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TCC PRONTO lÌNGUA pORTUGUESA E lITERATURA

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3
CÂNDIDO MENDES
MÔNICA SAAGER
A IMPORTÂNCIA DE SE DESPERTAR O HÁBITO DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS
AFONSO CLÁUDIO
2020
MÔNICA SAAGER
A IMPORTÂNCIA DE SE DESPERTAR O HÁBITO DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Instituto Cândido Mendes, como requisito parcial para a obtenção de Pós Graduação em Língua Portuguesa e Literatura. Orientador: 
AFONSO CLÁUDIO
2020
MÔNICA SAAGER
A IMPORTÂNCIA DE SE DESPERTAR O HÁBITO DA LEITURA NAS SÉRIES INICIAIS
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao Instituto Superior de Educação de Afonso Cláudio, como requisito parcial para a obtenção de graduação de licenciado em pedagogia. Orientador: Profª Anacléria de Fátima Breda Chagas.
BANCA EXAMINADORA
___________________________________________
Profª Orientadora Anacléria de Fátima Breda Chagas
___________________________________________
Profª: Tatiana Rosa dos Santos Sobreiro
___________________________________________
 Profª 
AFONSO CLÁUDIO
2012
Dedico em primeiro lugar a Deus, por me dar força para vencer mais esta etapa, aos meus amigos pelo incentivo, a minha família pela dedicação prestada durante todo o curso, ao meu marido pela compreensão, em especial a minha mãe pela força, ajuda e por me apoiar nesta face tão importante de minha vida. 
Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois sem Ele, nada seria possível. Aos meus pais, pelo esforço, dedicação e compreensão. Ao meu namorado por sua paciência e todo seu carinho, sempre me apoiando e ajudando a resolver tudo. Obrigada por tudo, que não lhes falte saúde, alegria e muita paz!
Agradeço infinitamente a Deus, pela oportunidade que me deu de concluir mais essa etapa em minha vida. Aos meus amigos pelo incentivo desde de o inicio do curso e aos meus familiares por acreditarem em minha capacidade, em especial aos meus pais pela força e apoio, pois eles são tudo em minha vida, e também ao meu marido pela compreensão nos momentos de ausência.
A Deus, Pela força espiritual para a realização desse trabalho. Aos meus pais Dilma e Batista,Pelo eterno orgulho de nossa caminhada, pelo apoio, compreensão, ajuda, e, em especial, por todo carinho ao longo deste percurso.Ao meu namorado Genaldo, pelo carinho, compreensão e pela grande ajuda. Aos meus amigos e colegas de curso, pela cumplicidade, ajuda e amizade. À professora Anacléria, pela orientação deste trabalho. 
“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas. Os livros só mudam as pessoas”. Mário Quintana
RESUMO
Nosso trabalho busca reconhecer a importância do hábito da leitura nas séries iniciais, o quanto é importante este contato com os livros para o desenvolvimento cognitivo da criança, e o fundamental papel que a família, os professores e a escola desempenham neste projeto. Varias Pesquisas feitas sobre leitura mostram que acriança que lê e tem contato com a literatura desde cedo, é beneficiada de diversas formas, ela aprende melhor, pronuncia melhor as palavras e se comunica melhor. A leitura, se feita de forma constante ajuda na escrita. A boa escrita, facilita a alfabetização e ajuda em todas as disciplinas, pois na escola o principal objeto para ensinar é o livro didático. Quem é acostumado à leitura desde bebezinho se torna muito mais preparado para os estudos, para o trabalho e para a vida. Por isso o objetivo maior deste trabalho é reforçar o quanto é importante desenvolver e incentivar o hábito de ler em todas as crianças, demonstrar como esse pequeno incentivo fará diferença não só em seu futuro, mas ouso dizer que também ao futuro de todo um pais, pois um país de pessoas leitoras é conseqüentemente um país de pessoas inteligentes e questionadoras.
Palavras-Chave: Desenvolvimento; Escola; Família; Imaginário, Leitura; Professor.
	
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	08
1 A LEITURA E A CRIANÇA	11
1.1 A O PROFESSOR LEITOR	14
1.2 A LEITURA E A ESCOLA	16
1.2.1 O Papel da Escola na Formação de leitores	18
1.3 A BIBLIOTECA, A ESCOLA E A CRIANÇA	20
1.4 LEITURA CRÍTICA	22
2 A LEITURA E O IMAGINÁRIO INFANTIL	25
2.1 REFLEXÕES ACERCA DO TRABALHO DE INCENTIVO DA LEITURA	26
2.1.1 Como Estimular o prazer da Leitura	29
2.2 A LEITURA SEGUNDO ALGUNS TEORICOS	31
3 TECENDO A METODOLOGIA	34
3.1 ENTREVISTAS	34
3.2 SUGESTÕES METODOLOGICAS PARA O USO DA LEITURA	39
CONCLUSÃO	41
REFERÊNCIAS	43
INTRODUÇÃO
Nosso trabalho tem por titulo A importância de se despertar o hábito da leitura nas séries iniciais, e como fica claro no titulo nosso tema é a leitura, e sua importância para o desenvolvimento cognitivo da criança. 
A leitura desperta o interesse, a atenção, a criatividade, a percepção, o que é algo indispensável para o desenvolvimento da criança. O ato de ler ou ouvir uma história desperta seu imaginário, além de que a criança vai aprender de uma forma lúdica e prazerosa, o que só pode trazer benefícios. 
Quem lê freqüentemente tem facilidade em escrever, o que facilita em todas as disciplinas, pois a base é sempre a leitura e a interpretação.
A escola tem uma grande contribuição no despertar e incentivar o hábito de leitura das crianças, e é sobre essa importância e responsabilidade que trataremos neste trabalho, buscando expor todos os benefícios da leitura, e o quanto é importante que as crianças adquiram esse costume.
Infelizmente pesquisas comprovam que em nosso país as pessoas em geral não têm o hábito de ler, e nem incentivam seus familiares a adquiri-lo. As pessoas em sua maioria não têm consciência da importância do hábito da leitura e dos benefícios e prazer que isso nos trás. A criança que lê ou tem contato com a leitura desde cedo, é beneficiada, pois ela aprende melhor, se comunica melhor, tem facilidade de interpretar e também na pronuncia das palavras, no diálogo.
Por esses motivos é que devemos ver a leitura como algo de vital importância para o desenvolvimento do ser humano, e que deve ser incentivado. Foi por isto que escolhemos este tema para o nosso trabalho de conclusão do curso de pedagogia, e nos baseamos nas teorias de pensadores que estudaram esse tema mais a fundo.
Agora falando um pouco sobre as autoras deste trabalho: Eu Ariane, nasci no dia 29 de abril de 1987, sempre estudei em escolas públicas, finalizando meu Ensino Médio aos 17 anos. Passaram-se cinco anos, então veio à oportunidade de cursar a tão sonhada faculdade. O que me levou a escolher o curso de pedagogia foi a vontade de trabalhar na área de educação infantil. No início, tive medo, mas aos poucos fui me adaptando e cada vez gostando mais do curso. Agora, chegando ao final, após muitas dificuldades, onde todas elas valeram a pena, pretendo fazer novos cursinhos, pós-graduação para ingressar no mercado de trabalho, fazendo do meu trabalho, algo prazeroso e gratificante.
Eu Elaine, nascida em 19/11/86, sou natural de Afonso Cláudio e sempre estudei em escola publica. Lembro-me de que quando eu terminei o segundo grau, nem pensei muito sobre faculdade, pois na época não tinha condições de arcar com as despesas, que eram muito caras mesmo nos cursos oferecidos na cidade, mas alguns anos depois as coisas ficaram mais acessíveis para mim, e mais precisamente no final do ano de 2008, surgiu à oportunidade de cursar uma faculdade, a FAAC, estava com um preço promocional muito bom e era uma faculdade presencial, o que pesou muito em minha decisão, pois na época eu pensava em fazer um curso à distância de história. Na FAAC os cursos oferecidos eram Pedagogia e Ciências Contábeis, e eu fiquei na duvida, pois o curso de contábeis tinha muito haver comigo e com o trabalho que eu já fazia onde trabalhava, e fazendo a faculdade de pedagogia eu teria uma ótima base se depois ainda quisesse fazer história, então acabei optando por fazer pedagogia por que percebi que eu desejava mudar o rumo da minha vida e trabalhar na área da educação.
Mas agora retornando ao nosso trabalho, buscamos tentar entender o porquê desta falta de interesse na leitura, mesmosabendo da grande importância da literatura no desenvolvimento cognitivo da criança, elas em geral não gostam de ler. Mas por que isso acontece? Será por falta de exemplo e incentivo dos pais e professores? 
Infelizmente notamos que muitos educadores não têm o habito de ler, o que é sem duvida contraditório, pois eles são uns dos que devem incentivar a criança. Os pais também não se atentam para a necessidade de incentivar seus filhos a lerem, pois em sua maioria também não tem o costume, mesmo muitos sabendo que deveriam ler mais para seus filhos e para si mesmo, não o fazem. O que torna quase impossível que a criança seja um leitor assíduo, pois em sua maioria o que causa o interesse pela leitura na criança é a curiosidade e o exemplo.
