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Unidade 4- Geociencias e Geologia Ambiental

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25/09/2020 Geociências e Geologia Ambiental
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GEOCIÊNCIAS E GEOLOGIA
AMBIENTAL
CAPÍTULO 4 - COMO O MEIO AMBIENTE
SE DESTACA EM NOSSO PLANETA?
Diego Ferreira Ramos Machado
INICIAR
25/09/2020 Geociências e Geologia Ambiental
https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller 2/29
Introdução
A maior parte das atividades humanas, para não dizermos todas, depende da
mineração, que, muitas vezes, acaba sendo mal vista, como se ela fosse uma cobiça da
natureza humana, a qual explora o planeta de forma egoísta e antropocêntrica,
devendo ser, portanto, condenada. No entanto, não é bem assim! É preciso levar em
conta que o homo sapiens não é o único capaz de interferir e modificar o meio ambiente,
como se fosse um usurpador voraz. A espécie humana também é capaz de criar,
remediar e intervir na natureza de maneira brilhante e fantástica, de acordo com as
possibilidades que a evolução nos assegurou. Cavar túneis, estabelecer fundações que
possibilitem edifícios e pontes, explorar recursos minerais que nos garantam
tecnologias, como a agricultura, a vestimenta, os meios de transportes e de
telecomunicações etc., são apenas alguns exemplos de coisas do dia a dia que mostram
quão coparticipantes somos dos processos de alteração do Planeta. O que precisamos,
entretanto, é ter responsabilidade e ética, o que nos torna também, evidentemente,
responsáveis pela manutenção do meio no qual vivemos.
O meio ambiente não existe à parte do ser humano, como se fosse nós de um lado e a
natureza de outro. O ser humano (e suas obras) compõe a natureza, faz parte do
ambiente. Por isso, temos de estudar como esses processos se dão e como nós
podemos, responsável e sustentavelmente, assegurar uma permanência nele por mais
tempo.
25/09/2020 Geociências e Geologia Ambiental
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4.1 Estrutura geológica do Estado
Ainda que boa parte do conhecimento geológico pressuponha atividades de campo e
muita pesquisa in situ, sem as quais não seria possível verificar e medir as formações,
coletar amostras e estudar o que é preciso para as caracterizações, nosso aprendizado
aqui se limita ao conhecimento daquilo que grandes pesquisadores investigaram e
mapearam ao longo dos anos. É natural assegurar que a geologia (e o mapeamento
geológico) não se trata de um trabalho que pode ser desenvolvido apenas em
gabinetes, em laboratórios ou em bibliotecas, mas também (indispensavelmente) em
estradas, em recortes de terrenos, em vales, dentro de rios etc., de forma que um estudo
complementa o outro. A partir de um compêndio de trabalhos anteriormente
realizados, a CPRM (a empresa pública com atribuições de Serviço Geológico do Brasil),
em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do
Ministério de Minas e Energia (CPRM, 2016), compôs os Mapas de Geodiversidade
Estaduais do Brasil.
Por que mapas estaduais? Os Estados são, quando grafados com inicial maiúscula,
sempre relacionados a uma organização política. O termo vem do latim status e poderia
referir-se à “posição”, à “lugar”. Essa referência é necessária para entendermos que,
quando falamos de Estrutura Geológica do Estado, nos referimos ao Estado-Nação
(Brasil) ou a cada uma de suas Unidades Federativas (UF). Entretanto, como sabemos,
as estruturas geológicas são organizações próprias do meio ambiente, não sendo
definidas por um cariz político, mas físico. É por isso que, embora possamos
desmembrar e especificar a geologia de cada uma das 26 unidades da Federação – o
que foi feito pela CPRM –, faz mais sentido entendê-la dentro de uma estrutura
geológica de conjunto, isto é, por unidades geológico-ambientais e não unidades
políticas. Devido a isso os mapas apresentados são indicativos de geodiversidade,
contemplando múltiplas áreas do conhecimento.
A geologia do Brasil (figura a seguir) não faria sentido se vista fora da geologia da
América do Sul nem esta, por sua vez, faria sentido fora da tectônica global. É por isso
que sabemos da necessidade da visão sistêmica que enxerga todo o conjunto. Mas
como teremos, ora ou outra, de fazer um recorte para melhor compreensão, então
optamos por abordar, en passant, as unidades geológico-ambientais dos estados, sendo
que, diferente de estudar a geologia de uma única Unidade Federativa, abordaremos as
principais feições geológicas por todo o Brasil, o que é um desafio em um país de
proporções continentais cuja área, apenas emersa, é superior a 8,5 milhões de km².
(IBGE, 2017)
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Os autores dos Mapas de Geodiversidade Estaduais afirmam que eles destinam-se “a
um público-alvo muito variado, incluindo desde as empresas mineradoras tradicionais,
passando pela comunidade acadêmica, gestores públicos da área de ordenamento
territorial e gestão ambiental” (CPRM, 2016, s/p). Entende-se, para efeito, que seja
consolidado o conceito de geodiversidade como propõe Peixoto (2010, p. 12): aquilo
que “rompe o estigma de uso exclusivo das informações geológicas por empresas de
mineração”, de forma que o “conhecimento da geodiversidade nos leva a identificar, de
maneira melhor, as aptidões e restrições de uso do meio físico de uma área, bem como
os impactos advindos de seu uso inadequado”.
Silva e Dantas (2010, p. 13) afirmam que os mapas geoambientais “diferenciam-se da
cartografia geotécnica clássica”. Enquanto, de certa forma, a tradicional restringe-se às
representações das geologias de uma dada região, os mapas geoambientais trazem
uma característica multi e interdisciplinar, uma visão sistêmica, e também uma
linguagem acessível. Servem como “subsídios técnicos para vários setores como:
Figura 1 - Imagem representativa das formações geológicas brasileiras. Morro do Couto, no Parque Nacional
de Itatiaia (RJ), com 2680 m de altitude. Fonte: vitormarigo, Shutterstock, 2018.
Deslize sobre a imagem para Zoom
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mineração [...], agricultura [...], saúde pública [...], urbanismo [...], moradia [...], defesa
civil [...], transporte [...], turismo [...], meio ambiente e planejamento [...]” (SILVA;
DANTAS, 2010, p. 13-14).
