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Profa. Dra. Cynthia Bedeschi UNIDADE IV Evolução Histórica da Fisioterapia O fisioterapeuta deverá ser capaz de avaliar o seu paciente – a partir de uma avaliação minuciosa – determinar os objetivos e as condutas a serem realizadas. Anamnese – entrevista minuciosa com o paciente. Primeira parte da avaliação. Um bom fisioterapeuta é um bom entrevistador! Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: freepik.com Primeiramente: dados de identificação. Nome – idade – data de nascimento. Gênero – cor – estado civil. Peso. Nacionalidade – naturalidade. Profissão – ocupação. Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: freepik.com Código de Ética – Coffito – 2013 – o fisioterapeuta deverá sempre: Chamar seu paciente pelo nome. Respeitá-lo. Tratá-lo com dignidade. Oferecer um tratamento integral e igualitário a todos. Independentemente de cor, raça, credo e condição socioeconômica. Respeitar a intimidade e o pudor do paciente. O fisioterapeuta deverá estar com o crachá em local visível. Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: freepik.com Queixa principal – QP Quais são os sintomas apresentados por ele? Deve-se levar em consideração a QP ao elaborar os objetivos e as condutas do tratamento fisioterapêutico. Avaliação fisioterapêutica – anamnese História da moléstia atual – HMA Deve-se colher informações sobre o processo saúde-doença atual do paciente. Bem detalhada. Sinais e sintomas bem caracterizados. Informações deverão ser escritas em uma ordem cronológica. Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: conexled.com.br História da moléstia pregressa – HMP Deve-se colher informações sobre o passado do paciente. Doenças prévias, traumatismos, gestações e partos, cirurgias, hospitalizações, exames laboratoriais realizados, uso de medicamentos, tabagismo, etilismo, uso de tóxicos, fatores de risco, imunizações, sono e hábitos alimentares, entre outros. Linguagem coloquial – evitar termos técnicos. Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: administradores.com.br Antecedentes familiares – AF Investigar doenças apresentadas por familiares (avós, pais, irmãos e filhos) que podem estar relacionadas ao acometimento do paciente. Ou podem ser um fator de risco para o desenvolvimento de determinada patologia. Exemplos: histórico de câncer na família, doenças cardíacas, diabetes. As informações devem ser com o próprio paciente, com seu responsável legal ou mesmo com o seu acompanhante ou responsável. Avaliação fisioterapêutica – anamnese Fonte: freepik.com Sinais vitais são medidas que fornecem dados fisiológicos. Indicam o estado de saúde de uma pessoa. Evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Os sinais vitais são compostos por: Frequência cardíaca. Frequência respiratória. Pressão arterial. Febre. Avaliação fisioterapêutica – sinais vitais Fonte: mdsaude.com Frequência cardíaca – FC A pulsação é uma sensação ondular que pode ser palpada em uma das artérias periféricas – ex.: radial, braquial, carótida, tibial posterior quando ocorre a contração ventricular. A cada contração ventricular, aproximadamente, de 60 a 70 mL de sangue entram na aorta (volume sistólico). A FC é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto. Unidade de medida – batimentos por minuto – BPM. Também pode ser aferida por meio de equipamentos – monitores cardíacos ou oxímetros. Avaliação fisioterapêutica – frequência cardíaca Fonte: freepik.com Frequência respiratória – FR Respiração – troca de gases dos pulmões com o meio exterior. Objetivos – a absorção do oxigênio e a eliminação do gás carbônico. FR – por intermédio do ritmo, da profundidade e do som, reflete o estado metabólico do corpo e a condição do diafragma e dos músculos do tórax. Também pode ser fornecida por meio do ventilador mecânico, caso o paciente se encontre sob o uso de uma via aérea artificial. Unidade de medida: respirações por minuto – RPM ou incursões por minuto – IPM. Avaliação fisioterapêutica – frequência respiratória Fonte: freepik.com Pressão arterial – PA Informa a força que o sangue exerce sobre a parede das artérias. PA = volume sanguíneo versus resistência periférica. Dois números – primeiro – de maior valor – sistólico: corresponde à pressão da artéria no momento em que o sangue foi bombeado pelo coração. Segundo número – de menor valor – diastólico: corresponde à pressão na mesma