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O CENÁRIO BRASILEIRO DE MIGRAÇOES PÓS SECULO XXI

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 (
Sistema de Ensino Presencial Conectado
BACHARELADO EM
 servico social
)
 (
DHEMISON COSTA DA SILVA
Geisiane Ribeiro Valente
MARCELO DA CONCEICAO
Maria Wiliane Martins Sousa
MIRIA CRISTINA DAMASCENO CHAGAS MONTEIRO
PAMELLA TATIELLE SILVA DE OLIVEIRA MESQUITA
)
 (
O
 
CENÁRIO BRASILEIRO DE MIGRAÇOES PÓS 
SECULO XXI.
)
 (
Parauapebas - PA
2019
)
 (
DHEMISON COSTA DA SILVA
Geisiane Ribeiro Valente
MARCELO DA CONCEICAO
Maria Wiliane Martins Sousa
MIRIA CRISTINA DAMASCENO CHAGAS MONTEIRO
PAMELLA TATIELLE SILVA DE OLIVEIRA MESQUITA
)
 (
O CENÁRIO BRASILEIRO DE MIGRAÇOES PÓS SECULO XXI.
)
 (
Trabalho apresentado ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná,
como requisito parcial para a obtenção de média bimestral n
as disciplinas
Antropologia, Sociologia Crítica
, Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço social II, Ciência Política, Seminário Interdisciplinar IV e Ed - Lógica Matemática.
Professores:
Elias Barreiros, Maria Gisele de Alencar, Paulo Sérgio Aragão, Mariana de O. Lopes e Vanessa Vilela Berbel
.
)
 (
Parauapebas - PA
2019
)
		SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESENVOLVIMENTO	5
2.1 CONCEITO DE IMIGRAÇÃO E REFUGIADOS	5
2.2 SINONIMO DE REFUGIADO E IMIGTRANTE, CARACTERISTICA A SITUAÇÃO REFUGIADO É COMO E FEITO O PEDIDO DE REFUGIO NO BRASIL	7
2.2.1 O CONARE	8
2.2.2 O PEDIDO DE REFUGIO NO BRASIL	9
2.3 AS TRANSFORMAÇOES QUE OCORRERA AO LONGO DO SECULO XX E XXI, IMPACTOS NO MUNDO DO TRABALHO, OS IMPACTOS GERADO PELA POPULAÇAO IMIGRANTES, AS POLITICAS QUE ASSEGURAM O TRABALHO	10
2.4 A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL MAIS MARCANTE NO INICIO DA DECADA DE 1980	11
2.5 APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM SEU POSICIONAMENTO POLITICO FRENTE AS PROPOSTAS EXPRESSOES SOCIAL E O POSICIONAMENTO DEFENDIDO PELA CATEGORIA EM 1980 FRENTE AO FENOMENO DA IMIGRAÇÃO	12
2.6 OS DIREITOS HUMANOS NOS AUTORES DO CONTRATUALISMO E NA TEORIA POLITICA DE HANNA ARENDTV AUXILIA A PENSAR A QUESTAO DA IMIGRAÇÃO NOS ULTIMOS ANOS.	13
3 CONCLUSAO	14
4 REFERENCIA	15
INTRODUÇÃO
No século XXI a imigração no Brasil ganha novas dimensões e características que afetam as legislações e a própria representação ideológica a seu respeito visto que os imigrantes de agora são oriundos de países periféricos, latino-americanos, africanos, venezuelanos entre outros além dos refugiados políticos de diferentes países. O Brasil principalmente na sua fase econômica e política favorável recente, com impulsos de desenvolvimento (que não se confirmaram), ainda que subordinados, apareceu como destino interessante para a busca de trabalho. Para Villen (2014) o fluxo migratório no Brasil se insere no circuito mundial de imigração e se acelera principalmente a partir da crise de 2007 nos países centrais.Introdução Imigrantes tem chegado ao Brasil em um número cada vez maior, nos últimos quatro anos, houve um aumento de mais de 700% nos vistos permanentes de caráter humanitário e de 550% para estabelecimento de união estável. Os motivos para esses dados são variados, agora os imigrantes entram no país para estudar, trabalhar, montar um negócio ou simplesmente casar ou ate mesmo em busca de refúgio. O sociólogo Dimas Floriani, professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), considera que no imaginário brasileiro a questão migratória tende a ser tratada com tolerância e humanidade, por ser uma nação formada por estrangeiros, que contribuíram para moldar nossas características de hibridação étnico-cultural. Desde seu descobrimento, o Brasil recebeu holandeses, portugueses, franceses, espanhóis e, posteriormente, italianos, japoneses, chineses e muitos latino-americanos. O assunto se torna presente no mundo todo, visto o dinamismo da vida cotidiana a globalização permanente. Sendo portanto um tema atual, e conseqüentemente importante para política e economia do país será abordado neste trabalho, a formas de imigração e como e feito o pedido de refugio no brasil, abordaremos também como as políticas sociais brasileiras atuam em favor dessas pessoas, e de que forma o serviço social interpretam o modo migratório em território nacional.
