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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
Certificação Profissional de Promotores 
de Correspondentes 
2 
 
INTRODUÇÃO PG 04 
 
CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O SISTEMA FINANCIERO NACIONAL PG 05 
Sistema Financeiro Nacional PG 05 
Conselho Monetário Nacional PG 06 
Meios de Pagamento PG 07 
 Banco Central Do Brasil PG 08 
BNDES- Banco Nacional de des. Econômico Social PG 10 
 Instituições Financeiras Privadas PG 11 
 
ATIVIDADES DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS PG 13 
Intermediação das Operações de Crédito e de Arrendamento Mercantil PG 15 
Controle das Atividades do Correspondente PG 16 
Cobrança de Tarifas PG 17 
Liquidação Antecipada de Contratos PG 18 
 
CUSTO EFETIVO TOTAL – CET PG 21 
 
PRINCIPIOS GERAIS ADOTADOS PG 22 
Direito do Consumidor PG 23 
Sigilo das Informações Bancárias PG 24 
 
IMPOSTOS PG 25 
ISS - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza PG 25 
IOF - Imposto Sobre Operações Financeiras PG 27 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO PG 28 
 
CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO PG 29 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PG 30 
Movimentação de Recursos PG 32 
Registros de Cartões Pré-Pagos PG 32 
Manutenção de Informações e Registros PG 34 
Comunicações ao Coaf PG 34 
Procedimentos Internos de Controle PG 35 
 
SISTEMAS DE CONTROLES INTERNOS – COMPLIANCE PG 36 
 
MATEMÁTICA FINANCEIRA PG 37 
3 
 
Juros Simples PG 37 
Juros Compostos PG 38 
 
SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO PG 41 
 
CRÉDITO PG 42 
Crédito - Pessoas Físicas PG 42 
Crédito - Pessoas Jurídicas PG 44 
 
MODALIDADES DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO PG 45 
Crédito Direto ao Consumidor – CDC PG 46 
Arrendamento Mercantil PG 47 
Crédito Pessoal PG 48 
Crédito Consignado PG 49 
 
RISCOS PG 50 
Risco De Crédito PG 51 
Risco De Mercado PG 53 
Risco Operacional PG 53 
Risco De Reputação PG 54 
 
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA PG 54 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
As Instituições Financeiras são autorizadas pelo Banco Central para credenciar 
CORRESPONDENTES BANCÁRIOS para exercerem atividades junto ao público em geral. 
Atividade regulamentada pelas Resoluções BACEN 3.110 e 3.156 e atualizadas pela 
Resolução BACEN 3.954 e Resolução BACEN 3.959, ambas de 2.011. 
A atividade que mais se destacou ao longo destes anos foi a concessão de 
empréstimos consignados para aposentados do INSS ou Funcionários de Órgãos Públicos. 
Nos últimos anos além do consignado tivemos um desenvolvimento importante da 
atividade do CORRESPONDENTE BANCÁRIO que foram os financiamentos de veículos e CDC 
Crédito Direto ao Consumidor, que tem também como atividade: 
 Encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à vista, a prazo 
ou poupança; 
 Podem receber e pagar contas, aplicação e resgates em fundos de investimentos; 
 Efetuar ordens de pagamentos; 
 Fazer pedidos de empréstimos e financiamentos; 
 Fazer análise de crédito e cadastro; 
 Terceirizar serviços de cobranças; 
 Enviar pedidos de cartões de créditos; e 
 Atuar no processamento de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agência 
Caixa Eletrônico 
Correspondente 
Posto de 
Atendimento 
Bancário 
Atendimento 
Físico
5 
 
Os contratos para prestação de serviços de CORRESPONDENTE BANCÁRIO, são firmados 
entre a Instituição financeira e Empresa interessada, que deve ser uma empresa regular (com 
CNPJ) e com foco nesta atividade. No Contrato constam no mínimo, as seguintes cláusulas: 
 Garantia total de responsabilidade da instituição Financeira autorizada pelo Banco 
Central pelos serviços prestados pelo seu CORRESPONDENTE BANCÁRIO; 
 Que garantam o total acesso do Banco Central do Brasil a todas as informações, 
dados e documentos relativos à empresa contratada (correspondente Bancário) e à suas 
operações; 
 Substabelecimento do contrato a terceiros, ou seja, a empresa não poderá repassar 
o contrato à outra prestadora de serviços que precise da autorização expressa do banco ou da 
instituição financeira contratada. 
 
 
O correspondente bancário está proibido de: 
 Adiantar recursos a serem liberados pelo banco ou instituição financeira; 
 Emitir carnês ou títulos a seu favor referentes aos serviços que este preste; 
 cobrar qualquer taxa, tarifa ou comissão, por sua conta, pelos serviços de 
intermediação prestados aos clientes; 
 garantir nas operações prestadas como executadas, ou seja, quem aprova, faz a 
liberação é o banco ou instituição. 
 
Por atuar como representante legal de uma Instituição Financeira, o 
CORRESPONDENTE BANCÁRIO, tem a responsabilidade moral de honrar pela qualidade no 
relacionamento com o mercado como se a Instituição fosse. 
 
CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O SISTEMA FINANCEIRO 
NACIONAL 
 
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL 
 
A leique criou o atual Sistema Financeiro Nacional, é a Lei 4.595 de 1.964. 
Nosso Sistema Financeiro é respeitado no Mundo Financeiro como um dos mais bem 
estruturados e desenvolvidos apresentando um elevado grau de qualidade e segurança. 
Um avanço notável de nosso mercado financeiro foi a implantação do SPB - Sistema 
Pagamentos Brasileiro, onde criamos a TED - Transferência Eletrônica Disponível, que 
6 
 
funciona como uma operação de cartão de débito, sacando de imediato os recursos da conta 
corrente do devedor e creditando “online” o valor na conta corrente do credor. 
A vantagem adicional desse sistema é que as Reservas Bancárias são compensadas 
também “on-line” não proporcionando surpresas desagradáveis de desequilíbrios financeiros 
no mercado. 
Outro benefício importante é a segurança, já que a operação é irreversível, ou seja, 
não pode ser sustada e só se realiza com recursos efetivamente disponíveis na conta do 
remetente - não existe, portanto, a possibilidade de uma TED sem fundos. 
O Banco Central (BC) monitora e participa do SPB por meio do Sistema de 
Transferência de Reservas - STR. 
Com o novo SPB, o Brasil passou a ter um dos sistemas de pagamentos mais avançados 
do mundo. 
O Sistema Financeiro Nacional está constituído e devidamente atualizado pela 
Resolução BACEN no. 849 de 20 de julho de 2.003 e pelo Decreto no. (1.307 de 09 de 
Novembro de 1.994). 
 
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL 
 
É o Órgão Regulador do Sistema Financeiro Nacional que desde sua criação tem como 
função principal formular a política da moeda e do crédito, buscando o progresso econômico 
e social do País. 
 
Atividades e Responsabilidades: 
1 - formular a política da moeda e do crédito, objetivando o progresso econômico e 
social do País, através dos recursos em papel moeda (dinheiro vivo) e/ou do incentivo ou 
restrição, o atingimento das metas de crescimento projetados pelo Governo. 
2 - Os objetivos da política formulada pelo Conselho Monetário Nacional são: 
a) adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia 
nacional e seu processo de desenvolvimento; 
b) regular o valor interno da moeda, para conter a inflação e também fenômenos 
conjunturais, oferta e procura de dinheiro na economia; 
c) regular o valor externo da moeda e o equilíbrio no balanço de pagamentos do País 
(pagamento de suas dívidas no exterior) 
d) orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras, para propiciar, nas 
diferentes regiões do País, condições favoráveis ao desenvolvimento harmônico da economia 
nacional; 
e) propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros, para 
uma maior eficiência do sistema de pagamentos e de mobilização de recursos; 
f) zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras; 
7 
 
g) coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária, fiscal e da dívida 
pública, interna e externa. 
 
MEIOS DE PAGAMENTO 
 Cada país classifica suas moedas por ordem de liquidez. No Brasil existem cinco 
agregados monetários: M0,M1, M2, M3, M4. 
Os meios de pagamento em circulação são: 
a) M0 - o papel moeda em circulação (Dinheiro vivo); 
b) M1 - M0, + depósitos à vista no sistema Bancário; 
c) M2 - M1 + Depósitos compulsórios ou recolhimentos ao Banco Central + depósitos de 
poupança + títulos emitidos pelas instituições financeiras como: CDBs – e outros; 
d) M3 - M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas 
no Selic – (Sistema Especial de Liquidação e Custódia); 
e) M4 - M3 + títulos públicos de alta liquidez. 
 
Os meios de pagamento com liquidez imediata são então representados pelo M1 que 
compreende duas categorias de moeda: 
a) Moeda manual – Composta pelo valor da moeda metálica e papel moeda em poder 
do público; 
b) Moeda escritural os depósitos à vista, mantidos pelo público nas instituições 
financeiras, nas contas correntes. 
 
