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Aula 10 - Fundamentação Jurídica; Parecer Técnico Formal

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18/02/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2417637&classId=1132973&topicId=2424765&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 1/11
Linguagem Jurídica
Aula 10 - Fundamentação Jurídica: Parecer
Técnico Formal
INTRODUÇÃO
Aprenderemos nesta aula que o parecer é um juízo fundamentado sobre determinado assunto, que deve ser verossímil,
crível, provável, emitido por especialista ou jurisconsulto, o qual fundado em razões de ordem legal, conclui por uma
solução, que deve, a seu pensamento, ser aplicada ao caso em espécie. 
Em regra, o Parecer Técnico Formal é provocado por uma consulta, em que se acentuam os pontos controversos da
questão, a serem esclarecidos pelo parecerista. 
Estudaremos que os pareceres técnicos podem ser realizados por médicos, contadores, engenheiros, geneticistas,
grafólogos, economistas. Já o parecer jurídico é o resultado formal da re�exão sobre determinada questão jurídica que
18/02/2019 Disciplina Portal
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é submetida ao jurista, razão pela qual no parecer jurídico é comum a exposição de normas jurídicas, decisões
judiciais, súmulas e fragmentos de doutrinas aplicáveis ao caso em análise.
OBJETIVOS
Compreender que a função do Parecer é emitir um opinamento devidamente fundamentado sobre um assunto
consultado;
Reconhecer o Parecer Técnico como uma peça textual de aspecto formal próprio;
Conhecer a estrutura de um Parecer Técnico Formal e do Parecer Jurídico;
Identi�car a função que cada elemento exerce dentro do Parecer Técnico;
Aprender as características próprias de cada elemento do Parecer Técnico Formal e do Parecer Jurídico.
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PARECER TÉCNICO-FORMAL
O parecerista não julga, apenas expõe o fato, analisa, dimensiona, trazendo mais esclarecimentos sobre os pontos
controversos, sugerindo uma possível solução para o caso apresentado.
VOCÊ SABIA?
O texto do Parecer deve expressar opinião fundamentada, com argumentos sustentados em princípios doutrinários e
cientí�cos, com citação das fontes. Para tanto, o parecerista deve fazer análise do problema apresentado, destacando
os aspectos relevantes para, ao �nal, opinar conclusivamente, considerando os quesitos apontados e com fundamento
em referencial teórico-cientí�co.
Na verdade, o Parecer Técnico é a resposta a uma consulta feita por interessado sobre fatos referentes a uma questão
a ser esclarecida. Pode tratar-se de um exame propriamente dito ou de uma opinião a respeito do valor cientí�co de um
trabalho anteriormente produzido, quer seja por peritos o�ciais, ou não; assim sendo, é um documento particular que
independe de qualquer compromisso legal e que é aceito ou faz fé, pelo renome, competência e qualidade morais de
quem o subscreve. 
Portanto, o Parecer Técnico sempre deverá ter um objetivo especí�co a se dedicar, excluindo-se da análise quaisquer
outros elementos que não venham a corroborar e respaldar o objetivo de tal análise.
Atenção
, Assim, em se tratando de um Parecer Técnico emitido por assistente técnico que não concordou com o laudo do perito do juízo,
ele irá analisar e emitir o seu opinamento acerca dos fatos que possam respaldar os argumentos do seu cliente (a parte que o
nomeou no processo); se foi requisitado por uma empresa privada, deverá se dedicar a buscar elementos técnicos que
corroborem a tese do seu cliente, todos, é claro, dentro dos rigores da ética e da busca da verdade apontada a partir dessa análise
técnico-cientí�ca.
Outro aspecto caracterizador do Parecer Técnico é a sua requisição e respectivo destinatário. Ele só ocorrerá porque
alguém (justiça, órgãos públicos, empresas privadas, pessoas) necessita de esclarecimento sobre determinado
assunto que não detenha conhecimento ou competência legal para realizá-lo. E, obviamente, terá sempre um
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destinatário especí�co que, geralmente, é quem o requisitou. 
A gama de pro�ssionais habilitados a realizar exames que tenham por consequência gerar um Parecer Técnico é muito
vasta em razão da variedade de situações.