Os Mapas de Geodiversidade Estaduais do Brasil, que valem ser conhecidos não só pelo interesse exploratório
e econômico, mas também pela visão sistêmica e popularização do conhecimento, estão disponíveis para
serem consultados na página do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Acesse:
<http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geodiversidade/Mapas-de-Geodiversidade-Estaduais-
1339.html (http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geodiversidade/Mapas-de-Geodiversidade-
Estaduais-1339.html)>. 
Trazendo o entendimento e a aplicação desses mapas para o nosso dia a dia dentro de
um escopo didático, vamos imaginar uma cidade qualquer que quisesse definir suas
políticas públicas e planejar seu zoneamento, ela deveria se servir de um mapeamento
geoambiental. Uma cartografia geotécnica clássica poderia ser útil para apontar, entre
outras coisas, uma região susceptível a escorregamentos onde não se deve construir, ou
ainda um local cuja formação geológica suporte uma grande obra de infraestrutura;
contudo, é no mapeamento geoambiental que se vai possibilitar analisar dados dos
ambientes fisiográficos considerando os perigos da interação destes com as ações
humanas (VEDOVELLO, 2004 apud MOREIRA, 2018) e, por isso, são esses mapas que
englobam “as informações de vários temas como: geologia, recursos minerais,
geomorfologia, solos, aptidão agrícola, geoquímica, geofísica, geotecnia, riscos
geológicos, uso e ocupação dos solos, cobertura vegetal, clima, águas superficiais e
subterrâneas” e “objetiva,principalmente, o planejamento, gestão e ordenamento do
território” (SILVA; DANTAS, 2010, p. 13) sendo estes os mais recomendados para o
exemplo apresentado. É por isso que também os grandes municípios apresentam seus
próprios mapas geoambientais.
Em termos de Brasil, o país apresenta uma formação física muito antiga, com
“representação de todas as grandes unidades cronoestratigráficas/geocronológicas da
escala do tempo geológico, à exceção do Eoarqueano” (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES,
2003, p. 26). Sua grandiosidade dificulta condensarmos aqui as mais de 1.200 unidades
VOCÊ QUER LER?
http://www.cprm.gov.br/publique/Gestao-Territorial/Geodiversidade/Mapas-de-Geodiversidade-Estaduais-1339.html
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litoestratigráficas representadas no mapa geológico e, ainda, somar informações
geoambientais. Por isso, nos atemos a fazer referências condensadas por eras
geológicas, de forma que a cronologia do tempo geológico nos ajuda ao menos a
compreender alguns aspectos e fenômenos.
Schobbenhaus e Brito Neves (2003, p. 18) afirmam que “uma simples análise do mapa
geológico do Brasil mostra de imediato uma subdivisão natural de dois amplos e
distintos contextos geotectônicos: o domínio nor-noroeste (Amazônia) e o domínio
centro-oriental, separados pelo lineamento Transbrasiliano (SCHOBBENHAUS et al.,
1975), de Sobral-CE ao Pantanal Mato-grossense”.
O geólogo e professor Setembrino Petri (1922) é um importante cientista. Comendador da Ordem Nacional do
Mérito Científico, é estudioso da área de geologia, paleontologia e micropaleontologia, tendo defendido sua
tese sobre o Devoniano (em 1948). É membro da Academia Brasileira de Ciências e possui muitos prêmios e
títulos que lhe foram concedidos por suas contribuições científicas.
Ainda assim, vamos iniciar não por essas subdivisões de contextos geotectônicos, mas
por tempo geológico (figura a seguir), o que acreditamos facilitar a compreensão dos
processos. Iniciemos, portanto, pelo mais antigo: o Éon Arqueano (> 3,6–2,5 Ga.), o qual
Teixeira et al. (2009, p. 621) apresentam como “a base do registro geológico mais antigo
de rochas sedimentares”. Inclusive, Éon deriva da palavra grega αιών (aión),
correspondendo a uma unidade de tempo geológico. Segundo Schobbenhaus e Brito
Neves (2003), aflora em apenas 4,6% da superfície do Brasil, sobretudo nos estados da
Bahia, Minas Gerais, Pará e Goiás. Teixeira et al. (2009) também afirmam que, por volta
dos 3.4 bilhões de anos (também denominado “Giga anos”, ou “Ga.”), surgem as rochas
mais antigas da América do Sul: o tonalito de São José do Campestre, no Rio Grande do
Norte. 
É nesse éon ainda, afirmam os autores, que a atmosfera começa a se tornar oxidante
(ca. 3.0 Ga.) e, por consequência, inicia-se a deposição de grandes quantidades de ferro
nos oceanos. Schobbenhaus e Brito Neves (2003, p. 33) relatam áreas de ocorrência
bastante esparsas, como também no Cráton São Francisco (bloco Jequié, Gavião
VOCÊ O CONHECE?
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Remanso e Serrinha-Uauá) e no extremo sul do Cráton São Francisco, na porção mais
estável, onde “as exposições são notórias, pela variedade (ortognaisses, migmatitos,
granulitos, greenstones), estilos estruturais ('domos gnáissicos', janelas erosionais) e
pela riqueza mineral”. Na região sudeste do Brasil, está presente no fragmento cratônico
de Luís Alves e também “no Rio Grande do Sul, na zona de antepaís da Faixa Dom
Feliciano” (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003, p. 33). Em suma, Schobbenhaus e
Brito Neves (2003) acreditam que, se considerarmos os substratos das áreas de
cobertura de todas as eras proterozoicas e fanerozoicas, podemos mensurar que, na
realidade, a área crustal é bem superior a que hoje é reconhecida, em torno de 34%
maior, dentro da margem segura de cálculo. (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003)
Há 2.5 Ga. iniciou o Éon Proterozoico. É nele que, segundo Teixeira et al. (2009, p. 622),
ocorreu a “formação ferrífera e os estromatólitos mais antigos do Brasil”, os quais se
depositaram onde hoje se localiza o Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais (ca. 2.4
Ga.). Nota-se que as formações ferríferas bandadas (figura a seguir) são chamadas
habitualmente de BIF (do inglês Banded Iron Formation). Se no Arqueano a atmosfera
continha muito CO e encontrava-se sob um efeito estufa, os processos intempéricos e
os organismos fotossintetizantes reduzem esse efeito no proterozoico, criando a
primeira glaciação de extensão continental. Como efeito, a atmosfera se torna mais
oxidante, o que possibilita o surgimento de vida eucariótica simples (microalgas, 2.0
Figura 2 - Tabela representativa do tempo geológico organizado por Éon, Era e Período. Fonte: Elaborado
pelo autor, 2018.
