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1 Prefeitura de Jaraguá do Sul-SC Tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança e ecologia, e suas vinculações históricas ................................................................ 1 Olá Concurseiro, tudo bem? Sabemos que estudar para concurso público não é tarefa fácil, mas acreditamos na sua dedicação e por isso elaboramos nossa apostila com todo cuidado e nos exatos termos do edital, para que você não estude assuntos desnecessários e nem perca tempo buscando conteúdos faltantes. Somando sua dedicação aos nossos cuidados, esperamos que você tenha uma ótima experiência de estudo e que consiga a tão almejada aprovação. Pensando em auxiliar seus estudos e aprimorar nosso material, disponibilizamos o e-mail professores@maxieduca.com.br para que possa mandar suas dúvidas, sugestões ou questionamentos sobre o conteúdo da apostila. Todos e-mails que chegam até nós, passam por uma triagem e são direcionados aos tutores da matéria em questão. Para o maior aproveitamento do Sistema de Atendimento ao Concurseiro (SAC) liste os seguintes itens: 01. Apostila (concurso e cargo); 02. Disciplina (matéria); 03. Número da página onde se encontra a dúvida; e 04. Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhar em e-mails separados, pois facilita e agiliza o processo de envio para o tutor responsável, lembrando que teremos até cinco dias úteis para respondê-lo (a). Não esqueça de mandar um feedback e nos contar quando for aprovado! Bons estudos e conte sempre conosco! Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 1 Respeito a Deus, combate à ideologia de gênero e defesa da vida: os princípios do novo partido de Bolsonaro1 A 1ª Convenção Nacional do Aliança pelo Brasil foi realizada na manhã desta quinta-feira (21/11), em Brasília. O lançamento oficial da nova legenda, que ainda se encontra em fase de criação, contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro, que já assinou a sua desfiliação do PSL. Durante o evento, foram lidos os cinco princípios da nova sigla. Destacam-se o respeito a Deus, a lealdade à pátria, à defesa da vida desde a concepção, o combate ao socialismo e a defesa do livre comércio. Confira os principais trechos do documento apresentado nesta quinta e reproduzidos abaixo: 1º- Respeito a Deus e a religião: em primeiro lugar a Aliança pelo Brasil reconhece o lugar de Deus perante a vida. (...) Povo educado na base do cristianismo, em suas variadas expressões. Contra fatos, não há argumentos, o primeiro ato em terras brasileiras foi uma missa. (...) lei natural como norteadores. Combate à hostilidade e ao menosprezo a religião. 2º - Respeito à memória, identidade e cultura do povo brasileiro: o partido compreende que uma aliança é um elo de lealdade e fidelidade por amor, por isso reconhece como seus predecessores todos aqueles que amaram e lutaram pelo Brasil. (...) São, aliás, dos compatriotas do passado, do presente e do futuro, unidos por um vínculo: moral e de lealdade à pátria. (...) Unidade de tradição, de língua e de cultura. O partido se compromete em lutar pela cultura, pela restauração dos valores tradicionais do Brasil, consolidados pelo pensamento de grandes mulheres e homens do passado. (...) Podem ser chamados de fundadores do Brasil. Reconhecimento a tudo de bom que herdamos de outras nações, a exemplo das tradições luso-hispânicas, do direito romano, da filosofia grega, da moral judaico-cristã e ainda aquilo que pode aprender com os pivôs. Examinai-vos todas as coisas. A Aliança também se compromete com a restauração da língua portuguesa e oposição a qualquer iniciativa que vise a sua desconfiguração. (...) O partido se esforçará por divulgar as verdades sobre os males e os crimes das mais várias faces do movimento revolucionário: o socialismo, o comunismo, o nazifascismo e o globalismo. Ideologias nefastas que causaram mal ao Brasil e ainda causam. O partido busca estabelecer bases com países que venceram o comunismo, como o leste europeu. (...) 