo, aumentar ou diminuir a produção seráfunção da quantidade do fator variável, no caso a mão-de-obra.
CUSTOS MARGINAOS E CUSTOS MÉDIOS:
Do custo total (CT) derivam dois conceitos decusto, o custo médio (CMe) e o custo marginal (CMg).
Matematicamente, temos:
 Custo Médio (CMe) = custo total (CT) em R$ total da produção PÁG 81
EXERCÍCIOS DA UNIDADE 3:1. B2. A3. D4. A5. C6. D7 C8 E
1) O produto marginal do fator de produção variável:
Xb) é definido como sendo a variação na produção total decorrente da variação de uma unidade no fator de produção variável.
2) Supondo uma função de produção com um fator de produção fixo e um variável,pode-se afirmar que quando a produtividade média do fator variável igualar-se àprodutividade marginal:
Xa) a produtividade média desse fator estará no seu mínimo.
3) Por função de produção entende-se:
Xd) a relação entre a produção máxima de um bem, por unidade de tempo, e os fatores de produção utilizados na produção desse bem.
4) O custo total resulta da soma do(s):
Xa) custos fixos com os custos variáveis.
5) Sobre as estruturas de mercado é correto afirmar que:
Xc) no oligopólio existem poucos vendedores, enquanto no oligopsônio existem poucos compradores.
6) Entende-se por custo médio o resultado da divisão do:
Xd) custo total pela produção da empresa.
7) A maximização do lucro, em qualquer estrutura de mercado, dá-se quando:
Xc) o custo marginal é igual à receita marginal.
8) Nos gráficos abaixo está representada uma função de produção com um insumovariável. Em que ponto das curvas se iniciam os rendimentos decrescentes?
e) No ponto B
9) A Lei dos Rendimentos Decrescentes descreve a taxa de mudança na produçãode uma firma quando se varia a quantidade de
apenas um fator de produção,enquanto os demais fatores permanecem constantes. Se não fosse por essa Lei,seria possível cultivar todo o alimento do mundo em um campo de futebol. Vocêconcorda? Explique.
RESP:Não, isto não é possível. Pela lei dos rendimentos decrescentes é possíveljustificar esta afirmativa. Esta lei diz o seguinte:
“Aumentando-se a quantidade de um fator de produção variável emincrementos iguais por unidade de tempo, enquanto a quantidade dos demaisfatores se mantém fixa, a produção total aumentará, mas a partir de certo ponto osacréscimos resultantes no produto se tornarão cada vez menores. Continuando oaumento na quantidade utilizada do fator variável a produção alcançará ummáximo podendo, então, decrescer.”
Para entender melhor observe o seguinte exemplo: suponha que tenhamosuma porção de terra e desejamos abrir uma vala. Contratamos um operário e elecomeça a escavar. Se acrescentarmos um segundo, talvez os dois possam cavar avala mais eficientemente porque poderão especializar-se – um usaria a picareta e ooutro a pá e a produção aumentaria a uma taxa crescente. Poderá ainda ocorrer ummaior grau de especialização se acrescentarmos um terceiro operário e a produçãocontinuará a aumentar a uma taxa crescente. Entretanto, se acrescentarmos algunsoperários a mais, a produção poderá até aumentar, mas o fará a uma taxadecrescente, pois os operários atrapalharão uns aos outros. Assim, contratando mais operários chegaríamos a um ponto em que a produção cairia porque elesestariam tão próximos que não seriam capazes de cavar ao mesmo tempo e a produção seria nula.
	
10) A produção de uma empresa é dada por “q” e seu custo fixo é de R$15,00 pormês. Quanto aos custos variáveis, eles são de R$3,00, R$ 4,00, R$ 6,00, R$ 9,00, R$14,00, R$ 24,00, R$ 39,00 e R$ 70,00, respectivamente, da primeira a oitava unidadeproduzida.
a) Preencha a tabela abaixo e calcule os demais custos da empresa.
b) De acordo com os dados obtidos, responda:b1) O que acontece com o custo fixo quando a produção aumenta?b2) O que o custo médio mede?
