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Relatório 4 - Identificação de Streptococcus

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Universidade Federal de Goiás
 Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública
Departamento de biociências e tecnologia (debiotec) 
 ________________________________________________________
RELATÓRIO 4
AULA: Identificação de Streptococcus
DISCIPLINA: Bacteriologia Humana
DATA: 29/09/2020 Turma: B01
ACADÊMICA: Vitória Carreiro de França Teixeira - 201801439
1. INTRODUÇÃO
As bactérias da família Streptococcaceae e gênero Streptococcus contam mais de 20 espécies, sendo um grupo heterogêneo, existindo dentre elas, bactérias patogênicas e comensais. São células esféricas (cocos), gram-positivas, medindo 0,6 - 1,0 micrômetro, agrupadas formando pares ou cadeias (principalmente diplococos), de forma que se dividem em um único plano (vertical ou horizontal). São imóveis, anaeróbios facultativos ou microaeróbios e homofermentadores, tendo como único produto de fermentação o ácido lático (composto de interesse alimentício em laticínios), além de serem mesófilos e não possuírem capacidade de esporulação (MURRAY, 2013).
Os estafilococos são fastidiosos, ou seja, possuem exigências nutricionais e de incubação in vitro. São catalase-negativa e oxidase-negativa. Entretanto, pode apresentar os três perfis hemolíticos: alfa-hemólise (hemólise parcial com liberação de biliverdina, os exemplos são S. pneumoniae e S. viridans), beta-hemólise (destruição completa das hemácias, um exemplo é a S. pyogenes) e gama-hemólise (não hemolíticos, não possuem hemolisinas). O reconhecimento de antígenos tem grande importância clínica neste grupo de bactérias, sendo classificadas de acordo com os grupos de Lancefield. (MURRAY, 2013).
2. OBJETIVOS
Entender o procedimento de cultura e provas de identificação do gênero Streptococcus, assim como seus possíveis resultados e desfechos diagnósticos.
3. METODOLOGIA 
É realizada a inoculação da amostra coletada em ágar sangue, feita picotagem para proporcionar ambiente microaerófilo e posterior inoculação por 24h - 48h a 37 ºC. Dessa forma, o primeiro aspecto que pode ser observado após a formação de colônias é o perfil hemolítico da espécie estudada. Assim, o próximo teste realizado é prova da catalase, que consiste na administração de uma gota de peróxido de hidrogênio sobre lâmina contendo colônia isolada (BARBOSA et al., 2020).
Em seguida, com base no perfil hemolítico apresentado são feitos testes de susceptibilidade aos antibióticos, sendo estes capazes de deduzir a espécie em questão. No caso de apresentação de perfil beta-hemolítico, realiza-se teste de sensibilidade a bacitracina, aplicando um disco do antibiótico em ágar sangue e cultivando a bactéria isolada neste meio pelo período de uma noite a 35ºC sem presença de CO2. Já no caso de perfil alfa-hemolítico, faz se o teste de sensibilidade à optoquina, também com uso do cultivo em ágar sangue e aplicação do disco do antibiótico, com incubação a 35ºC em tensão aumentada de CO2 (BARBOSA et al., 2020). 
4. RESULTADOS
O perfil hemolítico será observado após a incubação em ágar sangue, podendo ser observada: deposição de pigmento esverdeado ao redor das colônias, quando se tratar de alfa-hemólise; formação de alo claro amarelado ao redor das colônias, em caso de beta-hemólise; ou nenhuma alteração no meio, quando se tratar de gama-hemólise. O teste da catalase deverá ser negativo, ou seja, sem a formação de bolhas esbranquiçadas (BARBOSA et al., 2020). 
Em caso de positividade nos testes de susceptibilidade dos beta-hemolíticos à bacitracina o que se observará é um alo sem crescimento bacteriano, indicando sensibilidade da espécie ao antibiótico, assim, têm-se que se trata de Streptococcus pyogenes. No caso de positividade nos testes de susceptibilidade à optoquina pelos alfa-hemolíticos, se observa formação de alo de diâmetro igual ou superior a 1,4 cm em volta do disco de 6mm, assim, presume-se que se trata de Streptococcus pneumoniae. Por fim, tem-se que o perfil de gama-hemólise é sugestivo de Streptococcus faecalis. (MURRAY, 2013; BARBOSA et al., 2020).
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os testes disponíveis aparentam suprir as principais demandas laboratoriais no contexto de saúde atual. O reconhecimento de antígenos por meio de testes imunológicos e de biologia molecular podem ser úteis na identificação de estreptococos, em função da categorização do gênero nos grupos de Lancefield, principalmente diminuindo o tempo de espera dos resultados e permitindo um processo mais simples de identificação laboratorial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BARBOSA, Mônica Santiago et al. Aulas práticas de Bacteriologia Humana. [e-book]. Goiânia : Gráfica UFG, 2020. 16 p. Disponível em: https://producao.ciar.ufg.br/ebooks/iptsp/bacteriologia_humana/index.html. Acesso em 29 set. 2020.
2. MURRAY, Patrick R. Microbiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. 1694 p. ISBN 978‑85‑352‑7106‑5.

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