Nosso objetivo maior com este trabalho é incentivar a leitura de forma criativa, contribuindo para a formação da criança, incitar o contato com a biblioteca e os livros, promovendo a leitura e a contagem de historias entre as crianças, visando despertar o gosto pele leitura e ampliar o público leitor.
A metodologia utilizada neste trabalho é de natureza bibliográfica, tendo envolvido muito estudo com artigos, livros, revistas, etc. Todo o material selecionado foi analisado com muita seriedade.
Buscamos mostrar que o incentivo a leitura não é apenas responsabilidade da escola, mas também da família e até mesmo da comunidade, afinal o problema da falta de leitores em nosso país é uma questão social.
Nosso trabalho ficou assim organizado: Capítulo um, a leitura e a criança, o professor leitor, a escola e a leitura, o papel da escola na formação de leitores, a biblioteca a escola e a criança, e leitura crítica. Capítulo dois, a leitura e o imaginário infantil, reflexões a cerca do trabalho de incentivo da leitura, como estimular o prazer da leitura, e a leitura segundo alguns teóricos. Capítulo três, tecendo a metodologia, entrevistas, e sugestões metodológicas para o uso da leitura. 
1 A LEITURA E A CRIANÇA
O hábito de ler deve ser incentivado na criança desde bem cedo, mesmo que no inicio ela seja apenas ouvinte, com o tempo é quase certo de que irá adquirir o hábito de ler. Mas para isso é preciso que as pessoas que convivem com estas crianças, também tenham o costume de ler, pois o amor aos livros só pode ser estimulado por pessoas que também amem ler.
É importante também que a criança tenha liberdade para manusear os livros, tocá-los, estudá-los, criar sua própria história, exercitar seu imaginário, sua criatividade. Deixar que ela descubra o encanto que as histórias transmitem, permitindo que elas tenham a oportunidade de se apaixonar pelos livros.
Podemos exemplificar o que já foi dito através das palavras de Paulo Freire (1998) ao relembrar sua infância:
A retomada da infância distante, buscando a compreensão do meu ato de “ler” o mundo particular em particular em que me movia (...), me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, re-crio, e re-vivo, no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. (FREIRE; 1998, p. 12).
A leitura para a criança, muitas vezes é uma interpretação livre das figuras dos livros infantis, ou elas imaginam na história sua realidade, nem por isso este tipo de leitura deve ser desvalorizado, pois é por este caminho que a criança futuramente se desenvolverá como leitor, segundo Freire (1998; p. 12), “Primeiro a “leitura” do mundo, do pequeno mundo em que me movia; depois, a leitura da palavra (...).”
As crianças podem sim se transformar em leitoras, mas isso demanda um certo grau de incentivo e exemplo, se uma criança não vê ninguém do seu circulo familiar ler ou manusear um livro, dificilmente ela vai se interessar por eles, esta pode também receber esse incentivo na escola ou comunidade, mas ela precisa do estimulo de alguém para iniciar-se no mundo da leitura. Como diz o autor Ezequiel Theodoro da Silva, sobre o potencial para ler:
Esse potencial desponta, em termos de conhecimento e ação, a partir do momento em que a criança recebe estímulos sócio-ambientais dentro de relações familiares e sociais específicas. Assim, [...] “gostar de ler x não gostar de ler”, depende, fundamentalmente, das incitações do meio sócio-cultural (família, escola e sociedade), isto é, da quantidade dos estímulos encontrados no meio onde vive a criança e das relações que ela trava com esses estímulos (leitores, livros e situações de leitura. (SILVA; 1997, p. 89) 
Como diz o autor o meio ao qual a criança cresce, influência muito seu desenvolvimento social, o ser humano aprende muito através do exemplo. Um desses aprendizados é sim o de ler, se a criança cresce em meio a leitores é quase certo que também se transformará em leitora. Isto somente reforça nossa idéia de que as crianças devem ter livros à sua disposição durante toda sua infância. 
Exemplo disso é o relato da escritora Lygia Bojunga Nunes (1990):
Para mim, livro é vida, desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida. Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livros. De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro olhando desenhos; depois, decifrando palavras. Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça. Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação. (NUNES; 1990, p.7)
Esta citação vem para complementar o que já foi dito antes sobre a importância do contato com os livros, se eles estão a disposição das crianças desde cedo, se elas tem a oportunidade de manipulá-los, de brincar com os mesmos, vão pegando intimidade e descobrindo seus prazeres.
O educador canadense Frank Smith (1973) afirma que “(...) as crianças não aprendem através da instrução, elas aprendem através do exemplo, e aprendem atribuindo significado. (...) As crianças aprendem desde o momento em que vêm ao mundo.” Isto torna ainda mais importante o ato do exemplo às crianças, e este são mais influenciáveis pela família e a escola. É como diz Silva.
Ao considerar a escola e a família como elementos básicos para a formação e orientação de leitores, não pretendo de forma alguma tecer uma apologia sobre essas duas instituições sociais e sobre as funções que elas devem desempenhar no desenvolvimento da leitura em nosso contexto. (...) Longe disso, a minha preocupação volta-se à tentativa de estabelecer a relação entre família, escola e sociedade, verificar as conseqüências dessa relação para o surgimento de homens-leitores. (SILVA, p.85, 1997)
Se esses órgãos são tão importantes para a formação do individuo, porque ainda hoje são tão ignorados, vejamos o exemplo das escolas brasileiras, como professores incapacitados e desmotivados podem capacitar e motivar os futuros profissionais de nosso país. É como diz TEBEROSKY(1993) “Encontrar novas saídas para o esquema tradicional de formação de professores é uma necessidade importante para todos aqueles que desejam melhorar a qualidade do ensino” Não podemos esquecer também a questão metodológica que é desenvolvida em sala de aula, seria ela a ideal, para formar alunos leitores? Segundo a pesquisadora e educadora Ana Teberosky (1993), “O que a escola, tradicionalmente, considera como interesse das crianças nem sempre coincide com os delas. A criança quando entra para escola a escola, já tem muitos conhecimentos.” Mais autores ressaltam a necessidade de se levar em conta os conhecimentos e desejos das crianças.
Estou, isto sim, ressaltando a necessidade de abrirmos aos indivíduos a possibilidade de viver experiências concretas nas diferentes fases da sua vida – nesse sentido, uma pedagogia crítica da leitura da palavra deveria levar em conta as leituras preliminares que as pessoas já fizeramdo real, levar em conta os limites do mundo concretamente vivido por essas pessoas. E, ao longo de toda a trajetória escolar, não confinar os estudantes às esferas livrescas do currículo, mas abrir-lhes perspectivas para um conjunto maior de experiências no território maior onde a escola se situa. (SILVA, p.18, 1997)
A leitura é importantíssima para o futuro das crianças, não só para seu melhor desenvolvimento educacional, mas também para sua formação critica perante a sociedade. De acordo com Silva (1997) “Sou levado a crer que uma das principais funções da leitura no Brasil é de garantir ao cidadão a capacidade de pensar por conta própria.”
O professor e escritor Geraldo Peçanha de Almeida (2009), nos apresenta em seu livro algumas possibilidades de desenvolvimento de trabalho, algumas delas são:
· Ler para a criança. Acompanhar a criança no processo de leitura. Isto a ajuda a perceber a importância do ato.
· Ler narrativas de todas as fontes. Busque inicialmente narrativas curtas para que elas possam acompanhar. Aos poucos vá acrescentando dificuldades.
· Contar histórias para as crianças ajuda a percepção da oralidade.
· Permitir que as crianças contem, ao seu modo, histórias do dia-a-dia.
· Os materiais concretos, como bonecos e sucatas, podem ser excelentes para a percepção e a criação de belas histórias. Explore-os.
· Faça adaptações nas leituras que você esta desenvolvendo quando perceber que os alunos não conseguem acompanhar ou têm muitas dificuldades.
· Trabalhar com surpresas e com o imaginário desenvolve o gosto que a criança terá ou já tem pela leitura ou pelos materiais escritos. Explore sempre isso ao máximo.”