2
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Ga.) em zonas de águas rasas, algas marinhas pluricelulares (1.2 Ga.) e animais (600 Ma.)
(TEIXEIRA et al., 2009). É também nesse período (1.8 Ga) que se forma o primeiro
supercontinente, chamado de Nuna (também conhecido por Columbia).
Schobbenhaus e Brito Neves (2003), subdividindo o Éon Proterozoico em eras, afirmam
que a mais antiga desse período, a Era Paleoproterozoica, possui 15,4% da superfície
do Brasil, mostrando-se a maior área aflorante do Pré-Cambriano brasileiro. Os autores
assinalam que a passagem do Arqueano para o Paleoproterozoico é marcada por
registros sedimentares, magmáticos e tectônicos, de forma que o Paleoproterozoico
“registra com propriedade os contingentes litogenéticos e metalogenéticos do
Paleoproterozoico do mundo e com riqueza invulgar de feições” (SCHOBBENHAUS;
BRITO NEVES, 2003, p. 35).
Ao se referir a Era Mesoproterozoica, Schobbenhaus e Brito Neves (2003, p. 37)
afirmam que “a mais imponente vitrine” dessa era está no Cráton Amazonas. Eventos
cratogênicos, plutonismo anorogênico, formação e desenvolvimento de bacias
Figura 3 - BIF: Banded Iron Formation (Formações Ferríferas Bandadas). Amostra proveniente de Temagami,
Ontario, com cerca de 2 Ga. Os BIFs, como são chamados, são evidências de mudanças atmosféricas. Fonte:
Adwo, Shutterstock, 2018.
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sedimentares atravessam o período, com acontecimentos tectônicos a sudoeste da
Amazônia, representando 4,1% da área do Brasil. Muitos grupos e suítes intrusivas
podem ser observados no norte do Amazonas (rochas plutônicas), como também  a
noroeste do Mato Grosso (rochas metassedimentares e plutônicas), em Pernambuco e
Alagoas (rochas para e/ou paraderivada), no centro-norte de Goiás, traços em Minas
Gerais e Bahia (metassedimentares), e no sudoeste de São Paulo/nordeste do Paraná
(rochas metavulcânicas e metassedimentares).
VOCÊ SABIA?
Embora muitos pensem que a Amazônia é feita somente de planícies inundáveis, o maior
pico do Brasil é o da Neblina, com 2993,8 metros de altura, situado na Serra do Imeri, no
Amazonas, na divisa com a Venezuela, assim como o segundo maior pico, o 31 de março,
que tem 2972,7 metros.
Com a agregação final do supercontinente Rodínia e a consolidação do Gondwana (que
só se consolidará mais adiante, no Éon Fanerozoico), dá-se “forma” à Era
Neoproterozoica, cuja história é “em sua essência, a história de um ciclo
supercontinental” (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003, p. 40). Na prática, essa era (de
1 Ga. até 542 Ma.) presenciou a desagregação de um supercontinente até a fusão
completa de outro. Nesse período, as estruturas pré-Brasilianas que estudamos até
agora, do Arqueano ao Mesoproterozóico, “com menor ou maior grau de
ativação/regeneração”, mantiveram-se preservadas, ao menosno interior dos crátons
sinbrasilianos, lembrando que os crátons são mais estáveis que as faixas móveis. Nessa
era, a Terra enfrentou glaciações em dois episódios e surgiu a importante biota do
período Ediacarano. (TEIXEIRA et al., 2009)
Segundo Schobbenhaus e Brito Neves (2003), as estruturas litoestratigráficas do
Neoproterozoico representam 11% da área do Brasil, com rochas plutônicas félsicas e
rochas para e/ou ortoderivadas em todo o sudeste do país (Minas Gerais, São Paulo,
Espírito Santo, Rio de Janeiro) e sul da Bahia, plutônicas nos estados do nordeste
brasileiro (de Pernambuco até o Ceará), uma sequência metavulcanossedimentar em
Pernambuco e rochas metassedimentares em toda a área aflorante no limite da bacia
do Paraná, desde o estado de Mato Grosso, passando por Goiás e Minas Gerais até o
oeste da Bahia e do Tocantins. (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003)
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Schobbenhaus (2018) afirma que, durante o Neoproterozoico (entre ~950 e 490 Ma.), o
ciclo geodinâmico, denominado Ciclo Brasiliano (entre ~950 e 490 Ma.), cujo clímax
orogênico ocorreu entre 670 e 550 Ma., foi responsável pela formação “de extensas
faixas dobradas nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil”
(SCHOBBENHAUS apud WINGE et. al.,  2001, s/p), apresentando diversos eventos
tectônicos, sedimentares, magmáticos e metamórficos, como os enumerados a seguir.  
Com o fim da era Neoproterozoica, termina o grande Superéon Pré-Cambriano, que
engloba todos os éons vistos até aqui. Nota-se, entretanto, que a Terra, que apresenta
mais do que 4.5 bilhões de anos, só vai apresentar formas de vida mais complexas a
partir de então, ou seja, muito “recentemente”, há cerca de 600 milhões de anos. Esse
período do Pré-Cambriano também pode ser chamado de Criptozoico, uma vez que o
prefixo κρυφός (gr. = kryphós) significa oculto, enquanto o termo ζωή (gr. = zōḗ) significa
vida, isto é, um período em que a vida é “invisível”. Isso porque, no Pré-Cambriano, a
vida era dominada por microrganismos e, a partir de então, passa a ser mais visível
(figura a seguir), macroscópica, organizada em ecossistemas mais complexos, assim
como a biosfera passa a interagir intensamente com a hidrosfera, litosfera e atmosfera.
(TEIXEIRA et al., 2009)
Regime extensional com formação de bacias do tipo ri�e (~950 a 800 Ma.).