3º - Defesa da vida, da legítima defesa, da família e da infância: o partido está convicto de que nenhum progresso seria obtido sem a defesa da vida humana, desde a concepção. A vida é o primeiro dos efeitos, sem vida, não há mais o que defender, pois a morte já terá encerrado a possibilidade de qualquer outro direito. Todas as propostas do partido relacionadas à saúde deverão ter como norte a defesa da vida humana, em todas as suas fases. (...) A Aliança pelo Brasil defende também o valor da maternidade como um dos fundamentos da sociedade, para que todas as mulheres gestantes e mães tenham condições dignas de vida, de gestação e criação de seus filhos. Outrossim, o partido se compromete a lutar incansavelmente até que todos os brasileiros tenham o direito de possuir e portar armas para sua defesa e a dos seus. (...) Defesa da família como núcleo fundamental da sociedade. (...) Combaterá a pedofilia e o tráfico de crianças. (...) Combaterá ainda a erotização da infância e a ideologia de gênero. (...) tirar o Brasil dos índice de analfabetismo. 4º- Garantia da ordem, da representação da política e da segurança: nunca um país poderá se dizer próspero enquanto bandidos estiverem no poder, bandidos de armas ou de canetas. (...) Para garantia da ordem se emprenharam para criar um ambiente de segurança jurídica no Brasil. Não será possível o crescimento sem que a garantia da segurança de Deus, a previsibilidade das ações do poder público, sem surpresas ou mudanças bruscas. (...) Clareza das normas que pesam sob o cidadão, principalmente o empreendedor gerador de empregos e o pagador de impostos (...). Defesa territorial 1 GaúchaZH. Respeito a Deus, combate à ideologia de gênero e defesa da vida: os princípios do novo partido de Bolsonaro. Gaúcha ZH. Política. https://gauchazh.clicrbs.com.br/politica/noticia/2019/11/respeito-a-deus-combate-a-ideologia-de-genero-e-defesa-da-vida-os-principios-do-novo-partido-de- bolsonaro-ck38vs5bg03jo01ph13svdht2.html. Acesso em 26 de novembro de 2019. Tópicos atuais e relevantes de diversas áreas, tais como: política, economia, sociedade, educação, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável, segurança e ecologia, e suas vinculações históricas. Política saúde Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 2 brasileira, especialmente da Amazônia. Defesa das forças militares e policiais, e buscará meios de melhor condições de trabalho, de remuneração, segurança física e financeira. (...) Atenção ao combate aos crimes de corrupção, narcotráfico e terrorismo. 5ª- Defesa do livre mercado, da propriedade privada e do trabalho: a Aliança pelo Brasil repudia o socialismo e o comunismo em todas as suas vertentes, interferências estatais sobre a economia através de mecanismos burocráticos, tributários e regulatórios. (...) Defenderá o papel fundamental da empresa, do livre mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade dos meios de produção e da criatividade humana nos setores da economia. (...) O partido defende que a propriedade privada é um direito inalienável do homem, tanto quanto a liberdade de dispor dela. Por 6 a 5, STF derruba prisão após segunda instância2 O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) derrubou nesta quinta-feira a possibilidade de iniciar a execução da pena de prisão após condenação em segunda instância, na maior derrota que a corte impôs à operação Lava Jato nos seus cinco anos e que pode levar à liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Coube ao presidente do STF, Dias Toffoli, o voto de desempate, ao se posicionar a favor da execução da pena somente após esgotados todos os recursos cabíveis,o chamado trânsito em julgado. O voto de Toffoli definiu o julgamento com o placar de 6 votos a 5 e pode beneficiar cerca de 4,8 mil pessoas, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Entre eles, Lula, o mais expressivo condenado nos processos movidos pela Lava Jato, que cumpre pena de prisão desde abril do ano passado após ter confirmada sua condenação pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) no processo do tríplex do Guarujá (SP). O julgamento, um dos mais aguardados do ano na corte, representa a maior derrota da Lava Jato desde que foi iniciada há 5 anos. Os membros da força-tarefa da operação vinham se valendo da mudança do entendimento do STF de 2016, que permitia a prisão em segunda instância, para garantir a detenção de investigados na operação e acelerar delações premiadas de réus que buscavam evitar serem encarcerados. Conforme reportagem da Reuters do dia 17 de outubro, antes do julgamento, a corte tendia a alterar sua posição na esteira de derrotas que a própria operação tem sofrido este ano no STF, após reportagens feitas pelo site The Intercept Brasil que têm mostrado, desde junho, supostas articulações do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sergio Moro, com procuradores da força-tarefa da Lava Jato. Os