 Liquidez Do Mercado é dada por uma série de medidas, mas em linhas gerais, um 
dos fatores que fazem aumentar a liquidez do mercado é a emissão de papel moeda, 
aumentando a oferta de crédito e das oportunidades de nossa atividade de Correspondente 
Bancário. 
O que faz enxugar a liquidez do mercado é a emissão de Títulos Públicos que são 
vendidos aos Investidores, assim retirando moeda de circulação, mexendo diretamente com a 
atividade do Correspondente Bancário, pois o volume de recursos disponível no mercado 
será menor assim como o valor disponível para crédito restringindo assim a atividade do 
CORRESPONDENTE BANCÁRIO. 
 
 Orçamento Monetário - Com base na Política Monetária traçada, o CMN aprova o 
orçamento apresentado pelo Banco Central, que na realidade norteará as decisões de dar 
liquidez ou enxugar a liquidez do mercado, durante o próximo período. 
 
 Constituição Do CMN - é integrado pelos seguintes membros: 
I - Ministro da Fazenda, na qualidade de Presidente; 
II - Ministro Chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação da 
Presidência da República; 
8 
 
III - Presidente do Banco Central do Brasil. 
Secretaria Executiva é exercida pelo Banco Central do Brasil: 
Conselheiros do CMN. 
Comissão Técnica Da Moeda E Do Crédito - COMOC 
 
Comissões Consultivas – Funcionarão junto ao CMN as seguintes Comissões 
Consultivas: 
I - de Normas e Organização do Sistema Financeiro; 
II - de Mercado de Valores Mobiliários e de Futuros; 
III - de Crédito Rural; 
IV - de Crédito Industrial; 
V - de Endividamento Público; 
VI - de Política Monetária e Cambial; e 
VII - de Processos Administrativos 
 
BANCO CENTRAL DO BRASIL 
 
 BACEN, criado pela Lei 4.595 e regulamentado pelo Decreto Lei no. 278 de 28 de 
Fevereiro de 1.967, um Banco com personalidade jurídica e patrimônio próprio, este 
constituído dos bens, direitos e valores que lhes foram transferidos na forma desta Lei. 
 Funções Do BACEN - 
a) emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo 
Conselho 
Monetário Nacional, e executar os serviços do meio circulante; 
b) receber os recolhimentos compulsórios e os depósitos voluntários de instituições 
financeiras; 
c) realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras 
bancárias; 
d) exercer o controle do crédito sob todas as suas formas; 
e) efetuar o controle dos capitais estrangeiros; 
f) ser depositário das reservas oficiais de ouro, de moeda estrangeira e de Direitos 
Especiais de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no 
Convênio Constitutivo do 
Fundo Monetário Internacional; 
g) exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades 
previstas; 
h) conceder autorização às instituições financeiras para que possam funcionar no País, 
instalar ou transferir sua sede ou dependências, alterar seus estatutos etc.; 
i) efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de 
títulos públicos federais; 
9 
 
j) receber em depósito as disponibilidades de caixa da União; 
k) entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras 
estrangeiras e internacionais; 
l) atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade 
relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse 
fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no 
exterior; 
m) efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e de empresas 
do Estado; 
n) emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições 
estabelecidas pelo Conselho 
Monetário Nacional; 
o) regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
 
 Competência Do BACEN - por delegação do CMN, fiscalizar em sua plenitude a 
aplicação das regras nas atividades do Sistema Financeiro Nacional e para tal deve expedir as 
Normas e orientações para o perfeito funcionamento e equilíbriodo sistema. 
Além do depósito compulsório todas as transações oficiais em moeda estrangeira tem 
que ser intermediadas pelo Banco Central. 
 Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam: 
. Funcionar no País; 
. Instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior; 
. Ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas; 
. Praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida 
pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos 
de crédito ou mobiliários; 
. Ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; 
. Alterar seus estatutos; 
. Alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário. . . 
Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de 
administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de 
quaisquer funções em órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que 
forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional; 
. Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de 
títulos públicos federais; 
. Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos 
ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços; 
. Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis. 
 
10 
 
 BANCO DO BRASIL S.A. - funcionou durante muitos anos como uma espécie de caixa 
do tesouro, auxiliando o Banco Central na execução da Política Monetária determinada pelo 
Conselho Monetário Nacional. 
Embora seja um Banco Público e conste de suas funções a atuação diferenciada 
conforme veremos a seguir, atualmente o Banco do Brasil S.A. atua no mercado mais como 
uma Instituição privada, logicamente tendo uma influência muito maior por parte de seu 
maior acionista que é o Governo. 
Assim, de acordo com a Lei, competirá ao Banco do Brasil: 
 precipuamente, sob a supervisão do Conselho Monetário Nacional e como 
instrumento de execução da política creditícia e financeira do Governo Federal: 
 na qualidade de Agente, Financeiro do Tesouro Nacional, sem prejuízo de outras 
funções que lhe venham a ser atribuídas e as devidas ressalvas: 
. Receber, a crédito do Tesouro Nacional, as importâncias provenientes da 
arrecadação de tributos ou rendas federais e ainda o produto das operações de que trata esta 
lei; 
. Realizar os pagamentos e suprimentos necessários à execução do Orçamento Geral 
da União e leis complementares, de acordo com as autorizações do Ministério da Fazenda. 
 
 BNDES - BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL 
 
Criado pela Lei nº 1.628, de 20 de junho de 1952, foi enquadrado como uma empresa 
pública federal, com personalidade jurídica de direito privado e patrimônio próprio, pela Lei 
nº 5.662, de 21 de junho de 1971. 
O BNDES é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior e tem como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o 
desenvolvimento do Brasil. Desta ação resultam a melhoria da competitividade da economia 
brasileira e a elevação da qualidade de vida da sua população. 
Desde a sua fundação, o BNDES vem financiando os grandes empreendimentos 
industriais e de infraestrutura, tendo marcante posição no apoio aos investimentos na 
agricultura, no comércio e serviço e nas micro, pequenas e médias empresas, e aos 
investimentos sociais, direcionados para a educação e saúde, agricultura familiar, 
saneamento básico e ambiental e transporte coletivo de massa. 
Suas linhas de apoio contemplam financiamentos de longo prazo e custos 
competitivos, para o desenvolvimento de projetos de investimentos e para a comercialização 
de máquinas e equipamentos novos, fabricados no país, bem como para o incremento das 
exportações brasileiras. Contribui, também, para o fortalecimento da estrutura de capital das 
empresas privadas e desenvolvimento do mercado de capitais. 
 Subsidiárias: 
O BNDES e suas subsidiárias compreendem o chamado "Sistema BNDES". 
11 
 
 
 FINAME (Agência Especial de Financiamento Industrial): criada com o objetivo de 
financiar a comercialização de máquinas e equipamentos. 
 BNDESPAR (BNDES Participações): criada com o objetivo de possibilitar a subscrição 
de valores mobiliários no mercado de capitais brasileiro. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PÚBLICAS - são as Caixas Econômicas Federais, Basa 
- Banco da Amazônia, Banco do Nordeste, Caixas Estaduais, Bancos de Desenvolvimento 
Estaduais ou Regionais e Bancos Estaduais ou assemelhados. 
Essas Instituições tem a função de auxiliar os Governos Federais, Estaduais ou 
Municipais (se for o caso) na execução da Política Monetária do Governo Federal. 
Suas atividades são reguladas pelo Conselho Monetário Nacional quanto à capacidade 
e modalidade operacionais de forma que se ajustem à política de crédito do Governo Federal. 
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social BNDES é o principal 
instrumento de execução de política de investimentos do Governo Federal, promovendo 
políticas voltadas ao financiamento das atividades econômicas, setoriais e regionais 
prioritárias em função da Política Monetária determinada pelo Governo Federal. 
As instituições financeiras públicas não federais ficam sujeitas às disposições relativas 
às instituições financeiras privadas, assegurada a forma de constituição das já existentes. 
As Caixas Econômicas Estaduais equiparam-se, no que couber, às Caixas Econômicas 
Federais. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS PRIVADAS 
 
São constituídas unicamente sob a forma de sociedade anônima, devendo a totalidade 
de seu capital com direito a voto ser representada por ações nominativas. 
O Capital Inicial exigido para a constituição de uma Instituição Financeira é 
determinado pelo Banco Central, sob determinação do CMN, e deve ser integralizado em 
moeda corrente. 
As instituições financeiras de direito privado, exceto as de investimento, só poderão 
participar de capital de quaisquer sociedades com prévia autorização do Banco Central. 
As instituições financeiras levantarão balanços gerais a 30 de junho e 31 de dezembro 
de cada ano, obrigatoriamente, com observância das regras contábeis estabelecidas pelo 
Conselho Monetário Nacional. 
As instituições financeiras privadas deverão comunicar ao Banco Central da República 
do Brasil os atos relativos à eleição de diretores e membros de órgão consultivos, fiscais e 
semelhantes, no prazo de 15 dias de sua ocorrência. O Banco Central da República do Brasil, 
no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, decidirá se aceita ou recusa o nome do eleito. 
12 
 