O Parecer Técnico também se aplica, por exemplo, como documento a ser emitido por peritos o�ciais no exercício de
suas funções públicas quando se tratar de alguma requisição de autoridades, em que não se trate especi�camente da
realização de uma perícia nos moldes tradicionais, determinados pelo artigo 158 do Código de Processo Penal [porque,
quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo
supri-lo a con�ssão do acusado], mas de alguma análise de situação real ou hipotética, a partir de depoimentos nos
autos para saber da coerência técnica do que é alegado, ou qualquer outra situação no inquérito policial ou processo
criminal que necessitem do conhecimento técnico-especializado do perito o�cial.
Ainda que o Código de Processo Penal não admita a �gura do assistente
técnico no processo criminal, não é incomum encontrarmos pareceres
técnicos elaborados por pro�ssionais que não são peritos o�ciais,
contestando o laudo o�cial, conforme acompanhamos constantemente nos
noticiários midiáticos. 
Entretanto, o Parecer TécnicoParecer Técnico diferencia-se do Laudo PericialLaudo Pericial em razão de ser
um documento consequenteconsequente de uma análise sobre determinado fato
especí�co, contendo a respectiva emissão de uma opinião técnica sobre
aquele caso estudado. 
Contudo, o magistrado não pode aceitar esse documento como se fosse uma
outra perícia, mas ele poderá considerá-lo como mais um elemento de prova
que qualquer das partes venha trazer aos autos, o que estaria respaldado pelo
amplo direito de defesa. 
Isso se deve ao fato de que o próprio Código de Processo Penal garante às
partes todo o direito de levantar esses questionamentos e chegar até mesmo
a uma situação de realizar uma nova perícia por outros peritos o�ciais.
Atenção
, Clique aquiaqui (galeria/aula10/docs/parecer_juridico_tecnico_formal.pdf) (galeria/aula10/docs/parecer_juridico_tecnico_formal.pdf) e leia sobre Parecer jurídico, parecer técnico-formal, laudo
pericial.
METODOLOGIA DO PARECER TÉCNICO
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/parecer_juridico_tecnico_formal.pdf
18/02/2019 Disciplina Portal
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O Parecer Técnico, em razão de seu caráter formal e impessoal, deve ser construído na terceira pessoa do singular e no
padrão culto da língua. O texto deve ser imparcial e impessoal. 
De modo geral, principalmente em linha de manifestação nos autos pelo Ministério Público, um Parecer Técnico
Jurídico deve ser estruturado com os seguintes elementos: preâmbulo, ementa, relatório, fundamentação, conclusão e
parte autenticativa. 
Vejamos cada um desses elementos:
TÍTULO
Na parte superior do documento, respeitada a margem de três centímetros, coloca-se o nome Parecer Jurídico.
PREÂMBULO
É requisito essencial do Parecer que venha a indicação do número da peça do interessado, do órgão originário e do objeto
pleiteado. 
AÇÃO DE DANOS MORAIS POR ACIDENTE EM ESTABELECIMENTO COMERCIAL (Art. 14 do CDC - Lei nº 8.078 de 11/09/1990 c/c
art. 186 do NCC - Lei nº 10.406 de 10/01/2002 e art. 5º, V e X da Constituição Federal)
IDENTIFICAÇÃO DO CONSULENTE E DO CONSULTOR
Entre o título e a exposição dos questionamentos é necessário deixar um espaço de oito centímetros, no qual, à esquerda, coloca-
se a identi�cação do consulente, isto é, de quem solicita a consulta, e do consultor, ou seja, de quem elabora o parecer. 
Embora a identi�cação do consulente e doconsultor normalmente se concentre em seus nomes, nada impede que outros dados
de quali�cação sejam colocados como exemplo: o domicílio e o CPF/CNPJ ou então o endereço do escritório, o número da OAB e
os títulos acadêmicos do consultor.
EXPOSIÇÃO DOS QUESTIONAMENTOS
Feitas as devidas identi�cações, cumpre expor formalmente os questionamentos que foram trazidos à baila. O parecer técnico é
realizado com o escopo de afastar as dúvidas expostas pelo consulente. Assim sendo, cabe ao consultor expor de modo claro, no
início do parecer, quais os questionamento que devem ser solucionados.
EMENTA (OPCIONAL)
A ementa é um texto meramente informativo, voltado, portanto, para a função referencial da linguagem que, em sua simplicidade,
dá conta da completude textual necessária para descrever ocorrência e fatos jurídicos, sem apresentar em seu corpo textual a
fundamentação. 
Logo, a capacidade de síntese, nesse item, é importantíssima, pois a ementa se caracteriza por possuir a informação taquigrá�ca,
por meio de frases nominais e palavras-chave, de rápida recuperação para pesquisa de dados, inclusive, quando informatizados,
razão por que deve apresentar, no máximo, oito linhas. 