dois lados negam irregularidades. Essas revelações - nas quais ministros do STF chegaram a ser nominalmente citados - enfraqueceram o apoio à Lava Jato, maior investigação de corrupção no país, no Supremo. A análise do caso demandou cinco sessões para ser concluída e foi envolto de pressão pública - os ministros contrários à mudança do entendimento atual chegaram a ser pressionados pessoalmente e em redes sociais. Durante as sessões, ministros esforçaram-se a argumentar que o julgamento era impessoal e que não era para beneficiar Lula, vez por outra citado em intervenções. A maioria do STF seguiu o voto do relator, ministro Marco Aurélio Mello, favorável à execução da pena apenas ao fim de todos os recursos. Na prática, a corte entendeu que é compatível com a Constituição de 1988 um artigo do Código de Processo Penal de 1941 que ninguém pode ser preso até antes da condenação transitada em julgado. Acompanharam Marco Aurélio os ministros Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Toffoli. Foram contrários - e vencidos - Alexandre de Moraes, Edson Fachin (relator da Lava Jato no STF), Luís Roberto Barroso, Luiz Fux e Cármen Lúcia. Em seu voto decisivo, Toffoli disse que, para se executar a pena de prisão após condenação em segunda instância, é preciso que o Congresso aprove uma legislação nesse sentido, o que não há atualmente. Ele fez um paralelo ao que ocorreu com a Lei da Ficha Limpa, que só passou a vigorar após a aprovação de norma pelo Legislativo. Ela garantiu barrar candidaturas de condenados por órgão colegiado de tribunal. "Eu disse para parlamentares, eu recebi um grupo de 42 senadores na terça-feira na sede do CNJ onde eu tinha sessão, liderados pelo senador Lasier do Rio Grande do Sul. Não vou adiantar a minha posição, mas as senhores e senhoras sabem o que eu tenho cotidianamente dito em deferência ao Parlamento", disse. 2 Estadão Conteúdo. Por 6 a 5, STF derruba prisão após segunda instância. Terra. https://www.terra.com.br/noticias/brasil/politica/por-6-a-5-stf-derruba-prisao-apos- segunda-instancia,559b4530c2f29b1690bc4fb1cf7fd42cvnxghf9h.html. Acesso em 08 de novembro de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 3 "Não vejo problema nenhum do Parlamento alterar esse dispositivo", completou. Toffoli afirmou que, nos julgamentos anteriores sobre a execução da pena após o segundo grau desde 2009, o STF não analisou a questão em termos de se a legislação sobre o tema é compatível com a Constituição ao contrário do que ocorre na apreciação atual. "Não se pode falar que há impunidade nos tribunais superiores ou neste Supremo Tribunal Federal", disse, referindo-se ao fato de o tribunal ter condenado e ordenado a prisão dos condenados no processo do mensalão, julgado em 2012. CRÍTICAS Durante o voto de Toffoli, Gilmar Mendes pediu a palavra fez duras críticas à atuação da Lava Jato. Segundo ele, há uma "técnica de amedrontamento" da operação e que o grupo virou um "partido político" porque, destacou, teriam chegado a sugerir candidaturas. Ele chegou a chamar de "bagunça" e "festival de abusos" a atuação do MPF em casos de investigação. Cármen Lúcia foi a única a votar pela manutenção da prisão em segunda instância na sessão desta quinta, destacando que tem adotado essa posição ao menos desde 2009 - quando estava na corrente minoritária. Após votar em 2016 a favor da prisão em segunda instância, Gilmar Mendes justificou sua mudança de posição alegando que tribunais de segundo grau começaram a aplicar essa detenção de forma automática, desvirtuando o entendimento do STF. O ministro disse que a discussão foi contaminada pela possibilidade de um eventual benefício a Lula. Disse que chegou a ser chamado recentemente de "corifeu do petismo" por defender que a pena de prisão só pode ser executada após o esgotamento dos recursos. Durante o voto de Mendes, o presidente do Supremo chegou a pedir a palavra e destacou que é o próprio Ministério Público Federal que agora pede que Lula saia do regime fechado de cumprimento da pena de prisão. Bolsonaro transfere Secretaria de Cultura para Ministério do Turismo3 Órgão, criado após a extinção do Ministério da Cultura, ficava sob a pasta da Cidadania. Filho do pastor RR Soares é um dos nomes avaliados para assumir o posto. O presidente Jair Bolsonaro transferiu a Secretaria Especial de Cultura do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo, comandada Marcelo Álvaro Antônio. A mudança é feita por decreto publicado nesta quinta-feira (07/11) no "Diário Oficial da União". A Secretaria de Cultura foi criada para substituir o Ministério da Cultura (MinC), que foi extinto no início da gestão do presidente. Com a mudança, passam a ser de responsabilidade do Ministério do Turismo a política nacional de cultura; a regulação dos direitos autorais; a proteção do patrimônio histórico, artístico e cultural; o apoio ao Ministério da Agricultura para a preservação da identidade cultural de comunidades quilombolas; e o desenvolvimento de políticas de acessibilidade cultural e do setor de museus. O decreto também transfere para o Ministério do Turismo a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, responsável por emitir pareceres sobre os pedidos de artistas que buscam financiamento por meio da Lei de Incentivo à Cultura, conhecida como Lei Rouanet. Também são transferidos para o Turismo o Conselho Nacional de Política Cultural, a Comissão do Fundo Nacional de Cultura, outras seis secretarias não especificadas. Filho de pastor é cotado para a secretaria de Cultura A transferência ocorre um dia depois de o governo exonerar o então secretário de Cultura, Ricardo Braga, que ficou dois meses no cargo. Braga havia substituído Henrique Pires, que deixou o posto em agosto, depois que o Ministério da Cidadania suspendeu um edital com séries sobre temas LGBT – o que ele chamou de censura. "Eu tenho o maior respeito pelo presidente da República, tenho o maior respeito pelo ministro, mas eu não vou chancelar a censura", afirmou Henrique Pires quando decidiu deixar o cargo. Segundo o Jornal o Globo, um dos nomes cotados para assumir o posto é o do deputado federal Marcos Soares (DEM-RJ), filho do pastor Romildo Soares. A possibilidade foi confirmada pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, em entrevista na tarde de quarta-feira. Perguntado se um filho de RR Soares – como é conhecido o pastor – é um dos 3 Vitor Sorano. Bolsonaro transfere Secretaria de Cultura para Ministério do Turismo. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/11/07/bolsonaro-transfere- secretaria-de-cultura-para-ministerio-do-turismo.ghtml.Acesso em 07 de novembro de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 4 nomes cotados, o porta-voz disse que “[é] um dos nomes que estão sob escrutínio por parte do senhor presidente da República e muito em breve ele fará a informação oficial". Bolsonaro sanciona dois projetos que ampliam proteção a vítimas de violência doméstica4 Novas leis preveem apreensão da arma do agressor em 48 horas e a garantia de matrícula no ensino público para filhos de mulher agredida. Ambas alteram trechos da Lei Maria da Penha. O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (08/10) dois projetos que alteram a Lei Maria da Penha para ampliar a proteção de mulheres vítimas de violência doméstica. Os textos, que após a sanção viraram leis, entram em vigor assim que forem publicados no "Diário Oficial da União". Uma das novas leis determina que a arma de fogo do agressor, se ele possuir uma, seja apreendida em até 48 horas depois que a ocorrência de violência doméstica chegar à Justiça. Diferentemente das demais medidas protetivas, nesse caso, a aplicação não depende de avaliação do juiz. No momento do registro da ocorrência, a autoridade policial deverá verificar a existência de arma de fogo no nome do suspeito. Se o documento for identificado, a informação será juntada aos autos, e a instituição responsável pelo registro receberá uma notificação do caso. O projeto foi apresentado pelo deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) no início do ano. Na justificativa, o parlamentar disse que o Brasil é o quinto país que mata mais mulheres no mundo e que em 2016, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher foi assassinada a cada duas horas. Vagas no ensino público O outro projeto sancionado por Bolsonaro prevê que a mulher em situação de violência doméstica e familiar tem “prioridade para matricular seus dependentes em instituição de educação básica mais próxima de seu domicílio, ou transferi-los para essa instituição”. Para isso, basta que a vítima apresente documentos que comprovem a existência de uma ocorrência ou de um processo judicial. Os dados da mulher e dos filhos ou dependentes transferidos deverão ser mantidos em sigilo. O texto também prevê que essa transferência deverá ocorrer “independentemente da existência de vaga”. Ou seja, se as turmas daquela creche ou colégio estiverem lotadas, o Estado