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PEÇA PETICAO BARNABE

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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU/SP
CAIPIRA HORTALIÇAS ME, Pessoa Jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº 00.000.000/0001 -00, com sede na Chácara s/n Km 500, município de Jaú, Bauru/SP, representada por seu procurador, Dr. Fernando Henrique, com escritório na QE 15 conjunto H casa 18 , Guará, São Paulo/ SP, vem respeitosamente por meio d o seu procurador abaixo assinado, propor o seguinte:
AÇÃO DE INDENIZ AÇÃO POR PER DAS E DANOS MATERIAIS, PROCEDIMENTO COMUM em face de:
VIAÇÃO METEORO LTDA, Pessoa Jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº 00.000.000/0001-00 , com sede na Avenida Mogi das cruzes numero 70, Centro, São Paulo /SP, pelos motivos abaixo elencados. 
DOS FATOS 
A Requerente é microempresa que possui como atividade principal o transporte e comercio de hortaliças efetuadas somente pelo sócio, o Senhor Barnabé. Em 11/02/2017, o Senhor Barnabé conduzia o veículo Ford Ran ger, placa GGG-1223, na rodovia BR-345, KM 4 47 n o município de Jaú/SP, quando o mesmo veio a de rrapar, permanecendo no mesmo sentido da via, sem invadir a pista con trária, devido a uma camad a de ó leo que cobria a p ista associada às más condições climáticas com uma chuva torrencial e densa neblina. O Senhor B arnabé tentou levar o veículo até o acostamento a fim de evitar um a cidente mais grave, quando se assusto u com um ônibus, placa GPW336, de propriedade da Requerida que trafegava em sentido contrario da rodovia. O condutor do ônibus, funcionário da Requerida, acionou o freio e perdeu o controle do veículo vind o a colidir f rontalmente com a p ick-up da Requerente, arremessando o veículo por aproximadamente 10 metros até o barranco da pista, conforme narrativa no boletim de ocorrência anexo.
Devido ao impacto, o representante da Requerente, o Senhor Barnabé, feriu-se gravemente apresentando um corte na testa, fraturas nas pernas e nos braços e os passageiros do ônibus sofreram várias lesões e ferimentos.
O conserto do veículo da Requerente ficará no importe de R$35.000,00 (trinta e cinco mil reais), confo rme 3 (três) orçam entos anexos, o de menor valor. A Re querente possui um lucro liquido de R$1 0.000,00 (dez mil reais) mensais conforme balanços anexos, o Senhor Ba rnabé f icou impossibilitado de exercer atividades laborais por um p eríodo de três mese s, em decorrência desse fato a CAIPIRA HORTALIÇAS ME não obteve f aturamento, f icando com dificuldades de cumprir com suas obrigações perante o locador da loja e seus fornecedores gerando um prejuízo de R$10.000,00 (dez mil reais). O representante da Requerente fez contato com o representante da Requerida a fim de, amigavelmente, ser ressarcido pelos danos e prejuízos sofridos, ocorre que a Requerida alega não ser responsável pelo a cidente, não cabendo assim ressarcimento. Restou-se infrutíferas as tentativas amigáveis, cabendo ao Judiciário compor o litígio.
DO DIREITO 
Assim nos traz o Código Civil em seus artigos 186, 402, 927 e 932, III: 
 Art. 186. “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar d ano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Art. 402. “S alvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos de vidas ao credor abrangem, além do que e le efetivamente pe rdeu o que razoavelmente deixou de lucrar.” 
Art. 927. “Aquele que, por ato ilícito (arts.186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo .”
 Art. 932. “São também responsáveis pela reparação civil:”
 “III - o empregador ou co mitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.”
É crível af irmar que o preposto da Requerida agiu co m imprudência e imperícia quando perdeu o controle do ônibus. Nesse sentido o CTB traz orientações ao condutor para que fatos assim possam ser evitados:
Art. 28 . “ O condutor d everá, a todo o momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.” 
Art. 29. “O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às seguintes normas:”
 II – “O condutor deverá guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bo rdo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, da circulação, do veículo e as condições climáticas.”
Analisando os artigos citados do CTB, verifica-se a culpabilidade do preposto da Ré. No caso em tela estão presentes todos os pressupostos da responsabilidade civil, quais sejam: ap rovado dano, a cu lpa (ou o dolo) e o nexo de causalidade entre culpa ou dolo e o dano.
A doutrina assim mostra: 
 “Todo prejuízo deve ser atribuído ao seu autor e reparado por quem o causou independente de ter ou não agido com culpa. Resolve-se o problema na relação de nexo de causalidade, dispensável qualquer juízo de valor sobre a culpa” (CAVALIERI FILHO, 2008, p. 137). 
Na lição de Fernando Noronha, para que surja a obrigação de indenizar são necessários os seguintes pressupostos: 
1.	 “que haja um fato (uma ação ou omissão humana, ou um fato humano, mas independente da vontade, ou ainda um fato da natureza), que seja antijurídico, isto é, que não seja permitido pelo direito, em si mesmo ou nas suas conseqüências”;
2.	 “que o fato possa ser imputado a alguém, seja por d ever a atuação culposa da pessoa, seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade realizada no interesse dela”;
3.	 “que tenham sido produzidos danos”;
4.	 “que tais da nos possam ser juridicam ente considerados como causados pelo ato ou fa to praticado, embora em casos excepcionais seja suficiente que o dano constitua risco próprio da atividade do responsável, sem propriamente ter sido causado por esta” (NORONHA, 2010, p. 468/469).
DO PEDIDO 
Posto isso, requer a Vossa Excelência: 
a.	A citação da ré, no endereço inicialmente referido, para comparecer na audiência de instrução e julgamento a ser designada, e, querendo, apresentar resposta, sob pena de revelia e confissão quanto à matéria de fato;
b.	Se digne Vossa Excelência considerar procedente o seu pedido, para o fim de condenar a ré ao pagam ento de indenização no valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais ), sendo R$ 35.000,00 (trinta e cinco m il reais ) referente ao conserto da pick-up, R$ 30.000,00 (trinta mil reais) referente o faturamento ao período de 0 3 (três) meses de lucro cessante e R$ 10.000,00 (dez mil reais) refe rente ao prejuízos sofridos pelos fornecedores e pelo locador no período de 03 (três) meses, tudo com a devida atualização.
c.	 Pagamento das custas processuais e honorários advocatícios em 20 %.
d.	 A juntada do comprovante de pagamentos de custas processuais.
DAS PROVAS
Protesta por to dos os meios de prova e m direito admitido s, d epoimentos de testemunhas, bem como novas provas, documentais e outras, que eventualmente venham a surgir. 
DO VALOR DA CAUSA 
 Dá-se à causa o valor de R$ 75.000,00 (setenta e cinco mil reais ). Termos em que Pede Deferimento. 
São Paulo, 30 de setembro de 2020. 
Advogado (a): Nathalia Tonassi. 
OAB: 00000

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