Abertura oceânica com geração de bacias de margem passiva e arcos de ilhas intra-
oceânicos (~890 a 800 Ma.).
Geração de arcos magmáticos e arcos de margem continental ativa (790 a 585 Ma.).
Evento colisional precoce (~770 Ma.).
Evento colisional principal (Orogênese Brasiliana) com importantes episódios
tectônicos, metamorfismo de alta pressão, granitogênese e formação de thrust and
fold belts (670 a 550 Ma.).
Evento colisional terminal em ~520 Ma. (Orogênese Búzios).
Evento pós-colisional com o colapso dos orógenos, soerguimento regional,
magmatismo bimodal e transição para novo regime extensional (510 a 490 Ma.).
Com o fim da era Neoproterozoica, termina o grande Superéon Pré-Cambriano, que
engloba todos os éons vistos até aqui. Nota-se, entretanto, que a Terra, que apresenta
mais do que 4.5 bilhões de anos, só vai apresentar formas de vida mais complexas a
partir de então, ou seja, muito “recentemente”, há cerca de 600 milhões de anos. Esse
período do Pré-Cambriano também pode ser chamado de Criptozoico, uma vez que o
prefixo κρυφός (gr. = kryphós) significa oculto, enquanto o termo ζωή (gr. = zōḗ) significa
vida, isto é, um período em que a vida é “invisível”. Isso porque, no Pré-Cambriano, a
vida era dominada por microrganismos e, a partir de então, passa a ser mais visível
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(figura a seguir), macroscópica, organizada em ecossistemas mais complexos, assim
como a biosfera passa a interagir intensamente com a hidrosfera, litosfera e atmosfera.
(TEIXEIRA et al., 2009)
A partir de 542 milhões de anos se inicia, portanto, um novo éon: o Fanerozoico (do
grego φανερός  / phanerós = visível), quando inicia o que chamamos de Período
Cambriano (542 a 488 Ma.), assim como a Era Paleozoica (542 a 251 Ma.). Nesse
momento, o supercontinente Gondwana se consolida, e as últimas manifestações da
tectônica Brasiliana ainda estão ligadas à sedimentação fanerozoica, resultando em
pelo menos três amplos ciclos sedimentares (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003).
Apesar das sinéclises, onde encontramos as principais expressões desses ambientes
sedimentares: Acre, Solimões, Amazonas, Parnaíba, Paraná, Chaco-Paraná, tal
sedimentação cobriu grande parte do continente Gondwana, indo da Amazônia à
Patagônia. (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003)
Figura 4 - Fóssil de trilobita, artrópode característico da Era Paleozoica, a primeira do Éon Fanerozoico, onde
a vida passa a ser macroscópica e a interagir intensamente com a hidrosfera, litosfera e atmosfera. Fonte:
Merlin74, Shutterstock, 2018.
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O Cambriano, portanto, ainda apresentará alguns granitoides dos orógenos nos estados
de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (Orógenos Araçuai/Rio Doce e Búzios),
uma Suíte (São Vicente) no Mato Grosso, uma Suíte (Canaã) no Rio de Janeiro e é tudo o
que se tem de rochas plutônicas dessa era, devido à agregação completa do Gondwana
(SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003). Sendo assim, as demais formações são de
rochas sedimentares: 
clástica do Período Cambriano ao Período Devoniano, localmente basalto,
andesito, riolito e piroclástica;
predominantemente clástica do Período Carbonífero ao Período Permiano,
localmente calcário, evaporito, silexito, folhelho carbonoso e carvão;
clástica do Período Permiano ao Período Triássico. 
Toda a formação paleozoica representa, contudo, 10,1% do território do Brasil.
(SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003)
Durante o Período Ordoviciano (488 a 444 Ma.), instalam-se as grandes bacias (Paraná,
Parnaíba, Amazonas e Solimões), de acordo com Teixeira et al. (2009). A Era Paleozoica,
que ainda apresenta os períodos Siluriano (444 a 416 Ma.), Devoniano (416 a 359 Ma.),
Carbonífero (359 a 299 Ma.) e Permiano (299 a 251 Ma.), termina com três episódios de
glaciação global no decorrer do tempo, mas sobretudo com a “extinção mais severa da
Terra” (Earth’s most severe extinction), que provocou o desaparecimento de 95% dos
seres vivos que habitavam o planeta. (BURGESS et al., 2017)
Sendo assim, dá-se início a Era Mesozoica, onde surgem os dinossauros (figura a seguir)
(no Período Triássico: 251 a 200 Ma.) e, a partir deles, já no Período Jurássico (200 a
146 Ma.), as mais antigas aves (TEIXEIRA et al., 2009). Nesse ínterim, o Gondwana
começa a fissurar e a América do Sul a se separar da África, o que resulta em “inúmeras
bacias costeiras, que mais tarde virarão sítios de acumulação de petróleo” (TEIXEIRA et
al., 2009, p. 623). Schobbenhaus e Brito Neves (2003) afirmam que, durante o Período
Triássico, o supercontinente Pangea se agregou por completo, iniciando um outro ciclo,
o de fissão, que ainda está em andamento e que é responsável pela formação do
Atlântico (chamada de “Atividade Mesozoica” e/ou “Evento Sul-Atlantiano” (ALMEIDA;
CARNEIRO, 1989; SCHOBBENHAUS; CAMPOS, 1984 apud SCHOBBENHAUS; BRITO
NEVES, 2003).
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Para Schobbenhaus e Brito Neves (2003, p. 45), durante a primeira parte da Era
Mesozoica (do Triássico ao Jurássico), houve pouca ocorrência local de unidades
sedimentares na geologia do Brasil, mas, a partir do final do Jurássico, torna-se
extraordinariamente rica em feições geológicas gerais, “adicionalmente marcadapela
acumulação de bens minerais estratégicos”. A Era Mesozoica conta ainda com o Período
Cretáceo (146 a 65,5 Ma.) no seu final, quando grandes derrames vulcânicos encheram
a bacia do Paraná com mais de um milhão de km³ de lavas (TEIXEIRA et al., 2009). O
Período e a Era terminam com a repentina extinção em massa (a segunda pior) de
muitos animais e plantas – incluindo os dinossauros.