1.1 O PROFESSOR LEITOR
Não sei o que esta havendo com a formação dos professores hoje, mas com toda a certeza[...] eles não tiveram seu entusiasmo pela literatura despertado e, sem isso, não estão preparados para transmitir aos jovens o que eles mesmos não têm. Não acredito que ninguém ensine outra pessoa a ler literatura. Pelo contrário, estou convencida, isso sim, de que o que uma pessoa passa para outra é a revelação de um segredo – o amor pela literatura. Mais uma contaminação do que um ensino. Ana Maria Machado. (SILVA; 2009, P.21)
Como diz a autora, existe um grande problema em relação aos professores e a leitura, pois eles devem ser os promotores da leitura para as crianças na escola, mas se eles não lêem, se não gostam ou não conhecem a literatura, como seus alunos irão conhecê-la e gostar? Segundo Maia (2007; p.33) “...faz-se um discurso apologético sobre leitura, porém o professor não convence o aluno pelo exemplo, porque, ressalvadas as exceções, ele próprio não é um leitor.” Mas por que isso ocorre? Existem varias hipóteses:
Maia, além de reconhecer a deficiência da escola que forma o professor, aponta, também, na família (em geral analfabeta e com baixo nível econômico) fatores determinantes que podem justificar a prática sem objetivos e sem função para o ato de ler. Ao protagonizar a história de uma infância sem livros de literatura para crianças e jovens, de uma vivência escolar em que apenas o livro didático foi objeto concreto de leitura, o professor pode repetir o mesmo enredo com seus alunos. MAIA; 2007, p.35)
Para Maia a culpa se divide entre a escola que formou p professor de forma deficiente e também de seus estímulos na infância pela família, como ele não teve contato com os livros quando criança, não vê a necessidadede que seus alunos tenham.
Existe ainda o motivo da falta de tempo por parte do professor, segundo Maia(2007; p.35) “Com inúmeras aulas num só dia, em duas ou três escolas que oferecem o mínimo de condições para o trabalho com leitura, resta ao professor “fazer de conta” que da aulas de leitura – o que já constitui um ato de superação.”
Como vimos existem motivos diversos para o problema da leitura relacionado ao professor, tais como: dificuldades de acesso aos livros, falta de tempo para ler e jornada de trabalho excessiva. Mas apesar de todas essas dificuldades o professor precisa gostar de ler, é como diz Lajolo (1993; p,108) “professor precisa gostar de ler, precisa ler muito, precisa envolver-se com o que lê.”
O incentivo à leitura por parte do professor deve ser uma prática verdadeira, para que consiga chegar aos alunos, pois se sua fala e seu exemplo não contiver nenhuma verdade, dificilmente vai conseguir cativar o aluno. O professor precisa ser um leitor assíduo e gostar disso para que possa influenciar seus alunos a adquirir o gosto pela leitura, como discutir com eles os benefícios que a leitura trás, o prazer que causa, se ele mesmo não os conhece.
Bamberger (1995) considera fundamental tanto a ajuda dos pais no processo de formação da criança-leitora quanto a influência do professor que, em sua opinião, deve dar “pequenas doses” diárias de importância da leitura no encontro com a literatura. Esse papel influenciador, para o autor, não se resume a despertar, com palavras, a fé na importância dos livros e o entusiasmo pela leitura, sendo imprescindível mesmo que o professor tenha condições de apresentar os livros às crianças, apresentação essa que contemple discussões sobre o que foi lido. (MAIA; 2007, p.38)
Como diz o autor, o professor deve sempre demonstrar e incentivar o hábito de ler em deus alunos, não apenas falar que a leitura é importante, mas demonstrar como ler pode ser algo prazeroso e significativo. Despertar o imaginário de seus alunos para que vejam a leitura como algo lúdico e prazeroso, não como imposição ou castigo.
Para o professor, a atitude de “assumir o desafio da prática enquanto sujeito” caracteriza-se como um processo de instrumentalização permanente, o que já é tarefa bastante difícil, pois tornar-se sujeito das próprias leituras significa não fazer mais parte do jogo de simular literaturas; significa, antes de tudo, fazer parte de um outro jogo – o de formar alunos-sujeitos das próprias leituras. Essa condição de “leitor-sujeito”, que se exige tanto do professor como do aluno, revela o caráter político que o problema da leitura encerra. (MAIA; 2007, p.43)
Maia demonstra claramente, o papel do professor, dizendo que ele deve ser incentivador da leitura, mas antes disso ele deve realmente ter o hábito e o gosto pela leitura, os professores que fingem ler ou gostar de fazê-lo, não conseguirão tocar seus alunos, o máximo que podem conseguir é que eles também finjam ser alunos leitores, o que não é o que queremos. O que desejamos é que tanto os professores quanto os alunos tenham real prazer em ler e que isto se torne uma rede que envolva o maior número possível de pessoas, em qualquer idade.
1.2 A LEITURA E A ESCOLA
É de consenso geral a responsabilidade da escola no desenvolvimento da aprendizagem, sabemos também que cabe a escola auxiliar na formação de leitores tarefa esta que começa desde bem cedo, na verdade quanto antes melhor. Por isso é necessário estabelecermos uma relação entre o ato de educar e o ato de ler, as escolas muitas vezes se preocupam apenas com os conteúdos a serem ensinados e deixam de tentar construir em seus alunos o habito de leitura.
Tornar o individuo hábil no processo de ler e escrever, a fim de desempenhar determinados papéis na sociedade, tem sido a função da escola; tarefa que lhe confere, desde sua criação, uma importância especial, um status muito maior que o de outras instituições. (MAIA; 2007, p.30)
A escola é o local aonde o indivíduo vai para adquirir conhecimentos, mas todas as necessidades intelectuais estão sendo supridas? Como o nosso tema é a leitura vamos nos manter neste tópico, a escola esta propiciando um ambiente adequado para a formação de leitores, esta incentivando a leitura de alguma forma?Segundo Silva (1997 p.91) “... um dos objetivos básicos da escola é o de formar o leitor crítico da cultura– cultura esta encarnada em qualquer tipo de linguagem, verbal e/ou não-verbal.” A escola é responsável por disseminar a cultura entre seus alunos, para que aja valorização e respeito da mesma, e para que as crianças cresçam enxergando o meio em quevivem de forma real e não camuflada, desenvolvendo assim seu senso critico.
É, pois, principalmente no âmbito da escola que as expressões “aprender a ler” e “ler para aprender” ganham o seu significado primeiro, apontando, inclusive, os efeitos que devem ser conseguidos pelo trabalho pedagógico na área de formação e preparo de leitores. (SILVA; 1997, p. 91)
Como diz o autor a leitura é a base da educação, e é na escola que esse conceito e apresentado ao aluno, é onde muitas vezes a criança vai ter seu primeiro contato com o livro. É, portanto importante que esse encontro aconteça de forma prazerosa e especial para acriança, pois além de entender que ela precisa ler para facilitar seu aprendizado é importante também que ache divertido ler, como se estivesse participando de uma brincadeira, uma aventura.
Algumas pesquisas revelam que o currículo de leitura nas escolas se apresenta desorganizado, isto é, sem sequenciação das obras a serem oferecidas aos alunos. A ausência de critérios para a seleção de textos geralmente resulta no “desgosto pela leitura”. (SILVA; 1997, p.67)
Por isso a responsabilidade da escola é tão grande, a leitura a longo prazo deve levar o leitor a desenvolver seu senso critico, transformá-lo em um ser pensante capaz de atuar de forma efetiva no seu meio social. Se a escola busca formar cidadãos pensantes e atuantes, então deve investir na formação de leitores, há começar com um melhor método de ensino e incentivo à leitura.
A leitura escolar na maioria das vezes é encaminhada de forma acrítica e ilegítima. A começar pela inexistência de bibliotecas e bibliotecários escolares, ainda enfrentamos problemas relacionados com o preparo profissional dos professores para o ensino e orientação da leitura. Nesses termos, o planejamento da leitura, quando é pensado pelos educadores, segue a linha do casuísmo, da não-seqüenciação, da não-integração – resulta que no ambiente da escola o valor do estímulo sócio-cultural “livro” perde em qualidade, transformando-se em algo aversivo, “chato” ou “que não leva a nada”. Acho até que, em vista das circunstâncias em que se encontra o nosso magistério, o próprio professor foi obrigado a enquadrar-se na categoria dos não leitores...(SILVA;1997, p.93)
Sabemos que muitos são os problemas que as escolas enfrentam quanto ao estimulo de ler, mas dentre todos, o mais grave ainda e o educador, mesmo que todos os outros problemas fossem resolvidos, ainda seria necessária a presença de educadores leitores, que realmente gostassem de ler e que fossem capacitados a passar tal pratica para seus alunos. Portanto vemos que o principal, mas não o único, foco das escolas deve ser a formação e capacitação dos profissionais, eles devem realmente estar aptos a atuar como professores e incentivadores.
1.2.1 O Papel da Escola na Formação de leitores
O gosto pela leitura começa antes mesmo de aprender a ler, nas histórias contadas em casa ou na escola, nos contos de fadas e nas fábulas, isto é visível quando a criança cresce em ambiente leitor, seja pelos pais ou avós. Pessoas que não são leitoras ficam perdidas na sua escrita. Os pais têm papel fundamental na formação desses leitores.
A criança que tem em casa um ambiente leitor, ou seja, um ambiente onde sempre há revistas, jornais, livros, já é um leitor, pois a criança tende a imitar atitudes dos adultos, é certo que se vêem os pais lendo também vão procurar algo para ler. Mas aquele que não tem acesso a nenhum tipo de material não conhece, ou às vezes, nunca viu um jornal, uma revista ou um livro. Como fazer essa criança desenvolver o gosto pela leitura e levá-lo a ter acesso a livros. Cabe a escola levar o aluno, principalmente os que não têm acesso a leitura, a descobriu o gosto pela mesma e a magia que um livro oferece.
