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UNIP - Macroeconomia Aplicada Resumo Conclusão

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UNIVERSIDADE PAULISTA
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO
CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
CAMPUS CHÁCARA SANTO ANTÔNIO
TRABALHO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA - MACROECONOMIA APLICADA
PEDRO RODRIGUES BENTO - C765GA1
SÃO PAULO
2020
Pedro Rodrigues Bento - C765GA1
TRABALHO DE CONCLUSÃO DA DISCIPLINA
DISCIPLINA - MACROECONOMIA APLICADA
Trabalho de Conclusão da Disciplina de Macroeconomia Aplicada apresentada como exigência para a avaliação no curso de Ciências Econômicas da Universidade Paulista sob orientação do coordenador do curso.
Orientador: Prof. Marcos Paulo de Oliveira
SÃO PAULO
2020
SUMÁRIO
1.Introdução 											4
2.Curva de Phillips										6
2.1.Mudanças na Curva									6
2.2.Taxa Natural de Desemprego								8
2.3.A Curva e a Alta Inflação								8
3.Política Monetária										10
3.1.Regime de Metas									10
3.2.Inflação Ótima										13
3.3.Monetarismo e Estabilidade								16
4.Política Fiscal										18
4.1.Restrição Orçamentária								18
4.2.Equivalência Ricardiana								21
4.3.Défitics e Estabilização									22
4.4.Déficits da Guerra									23
4.5.Dívidas altas e os Riscos								24
5.Mercado de Trabalho									27
5.1.Salários											27
5.2.Flutuação do Desemprego								28
5.3.Determinação de Preços								29
6.Considerações Finais									31
7.Referências										32
1.INTRODUÇÃO
	Este trabalho tem como foco tratar de alguns dos principais assuntos de macroeconomia, busquei abordar a curva de Phillips que é um dos principais mecanismos para entender algumas relações econômicas, atualmente a curva é utilizada com algumas ressalvas e mudanças desde a primeira análise, busquei tratar os assuntos no entorno da curva para que o primeiro assunto fosse bem abrangente e profundo.
	Em segundo lugar busquei falar sobre tipos de políticas que inicialmente e de acordo com muitos economistas são antagônicas, as política monetárias e fiscais.
Tratando inicialmente da política monetária o trabalho abordará em sua apresentação, como é seu comportamento e seus pilares, o primeiro tema trata-se do regime de metas o qual é muito importante na política monetária para visar o crescimento econômico em si 
Então tentando trazer uma contra idéia abordei a política fiscal foi tratada partindo de como ela deve ser abordada e seus pilares, seus assuntos foram a restrição orçamentária, que trata de como o governo deve analisar os déficits criados, e como, de acordo com a política fiscal, os mesmos podem liquidar as dívidas, posteriormente foi tratada a equivalência ricardiana a qual traz uma forte indagação sobre a política a qual deve ser levada em consideração, o argumento trata de mostrar como o déficit sería anulado nos anos subsequentes de forma simples, porém a mesma traz algumas ressalvas importantes.
O quarto assunto abordado foram os déficits pós guerra, o que trás uma forte questão dos períodos os quais as economias estão voltadas primeiramente para salvar a nação e não se intimidam muito com os déficits criados no período, esse é um ponto chave para entender como os déficits são criados, muitas vezes não apenas em questões como guerras mas também em momentos de pandemia como o que é vivido atualmente.
Para finalizar o tema, busquei falar sobre as altas dívidas e como elas podem gerar um ciclo vicioso em uma economia, ou seja o lado que pode trazer malefícios da política fiscal.
Como último tema entendi que deveria abordar um assunto que se passa ao entorno destas discussões que é o Mercado de Trabalho, trazendo algumas discussões sobre salários e como eles são determinados, a flutuação do desemprego e mostrando como ele não depende de como o país está se saindo em questão de produção, onde mesmo com o crescimento do PIB temos quedas grandes e flutuações e por fim as determinações de preços pelas empresas, como elas realizam essa determinação.
2.CURVA DE PHILLIPS
	Curva de Phillips é um diagrama, criado pelo economista neozelandês William Phillips, a curva relaciona duas importantes taxas para os estudos macroeconômicos, inflação e desemprego. Phillips conseguir enxergar uma relação entre as duas taxas onde as mesmas possuem uma relação negativa.
	Até os anos 70 a curva de Phillips fez parte de muitas análises macroeconômicas, países ainda tomam decisões baseados na mesma, um país pode optar por uma taxa de desemprego alta a fim de ter uma inflação baixa ou até mesmo com estabilidade no nível de preços, ou até tolerar uma inflação mais alta e ter uma taxa de desemprego baixa.
	A curva teve de ser adaptada após um estudo nos Estados Unidos onde se tinha alta taxa de desemprego assim como alta inflação.
2.1.MUDANÇAS NA CURVA 
	
	Em um primeiro momento, quando a curva foi descrita por Solow e Samuelson, tratava-se a inflação como um evento anual isolado, ou seja a variação de uma ano, mesmo que igual ao ano passado não tinha correlação anualmente, ou seja assumia-se que todos os anos a inflação seria igual ou próxima à igualdade, sendo assim temos a equação abaixo.
	Onde, é igual a inflação esperada, representa desemprego do ano corrente, representa o markup de vendas e representa qualquer outro fator que possa afetar a fixação de preços. Diante desta equação pode-se ver a relação de negatividade entre a inflação e o desemprego.
	Diante deste atraente trade-off muitos países passaram a estudar como buscar uma menor taxa de desemprego e da mesma forma agregando a uma inflação que poderia ser um pouco maior, neste caso os fins justificam os meios.
	Durante os anos 60 os estados tentou gradualmente seguir essa teoria e gradualmente ela foi reduzindo as taxas de desemprego e em paralelo aumentou a inflação, porém após o início dos anos 70 essa teoria passou a não funcionar, isso se deu pelo funcionamento da inflação no sistema, a inflação alta passou a se repetir ano anos seguidos, ou seja a inflação passou conservar seu aumento, em conjunto com as expectativas dos agentes e isto fez com que a correlação entre inflação e desemprego fosse alterada. Desta forma a equação passou a ser representada da seguinte forma.
	