É vedado às instituições financeiras privadas conceder empréstimos ou 
adiantamentos: 
I - A seus diretores e membros dos conselhos consultivos ou administrativo, fiscais e 
semelhantes, bem como aos respectivos cônjuges; 
II - Aos parentes, até o 2º grau, das pessoas a que se refere o inciso anterior; 
III - As pessoas físicas ou jurídicas que participem de seu capital, com mais de 10% 
(dez por cento), salvo autorização específica do Banco Central da República do Brasil, em 
cada caso, quando se tratar de operações lastreadas por efeitos comerciais resultantes de 
transações de compra e venda ou penhor de mercadorias, em limites que forem fixados pelo 
Conselho Monetário Nacional, em caráter geral; 
IV - As pessoas jurídicas de cujo capital participem, com mais de 10% (dez por cento); 
V - Às pessoas jurídicas de cujo capital participem com mais de 10% (dez por cento), 
quaisquer dos diretores ou administradores da própria instituição financeira, bem como seus 
cônjuges e respectivos parentes, até o 2º grau. 
A infração ao disposto nesta determinação, constitui crime e sujeitará os responsáveis 
pela transgressão à pena de reclusão de um a quatro anos, aplicando-se, no que couber, o 
Código Penal e o Código de Processo Penal. 
 No mercado denomina-setal transgressão à Lei como: CRIME DO COLARINHO 
BRANCO. 
 Emitir debêntures e partes beneficiárias (partes beneficiárias em geral são 
representadas pelos sócios ou acionistas e outros assemelhados ou ligados); 
 Adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em 
liquidação de empréstimos de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê-los 
dentro do prazo de um (1) ano, a contar do recebimento, prorrogável até duas vezes, a 
critério do Banco Central da República do Brasil; 
 As instituições financeiras que não recebem depósitos do público poderão emitir 
debêntures, desde que previamente autorizadas pelo Banco Central do Brasil, em cada caso; 
 Aplicam-se às instituições financeiras estrangeiras, em funcionamento ou que 
venham a se instalar no País. 
 
Penalidades - Os diretores e gerentes das instituições financeiras respondem 
solidariamente pelas obrigações assumidas pelas instituições durante sua gestão, até que elas 
se cumpram. 
O responsável pela instituição financeira que autorizar a concessão de empréstimo ou 
adiantamento proibidos, se o fato não for crime, ficará sujeito, sem prejuízo das sanções 
administrativas ou civis cabíveis, à multa do dobro do valor do empréstimo ou adiantamento 
concedido. 
13 
 
Quaisquer pessoas, físicas ou jurídicas, que atuem como instituição financeira, sem 
estar devidamente autorizada pelo Banco Central, ficam sujeitas às multas aplicadas, quando 
pessoa jurídica, seus diretores e administradores. 
 
ATIVIDADE DOS CORRESPONDENTES BANCÁRIOS 
 
Foi instituída através da RESOLUÇÃO BACEN nº 3.110 de 31 de Julho de 2.003. 
Resolução que instituiu as normas sobre a contratação, por parte de bancos múltiplos, de 
bancos comerciais, da Caixa Econômica Federal, de bancos de investimento, de sociedades de 
crédito, financiamento e investimento, de sociedades de crédito imobiliário e de associações 
de poupança e empréstimo, de empresas, integrantes ou não do Sistema Financeiro 
Nacional, para o desempenho das funções de correspondente bancário. 
O objetivo do Conselho Monetário Nacional em 2.003, com a adoção das medidas 
criando a atividade do Correspondente Bancário foi em razão de viabilizar o acesso da 
população ao Sistema Financeiro Nacional, como forma de propiciar a melhoria das condições 
de obtenção de crédito, de realização de poupança e de aquisição de produtos financeiros, 
além da maior comodidade para pagamento de contas por parte das pessoas de menor renda, 
levando-se em consideração, ainda os mecanismos capazes de oferecer as devidas segurança 
e confiabilidade aos serviços prestados por meio de correspondentes. 
O objetivo da certificação do Correspondente Bancário foi nivelar a qualidade exigida 
para a prática da atividade, e, ao mesmo tempo proteger as Instituições credenciadoras que, 
na realidade, são as responsáveis perante o mercado pela qualidade dos serviços prestados 
pelos seus correspondentes. 
Atividades Permitidas de acordo com a regulamentação são: 
I - recepção e encaminhamento de propostas de abertura de contas de depósitos à 
vista, a prazo e de poupança mantidas pela instituição contratante; 
II - realização de recebimentos, pagamentos e transferências eletrônicas visando à 
movimentação de contas de depósitos de titularidade de clientes mantidas pela instituição 
contratante; 
III - recebimentos e pagamentos de qualquer natureza, e outras atividades 
decorrentes da execução de contratos e convênios de prestação de serviços mantidos pela 
instituição contratante com terceiros; 
IV - execução ativa e passiva de ordens de pagamento cursadas por intermédio da 
instituição contratante por solicitação de clientes e usuários; 
V - recepção e encaminhamento de propostas referentes a operações de crédito e de 
arrendamento mercantil de concessão da instituição contratante; 
VI - recebimentos e pagamentos relacionados a letras de câmbio de aceite da 
instituição contratante; 
VII - execução de serviços de cobrança extrajudicial, relativa a créditos de 
titularidade da instituição contratante ou de seus clientes; 
14 
 
VIII - recepção e encaminhamento de propostas de fornecimento de cartões de 
crédito de responsabilidade da instituição contratante; e, 
IX - realização de operações de câmbio de responsabilidade da instituição 
contratante. 
 
 Operações De Câmbio - atendimento prestado pelo correspondente em operações de 
câmbio deve ser restrito às seguintes operações: 
I - compra e venda de moeda estrangeira em espécie, cheque ou cheque de viagem; 
II - execução ativa ou passiva de ordem de pagamento relativa a transferência 
unilateral do ou para o exterior; 
III - recepção e encaminhamento de propostas de operações de câmbio. 
 Contrato Com a Instituição - O contrato de correspondente deve estabelecer: 
I - exigência de que o contratado mantenha relação formalizada mediante vínculo 
empregatício ou vínculo contratual de outra espécie com as pessoas naturais integrantes da 
sua equipe, envolvidas no atendimento a clientes e usuários; 
II - vedação à utilização, pelo contratado, de instalações cuja configuração 
arquitetônica, logomarca e placas indicativas sejam similares às adotadas pela instituição 
contratante em suas agências e postos de atendimento; 
III - divulgação ao público, pelo contratado, de sua condição de prestador de serviços 
à instituição contratante, identificada pelo nome com que é conhecida no mercado, com 
descrição dos produtos e serviços oferecidos e telefones dos serviços de atendimento e de 
ouvidoria da instituição contratante, por meio de painel visível mantido nos locais onde seja 
prestado atendimento aos clientes e usuários e por outras formas caso necessário para 
esclarecimento do público; 
IV - realização de acertos financeiros entre a instituição contratante e o 
correspondente, no máximo a cada dois dias úteis; 
V - que, nos contratos de empréstimos e de financiamentos, a liberação de recursos 
deve ser efetuada mediante cheque nominativo, cruzado e intransferível, de emissão da 
instituição financeira contratante a favor do beneficiário ou da empresa comercial 
vendedora, ou crédito em conta de depósitos à vista do beneficiário ou da empresa comercial 
vendedora; 
ATIVIDADES PROIBIDAS do Correspondente Bancário: 
 
a) efetuar adiantamento por conta de recursos a serem liberados pela instituição 
financeira contratante; 
b) emitir, a seu favor, carnês ou títulos relativos às operações intermediadas; 
c) cobrar, por iniciativa própria, qualquer tarifa relacionada com a prestação dos 
serviços a que se refere o contrato; 
d) prestar qualquer tipo de garantia nas operações a que se refere o contrato; 
15 
 
e) utilizar sem a prévia autorização do Banco Central a denominação “Banco”; 
f) o substabelecimento do contrato no tocante às atividades de atendimento em 
operações de câmbio. 
 
 INTERMEDIAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL 
 
Pelo Correspondente Bancário deve prever: 
I - obrigatoriedade de apresentação aos clientes, durante o atendimento, dos planos 
oferecidos pela instituição contratante e pelas demais instituições financeiras para as quais 
preste serviços de correspondente; 
II - uso de crachá pelos integrantes da respectiva equipe que prestem atendimento 
nestas operações, expondo ao cliente ou usuário, de forma visível, a denominação do 
contratado, o nome da pessoa e seu (CPF); 
III - envio, em anexo à documentação para aprovação da operação pleiteada, da 
identificação do integrante da equipe do correspondente, contendo o nome e o número do 
CPF, especificando: 
a) no caso de operações relativas a bens e serviços fornecidos pelo próprio 
correspondente, a identificação da pessoa certificada, responsável pelo atendimento 
prestado; 
b) a identificação nas demais operações, da pessoa certificada que procedeu ao 
atendimento do cliente. 
IV - liberação de recursos pela instituiçãocontratante a favor do beneficiário, no caso 
de crédito pessoal, ou da empresa fornecedora, nos casos de financiamento ou arrendamento 
mercantil, podendo ser realizada pelo correspondente por conta e ordem da instituição 
contratante, desde que, diariamente, o valor total dos pagamentos realizados seja idêntico 
ao dos recursos recebidos da instituição contratante para tal fim. 
O contrato deve prever, também, que os integrantes da equipe do correspondente, 
que prestem atendimento em operações de crédito e arrendamento mercantil, sejam 
considerados aptos em exame de certificação organizado por entidade de reconhecida 
capacidade técnica. 
No caso de correspondentes ao mesmo tempo fornecedores de bens e serviços 
financiados ou arrendados, admite-se a certificação de uma pessoa por ponto de 
atendimento, que se responsabilizará, perante a instituição contratante, pelo atendimento ali 
prestado aos clientes. 
A certificação acima deve ter, no mínimo, os aspectos técnicos das operações, a 
regulamentação aplicável, o Código de Defesa do Consumidor (CDC), ética e ouvidoria. 
O correspondente deve manter cadastro dos integrantes da equipe permanentemente 
atualizado, contendo os dados sobre o respectivo processo de certificação, com acesso a 
consulta pela instituição contratante a qualquer tempo. 
 
16 
 
 
 
CONTROLE DAS ATIVIDADES DO CORRESPONDENTE 
 
A instituição contratante deve colocar à disposição do correspondente e de sua 
equipe de atendimento documentação técnica adequada, bem como manter canal de 
comunicação permanente com objetivo de prestar esclarecimentos para sua equipe sobre 
seus produtos e serviços e deve atender, às demandas apresentadas pelos clientes e usuários 
do contratado. 
A instituição contratante deve adequar o sistema de controles internos e a auditoria 
interna, com o objetivo de monitorar as atividades de atendimento ao público realizado por 
intermédio de correspondentes, compatibilizando-os com o número de pontos de atendimento 
e com o volume e complexidade das operações realizadas. 
A instituição contratante deve estabelecer, com relação à atuação do 
correspondente, plano de controle de qualidade, levando em conta, entre outros fatores, as 
demandas e reclamações de clientes e usuários, incluindo a possibilidade de suspensão do 
atendimento prestado ao público e o encerramento antecipado do contrato nos casos 
considerados graves pela instituição contratante. 
 Divulgação De Informações 
A instituição contratante deve manter, em página da internet acessível a todos os 
interessados, a relação atualizada de seus contratados, contendo as seguintes informações: 
I - razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no Cadastro 
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) de cada contratado; 
II - endereços dos pontos de atendimento ao público e respectivos nomes e números 
de inscrição no CNPJ; 
III - atividades de atendimento, incluídas no contrato, especificadas por ponto de 
atendimento. 
A instituição contratante deve disponibilizar, inclusive por meio de telefone, 
informação sobre determinada entidade ser, ou não, correspondente e sobre os produtos e 
serviços para os quais está habilitada a prestar atendimento. 
A instituição contratante deve segregar as informações sobre demandas e 
reclamações recebidas pela instituição, nos respectivos serviços de atendimento e de 
ouvidoria, apresentadas por clientes e usuários atendidos por correspondentes. 
Disposições Gerais - É vedada a cobrança, pela instituição contratante, de clientes 
atendidos pelo correspondente, de tarifa, comissão, valores referentes a ressarcimento de 
serviços prestados por terceiros ou qualquer outra forma de remuneração, pelo fornecimento 
de produtos ou serviços de responsabilidade da referida instituição, ressalvadas as tarifas 
constantes da tabela adotada pela instituição contratante, de acordo com a Resolução nº 
3.518, de 6 de dezembro de 2007, e com a Resolução nº 3.919, de 25 de novembro de 2010. 
Contrato Entre Instituições Financeiras 
17 
 
Aplicam-se aos contratos de correspondente em que as partes sejam instituições 
financeiras ou instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil as seguintes 
condições: 
I - são dispensadas as exigências de certificação dos atendentes, estabelecida, na 
hipótese dos funcionários da própria instituição contratada oferecer a seus próprios clientes 
operações da mesma natureza; 
II - não incide a vedação quanto a prestação de garantias; 
III - na relação de correspondentes a ser mantida em página da internet, devem 
constar, no mínimo os seguintes dados: 
a) razão social, nome fantasia, endereço da sede e o número de inscrição no CNPJ da 
instituição contratada; 
b) atividades regulares de atendimento, anteriormente referidas, incluídas no 
contrato. 
Admite-se a contratação de instituição cujo controle societário seja exercido pela 
instituição contratante ou por controlador comum. 
A instituição contratante deve realizar os seguintes procedimentos de informação ao 
Banco Central do Brasil na forma definida pela referida autarquia: 
I - designar diretor responsável pela contratação de correspondentes no País e pelo 
atendimento prestado por eles; 
II - informar a celebração de contrato de correspondente, bem como posteriores 
atualizações e encerramento, discriminando os serviços contratados; 
III - proceder à atualização das informações sobre os contratos de correspondente 
enviados até a data de entrada em vigor desta resolução; e, 
IV - elaborar relatórios sobre o atendimento prestado por meio de correspondentes. 
 
COBRANÇA DE TARIFAS 
 
A RESOLUÇÃO 3.518 de 06 de Dezembro de 2.007 teve como objetivo a 
regulamentação da cobrança das tarifas bancárias à Clientes Pessoas Físicas e Pessoas 
Jurídicas. Com esta nova Resolução o Banco Central procurou dar maior transparência à 
relação das Instituições com os Clientes Pessoas Físicas e também uma maior concorrência no 
mercado financeiro na medida em que padronizou e segmentou os serviços em 4 categorias: 
essenciais, prioritários, diferenciados e especiais. 
Essenciais - referem-se a serviços imprescindíveis a livre movimentação da conta de 
depósitos à vista e de poupança que contemplou uma série de vedações de cobrança de 
tarifas e gratuidades. 
Prioritários - referem-se a serviços comumente utilizados que, pela norma, poderão 
ser cobrados de acordo com tabela, além de fazerem parte da oferta de um pacote de 
serviços. 
18 
 
Diferenciados - referem-se a serviços específicos que podem ser cobrados de acordo 
com contrato. 
Especiais referem-se a serviços prestados atendendo a leis e regulamentos 
específicos. 
Cobrança De Tarifa Na Liquidação Antecipada De Operações De Crédito E De 
Arrendamento Mercantil 
A Resolução 3.516 de 06 de Dezembro de 2.007, trata da cobrança de tarifas nos 
eventos de Liquidação antecipada de operações de crédito e de arrendamento mercantil e 
também estabelece regras a serem adotadas para o calculo do valor do contrato liquidado 
com antecipação. 
Tarifas - Em linhas gerais a resolução do CMN vedou a cobrança de tarifas do Cliente 
no caso de liquidação antecipada de contratos de operações de crédito ou de arrendamento 
mercantil para pessoas físicas, microempresas e empresas de pequeno porte. 
 
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE CONTRATOS 
 
Regulamentou que o valor que o Cliente terá que pagar para liquidar 
antecipadamente o contrato, no caso de contratos de parcelas calculadas com juros pré-
fixados, será com base do cálculo do valor presente. 
Nos contratos que ainda falte liquidar até 12 parcelas o cálculo do valor presente 
deverá ser realizado pela mesma taxa utilizada para o calculo da parcela. 
Nos contratos que ainda faltem mais de 12 parcelas para a sua liquidação para o 
cálculo do valor a ser pago para a liquidação a taxa deverá ser ajustada à taxa oficial de juros 
determinada pelo Banco Central,a chamada taxa Selic, vigente na data da liquidação. 
O Cliente poderá liquidar um Contrato de financiamento antecipadamente com 
recursos próprios ou tendo uma oferta de outra Instituição que julgou ser mais vantajosa. 
Neste caso a nova Instituição empresta recursos ao Cliente para que este quite o débito 
anterior. Regra geral o Cliente efetua essa liquidação e ainda recebe eventuais sobras, caso 
tenha contratado um valor superior ao valor do contrato antigo. 
Na linguagem do mercado financeiro para que possamos saber qual é o saldo devedor 
na data em que o Cliente deseja liquidar o contrato, temos que calcular o VP = VALOR 
PRESENTE do contrato. 
O VP é o saldo devedor sem quaisquer acréscimos de taxas de juros. Assim, para 
calcular o VP temos que tirar os juros que estão calculados até o final do contrato. 
Por exemplo: 
Temos um contrato de financiamento de R$ 10.000,00 em 12 parcelas de R$ 1.000,00. 
Taxa de juros do contrato = 2,9228 % ao mês. 
VP = Soma do Valor de cada Parcela 1 + i n 
i=taxa utilizada para calcular a parcela 
n= número de cada parcela a ser vencida 
19 
 
Formula de Cálculo: 
Na HP 12c 
Supondo o nosso exemplo acima, que tenham sido liquidadas 4 parcelas. Faltam oito. 
Vamos calcular o valor presente VP: 
 1.000,00 clicar ENTER em seguida clicar em PMT 
 2,9228 clicar em “i” que é a taxa nominal do contrato 
 8 clicar em “n” que é o numero de parcelas que faltam para a liquidação do 
contrato 
 VALOR PRESENTE = clicar na tecla PV e encontraremos o valor a ser liquidado = R$ 
7.042,55. 
 O Valor Futuro seria de R$ 1.000 x 8 = R$ 8.000, a diferença refere-se a juros que 
estavam embutidos. 
 