“Ler é fazer amor com as palavras. E essa transa literária se inicia antes sem que as crianças saibam os nomes das letras. Sem saber ler, elas já são sensíveis a beleza.” (ALVES, 2002)
A leitura contribui significativa para a formação do educando, influenciando-o nas diversas formas de se encarar a vida. E é través da leitura que a criança entra em contato com o mundo desconhecido, faz novas experiências, vigia por lugares que só é possível através de imaginação, ampliando assim, sua capacidade.
Para formar bons leitores, faz-se importante que a escola conte com profissionais que gostem de ler. Segundo Frantz (2001):
O ponto de partida é sempre o professor-leitor, com um conhecimento amplo do acervo da literatura infantil disponível, que através do seu testemunho de amor pelo livro possa ajudar seu aluno e também estabeleça laços afetivos com a leitura. (FRANTZ, 2001, p. 15).
Segundo o autor no caso de professores que não gostam de ler fica complicado formar alunos leitores, o professor no assunto leitura precisa ir além, buscando maneiras diversificadas para trabalhar o incentivo da leitura, é fato que quanto mais o professor ler, mas conhecimento ele adquire e com isso passa para seus alunos fazendo com que eles sintam vontade de ler e assim vai melhorando seu trabalho dentro da sala de aula.
A leitura não pode ser vista como uma obrigação para estudo, e sim como forma prazerosa no dia-a-dia da criança. Segundo Charmux, 1994; p67:
A leitura tornou-se hoje, portanto uma ferramenta indispensável à vida em sociedade, mesmo que não levemos em conta qualquer preocupação cultural (...) mesmo havendo outras formas de acesso ao patrimônio cultural graças às técnicas audiovisuais, ler continua sendo a ferramenta privilegiada de enriquecimento pessoal (...)
Contudo na realidade devemos refletir sobre a formação do leitor e a importância da escolar no papel de formar bons leitores.
A escola tem o papel de fazer com que o aluno descubra o prazer pela leitura, observando o quanto ela é essencial em sua vida, tanto profissional quanto pessoa, pois através dela o indivíduo tem uma visão mais ampla do mundo que o cerca, assim se tornando um cidadão crítico, participativo e acima de tudo um cidadão leitor.Lajolo afirma que:
Se algumas metodologias e estratégias propostas para o desenvolvimento da leitura parecem enganosas por trilharem caminhos equivocados, o engano instaurou-se no meio do caminho, a partir do diagnóstico do declínio ou da inexistência do hábito de leitura entre os jovens. (LAJOLO, 1993; p.107)
Segundo a autora, o educador sem dúvida, tem a responsabilidade pela busca de novos métodos e estratégias de leitura que melhor adapta aos educados, tornando-se assim bons leitores.
Para que aconteça o gosto pela leitura, caberá a escola ter o compromisso, e mobilizar os educandos dentro do convívio escolar, pois aprender a ler requer esforços, pois a leitura ao mesmo tempo que é interessante se torna desafiadora. Por isso quando a criança é inserida na escola, é importante ressaltar, que o professor realize atividades em que possa contar com a participação da família, pois ela é indispensável.
Sendo assim, o docente deve ser um leitor efetivo e ter, claro, admiração pela leitura, pois só assim facilitará que os educandos despertem o gosto pela mesma, formando-se assim, verdadeiros leitores.
1.3 A BIBLIOTECA, A ESCOLA E A CRIANÇA
A leitura é vista como um desafio dentro da escola, sendo que a escola tem a oportunidade de desenvolver hábitos de leitura, e para atingir essa competência é obrigação de todos os professores em diferentes áreas de ensino, trabalhar para formar leitores, porque a leitura é um processo no qual o professor precisa ser leitor, escritor e realizar um trabalho ativo e contínuo de construção, que envolve criatividade, interação e reflexão, buscando superar as diferenças e exclusão social que atinge tantos alunos. É fundamental que o educador goste de ler e demonstre isso para seus alunos, pois a leitura é a matéria-prima para se escrever bem.
Nesse sentido é interessante a escola contar com uma boa biblioteca, pois é dento dela e meio a todos os livros que um mundo diferente é descoberto pelos nossos alunos, sendo um ambiente agradável e bem organizado, onde ascrianças se sentirá estimulada a ler, pesquisar, ampliando cada vez mais seus conhecimentos.
Para Borba (2000) “a biblioteca escolar é, no sistema educativo, indispensável para o desenvolvimento curricular e como tal deve responder de forma satisfatória e eficiente seus serviços a comunidade na qual está inserida”, como podemos perceber a biblioteca escolar é de suma importância dentro da escola, pois nela, os alunos podem realizar atividades e assim vão enriquecendo seu conhecimento em cada disciplina, mas muitas das vezes a biblioteca deixa a desejar pelo motivo de não ter um profissional qualificado para instruir os alunos em suas dificuldades, ou isso acontece devido a falta de recursos.
A biblioteca é vista muitas das vezes como um lugar em que são armazenados livros para leitura, um lugar destinado a alunos considerados indisciplinados, ou ainda, de disseminação da informação., Por um elemento que executa tarefas meramente técnicas e a sua formação pedagógica, cultural e social é deixada de lado (AMATO e GARCIA, 1998, p. 13).
Isso nos mostra que muitos educadores enxergam a biblioteca como um depósito de livro sem nenhuma utilidade, sendo que pode ser ela uma das maiores incentivadoras no que diz respeito a leitura, pois para muitos alunos é nela que eles têm o primeiro contato com o livro. O educador é um dos grandes responsáveis em conduzir o aluno, mostrando a ele a importância de freqüentara biblioteca para o enriquecimento de si próprio.
A biblioteca sendo indispensável para o ensino aprendizagem, é um espaço de livre acesso e deve estar sempre preparada para receber seus alunos, sendo bem estruturado e tendo um profissional qualificado, trabalhando de forma dinâmica e criativa, certamente terá resultados satisfatório diante de seus objetivos. 
Para Fioravante (2007) “quando existe um bibliotecário atuando na escola, a concepção crítica deste espaço passa a ser mais aguçada”, percebemos que a presença do bibliotecário é indispensável no trabalho de formação dos alunos como leitores.
Infelizmente nem todas as escolas possuem uma biblioteca adequada, mas nem por isso precisa deixar de pesquisar. Existem muitas formas de desenvolver hábitos de leitura no aluno, cabe ao educador trabalhar métodos e estratégias que despertará nos alunos o desejo e o interesse de conhecer e ler um bom livro, mesmo sem a presença da biblioteca, o educador pode trabalhar com seus alunos o cantinho da leitura, elaborar projetos que envolvem a leitura, família, pois o incentivo da família é fundamental na formação de seus filhos como futuros leitores. Para Leite (1999) “[...] a família desempenha papel preponderante no processo de formação de leitores, pois seus membros [...] são os primeiros incentivadores da criança”.
Entre esses métodos citados existem muitos outros, que pode ser trabalhado e aplicado na falta da biblioteca, sendo assim é importante que a escola, juntamente com todos os profissionais atuantes na área, trabalhe para formar leitores competentes capazes de apresentar soluções para o seu cotidiano por meio da leitura.
1.4 LEITURA CRÍTICA
A leitura critica é condição para a educação libertadora, é condição para a verdadeira ação cultural que deve ser implementada junto a todas instituições voltadas à disseminação da cultura. A explicitação desse tipo de leitura, que está longe de ser mecânica, ou seja, não geradora de significados, é feita através de caracterização do conjunto de exigências com o qual o leitor crítico se defronta, quando sua consciência estabelece projetos de leitura.(SILVA;1997,p.112)
O ensino da leitura deve visar não apenas a facilitação da aprendizagem do educando, mas também a formação de uma pessoa com consciência crítica, um cidadão capaz de entender a realidade que o cerca, e de opinar e participar de forma efetiva da mesma.
Mas não podemos esquecer que este tipo de leitura, critica reflexiva, tem todo um caráter político, que existe ainda uma certa resistência por parte dos dominantes de nosso país, afinal o que eles desejam não é uma sociedade letrada e critica, capaz de formular idéias e ideais, e de lutar por eles. É como diz Silva (1997) “ A raridade de leitura e, portanto, de leitores na sociedade brasileira é um mero reflexo de uma política “caolha”, que domestica os homens e impede o exercício da consciência e da razão”.
O que não podemos negar é a falta de um projeto de incentivo à leitura que seja revolucionário e realmente movimente o nosso país, aumentando o interesse dos brasileiros pelos livros e consequentemente o número de leitores. “Para fazer a sociedade nova, precisamos também de trabalhar, precisamos de transformar a sociedade velha que ainda temos”. Freire (1998).