Exemplo.
RELATÓRIO (EXPOSIÇÃO DOS FATOS)
18/02/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2417637&classId=1132973&topicId=2424765&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 6/11
Narrativa dos fatos relacionados ao assunto da consulta. Esse elemento do Parecer Técnico Jurídico deve ser marcado pela
isenção, pois aqui ainda não é o momento de o parecerista tomar posição. 
O relatório é, exatamente, o relato do que aconteceu e não pode ser uma parte prolixa, perdendo-se em minúcias sem
importância. Na produção do relatório, registramos somente o indispensável, as principais ocorrências e os pontos que deverão
ser analisados pelo parecerista. Na verdade, o relatório deve prender-se mais aos fatos e às circunstâncias em que eles
ocorreram, assim como nas evidências das provas e/ou indícios. 
O Relatório deve ser completo, dando uma visão geral dos fatos relevantes ocorridos e dos relevantes juridicamente,
possibilitando uma transição lógica e coerente para a fundamentação. 
A ordem cronológica, na elaboração do relatório, é a mais apropriada, pois, sendo ele o elemento narrativo da peça processual
jurídica, vai trazer o relato dos fatos relevantes ocorridos no caso concreto, facilitando, assim, a compreensão da leitura da
história processual. É de praxe, ao �nal do relatório, constar (em caixa alta) a expressão É O RELATÓRIOÉ O RELATÓRIO, centralizada, na linha
seguinte. 
Na construção do relatório, serão aplicados os conteúdo estudados na Aula 7, quando vimos a construção da Narrativa Jurídica. 
Exemplo.
FUNDAMENTAÇÃO (ANÁLISE DO CASO)
A fundamentação nada mais é do que a argumentação propriamente dita, pois ao fundamentar, o parecerista não só constrói
bons raciocínios ou bons argumentos com competência linguística, mas também externaliza-os e enuncia-os, buscando o
convencimento do seu raciocínio próprio, por meio de argumentos. Daí a necessidade de transformar os fundamentos em
argumentos e vice-versa, pois para argumentarmos também precisamos elencar os fatos e transformá-los em argumentos, pois
quem fundamenta argumenta e quem argumenta fundamenta. 
A fundamentação do parecer consiste na análise dos fatos e do direito e da valoração do caso concreto, fazendo uma análise
técnica ou técnico-jurídica, sem abandonar as razões já apresentadas, para que se possa realizar um opinamento consistente e
convincente. 
Na fundamentação, o parecerista explicita os argumentos (provas, fatos, circunstâncias) que sustentam o seu ponto de vista (tese
ou conclusão), agasalhando todas as hipóteses, utilizando-se de uma linguagem técnica. 
Na construção da FUNDAMENTAÇÃO, serão aplicados os conteúdos estudados na aula 8: NOÇÕES BÁSICAS DENOÇÕES BÁSICAS DE
ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA: FORMULAÇÃO DE TESE, ARGUMENTOS E TIPOS DE ARGUMENTOS.ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA: FORMULAÇÃO DE TESE, ARGUMENTOS E TIPOS DE ARGUMENTOS. 
Exemplo.
CONCLUSÃO
Na conclusão, o parecerista apresenta uma proposta ou sugestão para a solução do caso concreto que será apreciada pelo juiz e
pelas partes atuantes. Ou seja, neste momento, o parecerista apresenta o resultado de sua análise e, nela, estabelece sua
proposta de entendimento em razão ao parecer emitido sobre o laudo pericial analisado, por exemplo. 
As únicas formas verbais aceitas na conclusão do Parecer são estas: sugere-se, propõe-se, opina-se, recomenda-sesugere-se, propõe-se, opina-se, recomenda-se, pois
parecerista não julga nem solicita ou pede coisa alguma, apenas analisa o caso concreto e apresenta um opinamento que poderá
ser aceito total, parcial ou até rejeitado pelo julgador. 
Exemplo: 
Sugere-se que a REQUERIDA seja condenada ao pagamento de indenização de reparação dos danos morais sofridos pela
REQUERENTE no valor de R$ (XXX).
PARTE AUTENTICATIVA (LOCAL, DATA, ASSINATURA)
Ao �nal do parecer, o parecerista precisa datá-lo, assiná-lo, e, se possível, informar o órgão do qual ele faz parte (Titulação do
parecerista).