10 a)
	q 
	CF 
	CV 
	CT 
	CFMe 
	CVMe 
	CMe 
	CMg
	R$ 
	R$ 
	R$ 
	R$ 
	R$ 
	R$ 
	R$
	
	0 
	15,00 
	0,00 
	15,00
	- 
	- 
	- 
	-
	1 
	15,00 
	3,00 
	18,00
	15,00 
	3,00 
	18,00 
	3,00
	2 
	15,00 
	4,00 
	19,00
	7,50 
	2,00 
	9,50 
	1,00
	3 
	15,00 
	6,00 
	21,00
	5,00 
	2,00 
	7,00 
	2,00
	4 
	15,00 
	9,00 
	24,00
	3,75 
	2,25 
	6,00 
	3,00
	5 
	15,00 
	14,00 
	29,00
	3,00 
	2,80 
	5,80 
	5,00
	6 
	15,00 
	24,00 
	39,00
	2,50 
	4,00 
	6,50 
	10,00
	7 
	15,00 
	39,00 
	54,00
	2,14 
	5,57 
	7,71 
	15,00
	8 
	15,00 
	70,00 
	85,00
	1,88 
	8,75 
	10,63 
	31,00
b) b1)Ele se mantém constante
b2) O custo médio ou custo total médio (CMe) mede a relação entre o custo totalde produção (CT) e a quantidade produzida do bem em questão.Representa, portanto, o custo que a empresa tem por unidade produzida,também chamado de custo unitário.
UNIDADE 4 – USO DA ECONOMIA PARA ANÁLISE DO CONTEXTO DE DECISÃO EMPRESARIAL – CONCEITOS BÁSICOS DA MACROECONOMIA ATÉ A 144
GESTÃO MACROECONÔMICA – FINALIDADES E MEIOS
INDICADORES MACROECONÔMICOS(medidas que fornecem dados sobre o desempenho de variáveis)– Baixas taxas decrescimento do PIB, desemprego, desequilíbrios nascontas externas, inflação.
OS OBJETIVOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA
Crescimento Econômico–Volume debens e serviços para atender às necessidades e aos desejos da população. Quanto maiores forem os
níveis de produção e quanto maiores forem às taxas de crescimento, maior será asatisfação social.É o crescimento darenda nacional per capita.
RENDA PER CAPITA. Indicador que ajuda a saber o grau de desenvolvimento de um país. Consiste na divisão da renda nacional (ou produto nacional) pela sua população.A renda per capita é oindicador mais usado para se avaliar a melhoria dopadrão de vida da população.
Alto Nível de Emprego – Trata-se de reduzir osníveis de desemprego da sociedade com políticas que promovam adiminuição das taxas de desemprego do fatortrabalho. Esta taxa é a diferença relativa entre aquantidade de pessoas que estão trabalhando (forçade trabalho empregada) e aquelas que fazem parte docontingente populacional apto para ocupar asatividades econômicas, a PEA.
PEA: significa População Economicamente Ativa. É composta pelas pessoas empregadas, pelos desempregados e por um segundo grupo de desempregados que estão dispostos a trabalhar em condições específicas, mas que não estão buscando o trabalho.
O IBGE utiliza dois conceitos em suas pesquisassobre o mercado de trabalho no Brasil: população ativa em idade ativa (populaçãode 10 anos ou mais de idade) e população economicamente ativa que correspondeao contingente da população de 10 anos ou mais de idade que tinha ou estavaprocurando algum trabalho.
Estabilidade de Preços – O terceiro objetivo tem a ver com a manutenção dos preços estáveis, ou seja,mudanças contínuas e generalizadas no nível geral de preços sinalizamdesequilíbrios macroecômicos que devem ser corrigidos. A este movimento se dá onome de inflação. A inflação acarreta distorções, principalmente, sobre adistribuição da renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre obalanço de pagamentos.
O IBGE é responsável pelo Sistema Nacional de Preços ao Consumidor – SNIPC,que efetua a produção contínua e sistemática de índices de preços ao consumidor– o INPC e o IPCA.
Distribuição de Renda – O quarto objetivo diz respeito à questão da distribuição de renda nasociedade. Trata-se de cuidar da repartição da renda entre os indivíduos e famílias.
Segundo o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), “O Brasil ocupa uma posiçãoextremamente desfavorável no conjunto dos paísesquanto à distribuição de renda. Apesar de se situar entre os países de renda per capita média, todos os indicadores apontam para uma enorme desigualdade de sua distribuição. Em função disso, pode-se dizer que o Brasil não é um país pobre, mas um país de muitos pobres. Assim, a desigualdade pode ser consideradao principal problema do país.
Regiões nordeste e norte, da população negra e daquela rural:considerando oBrasil como um conjunto, a redução da pobreza e da desigualdade nos anosrecentes se deveu, principalmente, aos ganhos de rendimento constatados emmeio à população mais pobre”. Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas – IPEA- Radar Social 2006.
As decisões sobre políticas macroeconômicas também costumam traçaroutros objetivos com relação à elevação da taxa de câmbio, do déficit externo, dodéficit público, da taxa de juros, entre tantos outros.
O principal problema que uma nação enfrenta no momento que decideimplementar políticas macroeconômicas são as contradições entre os diferentesobjetivos que pretende alcançar.