artéria, no momento em que o coração está relaxado após uma contração. Unidade de medida: milímetro de mercúrio – mmHg. Exemplo: 120 x 80 mmHg. Estetoscópio e esfigmomanômetro. Avaliação fisioterapêutica – pressão arterial Fonte: freepik.com Temperatura – ºC Consiste no equilíbrio entre a produção e a perda de calor do organismo. Mediado pelo centro termorregulador localizado no hipotálamo. Deve-se utilizar um termômetro digital. Temperatura também pode estar visível em monitores de sinais vitais. Unidade de medida: graus Celsius. Avaliação fisioterapêutica – temperatura Fonte: freepik.com Avaliação do nível de consciência O nível de consciência do paciente também é um fator muito importante a ser avaliado. Por meio dela, o fisioterapeuta consegue detectar se o paciente em questão se encontra confuso ou se está apresentando uma redução do seu nível de consciência. Pode ser necessária a utilização de alguns recursos – como o uso de oxigênio. Avaliação fisioterapêutica – nível de consciência Fonte: freepik.com Exame físico – essencial para associar a queixa a uma região anatômica específica e qualificá-la, definir sua relação com o movimento e a função. Deverá ser realizado de forma global, avaliando o paciente em sua totalidade. Ênfase na real necessidade do paciente. Deverá conter itens específicos de avaliação de acordo com a especialidade fisioterapêutica. Avaliação fisioterapêutica – exame físico Fonte: freepik.com Inspeção – observação Deve-se observar o paciente detalhadamente e bilateralmente de forma comparativa. A área a ser avaliada deve estar despida. Ambiente deve ser adequado. Todo o procedimento precisa ser bem esclarecido ao paciente ou ao responsável. Avaliação fisioterapêutica – exame físico Fonte: freepik.com Os principais itens a serem inspecionados são: Face: expressões, assimetrias. Ombros: desníveis, assimetria da cintura escapular. Cintura pélvica: assimetria. Tipo de tórax. Alterações posturais. Pele: aspecto, sinais de inflamação, cicatrizes, dermatites, deformidades. Padrão de marcha (usa-se auxílio para locomoção). Musculatura: tônus: hipertonia, hipotonia. Trofismo: hipertrofismo, hipotrofismo. Movimentos involuntários. Edema. Avaliação fisioterapêutica – exame físico Fonte: freepik.com Quais das medidas não é classificada como constituinte dos sinais vitais que devem ser verificados na avaliação fisioterapêutica? a) Frequência cardíaca. b) Nível de consciência. c) Temperatura. d) Pressão arterial. e) Frequência respiratória. Interatividade Quais das medidas não é classificada como constituinte dos sinais vitais que devem ser verificados na avaliação fisioterapêutica? a) Frequência cardíaca. b) Nível de consciência. c) Temperatura. d) Pressão arterial. e) Frequência respiratória. Resposta Estado geral do paciente deve ser avaliado. Bom estado geral. Regular estado geral. Mal estado geral. Avaliação da dor! Avaliação subjetiva. Escala visual analógica – EVA. Avaliação fisioterapêutica – estado geral e dor Fonte: neuroup.com.br Leve Moderada Intensa Ato de tocar o paciente. Realizada pelo tato e/ou pela pressão. Fisioterapeuta poderá sentir a temperatura do local avaliado, sentir se há deformidades ósseas ou alterações referentes à altura de estruturas. Verificar a expansibilidade torácica do paciente. Simetria ou assimetria de regiões. Alinhamento de processos vertebrais na coluna. Aderências ou não de cicatrizes. Trofismo muscular. Avaliação fisioterapêutica – palpação Fonte: freepik.com Avaliação de alterações no som pulmonar fisiológico – murmúrio vesicular ou apenas som pulmonar. Presença de sons que denotam acometimentos – roncos, sibilos, entre outros. Podem ser indicativos de afecções pulmonares – como atelectasias, derrames pleurais, broncoespasmo e presença de secreções pulmonares. É realizada com o auxílio de um estetoscópio em pontos específicos do tórax – anterior e posterior. Avaliação fisioterapêutica – asculta pulmonar Fonte: multisaude.com.br Com o auxílio de um goniômetro, o fisioterapeuta deverá avaliar a amplitude de movimento das articulações para determinar alterações e limitações de movimento Deve ser realizada em todas as etapas do tratamento. Avaliação fisioterapêutica – goniometria Fonte: kalunga.com.br Deverá ser avaliada para se verificar a força que um músculo ou grupo muscular possui para vencer ou suportar determinada resistência. Fundamental para verificar a funcionalidade do paciente. Medida