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Teorias da Criminologia

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15/05/2020 Conteúdo Interativo
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Criminologia
Aula 5: Teoria do processo social
Apresentação
Nesta aula veremos a teoria da aprendizagem social que postula que, ao contrário dos positivistas, ninguém nasce criminoso. Assim, a conduta
criminosa é algo que se aprende.
Também veremos a teoria do controle e como ela se relaciona com a motivação que inibe a prática do crime.
Além disso, veremos, por meio da teoria do etiquetamento, como a questão social está atrelada a processos penais seletivos e discriminatórios.
Objetivos
Conhecer as teorias do processo social e os processos de criminalização, segundo a teoria do etiquetamento;
Reconhecer a cifra negra da criminalidade;
Identificar o sistema penal como um instituto seletivo e discriminatório.
Teoria da aprendizagem social ou associação diferencial
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
O crime é um hábito adquirido, uma resposta a situações reais que o
sujeito aprende com o contato com valores, atitudes e pautas de
condutas criminais no curso de processos de interação com seus
semelhantes, dependendo do grau de intimidade dos contatos e sua
frequência.
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A conduta criminosa é algo que se aprende. Diferentemente do que os positivistas acreditavam, ninguém nasce criminoso, trata-se de um
comportamento desenvolvido através da relação com outras pessoas.
 
Isso pode ser observado tanto em algumas comunidades carentes, onde muitos jovens crescem tendo como referenciais criminosos locais,
como em repartições públicas que possuem funcionários corruptos que aos poucos levam os recém-concursados a acreditar que não há mal
algum em aceitar alguns “agrados em troca de alguns favores”.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Atenção
A crítica feita a esta teoria é que o crime nem sempre decorre de padrões racionais, pois há fatos ocasionais. Ele também não explica por que
pessoas que se encontram na mesma situação aderem ao crime, e outras não.
Teoria do Controle
A Teoria do controle não se preocupa com o porquê do crime ou o que leva alguém a praticá-lo, mas sim com os motivos que levam
alguém a não praticá-lo.
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Conclui pelo interesse do indivíduo em corresponder às expectativas sociais e pela razão lógica de obedecer às leis face à relação
de benefícios e prejuízos possivelmente obtidos com a prática do crime.
Atendimento psicológico | Fonte: BlurryMe / Shutterstock
Saiba mais
Ao contrário das teorias de criminologia que explicam por que as pessoas ofendem a lei, a teoria do controle social oferece a justificativa dos
motivos pelos quais as pessoas obedecem às regras. Saiba mais sobre a teoria do controle social.
Teoria do etiquetamento (labelling approach)
Segundo a teoria do etiquetamento, bem defendida por Becker em seu livro Outsiders, a desviação é uma qualidade atribuída por
processos de interação altamente seletivos e discriminatórios.
O objeto de seu estudo não é o crime nem o criminoso, mas sim os processos de criminalização. Ou seja, os critérios utilizados pelo
sistema penal no exercício do controle social para definir o desviado como tal.
Este estudo se inicia com a constatação de um fenômeno denominado cifra negra, que representa o número de crimes efetivamente
praticados e que não aparecem nas estatísticas oficiais.
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Isto demonstra que, apesar de todos nós já termos praticado algum crime na vida (ameaça, crime contra a honra, apropriação indébita de
um CD ou livro), observa-se que apenas uma pequena parcela dos delitos serão investigados e levarão a um processo judicial que
repercutirá em uma condenação criminal.
 (Fonte: Shutterstock).
Comentário
Por isso o sistema penal é seletivo, pois funciona segundo os estereótipos do criminoso, que são confirmados pelo próprio sistema.
Estereótipo
Vamos fazer um teste:
Imagine um traficante.
Imaginou? Vamos ver o que pensa a maioria?1
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon391/aula5.html
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Video
Para ilustrar ainda mais o estereótipo, que está atrelado à questão racial, assista ao vídeo da campanha Teste de imagem.
Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online
Teoria do etiquetamento e a exclusão social
No Brasil, um dos mais importantes representantes da teoria do etiquetamento é Augusto Thompson.
Este autor exemplifica esta seletividade quanto ao status social do sujeito: a vida dos mais desafortunados é mais exposta no transporte
coletivo, andando nas ruas, na praia, nos botecos, estando mais visíveis quando praticam algo ilícito.
Não há identidade entre a autoridade pública e ele, que geralmente vem das camadas mais pobres e não possui condições de ter uma boa
defesa técnica, face às dificuldades materiais das defensorias públicas.
 
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O sistema penal confirma o etiquetamento, a rotulação através da pena, estigmatizando o sujeito como criminoso, o que incrementa
exclusão social, pois se antes já era difícil conseguir emprego, agora será muito mais, levando o ex-detento a retornar ao mundo da
ilicitude.
Comentário
Você percebeu a proximidade entre as ideias positivistas e a realidade do nosso sistema penal tão criticada pela teoria do etiquetamento?
Basta analisar as teorias de Lombroso e a seleção feita pelo sistema penal nos processos de criminalização e anotar suas conclusões.
Atividade
1. De acordo com que aprendemos nesta aula, disserte sobre a crítica feita à Teoria da aprendizagem social.
Notas
Vamos ver o que pensa a maioria? 1
É certo que a maioria das pessoas pensará em um jovem rapaz, negro, com um arma na mão.
Isso é um estereótipo, que é perseguido pelo sistema, uma vez que é inegável que existem jovens brancos em condomínios de luxo
que vendem drogas.
Outsiders 2
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Referências
BARATTA, Alessandro. Criminologia crítica e crítica ao direito penal: introdução à sociologia do direito penal. Rio de Janeiro:
Freitas Bastos, 1999.
MOLINA, Antonio García-Pablos de: GOMES, Luiz Flávio. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002.
COSTA, Álvaro Mayrink. Criminologia, Vol. I, Tomo I. Rio de Janeiro: Forense, 1982.
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THOMPSON, Augusto. Quem são os criminosos? O crime e o criminoso: entes políticos. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 1998.
SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.
Próxima aula
A Teoria da Tolerância Zero presente no Movimento de Lei e Ordem, o Abolicionismo Penal e o Garantismo Penal.
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Racismo explica 80% das causas de morte de negros no país.
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