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Legislação Ambiental 
1 
Legislação Ambiental 
Jalmir Cabral Júnior 
2ª
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çã
o 
Legislação Ambiental 
2 
DIREÇÃO SUPERIOR 
Chanceler Joaquim de Oliveira 
Reitora Marlene Salgado de Oliveira 
Presidente da Mantenedora Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Planejamento e Finanças Wellington Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor de Organização e Desenvolvimento Jefferson Salgado de Oliveira 
Pró-Reitor Administrativo Wallace Salgado de Oliveira 
Pró-Reitora Acadêmica Jaina dos Santos Mello Ferreira 
Pró-Reitor de Extensão Manuel de Souza Esteves 
 
DEPARTAMENTO DE ENSINO A DISTÂNCIA 
Gerência Nacional do EAD Bruno Mello Ferreira 
Gestor Acadêmico Diogo Pereira da Silva 
 
FICHA TÉCNICA 
Direção Editorial: Diogo Pereira da Silva e Patrícia Figueiredo Pereira Salgado 
Texto: Jalmir Cabral Júnior 
Revisão Ortográfica: Rafael Dias Carvalho Moraes, Christina Corrêa da Fonseca 
Projeto Gráfico e Editoração: Antonia Machado, Eduardo Bordoni, e Fabrício Ramos 
Supervisão de Materiais Instrucionais: Antônia Machado 
Ilustração: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
Capa: Eduardo Bordoni e Fabrício Ramos 
 
COORDENAÇÃO GERAL: 
Departamento de Ensino a Distância 
Rua Marechal Deodoro 217, Centro, Niterói, RJ, CEP 24020-420 www.universo.edu.br 
 
Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca Universo – Campus Niterói 
 
Bibliotecária: Elizabeth Franco Martins CRB 7/4990 
Informamos que é de única e exclusiva responsabilidade do autor a originalidade desta obra, não se r esponsabilizando a ASOEC 
pelo conteúdo do texto formulado. 
© Departamento de Ensi no a Dist ância - Universidade Salgado de Oliveira 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma 
ou por nenhum meio sem permissão expressa e por escrito da Associação Salgado de Oliveira de Educação e Cultura, mantenedora 
da Univer sidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO). 
 
C117l Cabral Junior, Jalmir. 
Legislação ambiental / Jalmir Cabral Junior ; revisão de Rafael 
Dias de Carvalho Moraes e Christina Corrêa da Fonseca. – 2. ed. 
- Niterói, RJ: EAD/UNIVERSO, 2017. 
 
144 p. : il. 
 
 1. Gestão ambiental - Legislação. 2. Direito ambiental. 3. 
Ecologia. 4. Crime contra o meio ambiente. 5. Lixo – Eliminação 
- Legislação. I. Moraes, Rafael Dias de Carvalho. II. Fonseca, 
Christina Corrêa da. III. Título. 
 
CDD 341.347 
Legislação Ambiental 
3 
 
Palavra da Reitora 
 
Acompanhando as necessidades de um mundo cada vez mais complexo, 
exigente e necessitado de aprendizagem contínua, a Universidade Salgado de 
Oliveira (UNIVERSO) apresenta a UNIVERSO EAD, que reúne os diferentes 
segmentos do ensino a distância na universidade. Nosso programa foi 
desenvolvido segundo as diretrizes do MEC e baseado em experiências do gênero 
bem-sucedidas mundialmente. 
São inúmeras as vantagens de se estudar a distância e somente por meio 
dessa modalidade de ensino são sanadas as dificuldades de tempo e espaço 
presentes nos dias de hoje. O aluno tem a possibilidade de administrar seu próprio 
tempo e gerenciar seu estudo de acordo com sua disponibilidade, tornando-se 
responsável pela própria aprendizagem. 
O ensino a distância complementa os estudos presenciais à medida que 
permite que alunos e professores, fisicamente distanciados, possam estar a todo 
momento ligados por ferramentas de interação presentes na Internet através de 
nossa plataforma. 
Além disso, nosso material didático foi desenvolvido por professores 
especializados nessa modalidade de ensino, em que a clareza e objetividade são 
fundamentais para a perfeita compreensão dos conteúdos. 
A UNIVERSO tem uma história de sucesso no que diz respeito à educação a 
distância. Nossa experiência nos remete ao final da década de 80, com o bem-
sucedido projeto Novo Saber. Hoje, oferece uma estrutura em constante processo 
de atualização, ampliando as possibilidades de acesso a cursos de atualização, 
graduação ou pós-graduação. 
Reafirmando seu compromisso com a excelência no ensino e compartilhando 
as novas tendências em educação, a UNIVERSO convida seu alunado a conhecer o 
programa e usufruir das vantagens que o estudar a distância proporciona. 
 
Seja bem-vindo à UNIVERSO EAD! 
Professora Marlene Salgado de Oliveira 
Reitora
Legislação Ambiental 
4 
 
Legislação Ambiental 
5 
 
 
Sumário 
 
 
Apresentação da disciplina ................................................................................................ 07 
Plano da disciplina .............................................................................................................. 09 
Unidade 1 - O Surgimento do Direito .............................................................................. 13 
Unidade 2 – História da Legislação Ambiental no Brasil ............................................... 35 
Unidade 3 – Conceitos de Direito Ambiental ................................................................ 51 
Unidade 4 – Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente .................... 69 
Unidade 5 – Crime Ambiental (Lei 9605/98) ................................................................... 91 
Unidade 6 – Da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) ..................... 109 
Considerações finais ........................................................................................................... 133 
Conhecendo o autor ........................................................................................................... 135 
Referências ........................................................................................................................... 137 
Anexos ................................................................................................................................. 139 
 
 
Legislação Ambiental 
6 
 
 
Legislação Ambiental 
7 
 
Apresentação da Disciplina 
 
Querido aluno, 
Seja bem-vindo a disciplina de Legislação Ambiental. 
Nesta disciplina você terá a oportunidade de conhecer legislações ambientais 
que com certeza irão agregar valor para tua carreira profissional. 
Não pense que o entendimento da legislação, principalmente ambiental, está 
restrito ao aluno de direito que pretende atuar ou até mesmo ao advogado 
ambientalista. O Engenheiro Ambiental necessita de tais conhecimentos para se 
tornar um profissional completo. 
Estude cada Unidade com calma, e caso venha a suscitar dúvidas, procure teu 
tutor. Não deixe que as dúvidas se acumulem, até porque os assuntos das seis 
Unidades são correlacionados. 
Esta disciplina foi produzida de forma simples, para que você entenda a 
legislação de uma maneira mais fácil e objetiva. E não esqueça, que o teu sucesso, 
só depende de você! 
 
Abraços e fique com DEUS! 
 
 
 
Legislação Ambiental 
8 
 
Legislação Ambiental 
9 
 
Plano da Disciplina 
 
A disciplina de Legislação Ambiental fundamenta-se no estudo das principais 
legislações ambientais no Brasil desde a origem do Direito, a evolução e as leis 
atuais. O Objetivo não é interpretar a legislação ambiental com base nas nossas 
conveniências, mas sim entender o que o legislador realmente pretende com os 
dispositivos legais, a partir dos comentários, transformando esse estudo, que 
muitas vezes não é de agrado do aluno, em um estudo mais claro e objetivo, 
facilitando a interpretação do estudante. 
O conteúdo desta disciplina está dividido, para efeito didático e estrutural, em 
seis unidades de estudo que abordarão desde a História do Direito até a Lei de 
Política Nacional de Educação Ambiental. 
Seguiremos com a apresentação de cada unidade: 
Unidade 1: O Surgimento do Direito 
Na primeira unidade veremos o surgimento do direito, bem como as 
definições e diferenças entre legislação, decretos, portarias e os diversos tipos de 
revogação, a manifestação da Constituição daRepública Federativa do Brasil na 
Hierarquia das Leis. 
Objetivo: Fazer com que os alunos consigam adquirir base e melhor 
entendimento para as unidades seguintes. 
 
Unidade 2: História da Legislação Ambiental no Brasil 
Nesta unidade veremos a história da Legislação Ambiental no Brasil através do 
posicionamento adotado durante a Primeira Conferência Mundial das Nações 
Unidas, bem como a criação da Política Nacional de Meio Ambiente através da Lei 
6938 de 31 de Agosto de 1981. 
 
Objetivo: Entender o quanto os posicionamentos Políticos podem vir a 
influenciar alguns países a mudarem suas visões quanto as questões ambientais. 
 
Legislação Ambiental 
10 
Unidade 3: Conceitos de Direito Ambiental 
Na unidade em questão, veremos a existência de diversos conceitos e 
princípios de direito ambiental. O direito ambiental é sem dúvidas a ciência que 
rege as relações do homem com o meio ambiente que o cerca. 
Objetivo: Tomar conhecimento dos principais conceitos e princípios oriundos 
da própria legislação. 
 
Unidade 4: Dos Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente 
Na Unidade 04, estaremos abordando dois assuntos de extrema importância 
quanto tratamos de uma proteção ambiental efetiva, uma vez que, falaremos do 
Zoneamento Ambiental e Licenciamento Ambiental, ressaltando que ambos são 
considerados como instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 
6938/81- PNMA). Aproveitando, daremos ênfase na Lei 6.803/80, que trata sobre 
Zoneamento Industrial. 
Objetivo: Conhecer a relação existente do Processo de Licenciamento 
Ambiental com os Zoneamentos Ambiental e Industrial. 
 