influente para a ocorrência de limitações na realização das atividades de vida diária, ocorrência frequente de quedas, retorno às atividades esportivas pós-cirurgias, dentre outros. Testes específicos. Avaliação fisioterapêutica – força muscular Fonte: freepik.com Deve ser realizada para verificar a presença de anestesia ou hipoestesia no território do nervo lesado. Verificar sensibilidade da pele. Verificar se o território/região inervado por determinada raiz nervosa foi afetado devido à lesão apresentada. Poderá ser realizada com o auxílio de objetos de diferentes texturas. Estesiômetro. Avaliação fisioterapêutica – sensibilidade Fonte: sorribauru.com.br São testes utilizados para avaliar a integridade do arco reflexo. Analisar as raízes nervosas envolvidas no reflexo. Os testes determinam a presença ou não de espasticidade – rigidez. Utilização do martelo de reflexo de Buck ou martelo de reflexo de Taylor. Avaliação fisioterapêutica – reflexos Fonte: freepik.com O fisioterapeuta deverá estar apto a avaliar exames complementares: RX. Tomografia computadorizada. Ressonância magnética. Ultrassonografia. Ecocardiograma e eletrocardiograma. Exames de sangue (hemograma, gasometria arterial, função renal, enzimas cardíacas). Teste ergométrico. Avaliação fisioterapêutica – exames complementares Fonte: freepik.com Resolução do Coffito n. 414/12 – é obrigação do fisioterapeuta: Registrar dados pessoais. Avaliação física. História clínica. Diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico. Exames complementares. Recursos utilizados. Plano terapêutico incluindo exercícios realizados. Objetivos terapêuticos a serem alcançados. Descrição do estado de saúde do paciente. Tratamento realizado e eventuais intercorrências. O registro deverá ser efetuado com letra legível ou em prontuário eletrônico. Assinado e carimbado pelo profissional fisioterapeuta. Avaliação fisioterapêutica – prontuários Fonte: freepik.com A avaliação fisioterapêutica é de extrema importância para que o fisioterapeuta tenha condições de realizar o diagnóstico e elaborar uma adequada estratégia de tratamento. Sobre a avaliação fisioterapêutica, assinale a alternativa incorreta: a) O diagnóstico feito pelo fisioterapeuta é denominado diagnóstico cinético-funcional. b) Anamnese é o relato sobre os antecedentes e a evolução de uma doença até o momento do exame clínico. c) Exame físico é uma avaliação global do paciente por meio de testes específicos. d) Os sinais vitais devem ser mensurados apenas na primeira e na última avaliações. e) Queixa principal é o motivo que levou o paciente a procurar assistência fisioterapêutica. Interatividade A avaliação fisioterapêutica é de extrema importância para que o fisioterapeuta tenha condições de realizar o diagnóstico e elaborar uma adequada estratégia de tratamento. Sobre a avaliação fisioterapêutica, assinale a alternativa incorreta: a) O diagnóstico feito pelo fisioterapeuta é denominado diagnóstico cinético-funcional. b) Anamnese é o relato sobre os antecedentes e a evolução de uma doença até o momento do exame clínico. c) Exame físico é uma avaliação global do paciente por meio de testes específicos. d) Os sinais vitais devem ser mensurados apenas na primeira e na última avaliações. e) Queixa principal é o motivo que levou o paciente a procurar assistência fisioterapêutica. Resposta O fisioterapeuta possui diversos recursos exclusivos de sua profissão para o tratamento de seus pacientes. Podem ser utilizados em todas as áreas de atuação do fisioterapeuta. Deve-se respeitar sempre as condições clínicas do paciente, as indicações e as contraindicações de cada recurso. Não se pode esquecer de que cada paciente é único! Recursos fisioterapêuticos Fonte: freepik.com Fatores biológicos Fatores sociais Fatores psicológicos Consiste no uso do movimento ou exercício como forma de tratamento. “Cinesioterapia” – do grego – “movimento” e therapeia – “terapia”. Baseia-se nos conhecimentos de anatomia, fisiologia e biomecânica. Objetivos do exercício terapêutico – manter, corrigir e/ou recuperar uma determinada função. Atua no desenvolvimento, melhora, restauração e manutenção da força, da resistência à fadiga, da mobilidade e flexibilidade, do relaxamento e da coordenação motora (KISNER; COLBY, 1998). Cinesioterapia Fonte: freepik.com Exercícios passivos: o fisioterapeuta ou dispositivos que imitam os movimentos fisiológicos realizam manipulações