	Essa equação passa a representar a expectativa da inflação do ano seguinte, onde o constante passa a ter peso 1-0 e t-1 passa a ter peso 0, desta forma 0 passa a ser um dos fatores de maior influência nessa equação, pois as expectativas de inflação do ano seguinte serão ajustadas de acordo com o valor atribuído a 0.
	Em períodos anteriores 0 era realmente muito próximo a zero, fazendo com que a primeira equação onde esperado seria igual ao constante, ou de acordo com a equação apresentada eles entendiam que 0 seria igual à 1 fazendo com que ela fosse constante, porém após os anos 70 a inflação se tornou mais insistente.
Enquanto 0 for adotado como 0 nesta equação ela permanecerá assim:
 
	Quando adota-se 0 volta-se para equação inicial de Phillips, ou seja a inflação será constante, porém a partir do momento em que adotamos o zero sendo igual à 1 o desemprego passa a não fazer mais efeito à taxa de inflação e sim à sua variação.
	Sendo assim a curva de Phillips mudou durante por conta das expectativas criadas, essa mudança fez com que a relação entre as taxas se tornassem bem mais distante.
2.2.TAXA NATURAL DE DESEMPREGO E A CURVA
	A curva de Phillips possui muita relação com a taxa natural de desemprego, porém quando a curva foi formulada não tinha relação para com a taxa, isso é seria tolerável uma taxa de desemprego baixa em troca de inflação um pouco mais alta, porém durante os anos 60 com a chegados dos Chicago boys os mesmos passaram a discutir o trade-off existente, pois o mesmo só teria razão caso os empregadores sempre levassem em consideração uma inflação mais baixa do que o esperado, porém esse erro não aconteceria de forma repetida, além disso o governo poderia optar por manter a inflação alta o bastante para que a taxa de desemprego fosse controlada, porém da mesma forma teria problemas pois existe essa taxa não conseguiria ser mantida e por isso se chegou a taxa naturalde desemprego.
	Quando o nível de preços esperado e o efetivo forem iguais os mesmos representarão a taxa de desemprego natural, desta forma pode-se expressar pela seguinte equação.
	Onde representa o desemprego, primeiro efetivo depois a taxa natural, e desta forma é criado um novo meio de se entender a curva de Phillips. A partir desta teoria a taxa natural de desemprego passa a ser algo importante e tem total relação com a taxa de inflação onde para a mesma se manter constante ela precisa de uma taxa natural de desemprego. Desta forma ela passou a ser conhecida como NAIRU que significa taxa de desemprego não aceleradora da inflação.
Por fim vale ressaltar que cada país tem uma relação diferente entre inflação e desemprego, então essa teoria precisa ser muito bem analisada para que a mesma esteja de acordo com os fatores do país em questão.
2.3.A CURVA E A ALTA INFLAÇÃO
	
	Como foi falado anteriormente basicamente a curva de Phillips deve ser muito ressaltada em momentos de grande inflação, em países onde a inflação tende a seguir sempre um movimento inercial isso se mostra mais verdadeiro.
	Este tipo de expectativa atrelada à inflação atinge principalmente os salários e os empregadores onde não se consegue definir os salários e os regimes de contratação e desta forma afetando a curva de Phillips, tornando ela passível de grandes erros.
	
3.POLÍTICA MONETÁRIA
	
	Primeiramente a política monetária tem como objetivo primordial manter os preços estáveis, ou seja manter a inflação controlada e para conseguir atingir esse objetivo deve-se ter algumas regras para a taxa básica de juros para que tanto a inflação quanto as atividades econômicas tenham liberdade.
Até o momento da grande recessão a política monetária funcionou bem, os países que desfrutavam deste tipo de política tinham resultados bons, a inflação tendia a permanecer baixa, graças ao controle feito na taxa de juros, porém com a Grande Depressão, viram algumas indagações sobre a armadilha da liquidez, ou seja a taxa de juros ficou muito baixa, muito próxima de zero fazendo com que a mesma não pudesse ser utilizada para elevar as movimentações econômicas. Algumas questões foram levantadas, como por exemplo, quando a taxa de juros se encontra em zero é possível utilizar ela para gerar atividade econômico e, caso não, existe uma forma da taxa não se aproximar tanto de zero para que não caia na armadilha da liquidez.
3.1.REGIME DE METAS
	
	Como foi dito anteriormente muitos países desfrutavam das políticas monetária para reger o seu crescimento, isso era feito por meio de um sistema de metas as quais deveriam ser seguidas ou terem leves desvios para que se chegasse ao objetivo que seria o crescimento econômico. Basicamente as metas funcionavam da seguinte forma, se tiver uma meta de crescimento baixo para a moeda poderia-se esperar uma média de inflação baixa, porém como dito anteriormente esse tipo de abordagem não funciona em períodos de crise, esse tipo de abordagem funciona bem no curto prazo, a mesma chegou até a se mostrar ineficaz no médio prazo, pois a relação entre inflação e moeda se mostrou um tanto quanto distante, isso porque a taxa tem relação direta com o IPC (índice de preços ao consumidor). A relação entre M1 e inflação não possuem relação no curto prazo apenas no médio prazo, excluindo períodos de crise.
	Em resumo aplicar metas de acordo com o crescimento nominal da moeda não se mostra uma boa idéia, muito por conta da relação fraca entre M1 e inflação, principalmente no curto prazo e possuindo uma relação razoável apenas no médio prazo, sendo assim existe outro meio de metas, as metas inflacionárias.
	As metas de inflação foram criadas visando o melhor funcionamento da política monetária, visto que já que a intenção do Banco Central é manter um nível baixo e controlado de inflação porque não manter metas para a mesma ao invés de criar-se metas para o crescimento da moeda. Assim foi feito, o Banco central passou a focar apenas nas metas de inflação e usufruíram da taxa básica de juros para alcançar as metas.
	Retornando a curva de Phillips e sua equação básica, temos o seguinte:
	Mas visando as metas de inflação teremos uma equação diferente, pois como existe uma meta preestabelecida e supondo que o Banco Central irá atingir a meta visto que o mesmo é confiável passamos a seguinte equação:
	
