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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA COMARCA DE SÃO CAETANO-PE LUIZ AUGUSTO, nacionalidade ...., estado civil ..., comerciante, identidade nº ……, CPF nº ……, com o título de eleitor nº 123456, domiciliado em São Caetano, no estado de Pernambuco, residente na rua/avenida ……, e-mail ….., comparece a honrosa presença de Vossa Excelência para, por meio de seu advogado (com endereço profissional na rua/avenida ….. e mandato em anexo) para propor a presente AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR em face de Município de São Caetano-PE, pessoa jurídica de direito público interno, CNPJ ……….., com sede na rua/avenida ……….., a ser citado por seu representante judicial; SENHOR JACINTO JACARÉ, nacionalidade ……….., estado civil ……….., prefeito municipal, identidade nº ……….., CPF nº ……….., domiciliado em São Caetano-PE, residente na rua/avenida ……….., e-mail ………..; e ASSOCIAÇÃO DE COMERCIANTES LOCAIS (ACSC-PE), pessoa jurídica de direito privado, CNPJ ……….., com sede na rua/avenida ……….., a ser citado por seu presidente SENHOR SOMBRA com fundamento no art. 5º, LXXIII, e Artigos 1º e 6º da Lei nº 4.717/65, pelos fatos e argumentos jurídicos que passa a expor: 1. DOS FATOS O autor é cidadão muito engajado em política, tendo, inclusive, encerrado um mandato como vereador há pouco mais de um mês. Ocorre que chegou ao conhecimento do autor o Decreto Municipal nº 01/2019, mediante o qual o segundo réu, Senhor Prefeito Jacinto Jacaré, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, para a terceira ré, cujo presidente é o Sr. Sombra, amigo pessoal do mencionado prefeito e principal colaborador de sua campanha eleitoral. Como se não bastasse, a transferência do serviço se deu sem que fosse realizada a devida licitação, modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos. Diante disso, o autor indignado com a lesão em decorrência dos atos praticados pelos réus resta-lhe somente o ajuizamento da presente ação popular. 2. DO DIREITO a) DO CABIMENTO DE AÇÃO POPULAR O art. 5º, inciso LXXIII, da CF/88, admite a impetração da ação popular, por qualquer cidadão, visando anular ato lesivo ao patrimônio público ou se entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. A primeira lesão refere-se às ofensas a moralidade e impessoalidade administrativa constante no art. 37, caput, da Constituição Federal. Outra lesão é referente ao artigo 37, XXI, da CF/88, onde consta a obrigatoriedade do processo licitatório para a transferência de serviço público para concessionária que preencha os requisitos legais e procedimentais para a aquisição da mencionada transferência, também incidindo ao princípio da dignidade, tendo em conta que desobedecida a Lei 8.666/93 e ao art. 175, CF/88 o qual dispõe sobre a gratuidade do serviço público. Outrossim, a Lei 4.717/65 estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da Carta Magna, a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dessa forma, o ajuizamento da presente ação é perfeitamente cabível. b) DA LEGITIMIDADE ATIVA E PASSIVA De acordo com o art. 5º da CRFB, a ação popular permite seu ajuizamento a todos o cidadão no regular gozo dos seus direitos políticos, o que é o caso do autor, conforme de plano comprovado pelo seu título de eleitor nº 123456, e Certidão de Obrigações Eleitorais nº….. Os réus apontados nesta peça vestibular são efetivamente os responsáveis pela produção do ato ilegal, lesivo ao patrimônio público, conforme art. 6º da Lei 4.717/65: “A ação será proposta contra as pessoas públicas ou privadas e as entidades referidas no art. 1º, contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado, ou que, por omissas, tiverem dado oportunidade à lesão, e contra os beneficiários diretos do mesmo”, em razão da necessidade de devolução dos valores irregularmente recebidos pela associação. 3. DA NECESSIDADE DE DEFERIMENTO DE LIMINAR A lesão ocorre dia após dia, pois está havendo o enriquecimento da terceira ré enquanto que a administração pública está deixando de receber o preço do serviço diretamente, demonstrando o perigo da demora. A fumaça do bom direito também está evidenciada tendo em conta a frontal violação a literalidade dos artigos constitucionais mencionados. 4. DOS PEDIDOS Pelo exposto , requer a Vossa Excelência: 1º. Que receba a presente inicial com todos os documentos em anexo; 2º. Que seja concedida a liminar a fim de que suspenda a vigência o decreto municipal nº 01/2019, enquanto tramita a presenta ação. 3º. A citação dos réus para querendo, realizarem suas defesas, bem como a intimação do Ministério Público para manifestação; 4º. Que julgue totalmente procedente a presente ação a fim de que seja anulado o Decreto Municipal nº 01/2019, bem como a devolução dos valores aos cofres públicos auferidos até então pela terceira ré referente ao serviço. 5º. A condenação dos réus ao pagamento das custas judiciais e extrajudiciais, bem como honorários advocatícios nos termos do artigo 12 da Lei nº 4.717/65; 6º. O deferimento da gratuidade processual nos termos do artigo 5º, inciso LXXIII, da CF/88 Protesta provar o alegado por todos os meios de prova. Dá-se o valor a causa a quantia de R$ …….. Nesses termos, pede deferimento. Cidade ….., data …. Assinatura do Advogado ….. OAB nº …..
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