Unidade 5: Crime Ambiental (Lei 9605/98) 
Na Unidade 05, trataremos de alguns pontos importantes da Lei 9605 de 12 de 
fevereiro de 1998, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas 
de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e de outras providências. A 
referida Lei é composta de 08 capítulos, acompanhada por 82 artigos. 
Objetivo: Entender a diferença entre Crime Ambiental e Infração 
Administrativa. 
 
Legislação Ambiental 
11 
 
Unidade 6: Da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) 
Na Unidade 06, que é a última, falaremos de pontos importantes tanto da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos quanto da Política Nacional de Educação 
Ambiental. A primeira é embasada na Lei 12305 de 05 de agosto 2010 e a 
segunda na Lei 9795 de 27 de abril de 1999. 
Objetivos: Adquirir um bom conhecimento sobre pontos fundamentais da 
Política Nacional de Resíduos Sólidos, bem como perceber que a Política Nacional 
de Educação Ambiental, se aplicada corretamente, se torna uma grande 
ferramenta de conscientização ambiental em todo território nacional. 
 
 
Bons Estudos! 
 
 
 
 
Legislação Ambiental 
12 
 
 
 
 
Legislação Ambiental 
13 
1 O Surgimento do Direito 
História do Direito. 
Nascimento da Noção de Direito. 
Definições na Legislação. 
A Constituição Federal na Hierarquia das Leis. 
 
Legislação Ambiental 
14 
 
 
Prezado aluno, nesta unidade veremos o surgimento do direito, bem como as 
definições e diferenças entre legislação, decretos, portarias e os diversos tipos de 
revogação, a manifestação da Constituição da República Federativa do Brasil na 
Hierarquia das Leis. 
 
 
Objetivos da Unidade 
 Conhecer a origem do Direito e as definições e diferenças entre 
legislação, decretos, portarias e os diversos tipos de revogação. 
 
 
Plano da Unidade : 
 História do Direito. 
 Nascimento da Noção de Direito. 
 Definições na Legislação. 
 A Constituição Federal na Hierarquia das Leis. 
 
 
Bons Estudos! 
 
Legislação Ambiental 
15 
 
 
História do Direito 
 
 
 
A História do Direito é o ramo da 
história social que se ocupa da análise, da 
crítica e da desmistificação 
(esclarecimento) dos institutos, das 
normas, dos pensamentos e dos saberes 
jurídicos do passado. Ela é uma disciplina 
obrigatória nos cursos de Direito e possui 
uma autonomia disciplinar. E é 
importante que vocês, ainda que não 
sejam alunos do curso acima citado, 
conheçam a história do direito. Pois não 
há do que se falar de assuntos atuais, sem 
antes conhecermos sua origem. 
Quando estudamos a história do 
direito, o que encontramos são tradições 
culturais particulares, que informam 
práticos rituais de resolução de conflitos 
sejam estas formais ou informais, 
codificadas ou não, escritas ou não. 
 
Legislação Ambiental 
16 
 
Pode limitar-se a uma ordem nacional, 
abrangendo o direito de um conjunto de povos 
identificados pela mesma linguagem ou tradições 
culturais. Pode-se falar em história do Direito 
Romano e suas instituições, do Direito português, 
do brasileiro, da Common-law ou se estender ao 
plano mundial. 
 
Sabe-se, por exemplo, que segundo a tradição europeia continental, a história 
do Direito Romano e de suas instituições tem grande importância menor na 
tradição angloamericana e quase nenhuma para os povos de tradição islâmica. 
O Direito e a História vivem em regime de mútua influência, a ponto de 
Ortolan (um grande especialista em Direito Romano) ter afirmado que todo 
historiador deveria ser jurisconsulto, todo jurisconsulto deveria ser historiador. O 
certo é que o Direito vive impregnado de fatos históricos, que comandam o seu 
rumo, e a sua compreensão exige, muitas vezes, o conhecimento das condições 
sociais existentes à época em que foi elaborado. 
A Escola Histórica do Direito, de formação germânica, criada no início do 
século XIX, valorizou e deu grande impulso aos estudos históricos do Direito. 
É necessário que a história do direito, paralelamente à análise da legislação 
antiga, proceda à investigação nos documentos históricos da mesma época. A 
pesquisa histórica pode recorrer às fontes jurídicas que tomam por base as Leis, o 
Direito Consuetudinário, as sentenças judiciais e as obras doutrinárias às fontes não 
jurídicas, como livros, cartas e outros documentos. 
Direito Consuetudinário é o direito que surge dos costumes de certa 
sociedade, não passa por um processo de criação de leis como no Brasil onde o 
legislativo cria leis, emendas constitucionais, medidas provisórias, etc. No direito 
consuetudinário, as leis não precisam necessariamente estar em um papel ou 
serem sancionadas ou promulgadas. Os costumes transformam-se nas leis. 
 
Common-law - Direito Comum - é 
proveniente da língua Inglesa, que 
significa Direito Comum. Seria aquele 
direito que foi decidido através de 
decisões Tribunais, ou seja, que não 
foram criados pelas mãos dos 
legisladores (aqueles que criam as leis). 
Legislação Ambiental 
17 
 
A história do direito é de suma importância para o estudo da ciência jurídica, 
pois, visa compreender o processo de evolução e constante transformação das 
civilizações humanas no decorrer da história dos diversos povos e, 
consequentemente, das diversas culturas, do ponto de vista jurídico, sendo assim o 
direito a ciência do conviver. 
 
Nascimento da Noção de Direito 
 
O mais antigo texto de lei de que se tem notícia é o Código de Ur-Nammu, 
redigido por volta de 2100 a.C. 
 O Código de Hamurabi (1750 a.C.), erradamente considerado como o mais 
antigo texto legal conhecido, é, na verdade, o mais antigo texto jurídico quase 
completo que chegou até os nossos dias. 
 
Importante 
O Código de Ur-Nammu foi encontrado nas ruínas de templos da época 
do rei Ur-Nammu, na região da Mesopotâmia, onde fica o Iraque atualmente. 
 
 
 
Definições na Legislação 
 
Legislação significa ato de legislar. E seria o conjunto das leis sobre 
determinada matéria: Legislação Ambiental. Ou seja, a totalidade das leis de um 
Estado, ou de algum dos ramos do Direito: a legislação previdenciária; a legislação 
penal. 
 
Legislação Ambiental 
18 
 
Lei 
Lei é espécienormativa constante do artigo 59 da Constituição Federal (A 
partir daqui CF). De uso exclusivo do Poder Legislativo, tem a característica de 
generalidade e abstração. Ela inova a ordem jurídica e possui o poder de obrigar a 
todos (erga omnes). 
Lei (do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que 
significa "aquilo que se lê") é uma norma ou conjunto de normas jurídicas criadas 
através dos processos próprios do ato normativo e estabelecidas pelas autoridades 
competentes para o efeito. 
A palavra lei pode ser empregada em três sentidos diferentes, conforme a 
abrangência que se pretenda dar a ela. Em uma definição amplíssima, lei é toda a 
regra jurídica, escrita ou não; aqui ela abrange os costumes e todas as normas 
formalmente produzidas pelo Estado, representadas, por exemplo, pela 
Constituição federal, medida provisória, decreto, lei ordinária, lei complementar, 
etc. Já em um sentido amplo, lei é somente a regra jurídica escrita, excluindo-se 
dessa acessão, portanto, o costume jurídico. Por fim, em uma acessão técnica e 
específica, a palavra lei designa uma modalidade de regra escrita, que apresenta 
determinadas características; no direito brasileiro, são técnicas apenas a lei 
complementar e a lei ordinária. 
A lei, no seu processo de formulação, passa por várias etapas estabelecidas na 
Constituição. Neste processo temos a iniciativa da lei, discussão, votação, 
aprovação, sanção, promulgação, publicação e vigência da lei. A iniciativa da lei 
normalmente compete ao órgão executivo ou ao legislativo, mas há casos em que 
a própria Constituição determina que a iniciativa caiba ao judiciário. 
Proposta a lei, segue-se a sua discussão no Congresso Nacional, se Federal, ou 
nas Assembleias Legislativas, se Estadual; em seguida, vem a sua votação, que é a 
manifestação da opinião dos deputados parlamentares, favorável ou contrária, ao 
projeto de lei. Se for favorável ao projeto, ou seja, se conseguir a maioria dos votos, 
a lei estará aprovada pelo órgão legislativo. Então, a lei é encaminhada ao 
Presidente da República (Lei Federal) ou ao Governador de Estado (Lei Estadual), 
que poderá sancioná-la ou vetá-la. 
 
Legislação Ambiental 
19 
 
Em Portugal, por exemplo, os projetos e propostas de lei, depois de aprovados 
pela Assembleia da República, designam-se como decretos e, só após a 
promulgação pelo Presidente da República e a refenda do Primeiro-Ministro, são 
publicados em Diário da República, assumindo a forma de leis. Em sentido amplo, 
lei abrange qualquer norma jurídica enquanto em sentido restrito compreende 
apenas os diplomas emanados pela Assembleia. 
Vetada, total ou parcialmente, o veto é submetido ao Congresso ou à 
Assembleia, que poderão derrubá-lo. Rejeitado, o órgão executivo tem que acatar a 
decisão do órgão legislativo. Nesse caso, bem como nos casos em que o poder de 
veto não é exercido no prazo legal (quando se diz haver sanção tácita), o 
Presidente da República deve acatar a lei promulgada pelo poder legislativo. 
Sancionada e promulgada (ato pelo qual o órgão executivo determina a sua 
execução), a lei é publicada no Diário Oficial. 
 