DESENVOLVIMENTO
2.1 CONCEITO DE IMIGRAÇÃO E REFUGIADOS
 A história sempre narrou diversos ciclos de imigrações para o Brasil, seja durante o período de colonização, seja durante os tempos posteriores. Os imigrantes e os refugiados têm se tornado uma das grandes polêmicas da atualidade. Por um lado, estes refletem uma grande crise humanitária, a de populações que são forçadas a deixar seus países de origem, em condições precárias, devido a guerras, a crises econômicas, governos ditatoriais, racismos e catástrofes ecológicas. Há uma diferença entre os imigrantes e refugiados por mais que os mesmos estão sempre em deslocamento por se tratar da busca incessante em melhoria de uma vida digna. Sendo assim, o refugiado, ao contrário do migrante, não conta com o apoio e a proteção das autoridades de seu país de origem, de onde saiu por falta de opção. Tendo o refugiado o seu deslocamento forçado por razões de segurança, motivadas por discriminação racial, religiosa, étnica ou em razão de fundados temores de perseguição devido a nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, de modo encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo, ou devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade para buscar refúgio em outros países. Já o imigrante é, portanto, aquele que imigra, ou seja, aquele que entra em um país estrangeiro com o objetivo de fixar-se, de morar e de trabalhar. O imigrante é visto pela perspectiva do país que o acolhe, como o indivíduo que veio do exterior para permanecer como residente. De acordo com sua etimologia, o imigrante é aquele que está, sob o ponto de vista de quem é do próprio local, alguém que está buscando condições de sobreviver, que não encontrou em seu lugar natal os meios para sobreviver que buscam melhores condições de vida.
 Assim, a palavra imigrante só pode ser usada para fazer referência a movimentos de países estrangeiros para os países de destino das pessoas que se locomovem, não servindo para os movimentos migratórios internos ou inter-regionais, realizados dentro das mesmas fronteiras políticas. A razão que as move determinará os subconjuntos nos quais tais pessoas serão enquadradas. Inclusive razões de regras de escrita:
· migrantes – populações ou indivíduos em deslocamento
· imigrantes – deslocando-se para o interior (de uma fronteira)
· emigrantes– deslocando-se para o exterior (de uma fronteira)
Pesquisa do IBGE lembrou que “as imigrações internacionais são parte constituinte da formação histórica e social do Brasil” e que, nos últimos anos, ganhou outro perfil. Diferente do que aconteceu na época do Brasil Império na primeira metade do século 20, quando milhões de estrangeiros vieram ao país entre 1980 e o final dos anos 2000, mais pessoas saíram do que entraram. A chegada de imigrantes ao território brasileiro voltou a ocorrer de forma intensa a partir do final da primeira década do ano 2000 em influenciada, conforme apontou o IBGE pelas crises político-econômica e climática no o Haiti, mudanças na economia da China, estreitamento de laços com países africanos, o conflito na Síria que representam 35% da população de refugiados com registro ativo no Brasil, mais recentemente, a profunda crise econômica da Venezuela. 