deverá criar uma vaga adicional para receber a criança ou adolescente. O projeto foi aprovado na forma de um substitutivo da deputada Flávia Arruda (PL-DF). Autora do texto inicial em 2017, a deputada Geovania de Sá (PSDB-SC) previa a prioridade apenas na educação infantil (creches e pré-escolas). Durante a tramitação, o texto passou a incluir também os ensinos fundamental e médio. “O texto encontra fundamento jurídico na Constituição Federal e na Lei Maria da Penha, que deu salto significativo no combate à violência contra a mulher, assegurando o acesso à educação com a previsão de prioridade dos dependentes de vítimas de violência familiar em instituições de ensino básico próximas ao seu domicílio”, diz o Palácio do Planalto, no texto de divulgação da sanção. Saiba como fica a lei do abuso de autoridade após Congresso ter rejeitado 18 vetos de Bolsonaro5 Principais mudanças serão na lista dos crimes de abuso de autoridade. Alterações serão incluídas na lei depois de promulgadas e publicadas. O Congresso Nacional derrubou na noite desta terça-feira (24/09) 18 vetos do presidente Jair Bolsonaro ao projeto de lei sobre abuso de autoridade, sancionada no início de setembro. Com isso, os trechos vetados por Bolsonaro e recuperados pelos parlamentares serão incorporados à legislação quando foram promulgados e publicados no "Diário Oficial da União". As principais mudanças serão nos crimes e penas previstos para quem comete o abuso de autoridade. O projeto A proposta estabelece uma série de crimes relacionados à atuação de servidores e de integrantes dos Três Poderes, que podem ser considerados como abuso de autoridade, além de determinar a forma como vai ocorrer o processo penal, a responsabilização e os efeitos da condenação pelas infrações. 4 Mateus Rodrigues. Guilherme Mazui. Bolsonaro sanciona dois projetos que ampliam proteção a vítimas de violência doméstica. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/10/08/bolsonaro-sanciona-dois-projetos-que-ampliam-protecao-a-vitimas-de-violencia-domestica.ghtml. Acesso em 09 de outubro de 2019. 5 Fernanda Vivas. Gustavo Garcia. Saiba como fica a lei do abuso de autoridade após Congresso ter rejeitado 18 vetos de Bolsonaro. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/09/24/saiba-como-fica-a-lei-do-abuso-de-autoridade-apos-congresso-ter-rejeitado-18-vetos-de-bolsonaro.ghtml. Acesso em 25 de setembro de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 5 Autoridades envolvidas O texto estabelece quais agentes públicos da União, estados, Distrito Federal e municípios, da administração direta ou indireta, são capazes de cometer o crime de abuso de autoridade. Entre eles: - servidores públicos e militares; - integrantes do Poder Legislativo (deputados e senadores, por exemplo, no nível federal); - integrantes do Poder Executivo (presidente da República; governadores, prefeitos); - integrantes do Poder Judiciário (juízes de primeira instância, desembargadores de tribunais, ministros de tribunais superiores); - integrantes do Ministério Público (procuradores e promotores); - integrantes de tribunais e conselhos de conta (ministros do TCU e integrantes de TCEs). Crimes e penas A proposta agora prevê as seguintes situações que podem ser enquadradas como crime. São as seguintes: - Decretar medida de privação da liberdade (prisão, por exemplo) de forma expressamente contrária às situações previstas em lei. Pena de um a quatro anos de detenção; - Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo. Pena de um a quatro anos de detenção; - Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; ou submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei. Pena de um a quatro anos de detenção. - Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo ou resguardar sigilo. Pena de um quatro anos de detenção. - Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção ou prisão. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, devidamente assistido, consentir em prestar declarações. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia. Pena de um a quatro anos de detenção. - Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada do preso com seu advogado. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de confinamento. Pena de um a quatro anos de detenção. - Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei. Pena de um a quatro anos de detenção. - Inovarartificiosamente, no curso de diligência, de investigação ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente alguém ou agravar-lhe a responsabilidade. Pena de um a quatro anos de detenção. - Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração. Pena de um a quatro anos de detenção. - Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito. Pena de um a quatro anos de detenção. - Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração administrativa. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado. Pena de um a quatro anos de detenção. - Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse de investigado. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou administrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem sabe inocente. Pena de um a quatro anos de detenção. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 6 - Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a em prejuízo do investigado ou fiscalizado. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la. Pena de um a quatro anos de detenção. Pena de um a quatro anos de detenção. - Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento. Pena de seis meses a dois anos de detenção. - Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de concluídas as apurações e formalizada a acusação. Pena de seis meses a dois anos de detenção. Mudanças no Estatuto da Advocacia e da OAB A norma inclui, no Estatuto da Advocacia e da OAB, dispositivo que torna crime “violar direito ou prerrogativas do advogado”. Entre essas prerrogativas, estão a inviolabilidade do escritório ou local de trabalho; comunicação com os clientes; a presença de representante da OAB em caso de prisão do advogado, entre outros. Pena: três meses a um ano de detenção. Interceptações telefônicas A lei determina que é crime "realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo de Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Pena de dois a quatro anos de reclusão. Ação penal por meio do MP Os crimes de abuso de autoridade são de ação penal pública incondicionada. Isso significa que o Ministério Público é o responsável por ingressar com a ação na Justiça, sem depender da iniciativa da vítima. Se não for proposta a ação pelo MP no prazo legal, a vítima pode propor uma queixa em até 6 meses, contado da data em que esgotar o prazo para oferecer a denúncia. Efeitos da condenação Uma vez condenada – e reincidente em crimes do mesmo tipo – a autoridade pode: - ser obrigada a indenizar o dano pelo crime; - ser inabilitada para o exercício de cargo, mandato, função pública por um período de um a cinco anos; - perder o cargo, mandato ou função pública. Penas restritivas de direitos Condenados pelos crimes de abuso de autoridade podem cumprir penas restritivas de direitos, no lugar das punições com prisão: - prestação de serviços à comunidade ou entidades públicas; - suspensão do exercício do cargo, função ou mandato pelo prazo de um a seis meses, com perdas dos vencimentos e das vantagens. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 7 Bolsonaro e Damares trocam integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos6 Mudança ocorre dias após órgão declarar que Fernando Santa Cruz, opositor do regime militar, foi morto pelo Estado. Presidente afirmou, sem apresentar provas, que militante foi assassinado por organização de esquerda. O presidente Jair Bolsonaro trocou quatro dos sete integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. A mudança ocorreu uma semana após o colegiado declarar que a morte, durante a ditadura militar, do pai do atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) foi provocada pelo Estado. Segundo Bolsonaro, ele foi morto pelo grupo de esquerda do qual fazia parte. A alteração na comissão foi publicada no “Diário Oficial da União” desta quinta-feira (01/08), com a assinatura do presidente e da ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo Bolsonaro, a mudança ocorreu porque mudou o presidente da República. "O motivo [é] que mudou o presidente, agora é o Jair Bolsonaro, de direita. Ponto final. Quando eles botavam terrorista lá [na comissão], ninguém falava nada. Agora mudou o presidente. Igual mudou a questão ambiental também", afirmou Bolsonaro nesta manhã na saída do Palácio da Alvorada. De acordo com o decreto publicado nesta quinta-feira, estas são as alterações feitas na composição da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos: - Marco Vinicius Pereira de Carvalho substitui Eugênia Augusta Gonzaga Fávero, atual presidente do colegiado - Weslei Antônio Maretti