Importante 
A sanção tácita de um projeto de lei se dá quando, no prazo de quinze 
dias corridos, contados da data do recebimento do projeto de lei, o presidente da 
República não o sanciona nem o veta. 
A sua vigência dá-se após o prazo de 5 dias em Portugal, ou de 45 dias, no 
Brasil, desde a data da sua publicação, ou no prazo estabelecido expressamente no 
diploma legal. Este período entre a publicação e a entrada em vigor da lei é 
conhecido pela expressão latina vacatio legis. 
 
Legislação Ambiental 
20 
 
Decreto-lei 
 
Decreto-lei é um decreto com força de lei, que emana do Poder Executivo 
(representados por prefeitos, governadores e presidente da república), previsto 
nos sistemas legislativos de alguns países. Os decretos-leis podem aplicar-se à 
ordem econômica, fiscal, social, territorial e de segurança, com legitimidade efetiva 
de uma norma administrativa e poder de lei desde a sua edição, sanção e 
publicação no diário ou jornal oficial. 
O decreto-lei existe em Portugal e em outros países e territórios com sistemas 
constitucionais e jurídicos inspirados nos portugueses. Aliás, os decretos-lei 
constituem a maioria das leis ordinárias publicadas em Portugal. No Brasil, o 
decreto-lei deixou de ser previsto na Constituição de 1988. Ou seja, Decreto-Lei 
não mais existe em nosso ordenamento jurídico. É espécie de ato normativo que 
foi substituído na Constituição de 1988 pela Medida Provisória. De acordo com o 
artigo 55, da Constituição Federal de 1967, com redação dada pela EC nº 1/69, "o 
Presidente da República, em casos de urgência ou de interesse público relevante, e 
desde que não haja aumento de despesa, poderá expedir decretos-leis sobre as 
seguintes matérias: I - segurança nacional; II - finanças públicas, inclusive normas 
tributárias; e III - criação de cargos públicos e fixação de vencimentos". Hoje prevê a 
Constituição Federal, em seu artigo 62, que "em caso de relevância e urgência, o 
Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, 
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional". 
Decreto serve para regulamentar uma lei (caso de decreto regulamentar do art 
84, IV da CF) é privativo do chefe do poder executivo (Presidente da República, 
Governador e Prefeito). Já as Portarias são atos administrativos, geralmente 
internos, expedidos pelos chefes de órgãos. Incluem-se, segundo Hely Lopes 
Meirelles, na categoria de atos ordinatórios. 
 
Legislação Ambiental 
21 
 
Portarias 
As portarias possuem fundamento de validade em Decretos que, por sua vez, 
encontra fundamento de validade nas leis. Todos necessitam ter fundamento de 
validade na CF. 
Portaria é, em Direito, um documento de ato administrativo de qualquer 
autoridade pública, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou de 
regulamentos, de recomendações de caráter geral, normas de execução de serviço, 
nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra determinação da sua 
competência. 
 
Revogação 
A questão de quando as normas deixam de valer, de pertencer ao 
ordenamento jurídico, tem uma relevância especial na dogmática (na decisão dos 
fatos). 
São duas regras estruturais; a mais importante que regula a dinâmica, diz que 
uma norma perde a validade se revogada por outra. Essa regra especifica-se em 
outras três: a lex superior, a lex posterior e a lex specialis. 
Assim, afirma-se que "revogar significa retirar a validade por meio de outra 
norma". A norma revogada sai do sistema, interrompendo o curso de sua vigência. 
Mas revogar não significa sempre eliminar toda a eficácia, pode ocorrer que 
uma norma tenha sido revogada, mas que seus efeitos permaneçam (aliás, a 
eficácia não é revogada, mas anulada). 
 
Legislação Ambiental 
22 
 
Existem alguns tipos de revogação: 
 
1. Revogação expressa: a lei indica o que está sendo revogado. 
2. Revogação tácita: a norma revogadora é implícita e a revogação resulta 
da incompatibilidade entre as normas. Ex.: revogam-se as disposições em 
contrário. 
3. Revogação de fato: Quando a norma cai em desuso. 
4. Revogação total (ab-rogação): a lei posterior/superior revoga todo o 
diploma anterior/inferior. A lei toda desaparece, mediante a publicação 
de uma nova lei. Ex: art. 2045, CC, “revogam-se a lei 3.071, de 1º de janeiro 
de 1916 – Código Civil…”. 
5. Revogação parcial (derrogação): norma posterior/superior revoga 
parcialmente a outra norma. Há supressão de trechos de seu texto. Ex.: 
art. 2045, CC, “revogam–se… e a Parte Primeira do Código Comercial, lei 
556, de 31 de fevereiro de 1500”. 
 
O processo de Revogação se dá inicialmente ao entregar a apresentação do 
projeto na câmara e no senado (congresso). Se por eles aprovada, vai ao 
Presidente,que pode vetar o projeto, ou sancionar (aprovar). Quando aprovada, 
entra juridicamente em processo de promulgação, até sua publicação. 
Existe um prazo para que se saiba qual lei esta vigorando em determinada 
data. Desde a data de publicação, até entrar em vigor, na omissão de data fixa, este 
é o período denominado Vacatio legis, onde entre a publicação até entrar em vigor, 
são 45 dias de prazo de entendimento caso a lei não diga outro prazo, e 3 meses 
para o exterior, caso a lei não diga outro prazo. 
 
Legislação Ambiental 
23 
 
Sub-rogação 
O termo "sub-rogação" significa, no direito, substituição. Nessa modalidade de 
pagamento, um terceiro, que não o próprio devedor, efetua o pagamento da 
obrigação. Nesse caso, a obrigação não se extingue, mas somente tem o seu credor 
originário substituído, passando automaticamente a este terceiro (sub-rogado) 
todas as garantias e direitos do primeiro. O devedor, que antes pagaria ao 
originário, deverá realizar o pagamento ao sub-rogado, sem prejuízo algum para si. 
Na prática, é um instrumento muito utilizado quando, por exemplo, tem-se 
uma dívida com um credor que deverá ser paga em até 6 meses, necessariamente. 
É feita a sub-rogação por um terceiro, que paga a dívida e assume o papel de 
credor, oferecendo melhores condições de pagamento, como a prorrogação do 
prazo de pagamento para até 12 meses. 
 
Derrogação 
Ato de derrogar (abolir, modificar ou anular parcialmente uma lei). 
Revogação parcial de uma lei, por ato do poder competente. Por ser 
expressa, quando menciona, claramente, a parte que sendo anulada ou 
substituída; e subentendida, quando colide o novo dispositivo com que antes 
vigorava. Determina a Lei de Introdução do Código Civil (L.I.C.C) que “a lei 
terá vigor até que a outra a modifique ou revogue”. E ainda: ―A Lei nova, 
que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não 
revoga nem modifica a lei anterior” ( L.I.C.C, art. 2º, parágrafo 2º). 
 
Legislação Ambiental 
24 
 
A Constituição Federal na Hierarquia das Leis 
 
Torna-se fundamental entendermos a hierarquia das normas jurídicas para o 
seu bom entendimento, principalmente quanto ocorrer um conflito entre as 
normas. 
As normas constitucionais, representadas pela Constituição Federal, estão no 
topo do ordenamento jurídico, estando assim, hierarquicamente, superior a todas 
as demais regras jurídicas. É importante deixar claro que nenhuma outra norma 
pode contrariar um princípio constitucional, sob pena de ser considerada como 
uma lei inconstitucional. Das normas constitucionais devem derivar todas as outras 
normas. 
As Leis Complementares, Leis Ordinárias, Leis Delegadas e Medidas Provisórias 
são normas jurídicas que estão no mesmo nível hierárquico. Não há subordinação 
entre elas. Elas se diferenciam pela matéria e pela forma do processo de criação 
legislativa. A Lei Complementar trata de matérias especificamente previstas na 
Constituição Federal e que exige um maior rigor no formalismo do processo 
legislativo, através do quorum (determinado número de pessoas) mínimo de 
aprovação da maioria absoluta. (Art. 69 – CF). A Lei Ordinária trata de matéria não 
reservada pela Constituição Federal à Lei Complementar e exige um menor rigor 
no formalismo do processo legislativo, através do quorum mínimo de aprovação da 
maioria simples. A Lei Delegada é elaborada pelo Presidente da República, 
mediante delegação do Congresso Nacional. 
A Medida Provisória tem força de lei e é adotada pelo Presidente da República 
em caso de relevância e urgência, mas que tem a necessidade de submissão 
imediata à apreciação do Congresso Nacional (Art. 62 – CF). Como já dito, essas 
quatro normas estão no mesmo patamar hierárquico. Assim, havendo um conflito 
entre tais leis há de se avaliar qual delas extrapolou os limites de competência 
previstos na Constituição Federal. 
 