Um dos efeitos da leitura é o aprimoramento da linguagem, da expressão, nos níveis individual e coletivo. Uma sociedade que se sabe expressar, sabe dizer o que quer, é menos manobrável. (...) Mas essa liberdade, traduzida em responsabilidade, não interessa, nunca interessou aos governos; aqui sempre se achou melhor decidir pelo povo, escolher para ele os caminhos e os precipícios. (SILVA; 1997,p.94)
O autor denuncia a falta de interesse por parte de nosso governo em investir em uma sociedade letrada, pois estes seriam mais difíceis de manobrar, seriam capazes de decidir o que querem e o que não querem, o que realmente seria bom para eles, e o que seria bom apenas para os governantes, resumindo seriam donos de seus destinos e conscientes disto.
Há um trecho de uma reflexão feita por Demerval Saviani, que eu acho fundamental para esta nossa discussão. Ele afirma o seguinte: “(...) o domínio da cultura constitui instrumento indispensável para a participação política das massas. Se os membros das camadas populares não dominam os conteúdos culturais, eles não podem fazer valer os seus interesses, porque ficam desarmados contra os dominadores, que se utilizam exatamente desses conteúdos culturais para legitimar e consolidar a sua dominação. (...) o dominado não se liberta se ele não vier a dominar aquilo que os dominantes dominam. (SILVA;1997, p. 61)
O autor deixa claro que as classes dominantes usam “nossa ignorância” para nos dominar, mas se a classe dominada passar a adquirir conhecimentos, então se tornará forte, e não será subjugada, pois terá condições de se fazer ouvir, de contestar e de exigir que seus direitos enquanto cidadãos sejam cumpridos. Como vimos à educação e o conhecimento são armas muito forte, capazes de libertar toda uma sociedade. E tudo isto pode ter inicio nas escolas, através do incentivo dos professores, e do interesse de seus alunos.
Eu diria que os alunos de hoje questionam pouco. Isto porque a nossa sociedade e, portanto, a nossa escola efetivamente não incentivam o trabalho de questionamento – imagine o risco que o poder dominante correria, caso tivéssemos uma escola questionadora, formando seres pensantes e contestadores. (SILVA;1997,p.149) 
Silva reafirma o importante papel da escola na melhoria de nossa sociedade, a importância de incentivar e cultivar o aprendizado significativo em nossas crianças. Não podemos esquecer o quando a leitura pode facilitar e auxiliar esse aprendizado, as crianças que tem o hábito de ler se desenvolvem melhor e têm mais chances de se tornar pessoas criticas e capazes de reflexão. “Hoje estou mais do que convencido de que ler, por si só, não resolve e nem muda nada. É preciso ler e fazer – ler a realidade e fazer o acontecimento, mudar as circunstâncias: plantar ações que deixem resíduos na história e na vida das pessoas”.
A leitura deve ser encarada por todos nós como uma arma, um meio de transformação e mudanças, um trunfo que deve estar ao alcance de todos, sejam adultos ou crianças. Temos que ter em mente que só poderemos exercer alguma mudança no mundo, fazer alguma diferença, se antes mudarmos a nos mesmos.
2 A LEITURA E O IMAGINÁRIO INFANTIL
“Era uma vez num reino distante...?” – esta é a senha, a formula mágica que descerra ao leitor ou ao ouvinte as portas de outro mundo, um mundo ambíguo, que atrai e atemoriza.A partir das palavras de encantamento dessa fórmula de abertura, as relações com o real e o plausível são rompidas, e tudo que acontece no plano das ações, por mais extraordinário que pareça, torna-se acreditável: os animais falam, os desejos se realizam, abóboras se transformam em carruagens, uma casa feita de doces se ergue na mata, um sapo asqueroso vira um belo príncipe. (SILVA; 2009, p.69)
O primeiro contato das crianças com os livros geralmente é através das histórias infantis, dos contos de fadas, histórias de piratas, príncipes e princesas. Essas histórias fantásticas envolvem a criança e fazem com que elas se sintam dentro da história, desejando ser algum personagem ou se identificando com eles. Elas associam a história ao seu real, aos seus problemas e medos.
Segundo Abramovich, a perenidade dos contos de fadas justifica-se porque as histórias apontam para o fantástico, revelam o maravilhoso, “um universo que detona a fantasia, partindo sempre duma situação real, concreta, lidando com emoções que qualquer criança já viveu.” (ABRAMOVICH; 1989, p.120)
Os contos de fadas, despertam as fantasias das crianças, envolvem seus desejos e emoções, são livros que têm a capacidade de encantar e emocionar seus pequenos leitores, são uma ótima maneira de despertar e cultivar o imaginário das crianças.
O papel do fantástico não é, de maneira alguma, dar à criança receitas de saber e de ação, por mais exatas que sejam. A literatura fantástica e poética é, antes de tudo indissociavelmente, fonte de maravilhamento e dereflexão pessoal, fonte de espírito crítico, porque toda descoberta de beleza nos torna exigentes e, pois, mais críticos diante do mundo. E porque quebra clichês e estereótipos, porque é essa recriação que desbloqueia e fertiliza o imaginário pessoal do leitor, é que é indispensável para a construção de uma criança que, amanhã, saiba inventar o homem. (HELD; 1980, p.234)
Através dos contos de fada, a criança irá desenvolver seu senso crítico, sua capacidade reflexiva e seu imaginário. Segundo Eça de Queirós, “A ilusão é tão útil como a certeza; e na formação de todo espírito, para que ele seja completo, devem entrar tanto os contos de fadas como os problemas de Euclides.”(Silva; 2009,p.68).
Como diz o autor o conto de fadas é útil para o desenvolvimento da criança, é necessário que ela passe por todas as fases no processo da leitura, e esta leitura irá colocá-la, de forma lúdica, frente às realidades existentes na vida. 
Esta é exatamente a mensagem que os contos de fadas transmitem à criança de forma múltipla: que uma luta contra dificuldades graves na vida é inevitável, é parte intrínseca da existência humana – mas que se a pessoa não se intimida, mas se defronta de modo firme com as opressões inesperadas e muitas vezes injustas, ela dominará todos os obstáculos e, ao fim emergirá vitoriosa.(BETTELHEIM;1980, p.14)
Problemas fazem parte da vida, e é importante que as crianças entendam isso desde cedo, e através dos contos de fada esse aprendizado vai acontecendo aos poucos de maneira lúdica e suave, não traumatizando as crianças e nem atropelando fazes, na leitura ou na vida.
2.1 REFLEXÕES A CERCA DO TRABALHO DE INCENTIVO DA LEITURA.
O incentivo a leitura é algo que deve ser constante e ter início antes mesmos que as crianças aprendam a falar, ou seja, ainda enquanto bebe. Segundo EVANGELISTA (1993) “A família é a base para o trabalho educacional e consequentemente da leitura, pois no ambiente familiar à leitura é vista e apresentada de diversos modos.”
Se os filhos vêem em algum momento seus pais lendo um livro, um jornal, uma revista que seja, é muito provável que eles busquem entender o que os pais estão fazendo, e até mesmo imitar, fazer o mesmo.
Em determinados casos a família percebe que a “leitura” é importante para os filhos, pois trará melhores condições de vida, ou seja, com “estudo” a situação socioeconômica de seus filhos será melhor que a deles (Evangelista, 1993; p.246)
O ato de ler faz parte de um processo de interação, a leitura é um constante centro de informação e vai servir como sustentação para toda a vida escolar e social da criança, é também de grande valia para sua formação pessoal. Em muitos casos existe um desejo por parte das famílias para que seus filhos estudem e conquistem uma situação financeira melhor que a deles.Desta forma, a leitura torna-se um processo de ligação entre leitor e o texto e este processo é necessário para ajudar a desenvolver o intelecto como também os sentimentos e as emoções.
Se a leitura tem mais mistérios e sutilezas do que a mera decodificação de palavras escritas tem também um lado de simplicidade que letrados não se preocupam muito em revelar (Martins, 1994, p. 36)
O processo de leitura pode ser trabalhado através do meio em que o educando vive, pode se incentivar e aguçar sua curiosidade usando textos do seu interesse e que tenham a ver com sua realidade, textos e histórias que envolvam coisas que eles conhecem.
A criança vai utilizar palavras simples de seu vocabulário, e a leitura decodificada em que o educando primeiramente decodifica os símbolos escritos. È uma leitura superficial que apesar de incompleta, é essencial fazê-la mais de uma vez num mesmo texto.
Uma das prioridades da escola é dar oportunidade ao educando para o aprendizado da leitura e escrita,pois ambas estão interligadas. Para Barbosa (1994; p142) “O que realmente importa é que a criança progrida na leitura e encontre prazer e sentido – nos múltiplos contados com a língua escrita”. Assim deverá priorizar todos os instrumentos e dispor de condições para que o educando, esteja em contato com livros colocando a sua disposição materiais de leitura de fontes diversificadas.
Sabe-se que a leitura é de fundamental importância para o aprendizado em todos os conteúdos escolares. Portanto, para que o sucesso escolar venha a acontecer, se faz necessário o domínio dessa habilidade, resguardando ainda outros fatores que interferem na aprendizagem, tais como o interesse do professor, os recursos, metodologias e a própria didática do professor. Barbosa (1994; p.141) afirma que “a escola deve se organizar em função de um novo processo de aprendizagem”. A leitura assume importante papel decisivo para o domínio eficaz para habilidades de estudo.