	Onde * será igual a t , ou seja a taxa alcançada será igual à expectativa e dessa forma a taxa de desemprego natural permanece estável assim como o produto atinge seu potencial.
	Observando a curva de Phillips pode-se ver que tanto no médio como no curto prazo a inflação pode se manter estável já e assim realizar a manutenção do desemprego, até mesmo se for observada pela ótica do produto e não observasse a inflação, o que de fato não ocorre, ainda sim esse tipo de metodologia funcionaria, esse acontecido foi apelidado de coincidência divina.
Mas é importante ressaltar que como foi afirmado no tema 2.1 a curva de Phillips não é um método confiável e por vezes não exato, se caso o Banco Central não conseguir cumprir com a meta de inflação, sendo assim caso a inflação ultrapassasse a meta o produto não atingiria seu potencial, nesse caso o Banco Central teria que tomar medidas e elas implicaram em alguns possíveis cenários, adotar uma política monetária mais restritiva e tornar como foco a baixa inflação ou passa a se concentrar no aumento do produto e adota uma política de expansão monetária.
Atualmente todos os Bancos Centrais adotam um regime de metas de inflação mais flexíveis, com isso eles passam a utilizar a taxa básica de juros para ajustar a inflação ao invés de tentar realizar isso de forma imediata, dessa forma a taxa volta ao esperado ao longo do tempo.
A taxa de juros está totalmente sob a jurisdição do Banco Central, muito diferente da taxa de inflação, a taxa de juros pode trazer a inflação novamente para os trilhos quando a mesma passa a se desviar, nestes casos quando a inflação passa a estar acima da meta, tomar a ação de aumentar os juros faz com que ela seja reduzida, caso ela esteja abaixo do esperado reduzir a taxa de juros faz com que a inflação suba.
A partir disto John Taylor formou a Regra de Taylor.
Onde representa a inflação esperada e * a expectativa da inflação, representa a taxa de juros controlada pelo BC e * será a meta da taxa de juros nominal, significa desemprego e seria a taxa de desemprego nominal, e seriam dois coeficientes positivos utilizados pelo BC.
Assim sendo a regra diz que caso a meta de inflação for igual a expectativa, ou seja =* e o desemprego for igual da mesma forma, =, para que a economia continue seguindo em igualdade o BC apenas terá que aplicar =*, ou seja taxa nominal terá que ser igual a meta.
Agora em um momento onde é maior que *, ou seja taxa nominal maior que a meta, a ação a ser tomada é >* isso fará com que a taxa de desemprego aumente e posteriormente essa ação fará com que a inflação seja reduzida, é importante ressaltar que neste caso deve representar um valor de importância da inflação nesta economia pois esse coeficiente ditará o valor a ser adotado para a taxa de juros, este coeficiente deve ser sempre maior que um para que reflita na taxa nominal pois neste caso ela é mais importante que a taxa real, a taxa nominal deve ter uma relação diferente de 1 para 1 para com a inflação.
	Por fim para manter a taxa de desemprego próxima à taxa natural em um momento onde a economia atravessa uma taxa natural de desemprego onde >o BC precisará baixar a taxa nominal de juros para que o desemprego seja diminuído, neste caso o coeficiente passará a representar o valor dado ao desemprego nesta economia, e o quanto o BC quer se aproximar da taxa natural de desemprego.
3.2.INFLAÇÃO ÓTIMA
Uma inflação controlada é um dos principais alicerces para o bom funcionamento de uma economia, atualmente os países desenvolvidos buscam entender se existe uma taxa de inflação ideal, atualmente existem algumas análises sobre o assunto e os custos que podemacarretar a economia administrar uma inflação que fiquei entre 0 e 4%.
	Desta forma uma inflação muito alta pode levar ao conhecido custo de sola de sapato, para entender esse tipo de custo é importante entender a situação, com a inflação alta a taxa de juros nominal também é igualmente alta, desta forma custa mais aos agentes guardarem dinheiro, sendo assim eles terão que ir até o banco para sacar esse dinheiro que possuem em conta, o custo de sola de sapata está no implícito no ir e voltar do banco, quanto mais alta a inflação maior será o custo, da mesma forma que quanto menor esse custo se torna igualmente menor e os agentes passam a não ir tanto ao banco, pois não se perde dinheiro o deixando no banco.
	O segundo custo importante para inflações muito elevadas é o da distorção tributária, ele se dá a partir do momento que se faz um investimento de longo prazo, quanto maior a taxa de inflação aplicada no período do investimento o imposto pago sobre esse investimento será maior.
	Exemplificando:
	Uma casa comprada em 2010 a qual teve o valor de R$50.000,00 e em 2020 a mesma casa será vendida pelo valor de R$50.000,00(1+%)¹º e o imposto sobre os ganhos arrecadados nesta venda for de 30% a equação para a venda da casa será :
	Neste caso pode-se ver que o ganho se torna zero, ainda sim se a inflação for igual a 4% ainda se pagará um alto valor referente à alíquota de imposto.
	Pode-se dizer que este na verdade é um problema da construção do sistema de tributação, porém de qualquer forma ele está atrelado ao problema com a alta taxa de inflação praticada.
	Outro custo importante da inflação é a ilusão monetária, a qual se dá pelo erro dos agentes econômicos em realizar os cálculos em um momento em que a taxa da inflação se encontra alto, os agentes não se atentam as taxas de juros, nominal e real e isso faz com que os cálculos para entender se houve um crescimento real em sua renda, as pessoas tendem a achar este um cálculo difícil de ser feito, sendo assim não o fazem ou realizam de forma errada. Isso pode acarretar em um cálculo errado de um aumento ou em um investimento errado.
	Por fim temos a variabilidade da inflação, esse custo faz com que ativos que em geral pagariam fixamente valores nominais no futuro passem a ser dados como incertos, ganham um risco maior de não se concretizarem.
	Para exemplificar, investe-se R$ 10.000,00 contando com uma baixa inflação no período porém a mesma foi alta durante todo este período de 10 anos que passaram, neste caso a pessoa que poupou este dinheiro terá problemas no futuro pois com a inflação o dinheiro dessa pessoa passa valer menos do que o esperado, entretanto para a pessoa que conta com uma inflação alta durante o período e ela não se concretiza a mesma terá uma vida confortável.
	Pode-se ver que nesse e nos outros caso uma inflação alta acarreta problemas no sistema econômico inteiro, afetando todos os agentes de diversas formas, mas existe um ponto, a inflação também é algo importante para o bom funcionamento da economia e existem alguns benefícios da mesma, entre eles a ilusão monetária paradoxal, outro ponto é a senhoriagem e por fim a prática de taxas de juros reais negativas.
	Ilusão monetária paradoxal, em uma economia com a inflação positiva de 4% e o agente recebe um aumento salarial de 1% e ao passar de um ano a inflação se encontra em 0% e o salário deste mesmo agente seja reduzido em 3% nos dois exemplos existe uma redução real de 3% no salário do indivíduo nas duas situações, porém apenas na primeira situação a “redução” é mais facilmente aceita, isso se torna um argumento relevante, visto que muitos trabalhadores sofrerão reduções em seus salários.
	Por fim as taxas de juros reais negativas é o mais importante dos argumentos para uma economia não adotar 0% de inflação, neste caso exemplificar é de certa forma de mais fácil compreensão.
	Existem duas economias, uma que adota a uma inflação média de 5% ao ano e uma taxa de juros de 2%, desta forma a taxa nominal de juros vai ser de aproximadamente 7% ao ano e temos uma segunda economia a qual temos 0% de inflação e 2% de juros da taxa básica, sendo assim totalizando 2% de taxa nominal, para as duas economias as coisas correm bem, porém se tivermos um pequeno choque econômico o qual atinge as duas de forma igual a segunda economia tem maior probabilidade de cair na armadilha da liquidez, visto que ela tem apenas 2% de taxa nominal para reduzir e isso pode não ser o suficiente para que os gastos aumentem, em contrapartida na primeira economia temos o seguinte cenário, a mesma pode baixar sua taxa básica até -4% e desta forma ter quase que com certeza uma forte aumento nos gastos e fazendo com que a economia volte ao trilho.
	Então para resumir a adoção de uma inflação anual média é algo bom para que uma economia que se utiliza de medida monetária e a melhor opção para que um choque qualquer não afete o sistema como um todo.
	Depois de abordar os fatores negativos e positivos sobre a inflação, pode-se seguir para a pergunta final deste assunto que é, existe uma taxa de inflação a qual é ideal ou de alguma forma que funcione em todos os cenários ?
	Atualmente os economistas discutem qual seria a inflação ideal e para muitos o ideal é ela ser igual a 0%, seu principal argumento é a não alteração dos preços, o que já se torna um argumento muito forte, a manutenção dos preços por muito tempo seria algo bom e evita o surgimento de algo já discutido anteriormente que é a ilusão monetária, existem outros economistas que sugerem uma taxa de 4% e como justificativa tentam contrapor a ideia de uma taxa 0% por conta do risco da armadilha da liquidez, e para que não corra esse risco seria interessante adotar essa taxa.
	Atualmente os BCs costumam adotar como meta uma taxa em torno de 2% pois ainda é uma taxa positiva e não alta, assim tendem a escapar mais facilmente da armadilha da liquidez e em paralelo a inflação não chega a valores muito altos.
3.3.MONETARISMO E ESTABILIDADE
	Os Bancos Centrais costumam sempre buscar a saúde econômica, ou seja perseguem a estabilidade para que os choques externos e até os internos possam ser facilmente absorvidos e não causem estragos.
	Um grande empecilho atualmente são os bancos que em geral possuem passivos muito altos e muitas vezes ilíquidos, como por exemplo os empréstimos e em contrapartida existem os saques que por um boato com poucos fundamentos mas que venha a atingir diversas pessoas uma instituição possa fazer com que uma banco com muitos anos de fundação venha a bancarrota.
	Muitos Bancos Centrais passaram a criar dispositivos para que isso não aconteça e dessa forma se assegurar, como por exemplo fundos como o FGC (Fundo Garantidor de Crédito) foram criados para evitar que as e pessoas fossem aos bancos para sacar seu dinheiro, por outro lado, mesmo que a corrida aos bancos não seja evitada os muitos BCs ainda se utilizam por serem um emprestador para esses bancos, desta forma quando os mesmos correrem o risco de quebrar o Banco Central tende a evitar que isso ocorra.
	Muitos bancos e instituições financeiras tendem a manter seus passivos descobertos, para terem maior lucratividade, porém essa não é uma forma correta de atuar. Como foi visto durante a crise de 2008 muitos bancos e instituições foram à falência por conta deste fator.
	Em 2008 muitos bancos foram à falência por conta de fatores, ações do governo poderiam ter sido tomadas antes que tudo que foi visto tivesse acontecido, inicialmente não souberam discernir se havia realmente uma bolha ou se eram apenas um aumento nas vendas proveniente da baixa taxa de juros, posteriormente houve um erro ainda maior, por receio de desacelerar toda a economia os economistas optaram por não aumentarem a taxa de juros, o que causaria uma desaceleração na venda dos imóveis, então houve uma terceiro erro que quando constatada a bolha e a mesma estando próxima de estourar os mesmos pensaram que poderiam dar conta dos efeitos apenas reduzindo a taxa de juros, porém como foi visto não funcionou muito bem.
	Nestesentido pode-se tirar uma boa conclusão deste acontecido, não se pode esperar para tomar uma ação, independente se não se sabe se está lidando com uma bolha ou apenas com juros baixos, muitas vezes é importante estabilizar as expectativas e a economia por consequência, nestes casos sempre será válido não pecar pela omissão.
	