de diferentes segmentos ou tecidos. Não há contração muscular voluntária. Exercícios ativos: o paciente realiza os exercícios de forma ativa e consciente. Exercícios ativos assistidos: o paciente realiza o exercício de forma ativa, porém pode necessitar de auxílio do fisioterapeuta para completar a amplitude de movimento adequada. Cinesioterapia Fonte: freepik.com Consiste na utilização de equipamentos para realização da cinesioterapia com finalidade terapêutica. Objetivos: promover, desenvolver e restaurar a força muscular; melhorar flexibilidade, mobilidade articular e equilíbrio; melhorar resistência; melhorar mobilidade articular; auxiliar no relaxamento muscular, pode auxiliar no ganho de massa muscular. Equipamentos: halteres, caneleiras, molas, elásticos, cama elástica, prancha de equilíbrio, bolas, equipamentos de musculação. Mecanoterapia Fonte: freepik.com Manipulações aplicadas ao corpo realizadas com as mãos. Objetivo preventivo, reabilitador, terapêutico e psicológico. Mobilização e/ou manipulação de tecidos, segmentos articulares, músculos, estimulando a circulação e a mobilidade de tecidos. É pelas mãos que o fisioterapeuta exerce sua profissão – história profissional – permite uma aproximação física e uma comunicação entre terapeuta e paciente. Toque terapêutico – deve ser respeitoso e ético – importante forma de aproximação do profissional com seu paciente. Exemplos: massagem clássica, shiatsu, shantala, drenagem linfática. Massoterapia Fonte: freepik.com Fonte: freepik.com Desde a Antiguidade, a água vem sendo utilizada como recurso terapêutico em diversas culturas para tratar doenças. Propriedades físicas da água, somadas aos exercícios, podem alcançar a maioria dos objetivos físicos propostos em um programa de reabilitação. Hidroterapia – termo para descrever modalidades utilizadas em tratamentos naturais: Banhos. Compressas. Jatos de água. Vapor. Hidroterapia Fonte: globoesporte.globo.om É executada em uma piscina terapêutica. Pode ser realizada em todas as idades. Promove relaxamento, fortalecimento, estabilidade, equilíbrio e coordenação. Existem alguns cuidados econtraindicações que devem ser observados. Hidroterapia Fonte: centraldafisioterapia.com.br Uso de correntes elétricas por meio de aparelhos. Devem-se considerar parâmetros como intensidade, voltagem, potência e condutividade na aplicabilidade de cada recurso. Cada corrente tem sua particularidade em relação à indicação e à contraindicação. Objetivo em comum: produzir um efeito no tecido a ser tratado – obtido por meio das reações físicas, biológicas e fisiológicas que o tecido desenvolve ao ser submetido à terapia (SOARES, 2017). Eletroterapia Fonte: tuasaude.com A eletroterapia também pode ser utilizada nas mais diversas áreas de atuação do fisioterapeuta. Exemplos: Fisioterapia uroginecológica – auxiliar no fortalecimento do assoalho pélvico. Fisioterapia respiratória – auxiliar no fortalecimento ou na estimulação da musculatura respiratória. Fisioterapia neurofuncional – auxiliar na recuperação de pacientes com sequelas de AVC. Fisioterapia dermatofuncional – auxiliar no pós-operatório de cirurgia estética para redução de aderência cicatricial. Eletroterapia Recursos físicos térmicos e fototerápicos que alteram a temperatura corporal com o objetivo de gerar respostas fisiológicas e terapêuticas. Utilização de ondas eletromagnéticas para sensibilizar termorreceptores corporais. Sempre que a temperatura corporal estiver fora do seu valor ideal – que é de 36,7 a 37,1 ºC – são desencadeados mecanismos autônomos de termorregulação. Permitem que o corpo retome sua temperatura adequada. Aumento de temperatura ocasiona vasodilatação, transpiração e aumento do metabolismo. Termoterapia e fototerapia Fonte: mundoboaforma.com.br Terapia por calor: Produz efeitos analgésicos. Acelera a cicatrização. Atua na reparação tecidual. Alivia espasmos musculares. Relaxamento muscular. Exemplos: banho de parafina, compressa quente, infravermelho, ultrassom. Termoterapia e fototerapia Fonte: tuasaude.com Fonte: pinterest.com Terapia por frio – crioterapia – terapia com utilização de gelo. Efeitos: Reduzir o metabolismo local – diminui a necessidade de oxigênio das células. Baixas temperaturas – vasoconstrição reflexa. Diminuição da sudorese. Aumento do tônus muscular. Principal objetivo: analgesia. Termoterapia e fototerapia Fonte: muitomaisesporte.com.br LP é um homem com 