No processo da leitura sempre se deve levar em consideração o conhecimento prévio do educando, uma vez que ele precisa estabelecer uma ligação entre o que ele conhece em cotidiano, e o que vai adquirindo de conhecimento, que vai sendo construído no processo de ensino aprendizagem.
Determinar o sentido real do texto é ler com compreensão, partindo da interpretação do que realmente o texto quer mostrar, Segundo Silva (2002),
Compreender-se na mensagem eis aí os três propósitos fundamentais da leitura que em muito ultrapassam quaisquer aspectos utilitários ou meramente “livrecos”, da comunicação leitor-texto. Ler é, em ultima instancia, não só uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada escrita e passa a compreender-se no mundo. (SILVA, 2002, p45)
A leitura faz com que o educando aprenda novas culturas, adquira valores, estabeleça novas formas de pensar e ajuda na imaginação,além de despertar o gosto para novas leituras. É importante que o professor esteja atento para verificar se o aluno esta realmente entendendo o que esta sendo lido, pode sugerir que eles anotem as palavras desconhecidas para achar um sinônimo, passo importante para que a próxima etapa da leitura seja alcançada, a real compreensão do que foi lido. Estas são importantes pois a criança poderá desenvolver o hábito de leitura através da vivência, da interação e do estimulo presenciado no dia-a-dia.
Ler é, sobretudo uma atividade prazerosa e quando ensina-se a ler deve-se levar isso em conta. Juntos crianças e professores, devem estar motivados para aprender e ensinar a ler. “Este é um esforço que deve começar na pré-escola, intensificar-se no período da alfabetização e continuarsem jamais parar.” (Freire, 2001, p. 27)
Faz-se necessário um trabalho continuo de incentivo a leitura, uma vez que na maioria das vezes, os educando não vêem de famílias leitoras. Cabe então ao docente juntamente coma equipe pedagógica da instituição, desenvolver projetos para que essas crianças não percam a oportunidade de adquirir o habito de ler. Estes projetos devem ter inicio já na pré-escola, pois a leitura vai além do simples saber ler, ela também deve ser um meio de diversão e prazer.
2.1.1 Como Estimular O Prazer da Leitura
A qualidade da educação estão ligada a leitura, alunos que têm hábitos de ler, geralmente estão mais instruídas e informadas, dos temas diversos abordados, com tudo escrevem melhor.
Bozza (2008, p.24) diz que: Quem não ler enxerga o mundo com os olhos de outrem. Acredita no que ouve e não constrói parâmetros próprios para analisar o mundo a partir de diferentes perspectivas. Está,lastimavelmente atrelado ao físico,ao material. Deixa de usar a capacidade que mais caracteriza o ser humano a abstração.Tem dificuldade de operar na ausência do objeto. 
Diante de uma realidade, onde foge a cultura, o hábito de ler, cabem aos pais e professor orientar e buscar maneiras que incentivem a prática do hábito de ler.
O hábito pela leitura deve ser estimulado desde muito cedo, sendo importante que os pais leiam para as crianças desde que estão no berço, para que assim eles possam habituar a presença dos livros. 
A partir do intenso contato que as crianças têm com o texto elas começam a elaborar hipóteses sobre leitura e escrita. Dependendo da importância que tem a leitura no meio em que elas vivem e da freqüência e a qualidade das suas interações com esse objeto de conhecimento, suas hipótese a respeito de como se lê podem evoluir mais lentamente ou mais rapidamente.(SOARES; 2000, p.11)
Ser exemplos fazer com que as crianças tenham contato com livros, que os adultos lêem. Oferecer livros e revistas relacionadas com programas que eles gostam, com figuras coloridas e que abordam os mais variados temas. 
Na escola, o professor poderá criar um espaço específico para a leitura, diretamente relacionada com o nível intelectual da turma. 
Através de figuras, desenhos, gravuras, pintura entre outras idéias, a criança poderá apresentar o conteúdo das obras lidas.
A confecção do mural em forma de jornal, onde a criança poderá expor as notícias ocorridas dentro do ambiente escolar. Segundo Bamberger (1988) é na escola que identificamos e formamos leitores...”. Daí a importância em propiciar a leitura, permitindo ao aluno se identificar de forma lúdica com o trabalho através da oportunidade em que a escola o estimule. 
Leitura-prazer, em se tratando de obra literária para crianças, é aquela capaz de provocar riso, emoção e empatia com a história,fazendo o leitor voltar mais vezes ao texto para sentir as mesmas emoções. É aquela leitura que permite ao leitor viajar no mundo do sonho, da fantasia e da imaginação e até propiciar a experiência do desgosto, uma vez que esta é também um envolvimento afetivo provocador de busca de superação(OLIVEIRA, 1996, p. 28).
Temos como grande incentivo para estimular as crianças pelo prazer da leitura as obras literárias infanto-juvenil. Para FAZENDA (1999;P.132) “como não poderia deixar de ser, o surgimento da literatura infanto-juvenil no país está basicamente entrelaçado ao modelo de educação.” Daí tal importância para que as crianças tenham acesso livre na biblioteca, e que o docente sempre coloque diante das crianças, materiais, onde possam despertar o interesse, a alegria, como fábulas, parlendas entre outros. Assim, a criança não só terá o prazer de ler como também de ouvir e contar histórias. Desenvolvendo sua oralidade.
Por isso para que possamos formar leitores fluentes é importante que professor e aluno estejam interligados, porque através dessa afinidade que nascerá a busca pelo interesse do conhecimento. 
Ninguém educa ninguém, como tampouco ninguém se educa a si mesmo: os homens se educam em comunhão, mediatizados pelo mundo, ou seja, o ato de educar, de se ensinar a ler, precisa se constituir em um pacto entre o educador e o aluno. (FREIRE,1987: 12).
Para fazer com que a criança pratique a leitura pode não ser difícil, mas exigirá grande esforço por parte do docente para que essa prática torne-se parte seu cotidiano. De acordo com Barbosa (1994), É importante, também, desenvolver no aluno a capacidade de deter-se no que é relevante e descartar o que não é, já que nem toda informação é positiva, pois assim o processo de ensino e aprendizagem torna-se mais ágil e significativo, e por outro lado torna-se um meio que possibilitará o contato do leitor com diferentes formas de vivenciar e compreender o mundo.
Quando a leitura torna-se parte do cotidiano, o aluno passa a ser não só um leitor, mas também com um leitor crítico, capaz de expor suas opiniões sobre diferentes assuntos a ser explorado tanto no meio escolar como no seu convívio.
O aprendizado da leitura é uma tarefa permanente, que se enriquece com novas habilidades à medida que se vão dominando adequadamente textos escritos cada vez mais complexos. Por esses motivos, hoje está superada aposição que limitava o aprendizado da leitura à primeira serie do ensino do ensino básico e à simples decodificação (CONDERMARIN, 1999; p. 47).
Sendo assim, o estímulo a leitura não pode cessar, deverá começar enquanto criança e durante todo decorrer da vida. Pois quando criança aprendemos a reconhecer as letras, depois interpretá-las, aí sim nos aventuramos pelo gosto e o prazer da leitura.
2.2 A LEITURA SEGUNDO ALGUNS TEÓRICOS
Vários autores escrevem sobre a importância da leitura, sobre como esta ajuda no desenvolvimento cognitivo da criança e como é essencial que se desenvolva este hábito desde cedo.
Segundo Silva (1987; p.45): Ler é, em última instância, não só uma ponte para a tomada de consciência, mas também um modo de existir no qual o indivíduo compreende e interpreta a expressão registrada pela escrita e passa a compreender-se no mundo. 
O autor nos transmite um sentido de leitura, no qual o individuo passa a compreender a realidade e entender o mundo ao seu redor, tudo através da leitura. Esta nos dá um sentido de amplidão, abre nossa mente, amplia nosso conhecimento e ainda desenvolve nosso senso critico.
Aprender a ler é assim, ampliar as possibilidades de interlocução com pessoas que jamais encontraremos frente a frente e, por interagirmos com elas, sermos capazes de compreender, criticar e avaliar seus modos de compreender o mundo, as coisas, as gentes e suas relações. Isto é ler. E escrever é ser capaz de colocar-se na posição daquele que registra suas compreensões para ser lido por outros e, portanto, com eles interagir.(GERALDI; 1996, p.70)
Geraldi destaca a interação causada pela leitura, ela nos faz viajar e conhecer outras culturas e realidades, algumas até que nem conheceríamos se não fosse através da leitura.
Foucambert (1994; p.5), já levanta a bandeira questionadora da leitura, para ele ler não é apenas passar do escrito para o oral, é muito mais que isto, é levantar questionamentos e construir respostas. “Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é.”