Legislação Ambiental 
25 
 
Em relação às Leis Federais, Estaduais e Municipais também não há, a 
princípio, hierarquia. Todas estão no mesmo nível hierárquico. Havendo confronto 
entre as leis ordinárias nessas três esferas do Poder, há de se avaliar, também, a 
competência, legislativa em razão da matéria prevista na Constituição Federal para 
a União, para os Estados e para os Municípios. Há de se entender que uma Lei 
Federal não prevalecerá sobre uma Lei Municipal se a matéria objeto da norma for 
da competência do Município e vice-versa. 
O Art. 22 da CF estabelece que compete privativamente à união legislar sobre 
direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, 
espacial e do trabalho; sobre desapropriação, águas, energia, informática, 
telecomunicação e radiodifusão; serviço postal, sistema monetário e de medidas, 
títulos e garantias dos metais; sobre trânsito e transportes; propaganda comercial, etc. 
O parágrafo Único desse mesmo artigo prevê a possibilidade de a Lei 
Complementar autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas da União. 
O Art. 30 da CF estabelece que compete aos Municípios legislar sobre assuntos 
de interesse local; a suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
instituir e arrecadar os tributos de sua competência; organizar e prestar, 
diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de 
interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; 
promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano. 
Assim, está claro, que uma Lei Federal não poderá regular assuntos que são da 
competência dos municípios, bem como uma Lei Municipal não poderá adentrar 
na esfera legislativa da União. 
Extrai-se daí que não há hierarquia entre Leis Federais, Estaduais e Municipais. 
Havendo, porém, previsão na Constituição Federal para uma competência 
legislativa concorrente ou comum entre União, Estados e Municípios, aí sim 
poderia se invocar a hierarquização entre as normas federal, estadual ou municipal. 
 
Legislação Ambiental 
26 
 
O Art. 24 da CF reza que compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal 
legislar concorrentemente sobre direito tributário, financeiro, penitenciário, 
econômico e urbanístico, sobre orçamento, juntas comerciais, custas dos serviços 
forenses (jurídicos), produção e consumo; floresta, caça, pesca, fauna, conservação 
da natureza, defesa do solo e dos recursos materiais, proteção do meio ambiente e 
controle da poluição; responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao 
consumidor; educação, cultura, ensino e desporto; criação, funcionamento e 
processo do juizado de pequenas causas; procedimentos em matéria processual; 
previdência social, proteção e defesa da saúde; assistência jurídica e defensoria 
pública; proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência; 
proteção à infância e à juventude. 
Nesses casos, por serem competências concorrentes, a possibilidade de 
conflitos é grande. Daí, os quatro parágrafos que compõe o Art. 24 esclarecem que 
à União cabe estabelecer normas gerais, sem excluir a competência suplementar 
dos Estados. Assim, de acordo com o § 1º do referido artigo, uma Lei Federal estará 
afrontando uma Lei Estadual, nos casos de competência concorrente, se a união 
extrapolar os limites de normas gerais. Em outras palavras, nos casos de 
competência legislativa concorrente, a União não poderá legislar entrando em 
detalhes, em particularidades. 
 
Legislação Ambiental 
27 
 
Muito bem, chegamos ao fim desta unidade! Agora é hora de refletir um 
pouco sobre os conhecimentos adquiridos, pois você compreendeu a importância 
do Sistema Internacional de Medida, as aplicações dos vetores na física e terminou 
efetuando a 1ª regra de derivadas de polinômios para determinar uma equação 
velocidade em um plano. 
 
Na próxima unidadevocê vai estudar a história da Legislação Ambiental no 
Brasil. 
 
Neste momento em que finalizamos o conteúdo desta unidade de estudos, é 
fundamental que você não se esqueça de realizar os exercícios! Eles são 
fundamentais para ajudá-lo a fixar o conteúdo teórico trabalhado, a sistematizar as 
ideias e os conceitos apresentados, além de proporcionar a sua autonomia no 
processo ensino-aprendizagem. 
Procure interagir permanentemente conosco e utilize todos os recursos 
didáticos e pedagógicos disponibilizados com o objetivo de aprimorar a sua 
formação acadêmica. 
 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Legislação Ambiental 
28 
 
Legislação Ambiental 
29 
 
Exercícios da Unidade 1 
 
1) Definição de história do Direito: 
 
a) É o ramo da história social que se ocupa da análise, da crítica e da 
desmistificação dos institutos, das normas, dos pensamentos e dos 
saberes jurídicos do passado; 
b) É o ramo da história social que não se ocupa da análise, da crítica e da 
desmistificação dos institutos, das normas, dos pensamentos e dos 
saberes jurídicos do passado; 
c) É o ramo da história social que se ocupa da análise, da crítica e da 
desmistificação dos institutos, das normas, dos pensamentos e dos 
saberes jurídicos do presente e do passado; 
d) É o ramo da história social que se ocupa da análise, da crítica e da 
desmistificação dos institutos, das normas, dos pensamentos e dos 
saberes jurídicos do passado e do futuro. 
e) É o ramo da história social que se ocupa do ato de legislar. 
 
2) Marque a alternativa correta: 
 
a) O Código de Hamurabi é o texto de lei mais novo; 
b) O Código de Hamurabi é o texto de lei mais antigo; 
c) O Código de Ur-Nammu é considerado o texto de lei mais antigo; 
d) O Código de Ur-Nammu tratava de segurança do trabalho; 
e) Código de Ur-Nammu é considerado o texto de lei mais novo. 
 
Legislação Ambiental 
30 
 
3) A palavra Legislação significa: 
 
a) Deixar de criar leis; 
b) Ato de escrever versos; 
c) Ato de legislar; 
d) Criar vocábulos; 
e) Criar leis. 
 
4) A palavra Lei é proveniente: 
 
a) Do verbo latino ligare, que significa "aquilo que liga", ou legere, que 
significa "aquilo que se lê"; 
b) Do verbo inglês liger, que significa aquilo que se liga, ou later, que 
significa aquilo que se vê; 
c) Do verbo aramaico ligue, que significa "aquilo que liga", ou legere, que 
significa "aquilo que se lê"; 
d) Do verbo grego ligar, que significa "aquilo que liga", ou legere, que 
significa "aquilo que se lê". 
e) Do verbo latino ligare, que significa "aquilo que desliga", ou legere, que 
significa "aquilo que se vê"; 
 
Legislação Ambiental 
31 
 
5) Marque a alternativa correta: 
 
a) Portaria é, em Direito, um documento de ato administrativo de qualquer 
autoridade pública, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou 
regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de 
serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra 
determinação da sua competência; 
b) Portaria é, em Direito, um documento de ato Legislativo de qualquer 
autoridade pública, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou 
regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de 
serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra 
determinação da sua competência. 
c) Portaria é, em Direito, um documento de sem ato administrativo de 
qualquer autoridade privada, que contém instruções acerca da aplicação 
de leis ou regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de 
execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra 
determinação da sua competência. 
d) Portaria é, em Direito, um documento de ato exclusivo do poder 
judiciário, que contém instruções acerca da aplicação de leis ou 
regulamentos, recomendações de caráter geral, normas de execução de 
serviço, nomeações, demissões, punições, ou qualquer outra 
determinação da sua competência; 
e) Portaria é um documento de ato administrativo de qualquer autoridade 
pública, que contém instruções acerca de qualquer outra determinação 
da sua competência. 
 
 
Legislação Ambiental 
32 
 
6) Na Revogação: 
 
a) Sempre será eliminada toda a eficácia da lei; 
b) Nem sempre será eliminada toda a eficácia da lei; 
c) Sempre será preciso mudar todo dispositivo legal; 
d) Será exigida manifestação do poder executivo ; 
e) Sempre será eliminada o dispositivo legal. 
 
7) A Derrogação é uma espécie de: 
 
a) Legislação; 
b) Sub-rogação; 
c) Norma; 
d) Revogação ; 
e) Dispositivo legal. 
 
8) A Constituição Federal Brasileira é conhecida também como: 
 
a) Carta minoritária; 
b) Carta magna; 
c) Carta de amor; 
d) Carta da majoritária; 
e) Norma. 
 
Legislação Ambiental 
33 
 
9) A Lei Complementar trata de quais matérias? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) Comente a seguinte afirmativa : “A Lei Delegada trata de matéria não reservada 
pela Constituição Federal à Lei Complementar e exige um menor rigor no 
formalismo do processo legislativo, através do quorum mínimo de aprovação da 
maioria simples.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação Ambiental 
34 
 
Legislação Ambiental 
35 
2 História da Legislação Ambiental no Brasil 
História da Legislação Ambiental no Brasil através do posicionamento 
adotado durante a primeira conferência Mundial das Nações 
Unidas e Meio Ambiente ; 
A política nacional de Meio Ambiente - (Lei 6938 de 31 de Agosto 
de 1981) 
 
Legislação Ambiental 
36 
 
Caros alunos, 
Nesta unidade veremos a história da Legislação Ambiental no Brasil através do 
posicionamento adotado durante a Primeira Conferencia Mundial das Nações 
Unidas. Bem como a criação da Política Nacional de Meio Ambiente através da Lei 
6938 de 31 de Agosto de 1981. 
 
 
Objetivos da Unidade : 
 Conhecer história da Legislação Ambiental no Brasil através do 
posicionamento adotado durante a Primeira Conferencia Mundial 
das Nações Unida. 
 
Plano da Unidade : 
 História da Legislação Ambiental no Brasil através do 
posicionamento adotado durante a primeira conferência Mundial 
das Nações Unidas e Meio Ambiente ; 
 A política nacional de Meio Ambiente - (Lei 6938 de 31 de Agosto 
de 1981) 
 
 
 
Bons Estudos. 
 
Legislação Ambiental 
37 
 
 
História da Legislação Ambiental no Brasil através do 
posicionamento adotado durante a primeira conferência 
Mundial das Nações Unidas e Meio Ambiente . 
 