	
4.POLÍTICA FISCAL
	Política fiscal nada mais é do que ações de cunho orçamentário feitas pelo governo para que um país possa alcançar a estabilidade, assim como a política monetária. A política fiscal tem uma ótica muito diferente da monetária, visto que a segunda atua aplicando mudanças na inflação ou na taxa de juros, a fiscal tende a atuar de forma diferente utilizando-se das receitas governamentais ou das despesas.
	Atualmente muitos governos adotam esse tipo de política, porém devido à crise que tivemos nos últimos períodos muito vem sendo questionado, muitos governos como por exemplo o governo da Grécia se encontram extremamente endividados e renegociando suas dívidas pois não conseguem se estabilizar para pagar às instituições. Os governos enfrentam o seguinte impasse correr o risco de terem um crescimento baixo ou até mesmo uma recessão mas pagar à dívida externa e fazer com que o déficit existente diminua ou garantir o crescimento econômico e tentar estabilizar a economia mas em contrapartida não efetuar o pagamento da dívida e fazer com que as organizações internacionais entendam que o mesmo é um mal pagador e aumentarem os juros nos contratos futuros.
	Esta é uma decisão muito difícil de ser tomada, porém neste tema serão apresentadas as medidas as quais um governo deve tomar para solucionar alguns problemas como esse.
4.1.RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA
	A fim de entender sobre restrição orçamentária, vou iniciar realizando uma análise a partir do déficit orçamentário, sendo assim temos a seguinte equação:
Onde representa a dívida pública do ano anterior, e a taxa de juros real, a qual será contínua, desta forma a primeira parte da equação representa os pagamentos de juros reais da dívida pública, isso durante o ano , representa os gastos efetuados pelo governo no período e é a tributação do período.
	Para calcular o déficit é sempre bom ressaltar que devem ser utilizado os juros reais e não nominais pois isso influenciará os resultados, principalmente quando os a taxa de inflação estiver muito alta.
	Para calcular a qual será a restrição no orçamento do Governo deve-se apenas calcular a variação da dívida, ou seja, pode ser representada pela seguinte equação.
	Sendo assim para que o governo diminua a dívida pública ele precisa apresentar um superávit no período, da mesma forma que caso o mesmo apresente um déficit no período isso representará que que a dívida pública aumentou.
	Após entender como é calculado o déficit é necessário entender os impostos, adotando a ideia de um governo estável, com o orçamento ajustado e correto para que o mesmo não tenha uma dívida. Este mesmo governo decide então reduzir sua carga tributária em 1 por todo o ano corrente, desta forma se tem o valor de = 1. No ano seguinte, ano 2, este mesmo governo decide eliminar o valor desta dívida sendo assim tem-se a equação .
Como pode-se ver para que um governo consiga honrar com sua dívida ele precisa ter um superávit, neste caso é necessário apresentar um resultado de para que tenha para que ao final do ano corrente, ano 2, o mesmo tenha , porém para que tenha um superávit é necessário que os impostos reduzidos durante o ano 1 sejam compensados e aumentados no ano 2.
Dessa forma entende-se que os as compensações de um ano com impostos mais baixos são compensados sempre no ano seguinte para que a estabilidade seja preservada.
Como foi visto o governo conseguiu estabilizar a dívida no ano seguinte, agora deve-se pensar caso o governo não consiga cobrir o déficit criado no ano 1 e no ano 2 apenas conseguiu manter a dívida estável, ou seja o valor ao final do ano 2 será igual ao valor no final do ano 1.
Desta forma temos o resultado e dessa forma a equação anterior ficaria da seguinte forma.
Neste caso, volta-se para a seguinte questão já abordada anteriormente, para que o governo consiga estabilizar a dívida ainda assim terá que apresentar um superávit, o mesmo deve conseguir pagar os juros a fim de que a dívida não se altere para o ano 3.
A diminuição dos impostos é feita através de e é refletida no ano 2 com o déficit, sendo assim no ano 2 terá que ser maior, assim como nos anos consecutivos, os mesmos devem aumentar em , que representa os juros.
Essa metodologia é muito utilizada, porém nem sempre se consegue utilizá-la corretamente, pois é muito difícil um governo conseguir apresentar superávits todos os anos após uma dívida ser feita, utilizando de exemplo o Brasil, atualmente temos cerca de R$ 4 trilhões em dívida pública, a mesma nem sequer está estabilizada e a cada ano ela tende a aumentar. Tivemos muitos anos seguidos de déficits o que acarretou em uma dívida maior, para que essa dívida fosse liquidada o Brasil teria de apresentar muitos anos seguidos de superávit, o que também é muito difícil pela instabilidade econômica existente no país.
	É válido ressaltar a relevância do PIB neste momento haja visto que o mesmo cresce ou retrocede de forma que afeta todas as contas como tributação, gastos e a dívida pública, sendo assim entre produto e dívida existe uma razão a qual deve ser levada em consideração, sendo assim a primeira equação apresentada neste capítulo deve ser alterada e colocada em razão do PIB, desta forma ela passa a ser apresentada da seguinte forma.
	Onde representa o produto real, porém tanto numerador quanto o denominador devem ser multiplicados por , e desta forma a equação passa a ser representada como abaixo.
	Porém existe um ponto ainda, deve-se representar por o crescimento obtido do produto e desta forma passa a ser representado por alterando assim a equação que passa a ser representada da seguinte forma.
	Assim sendo passa a ter uma relação entre o PIB e o déficit primário e o coeficiente de endividamento passa a multiplicar tanto a taxa de juros real como a de crescimento, estes dois termos passam a representar o coeficiente de endividamento. Esta nova equação se mostra mais correta pois por conta desta nova mostrar a evolução da dívida em função do PIB o que se mostra mais próximo do real, onde caso o PIB esteja diminuindo, a razão existente entre o mesmo e a dívida tende a crescer rapidamente, ela vai crescer em função da taxa de crescimento menos a taxa de juros real, representada por .
4.2.EQUIVALÊNCIA RICARDIANA
	