30 anos de idade. Aos finais de semana, joga futebol de campo com seus colegas. No último domingo, LP sofreu uma entorse no tornozelo quando pisou em um buraco no gramado do campo. O jogo foi paralisado e seus amigos vieram com um saco de gelo e uma toalha para proteger a pele ao colocar o gelo na região do tornozelo. De acordo com o exposto, responda: como esse recurso da fisioterapia é denominado? a) Mecanoterapia. b) Cinesioterapia. c) Eletroterapia. d) Crioterapia. e) Massoterapia. Interatividade LP é um homem com 30 anos de idade. Aos finais de semana, joga futebol de campo com seus colegas. No último domingo, LP sofreu uma entorse no tornozelo quando pisou em um buraco no gramado do campo. O jogo foi paralisado e seus amigos vieram com um saco de gelo e uma toalha para proteger a pele ao colocar o gelo na região do tornozelo. De acordo com o exposto, responda: como esse recurso da fisioterapia é denominado? a) Mecanoterapia. b) Cinesioterapia. c) Eletroterapia. d) Crioterapia. e) Massoterapia. Resposta Resolução do Coffito n. 380/10 – autoriza a prática pelo fisioterapeuta de atos complementares ao seu exercício profissional na promoção, na educação, na restauração e na preservação da saúde. São consideradas tratamentos que utilizam recursos terapêuticos baseados em conhecimentos tradicionais voltados para a prevenção ou até como tratamento paliativo em algumas doenças crônicas. São oferecidas pelo SUS. Práticas complementares/integrativas em saúde Fonte: saúde.gov.br Hipnose – técnica reconhecida e regulamentada no Brasil pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1999. Mecanismo mental explicado pela ciência. Estado hipnótico – estado fisiológico que experimentamos todos os dias em diversas situações cotidianas. Durante o estado de hipnose, o paciente experimenta um rebaixamento de frequência cerebral e um estado alterado do nível de consciência. Indicações: redução de dor, auxílio em terapias comportamentais e psicológicas. Hipnose Fonte: spsicologos.com Acórdão n. 497/16 – Coffito – treinamento funcional foi reconhecido como uma ferramenta para o desenvolvimento de capacidades. É nos princípios de cinesiologia, cinesioterapia, biomecânica e fisiologia do exercício, objetivando o equilíbrio das estruturas musculares, a prevenção de lesões e a melhora do controle e desempenho motor. Deve ser aplicado na prevenção ou no tratamento fisioterapêutico de pacientes que apresentam qualquer tipo de disfunção funcional. Não é exclusivo do fisioterapeuta. Treinamento funcional Fonte: freepik.com Resolução do Coffito n. 348/08. Equoterapia – recurso fisioterapêutico de caráter transdisciplinar inserido no campo das práticas integrativas. O fisioterapeuta poderá utilizar a equoterapia com base no diagnóstico cinesiológico funcional. Equoterapia Fonte: coffito.gov.br O RPG se baseia no alongamento global de músculos organizados em cadeias musculares alongadas simultaneamente. Indicado para alterações posturais, funcionais, alterações articulares, sequelas neurológicas, alterações respiratórias. Muito usado em tratamentos de escoliose. Reeducação Postural Global – RPG Fonte: rpgsouchard.com.br Conceito FNP – Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva – década de 1940. Iniciado com Dr. Herman Kabat e a fisioterapeuta Margareth Voss. Padrões sinérgicos de movimento – diagonais funcionais. Baseia-se em exercícios terapêuticos que se utilizam de diversos mecanismos facilitadores, com o objetivo de promover e/ou melhorar a contração muscular, a coordenação, o equilíbrio e o relaxamento muscular. Direcionamento do movimento ativo por meio da introdução de resistência ideal, estimulando os movimentos coordenados por meio da sincronização correta dos estímulos. Conceito de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva – FNP Fonte: PNF in Practice Fonte: PNF in Practice Conceito Bobath – década de 1950. Baseia-se em dois princípios: inibição de padrões anormais responsáveis pelos padrões de hipertonia e facilitação de padrões normais integrados ao equilíbrio em sua própria sequência de desenvolvimento neuropsicomotor. Progressão para atividade motora especializada. Reabilitação neurofuncional. Conceito Bobath Fonte: revistaportalsaude.com.br CIF – aprovada pela Organização Mundial da Saúde em 2001. Necessidade de uma informação mais detalhada sobre funcionalidade e incapacidade. Nível internacional – linguagem única e