No ano de 1972, entre os dias 05 (cinco) a 16 (dezesseis) de junho, foi realizada 
a Primeira Conferencia Mundial das Nações Unidas na Cidade de Estocolmo, na 
Suécia. A referida Conferencia foi conhecida como a “primeira relação-homem 
natureza”, ou seja, a primeira vez que o homem através da ONU ( Organização 
Mundial das Ações Unidas) parou para tratar de uma forma efetiva sobre as 
questões ambientais. A referida organização convidou os países para que fosse 
discutido a problemática ambiental. Ressaltando que cada vez mais era visível o 
aumento da poluição atmosférica provocado pelas indústrias. 
Não podemos esquecer que pelo simples fato do Brasil conter recursos 
interessantes aos olhos dos demais países, foi e sempre será alvo de constante 
atenção, por suas grandes reservas de água potável, assim como por abranger 
grande parte da biodiversidade do planeta. E a grande dúvida surgiu exatamente 
após a Conferencia de Estocolmo. Seria o Brasil capaz de e preservar seu 
patrimônio? E ainda levar uma preocupação com a economia e com possíveis 
estratégias de desenvolvimento sustentável do país? 
Pensem no texto acima! 
Caros alunos, lembrando que o Brasil estando no rol dos paísessubdesenvolvidos, ou seja, em processo de industrialização, não compactuava com 
a decisão tomada pela ONU. Principalmente naquele período, onde, se destacavam 
dois pensamentos, eram eles: 
1. os recursos naturais eram inesgotáveis; e 
2. que não seria possível industrializar-se sem causar poluição. 
 
Legislação Ambiental 
38 
 
No período da conferência o Brasil encontrava-
se teoricamente em um momento econômico 
bom, período este em que se passava por 
repressão política. Assim como em outros 
governos autoritários, havia uma preocupação 
quanto aos movimentos voltados para o meio 
ambiente, visto que não se sabia com certeza as 
consequências que tais repercussões poderiam 
trazer a economia destes países, bem como a 
politica já que as maiorias dos grupos 
ambientalistas eram de esquerda. Porém, não 
havia opressões dos países da Europa Ocidental 
e EUA sobre o regime vivido nos países em 
desenvolvimento no que dizia respeito aos 
direitos humano e meio ambiente, ao contrário, 
suas opressões eram voltadas somente para a 
segurança, modernização e crescimento desses 
países (LAGO, 2005; LAGO, 2007). 
Lembrando que da década de 70 vivíamos em regime militar. E uma das frases 
mais marcantes da época foi justamente manifestada pelo governo brasileiro: 
 
“A poluição é bem vinda”! 
 
A frase em questão trouxe um desgaste muito grande na imagem do Brasil. 
Mas veremos que o posicionamento supracitado acabou sendo positivo, uma vez 
que forçou o Brasil mudar sua postura. Foram criadas legislações (através do Poder 
Legislativo) e Resoluções do CONAMA (Conselho Nacional de Meio Ambiente, que 
iremos estudar nos próximos capítulos) com a intenção de Proteger o Meio 
Ambiente. Entre as mais importantes tivemos: 
No ano de 1980 – Criação da Lei 6803/80, dispondo sobre as diretrizes básicas 
para o zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição, bem como 
providências ( veja o capítulo III). 
 
Legislação Ambiental 
39 
No ano de 1981- O Governo Brasileiro resolve criar a Lei 6938/81, conhecida 
como Lei PNMA, ou seja, Política Nacional de Meio Ambiente. A referida Lei criou o 
SISNAMA e CONAMA ( Falaremos mais adiante). 
No ano de 1986 – Resolução 001 de 1986 do CONAMA ( Conselho Nacional de 
Meio Ambiente) 
No ano de 1988 - Criação de um Capítulo na Constituição Federal da República 
Federativa do Brasil que trata sobre Meio Ambiente, com a seguinte redação: 
“art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem 
de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as 
presentes e futuras gerações. 
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público: 
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo 
ecológico das espécies e ecossistemas; 
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e 
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus 
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão 
permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; 
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente 
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto 
ambiental, a que se dará publicidade; 
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e 
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente; VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem 
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os 
animais a crueldade. 
 
Legislação Ambiental 
40 
 
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio 
ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público 
competente, na forma da lei. 
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão 
os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, 
independentemente da obrigação de reparar os danos causados. 
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o 
Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização 
far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio 
ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. 
 
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por 
ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais. 
 
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização 
definida em lei federal, sem o que não poderão ser instaladas. 
 
Além da competência comum da União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios deverão proteger o meio ambiente através do combate ( órgãos 
ambientais competentes) poluição quaisquer que sejam. E ainda a preservação das 
Florestas, da fauna e da flora. Vejamos abaixo a manifestação do artigo 23 da 
Constituição da República Federativa do Brasil ( nossa Constituição Federal): 
Artigo 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; 
VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; 
 
Legislação Ambiental 
41 
 
IMPORTANTE 
Insta salientar que o Brasil foi o primeiro País no mundo a ter um 
capítulo em sua Constituição Federal, ou seja, “Carta Magna” ( Lei Maior) que trata 
sobre “meio ambiente”. O artigo 225 (acima descrito), além de responsabilizar o 
Poder Público, também nos atribui (a coletividade) a responsabilidade de preservar 
o meio em que vivemos. Pois para que o direito de termos um meio ambiente 
ecologicamente equilibrado seja respeitado, não podemos esquecer dos nossos 
deveres em preservar de forma continua todos os meio em que frequentamos. 
 
No ano de 1992 – Brasil sede da ECO – 92 ( chamada também de RIO-92) . A 
Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento de 
1992, põe fim a qualquer questionamento externo sobre a posição adotada pelo 
Brasil, já que sediou o evento popularmente conhecido como ECO- 92. Foi 
debatido o paradigma de desenvolvimento sustentável, direcionado para o 
crescimento com responsabilidade, cujo alicerce é o fortalecimento das ações 
integradas da sociedade, fazendo com que as decisões contemplem aspectos 
ambientais, sociais e econômicos. 
No ano de 1997 - Resolução 237 do CONAMA dispõe sobre Licenciamento 
Ambiental, veio a alterar a Resolução no 1/86 (revogou os artigos 3º e 7º) 
Dispõe sobre a revisão e complementação dos procedimentos 
e critérios utilizados para o licenciamento ambiental 
No ano de 1998 – Lei de Crimes Ambientais que dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio 
ambiente, e dá outras providências. 
No ano de 1999 – Neste ano o Brasil criou a Política Nacional de Educação 
Ambiental através da Lei 9795/99 ( vejam o Capitulo V). Ressaltando que, a referida 
Lei também foi consequência de uma atuação efetiva do Brasil no sistema das 
nações unidas em 1972, tendo participações interessantes em encontros de níveis 
internacionais que tratavam sobre Educação Ambiental. 
 
Legislação Ambiental 
42 
 
No ano de 2010 – Criação da Lei 12305 de 05 de agosto de 2010, institui a 
Política Nacional de Resíduos Sólidos e alterou a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998, além de dar outras providências. 
No ano de2012 - Em termos significativos o "Novo Código Florestal Brasileiro" 
é a Legislação Ambiental mais recente. E dispõe sobre a proteção da vegetação 
nativa. Alterando as Leis números: 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de 
dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006. Revogando as Leis 
números: 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a 
Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001. E além de dar outras 
providências. 
Concluo, com uma pergunta reflexiva: Quais são passos que devemos seguir 
para busca de uma consciência ecológica? 
 
A política nacional de Meio Ambiente - (Lei 6938 de 31 
de Agosto de 1981) 
 
A Política Nacional de Meio Ambiente entrou em vigor no ano de 1981, com 
objetivo de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente ( 
principio que foi acompanhado pela própria Constituição Federal de 1988). 
A Política Nacional do Meio Ambiente adotou a responsabilidade civil objetiva 
para aquele que causar dano ao meio ambiente, ou seja, o poluidor fica obrigado a 
indenizar os danos causados ao meio ambiente e/ou a terceiros, 
independentemente da comprovação de culpa (artigo 14, § 1º). 
Dentre diversas "novidades", a Lei 6938/81 ( Política Nacional de Meio 
Ambiente) teve e tem um papel importante quando institui o SISNAMA- Sistema 
Nacional de Meio Ambiente. Pois tal sistema tem o intuito de harmonizar o 
desenvolvimento sócio-econômico e o meio ambiente, mediante a adoção de 
condições para o desenvolvimento sustentável, ou seja, explorando os recursos 
naturais conscientemente, de acordo com os interesses da segurança nacional, 
garantindo principalmente à proteção da Dignidade da Vida Humana. 
 