	Equivalência ricardiana é o argumento elaborado pelo economista inglês David Ricardo o qual diz que a atividade econômica não será afetada pelos déficits e dívidas do governo, esse argumento ainda foi posteriormente visitado pelo economista Robert Barros nos anos 70.
	Mas como os déficits não afetam o produto, mesmo levando em consideração a restrição orçamentária? Utilizando o exemplo anterior onde o governo diminui os impostos no ano 1 em 1 e no próximo ano terá que aumentar os impostos, ou seja , esta ação poderia surtir algum efeito sobre o produto, porém de acordo com a equivalência ricardiano isso não surtiria efeito, os consumidores não entendem essa redução como algo realmente benéfico, ainda mais sabendo que no próximo ano teriam um aumento nos juros, isso faz com que uma medida anule a outra fazendo com que no fim a diferença seja igual a 0.
	Pode-se ainda analisar pela ótica da poupança, no ano 1 o governo provisiona os gastos, ou seja planeja gastar menos durante o período de um ano, isso geraria um déficit, e avançando para o ano 2 teriam que ser feitos maiores gastos para que o governo conseguisse estabilizar as finanças, sendo assim o resultado é igual a zero, haja visto que os gastos economizados no ano 1 serjão devidamente gastos no ano 2.
	Levando a equivalência ricardiana em consideração hoje não seria um problema resolver os problemas das economias que estão endividadas, porém a equivalênciaricardiana não pode tratada como uma verdade absoluta, porque senão os déficits e dívidas não seriam relevantes, o que não é verdade visto que as expectativas são sim muito importantes e devem ser levadas em consideração, não apenas o consumo atual está atrelado as expectativas mas também o futuro.
	A equivalência ricardiano tem uma falha quando se trata das expectativas formadas, muitos agentes podem não entender a redução e mesmo que seja acumulada riqueza no período pode-se dizer que no final do segundo ano ela será nula, ainda outro ponto importante é que caso o agente entender que não viverá para ver os juros aumentarem ele pode acabar aumentando seus gastos o que de certa forma anula a equivalência ricardiana. Sendo assim ela não é irrelevante, porém não deve ser levada como se fosse uma verdade absoluta.
4.3.DÉFICITS E ESTABILIZAÇÃO
	A regra parece simples, os déficits criados nos períodos de recessão devem ser recuperados nos períodos de bonança onde devem existir os superávits, existe um método para avaliar se os déficits estão de acordo com o com o nível natural, essa medida é conhecida como déficit estrutural, o qual nos trás uma real avaliação do mesmo. Ele avalia a política fiscal para verificar se a mesma está funcionando corretamente, ela sempre deve ser igual a 0 para que se tenha um resultado de que o déficit não está aumentando.
	A política fiscal deve sempre trabalhar para que o déficit estrutural seja igual a zero, existem casos onde o PIB estará abaixo abaixo do nível natural o que fará com que o déficit aumente, porém conforme o produto for se ajustando as medidas devem ser tomadas para que o déficit estrutural volte a ser zero. Em muitos casos o déficit estrutural pode ser positivo, graças à um déficit grande, nestes casos mesmo que o produto apresentado esteja condizente com o taxa natural ainda assim terão que ser tomadas medidas mais drásticas para que o mesmo seja estabilizado.
	O déficit estrutural é de certa forma fácil de entender, porém em questões práticas ele se mostra um tanto quanto difícil. Sendo assim se torna válida uma explicação mais aprofundada do mesmo.
	Para o cálculo do déficit estrutural o mesmo deve ser dividido em duas partes, primeiramente devemos interpretar um PIB 1% maior que o déficit, então pode-se partir para o primeiro passo, caso este PIB seja diminuído em 1% o déficit passa a ser 0,5% do produto, como os existe proporcionalidade nos impostos e os gastos governamentais não possuem relação com o produto, esse aumento acontecerá naturalmente, com entendimento do primeiro passo pode-se passar para o segundo passo, essa parte está atrelada a taxa natural de desemprego, caso o cálculo referente ao mesmo esteja abaixo do real, isso fará com que a estimativa do produto esteja equivocada consequentemente, isso fará com que o cálculo do déficit estruturado seja calculado de forma equivocada também.
	Como exemplo prático pode ver os países europeus na na década de 1970 que fizeram cálculos equivocados o que fez com que os déficits criados fossem muito altos, houve aumento no desemprego e o que se esperava no pós guerra seria uma taxa bem próxima ao pleno emprego. O próximo capítulo tratará das questões de déficits pós guerra.
4.4.DÉFICITS DA GUERRA
	Durante o período de guerra os déficits tendem a serem muito maiores, analisando os Estados Unidos e a Segunda Guerra Mundial como período se tem os maiores resultado de déficit do mesmo.
	Em um período de cinco anos os gastos governamentais subiram estrondosamente, no período inicial, 1939, o país tinha como gasto cerca de 1% do PIB para o setor de defesa, ao fim de 1944 o mesmo já tinha 39% do PIB gasto com o mesmo setor, para cobrir essas despesas o governo norte-americano aumentou sua tributação, aplicando no imposto de renda, em 1939 o mesmo representava cerca de 1% do PIB porém ao fim destes 5 anos o mesmo passou a representar 8,5%, porém isso ainda não foi o suficiente para que o déficit não fosse criado, e esse período foi marcado por déficits seguidos, ao fim de 1944 o déficit do governo já representava um déficit de 110% do produto interno.
	Em períodos de guerra os governos tendem a ficar endividados, mas não que no período isso seja uma preocupação, até por conta de existirem preocupações bem piores, em muitos casos os governos trabalham com taxas de pleno emprego, além disso existe um fator de distribuição, os governos tendem a apresentar déficits sem a preocupação pois sabem que caso seja necessário os próprios contribuintes vão pagar arcando com maior carga tributária, esse é o preço por sobreviver a uma guerra, e outro motivo importante é que os déficits ajudam para que não existam deformidades para com a tributação.
	