 O imigrante tem como condição essencial permanecer dentro do território escolhido e seguir as leis de imigração estabelecidas em cada país. Já o refugiado se consolida como destino de imigrantes em busca de sobrevivência longe de casa. Apesar da fama de acolhedor, o Brasil precisa fortalecer as políticas públicas de abrigo e emprego para que a projeção de um fluxo cada vez maior não se transforme em crise. Para debater a situação da política que regula a admissão e permanência desses
estrangeiros no Brasil, e qual a relação dela com a garantia de preservar os direitos humanos, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias que lembrar que a situação dessas pessoas é de total vulnerabilidade, sem moradia adequada, sem acesso às políticas de saúde, educação e saneamento e ao mercado regular de trabalho. E isso fere totalmente os direitos humanos básicos. A Lei 9.474 de 1997, chamada Lei de Refúgio, avalia as motivações de um pedido de refúgio e leva em consideração as condições políticas do país de origem, bem como dando enfoque nos problemas enfrentados pelos novos moradores de nosso país como uma série de fatores como o aumento do tráfico de pessoas, aumento da xenofobia, condições de vida precárias.Portanto é necessário ressaltar que o brasileiro é mestiço no corpo e mestiço na alma, o que diferencia de outros povos, mesmo que ao longo dos últimos anos, houve um movimento crescente de grupos estrangeiros no Brasil, o governo vem adotando medidas para assegurar os direitos necessários para as sobrevivências dos mesmos, mas que só por meio do investimento na criação e efetiva execução de políticas públicas especiais para esse grupo que colaborou para a construção da identidade nacional. Segundo o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro, os imigrantes e refugiados contribuíram para a formação da cultura em nosso país.
2.2 SINONIMO DE REFUGIADO E IMIGTRANTE, CARACTERISTICA A SITUAÇÃO REFUGIADO É COMO E FEITO O PEDIDO DE REFUGIO NO BRASIL
 Imigrante e qualquer pessoa que vai buscar sua vida em outra região do seu pais ou em outro pais a imigração pode se dar por vários motivos, sendo que qualquer pessoa que tenha decidido morar em outro lugar definitivamente ter-se casado com estrangeiro e decidir morar no pais desse estrangeiro migrou, migrar e o ato de se deslocar qualquer que seja a razão podem ser razões pessoais, emprego ou mesmo uma reação amorosa. O refugiado e uma categoria do imigrante mas e uma categoria especial, o refugiado pode ser classificado como o imigrante expulso da sua região natal por ameaças a sua vida, há vários tipos de refugiados, políticos perseguidos por uma ditadura, refugiados por causa de uma perseguição religiosa ou étnica, refugiado ambientais sendo aqueles desastres que impossibilitou que a pessoa continue a viver em suas terras.
 O refugiado nunca migra por conta própria ele sempre migra obrigado e não existe a opção de voltar pra casa ou essa opção inclui o risco de vida, então o refugiado e uma sub categoria do imigrante aquela sub categoria forçada a se deslocar mediante risco de vida, sendo que ficar em sua região seria esta correndo risco de morte, se perseguição entre outros danos. Convenção da ONU de 1951 define que essa categoria especial tenha os mesmos direitos sociais que um estrangeiro residente, cada pais determina quais são os direitos de um estrangeiro residente mas os refugiados tem o direito a requerer esses mesmos direitos em geral os direito sociais pagando em postos trabalhando regulamente o estrangeiro tem seus direitos regulamente garantido como saúde, transporte, segurança, já os direitos políticos são mais raros porem os sociais são garantidos. 