Teoricamente, não há incompatibilidade entre aumentar a produção e os objetivos em relação à manutenção e ao aumento do nível de emprego porqueestes são objetivos macroeconômicos inter-relacionados.
Sem competitividade, as empresas não conseguem manter seus padrõesde produção e, consequentemente, manter os empregos que gerou e, para seremcompetitivas, devem tornar seu processo de produção mais eficiente, o que, emgrande parte, significa substituir o fator de produção que trabalha por novos recursostecnológicos.
INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MACROECONÔMICA:
Para viabilizar os objetivos acima, o governo, que é o responsável pela política macroeconômica, estará interessado em alcançar o crescimento da produção e o pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa de renda.Para viabilizar estas metas, o governo utiliza instrumentos da política macroeconômica, ou seja, variáveis por ele controladas e que podem influir em um ou mais daqueles objetivos. Os principais são os seguintes:
Política Fiscal – Diz respeito a todos os meios que o governo dispõe para controlar seuorçamento, ou seja, controle de suas receitas fiscais, a arrecadação de tributos(política tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos).
Assim, as decisões do governo sobre 1quanto gastar (gasto público),
sobre 2quanto tributar e ainda sobre que 3agentes econômicos e que tipos de transações os impostos incidirão, compõem os instrumentos fiscais que influirão sobre o desempenho da economia.
Os impostosafetam a economia de duas formas. De um lado, tem um efeito contracionista, ouseja, reduzem a renda dos indivíduos e, consequentemente, influenciam noconsumo (compra dos bens e serviços) e na poupança privada. 
Política Monetária – É a ação do governo com relação ao controle sobre a oferta de moeda, ou seja, a quantidade demoeda disponível, que define a liquidez da economiae as taxas de juros. O controle da moeda também éinfluenciado pelo controle das operações de crédito,que também influenciam a liquidez e os juros. Ostítulos públicos são também instrumentos quecomplementam a utilização de mecanismosmonetários que visem a diminuição do estoque monetário da economia.
Liquidez : conceito econômico que considera a facilidade com que um ativo pode ser convertido no meio de troca da economia. A moeda é considerada como o ativo mais líquido.
Políticas Cambial e Comercial – São instrumentos vinculados às transações da economia com o exterior, ouseja, com o setor externo da economia. A política cambial refere-se à atuação do governo no mercado de câmbio, ou seja, o governo, através do Banco Central, fixaa taxa de câmbio, o que se chama de regime de taxas fixas de câmbio, ou permite que ela seja flexível e determinada pela oferta e demanda de divisas (mercado de divisas), o chamado regime de taxas flutuantes de câmbio.
A política comercial diz respeito aos mecanismos de atuação nas relações comerciais do país com oexterior, o governo utiliza instrumentos deincentivo às exportações e/ou estímulo e desestímuloàs importações.Com relação às exportações, referem-se aos estímulos fiscaisao crédito prêmio do ICMS edo IPI e aos estímulos creditícios, por exemplo, créditosa taxas de juros subsidiadas (reduzidas). Com relaçãoao controle das importações, dizem respeito àutilização de barreiras tarifárias e não-tarifárias.
Política de rendas – Conjunto de medidas que afetam os preços dos diversos fatores de produção, os salários e as demais remunerações de fatores de produção.Assim, a denominação política de rendas é justificada pelos tipos de intervençõesmais utilizadas, como os controles diretos sobre os preços, os controles sobre ossalários e demais fatores de produção.
Alguns tipos de controle podem serinstituídos dentro do âmbito das políticas monetária, fiscal ou cambial como, porexemplo, o controle das taxas de juros e da taxa de câmbio. Por outro lado, oscontroles sobre salários e preços são instituídos em âmbito próprio, ou seja, noâmbito da política de rendas.
ESTRUTURA DE ANÁLISE MACROECONÔMICA:
A economia como se ela fosse constituída por cinco mercados, em que as variáveis ou osagregados macroeconômicos são determinados pelo encontro da oferta e da demanda.
Mercado de Bens e Serviços – Condição de equilíbrio desse mercado:OFERTA AGREGADA DE BENS E SERVIÇOS = DEMANDA AGREGADA DE BENS ESERVIÇOS.
Nesse mercado é determinado o nível de produção total e o nível geral de preços. Essa produção total representa a agregação de todos os bens e serviços produzidos pela economia, ou seja, o nível de produção agregada. A ideia é amesma com relação aos preços, ou seja, o chamado nível geral de preços.
As ideias básicas contidas na análise desse mercado são as seguintes:
A demanda e a oferta agregadas de bens e serviços irão determinar onível de produção agregada e o nível de preços;
A demanda agregada depende primordialmente da evoluçãoprocura dos consumidores, das empresas, do governo e do setorexterno (os agentes macroeconômicos).