4.5.DÍVIDAS ALTAS E OS RISCOS 
Dívidas e riscos estão associados, mesmo após as explicações metodológicas ainda assim não é tão fácil quanto parece, existem ciclos que são formados pelas altas dívidas criadas, pensando em um país com alto grau de endividamento, sendo assim para exemplificar adotarei 100%, em seguida adotarei 3% e 2% para taxa de juros e taxa de crescimento respectivamente, e ainda temos 1% de superávit primário, volto então para a equação anterior
A transposição com os valores que temos seria a seguinte, porém em fatores reais os investidores entenderiam que este é um momento onde existe muito risco, principalmente do governo não conseguir arcar com a dívida, assim os mesmos passam a ordenar uma maior taxa de juros, sendo assim adotarei uma alteração na mesma para 8% e desta forma a equação muda e passa a ser transposta desta forma.
	Agora com essa equação em mãos, apresento uma situação que também costuma acontecer, adotarei que o governo tomou providências para que o superávit seja maior e chegue a 6%, ele pode alcançar isso de diversas forma, aumentando a carga tributária ou até mesmo reduzindo os gastos, porém isso tende a motivar ainda mais os agentes financeiros, pois agora existe o risco de inadimplência ou instabilidade política e isso faria com que novamente houvesse uma nova elevação na taxa de juros. Além de todo esse cenário catastrófico que está gerando um ciclo vicioso, além disso ainda existe a forte possibilidade deste tipo de atuação colocar a economia em uma recessão, porém esse tipo de abordagem, onde o governo eleva os impostos e diminui os gastos, em um dado momento o governo não consegue mais fazer isso, e quando este momento chegar a dívida vai começar a sair âmbito da estabilidade.
	Os temores dos investidores do governo não arcar com seus compromissos financeiros é de certa forma contestável visto que é praticamente impossível isso acontecer, mas se for adotando a linha de pensamento executada acima, provavelmente os juros chegariam a ultrapassar as contas do governo e neste momento sim o governo não conseguiria arcar com a as contas devidamente. Os governos sempre tentam quitar suas dívidas para que isso não ocorra.
	Muitos governos também fazem o financiamento de suas dívidas, muitas vezes emitindo títulos para que os próprios investidores comprem em outros momentos o governo pode se financiar imprimindo mais moeda, esse método é conhecido como monetização da dívida. Para exemplificar, representa a quantidade de moeda na economia e representa a variação da moeda na economia, ou seja ele representa toda a moeda que é injetada na economia.
	Para o governo saber quanto ele gerou em termos reais é necessário que faça a seguinte conta , ou seja o nível de preços divide a variação. Esse tipo de receita proveniente da expansão monetária é chamada de senhoriagem, por conta de ser muito parecido com o ato realizado durante a época dos senhores feudais que faziam mais moeda para obterem as coisas. A taxa de crescimento da moeda é dado pela equação , desta forma a euqação fica .
	Por fim para se ter a real mensuração de quanto a senhoriagem tem em relação ao produto é necessário então dividir as duas partes da equação.
	Porém a senhoriagem acarreta em um outro problema já apresentado anteriormente, a inflação, praticamente em todosos casos em que há emissão de moeda, nós temos um aumento na inflação que por consequência leva à redução do poder de compra das pessoas.
	Por fim a senhoriagem ou também conhecida emissão de moeda é uma ótima forma de quitar as dívidas porém pode acarretar em problemas no futuro, inflações muito altas podem ser prejudiciais à economia de qualquer país, além disso mesmo utilizando a política fiscal para conseguir um superávit e acabar com uma dívida ainda assim é arriscado pois caso a atuação seja muito agressiva pode ser que cause uma recessão, ou seja em qualquer um dos casos pode ser que uma economia seja jogada as traças. Sendo assim são necessárias muitas análises para que uma ação seja tomada e mesmo após grandes análises ainda pode-se ter erros catastróficos.
		