Essas pessoas tem direitos e deveres umas diferentes das outras mesmo elas sendo no geral pessoas vindo de fora, se o imigrante estiver sem o documento ele pode ser deportado, já o refugiado não pode ser deportado em quanto sua liberdade ou a vida estiver ameaçada, outra diferença e que o imigrante deve obedecer as leis do pais que a entrou, já o refugiado além de seguir a lei do pais também e protegido internacionalmente, nos como sociedade receptora desse novo fluxo que vem entrando no brasil buscando oportunidade de vida, precisamos reconhecer que além de refugiados, imigrantes eles são pessoas que carregam uma historia de vida. Essas pessoas precisam ser ouvidas e ser e saber quais são suas necessidades assim como devemos ajudarmos e instruir quais são os seus direitos.
A Convenção da ONU sobre Refugiados de 1951 e seu Protocolo (1967) são os fundamentos da proteção de refugiados em que se baseiam inúmeras leis e práticas internacionais. No Brasil, a matéria é regulada pela Lei nº 9.474, de 22 de julho de 1997, que criou o Comitê Nacional para os Refugiados – Conare.
2.2.1 O CONARE
 O Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) é o órgão colegiado, vinculado ao Ministério da Justiça, que reúne segmentos representativos da área governamental, da Sociedade Civil e das Nações Unidas (ACNUR). Tem por finalidade analisar e decidir todos os pedidos de refúgio no Brasil. É também o órgão encarregado de formular a política sobre refúgio no Brasil e criar normas que esclareçam os termos da lei de refúgio (Lei nº 9.474/97).No Brasil, o mecanismo do refúgio é regido pela Lei 9.474 de 1997, que estabelece o procedimento para a determinação, cessação e perda da condição de refugiado, os direitos e deveres dos solicitantes de refúgio e refugiados e as soluções duradouras para aquela população. A Lei Brasileira de Refúgio considera como refugiado todo indivíduo que sai do seu país de origem devido a fundados temores de perseguição por motivos de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opiniões políticas imputadas, ou devido a uma situação de grave e generalizada violação de direitos humanos no seu país de origem. Considera-se que uma pessoa é perseguida quando seus direitos humanos tenham sido gravemente violados ou estão em risco de sê-lo. Isso pode acontecer, por exemplo, quando a vida, liberdade ou integridade física da pessoa corria sério risco no seu país.
 Todos os pedidos de refúgio no Brasil são decididos pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), órgão vinculado ao Ministério da Justiça e composto por representantes do Ministério da Justiça, do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Trabalho, do Ministério da Saúde, do Ministério da Educação, do Departamento de Polícia Federal e de organizações da sociedade civil dedicadas a atividades de assistência, integração local e proteção aos refugiados no Brasil. O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e a Defensoria Pública da União (DPU) têm assento no CONARE com direito a voz, porém sem direito a voto.
2.2.2 PEDIDO DE REFUGIO NO BRASIL
 Solicitar refúgio no Brasil, é preciso estar presente no território nacional. A qualquer momento após a sua chegada no Brasil, o estrangeiro que se considera vítima de perseguição em seu país de origem deve procurar uma Delegacia da Polícia federal ou autoridade migratória na fronteira e solicitar expressamente o refúgio para adquirir a proteção do governo brasileiro. O estrangeiro que solicita refúgio no Brasil não pode ser deportado para fronteira de território onde sua vida ou liberdade estejam ameaçadas. Não se deve confundir o asilo político com o moderno ramo do direito dos refugiados, que trata de fluxos maciços de populações deslocadas, enquanto que o direito de asilo se refere a indivíduos e costuma ser outorgado caso a caso. Os dois institutos podem ocasionalmente coincidir, já que cada refugiado pode requerer o asilo político individualmente.
