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3 Desapropriação parte 3

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Desapropriação – parte 3
Retrocessão – art. 519 do Código Civil 
Segundo Alexandre Mazza: “é a reversão do procedimento expropriatório devolvendo-se o bem ao antigo dono, pelo preço atual, se não lhe for atribuída uma destinação pública”. 
Art. 519. Se a coisa expropriada para fins de necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, não tiver o destino para que se desapropriou, ou não for utilizada em obras ou serviços públicos, caberá ao expropriado direito de preferência, pelo preço atual da coisa.
> Veja-se que se o Estado não cumprir o dever de oferecer o bem ao antigo proprietário, o direito do expropriado resolve-se em perdas e danos, uma vez que, os bens incorporados ao patrimônio público não podem ser objeto de reivindicação (art. 35 do Decreto-lei 3365/1941)
Imissão provisória na posse
Em caso de alegação de urgência e depósito da quantia arbitrada, conforme art. 15, “caput” do decreto-lei 3.365/1941 que dispõe:
Art. 15. Se o expropriante alegar urgência e depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens;
>a imissão provisória na posse não pode ser indeferida pelo juiz se forem atendidas os requisitos legais;
trata-se de direito subjetivo do expropriante ao ingresso antecipado do Poder Público na posse do bem;
É ingresso antecipado porque a transferência da posse somente ocorre com o encerramento da ação de desapropriação;
Desapropriação indireta ou apossamento administrativo
>prática imoral e amplamente vedada pela legislação brasileira;
>consistem em esbulho possessório praticado pelo Estado quando invade área privada sem contraditório ou pagamento de indenização;
>é comum em nosso país; 
É espécie de desapropriação de fato;
Proibida pelo art. 46 da Lei Complementar n. 101/2000; 
Art. 46. É nulo de pleno direito ato de desapropriação de imóvel urbano expedido sem o atendimento do disposto no § 3o do art. 182 da Constituição, ou prévio depósito judicial do valor da indenização
>sua natureza jurídica é de fato administrativo;
>materializa-se por meio da afetação fática de um bem à utilidade pública, sem observância do devido processo legal – violação do art. 5º, LIV da CF;
> o ordenamento proíbe a utilização de ações possessórias ou reivindicatórias – art. 35 do Decreto-lei 3.365/1941; 
>resta ao proprietário prejudicado a propositura de ação de indenização por desapropriação indireta;
A pretensão indenizatória fundamenta-se na violação do princípio da prévia e justa indenização em dinheiro e na perda da propriedade;
O valor da indenização segue o mesmo da indenização por desapropriação direta; 
Desapropriação de bens públicos
Art. 2º, § 2º do Decreto-lei 3.365/1941 prevê a possibilidade das entidades federativas geograficamente maiores desapropriarem bens pertencentes às menores, vejamos:
“Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelo Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa”. 
Desapropriação confiscatória
>disposta no art. 243 da CF que dispõe:
Art. 243. As propriedades rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, observado, no que couber, o disposto no art. 5º.          (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 81, de 2014)
Dispõe a Lei 8.257/1991,
Art. 1° As glebas de qualquer região do país onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas serão imediatamente expropriadas e especificamente destinadas ao assentamento de colonos, para o cultivo de produtos alimentícios e medicamentosos, sem qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas em lei, conforme o art. 243 da Constituição Federal.
Desistência da desapropriação
>poderá ocorrer a revogação do decreto expropriatório (ato administrativo discricionário);
>não há impedimento a que ocorra a revogação do decreto expropriatório;
>desistência da desapropriação, possível na hipótese de tornarem-se insubsistentes os motivos que deram ensejo ao início do procedimento expropriatório;
>a Administração Pública somente poderá desistir da desapropriação até o momento de incorporação do bem ao patrimônio público;

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