Figura 5 - Pterossauro, cujo gênero Anhanguera viveu no período Cretáceo e apresentava uma envergadura
de 4,6 m, sendo um dos maiores dessa espécie em seu tempo. Fonte: Linda Bucklin, Shutterstock, 2018.
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Começa, então, a nossa era: a Cenozoica, καινός + ζωή (gr. kainós + zōḗ = vida nova, vida
recente). O primeiro período, até tempos atrás, era chamado de Terciário (65,5 a 1,8
Ma.), quando a Terra assumiu sua configuração atual, como a conhecemos, e a atividade
vulcânica construiu o arquipélago de Fernando de Noronha e as ilhas de Trindade, Cabo
Frio e Abrolhos. Com o resfriamento do clima, os polos se cobriram de gelo, resultando
em um clima mais árido em todo o planeta (TEIXEIRA et al., 2009).
Atualmente, a International Stratigraphic Chart divide a Era Cenozoica em três períodos:
o Paleógeno (65 Ma.), o Neógeno (23,5 Ma) e o Quaternário (1,75 Ma.), no entanto a
reunião do Paleógeno com o Neógeno ainda é, informalmente, chamada de “Período
Terciário” (SCHOBBENHAUS; BRITO NEVES, 2003, p. 47), mas não é mais utilizado
oficialmente.
Schobbenhaus e Brito Neves (2013) afirmam que o Cenozoico representa a maior
extensão superficial do Brasil, com 32,4% de área, mas, em contrapartida, dadas as
regiões onde ocorrem as maiores áreas aflorantes (na Amazônia, na fronteira com o
Peru e com a Bolívia), é concomitante o fato de ser a era geológica menos conhecida do
país. Consta que algumas poucas unidades terciárias são marinhas, mas de difícil
datação pelo fato de serem afossilíferas.
VOCÊ SABIA?
Alguns cientistas acreditam, embora não estejam de acordo nem com a data, que a Idade
Moderna já vivenciou uma “pequena era glacial”, cujo nome, por si só, não seria possível.
Alguns alegam que a Terra resfriou entre os séculos XVI e XIX, enquanto outros acreditam
que foi entre os séculos XIII e XVII.
Chama a atenção que, do Rio de Janeiro ao Pará, por milhares de quilômetros da costa
brasileira, está presente o Grupo Barreiras, resultado da elevação do interior e o
abaixamento da costa. Ele é composto, entre outras unidades, por falésias (figura a
seguir) esculpidas na linha de costa, que podem ser consideradas como a primeira
unidade litoestratigráfica documentada no Brasil, haja vista que foi descrita na carta de
Pero Vaz de Caminha. Por toda a Era Cenozoica, ocorreram preenchimentos das bacias
por depósitos continentais, decorrentes de tectonismos e sedimentação desde o
Paleógeno até o Quaternário, com influências de oscilações climáticas. Destacam-se
entre eles os depósitos carbonáticos de origem continental, como os calcários da
bacia de Itaboraí (Rio de Janeiro), as tufas calcárias da Serra da Bodoquena, os calcretes
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da formação Xaraiés (Mato Grosso do Sul) e os da Formação Caatinga (Bahia); e os
depósitos carbonáticos de origem marinha, além dos eventos magmáticos que
ocorreram tanto no continente quanto nas ilhas oceânicas. (SCHOBBENHAUS; BRITO
NEVES, 2003)
Embora o Período Quaternário (1,8 Ma. até os dias atuais) seja “muito breve” no tempo
geológico, é nele que o homem se espalha pelo mundo, “interferindo na natureza como
nenhum outro animal antes, com consequências positivas e negativas ainda
inadequadamente desconhecidas”. (TEIXEIRA et al., 2009, p. 623)
Nessa história geológica, o Brasil se apresenta como um país vasto territorialmente, rico
em geodiversidade e com eventos que testemunham muito do passado da Terra. É
natural que, com isso, seja abundante em minérios e, consequentemente, muito rico
em biodiversidade, paisagens e ambientes, os quais merecem estudos e investigações
que possibilitem um uso sustentável melhor e mais adequado.
Figura 6 - Tabuleiro Costeiro (Falésia) da formação do Grupo Barreira, na cidade de Beberibe, no Ceará. Foi a
primeira unidade litoestratigráfica documentada no Brasil por meio da carta de Pero Vaz de Caminha. Fonte:
Nkt UsrBr, Shutterstock, 2018.
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4.2 Geotecnia e meio ambiente
Geotecnia, em grego, é a arte, o ofício, a obra de terra. O termo tem origem na palavra
grega τέχνη (téchnē). Atualmente, a Geotecnia pode ser entendida como uma área da
ciência, um segmento da engenharia, que envolve a geologia, a geofísica, a hidrologia, a
mecânica dos solos e das rochas. Portanto, diversas áreas afins se convergem para
conhecer a interação das obras humanas com o meio ambiente, de forma que a
geotecnia investiga e atua em técnicas para que se possa evitar a erosão, para
podermos construir fundações, para não contaminarmos os solos (e de remediá-los) e
os aquíferos, para fazermos obras de contenção, para estabilizarmos taludes, para
construirmos barragens etc.
À medida que o homem foi desenvolvendo tecnologias, desde as mais primitivas, já
fazia uso de técnicas e modificava a Terra, já que ele compõe o Meio Ambiente e é dele
sujeito. Por errôneo hábito, é costumeiro ao senso comum enxergar o ser humano
sempre à parte do meio, como se ele fosse mesmo “externo”, e lhe tivessem colocado
sobre a Terra para consumi-la e explorá-la. Contudo, o homo erectus é, tão somente,
apenas uma das muitas outras espécies do reino animal, e, como todas as outras,
nasce, cresce, se alimenta, procria e morre.
Tamaio (2002, p. 22 apud MEDINA, N. M., 1994) aponta a definição de Meio Ambiente
como sendo:
[...] o conjunto de componentes naturais e sociais e suas interações em um espaço e em
um tempo determinados, associado à dinâmica das interações sociedade-natureza e suas
consequências no espaço em que habita o homem, e do qual o mesmo também é parte
integrante.
Com isso o autor deixa claro que, de acordo com esse conceito, o homem é parte
integrante do meio ambiente. Tamaio (2002, p. 22) também afirma que “o conceito de
meio ambiente deve contemplar o meio social, cultural, político e não só o meio físico.