Segundo Manguel, existe ainda a leitura sensorial:
O leitor, ao entrar em contato com o livro, estabelece uma relação íntima, física, da qual todos os sentidos participam: os olhos colhendo as palavras na página, os ouvidos ecoando os sons que estão sendo lidos, o nariz inalando o cheiro familiar de papel, cola, tinta, papelão ou couro, o tato acariciando a página áspera ou suave, a encadernação macia ou dura, às vezes até mesmo o paladar, quando os dedos do leitor são umedecidos na língua. (MANGUEL; 1997, p.277)
O tipo de leitura descrito pelo autor é o mais prazeroso, é o que envolve todo o prazer que sentimos ao pegar um livro para ler. Mas,apesar de que a leitura deve ser algo prazeroso, não devemos vê-la apenas como divertimento ou passa tempo, a leitura deve despertar nossa conscientização e criticidade, deve nos tornar capazes de entendermos nossa realidade e cultura.
Sincera e honestamente, acredito que o exercício da leitura da palavra tem muito a ver com a conscientização e elevação do homem brasileiro, em que pese à tradição oral da nossa sociedade e a forte influência, mais recente, de outras linguagens para a circulação da cultura. E dou o seguinte testemunho: os meus discernimentos históricos mais profundos, as direções críticas da minha práxis não surgiram ou surgem somente daquilo que ouvi ou vi, mas principalmente daquilo que li. E ainda não consegui refutar as seguintes palavras: “Uma inestimável vantagem da escrita é que ela força o escritor a fazer afirmações que podem, depois, ser examinadas, analisadas e [...] avaliadas. A criticidade é, por natureza, inerente ao veículo literário.” (SILVA; 1997, p.34)
O autor destaca o poder de conscientização que a leitura pode ter, o ato de ler nos torna críticos perante nossa realidade social, a leitura é capaz de melhorar o homem, elevá-lo. É também uma forma importantíssima de conhecer e disseminar nossa cultura, aprendendo a valorizá-la. 
Não devemos encarar a leitura como algo mecânico, onde não sabemos ao final o que foi lido, a leitura deve nos transportar para outras realidades, de fantasias ou não. Deve nos abrir a mente e nos fazer crescer como seres humanos, deve ser significativa.Como diz Freire (1998; p.11) “... o ato de ler não se esgota na decodificação pura da palavra escrita ou da linguagem escrita, mas se antecipa e se alonga na inteligência do mundo”.
Ler é algo que deve ser trabalhado no sentido de nos fazer crescer, de aumentar nosso conhecimento de mundo e nossa capacidade de pensar e atuar dentro da sociedade.
3 TECENDO A METODOLOGIA
Temos visto e discutido muito no decorrer deste trabalho, sobre a importância que a escola enquanto instituição, tem no incentivo ao desenvolvimento do ato de ler, e também discutimos bastante sobre os professore, que são na instituição os promotores deste ideal, os agentes da transformação. Pois quando falamos sobre a leitura no ambiente escolar, sabemos que sem os professores, ela simplesmente não existe, é impossível. Eles são os responsáveis por cultivar este ideal e aplicar este projeto. São o mediador do saber, e por isto decidimos fazer a alguns professores da educação infantil, algumas perguntas sobre leitura. Pois ninguém melhor para nos dizer como anda o trabalho de leitura junto as crianças do que os responsáveis por este trabalho.
Maia (2007; p.19) “A justificativa para o enfoque no professor ancora-se na advertência de vários estudiosos sobre a necessidade de o professor ter domínio nessas áreas, a fim de desempenhar a função de leitor e mediador de leitura.”
3.1 ENTREVISTAS
1º- Como você aborda a leitura em sala de aula?
Professor (a) A:Em todas as disciplinas, lendo o conteúdo a ser dado. Tem o cantinho da leitura e a caixa de leitura.
Professor (a) B:A leitura pode ser abordada de varias maneiras, onde a principal fonte é a leitura dos livros didáticos, contos poesias, etc...
Professor (a) C:Na sala de aula, abordo a leitura em todas as disciplinas, mas principalmente na disciplina de português, onde aplico leitura silenciosa, individual e coletiva das atividades, produção textual, parlendas.
Professor (a) D:A leitura para mim deve ser abordada em todas as disciplinas, frequentemente tento passar para eles de forma lúdica, deixando eles escolher o livro a seu gosto e passo muito texto para ser lido em casa.
Professor (a) E:Através dos livros didáticos, gibis, literatura infantil, jornais.
Como vimos nas respostas acima há varias formas de se trabalhar a leitura na sala de aula, algumas mais tradicionais, outras de formas diferenciadas. Não nos cabe julgar qual o melhor método, nossa intenção aqui é demonstrar a real forma que a leitura está sendo trabalhada nas escolas. O que é valido ressaltar é que o que funciona para uns, pode não funcionar para outros, portanto é necessário que o educador não se acomode, e esteja sempre pronto a buscar e a melhorar. 
Para falar em literatura na escola, há que se falar primeiro em leitura e em quem a promove. Que é leitura? Como deve atuar o individuo – seja ele professor ou não – que se propõe formar novos leitores? Aparentemente, são ociosas essas perguntas, cujas respostas todos conhecemos. Contudo, com relação à leitura, podemos afirmar com certeza: há leituras e leituras. (SILVA;2009, p.33) 
2º - Quais as maiores dificuldades que você encontra no momento de trabalhar a leitura com os alunos?
Professor (a) A:A maior dificuldade é o conteúdo programático que tem que ser dado, assim não sobra muito tempo suficiente para a leitura.
Professor (a) B:A falta de interesse dos alunos, que acabam se dispersando no decorrer das leituras.
Professor (a) C:Primeiro a concentração deles para a leitura, e depois a dificuldade que encontro são com as crianças que não tem apoio da família.
Professor (a) D:Hoje os alunos são muito dispersos, temos que fazer algo bem interessante para prender a atenção deles, e muitas vezes a falta de incentivo dificulta essa aprendizagem.
Professor (a) E:Gostaria de trabalhar leitura individual e às vezes o tempo é insuficiente.
As dificuldades do cotidiano escolar são muitas, como citaram acima os professores, a falta de tempo, a desatenção, o apoio da família. Mas o professor deve buscar superar essas dificuldades, ou buscar respostas para elas, como no caso da desatenção do aluno, pode ser que a aula não esteja interessante para ele. Nesse caso o professor deve fazer o possível para mudar esta realidade.
A nossa inserção na escola revelou que, de um modo geral, as crianças demonstram-se interessadas pelos livros, e que esse interesse diminui à medida que elas passam a ter mais idade, comprovando o que muitos autores afirmam: quanto mais cedo a criança conviver com a literatura, mais garantias se tem em relação ao seu futuro como leitor. (MAIA;2007, p.60) 
3º - Você costuma dialogar com os pais buscando informações de como eles orientam os filhos na questão de incentivo à leitura?
Professor (a) A:Sim
Professor (a) B:Sim. Pois acredito que o incentivo da família no aprendizado do aluno é fundamental, tornando um grande incentivo. 
Professor (a) C:Sim e com freqüência.
Professor (a) D:Sim, sempre deixo claro pra eles que o incentivo deles em casa é fundamental.
Professor (a) E:Sim, não só dialogar trabalhamos com os pais projetos de leituras.
[...] é preciso que haja “modelos ou exemplos de leitura” no lar (visto aqui como instância primeira ou microssistema de socialização) para que a criança possa perceber e assimilar o valor e a função social do ato de ler e, movida por mecanismos como a observação, curiosidade, identificação, etc., passe a executar esse ato em sua vida.(SILVA;1997, p.88)
Segundo as respostas dadas pelos professores, todos buscam incluir a família no projeto de incentivar a leitura, todos compreendem a importância dessa participação para as crianças. Seus pais são seus exemplos, e é mais fácil elas fazerem algo que têm o costume de vê-los fazendo, ou pelo menos algo que eles as incentivem a fazer.
4º - Em sua opinião qual a diferença entre leitura e contação de história?
Professor(a) A: Na contação de história o educador tem a oportunidade de resgatar a tradição oral de narrar historias, narrativas popular, lendas ou contos de fadas conservadas. Que vai passando de geração em geração.A leitura nos ajuda a fazer relações? É um movimento de interação das pessoas com o mundo e delas entre si. E possibilitam uma percepção do mundo.
Professor(a) B: A contação de história é aquela que você narra a história de acordo com o que está escrito. E a leitura é feita de modo que o individuo conheça o mundo se interagindo com ele.
Professor(a) C:Contação de história é fazer entonação de vozes, vivenciando a história, trazendo-a mais próximada imaginação dos alunos. Leitura é quando se lê para os alunos de maneira mais sistematizada.
Professor(a) D: Não respondeu esta questão.
Professor(a) E: Uma é lida e a outra contada, a lida dá mais incentivo a leitura, prefiro sempre ler história.
Acredito que os dois métodos são validos e podem ser utilizados, existe o momento de ler, de forma individual ou para um grupo, e existe o momento de ouvir uma história, de viajar na imaginação. Segundo Corsino (2010; p.195) “As crianças gostam de ouvir histórias e também de contar.” Então cabe ao educador decidir de que forma vai trabalhar e quando, de acordo com as necessidades de seus alunos.