Agora que você já estudou o Parecer Técnico, clique nos arquivos abaixo para acessar exemplos do conteúdo
estudado:
Estrutura Formal do Parecer TécnicoEstrutura Formal do Parecer Técnico (glossário) (glossário)
Modelo de Parecer JurídicoModelo de Parecer Jurídico (glossário) (glossário)
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/estrutura_formal.pdf
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/modelo_parecer_juridico.pdf
18/02/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2417637&classId=1132973&topicId=2424765&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 7/11
Exemplo de Parecer Técnico do atual Ministro do STFExemplo de Parecer Técnico do atual Ministro do STF (glossário) (glossário), Ministro Luís Roberto Barroso, produzido em abril de
2010: LEGITIMIDADE DA RECUSA DE TRANSFUSÃO DE SANGUE POR TESTEMUNHAS DE JEOVÁ. DIGNIDADE
HUMANA, LIBERDADE RELIGIOSA E ESCOLHAS EXISTENCIAIS.
O laudo pericial é uma peça técnica formal que apresenta o resultado de uma perícia. Nele, deve ser relatado tudo o
que foi objeto dos exames levado a efeito pelos peritos. 
O Parecer Técnico, emitido por assistente técnico que não concordou com o laudo do perito do juízo, analisará e
emitirá sua opinião sobre os fatos que podem respaldar os argumentos do seu cliente, dentro dos rigores da ética e da
busca da verdade, apontada a partir dessa análise técnico-cientí�ca. 
Questão 1Questão 1 
Partindo das a�rmativas, assinale a alternativa INCORRETA:
Parecer Técnico é um documento por meio do qual o jurista (advogado, consultor jurídico) fornece informações técnicas acerca
de determinado tema, com opiniões jurídicas fundamentadas em bases legais, doutrinárias e jurisprudenciais.
A Conclusão deve trazer um resumo da(s) tese(s) defendida(s) pelo parecerista, ser apresentada separadamente da
fundamentação, redigida de forma clara, para que o juiz possa compreender qual a orientação dada pelo órgão jurídico na
consulta formulada.
O Parecer Técnico não se diferencia do Laudo Pericial em razão de ser apenas um documento consequente de uma análise sobre
determinado fato especí�co, contendo a respectiva emissão de uma opinião técnica sobre aquele caso estudado.
O Parecer Técnico é a resposta a uma consulta feita por interessado sobre fatos referentes a uma questão a ser esclarecida. Pode
tratar-se de um exame propriamente dito ou de um opinamento a respeito do valor cientí�co de um trabalho anteriormente
produzido, quer seja por peritos o�ciais, ou não; assim sendo, é um documento particular que independe de qualquer
compromisso legal e que é aceito ou faz fé, pelo renome, competência e qualidade morais de quem o subscreve.
Em se tratando de um Parecer Técnico emitido por assistente técnico que não concordou com o laudo do perito do juízo, ele irá
analisar e emitir o seu opinamento sobre os fatos que possam respaldar os argumentosdo seu cliente (a parte que o nomeou no
processo); se foi requisitado por uma empresa privada, deverá se dedicar a buscar elementos técnicos que corroborem a tese do
seu cliente, todos, é claro, dentro dos rigores da ética e da busca da verdade apontada a partir dessa análise técnico-cientí�ca.
Justi�cativa
Questão 2Questão 2 
A respeito da tipologia textual na produção do texto jurídico, NÃO é possível a�rmar que:
A narração e a descrição podem estar a serviço da argumentação.
A descrição consiste em enumerar os fatos e as suas características decorrem na linha do tempo para constituir um enredo.
A fundamentação de um determinado ponto de vista exige do argumentador, muitas vezes, que alguns fatos motivadores de sua
tese sejam narrados.
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/exemplos_parecer_stf.pdf
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http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2417637&classId=1132973&topicId=2424765&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 8/11
Narração, descrição e dissertação podem compor, juntas, um só texto e sua separação só se justi�ca por razões acadêmicas.
A narração e a descrição caminham juntas, pois não existe texto narrativo sem a presença da descrição.
Justi�cativa
Questão 3Questão 3 
A partir do caso concreto a seguir, elabore um Parecer Técnico Formal, contendo todos os elementos que o constituem,
como: Preâmbulo, Identi�cação do Consulente e do Consultor, Exposição dos Questionamentos, Ementa, Relatório,
Fundamentação, Conclusão, Parte Autenticativa; antes faça uma pesquisa sobre a matéria de que trata o caso em
estudo. 
