(7) SISTEMA ARTICULAR

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Prof.ª Ft. Juliana Ap. Rosa Pfister 
SISTEMA ARTICULAR 
INTRODUÇÃO 
 Os ossos, na realidade, não entram em contato uns com os 
outros diretamente. Sempre existe tecido conjuntivo entre as 
superfícies dos ossos que entram em contato uns com os 
outros para formar articulações, como as dos joelhos, tarsos 
(calcanhares), carpos (punhos) e cotovelos. 
 A principal função da articulação é permitir mobilidade. 
 O estudo científico das articulações é chamado de 
artrologia. 
 O estudo do movimento do corpo humano é chamado de 
cinesiologia. 
INTRODUÇÃO 
 ARTICULAÇÃO DO OMBRO 
 
 
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO 
 
ARTICULAÇÃO DO PUNHO 
 
 ARTICULAÇÃO DO QUADRIL 
 
 
 
 ARTICULAÇÃO DO JOELHO 
 
 
 ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO 
TIPOS DE ARTICULAÇÕES 
 A estrutura das articulações inclui os tecidos que conectam 
os ossos adjacentes. 
 Existem duas formas básicas de conexão óssea para formar 
articulações: os ossos são mantidos juntos por massas sólidas 
de tecido conjuntivo (articulações fibrosas e articulações 
cartilagíneas) ou são conectados por uma cápsula de tecido 
conjuntivo que envolve uma cavidade lubrificada 
(articulações sinoviais). 
TIPOS DE ARTICULAÇÕES 
 São classificadas em três grandes grupos: articulações 
fibrosas, articulações cartilagíneas (ou cartilaginosas) e 
articulações sinoviais. 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS 
 São aquelas nas quais os ossos 
adjacentes são unidos por uma massa 
sólida de tecido conjuntivo fibroso. 
 A grande maioria delas se apresenta 
no crânio. 
 A mobilidade nessas articulações é 
extremamente reduzida, embora o 
tecido conjuntivo interposto confira 
uma certa elasticidade ao crânio. 
 Existem três tipos de articulações 
fibrosas: suturas, sindesmoses e 
membranas interósseas. 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS - SUTURA 
 A sutura é uma articulação fibrosa composta por uma fina camada de tecido 
conjuntivo denso (fibroso). 
 São encontradas apenas entre os ossos do crânio. As bordas interligadas 
irregulares das suturas conferem-lhes resistência e diminuem as chances de 
fratura. 
 As suturas são articulações que se formam à medida que os numerosos ossos 
do crânio entram em contato durante o desenvolvimento, e são articulações 
fixas ou ligeiramente móveis. Nos idosos as suturas são fixas (tipo de sutura 
denominada sinostose) , mas nos recém-nascidos e crianças são ligeiramente 
móveis (uma vez que a ossificação é incompleta até os 6 anos de idade no 
máximo e a quantidade de tecido conjuntivo fibroso é maior, formando uma 
separação entre os ossos e dando maior mobilidade – são as fontanelas, mais 
popularmente conhecidas por moleiras). 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS - SUTURA 
 As suturas exercem funções importantes como locais de 
crescimento e absorção de choque no crânio. 
 Podem, ainda, ser subdivididas em suturas planas (união linear 
retilínea ou aproximadamente retilínea, ex: sutura internasal, 
entre os ossos nasais), suturas escamosas (união entre ossos que 
juntos estabelecem um encurvamento relativamente grande, ex: 
sutura entre os ossos parietal e temporal - sutura 
parietotemporal) e suturas serreadas (união em linha “denteada”, 
ex: sutura entre ossos parietais - sutura interparietal ou sagital). 
 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS - SUTURAS 
Sutura Sagital - 
serreada 
Sutura internasal - plana 
Sutura escamosa - 
parietotemporal 
ARTICULAÇÕES FIBROSAS - SINDESMOSES 
 São articulações permanentes, caracterizadas como tecido de preenchimento. 
Quando um osso é muito afastado do outro é necessário que haja um tecido 
para preencher esse espaço. O tecido que executa essa função é conjuntivo 
fibroso, caracterizando essa articulação como fibrosa do tipo sindesmose, 
permitindo um movimento limitado. 
 É encontrada entre o rádio e a ulna (rádio-ulnar, distalmente) e entre a tíbia e 
a fíbula, formando uma membrana interóssea ; entre a tíbia e a fíbula, além da 
membrana interóssea, também é encontrado um ligamento interósseo chamado 
tibiofibular anterior, que une a tíbia e a fíbula, e permite movimento limitado. 
 Outro exemplo de sindesmose é a gonfose, que é a articulação na qual um 
processo cônico está inserido numa cavidade, à semelhança de um prego 
inserido na madeira, por exemplo. Como exemplo de gonfose temos 
os dentes inseridos nos alvéolos dentários. 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS (OU 
CARTILAGONOSAS) 
 São formadas por tecido conjuntivo cartilaginoso que permite pouco 
ou nenhum movimento. 
 Os ossos da articulação são conectados firmemente por cartilagem 
hialina (rica em fibras colágenas) ou fibrocartilagem. 
 Os dois tipos de articulações cartilagíneas são as sincondroses e as 
sínfises. 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS - 
SINCONDROSES 
 São articulações cartilagíneas fixas, cujo material de conexão é a 
cartilagem hialina. 
 Um exemplo de uma sincondrose é a lâmina epifisal (de crescimento), 
que une a epífise à diáfise de um osso em crescimento. 
 As articulações entre as dez primeiras costelas (cartilagens costais) são 
sincondroses permanentes. 
 
