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PARASITAS INTESTINAIS

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AULA 2
TREMATODEOS INTESTINAIS
Há trematódeos teciduais e intestinais então são separados pelo seu habitat, hoje iremos trabalhar os 3 trematódeos que faltam 
Não são comuns no Brasil por isso são chamadas exóticas, é muito importante conhecer.
 
INTESTINAIS: 
· GASTRODISCOIDÍASE
· Prevalente na Índia e no Sudeste Asiático. 
· HOSPEDEIRO DEFINITIVO: homem e porco (ambos são)
· O porco é um reservatório animal, se ele tem a doença defeca elimina ovos e essa larva vira um miracidio e esse miracideo pode ser ingerido na forma de metacercaria (vira metacercaria em hospedeiro intermediário)
· É uma infecção geralmente assintomática que afeta o intestino delgado.
· Causada por um trematódeo denominado: Gastrodiscoides hominis
· Ela é geralmente encontrada em porcos porem quando encontrado em seres humanos acarretam sérios problemas de saúde
AGENTE ETIOLÓGICO
O Gastrodiscoides hominis; é um parasita de cor avermelhada com um sugador ventral localizado na
extremidade posterior.
A região anterior é estreita e termina com uma ponta arredondada.
· Características do Agente Etiológico
· Endoparasita
· Heteroxeno – baixo potencial biótico
· Eurixeno – baixa especificidade
· Parasitária
· pega a doença se homem ingerir a metacercarea 
PATOLOGIA / SINTOMATOLOGIA
· Geralmente é assintomática.
· Ocasionalmente pode causar problemas intestinais como diarreia, febre, dor abdominal, cólica e aumento da produção de muco.
· Em casos graves com quantidades grandes de ovos pode resultar em reações teciduais no coração ou nos linfáticos mesentéricos.
· Se negligenciada pode levar à morte.
MECANISMO DE TRANSMISSÃO
· Através de vegetais e água contaminados pelo ovo do parasita ou por consumo de peixes contaminados crus.
· O Gastrodiscoides hominis é eliminado através das fezes, contendo ovo, onde pode entrar em contato direto com o suprimento de água ou vegetação ou é usado como "solo noturno".
· Resumindo: Infectado libera o ovo e o próprio ovo pode contaminar, não precisa virar metacercaria 
· Ele também pode ser transmitido através da ingestão de peixes infectados com o parasita, que não foram cozidos adequadamente (nesse caso vira metacercaria) 
· Os seres humanos são considerados um hospedeiro acidental porque o parasita pode sobreviver sem a existência do homem.
· Hospedeiro intermediário caracol é necessário no desenvolvimento do parasita.
CICLO DE VIDA
1) Tem contaminação pelo ovo e pelo peixe contaminado por metacercarea 
Os ovos de G. Hominis são passados ​​em fezes não contaminadas geralmente para algum tipo de fonte de água onde são ingeridos pelo hospedeiro intermediário do caramujo. Os ovos eclodem e liberam miracídio que se desenvolve a partir daí no estágio do esporocisto, seguido por uma ou mais gerações de redia. Finalmente, as redias se transformam no estágio cercarial . Todo esse processo ocorre em menos de 20 dias normalmente.
2) As cercárias buscam e penetram um segundo hospedeiro intermediário, um peixe, onde elas se encapsulam como
metacercárias. Essas metacercárias podem se ligar à vegetação (onde o "solo noturno" é usado) ou permanecer nos peixes.
3) Este hospedeiro intermediário pode ou não existir(peixe).
4) O hospedeiro final (homem/porco) ingere a metacercária (aproximadamente 30 a 150 dias depois se alojar no caracol), seja pelo peixe infectado ou pela vegetação contaminada.
 O parasita viaja através do trato gastrointestinal para o duodeno, em seguida, continua pelo intestino, onde se autoinfesta. Move-se para o ceco e cólon ascendente, onde se liga e coloca centenas de ovos. Finalmente os ovos são passados ​​pelas fezes, e o ciclo continua.
CICLO EVOLUTIVO
HOSPEIDEIRO DEFINITIVO: HOMEM E PORCO- ESSES ELIMINAM OVOS- LIBERA MIRACIDIO- PENETRA NO CARACOL-CARACOL VAI ELIMINAR CERCAREA-CERCAREA VIRA METACERCAREA- METACERCAREA FICA NA PLANTA OU PEIXE 
A REPRODUÇAO NO CARACOL É ASSEXUADA 
Gastrodiscoides hominis e Fasciolopsis buski utilizam a mesma espécie de molusco como hospedeiro intermediário!.