A oferta, que em realidade corresponde à produção agregada,depende do comportamento do emprego, ou seja, de quantidade demão-de-obra ocupada e da capacidade instalada na economia.
Mercado Monetário – Condição de equilíbrio desse mercado:OFERTA DE MOEDA = DEMANDA DE MOEDA
A demanda de moeda decorre da necessidade de moeda (necessidade de liquidez) dos agenteseconômicos para realizar suas transações. A oferta de moeda é o suprimento demoeda para atender às necessidades, sendo determinada pelas autoridades monetárias (Banco Central) e pela atuação dos bancos comerciais.Pela interação entre a demanda e a oferta de moeda é determinada a taxa de juros.
Mercado de Trabalho – Condição de equilíbrio desse mercado:OFERTA DE MÃO-DE-OBRA = DEMANDA DE MÃO-DE-OBRA
É o mercado em que se realizam as compras e as vendas deserviços da mão-de-obra e é determinado o nível de emprego.Não leva em
consideração as características individuais de cada tipo de mão-de-obra, bemcomo de cada tipo de trabalho, ou seja, considera um único tipo de mão-de-obra. Oequilíbrio de mercado passa pelo entendimento dademanda (procura) e da oferta, nesse caso específico, da mão-de-obra:
A demanda ou procura de mão-de-obra depende da taxa de salário,que é custo da mão-de-obra para as empresas, edo nível de produção que as empresa pretendem alcançar;
A oferta de mão-de-obra depende do salário real, que é o custo dacesta básica de consumo para os trabalhadores e da evolução da população economicamente ativa.
Mercado de Títulos – Condição de equilíbrio desse mercado:OFERTA DE TÍTULOS = DEMANDA DE TÍTULOS
Nas economias existem agentes econômicossuperavitários(possuem nível de renda superior aos seus gastos)e agentes deficitários(possuem nível de gastos superior ao de renda). Assim, éidealizado um mercado no qual os agentessuperavitários emprestam para os deficitários, ou seja,o mercado de títulos. Existe uma série de títulos quefazem essa função, por exemplo, ações, títulos do governo, debêntures e outros.
Mercado de Divisas– Condição de equilíbrio desse mercado:OFERTA DE DIVISAS = DEMANDA DE DIVISAS
Em função das transações que uma economia mantém com o resto do mundo,existem mercados de divisas ou de moeda estrangeira. A oferta de divisas depende do volume das exportações e da entrada de capitais financeiros, ou seja, são osexportadores e as firmas que obtiveram empréstimos em moeda estrangeira quenecessitam converter os recursos recebidos em reais que atuam na oferta dedivisas. A demanda de divisas é determinada pelo volume de importações e pelas saídas de capital financeiro, ou seja, são os importadores e os devedores em moedaestrangeira que precisam de divisas para saldar seus compromissos com o mercadoexterno que atuam na oferta de divisas.
A variável determinada nesse mercado é a taxa de câmbio, que éprecisamente o preço de uma moeda em relação à outra, ou seja, é o preço da divisa em termos da moeda nacional.
O objetivo da análise macroeconômicaé estudar como se determinam e se comportam os grandes agregados, quais sejam, nível de preços e de produto, taxa de salários e nível de emprego, taxa de juros e quantidade de moeda, preço e quantidade de títulos, taxa de câmbio e quantidade de divisas. 
A finalidade é analisar os elementos que determinam o nível de produção, deemprego e o de preços em um país.
As políticas macroeconômicas pretendem estabelecer o equilíbrio da renda edo produto nacional.
RENDA, PRODUTO E DEMANDA AGREGADA:PG 110
No mercado de bens e serviços temos a formação dos agregadosmacroeconômicos. A remuneração paga pelas empresas às famílias pela utilização
dos fatores de produção (o fluxo monetário entre as famílias e as empresas) é aformação da Renda Nacional. 
As empresas combinam estes fatores para realizarsua produção e os transformam em bens e serviços e os ofertam às famílias, aOferta Agregada ou Produto Nacional. É com esta Renda recebida que as famíliasdemandam os bens e serviços produzidos que vão constituir a DemandaAgregada.
Sintetizando, tudo que é produzido, o Produto Nacional, se transforma emremuneração dos fatores de produção, a Renda Nacional, que é utilizada noconsumo de bens e serviços, a Demanda Agregada.
Sintetizando, a Renda é o somatório dos salários, juros, royalties, lucros ealuguéis (um fluxo de pagamentos dos fatores de produção). Essa renda recebidapela utilização dos fatores de

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