 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS - 
SÍNFISES 
 São articulações em que as extremidades dos ossos que se articulam são 
unidos por um disco chato e largo de fibrocartilagem. 
 Todas as sínfises ocorrem na linha mediana do corpo. 
 Exemplos de sínfise: sínfise púbica entre as faces anteriores dos ossos do 
quadril, que é ligeiramente móvel; também é encontrada esse tipo de 
articulação na junção do manúbrio com o corpo do esterno e nos discos 
intervertebrais (a estrutura do disco intervertebral ajuda a promover a 
amplitude limitada de movimento na coluna vertebral, enquanto atua 
como um importante coxim absorvedor de choque entre os corpos 
vertebrais). 
ARTICULAÇÕES CARTILAGÍNEAS - 
SÍNFISES 
SÍNFISE MANÚBRIO ESTERNAL 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 Uma articulação sinovial varia de uma articulação pouco móvel (ex: 
entre os ossos carpais) até as articulações mais móveis do corpo (ex: 
articulação do ombro). 
 O que a distingue dos outros tipos de articulações é a existência de um 
espaço , chamado cavidade articular, que é envolvido por um cápsula 
de cartilagem fibrosa que fixa os ossos da articulação, conferindo 
resistência à superfície articular. 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 As faces ósseas no interior da cápsula de uma articulação sinovial 
são recobertas por uma camada de cartilagem hialina, chamada 
cartilagem articular. 
 A cartilagem articular recobre as faces articulares dos ossos mas 
não os une. Ela reduz o atrito entre os ossos durante o movimento 
e ajuda na absorção de choques, quando lubrificada. 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 A cápsula articular envolve uma articulação sinovial, incluindo a 
cavidade articular, e une os ossos da articulação. É composta de 
duas camadas, uma membrana fibrosa externa (parte fixada ao 
periósteo dos ossos da articulação) e uma membrana sinovial 
interna. 
 É a força dos ligamentos capsulares ou aqueles que estão ao redor 
da cápsula que mantêm os ossos unidos em uma articulação 
sinovial. 
 A membrana sinovial é encarregada da produção de um líquido 
sinovial (também chamado de sinóvia), que tem a função de 
lubrificar a articulação, reduzindo o atrito e absorvendo impactos. 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
CÁPSULA ARTICULAR, MEMBRANA SINOVIAL 
E LÍQUIDO SINOVIAL 
ARTICULAÇÕES SINOVIAIS 
 Algumas articulações sinoviais no corpo contêm 
discos articulares e meniscos articulares, que 
são estruturas de fibrocartilagem sem revestimentode membrana sinovial. 
 Possuem função discutida, mas acredita-se que 
servem principalmente para melhorar a adaptação 
das superfícies que se articulam e absorver 
impactos e choques. 
 Discos articulares podem ser encontrados nas 
articulações esternoclavicular (entre o esterno e a 
clavícula) e temporomandibular (ATM). E meniscos 
articulares são encontrados na articulação do 
joelho. 
ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR 
BIBLIOGRAFIA DA AULA 
 DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia Humana Sistêmica e 
Segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2002. 671 p. 
 TORTORA, G.J.; NIELSEN, M.T. Princípios de Anatomia Humana. 
12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. 1092 p.