Em Baireilly, na Índia, 27% de um total de 233 abatedouros foram infectados com Gastrodiscoides hominis e em 50% destes casos era concomitante com Fasciolopsis buski
Prevalências de 41% por Gastrodiscoides hominis e de 59,7% por Fasciolopsis buski na mesma população, segundo um levantamento obtido em humanos.
DIAGNÓSTICO
Identificação dos ovos do parasita, possui formação romboide.
O diagnóstico é feito através do exame das fezes e detecção de ovos de G. hominis .
Somente após várias reproduções do parasita, os níveis mais elevados podem ser detectados, pois o paciente começa a apresentar os sintomas mencionados anteriormente.
PROFILAXIA
A prevenção desta doença não é difícil quando medidas sanitárias simples são tomadas. "Night Soil“ (solo noturno) nunca deve ser usado como fertilizante porque pode conter parasitas.
Além disso, todos os alimentos devem ser lavados com água filtrada e devem ser observadas técnicas adequadas para descarte de resíduos fecais.
TRATAMENTO
O fármaco de primeira escolha - o praziquantel, que é menos tóxico e elimina a maior parte do parasita com 3 doses (25 mg / kg) num dia.
· Equinostomíase
· Doença causada por um Trematódeo do gênero Echinostoma.
· Infecta uma grande variedade de aves e mamíferos (eurixeno).
· Em humanos pode acarretar uma zoonose conhecida como equinostomíase, endêmica da região asiática.
· Existem , no mundo, aproximadamente 16 espécies de Echinostomatídeos .
· Agente etiológico: Echinostoma spp.
· Ciclo heteroxênico (baixo P.B.)
· Eurixeno (baixa E.P.)
· Hospedeiros : aves, humanos, cães, peixes, anfíbios (rãs de água doce) e caramujos (hospedeiros intermediários)
Mecanismo de transmissão : ingestão de peixes, crustáceos, moluscos e/ou rãs contendo as formas infectantes do parasita, denominadas metacercárias
Ciclo de vida
1- Os ovos não embrionados liberados nas fezes entram em contato com a água. Numa média de dez dias, o ovo libera um miracídeo que nada e penetra o caramujo (primeiro hospedeiro intermediário).
2- Geralmente no local da penetração, o miracídeo se transforma em esporocisto, que migra para a cavidade cardíaca ou aorta, para se desenvolver.
3- Depois de uma semana o esporocisto produz a primeira geração de rédia. Esta irá produzir novas gerações de rédia. Mas da segunda geração em diante observa-se tanto produção de rédia como cercária.
4- Após migrarem para várias partes do corpo do hospedeiro, as cercarias aumentam de tamanho e são liberadas na água. O encistamento das cercárias ocorre na superfície ou dentro do segundo hospedeiro intermediário (caramujo ou outro invertebrado, alguns anfíbios e peixes).
5- A cercária encistada, agora conhecida como metacercária, é ingerida pelo hospedeiro definitivo (neste caso o ser humano) quando este consome um hospedeiro intermediário contaminado. Uma vez dentro do organismo, a metacercária se desenvolve dando origem a adultos localizados em lugares específicos no tubo digestivo do hospedeiro. 
 RESUMINDO: Ciclo heteróxeno Miracidio esta dentro do caramujo e em outo hospedeiro vira metacercarea 
Ave e homem são definitvos 
Os vermes adultos que ficam no intestino 
Patogenia
O parasita apresenta um colar de espinhos nas ventosas que provocam lesões intestinais e os sintomas, são decorrentes dessa agressão. (inflamação na mucosa intestinal).
Sintomatologia: (ligados à carga parasitária):
Quem causa a dor são as ventosas grudadas no intestino 
Infecções leves: anemia, dor de cabeça, vertigem, dor gástrica, fezes amolecidas e eosinofilia.
Infecções maciças: dor abdominal, diarreia aquosa profusa, anemia, edema e anorexia
Diagnóstico
Presença, geralmente em grande quantidade, de ovos não embrionados nas fezes. Eles têm um opérculo imperceptível e a extremidade opercular é muitas vezes espessada. Os ovos maiores são muito semelhantes aos de Fasciola e Fasciolopsis.
Epidemiologia
· Dados de morbidade e mortalidade por equinostomíase são difíceis de serem obtidos .
· Pobreza, desnutrição, condições sanitárias precárias e falta de fiscalização
entre outros, são fatores que contribuem para sua ocorrência.
Prevenção
Alteração socioeconômica, condições sanitárias e mudanças alimentares (evitar alimentos crus).
Tratamento
· A equinostomíase pode ser tratada com o antihelmíntico Praziquantel e Mebendazol. 