Legislação Ambiental 
43 
 
O Professor Paulo Bessa Antunes, define SISNAMA de uma forma interessante, 
vejamos: 
 “SISNAMA é conjunto de órgãos e instituições sejam essas Federais, Estaduais 
e Municipais, cujo intuito é a Preservação Ambiental”. 
Exemplos: 
Federal - IBAMA (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis. 
Estadual- Composto por todos os órgãos ambientais que representam o Poder 
Executivo Estadual. 
No Rio de Janeiro atualmente, temos o INEA (Instituto Estadual do Ambiente), 
ressaltando que este órgão foi criado entre 2008 e 2009 pelo Governo Estadual 
após destituição dos seguintes: FEEMA (Fundação Estadual de Engenharia e Meio 
Ambiente), SERLA (Secretaria Estadual de Rios e Lagoas) e IEF (Instituto Estadual de 
Florestas). 
Municipais- Seriam as Secretarias Municipais de Meio Ambiente. 
Ou seja: 
Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA 
O Sistema Nacional do Meio Ambiente é formado por órgãos, entidades e 
fundações federais, estaduais e municipais, e foi criado para viabilizar a 
implementação, a execução e a fiscalização da política ambiental adotada. 
A sua estrutura está prevista no artigo 6º da lei 6938/81 (já citada), sendo assim 
composto: 
a) Conselho de Governo (órgão superior); 
b) Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA (órgão consultivo e 
deliberativo); 
c) Ministério de Meio Ambiente (órgão central); 
d) (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - 
IBAMA órgão executor); 
e) Órgãos ou entidades estaduais (órgãos seccionais); 
f) Órgãos ou entidades municipais (órgãos locais). 
 
Legislação Ambiental 
44 
 
Abaixo veremos os Princípios da Lei 6938/81 (POLÍTICA NACIONAL DO MEIO 
AMBIENTE): 
 
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, 
considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser 
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso 
coletivo; 
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar; 
Ill - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais; 
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas; 
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras; 
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso 
racional e a proteção dos recursos ambientais; 
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação; 
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação 
da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na 
defesa do meio ambiente. 
 
Legislação Ambiental 
45 
 
Terminamos mais uma unidade, agora você já conhece a história da Legislação 
Ambiental no Brasil através do posicionamento adotado durante a Primeira 
Conferencia Mundial das Nações Unida. Assim como a criação da Política Nacional 
de Meio Ambiente através da Lei 6938 de 31 de Agosto de 1981. 
Neste momento em que finalizamos o conteúdo desta unidade de estudos, é 
fundamental que você não se esqueça de realizar os exercícios! Eles são 
fundamentais para ajudá-lo a fixar o conteúdo teórico trabalhado, a sistematizar as 
ideias e os conceitos apresentados, além de proporcionar a sua autonomia no 
processo ensino-aprendizagem. 
Procure interagir permanentemente conosco e utilize todos os recursos 
didáticos e pedagógicos disponibilizados com o objetivo de aprimorar a sua 
formação acadêmica. 
 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Legislação Ambiental 
46 
 
Exercícios da Unidade 2 
 
1) O posicionamento adotado pelo Brasil durante a 1ª Conferencia Mundial das 
Nações Unidas e Meio Ambiente foi visto como: 
a) Normal; 
b) Na contramão; 
c) Político; 
d) Racista; 
e) Amistoso. 
 
2) Assinale a alternativa correta: 
a) No ano de 1971, entre os dias 05 (cinco) a 16 (dezesseis) de junho, foi 
realizada a Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Estocolmo, na Suécia; 
b) No ano de 1972, entre os dias 07 (sete) e 16 (dezesseis) de junho, foi 
realizada a Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Estocolmo, na Suíça; 
c) No ano de 1972, entre os dias 05 (cinco) e 16 (dezesseis) de junho, foi 
realizada a Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Estocolmo, na Suécia; 
d) No ano de 1972, entre os dias 05 (cinco) e 16 (dezesseis) de julho, foi 
realizada a Primeira Conferencia Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Estocolmo, na Suécia. 
e) No ano de 1972, entre os dias 05 (cinco) e 16 (dezesseis) de junho, foi 
realizada a Primeira Conferência Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Brasília, no Brasil. 
 
Legislação Ambiental 
47 
 
3) Segundo o Professor Paulo Bessa Antunes, SISNAMA é: 
a) Conjunto de órgãos e instituições Federais, Estaduais e Municipais, cujo 
intuito é a Preservação Animal; 
b) Conjunto de órgãos e instituições Federais e Estaduais, não prevendo as 
Municipais, cujo intuito é a Preservação Ambiental; 
c) Somente as instituições Estaduais e Municipais, cujo intuito é a 
Preservação Ambiental; 
d) Conjunto de órgãos e instituições Federais, Estaduais e Municipais, cujo 
intuito é a Preservação Ambiental; 
e) Somente as instituições Municipais, cujo intuito é a Preservação 
Ambiental. 
 
4) A Política Nacional de Meio Ambiente tem como objetivo: 
a) Preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente; 
b) Somente a melhoria da qualidade do meio ambiente; 
c) Recuperação dos aterros sanitários; 
d) Cumprir e fazer cumprir as normas de vigilância sanitária; 
e) Recuperação da qualidade da vigilância sanitária. 
 
5) É correto afirmar que o Novo Código Florestal dispõe sobre: 
a) Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente 
poluidoras; 
b) A proteção da vegetação nativa; 
c) Acompanhamento do estado da qualidade ambiental; 
d) Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico; 
e) Acompanhamento do estado na manutenção do equilíbrioecológico. 
 
Legislação Ambiental 
48 
 
6) Marque a alternativa incorreta: 
a) Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando 
o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente 
assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo é um principio da 
Política Nacional de Meio Ambiente; 
b) O Sistema Nacional do Meio Ambiente é formado por órgãos, entidades e 
fundações federais, estaduais e municipais, e foi criado para viabilizar a 
implementação, a execução e a fiscalização da política ambiental adotada. 
c) A Política Nacional do Meio Ambiente adotou a responsabilidade civil 
objetiva para aquele que causar dano ao meio ambiente; 
d) É competência exclusiva da União, proteger o meio ambiente através do 
combate da poluição. E ainda a preservação das Florestas, da fauna e da 
flora; 
e) É competência exclusiva dos municípios viabilizar a implementação, a 
execução e a fiscalização da política ambiental adotada. 
 
7) Assinale a alternativa correta: 
a) O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) não faz parte da 
estrutura do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio Ambiente); 
b) A Primeira Conferencia Mundial das Nações Unidas na Cidade de 
Estocolmo também foi conhecida como a primeira relação homem 
natureza; 
c) A Resolução 237/97 do CONAMA dispõe sobre Recursos Hídricos; 
d) A lei 9605/98 trata sobre crimes contra fiscais do meio ambiente; 
e) A Resolução 237/97 do CONAMA dispõe sobre A Primeira Conferencia 
Mundial das Nações Unidas. 
 
Legislação Ambiental 
49 
 
8) É órgão considerado como executor do SISNAMA (Sistema Nacional de Meio 
Ambiente: 
a) CONAMA (conselho Nacional de Meio Ambiente); 
b) Conselho de Governo; 
c) IBAMA ( Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e de Recursos Naturais e 
Renovais); 
d) Ministério do Meio Ambiente; 
e) Instituições Federais, Estaduais e Municipais. 
 
9) O Artigo 225 da Constituição Federal responsabiliza somente ao Poder Público o 
dever de defender e preservar o meio ambiente? Por quê? Fundamente. 
 
 
 
 
 
 
 
10) A frase “A Poluição é bem vinda” manifestada pelo governo brasileiro em 1972 
trouxe algum resultado positivo? Por quê? Fundamente. 
 
 
 
 
 
 
Legislação Ambiental 
50 
 
Legislação Ambiental 
51 
3 Conceitos do Direito Ambiental 
 
Princípios do Direito Ambiental 
Legislação Ambiental 
52 
 
Meus futuros engenheiros, na unidade em questão, veremos a existência de 
diversos conceitos e princípios de direito ambiental. O direito ambiental é sem 
dúvidas a ciência que rege as relações do homem com o meio ambiente que o 
cerca. Para isso torna-se necessário o conhecimento dos principais conceitos e 
princípios oriundos da própria legislação. E aproveitando, te desejo um ótimo 
estudo! 
 
 
Objetivo da unidade: 
 Tomar conhecimento dos principais conceitos e princípios oriundos 
da própria legislação. 
 
 
Plano da unidade: 
 Princípios do Direito Ambiental 
 
 
Bons estudos! 
 
Legislação Ambiental 
53 
 
Queridos estudantes, além da criação do SISNAMA, CONAMA a Política 
Nacional de Meio Ambiente (vista no capítulo anterior) trouxe importantes 
conceitos que contribuem para direito ambiental, são eles: 
a) meio ambiente> o conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga 
e rege a vida em todas as suas formas; 
SAIBA MAIS! 
Os estudiosos de direito ambiental dividem o meio ambiente em quatro 
modalidades: 
- meio ambiente natural (ou físico ou ecossistema natural); 
- meio ambiente artificial (ou antrópico ou ecossistema social); 
- meio ambiente do trabalho (ou interno ou saúde e segurança do trabalho); 
- meio ambiente cultural. 
b) degradação da qualidade ambiental> alteração adversa das 
características do meio ambiente; 
c) Poluição > a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta ou indiretamente: 
 I - prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
 II- criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
 III- afetem desfavoravelmente a biota; 
 
Legislação Ambiental 
54 
 
 IV - afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio 
ambiente; 
 V - lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais. estabelecidos 
d) Poluidor > a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, 
responsável, direta ou indiretamente, por atividade causadora de 
degradação ambiental; 
e) Recursos ambientais > a atmosfera, as águas interiores, superficiais 
e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os 
elementos da biosfera, a fauna e a flora. 
 
Importante 
Amado aluno, não confunda o conceito de Meio Ambiente ( escrito na 
letra a) com o de Recursos Ambientais ( escrito na letra d), que compreende, 
conforme o inciso V, artigo 3° da Lei 6.938/81 ( Política Nacional de Meio 
Ambiente) : 
 
 
“a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar 
territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora”. 
 