Além disso, as análises que se efetuarem dos problemas ambientais devem considerar
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as inter-relações do meio natural com o social”; então, isso não nos possibilitaria
enxergar o ser humano à parte do meio em que ele vive nem o meio sem o homem.
Ambos estão contidos um no outro.
Entretanto, muitas visões distintas daquilo que é natureza podem surgir na sua
conceituação. Ainda na linha do que propõe Tamaio (2002), alguns apresentarão uma
visão romântica do que é natureza (expressando que ela é composta por árvores,
frutos, peixes, pássaros, água limpa etc.), outros apresentarão uma visão utilitarista
(expressando que ela “serve” para os animais viverem, para dela nos servirmos etc.),
outros apresentarão uma visão científica (expressando que ela é importante para o
ciclo hidrológico, para a atmosfera, para os oceanos, para a organização do Sistema
Terra, etc.), outros apresentarão uma visão generalizante (expressando que a natureza
é tudo que existe: as terras, o ar, o homem, o sol, as estrelas, os oceanos etc.), e outros
apresentarão uma visão naturalista (expressando que a natureza já existia antes do
homem, e que tem uma função a cumprir). Essas visões, contudo, não contemplam o
que permite a visão socioambiental do que é natureza, na qual o homemintegra o
meio ambiente e dele faz parte, mesmo que o meio ambiente seja também constituído
por rios poluídos ou prédios, por pontes, casas, asfalto, cimento, pela exploração
mineral, tecnologias, celulares e assim por diante.
É por esse motivo que a exploração mineral e a geotecnia são mal vistas pela sociedade.
Ainda que dependamos todos delas para existir, a simples ideia de que o ser humano é
um agente mal, um “câncer” que usurpa a natureza e põe nela sua cobiça, fazem com
que tais obras sejam vistas muitas vezes como males a serem condenados. O paradigma
está no fato de que precisamos desses artigos ou da natureza para nos vestir, nos
alimentar, para nossas existências sociais. Ainda que o planeta Terra (possivelmente e
bastante provável) consiga existir muito bem sem a presença humana, como existiu por
bilhões de anos, a presença do ser humano é, para a natureza, apenas o mesmo que a
presença de todas as outras espécies: uma grande relação ambiental que, admitimos,
interage com a Terra.
Contudo, é verdade, o tempo de renovação das coisas é próprio de cada um. Isso faz
com o que a renovação do petróleo demande muito mais anos do que a capacidade de
o homem explorá-lo e consumi-lo até que se esgote – tornando a ele um recurso não-
renovável. Já os recursos cujos aproveitamentos podem ser feitos em tempos menores,
podem ser classificados de recursos renováveis.
Bettencourt et al. (2009, p. 510) vão considerar como recursos naturais renováveis
“aqueles cuja velocidade de reposição é suficiente para a sua utilização sem o perigo de
seu esgotamento”. Acrescentaríamos aqui um adendo: “para uso da espécie humana”,
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porque, no nosso entender, se milhões de anos se passarem a partir de agora, ainda que
o homem não mais estivesse presente, o recurso poderia ter sido reposto e
hipoteticamente poderia ser usado por alguma outra espécie. Os autores também
consideram que os recursos minerais são, em sua maioria, recursos naturais não-
renováveis (BETTENCOURT et al., 2009), isto porque não apresentam tal velocidade de
reposição (para uso da espécie humana, enfatizamos novamente).
Os bens minerais são um grande patrimônio da geodiversidade, sendo sua exploração
importante para um desenvolvimento sustentável e a melhoria de vida dos brasileiros,
considerando que, em 2005, a produção mineral atingiu um total de R$ 85 bilhões.
(FILHO; MARQUES, 2008)
Ao tratarmos dos recursos minerais, falamos também de sua exploração, no entanto
poderíamos optar por exemplificar com as obras de engenharia, Uma vez que a
geotecnia dialoga cada vez mais com áreas multidisciplinares (engenheiros, geólogos,
biólogos, químicos etc.), ela é capaz de não só possibilitar as obras como ajudar a evitar
problemas. A isso se atribui a importância de sondagens, estudos e diálogo
multidisciplinar.
CASO
Em 2007, durante o chuvoso mês de janeiro, uma cratera com 80 metros de
diâmetro e 30 metros de profundidade engoliu carros e casas, desalojou 79
famílias e matou sete pessoas. O desmoronamento aconteceu no canteiro de
obras da estação Pinheiros (Linha 4-Amarela do Metrô, Zona Oeste de São Paulo).
Embora o caso tenha sido investigado em sigilo pela justiça e não nos cabe o
julgamento dos culpados, os laudos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas)
apontaram que o projeto previa a escavação de túneis pelo método NATM (novo
método de tunelamento austríaco, na sigla em inglês) em um terreno com faixas
de rocha alterada em meio a rochas sãs, folheamento e com fraturas em
diferentes direções, algumas preenchidas com argila mole. A geologia já era
conhecida desde 1997, quando ainda na fase do planejamento do Projeto, mas,
segundo o relatório do IPT, as investigações mostraram que durante a execução
do projeto não foram consideradas as complexas características geológicas do
terreno, como a “variação lateral da qualidade da rocha” e o “sistema de
fraturamento”, somado ao fato de as alterações feitas no andamento da obra
discordar do projeto original, além de não terem sido observados indícios
durante a obra, o que poderia ter evitado o colapso do túnel.
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Isso serve para nos lembrar de que é preciso estudar a geologia, fazer sondagens,
mas também acompanhar os fatores ambientais na decorrência do projeto, além
de desenvolver uma proposta de Plano de Ação Emergencial, elaborado através
da Segurança do Trabalho, para diminuir ou minimizar as perdas humanas em
casos de acidentes. 