Na Planilha Excel 
Função Financeira =VP(Taxa;Per;Pgto;VF;tipo) 
Onde: 
Taxa= taxa 2,9228% que foi a taxa nominal do contrato 
Per = 8 = numero de parcelas que faltam para liquidar 
Pagto = 1.000 = valor da parcela 
Vf = 0 ( zero ) 
Tipo = 0 
VP= R$ 7.042,59 
 
CARTÕES DE CRÉDITO – Cobrança De Tarifas 
Com as novas regras, o Governo normatizou também uma preocupação que girava em 
torno do descontrole em relação ao número de tarifas cobradas dos portadores de cartões. 
Pela norma adotada somente poderá haver cobrança de 5 tipos de tarifas. 
O Banco Central informou que o objetivo da medida é facilitar a comparação das 
tarifas cobradas pelos clientes e, também, a escolha do tipo de cartão mais adequado. 
Tipos de Tarifa: 
1. Anuidade; 
2. Fornecimento da segunda via do cartão; 
3. Utilização dos cartões para saques em dinheiro, utilizando a função crédito; 
4. Pagamento de contas; 
5. Pedido de urgência na análise necessária para aumentar o limite de crédito do 
cliente. 
Essas tarifas, por sua vez, deverão estar nas páginas das instituições financeiras e, 
também, em suas agências, de forma que possam ser comparadas pelos clientes. 
20 
 
Cartões não solicitados, cancelamento e extratos: 
A norma trata ainda dos seguintes procedimentos no mercado: 
 Proibido o envio de cartão que não seja solicitado pelo Cliente; 
 Os emissores serão obrigados a cancelarem o cartão de crédito de forma imediata a 
partir do momento da solicitação do portador. O portador, no entanto, terá que continuar 
pagando as parcelas em aberto; 
 Os emissores deverão explicitar no extrato: 
o o limite de crédito total e limites individuais para cada tipo de operação de crédito 
passível de contratação ; 
o gastos realizados, por evento, inclusive quando parcelados; 
o identificação das operações de crédito contratadas e respectivos valores; 
o valores relativos a encargos cobrados, informados de forma segregada de acordo 
com os tipos de operações realizadas; 
o valor dos encargos a ser cobrado no mês seguinte, no caso do cliente optar pelo 
pagamento mínimo da fatura; 
o e o Custo Efetivo Total (CET), que inclui juros e outras taxas. 
Foram qualificados dois tipos de cartões de crédito: 
O cartão básico, cuja modalidade torna-se obrigatória a oferta por parte do emissor, 
poderá ser usado como meio de pagamento, com o cliente podendo optar pelos 
parcelamentos no ato da compra. 
O cartão diferenciado possui outros serviços acoplados, como programas de 
recompensas ou benefícios - 
Viagens, passeios e outros tipos de prêmios, que devem ter ampla divulgação em 
relação aos direitos de uso e conversão por parte dos portadores. 
A anualidade do cartão básico é menor do que a do cartão diferenciado. 
Ambos poderão ser emitidos para uso nacional e internacional. 
 
Forma De Pagamento Da Fatura 
As autoridades monetárias do país estão preocupadas com o nível elevado de 
endividamento das pessoas físicas e consideram como um dos fatores a facilidade de obtenção 
de limites de crédito notadamente através de cartões de crédito. Ciente desse risco o 
Governo através das normas acima resolveu que os portadores de cartões terão que pagar 
pelo menos 20% de sua fatura mensalmente, podendo financiar o valor restante, sobre o qual 
incidirá juros. 
 
 
 
21 
 
CUSTO EFETIVO TOTAL – CET 
 
Em linhas gerais a CUSTO EFETIVO TOTAL – CET deve incluir todos os fluxos 
financeiros envolvidos na operação como: taxa de juros, todas as tarifas cobradas, todos os 
tributos que incidem sobre a operação e serão arcados pelo Cliente tomador do empréstimo, 
todos os custos de seguros incluídos para garantir o bem financiado, todas as despesas de 
registros cobradas, bem outras despesas que serão arcadas pelo Cliente. 
Por exemplo: 
Temos um crédito pessoal de R$ 10.000,00 e é apresentado ao Cliente o plano de 
pagamento de 12 parcelas de R$ 1.000,00. 
A taxa nominal de um plano deste é de 2,923% ao mês. 
No entanto, após apurados todos os custos de tributos, seguros, registros, tarifas etc. 
será liberado ao Ciente o valor líquido de R$ 9.000,00. Mudou o valor liberado mas o valor da 
parcela permaneceu o mesmo. 
CET= Temos então que recalcular os juros pois o valor liberado diminuiu mas as 
parcelas continuam as mesmas. Logo, a taxa de juros aumentou. Neste caso a taxa efetiva foi 
para 4,73% ao mês. 
O que deve ser apresentado como CUSTO EFETIVO TOTAL – CET ao Cliente potencial 
tomador do empréstimo é uma taxa de 4,73% % e não 2,923 % ao mês, como inicialmente foi 
calculado. 
Cliente poderá comparar esse custo, nas mesmas bases, com o CET ofertado pela 
concorrência e assim decidir pela melhor oferta. 
A Instituição Financeira deve comprovar que deu ciência ao Cliente do CET - CUSTO 
EFETIVO TOTAL. 
Esta regra não se aplica a operações de crédito rural e repasses de recursos 
externos, repasses realizados com recursos de programas oficiais de crédito e repasse de 
recursos realizados de instituições de desenvolvimento. 
 
Formula básica para o calculo do CET: 
Na HP 12C 
 clicar em PMT em seguida clicar em ENTER ( valor da parcela do plano de 
financiamento acima ) 
 9.000.00 clicar em CHS em seguida clicar em PV ( valor efetivamente liberado 
depois de descontados todos os itens acima descritos) 
 12 clicar em “n” - numero de parcelas do plano 
 Para saber a taxa efetiva, clicar em “i” 
No nosso exemplo essa taxa deu como resultado 2% ao mês. 
22 
 
Esse é CET que deve ser apresentado ao Cliente. 
Na Planilha Excel temos: 
Funções Financeiras =TAXA(Nper;Pgto;VP;VF;Tipo) 
Nper = número de parcelas do plano 
Pagto = valor da parcela mensal 
Vp = Valor liquido liberado ( incluir com o sinal de menos ) 
Vf= Valor futuro = 0 ( zero) significando que nada será pago ao final do plano 
Tipo = 0 ( zero) significando que a primeira parcela será paga ao final de 30 dias e 
demais a cada 30 dias. 
 
Sistema De Autorregulação Bancária 
FEBRABAN desenvolveu a auto regulação como um sistema voluntário, focado na 
sadia concorrência do mercado, na elevação de padrões e no aumento da transparência 
em benefício dos consumidores. 
 
PRINCIPIOS GERAIS ADOTADOS 
 
Ética e Legalidade - adotar condutas benéficas à sociedade, ao funcionamento do 
mercado e ao meio ambiente. Respeitara livre concorrência e a liberdade de iniciativa. Atuar 
em conformidade com a legislação vigente e com as normas da auto regulação. 
Respeito ao Consumidor - tratar o consumidor de forma justa e transparente, com 
atendimento cortês e digno. Assistir o consumidor na avaliação dos produtos e serviços 
adequados às suas necessidades e garantir a segurança e a confidencialidade de seus dados 
pessoais. Conceder crédito de forma responsável e incentivar o uso consciente de crédito. 
Comunicação Eficiente - fornecer informações de forma precisa, adequada, clara e 
oportuna, proporcionando condições para o consumidor tomar decisões conscientes e bem 
informadas. A comunicação com o consumidor, por qualquer veículo, pessoalmente ou 
mediante ofertas ou anúncios publicitários, deve ser feita de modo a informá-lo sobre os 
aspectos relevantes do relacionamento com a Instituição. 
Melhoria Contínua - aperfeiçoar padrões de conduta, elevar a qualidade dos 
produtos, níveis de segurança e a eficiência dos serviços. 
 