Legislação Ambiental 
55 
 
IMPORTANTE 
É o artigo 3º, inciso II da Lei 6.938/81 (Política Nacional de Meio 
Ambiente) que específica que qualquer alteração não comum às 
características de um determinado meio ambiente consiste em degradação da 
qualidade ambiental (vide letra b) 
Existe uma relação entre o conceito da letra b com o da letra c. Pois quando a 
degradação da qualidade ambiental, resultar em prejuízo para a saúde, a 
segurança e o bem estar comum; criar condições desfavoráveis às atividades 
sociais e econômicas; afetar a biota de forma desfavorável ou as condições 
estéticas e sanitárias do meio ambiente; ou fazer lançamento de matérias ou 
energias em desacordo com os padrões ambientais adotados (veja na letra c), 
teremos a poluição deste meio, conceito também inserido pelo artigo 3º. 
 
 
 
Princípios de Direito Ambiental 
 
Queridos, uma vez que os Princípios do Direito Ambiental encontram-se 
embutidos nas leis e fundamentados pela nossa própria Carta Magna ( vide 
unidade I), os mesmos tem por finalidade proporcionar para as presentes e futuras 
gerações, as garantias de preservação da qualidade de vida, em qualquer forma 
que esta se apresente, conciliando elementos econômicos e sociais, isto é, 
crescendo de acordo com a ideia de desenvolvimento sustentável. O professor 
Paulo Bessa Antunes, que na minha humilde opinião é sem sobra de dúvidas o 
Papa do Direito Ambiental, divide os princípios de duas formas, em implícitas e 
explícitas, diz que os princípios jurídicos podem ser implícitos e explícitos. 
Explícitos são aqueles que estão claramente escritos nos textos legais e, 
fundamentalmente, na Constituição da República Federativa do Brasil; implícitos 
são os princípios que decorrem do sistema Constitucional, ainda que não se 
encontrem escritos. 
 
Legislação Ambiental 
56 
 
 
Princípio do Direito Humano Fundamental 
 
O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que pertence a 
todos e é um direito humano fundamental, consagrado nos Princípios 1 e 2 da 
Declaração de Estocolmo (Primeira Conferencia Mundial das Nações Unidas e Meio 
Ambiente, ocorrido em 1972 na cidade de Estocolmo na Suécia) e reafirmado na 
Declaração do Rio ( ECO-92). 
v 
Princípio da dignidade da pessoa humana 
 
Tem como base legal o artigo 225 da Constituição Federal ( vide definição na 
unidade II), no qual todos tem direito a uma vida digna, tornando o meio 
ecologicamente equilibrado para sadia qualidade de vida, ou seja, ar puro, rios que 
não estejam contaminados, alimentos frescos, saneamento básico, entre outros 
elementos que contribuem para o bem estar da população. 
 
Princípio Democrático 
 
Nós vivemos em um país cuja sua Lei Maior (Constituição Federal) o 
considerado como democrático. E por isso, este princípio tem como objetivo 
assegurara todos os cidadãos o direito à informação e a participação na elaboração 
das políticas públicas ambientais, de modo que a ele deve ser assegurado os 
mecanismos judiciais, legislativos e administrativos que efetivam o princípio. 
Exemplos de participação: Ação Popular, Ação Civil Pública, audiências 
públicas, entre outros. 
 
Legislação Ambiental 
57 
 
 
Princípio do Poluidor-Pagador 
 
O princípio em questão nos ensina que aquele que causa poluição é o 
poluidor, seja este pessoa física ou jurídica e de acordo com o princípio do 
poluidor-pagador, o poluidor é obrigado a recuperar ou indenizar pelos danos 
causados ao meio ambiente. 
 
Princípio do usuário pagador 
 
Querido discente é importante frisar, a diferença entre do Princípio do 
Poluidor-Pagador, que tem uma visão de reparação e punição pelos danos 
causados ao meio ambiente (visto acima). No caso do Princípio do Usuário-
Pagador, se parte do princípio de que aqueles que utilizam recursos naturais 
devem pagar pelos mesmos, uma vez que não há do que se falar em 
responsabilidade do Estado em arcar com a compra de recursos naturais para que 
uma Empresa privada venha se beneficiar. 
Vejamos a manifestação da Lei nº 6.938/1981 em seu artigo 4º, inciso VII: 
 como um dos objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente, a 
“imposição (...) ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos 
ambientais com fins econômicos”. 
Segundo a Professora Maria Luiza Machado Granziera, o Princípio do Usuário-
Pagador, este princípio refere-se ao uso autorizado de um recurso, observando as 
normas vigentes, inclusive os padrões legalmente fixados. Trata-se de pagar pelo 
uso privativo de um recurso ambiental de natureza pública, em face de sua 
escassez, e não como uma penalidade decorrente do ilícito. 
 
Legislação Ambiental 
58 
 
Princípio do Equilíbrio 
 
Princípio que responsabiliza a Administração Pública (representada pelos 
órgãos ambientais competentes), no sentido de pensar em todas as consequências 
(no âmbito negativo) de determinada intervenção no meio ambiente, buscando 
adotar uma solução que vise atingir o desenvolvimento sustentável (um 
desenvolvimento consciente). 
 
Princípio do Limite 
 
Este princípio também é de responsabilidade da Administração Pública 
(representada pelos órgãos ambientais competentes), que com intuito de 
promover o desenvolvimento sustentável, tem o dever de criar e estabelecer 
parâmetros mínimos a serem observados nas seguintes situações: emissões de 
partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos, hospitalares e líquidos. 
 
Princípio da Precaução 
 
A visão principal do princípio da precaução é ter “cautela”. Pelo fato de 
existirem certas atividades que colocadas em prática podem provocar efeitos 
desconhecidos, ou, ainda, provocar danos ambientais irreparáveis. 
Precaução significa: cuidar, ter cautela, atenção, prudência, ou até mesmo agir 
de com intuito de evitar o indesejado. De acordo com a orientação contida neste 
princípio deve ser evitada toda conduta, empreendimento, obra ou atividade que 
possa vir a causar dano ambiental. 
O princípio da precaução expressa, portanto, que havendo dúvida quanto a 
riscos, não deverá ser realizado o empreendimento. Havendo a possibilidade de 
ônus ao meio ambiente, deve-se ter a cautela, é preciso prudência. Traduz-se, 
assim, na máxima, in dubbio pro ambiente ( na dúvida o meio ambiente 
prevalecerá). 
 
Legislação Ambiental 
59 
 
Importante 
De acordo com a Professora Rafhaela Barbosa Neves Lima, o aspecto 
precaucional (principio da precaução) foi recepcionado pelo Princípio 15 da 
Declaração do Rio. Não obstante, a Lei Fundamental Brasileira, designou 
expressamente o princípio em tela, quando em seu artigo 225, V, previu como 
dever do Poder Público o controle da produção, da comercialização, e do emprego 
de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade 
de vida e o meio ambiente. 
 
Princípio da Prevenção 
 
Apesar do princípio da prevenção ser semelhante ao princípio da precaução, 
eles são podem ser confundidos, uma vez que o princípio da prevenção aplica-se a 
impactos ambientais já conhecidos. Tornando-se, assim, mais fácil a identificação 
dos impactos futuros mais prováveis através de técnicas utilizadas por especialista 
da área ambiental. 
 
Principio da Responsabilidade 
 
De acordo com Artigo 225, paragrafo 3º da Constituição Federal, a 
responsabilidade por danos ao meio ambiente é objetiva. E pelo Princípio da 
Responsabilidade o poluidor, pessoa física ou jurídica, responde por suas ações ou 
omissões em prejuízo do meio ambiente, ficando sujeito a sanções cíveis, penais 
ou administrativas ( Lei de Crimes Ambientais- 9605 de 1998). 
 
Legislação Ambiental 
60 
 
Princípio do Desenvolvimento Sustentável: 
Expressa o direito que os seres humanos têm a uma vida saudável, em 
harmonia com a natureza. Este princípio reflete o reconhecimento direito 
fundamental ao meio ambiente protegido. 
Ressalta a presença do Estado e a importância do desenvolvimento de 
políticas públicas relacionadas ao aproveitamento dos recursos naturais. 
O conceito de desenvolvimento não proíbe o desenvolvimento da sociedade, 
mas propõe um desenvolvimento com consciência, partindo do pressuposto que 
os recursos naturais são finitos. Pois o desenvolvimento sustentável é o que se 
estrutura de forma a assegurar o respeito à integridade e à dignidade dos seres 
vivos. 
A base legal do principio do desenvolvimento sustentável, encontra-se na lei 
6.938/81 (Política Nacional de Meio Ambiente). Especificadamente em seu art. 2º, 
vejamos: 
 “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento sócio-econômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana”. 
 
E no artigo 4º: 
 
“A Política Nacional do Meio Ambiente visará à compatibilização do 
desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio 
ambiente e do equilíbrio ecológico”, de acordo com seu inciso 1º. 
 
Além da manifestação do princípio 4 da Declaração da ECO-92, que para se 
alcançar o desenvolvimento sustentável, a proteção do meio ambiente deve 
constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser 
considerada isoladamente em relação a ele. 
 
Legislação Ambiental 
61 
 
Importante 
“Desenvolvimento sustentável”, segundo o Dicionário Aurélio da Língua 
Portuguesa é: o processo de desenvolvimento econômico em que se procura 
preservar o meio ambiente, levando-se em conta os interesses das futuras 
gerações. 
 