5º - Na sua escola tem um espaço para a leitura? Qual a importância dele dentro da escola?
Professor (a) A:A leitura é importante para a vida e formação de leitores e cidadãos críticos, bem como a prática de ensino e deve ser desenvolvida desde cedo e, primordialmente no âmbito escolar.
Professor (a) B: Sim. O espaço para a leitura é muito importante, pois o aluno tem um ambiente adequado o que contribui para o seu desenvolvimento escolar enquanto cidadão.
Professor (a) C: Não, adequado não, mas é fundamental esse espaço para a criança poder interagir com a leitura e seu espaço de leitura (momento de relaxamento).
Professor (a) D: Não fixo, mas sempre crio ambientes agradáveis, fazendo com que prenda a atenção deles.
Professor (a) E: Na minha escola não tem biblioteca mas agente improvisa cantinho de leitura, gibiteca, e projetos como maletas viajantes. 
O fato de uma escola não ter uma biblioteca, ou um local próprio e adequado para a leitura, não quer dizer que por isso o professor não possa trabalhar a leitura com seus alunos, cabe ao educador descobrir meios e métodos para que possa superar a dificuldade imposta pela falta de recurso, para isso basta que coloque sua criatividade para funcionar, com o intuito de encantar seus alunos. Um exemplo de que isto é possível é o depoimento de Hosana M. M. Rodrigues, aluna de Pedagogia: 
O espaço, lembro-me apenas de um, era especial: o gramado atrás da sala de aula, em que eu estudava. Uma vez por semana a professora contava uma história lá, e eu aguardava ansiosa por este momento, pois sabia que ia conhecer outra história. Minha professora da segunda série foi muito importante, pois tinha um jeito muito especial de contar, de emocionar, causar suspense, medo... e tudo aquilo era espetacular. Eu ficava a pensar como podia uma história causar tanto efeito. Só anos mais tarde é que compreendi.(VIEIRA e FERNANDES; 2010, p.108)
6º - Deixe uma mensagem
Professo (a) A:“Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.” Paulo Freire
Professo (a) B: A vocês futuros educadores:
Educar é uma grande responsabilidade. É necessário amor, dedicação, paciência, para que se faça da profissão algo prazeroso.
Professor(a) C: Fico feliz em poder contribuir para sua formação acadêmica. Que vocês possam ser mais umas profissionais que venham fazer a diferença na educação. Sucesso e Boa Sorte!
Professor(a) D: “Um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem a serenidade para se esvaziar a sensibilidade para aprender.” (Augusto Cury)
Professor (a) E: O segredo para chegar a vitoria é a persistência.
3.2 SUGESTÕES METODOLOGICAS PARA O USO DA LEITURA
O educador deve trabalhar suas metodologias de ensino de maneira que atenda as necessidades de todos seus alunos, levando em conta as particularidades de cada um, suas aptidões e dificuldades e as diferentes maneiras de aprender, seus alunos são todos diferentes cada qual tem sua maneira e tempo para aprender, o importante e descobrir qual a melhor forma de ensinar cada um deles.
Como diz Silva (1997; p.41): “Com raras exceções, as investigações sobre o processo da leitura, [...] apenas serviram para constatar o óbvio, ou seja, que os estudantes estão lendo cada vez menos e que os seus interesses não são atendidos no âmbito da escola.”
É importante que a escola juntamente com todo o corpo docente passe para seus alunos um ensino eficaz e de qualidade, e isto logicamente inclui a leitura. Mas qual a melhor forma de se trabalhar a leitura na escola. 
Primeiramente devemos contar com profissionais preparados, que gostem de ler e estejam motivados a passar esse gosto aos alunos. Do contrário como diz Silva(1997; p.67), “As circunstâncias agem no sentido de transformar os educadores em não-leitores, o que gera drásticas conseqüências ao nível pedagógico.” 
 A escola deve também dispor de uma biblioteca bem equipada, e projetos que visem disseminar o hábito de ler entre seus alunos. 
Para Silva,[...] os objetos de leitura, principalmente o livro, passam por um processo de “obscurecimento intencional”. Mas especificamente as circunstâncias que deveriam promover o livro [...] tornam-se cada vez mais drásticas, fazendo com que o acesso fique cada vez mais difícil. (SILVA; 1997; p.99)
Um método que pode despertar o interesse no aluno, seria trabalhar leituras que envolvam sua realidade, que tenham a ver com eles. Criar ambientes próprios para a leitura, que despertem curiosidade na criança e desejo de ler, ouvir a opinião delas acerca do tipo de livro que gostariam de ler, levá-los a biblioteca pelo menos uma vez na semana e incentivá-los a levar um livro para casa e ler com os pais, é importante que a família participe desse movimento. 
O professor deve estar atento para que seus esforços no incentivo da leitura não caiam na rotina e virem uma coisa maçante, para isto é importante estar sempre atento as reações e opiniões das crianças, se o professor parar para ouvir o que eles tem a dizer sobre o assunto e sobre a escolha dos livros, os alunos vão apreciar mais o momento da leitura. 
Outro ponto importante é quanto à interpretação da história, a criança deve ter a liberdade de fazer sua própria interpretação, e não ser levada a concordar com o que o professor acha certo, afinal queremos alunos capazes de pensar por si próprios.
É importante também variar o tipo de texto lido, se nos ativermos em apenas um molde a leitura não vai avançar, é importante que as crianças conheçam o maior número possível de tipos de textos e histórias.
A escola que a literatura apresenta hoje ao leitor propõe-se a constituir um espaço de aprendizagem completa, onde se estudam os conteúdos curriculares, onde se tem a preocupação com a memória cultural, onde se cultivam os valores humanísticos – onde se aprende a ser um verdadeiro cidadão. Nessa escola, os planejamentos podem ser alterados quando uma situação nova se apresenta [...]. (SILVA; 2009, p.31)
Esta é a escola que gostaríamos que nosso pais possuísse, em todos os seus estados, este não é um sonho impossível, mas muito difícil de se alcançar, devemos nos empenhar em uma luta constante para que este projeto seja alcançado, e a educação em nosso país melhore.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como objetivo analisar a leitura e suas modalidades nas séries iniciais do ensino fundamental. E, assim, analisar o desenvolvimento das crianças e seu relacionamento com a leitura, tanto na escola, quanto antes de seu ingresso nesta. Aprender a ler significa dar sentido a algo, neste caso os símbolos escritos (letras). Diante deste contexto, o trabalho proposto, objetivo incentivar a leitura de forma criativa, contribuindo para a formação da criança, incitar o contato com a biblioteca e os livros, promovendo a leitura e a contagem de historias entre as crianças, visando despertar o gosto pele leitura e ampliar o público leitor.
E ainda, estimular o gosto e o interesse pela leitura como fonte de informação e recreação; familiarizar o público infantil com a biblioteca e com os livros infantis; estimular o prazer da leitura através de dramatização e outras atividades lúdicas; Influenciar a criança a ler e levar os livros para casa, com o objetivo de compartilhar a leitura com a família;
Nos inspiramos nos pensamentos de alguns teóricos como, Freire, Silva, Maia, Nunes e muitos outros. Pudemos analisarque o processo de aprendizagem está vinculado com a história de cada indivíduo, e o ser humano aprende mais facilmente quando tem um exemplo, e quanto o aprendizado tem significado para ele. Deve também ser levado em conta seu conhecimento anterior, através de imagens, palavras e fatos que estão em sua memória.
Verificamos no decorrer deste trabalho que a literatura, não está sendo explorada como deveria nas escolas. E o motivo por que isto acontece se da pela falta de preparo dos professores, ou por eles também não terem o habito de ler, por falta de projetos envolvendo a leitura nas escolas e também por falta de incentivo dos familiares. 
Pudemos constatar, no entanto, que este trabalho abordou de forma extrínseca as bibliografias de autores que estudaram e nos privilegiaram com assuntos riquíssimos que nos remete a este processo complexo, que necessita do aprimoramento também dos professores, da escola e de seus familiares.
Este trabalho foi de grande importância para nós, pois nos aproximou mais de uma realidade que precisa ser mudada, de algo que é extremamente importante que seja desenvolvido na área da educação e que esta sendo deixada de lado.
Nos fez ver como é importante que ao ingressarmos em uma sala de aula, estejamos apitos para trabalhar de forma a beneficiar o aluno cognitivamente, e se isto inclui gostar de ler e saber incentivar a leitura, então que assim seja.
A questão agora é, será que vamos colocar em pratica o que vimos aqui, será que os professores estão prontos para uma mudança de atitude? Será que você futuro professor esta ciente da importância e responsabilidade de seus atos, perante seus alunos? Esperamos que sim.
Como nosso objetivo maior era demonstrar a importância da leitura, e as falhas mais freqüentes em seu ensino, acreditamos que nosso objetivo foi alcançado de forma satisfatória.
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