Os problemas ambientais no âmbito da geotecnia sempre ocorreram, no entanto
devemos ter em mente que eles podem ser evitados, quando não são, devem ser
minimizados e tratados (remediados). Como exemplo, podemos citar a construção de
um aterro para Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs). Por milênios, embora em muitos
lugares do Brasil, infelizmente, ainda se faça assim, o ser humano teve a opção de criar
lixões (figura a seguir) a céu aberto, jogando todos os lixos recolhidos das casas em um
terreno não muito distante das cidades, mas longe o suficiente para não causar ojeriza,
sem, no entanto, se preocupar com as plumas contaminantes de chorume. Com as
novas técnicas, hoje somos capazes de construir aterros específicos para receber os
RSUs, já que a necessidade imposta por uma sociedade de consumo assim exige, dada a
produção de resíduos majoritariamente desnecessários.
Figura 7 - Lixão sem controle sanitário, vetor de poluição ambiental, contaminações e doenças. Fonte:
Spaskov, Shutterstock, 2018.
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Quer por questões ambientais, quer por questões sanitárias, a Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), por meio da NBR 10.004:2004, “classifica os resíduos sólidos
quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para que
possam ser gerenciados adequadamente”, de forma que a Lei Federal nº 12.305 de 2010
institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010). Assim, a sociedade se
organiza para, em conjunto com os técnicos, preservar o meio ambiente.
Com isso, notamos que a inter-relação do homem com o meio ambiente é inevitável no
dia a dia, mas pode ser menos prejudicial para o meio. Não porque o planeta não é
capaz de suportar, afirmamos com certeza, mas porque ao ameaçar o equilíbrio do
meio ambiente, o ser humano coloca em xeque sua própria existência e a de muitas
outras espécies de animais e vegetais, admitindo que não seria, contudo, ético de sua
parte.
Um livro referência para abordar o assunto de Educação Ambiental é "A formação do sujeito ecológico", de
Isabel Carvalho, publicado pela editora Cortez. A obra aborda uma construção social de uma prática político-
pedagógica.
Poderíamos apontar inúmeros problemas ambientais: poluição do solo e das águas,
impactos negativos na dinâmica dos ventos pela construção de prédios e arranha-céus,
mortandade de peixes por mineração de produtos tóxicos etc., mas nunca se
esgotariam. É preferível admitir, todavia, que todas as ações – e para isso há estudos
próprios como os EIA (Estudos de Impacto Ambiental) e os RIMA (Relatórios de Impactos
ao Meio Ambiente) – geram impactos positivos e negativos, e todos eles têm
consequências.
VOCÊ QUER LER?
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4.3 Mineração e ambiente
Se observarmos um mapa temático, onde sejam apontados os recursos minerais do
Brasil (figura a seguir), notamos que há uma maior predominância de recursos na faixa
leste do país (regiões Sul, Sudeste e Nordeste) quando comparada com seu interior
(regiões Centro-Oeste e Norte). Isso se dá não pela ausência derecursos, mas pela
carência de informações e mapeamentos, atribuída ao histórico de ocupação territorial.
Lembramos que, ao longo da história, o litoral brasileiro foi marcado pela presença
mais intensa das populações e das grandes cidades, das Universidades e,
consequentemente, da pesquisa. Tal presença resultou em inúmeras explorações,
mapeamentos e pesquisas que, em campo, mapearam mais detalhadamente a porção
litorânea que o centro do país. Entretanto, não se pode desconectar esse fato da
formação geológica da área, na qual essas faixas são coincidentes com o embasamento
pré-cambriano, sobretudo com o escudo Atlântico, conforme descrito em
Schobbenhaus e Brito Neves (2003).
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Podemos notar que as cores apontadas na figura são variadas, no entanto, de acordo
com a legenda do Mapa Geodiversidade do Brasil (1:2.500.000) do CPRM (2018),
destaca-se a predominância de azuis-esverdeados para material de uso na construção
civil, azuis para rochas e minerais industriais, róseos como indicativos de recursos
minerais energéticos e amarelos para metais nobres, enquanto os acastanhados são
para metais não ferrosos e semimetais.
Bettencourt et al. (2009) dão exemplos de recursos minerais:
Figura 8 - Mapa Geodiversidade do Brasil (1:2.500.000): limites estaduais e recursos minerais. Fonte: CPRM,
2018, s/p.
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metálicos ferrosos: ferro, manganês, cromo, molibdênio, níquel, cobalto,
volfrâmio, vanádio (ferroligas);
metálicos não ferrosos: cobre, chumbo, zinco, estanho (básicos), alumínio,
magnésio, titânio, berílio (leves), ouro, prata, platina (preciosos), berílio, césio e
lítio (raros);
não metálicos: areia, cascalho, rocha industrial e brita (construção civil), enxofre,
fluorita, sais, pirita, cromita (indústria química), fosfatos, potássio e nitrato
(fertilizantes), calcário, argila, gipsita (cimento), argilas, feldspato e sílica
(cerâmica), cromita, magnesita, argilas e sílica (refratários), coríndon, diamante,
granada e quartzito (abrasivos), amianto e mica (isolantes), carbonatos e fluorita
(fundentes), barita, ocre, titânio (pigmentos) e diamante, rubi, turmalina (gemas).
Vale lembrar que os recursos minerais são “as concentrações minerais na crosta
terrestre cujas características fazem com que sua extração seja ou possa chegar a ser
técnica e economicamente factível” (MINEROPAR, 2018, s/p). Bettencourt et al. (2009),
por sua vez, afirmam que as rochas comuns, quando enriquecidas com substâncias
minerais úteis, são denominadas minérios. Ou seja, o granito, por si só, não é um
minério (embora seja um recurso mineral), mas, se estiver enriquecido com cassiterita
(SnO ), é também um minério de estanho. Já a aluvião (areia, cascalho ou argila), se
estiver enriquecida por ouro, torna-se, além de um recurso mineral (usado na
construção civil, entre outros), um minério de ouro; e assim por diante.
O filme Serra Pelada (2013), dirigido por Heitor Dhalia, conta a história de dois amigos que vivenciam o sonho
do ouro no maior garimpo a céu aberto do mundo, no Pará, na extinta Serra Pelada, de onde se extraiu,
oficialmente, 30 toneladas de ouro. 
2
VOCÊ QUER VER?
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Dardenne e Schobbenhaus (2003) citam 108 localizações dos distritos e depósitos
minerais mais importantes do Brasil, sendo que Bettencourt et al. (2009) afirmam que
os depósitos minerais decorrem de processos naturais, na maioria geológicos (mas
também climáticos e/ou biológicos), que enriquecem um local da crosta terrestre com
uma substância mineral.