2.3 AS TRANSFORMAÇOES QUE OCORRERA AO LONGO DO SECULO XX E XXI, IMPACTOS NO MUNDO DO TRABALHO, OS IMPACTOS GERADO PELA POPULAÇAO IMIGRANTES, AS POLITICAS QUE ASSEGURAM O TRABALHO
 O Processo de migração não é algo novo, migrar é inato ao ser humano representando esse um direito humano fundamental, portanto a causa da migração pode ser por vários fatores: consequência de desastres ambientais, guerras, perseguições políticas, étnicas, culturais ou religiosa, causas relacionadas a busca de trabalho e melhores condições de vida, entre outros. Esse processo de migração pode ser dividido em dois grandes grupos: migrações involuntárias e migrações voluntárias, um exemplo de migração involuntária é fluxos de escravos trazidos da África para a América, as migrações de exilados e de refugiados, que no seu caso foram compelidas por fatores externos e de força
maior a deixar seu local de origem, um exemplo de migração voluntária é as migrações em busca de trabalho e melhoria de vida.Conforme relatório de desenvolvimento humano de 2009, realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), aproximadamente 195 milhões de pessoas moram fora de seus países de origem, o que equivale a 3% da população mundial, sendo que 60% desses imigrantes residem em país ricos e industrializados, os principais destinos de migração internacional são os Estados Unidos, Canadá, Japão, Austrália e as nações da União Europeia.
Umas das consequências da migração internacional são diversos problemas socioeconômico, algumas medidas tomadas pela maioria dos países desenvolvidos são restringir a entrada de imigrantes, no entanto muitos desses países adotam ações seletivas, assim permitindo a entrada de profissionais qualificados, outra consequência é o fortalecimento de discriminações aos imigrantes internacionais, denominado “xenofobia”.Outro desafio da migração contemporânea é o aumento de migração clandestina e trafico de humanos, os imigrantes irregulares vivem numa condição de extrema vulnerabilidade, sujeitos a extorsão, a abusos e a exploração por partes dos empregadores, agentes de migração e etc. Muitos desses imigrantes ilegais por medo de serem descobertos e expulsos não utilizam os serviços e assistência que eles têm direito por lei.
A migração internacional no Brasil era regulada por normas legais implementadas no período do Regime Militar, o imigrante era visto como ameaça á “estabilidade e a coesão social” do país, a Lei n.6.815/1980 estabeleceu esse conjuntos de normas e também criou o Conselho Nacional de Imigração (CNIg), no dia 24 de maio de 2017 foi sancionada a nova Lei de Migração, proposta através do Projeto de Lei PLS 288/2013, que dispõe sobre os direitos e dos deveres do migrante e do visitante, regula a sua entrada e estada no País e estabelece princípios e diretrizes para as políticas públicas para o emigrante, tratando o movimento migratório como um direito humano, combatendo a discriminação e a xenofobia, essa nova lei substitui o antigo ”Estatuto do Estrangeiro” de 1980.
2.4 A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL MAIS MARCANTE NO INICIO DA DECADA DE 1980.
Na época do conhecido “milagre econômico”, na década de 1980, a relação da comunidade “próspera” com a América do Norte acontece por meio da via turística em locais populares como Nova York e Flórida. Quando a economia brasileira começou a presenciar uma baixa, o viés do fluxo migratório se tornaria vantajoso especialmente para procura de empregos com remuneração e condições sociais mais estáveis do que a situação presenciada nesta época, no Brasil. 
A partir daí, Goza (1992), afirma que a Lei de Imigração e Naturalização dos Estados Unidos estabelecida naquele período, abriu as portas do país a imigrantes da América do Sul.
“Em 1981, 115.609 brasileiros receberam vistos do tipo não-migrante. Este número representava apenas 1,6% do total de vistos desse tipo emitidos para pessoas de todas as nacionalidades, colocando o Brasil no 10° lugar entre os países que receberam permissão para entrar nos E.U.A. Embora tenham sido observadas algumas flutuações no período 1982-1990, a tendência geral era de aumento do número de vistos de não-imigrantes emitidos para brasileiros” Goza (1992:69).