5.MERCADO DE TRABALHO
	O mercado de trabalho é basicamente operado pelas empresas presentes na economia, se há demanda por uma produção maior as empresas tendem a contratar mais funcionários para dar conta desta nova demanda, com mais com poucos funcionários no mercado as empresas passam a ter que pagar maiores salários, tanto para manter os empregados nas mesmas, como também para que funcionários qualificados de outras empresas venham para trabalhar nela. 
Em contrapartida caso exista uma redução na demanda as empresas tendem a realizar demissões, o que faz com que haja uma retração na economia, visto que com mais pessoas no mercado as empresas tendem a pagar menores salários por conta da alta rotatividade.
5.1.SALÁRIOS
	Existem diversas maneiras para determinação de salários, existe inicialmente o salário determinado, aquele que é praticamente a base salarial da empresa ou da função, o qual dificilmente sofre alteração, em geral pessoas com baixa qualificação tendem a aderir mais a salários como esse pois por conta de questão das competências, entendem que não conseguirão salários melhores, pessoas com maiores experiências e com qualificações melhores tendem a encontrar salários maiores e até mesmo conseguirem negociar salários com maior facilidade, e por fim existem as pessoas que em geral possuem maior vantagem em negociações salariais, onde em geral as regras, em grande parte, são determinadas por eles, esses são os CEOs de empresas ou astros de esportes.
	Em países mais sindicalizados como o Brasil por exemplo vale lembrar que os sindicatos exercem forte opinião e tendem a determinar aumentos e bases salariais para os atuantes nas devidas áreas por eles representadas.
	Um ponto muito importante sobre o salário é que existe um importante fator a ser levado em consideração no momento do aceite ao mesmo, que é o salário reserva, onde muitas pessoas fazem sem se dar conta do mesmo, o salário reserva nada mais é do que a conta que o empregado faz para saber se realmente vale a pena trabalhar para aquele empregador, existem casos onde o salário é tão reduzido que a pessoa prefere ficar desempregada do que aderir aquela proposta.
	Atualmente muitos fatores devem ser levados em consideração quando se trata de salários, como foi falado existe a negociação salarial a qual para maior parte da população mundial não tem grande efetividade, pois as empresas em sua maioria tendem a não aderirem a este tipo de discussão visto que os mesmo tem maior poder de barganha, porém existem empresas que visando maior efetividade do funcionário exercem um método psicológico interessante, conhecido como o salário-eficiência, onde a empresa paga um valor maior ao funcionário, visando que o mesmo exerça sua função com maior proatividade e efetividade.
Exemplificando, existem dois funcionários em uma fábrica os dois possuem o mesmo cargo porém, como forma de experimento, é dado um aumento salarial para um deles, haja visto que o mesmo executou um bom trabalho no semestre anterior, desta forma o funcionário tende a se sentir mais motivado para que no próximo semestre ele possa novamente ganhar um salário senão igual ou maior que esse, em contrapartida um outro funcionário que não recebeu esse aumento não tende a se sentir motivado pelo contrário o mesmo passa a se sentir frustrado e desestimulado.
	