 
 
 
23 
 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
 O Star - Sistema de Divulgação de Tarifas de Produtos e Serviços Financeiros da 
FEBRABAN, que facilita a comparação das tarifas praticadas pelos bancos para diversos 
produtos e serviços, além de estabelecer uma padronização de nomenclaturas. 
As ouvidorias, que foram criadas por muitos bancos nos últimos anos e que 
recentemente foram reguladas por meio da Resolução Bacen nº. 3.477/07, cuja finalidade é 
atuar como canal de comunicação e de resolução de conflitos entre bancos e consumidores; 
Os SAC’s - Serviços de Apoio ao Consumidor por telefone. Os números de telefone das 
centrais de atendimento da Signatária estarão afixados em local de alta visibilidade nas 
agências e na internet; 
A publicidade, o marketing direto, os anúncios, os materiais promocionais e as 
ofertas comerciais feitas através de quaisquer canais de atendimento da instituição, incluindo 
centrais telefônicas e internet, não conterão informação de qualquer natureza que, direta ou 
indiretamente, por implicação, omissão, exagero ou ambiguidade, que leve o consumidor a 
erro; 
 As práticas comerciais definem que antes de contratar uma operação, a 
instituição oferecerá explicações adequadas às necessidades do consumidor, incluindo 
informações sobre tarifas, juros e impostos, bem como sobre canais de atendimento. 
Informará sobre eventuais produtos ou serviços alternativos para o consumidor fazer uma 
escolha consciente e informada; 
 As taxas de juros e o número de parcelas serão informadas em termos anuais e 
mensais, e serão apresentadas de forma clara; 
 Informará as tarifas aplicáveis a seus produtos e serviços, bem como a 
periodicidade e a progressividade, conforme o caso, bem como a forma pela qual serão 
cobradas. Disponibilizará em local visível nas agências e na internet uma tabela com as tarifas 
de cada tipo de serviço, bem como a relação dos produtos e serviços que têm tarifação 
proibida pelo BACEN; 
 No ato da contratação efetivada na agência, na internet ou no caixa eletrônico, 
disponibilizará ao menos o sumário da operação contendo as especificações do produto ou do 
serviço contratado, tais como prazos, valores, juros, tarifas, comissões, tributos, multas e 
forma de pagamento, além do CET - Custo Efetivo Total da operação. O sumário da operação 
terá todos os seus campos preenchidos ou anulados; 
 Portabilidade. A norma trata do direito do consumidor quanto a portabilidade do 
crédito: Se o consumidor decidir mudar a sua dívida para outra instituição financeira, 
informará como ocorrerá a transferência de dívida e o responsável por esse processo, 
24 
 
fornecendo as informações necessárias para que tal mudança se concretize dentro de 15 dias 
úteis após receber a solicitação; 
 Crédito - No ato da contratação, informará não apenas o custo efetivo total da 
operação (CET), incluindo tarifas, despesas taxas de juros, valor do IOF e demais tributos 
eventualmente incidentes, mas também prazos, número de prestações, comissões, encargos 
moratórios, multas e forma de liquidação; 
 Cheque Especial 
o Caso o cliente contrate empréstimo da modalidade cheque especial, a informará 
que essa modalidade é destinada para uso eventual. Estimulará a escolha de outros produtos 
aplicáveis, que porventura tenham taxa de juros menores; 
o O limite de crédito do cheque especial poderá variar de acordo com vários 
fatores, dentre os quais o histórico de crédito, e será pautado no princípio da concessão 
responsável de crédito. 
Alterações de limite serão informadas ao consumidor. Em caso de impontualidade no 
pagamento das dívidas do consumidor para com a Signatária, ou em caso de impontualidade 
do consumidor constatada pelos serviços de proteção ao crédito, a Signatária poderá reduzir, 
cancelar ou bloquear o limite de crédito rotativo, mediante imediata comunicação ao 
consumidor. 
 As solicitações de crédito serão analisadas de acordo com a política da 
instituição, podendo ser considerados para essa análise o histórico e o perfil de crédito do 
consumidor, as condições da operação e as garantias apresentadas. No caso de negativa de 
crédito, o consumidor será informado se esta se fundamenta em critérios de crédito da 
Signatária, em restrições cadastrais junto aos serviços de proteção ao crédito ou em inscrição 
no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos do BACEN (CCF); 
 Inadimplência - No caso do consumidor atrasar pagamentos devidos à instituição 
financeira, esta manterá um tratamento ágil, digno e respeitoso. Contatará o consumidor 
para discutir o assunto e oferecer as informações necessárias para a retomada dos 
pagamentos ou renegociação da dívida. 
 
SIGILO DAS INFORMAÇÕES BANCÁRIAS: 
 
Regra geral, todas as informações a que tiver acesso as Instituições Financeiras ou 
empresas de atividade financeira regulada pelo Conselho Monetário Nacional, só poderão ser 
utilizadas no âmbito das operações que realizar com seus Clientes. 
Sob pena de processo crime, além das sanções administrativas e outras penalidades 
impostas pela autoridade monetária, os administradores das Instituições Financeiras não 
devem divulgar qualquer informação relativa ao Cliente, quer seja as informações 
25 
 
Cadastrais como as de operações como saldos bancários, saldo de aplicações, débitos em ser 
ou atrasados e outros. 
As exceções restringem-se a cessão das informações para atender a determinações 
judiciais, ou no âmbito do sistema financeiro quando são obrigatórias as informações à 
Central de Riscos do Banco Central, ao Coaf -Conselho de Controle das Atividades Financeiras. 
São permitidas a consulta e troca de informações constantes de cadastro de 
emitentes de cheques sem fundos – CCF, entidades de proteção ao crédito, observadas as 
normas baixadas pelo Banco Central. 
 
IMPOSTOS 
 
ISS IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA 
 
Não incide ISS sobre o valor intermediado no mercado de títulos e valores 
mobiliários, o valor dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos 
moratórios relativos a operações de crédito realizadas por instituições financeiras. 
A incidência do ISS ocorre sobre os serviços prestados pelas Instituições Financeiras 
que são: 
 Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e 
similares, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e similares. 
 Abertura de contas em geral, inclusive conta corrente, conta de investimentos e 
aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das 
referidas contas ativas e inativas. 
 Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de 
terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral. 
 Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, 
atestado de capacidade financeira e similares. 
 Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e similares, inclusãoou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros 
bancos cadastrais. 
 Emissão, fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de 
firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou 
com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; 
agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia. 
26 
 
 Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer 
meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de 
atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; 
fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por 
qualquer meio ou processo. 
 Emissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de 
crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração 
ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de 
crédito, para quaisquer fins. 
 Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e 
obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e 
demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing). 
 Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de 
títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, 
inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; 
fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas 
de compensação, impressos e documentos em geral. 
 Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de 
títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados. 
 Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários. 
 Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, 
prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação 
ou de crédito; 
cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques 
de viagem; 
fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de 
crédito de 
importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em 
geral relacionadas a operações de câmbio. 
 Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, 
cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres. 
 Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, 
inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, 
inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento. 
27 
 
 Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de 
pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços 
relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive 
entre contas em geral. 
 Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques 
quaisquer, avulso ou por talão. 
 Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, 
análise técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de 
contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito 
imobiliário. 
 
IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS 
 
O IOF é um tributo com função predominantemente extrafiscal, voltado para o 
controle da política monetária, mas com significativo incremento na arrecadação. 
O IOF incide, dentre outros, sobre operações de credito realizadas pelas Instituições 
Financeiras. 
Incidência do IOF 
I - quanto às operações de crédito, a sua efetivação pela entrega total ou parcial do 
montante ou do valor que constitua o objeto da obrigação, ou sua colocação à disposição do 
interessado; 
II – quanto às operações de câmbio, a sua efetivação pela entrega de moeda nacional 
ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua colocação à disposição do 
interessado, em montante equivalente à moeda estrangeira ou nacional entregue ou posta à 
disposição por este; 
III – quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, a emissão, 
transmissão, pagamento ou resgate destes, na forma da lei aplicável. 
BASE DE CÁLCULO 
I- Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, compreendendo o 
principal e os juros; 
II- Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, 
recebido, entregue ou posto à disposição; 
III- Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal pais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal ou o valor da cotação em bolsa, 
conforme a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço. 
ALIQUOTAS 
28 
 
As alíquotas, via de regra, dada a característica de instrumento de política monetária, 
podem ser alteradas para maior, caso as autoridades monetárias e Governo, entendam que 
devam encarecer os empréstimos e desestimular o avanço das operações de crédito. 
Contrário, o Governo reduz as alíquotas do IOF, reduz o custo e incentiva as operações de 
crédito. 
Atualmente a alíquota de IOF sobre operações de crédito é de 1,5% sobre o valor do 
principal mais juros. Nas operações de cambio as alíquotas atuais estão em 6%. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS OPERAÇÕES DE CRÉDITO 
 