Joelson é empregado público responsável por transportes de trabalhadores para obras e restaurações de uma
empresa pública na cidade X. Na última semana, quando Joelson havia deixado alguns trabalhadores no local de
serviço, dirigia de volta para a garagem da instituição quando, em um cruzamento, colidiu com um caminhão. Os dois
motoristas envolvidos no acidente tiveram ferimentos leves, mas um pedestre que aguardava para atravessar a rua foi
atingido na cabeça por uma das peças que se soltaram dos veículos colididos e faleceu horas depois. Diante dessa
situação, o Diretor da empresa pública, preocupado com o desfecho do caso, solicitou a você um Parecer Técnico
relativo às repercussões daquele acidente em relação ao pedestre. 
Na solicitação, exigiu-se expressamente que a peça opinativa respondesse às seguintes perguntas com base, inclusive,
nos entendimentos dos tribunais superiores. 
A) A empresa pública terá responsabilização pela morte do pedestre? 
B) Se houver responsabilidade pela morte do pedestre por parte dessa empresa, qual será sua natureza jurídica e quais
os requisitos que deveriam ser preenchidos no caso para con�gurá-la?
Resposta Correta
Questão 4Questão 4 
A partir da leitura desse textodesse texto (glossário) (glossário), extraído de uma matéria jornalística, que aborda parte do laudo pericial
criminal apresentado à polícia sobre o crime praticado por Elize Matsunaga, revelando que ela degolou o marido e
cortou seus braços quando ele ainda estava vivo, elabore uma EMENTA, atendendo à metodologia trabalhada nesta
aula, com o objetivo de maior aprimoramento ainda em sua escrita no que se refere à objetividade e concisão.
Resposta Correta
Questão 5Questão 5 
A partir do RELATÓRIO do caso concreto a seguir, PRODUZA um PARECER JURÍDICO. Não se esqueça de apresentarA partir do RELATÓRIO do caso concreto a seguir, PRODUZA um PARECER JURÍDICO. Não se esqueça de apresentar
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/elize_matsunaga.pdf
18/02/2019 Disciplina Portal
http://estacio.webaula.com.br/Classroom/index.html?id=2417637&classId=1132973&topicId=2424765&p0=03c7c0ace395d80182db07ae2c30f0… 9/11
todos os elementos que compõem o PARECER, com exceção do relatório porque ele já foi apresentado no enunciadotodos os elementos que compõem o PARECER, com exceção do relatório porque ele já foi apresentado no enunciado
da questão.da questão. 
RELATÓRIORELATÓRIO 
João Paulo Soares é herdeiro de um imóvel deixado por seu tio materno, sob testamento com cláusula condicionada,
impedindo sua alienação temporária até que o herdeiro complete 25 anos e que tenha concluído curso superior. 
João Paulo Soares ainda não atingiu a idade condição, estando com 21 anos completos, e cursando ainda Economia, e
o referido imóvel, apartamento de dois quartos em prédio de escadas, está situado em cercanias identi�cadas como
região de constante e crescente criminalidade e periculosidade, causa de acelerada depreciação. 
Devidamente provado nos autos, não apenas com sequência de fotos, mas também por avaliação técnica sobre a
região em que se acha o imóvel, postulou o agravante a venda do bem, em face da desvalorização decorrente, devendo
a importância ser depositada em banco para liberação, até que se efetivem as condições testamentárias
estabelecidas. 
A pretensão do agravante foi indeferida pelo julgador de primeiro grau, sob o fundamento de que o Código Civil, em seu
artigo 1. 676, torna nulo ato judicial que não considere cláusula de inalienabilidade.
Resposta Correta
Questão 6Questão 6 
A partir da SENTENÇA disponível A partir da SENTENÇA disponível aquiaqui (glossário) (glossário), elabore uma EMENTA, objetivando o aprimoramento de uma escrita, elabore uma EMENTA, objetivando o aprimoramento de uma escrita
bastante enxuta, concisa e objetiva, atendo-se somente aos fatos de suma relevância para entendimento global dobastante enxuta, concisa e objetiva, atendo-se somente aos fatos de suma relevância para entendimento global do
texto com clareza.texto com clareza.
Resposta Correta
http://estacio.webaula.com.br/cursos/GON831/galeria/aula10/docs/sentenca.pdf
18/02/2019 Disciplina Portal
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Glossário
EMENTA
Estupro, roubo quali�cado e cárcere privado. Comprovação de materialidade e autoria. Pedido de absolvição do crime de estupro.