De forma ampla, podemos apontar algumas das principais Províncias Minerais do
Brasil: a do Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais, no quadrilátero formado entre as
cidades de Belo Horizonte, Congonhas do Campo, Mariana e Santa Bárbara, onde se
encontra a maior produção de minério de ferro do país. A de Carajás, no Pará, onde
temos depósitos de ferro. O Maciço do Urucum, no Mato Grosso do Sul, onde se
apresenta a terceira maior reserva de ferro do país e manganês. E o depósito de
manganês da Serra do Navio, no Amapá, cuja lavra chegou a ser exaurida, mas novas
tecnologias permitiram a retomada da exploração.
De acordo com o Anuário Mineral Brasileiro (2016), para o ano de 2015, 76% da
produção mineral brasileira comercializada correspondiam à classe dos minerais
metálicos: ferro (61,7%), ouro (10,3%), alumínio (5,2%), níquel (4,7%), nióbio (1%),
manganês (0,9%), estanho (0,9%) e outros (1,5%), de forma que fica evidente que a
grande “vocação” da potência mineral, no Brasil, é para minerais metálicos. Contudo, os
recursos minerais também podem ser energéticos, tais como o petróleo, o carvão e o
urânio. (BIZZI, 2003)
Segundo a Mineropar (2018, s/p) a lavra, sinônimo de explotação, é a “fase da
mineração representada pelo conjunto de operações que tem como objetivo a extração
econômica das diversas substâncias minerais úteis ou fósseis de uma jazida até o seu
beneficiamento primário”, enquanto o beneficiamento é “a concentração de minério
ou de minerais úteis por remoção de materiais indesejáveis por vários processos como:
gravitativo, magnético, flotação, precipitação química, etc.”. Tais definições são
importantes por vários motivos, mas também para compreender que, durante um
beneficiamento ou durante uma lavra de algum minério, podem ocorrer impactos
ambientais como a acidificação das águas, por exemplo, causada pela exposição de
metais que interagem com a água e o ar.
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4.4 Contaminantes orgânicos e
inorgânicos
A Geoquímica, enquanto ciência que estuda a distribuição e a quantidade dos
elementos químicos na Terra e a circulação dos elementos na natureza (MINEROPAR,
2018 apud Goldschmidt, 1954), é muito importante na compreensão dos sistemas
regolito/aquífero e no entendimento dos seus processos poluidores desses.
A poluição, segundo a Mineropar (2018), pode ser entendida como a interferência
prejudicial aos usos das águas, do ar e do solo, enquanto a contaminação, termo muitas
vezes utilizado como sinônimo, é “quase sempre empregado em relação direta a efeitos
sobre a saúde do homem” (MINEROPAR, 2018, s/p), porque há existência de
microrganismos patogênicos em um meio qualquer.
Tal diferenciação nos leva a compreender que, para o uso das águas subterrâneas, por
exemplo, de acordo com o uso e ocupação do solo (se por indústria, moradias,
atividades recreativas etc.) e suas propriedades (formação geológica, topografia, clima,
entre outras), um contaminante ou agente poluidor pode impossibilitar o uso da água e,
inclusive, do solo. A toxicidade, entretanto, depende diretamente da dose do
contaminante e do tempo de exposição, de forma que, se for presente em doses altas
em um tempo curto, causa uma toxidez aguda, e se for presente em doses baixas por
longos períodos de tempo, causa uma toxidez crônica. (KERL, 2007)
Os contaminantes orgânicos diferenciam-se dos inorgânicos. Os primeiros são
biodegradáveis e provêm da agricultura, de restos de seres vivos e de atividades
domésticas (por exemplo, o esgoto), com isso, se a água estiver em um corpo livre (lago,
rio, lagoa, mar), podem causar a eutrofização da água por excesso de nutrientes,
acelerando o crescimento de algas e, consequentemente, diminuindo o oxigênio
presente nela, o qual é consumido pelos vegetais. Os inorgânicos, por sua vez, são os
metais pesados (chumbo, mercúrio, bário, cromo, zinco etc.) e os organoclorados, que
se acumulam na cadeia alimentar. Os contaminantes também podem ser biológicos, de
forma que os microrganismos,como bactérias, fungos, vírus e protozoários, são capazes
de provocar doenças.
Os sistemas hídricos, sejam de águas livres ou subterrâneas, podem ser contaminados
por ações humanas ou causas naturais (como as fitoplancto-toxinas, o pólen e os
terpenos). Entretanto, vale lembrar, que, dadas as características de formação e
drenagem das águas submersas, a contaminação/poluição delas pode ser drástica se
não for evitado, pois, em muitos casos, não podem ser tratadas/remediadas.
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Síntese
Vimos, ao longo deste capítulo 4, um pouco da História da Terra, dando ênfase para a
geologia que resultou na América do Sul e, particularmente, no Brasil. Abordamos
assuntos muito complexos e de difícil compreensão a princípio, mas conseguimos, ao
final, criar um entendimento sistêmico.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
aprender sobre a geologia do Brasil;
aprender sobre éons, eras e períodos geológicos;
aprender, por fim, sobre como surgiu a geodiversidade do nosso país;
entender a relação do ser humano com o meio ambiente;
entender a importância da geotecnia e do diálogo multidisciplinar;
analisar a atividade mineradora no Brasil;
compreender como se diferenciam os contaminantes e poluentes no nosso meio.
Bibliografia
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004: 2004. Resíduos sólidos -
Classificação, Rio de Janeiro, 2014. 
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BETTENCOURT, J. S.; MORESCHI, J. B.; TOLEDO, M. C. M. de. Recursos minerais da
Terra. In: TEIXEIRA, W.; FAIRCHILD, T. R.; TOLEDO, M. C. M. de.; TAIOLI, F. Decifrando a
Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
BIZZI, L. A. et al. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil: texto, mapas e
SIG. Brasília: CPRM, 2003. Disponível em:
<http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/1212
(http://rigeo.cprm.gov.br/jspui/handle/doc/1212)>. Acesso em: 05/04/2018.
BRASIL. Presidência da República. Lei n. 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a
Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e
dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/lei/l12305.htm)>. Acesso em: 05/04/2018.
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