Em função da qualificação apurada a Instituição deve para cada segmento realizar 
uma provisão, ou seja, uma reserva para a cobertura dos riscos de inadimplência que a 
carteira venha a apresentar e com isso demonstrar aos acionistas e à comunidade em geral a 
segurança contra eventuais prejuízos. 
A classificação deverá ser realizada em ordem crescente de risco, nos seguintes 
níveis: 
 Nível AA Nível A Nível B Nível C Nível D Nível E Nível F Nível G 
Para a apuração dos níveis acima deverão ser avaliados, dentre outros, os 
seguintes aspectos: 
I - em relação ao devedor e seus garantidores: 
a) situação econômico-financeira; 
b) grau de endividamento; 
c) capacidade de geração de resultados; 
d) fluxo de caixa; 
e) administração e qualidade de controles; 
f) pontualidade e atrasos nos pagamentos; 
g) contingências; 
h) setor de atividade econômica; 
i) limite de crédito; 
II - em relação a operação: 
a) natureza e finalidade da transação; 
b) características das garantias, quanto a suficiência e liquidez; 
c) valor. 
Nas operações de crédito a pessoas físicas deve-se levar em conta também as 
situações de renda e de patrimônio bem como outras informações cadastrais do devedor. 
O atraso no pagamento dos compromissos influencia diretamente no nível de 
classificação do devedor. 
29 
 
Assim, mensalmente, por ocasião dos balancetes e balanços, em função de atraso 
verificado no pagamento de parcela de principal ou de encargos, devendo ser observado o 
que segue: 
a) atraso entre 15 e 30 dias: qualificação deverá se situar no nível B, no mínimo; 
b) atraso entre 31 e 60 dias: risco nível C, no mínimo; 
c) atraso entre 61 e 90 dias: risco nível D, no mínimo; 
d) atraso entre 91 e 120 dias: risco nível E, no mínimo; 
e) atraso entre 121 e 150 dias: risco nível F, no mínimo; 
f) atraso entre 151 e 180 dias: risco nível G, no mínimo; 
g) atraso superior a 180 dias: risco nível H; 
A provisão para fazer face aos créditos de liquidação duvidosa deve ser constituída 
mensalmente, não podendo ser inferior ao somatório decorrente da aplicação dos percentuais 
a seguir mencionados, sem prejuízo da responsabilidade dos administradores das instituições 
pela constituição de provisão em montantes suficientes para fazer face a perdas prováveis na 
realização dos créditos: 
I - 0,5% sobre o valor das operaçõesclassificadas como de risco nível A; 
II - 1% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível B; 
III - 3% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível C; 
IV - 10% sobre o valor das operações classificados como de risco nível D; 
V - 30% sobre o valor das operações classificados como de risco nível E; 
VI - 50% sobre o valor das operações classificados como de risco nível F; 
VII - 70% sobre o valor das operações classificados como de risco nível G; 
VIII - 100% sobre o valor das operações classificadas como de risco nível H. 
O Banco Central, através do Departamento de Fiscalização, poderá reavaliar os níveis 
atribuídos e solicitar um reforço nas provisões para eventuais perdas dando maior segurança à 
Instituição e ao Sistema. 
 
 
CRIMES DE LAVAGEM DE DINHEIRO 
 
A Lei 9.613 de 3 de Março de 1.998, e a Circular BACEN 3461 de 24 de julho de 2.009, 
regulamentaram e orientaram o mercado financeiro na prevenção de ilícitos de “lavagem” 
de dinheiro ou ocultação de bens, direitos e valores e cria o COAF Conselho de Controle de 
Atividades Financeiras. 
O objetivo foi normatizar os procedimentos que devem ser adotados para evitar que 
recursos oriundos de atividades ilícitas abaixo especificadas sejam acolhidos no mercado 
financeiro alimentando a continuidade e organização do crime. 
 CUIDADOS ESPECIAIS 
São destacados os cuidados com recursos oriundos: 
30 
 
I - de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes ou drogas afins; 
II – de terrorismo e seu financiamento; 
III - de contrabando ou tráfico de armas, munições ou material destinado à sua 
produção; 
IV - de extorsão mediante sequestro; 
V - contra a Administração Pública, inclusive a exigência, para si ou para outrem, 
direta ou indiretamente, de qualquer vantagem, como condição ou preço para a prática ou 
omissão de atos administrativos; 
VI - contra o sistema financeiro nacional; 
VII - praticado por organização criminosa. 
VIII – praticado por particular contra a administração pública estrangeira. 
Quem praticar, ocultar ou dissimular a utilização de bens, direitos ou valores 
provenientes dos crimes acima, estará sujeito a pena de três a dez anos. 
Incorre, ainda, na mesma pena quem: 
 utiliza, na atividade econômica ou financeira, bens, direitos ou valores que sabe 
serem provenientes de qualquer dos crimes antecedentes referidos neste artigo; 
 participa de grupo, associação ou escritório tendo conhecimento de que sua 
atividade principal ou secundária é dirigida à prática de crimes previstos em Lei. 
 
Lavagem De Dinheiro 
A “lavagem” de dinheiro, na realidade, refere-se a ações de quem: 
 Converte, colabora ou é conivente pelo conhecimento sem denunciar, os recursos 
ou bens oriundos das atividades criminosas acima em “ativos lícitos”; 
 Adquire, recebe, troca, negocia, dá ou recebe em garantia, guarda, tem em 
depósito, movimenta ou transfere; 
 Importa ou exporta bens com valores não correspondentes aos verdadeiros. 
 
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS 
 
As Instituições Financeiras, por intermediarem recursos de toda ordem devem 
tomar todas as precauções para evitar a ocorrência de tais ilícitos. Em função disso o BACEN 
orientou, conforme resolução acima: 
As políticas de prevenção tratadas acima devem: 
I - especificar, em documento interno, as responsabilidades dos integrantes de cada 
nível hierárquico da instituição; 
31 
 
II - contemplar a coleta e registro de informações tempestivas sobre clientes, que 
permitam a identificação dos riscos de ocorrência da prática dos mencionados crimes; 
III - definir os critérios e procedimentos para seleção, treinamento e 
acompanhamento da situação econômico-financeira dos empregados da instituição; 
IV - incluir a análise prévia de novos produtos e serviços, sob a ótica da prevenção 
dos mencionados crimes; 
V - ser aprovadas pelo conselho de administração ou, na sua ausência, pela diretoria 
da instituição; 
VI - receber ampla divulgação interna. 
As Instituições Financeiras, devem ainda tomar medidas prévia e expressamente 
estabelecidas, que permitam: 
I - confirmar as informações cadastrais dos clientes e identificar os beneficiários 
finais das operações; 
II - possibilitar a caracterização ou não de clientes como pessoas politicamente 
expostas. 
Os procedimentos acima, segundo a norma, devem Ser reforçados para início de 
relacionamento com: 
I - instituições financeiras, representantes ou correspondentes localizados no exterior, 
especialmente 
em países, territórios e dependências que não adotam procedimentos de registro e 
controle similares aos definidos nesta circular; 
II - clientes cujo contato seja efetuado por meio eletrônico, mediante 
correspondentes no País ou por outros meios indiretos. 
 
Informações Cadastrais 
As Informações Cadastrais básicas que devem ser solicitadas e regularmente 
atualizadas são: 
I – Informações pessoais regulares; 
II - os valores e origem da renda mensal e patrimônio, no caso de pessoas naturais, e 
de faturamento médio mensal dos doze meses anteriores, no caso de pessoas jurídicas; 
III - declaração firmada sobre os propósitos e a natureza da relação de negócio com a 
instituição. 
As informações cadastrais relativas a cliente pessoa jurídica devem abranger as 
pessoas naturais autorizadas a representa-la, bem como a cadeia de participação societária, 
até alcançar a pessoa natural caracterizada como beneficiário final. 
As instituições devem realizar testes de verificação, com periodicidade máxima de um 
ano, que assegurem a adequação dos dados cadastrais de seus clientes. 
 