Atos libidinosos diversos da conjunção carnal. Desclassi�cação para a modalidade tentada. Presentes requisitos da prisão
preventiva. Inviável concessão do direito de ajuizamento de recurso em liberdade. Crimes contra a dignidade sexual. Laudo
pericial prescindível. Di�culdade de coleta de vestígios em atos libidinosos. Grande relevância da palavra da ofendida.
Comprovação do crime com outras provas dos autos. Parecer favorável à condenação por crime de estupro consumado, mediante
grave ameaça e à prática de ato libidinoso sem cogitação alguma de tentativa.
25ª Vara Cível- B de Recife- Processo nº 781/92-2017 
Sentença 
Vistos etc. 
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por XXX e outros contra XXX Instituto de XXX, todos quali�cados, a�rmando os
autores que são estudantes de enfermagem junto ao réu e que foram reprovados em uma disciplina do oitavo período do curso, o
que irá atrasar a conclusão acadêmica e por essa razão precisam também estudar com professores diferentes do semestre
passado. Ante o desgaste sofrido com as reprovações, pelo que pedem providências judiciais, gratuidade de justiça, proteção do
Código de Defesa do Consumidor e atribuem à causa o valor de setenta mil reais.
(...) 
Ainda seguindo a ótica de proteção do consumidor, o CDC deixa claro, também, que o fornecedor do serviço responderá pelos
18/02/2019 Disciplina Portal
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danos causados pela má prestação dele, podendo-se inferir que os danos morais daí provenientes também serão dignos de
reparação. Assim, determina o anteriormente transcrito artigo 14 da Lei nº 8.078/1990. 
Além disso, constata-se que o Código Civil acolhe de forma mais expressiva a possibilidade de reparação dos danos causados a
alguém, consoante se pode veri�car mediante o disposto no artigo 186: 
"Art. 186. Aquele que, por ação ouomissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito."- 
Latente é a consonância do que aqui foi exposto com o posicionamento da jurisprudência dominante, conforme se extrai do
julgado abaixo: -"AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS — ACIDENTE NO INTERIOR DA LOJA —- QUEDA DE
TRILHO DE FERRO NA CABEÇA DE CLIENTE — CULPA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL — SUPERMERCADO — NEGLIGÊNCIA,
IMPERÍCIA E IMPRUDÊNCIA — TEORIA DO RISCO — LESÃO CORPORAL — PESSOA IDOSA — DANO MORAL — CONFIGURAÇÃO —
FIXAÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO — DANO MATERIAL —- AUSÊNCIA DE PROVA — HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS —
SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 
No direito processual civil brasileiro, vige o princípio do livre convencimento motivado do juiz (art. 370 do CPC), segundo o qual o
juiz aprecia livremente as provas, devendo, porém, dar as razões de seu convencimento. 
- Mesmo em relações abrangidas pelo CDC, devem existir ao menos indícios dos danos materiais alegados, pois a inversão do
ônus da prova não pode atingir extremos de que simples alegações do interessado sejam o bastante para con�guração de tais
danos. 
O estabelecimento comercial ― supermercado — é civilmente responsável pela queda de estrutura metálica, ocorrida em seu
interior e que atinge cliente causando-lhe lesões corporais, pois é seu dever tomar as diligências devidas para garantir a
segurança e incolumidade física de seus clientes e usuários de serviços, não havendo que se falar em caso fortuito ou força
maior. Surgindo aí o dever de indenizar.- A responsabilidade por fato decorrente do serviço é objetiva, nos termos do art. 14 do
CDC; e a vítima, em tal hipótese, é equiparada ao consumidor nos termos do art. 17 do mesmo diploma consumerista. 
Aquele que sofre lesões corporais em virtude de um ato ilícito, in casu, acidente de consumo, tem automaticamente comprovada
a existência de danos morais." (TJMG - Ap. Cível nº 2.0000.00.419610-3/000 - 7ª Câmara Cível - Rel. Des. Unias Silva - j.
13/11/2003 - DJ. 26/11/2003) 
Dessa forma, não restam dúvidas quanto a necessária responsabilização da REQUERIDA, para que em atendimento aos ditames
constitucionais e às disposições protetivas do consumidor, seja atendido o direito da REQUERENTE à devida reparação dos danos
morais que lhe foram causados. 
(...)

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