padronizada. Permite a comunicação sobre saúde e cuidados de saúde em todo o mundo, entre várias disciplinas e ciências (ARAÚJO, 2012). Classificação Internacional de Funcionalidade – CIF Fonte: freepik.com Descreve a funcionalidade e a incapacidade relacionadas à saúde. Identifica o que uma pessoa pode ou não pode fazer em suas atividades de vida diária. Baseia-se nas funções de órgãos, sistemas ou estruturas do corpo humano. Limitações de atividades. Modelo biopsicossocial em que os componentes de saúde estão interligados a componentes corporais e sociais. Classificação Internacional de Funcionalidade – CIF Fonte: freepik.com Classificação Internacional de Funcionalidade – CIF Fonte: livro-texto Atividades (limitação da atividade) Condição de saúde (desordem/doença) Participação (restrição da participação) Estruturas e funções do corpo (deficiência) Fatores ambientais Fatores pessoais Classificação Internacional de Funcionalidade – CIF Fonte: livro-texto Domínio Definição Funções docorpo Funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas), ou seja, refere-se a como cada sistema executa seus objetivos. Exemplo: a função do sistema respiratório é efetuar a troca gasosa e oxigenar os diversos tecidos do corpo; porém, para isso, é necessário que existam estruturas anatômicas preservadas, como pulmão e vasos. Estruturas do corpo Partes anatômicas do corpo, como órgãos, membros e seus componentes. Atividade Execução das diversas tarefas ou ações pelo indivíduo no seu dia a dia. Participação social Envolvimento que o indivíduo pode ter com as diversas situações da vida real. Deficiência Toda a alteração de funções e estruturas do corpo. Exemplo: o indivíduo que tem insuficiência cardíaca terá deficiência de estrutura (coração com anatomia modificada) e de função (débito cardíaco reduzido). Limitação de atividade Problemas que o indivíduo apresenta na execução de suas atividades. Exemplo: um indivíduo acometido por um AVE tem limitação para andar; porém pode locomover-se com auxílio de dispositivos auxiliares, como bengala. Restrição de participação Problemas que o indivíduo pode enfrentar nas situações da vida real. Exemplo: um indivíduo com alteração na marcha poderá ter restrição para participação social de ir à igreja de forma independente. A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde foi elaborada com a finalidade de registrar e organizar uma ampla gama de informações relacionadas a diferentes estados de saúde. Visa a uniformizar a linguagem internacional no que diz respeito à descrição de diferentes aspectos referentes à funcionalidade, à incapacidade e à saúde. São domínios constituintes da CIF, exceto: a) Função e estrutura corporal. b) Atividade social. c) Ambiente. d) Participação social. e) Diagnóstico da doença. Interatividade A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde foi elaborada com a finalidade de registrar e organizar uma ampla gama de informações relacionadas a diferentes estados de saúde. Visa a uniformizar a linguagem internacional no que diz respeito à descrição de diferentes aspectos referentes à funcionalidade, à incapacidade e à saúde. São domínios constituintes da CIF, exceto: a) Função e estrutura corporal. b) Atividade social. c) Ambiente. d) Participação social. e) Diagnóstico da doença. Resposta ADLER, Susan, S. BECKERS, Dominiek; BUCK, Math; ARAÚJO, E. Uso da CIF em fisioterapia: uma ferramenta para obtenção de dados para a funcionalidade. PNF in Practice: An Illustrated Guide (English Edition). 4. ed., 2014. Tese (doutorado em Epidemiologia, Universidade de São Paulo, 2012). KISNER, C.; COLBY, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicas. 3. ed. Barueri: Manole, 1998. MEYER, P. F. et al. Magnetoterapia: é possível este recurso fazer parte da rotina do fisioterapeuta brasileiro? Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v. 36, n. 1, p. 35-39, jan./abr. 2011. Referências REZENDE, R. P. D. B.; GABRIEL, A. Relações entre Clínica e Osteopatia. Revista Sociedade Brasileira de Clínica Médica , n. 6, p. 194-196, 2008. Disponível em: http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2008/ v6n5/a194-196.pdf. Acesso em: 11 out. 2019. SOARES, R. Fisioterapia sua história e síntese da conduta profissional e noções básicas de ética e bioética. Porto Alegre: Buqui, 2017. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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