 
 
32 
 
MOVIMENTAÇÃO DE RECURSOS 
 
No caso de movimentação de recursos por Clientes permanentes, os registros devem 
conter informações consolidadas que permitam verificar: 
I - a compatibilidade entre a movimentação de recursos e a atividade econômica e 
capacidade financeira do cliente; 
II - a origem dos recursos movimentados; 
III - os beneficiários finais das movimentações. 
O sistema de registro deve permitir a identificação: 
I - das operações que, realizadas com uma mesma pessoa, conglomerado financeiro ou 
grupo, em um mesmo mês calendário, superem, por instituição ou entidade, em seu 
conjunto, o valor de R$10.000,00 (dez mil reais); 
II - das operações que, por sua habitualidade, valor ou forma, configurem artifício que 
objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e registro; 
III - Registros de Depósitos em Cheque, Liquidação de Cheques Depositados em Outra 
Instituição Financeira e da Utilização de Instrumentos de Transferência de Recursos; 
IV - das operações de transferência de recursos via Transferência Eletrônica 
Disponível (TED), de cheque, cheque administrativo, cheque ordem de pagamento e outros 
documentos compensáveis de mesma natureza, e à liquidação de cheques depositados em 
outra instituição financeira; 
V - das emissões de cheque administrativo, de cheque ordem de pagamento, de 
ordem de pagamento, de Documento de Crédito (DOC), de TED e de outros instrumentos de 
transferência de recursos, quando de valor superior a R$1.000,00 (mil reais). 
 
REGISTROS DE CARTÕES PRÉ-PAGOS 
 
As instituições financeiras devem manter registros específicos da emissão ou recarga 
de valores em um ou mais cartões pré-pagos. 
O sistema de registro deve permitir a identificação da: 
I - emissão ou recarga de valores em um ou mais cartões pré-pagos, em montante 
acumulado igual ou superior a R$100.000,00 (cem mil reais) ou o equivalente em moeda 
estrangeira, no mês calendário; 
II - emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago que apresente indícios de 
ocultação ou dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da 
movimentação ou da propriedade de bens, direitos e valores. 
Define-se cartão pré-pago como o cartão apto a receber carga ou recarga de valores 
em moeda nacional ou estrangeira, oriundos de pagamento em espécie, de operação cambialou de transferência a débito de contas de depósito. 
Os registros das ocorrências de que tratam os incisos I e II acima devem conter as 
seguintes informações: 
33 
 
I - o nome ou razão social e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ da 
pessoa natural ou jurídica responsável pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-
pago, no caso de emissão ou recarga efetuada por residente ou domiciliado no País; 
II - o nome, o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de emissão 
ou recarga de valores em cartão pré-pago efetuada por pessoa natural não residente no País 
ou domiciliada no exterior; 
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF da pessoa natural a quem se 
destina o cartão prépago; 
IV - a identificação das instituições, das agências e das contas de depósito ou de 
poupança debitadas, os nomes dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no 
CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago oriundos de transferências 
a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por pessoas naturais; 
V - a identificação das instituições, das agências e das contas de depósito ou de 
poupança debitadas, os nomes dos titulares das contas e respectivos números de inscrição no 
CNPJ, bem como os nomes das pessoas naturais autorizadas a movimentá-las e respectivos 
números de inscrição no CPF, no caso de emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago 
oriundos de transferências a débito de contas de depósito ou de poupança tituladas por 
pessoas jurídicas; 
VI - a data e o valor de cada emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago; 
VII - o propósito da emissão do cartão pré-pago; VIII - o nome e o respectivo número 
de inscrição no CPF das pessoas naturais que representem as pessoas jurídicas responsáveis 
pela emissão ou recarga de valores em cartão pré-pago 
 
Registros de Movimentação Superior a R$ 100 Mil em Espécie 
Os bancos devem manter registros específicos das operações de depósito em espécie, 
saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-pago ou pedido de 
provisionamento para saque. 
O sistema de registro deve permitir a identificação de: 
I - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-
pago ou pedido de provisionamento para saque, de valor igual ou superior a R$100.000,00 
(cem mil reais); 
II - depósito em espécie, saque em espécie, saque em espécie por meio de cartão pré-
pago ou pedido de provisionamento para saque, que apresente indícios de ocultação ou 
dissimulação da natureza, da origem, da localização, da disposição, da movimentação ou da 
propriedade de bens, direitos e valores; 
III - emissão de cheque administrativo, TED ou de qualquer outro instrumento de 
transferência de fundos contra pagamento em espécie, de valor igual ou superior a 
R$100.000,00 (cem mil reais). 
Informações adicionais: 
34 
 
I - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, 
do proprietário ou beneficiário dos recursos e da pessoa que efetuar o depósito, o saque em 
espécie ou o pedido de provisionamento para saque; 
II - o tipo e o número do documento, o número da instituição, da agência e da conta 
corrente de depósitos à vista ou da conta de poupança a que se destinam os valores ou de 
onde o valor será sacado, conforme o caso; 
III - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF ou no CNPJ, conforme o caso, 
dos titulares das contas referidas no inciso II, se na mesma instituição; 
IV - o nome e o respectivo número de inscrição no CPF, no caso de saque em espécie 
por meio de cartão pré-pago cujo portador seja residente ou domiciliado no País; 
V - o nome e o número do passaporte e o respectivo país emissor, no caso de saque 
em espécie por meio de cartão pré-pago cujo portador seja não residente no País ou 
domiciliado no exterior; 
VI - a data e o valor do depósito, do saque em espécie, do saque em espécie por meio 
de cartão pré-pago ou do provisionamento para saque. 
 
MANUTENÇÃO DE INFORMAÇÕES E REGISTROS 
 
As informações e registros devem ser mantidos e conservados durante os seguintes 
períodos mínimos, contados a partir do primeiro dia do ano seguinte ao do término do 
relacionamento com o cliente permanente ou da conclusão das operações: 
I - 10 (dez) anos, para as informações e registros de transferências de recursos 
especificadas acima 
II - 5 (cinco) anos, para as informações e registros de transações com os Clientes 
 As informações de que trata o item II acima, devem ser mantidas e conservadas 
juntamente com o nome da pessoa incumbida da atualização cadastral, o nome do gerente 
responsável pela conferência e confirmação das informações prestadas e a data de início do 
relacionamento com o cliente permanente. 
 
COMUNICAÇÕES AO COAF 
 
As instituições financeiras devem comunicar ao Conselho de Controle de Atividades 
Financeiras (Coaf), na forma determinada pelo Banco Central do Brasil: 
I - as ocorrências emissão ou recarga de cartões pré-pagos acima de R$ 100 mil, no 
prazo de até 5 (cinco) dias úteis após o encerramento do mês calendário; 
II - as ocorrências de depósito ou saque em espécie, ou por meio de cartão pré-pago 
ou emissão de cheque administrativo, TED ou qualquer outro tipo de transferência, superior a 
R$ 100 mil, na data da operação. 
Parágrafo único. Devem também ser comunicadas ao Coaf as propostas de realização 
das operações acima. 
35 
 
III - as operações realizadas ou serviços prestados cujo valor seja igual ou superior a 
R$10.000,00 (dez mil reais) e que, considerando as partes envolvidas, os valores, as formas 
de realização, os instrumentos utilizados ou a falta de fundamento econômico ou legal, 
possam configurar a existência de indícios dos crimes de lavagem de dinheiro previstos na 
Lei nº 9.613, de 1998; 
IV - as operações realizadas ou serviços prestados que, por sua habitualidade, valor ou 
forma, configurem artifício que objetive burlar os mecanismos de identificação, controle e 
registro; 
V - as operações realizadas ou os serviços prestados, qualquer que seja o valor, a 
pessoas que reconhecidamente tenham perpetrado ou intentado perpetrar atos terroristas ou 
neles participado ou facilitado o seu cometimento, bem como a existência de recursos 
pertencentes ou por eles controlados direta ou indiretamente; 
VI - os atos suspeitos de financiamento do terrorismo. 
O disposto no inciso V ( atos terroristas ) aplica-se também às entidades pertencentes 
ou controladas, direta ou indiretamente, pelas pessoas ali mencionadas, bem como por 
pessoas e entidades atuando em seu nome ou sob seu comando. A comunicação deve ocorrer 
até o dia útil seguinte àquele em que verificadas. 
As comunicações de que tratam os de transferências e outras transações de 
valores acima de R$ 100 mil, deverão ser efetuadas sem que seja dada ciência aos 
envolvidos. 
As comunicações relativas a cliente identificado como pessoa politicamente exposta 
devem incluir especificamente essa informação. 
A alteração ou o cancelamento de comunicação efetuados após o quinto dia útil 
seguinte ao da sua inclusão devem ser acompanhados de justificativa da ocorrência. 
As instituições financeiras devem manter, pelo prazo de 5 (cinco) anos, os 
documentos relativos às análises de operações ou propostas que fundamentaram a decisão de 
efetuar ou não as comunicações. 
 
PROCEDIMENTOS INTERNOS DE CONTROLE 
 
O Banco Central do Brasil aplicará, cumulativamente ou não, as sanções previstas Lei 
nº 9.613, de 1998 (de crimes de lavagem de dinheiro), e no Decreto nº 2.799, de 8 de outubro 
de 1998, às instituições financeiras , bem como aos seus administradores, que deixarem de 
cumprir as obrigações estabelecidas nesta circular. 
As instituições financeiras devem indicar ao Banco Central do Brasil diretor 
responsável pela implementação e cumprimento das medidas estabelecidas nesta circular, 
bem como pelas devidas

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