Os brasileiros que partiram rumo a este país, saíram de diversos estados, segundo Goza (1992), 64% de todos os imigrantes dos Estados Unidos partiram do Estado de Minas, sendo que 17% saíram do município de Governador Valadares. Este número aumenta para 20% do total se adicionado os municípios da microrregião de Governador Valadares, sobretudo no perímetro de 100 quilômetros deste município.
A reestruturação da economia mundial, ao longo das décadas de 1970 e 1980, contribuiu para o seguimento de um espaço transnacional, onde, além de mercadorias e serviços, havia espaço para trabalhadores também. Fazendo com que os países periféricos fossem o alvo para mão de obra acessível e barata. 
2.5 APRESENTAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL EM SEU POSICIONAMENTO POLITICO FRENTE AS PROPOSTAS EXPRESSOES SOCIAL E O POSICIONAMENTO DEFENDIDO PELA CATEGORIA EM 1980 FRENTE AO FENOMENO DA IMIGRAÇÃO
Todos possuem direitos e esses direitos precisam ser aplicados. A migração é um fenômeno cada vez mais comum, as pessoas por vezes só querem uma melhor qualidade de vida, e o serviço social ganhando uma visão mais humanitária passa a compreender esse elemento. Assim, principalmente as crianças acabam por usufruir os benefícios do serviço social, que busca garantir alimentação, moradia, escola e possibilidades de qualidade de vida, ajudando os imigrantes nessa fase de transição.
Os assistentes sociais, preocupados com a modernização do País e da profissão, assumem posições predominantemente favoráveis à reprodução das relações sociais. Porém, a partir da década de 1980, os setores críticos (em geral, respaldados na teoria marxista) assumem a vanguarda da profissão. É no bojo desse processo de renovação do Serviço Social que o pluralismo se institui e inicia a construção do que hoje chamamos de projeto ético-politico da profissão.
As políticas sociais no Brasil tiveram, nos anos 80, formulações mais impactantes na vida dos trabalhadores e ganharam mais impulso, após o processo de transição política desenvolvida em uma conjuntura de agravamento das questões sociais e escassez de recursos. Não obstante, as políticas sociais brasileiras sempre tiveram um caráter assistencialista, paternalista e clientelista, com o qual o Estado, por meio de medidas paliativas e fragmentadas, intervém nas manifestações da questão social, preocupado, inicialmente, em manter a ordem social. 
2.6 OS DIREITOS HUMANOS NOS AUTORES DO CONTRATUALISMO E NA TEORIA POLITICA DE HANNA ARENDTV AUXILIA A PENSARA QUESTAO DA IMIGRAÇÃO NOS ULTIMOS ANOS
 A autora traçou um paralelo sobre a construção da economia, exigindo uma compreensão racional, sobre a necessidade de criar um equilíbrio entre a fragilização emocional e as condições econômicas caóticas, que muitas das vezes resultam no sofrimento, e na pobreza, concentrando ódio personalizado nos indivíduos da esfera financeiramente mais pobres. Além disso, Hannah Arendt também dialoga sobre a desumanização do objeto de violência onde a tortura só reproduz os valores herdados ou apreendidos pela classe opressora. 