No Brasil U m registro de infecção humana foi relatado em uma revisão feita por Fried & Graczyk (2000), mas descrita como infecção isolada provavelmente adquirida fora do continente.
No norte de Minas Gerais, os exames das fezes de uma múmia que viveu entre 600 e 1.200 anos atrás, mostraram
a presença de ovos do verme Echinostoma sp. É a primeira vez que esses helmintos são encontrados em coprólitos (fezes fossilizadas). É também o primeiro registro de infecção por vermes do gênero Echinostoma em humanos na América do Sul.
· Heterofíase
· É um termo utilizado para agrupar todas as trematodioses causadas por várias espécies de helmintos da família Heterophyidae.
· Parasitas intestinais de mamíferos e aves, com cerca de 35 espécies zoonóticas.
· As espécies que se destacam: Heterophyes heterophyes e Metagonimus yokogawai
· Endêmico no Extremo Oriente, no Sudeste Asiático e no Egito.
· CARACTERÍSTICAS DO AGENTE ETIOLÓGICO
· Agente etiológico: Heterophyes heterophyes e Metagonimus yokogawai
· Ciclo heteroxênico e eurixeno - participam do ciclo: caramujos aquáticos, peixes, humanos
· Mecanismo de transmissão: ingestão de metacercárias presentes na musculatura de peixes de água doce contaminados, mal cozidos ou crus
PATOGENIA
· Ovos: comprometimento de órgãos vitais como coração, cérebro e coluna vertebral pela invasão do sistema circulatório
· Adulto: atrofia das vilosidades, hiperplasia de criptas e reação inflamatória no intestino delgado
SINTOMAS
· Dor epigástrica
· Diarreia
· Anorexia
· Cólicas abdominais
· Má absorção de nutrientes
· Perda de peso significativa
Transmissão
· A infecção é adquirida pela ingestão de peixe cru ou mal cozido contendo metacercárias (fase encistada)- que esta na musculatura do peixe 
· Após a ingestão, as metacercárias são liberadas e aderem-se à mucosa do intestino delgado.
· Tornam-se adultos no intestino, crescendo até cerca de 1 a 1,7 mm por 0,3 a 0,4 mm.
Patogenia
· Essa é a mais perigosa entre as já citadas, causa mais óbito 
· Não totalmente compreendida.
· Observa-se que algumas espécies podem causar doença fatal em seres humanos, pelo comprometimento de órgãos vitais (coração/cérebro), decorrente da invasão do sistema circulatório por ovos.
· Os estágios adultos localizam-se na mucosa do intestino delgado, onde causam atrofia de vilosidades, hiperplasia de criptas, com graus variáveis de reação inflamatória.
Ciclo de vida
Hospedeiro definitivo: homem, gato, cães, aves, peixes 
1. No hospedeiro, o verme adulto liberta os ovos embrionados; cada ovo contém
um miracídio totalmente desenvolvido. Os ovos são passados nas fezes do
hospedeiro.
2. Caracol ingere os ovos (hospedeiro intermediário) os quais eclodem e liberam
miracídios e penetram o seu intestino. Miracídios desenvolvem-se em
esporocistos, então rédias e, em seguida, cercárias. Muitas cercárias são
produzidas a partir de cada rédia.
3. Cercárias são liberadas a partir do caracol.
4. As cercárias encistam como metacercárias em tecidos de peixes de água
doce ou salgada (segundo hospedeiro intermediário).
5. O hospedeiro definitivo é infectado pela ingestão de carne crua, mal cozida ou
peixe salgado contendo metacercárias.
6. Após a ingestão, as metacercárias são liberadas e aderem-se à mucosa do
intestino delgado.
7. Lá, eles se transformam em adultos.
8. Além de seres humanos, vários mamíferos que se alimentam de peixes (p. ex., gatos, cães) e aves podem ser infectadas por Heterophyes heterophyes
Epidemiologia
No Brasil só foram registradas ocorrências de heterofíase humana causada pela espécie
Ascocotyle (Phagicola) nos municípios paulistas de Registro e Cananéia. Foram confirmados 10 casos positivos entre 102 pacientes suspeitos que haviam ingerido tainha crua.
A similaridade dos ovos entre os trematódeos zoonóticos existentes, a ausência de sintomatologia característica, prejudicam o correto diagnóstico desta parasitose, tornando sua prevalência subestimada no Brasil.
Diagnóstico
· Descoberta de ovos nas fezes.
· Os ovos de H. heterophyes são indistinguíveis aos de M. yokogawai e semelhantes aos de Clonorchis e Opisthorchis.
Tratamento
Praziquantel ( O outro não é utilizado)

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