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➔ Roteiro básico para a avaliação nutricional pediátrica na pratica clínica Avaliação nutricional em pediatria -Objetivos: Diagnóstico de estados carenciais ou de sobrepeso, estabelecimento de prognósticos e riscos, avaliação do crescimento. -Indicadores: dietéticos (AA -> indica carências e excessos), clínicos (anamnese, história e exame físico), antropometria, bioquímicos, imagem, condutibilidade. Indicadores dietéticos Permite a detecção de possíveis carências ou excessos nutritivos e avaliação de hábitos alimentares. Avaliação quali-quantitativa (principalmente lactentes, pacientes desnutridos, com comprometimento de TGI). -Avaliação da amamentação Sinais positivos Sinais negativos -Mãe saudável, confortável -Mamas sem dor ou desconforto -Sinais de vínculo com o bebê -Bebê calmo e relaxado -Boa posição, pega e sucção. -Mãe tensa, desconfortável -Mamas engurgitadas, dolorosas, com sinais de inflamação ou com alterações nos mamilos -Bebê sonolento, doente, impaciente ou chorando, não procura o peito -Posição, pega e sucção inadequadas -Cuidados na anamnese alimentar -> Qual o melhor método? = recordatório alimentar, ingestão habitual, frequência, registro alimentar. ->Não induzir a mãe ou o paciente ->Atentar para possíveis contradições (ex: nível socioeconômico) ->Coletar novas informações a cada consulta (observando seus intervalos) ->Boa relação nutricionista/mãe/paciente melhora a veracidade das informações ->Crianças maiores = questionar a criança e confirmar com a mãe se necessário, pois estimula a confiança da criança, podendo ter problemas com mães superprotetoras ->Estilo de vida x práticas alimentares *Ouvir para aprender, não emitir julgamentos Histórico alimentar Evolução da alimentação com a idade (tipo, quantidade, sintomas associados, interações medicamentosas). História clinica Detecção de fatores interferentes na ingestão ou aproveitamento de nutrientes, ou situações de maiores exigências nutricionais. -Peso comprimento e altura -Nível de atividade física -Reação ao exame físico -Distensão abdominal, peristalse, sinal do piparote -Panículo adiposo e massa muscular (observar redução na coxa, face e nádegas) -Edema -Palidez grave -Aumento ou dor hepática ao toque, icterícia -Presença de vinculo mãe/criança -Sinais de colapso circulatório -Temperatura, sede -Olhos encovados recentemente, lesão córnea -Evidência de infecção (boca, garganta, ouvidos) -Pele (equimose e petéquias) -Frequência respiratória e tipos de respiração -Aparência das fezes *A evacuação do bebe pode chegar até 4 dias sem evacuação, por isso é necessário ver a aparência das fezes. O bebê não tem prensa abdominal, por isso a evacuação pode demorar. História social Avaliação dos fatores socioeconômicos e culturais: ocupação e escolaridade dos pais, condições de saneamento, presença de animais e condições de habitação. Avaliação psico- comportamental da família e criança. Estilo de vida, hábitos saudáveis e atividade física. Antropometria -Indicadores antropométricos a serem coletados Recém-nascidos e lactentes: peso, comprimento, PC, CB, C da coxa, DCT e DCS. Pré escolares: os mesmos, sendo, PC e torácico até 2 anos. Lembrar da diferença comprimento x estatura. Escolares: peso, estatura, CB e DCT. Análise da velocidade de ganho de peso e crescimento linear -Lactentes ->Peso ao nascer: 2,500-4,600 com média de 3,400g (com 6 meses deve dobrar e com 1 ano triplicar). ->Há uma perda ponderal de 10 a 12% em até 3 dias após o nascimento que é recuperada após 10 mais ou menos. -> Ganho ponderal diário: 0-5 meses: 20-30g/dia – 6-12 meses: 15g/dia – RNBP: 20-30 g/dia -> Ganho ponderal trimestral: 1º trimestre- 700g/mês – 2º trimestre: 600g/mês – 3º trimestre: 500g/mês – 4º trimestre: 400 g/mês. ->Comprimento do feto: 1,2 a 2,5 cm/semana ->Comprimento ao nascer: 45-55 cm em média -meninos são maiores (com 6 meses aumenta 15 cm e ao final do 1 ano aumenta mais 25 cm) -Pré escolares e escolares: Ganho de 2,5 a 3,5 kg/ano (menor em meninas). Crescimento por ano 1-2 anos 12 cm 2-3 anos 8 cm 3-4 anos 7 cm >4 até a adolescência 4 a 6 cm/ano -Adolescentes Estirão maior nos meninos, enquanto o desenvolvimento hormonal é maior nas meninas. Ao fim da adolescência a velocidade de crescimento já é de 1,2 a 1,5 cm/ano.
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