5.2.FLUTUAÇÃO DO DESEMPREGO
	A flutuação do desemprego existe desde sempre, ela se forma muitas vezes a partir de expectativas formadas pelas empresas e do mercado, por exemplo, caso uma empresa venha a vislumbrar que em um futuro próximo as vendas podem vir a baixar ou ficarem estagnadas a mesma pode tomar a atitude de parar com as contratações, e aguardar as demissões voluntárias e até mesmo questões como aposentadoria ou afastamento por um dado período, sendo a demissão muitas vezes o último dos casos a serem levados em consideração.
	Abaixo foi feito um gráfico com os dados referentes ao período de 2005 à 2015 sobre as taxas de desemprego no Brasil.
(Elaboração própria, Dados IPEA)
Como pode ser visto mesmo em período os tivemos um dos maiores PIBs que o Brasil já alcançou, 2010 ainda assim tivemos períodos de flutuação, e isso se forma muito por conta do que foi falado anteriormente, expectativas.
Abordado pela visão do trabalhador também é importante ressaltar como o mercado de trabalho influencia não apenas seu emprego como também os salários. Como foi dito no assunto anterior, salários, em períodos em que existe uma alta oferta de trabalho os salários tendem a ser maiores, da mesma forma que em períodos em que a oferta de emprego é baixa os salários tendem a ser mais baixos.
	Como é possível ver o desemprego não depende de muitos fatores por entre muitas coisas ser formado pelo que as empresas esperam que aconteça, e o mesmo dificilmente terá outro formato gráfico, pois o mesmo sempre será flutuante.
	
5.3.DETERMINAÇÃO DE PREÇOS
	A determinação de preços é feita pelas empresas que produzem, para que um preço seja determinado as empresas precisam saber quais são os custos de produção, que por sua vez dependem da função de produção, utilizando apenas um único fator de produção, a mão de obra, pode-se formar a seguinte equação, , neste caso representa o produto, serão produtividade e nível de emprego, respectivamente.
	Porém é importante ressaltar que é uma constante pois produtividade do trabalho será um pois se deve adotar a ideia de produção marginal, ou seja o custo de produzir uma unidade passa a ser igual a contratar um trabalhador.
	Porém esse preço não é próximo do praticado, pois inevitavelmente existirá ramos em que há oligopólios ou monopólios e as empresas passaram a exercer preços maiores do que o custo marginal, dessa forma a expressão passa a ser alterada, a mesma passa a fica da seguinte forma, , onde representará a margem de preço sobre o custo, ou seja o markup, desta forma é possível atribuir um preço real a uma mercadoria, visto que não será mais igual ao .
	
6.CONSIDERAÇÕES FINAIS 
	Macroeconomia é o principal ramo da economia, ela consegue englobar muitas questões importantes, como políticas econômicas, comportamento do indivíduo, economia internacional e por fim os mercados como um todo.
Neste trabalho tentei abordar as questões que julgo serem as mais importantes dentro de todo o conteúdo programático, tentando criar assim uma linha de raciocínio para que o estudo se tornasse mais engrandecedor e não apenas um trabalho para concluir esse curso.
	Sendo assim ao concluir este trabalho adquiri muito conhecimento e além disso pude desenvolver algumas questões principalmente dentro do pensamento econômico, políticas econômicas são o meio de sustentação deste curso, ao finalizar a matéria você deve entender como a política econômica se comporta e para qual caminho devemos seguir.
	Outros dois assuntos importante que quis incorporar neste trabalho são a Curva de Phillips que é uma teoria muito boa, uma relação que apenas foi percebida durante os anos 70 e que mesmo passando por algumas adaptações ainda tem alto grau de relevância nas análises atuais, visto que inflação e desemprego são assuntos que sempre estão em pauta no mundo.
	Por fim tentei abordar um assunto mais mundano o qual tem granderelevância porém não faz parte dos principais assuntos dentro de macroeconomia, sendo assim falei sobre o mercado de trabalho, questão de definições de salários, e como os empregados podem negociar, além disso tentei fazer uma breve análise sobre o desemprego no Brasil e como a flutuação de certa forma independe de alguns fatores como o crescimento do produto interno.
	Com tudo, gostaria de ressaltar que o trabalho foi muito engrandecedor, e renovou algo que havia esquecido sobre o estudo macroeconômico, o quanto ele é abrangente e o quanto ainda tenho que estudar para poder entender melhor os mecanismos que regem a economia do nosso país e do mundo.
7.REFERÊNCIA
MANKIW, N. Gregory. Macreoconomia. Rio de Janeiro: LCT, 1995
FROYEN, Richard T. Macroeconomia. São Paulo: Editora Saraiva, 2006.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de. Manual de Macroeconomia. São Paulo: Editora Atlas, 1998

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