 
Princípio do Estudo Prévio de Impacto Ambiental: 
 
O estudo prévio de impacto ambiental tem como principal característica de 
refletir antes de agir. 
De acordo com o Professor Milaré, estudo prévio de impacto ambiental tem 
como base maior o princípio da prevenção e é, sem qualquer dúvida, um dos mais 
importantes instrumentos de proteção do meio ambiente, uma vez que o mesmo 
possui o papel de avaliar previamente os possíveis impactos ambientais 
produzidos por determinado empreendimento modificador do meio ambiente 
agindo de forma a orientar, fundamentar e restringir a decisão da administração 
pública de conceder ou não o licenciamento ambiental. 
 
Importante 
O Estudo de Impacto Ambiental é o instrumento da PNMA (Política 
Nacional de Meio Ambiente) que permite que os órgãos possam avaliar a 
possibilidade da instalação de obra ou atividade potencialmente poluidora, e quais 
as medidas de precaução e prevenção a serem adotadas para a sua execução. 
 
Legislação Ambiental 
62 
 
É possível perceber a proximidade e complementaridade entre os princípios 
da prevenção, do estudo prévio de impacto ambiental e do desenvolvimento 
sustentável. 
Queridosdiscentes, estamos concluindo a Unidade 3. Espero que tenham 
gostado! A unidade em questão teve objetivo de demonstrar o quanto a Legislação 
ambiental é abrangente, ou seja, não basta simplesmente ler a legislação e achar 
que está tudo certo. Precisamos nos aprofundar também através dos livros, 
conhecendo conceitos e princípios encontrados de forma explícita e também 
implícita no texto legal. 
Neste momento em que finalizamos o conteúdo desta unidade de estudos, é 
fundamental que você não se esqueça de realizar os exercícios! Eles são 
fundamentais para ajudá-lo a fixar o conteúdo teórico trabalhado, a sistematizar as 
ideias e os conceitos apresentados, além de proporcionar a sua autonomia no 
processo ensino-aprendizagem. 
Procure interagir permanentemente conosco e utilize todos os recursos 
didáticos e pedagógicos disponibilizados com o objetivo de aprimorar a sua 
formação acadêmica. 
 
 
 
É hora de se avaliar 
Lembre-se de realizar as atividades desta unidade de estudo. Elas irão 
ajudá-lo a fixar o conteúdo, além de proporcionar sua autonomia no processo de 
ensino-aprendizagem. 
Legislação Ambiental 
63 
 
Exercícios da Unidade 3 
 
 
1) Marque o verdadeiro conceito de desenvolvimento sustentável: 
 
a) Desenvolvimento sustentável é o que se estrutura de forma a assegurar o 
respeito à integridade e à dignidade dos seres vivos. 
b) O Desenvolvimento visa somente a Proteção das Presentes gerações. 
c) O Desenvolvimento visa somente a Proteção das futuras gerações. 
d) É um Princípio contido na ideia de que o desenvolvimento sustentável 
exprime o direito que os seres humanos têm a uma vida saudável, porém 
de forma desarmônica com a natureza. 
 
2) Assinale a Alternativa correta com base no Princípio do Estudo Prévio de 
Impacto Ambiental: 
 
a) O Estudo de Impacto Ambiental é o instrumento da PNMA que permite 
que os órgãos possam avaliar a possibilidade da instalação de obra ou 
atividade potencialmente poluidora, e as medidas de precaução e 
prevenção a serem adotadas para a sua execução. 
b) O Estudo de Impacto Ambiental não é obrigatório, pois não possui 
manifestação legal. 
c) O Estudo de Impacto Ambiental é o instrumento da PNMA que permite 
que os órgãos possam avaliar a possibilidade de aplicação de uma multa, 
caso o não cumprimento das leis ambientais. 
d) O Estudo de Impacto Ambiental serve somente para analisar as faunas 
existentes em um determinado ecossistema. 
 
Legislação Ambiental 
64 
 
3) O Princípio do Poluidor-Pagador especifica que: 
a) O poluidor não é obrigado a recuperar ou indenizar os danos causados ao 
meio ambiente. 
b) O poluidor é obrigado a recuperar ou indenizar os danos causados ao 
meio ambiente. 
c) Somente a pessoa jurídica é considerada como poluidor. 
d) Somente a pessoa física é considerada como poluidor, sendo obrigada a 
recuperar ou indenizar os danos causados ao meio ambiente. 
 
4) Tratando-se do Principio da Dignidade da Vida Humana, é correto afirmar que: 
 
a) Todos têm direito a uma vida digna, tornando o meio ecologicamente 
desequilibrado; 
b) Todos têm direito a uma vida digna, não necessariamente com qualidade 
de vida; 
c) Nem todos têm direito a uma vida digna, a ter ar puro; 
d) Todos têm direito a uma vida digna, tornando o meio ecologicamente 
equilibrado para sadia qualidade de vida, ou seja, ar puro, rios que não 
estejam contaminados, alimentos frescos, saneamento básico, entre 
outros elementos que contribuem para o bem estar da população. 
 
Legislação Ambiental 
65 
 
5) Assinale a alternativa incorreta; 
a) A Poluição é definida como a degradação da qualidade ambiental, 
resultante de atividades que, direta ou indiretamente, prejudicam a 
saúde, a segurança e o bem estar da população. 
b) “A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando 
assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos 
interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida 
humana”; 
c) Precaução significa: cuidar, ter cautela, atenção, prudência, ou até mesmo 
agir com intuito de evitar o indesejado; 
d) O direito ao meio ambiente protegido é um direito de um individuo, já 
que pertence somente a um indivíduo e é um direito humano 
fundamental, consagrado nos Princípios 5 e 6 da Declaração de 
Estocolmo (Primeira Conferencia Mundial das Nações Unidas e Meio 
Ambiente, ocorrido em 1972 na cidade de Estocolmo na Suécia) e 
reafirmado na Declaração do Rio ( ECO-92). 
 
6) O Princípio do Desenvolvimento Sustentável: 
a) Expressa o direito que os seres humanos têm a uma vida saudável, em 
harmonia com a natureza. 
b) Não reflete o reconhecimento direito fundamental ao meio ambiente 
protegido. 
c) Ressalta a presença das Empresas de Investimento Público e Privado para 
a importância do desenvolvimento de políticas públicas relacionadas ao 
aproveitamento dos recursos naturais. 
d) Proíbe o desenvolvimento da sociedade, mas propõe um 
desenvolvimento com consciência, partindo do pressuposto que os 
recursos naturais são finitos. 
 
Legislação Ambiental 
66 
 
7) Com base no Princípio da Responsabilidade, é correto afirmar que: 
a) De acordo com artigo 225, parágrafo 3º da Constituição Federal, a 
responsabilidade por danos ao meio ambiente é subjetiva; 
b) De acordo com artigo 225, parágrafo 3º da Constituição Federal, a 
responsabilidade por danos ao meio ambiente é intersubjetiva; 
c) De acordo com artigo 225, parágrafo 3º da Constituição Federal, a 
responsabilidade por danos ao meio ambiente é objetiva; 
d) De acordo com artigo 225, parágrafo 3º da Constituição Federal, a 
responsabilidade por danos ao meio ambiente é totalmente subjetiva. 
 
8) A Lei PNMA ( Política Nacional de Meio Ambiente), define meio ambiente como: 
a) O conjunto de condições, leis, influências e interações somente de ordem 
química e biológica, que permite, abrigam e regem a vida em todas as 
suas formas; 
b) O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 
química e biológica, que permite, abrigam e regem a vida em todas as 
suas formas; 
c) O conjunto de condições, leis, influências e interações somente de ordem 
física, e química, que permite, abrigam e regem a vida em todas as suas 
formas; 
d) O conjunto de condições, leis, influências e interações somente de ordem 
física e biológica, que permite, abrigam e regem a vida em todas as suas 
formas. 
 
Legislação Ambiental 
67 
 
9) A quem é voltado Princípio do Equilíbrio? 
 
 
 
 
 
 
 
 
10) Existe diferença entre o Principio do Poluidor-Pagador e Usuário- Pagador? Por 
quê? Fundamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação Ambiental 
68 
 
Legislação Ambiental 
69 
4Dos Instrumentos da Política Nacional de Meio 
Ambiente 
 
Zoneamento Ambiental 
Zoneamento Industrial 
Licenciamento Ambiental 
Federal 
Estados e Distrito Federal 
Municípios 
Legislação Ambiental 
70 
 
Caros alunos, estamos iniciando a Unidade 4, na qual estaremos abordando 
dois assuntos de extrema importância quanto tratamos de uma proteção 
ambiental efetiva, uma vez que, falaremos do Zoneamento Ambiental e 
Licenciamento Ambiental. Ressaltando que ambos são considerados como 
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente (Lei 6938/81- PNMA). 
Aproveitando, daremos ênfase na Lei 6.803/80, que trata sobre Zoneamento 
Industrial. 
 
Objetivo da unidade: 
 Conhecer a relação existente do Processo de Licenciamento 
Ambiental com os Zoneamentos Ambiental e Industrial. 
 
Plano da unidade: 
 Zoneamento Ambiental 
 Zoneamento Industrial 
 Licenciamento Ambiental 
Federal 
Estados e Distrito Federal 
Municípios 
 
Bons estudos! 
 
Legislação Ambiental 
71 
 
Para que os objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente sejam

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