Alguns vão dizer que Política não tem nada a ver com o Direito. Outros, ao contrário, dirão que são fenômenos conexos e até mesmo indissociáveis. Afinal, que relação podemos emoldurar; que relação podemos apontar entre Direito e Política?. Fato é que entre Direito e Política são múltiplas as conexões, mas certo é que eles são fenômenos mais que interconectados. Isso fica bem claro ao ler os trabalhos de Arendt, em O que é Política? e em A condição humana onde ela analisa por meio das relações de poder desde a Grécia até a modernidade moldaram o homem e suas construções como a Política e o Direito. Não há erro em afirmar que pelo menos em nossos dias, Direito e Política tem uma verdadeira relação mutualística, em que um dificilmente sobreviverá sem o outro. Daí já vemos a primeira relação entre Direito e a Política. Podemos compreender do que se tratam mesmo que não consigamos ser absolutos em definir tais fenômenos, assim como acontece com o amor, o ódio, a justiça e a injustiça, por exemplo. Por tudo isso, é que hoje podemos dizer que compreender o fenômeno Político é compreender o Direito e vice-versa, porque apesar de por vezes não aparentar, ambos os fenômenos tem em sua essência as mesmas qualidades. Prossigamos, analisando, de início separadamente os dois fenômenos.
3 CONCLUSÃO
Diante do exposto Considerando que o trabalho precário e o desemprego são próprios da dinâmica do capital, como Netto e Braz (2007) ressaltam, fazem parte da estrutura do capital já apontados por Marx como um contingente de trabalhadores à disposição das demandas do capital, sendo utilizados nas estratégias de exploração da força
de trabalho empregada.No atual momento do desenvolvimento da acumulação capitalista, vivenciamos uma disseminação da precarização do trabalho o que aumenta o estoque de trabalhadores à disposição do capital em diversos países o que propicia o deslocamento do capital em busca de mercados de força de trabalho mais lucrativos para a produção e fomenta uma fragmentação e disputa mundial da classe trabalhadora, daí a atualidade do debate sobre as categorias exército industrial de reserva e superpopulação relativa.Acreditamos que estudos críticos que aprofundem as condições de trabalho dos imigrantes, os aparatos legais e políticos que os protegem e as formas de assistência inexistência que acessam especialmente no tocante as violências e preconceitos sofridos podem revelar traços importantes da configuração mundial do trabalho e de particularidades de nosso território. Sendo assim, o estudo sobre os fluxos migratórios contemporâneos no Brasil, entendendo-o inserido no contexto global de mundialização do capital, com repercussões para o trabalho e conseqüentemente para as políticas sociais pode contribuir para a identificação e análise do seu lugar nas novas configurações do trabalho, fortalecendo uma perspectiva de luta dos trabalhadores.
4 refeRÊNCIAS
http://www.porthttps://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/docs/02022016_103036_julianagiovanettipereiradasilva_ok.pdf
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-30982017000100171
http://www.ufjf.br/pur/files/2011/04/MIGRA%C3%87%C3%83O-NO-MUNDO.pdf
https://uenp.edu.br/pos-direito-teses-dissertacoes-defendidas/direito-dissertacoes/1964-ana-paula-sefrin-saladini/file
http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=47a3893cc405396a
https://www.politize.com.br/nova-lei-de-migracao/
alconsular.itamaraty.gov.br/refugio-no-brasil
https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/09/25/apenas-5percent-dos-municipios-com-presenca-de-imigrantes-e-refugiados-no-brasil-oferecem-servicos-de-apoio-aponta-ibge.ghtml
https://declaracao1948.com.br/2018/05/11/diferenca-migrantes-refugiados/
https://www.significadosbr.com.br/imigrante
https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/cdhm/noticias/direitos-humanos-para-imigrantes-e-refugiados-no-brasil
https://pt.wikipedia.org/wiki/Refugiado
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/imigracoes-atuais-no-brasil.htm
Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/23811336#readmore
YAZBEK, Maria Carmelita. Classes subalternas e assistência social. São Paulo: Cortez, 1996.
BRASIL. Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Política Nacional de Assistência Social – PNAS. Brasília, 2005.
FUSCO, Wilson. Migração e Redes Sociais: a distribuição de brasileiros em outros países e suas estratégias de entrada e permanência. In Brasileiros pelo Mundo, Redes Migratórias: 2008 – Ministério das Relações Exteriores - Disponível em www.portalconsular.mre.gov.br. Acesso em: 29 de outubro de 2019.

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