substitui Rosa Maria Cardoso da Cunha - Vital Lima Santos substitui João Batista da Silva Fagundes - Filipe Barros Baptista de Toledo Ribeiro substitui Paulo Roberto Severo Pimenta No último dia 24, atestado de óbito emitido pela comissão apontou que a morte de Fernando Santa Cruz, pai do atual presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, se deu de forma “não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro”. Nesta segunda-feira (29/07), Bolsonaro afirmou que "um dia" contaria ao filho de Santa Cruz como o pai dele desapareceu durante a ditadura militar (1964-1985). Horas após a declaração, Bolsonaro afirmou, sem apresentar provas, que a morte não foi causada pelos militares, mas pelo "grupo terrorista" — nas palavras de próprio presidente — Ação Popular do Rio de Janeiro, do qual Santa Cruz pai fazia parte. Além do atestado de óbito emitido pela Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, relatório da Comissão Nacional da Verdade destaca que documentos da Marinha e da Aeronáutica apontam que Fernando Santa Cruz foi preso e desapareceu enquanto estava sob custódia das Forças Armadas, em 1974. Assessor de Damares presidirá comissão O novo presidente da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Vinicius Pereira de Carvalho, é filiado ao PSL, partido de Bolsonaro, e assessorespecial de Damares. Ele foi funcionário da prefeitura de Taió (SC). A presidente substituída do colegiado, primeira na lista de trocas, havia criticado Bolsonaro na segunda-feira pelas declarações relacionadas a Santa Cruz. "Consideramos extremamente grave pela dor dos familiares, mas também pelo fato de ser um presidente da República de um país que vem assumindo essas mortes desde 1995, pelo menos", afirmou Eugênia Gonzaga. Questionada pela TV Globo sobre ter sido retirada da comissão nesta quinta-feira, Eugênia disse que "já esperava". "Eu ainda não tinha visto. Eu já esperava desde a caminhada do silêncio. Lamento muito também, mas ia acontecer mais cedo ou mais tarde”, declarou a presidente substituída da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. Em nota, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos disse que as trocas promovidas na comissão, "apesar de concluídas agora, foram solicitadas em 28 de maio". De acordo com a pasta, a iniciativa foi para "otimizar os trabalhos". "O interesse deste Ministério é acelerar o serviço para que os familiares requerentes obtenham a respostas sobre o paradeiro de seus entes queridos", disse o ministério no texto. 6 Vitor Sorano e Felipe Néri. Bolsonaro e Damares trocam integrantes da Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/08/01/bolsonaro-e-damares-trocam-integrantes-da-comissao-sobre-mortos-e-desaparecidos- politicos.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em 01 de agosto de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 8 Comissão criada em 1995 A Comissão sobre Mortos e Desaparecidos Políticos foi criada em 1995, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. A lei nº 9.140 estabelece que o colegiado realizará o reconhecimento de desaparecidos por atividades políticas entre 1961 e 1979, período que engloba parte da ditadura militar até o ano em que foi promulgada a Lei da Anistia. A legislação também estabelece que os sete membros da comissão devem ser de livre escolha do presidente da República, sendo que quatro deles devem ser escolhidos: - dentre os membros da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados - dentre as pessoas com vínculo com os familiares das pessoas referidas em lista divulgada pelo governo federal em 1995 - dentre os membros do Ministério Público Federal - dentre os integrantes do Ministério da Defesa (este item se referia, inicialmente, a integrantes das Forças Armadas, o que foi alterado em lei de 2004) Relembre o caso Na segunda-feira (29/07), Bolsonaro disse que "um dia" contaria para o presidente da OAB como o pai havia morrido. "Ele não vai querer saber a verdade", disse Bolsonaro. Felipe Santa Cruz respondeu que acionaria o Supremo para que o presidente esclarecesse a fala. Santa Cruz afirmou, ainda, que Bolsonaro agiu como um "amigo do porão da ditadura". O presidente da OAB também disse, em carta de repúdio divulgada pela entidade, que Bolsonaro demonstra "traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia" e que todas as autoridades do país devem "obediência à Constituição Federal". Mais tarde, Bolsonaro afirmou que o pai do presidente da OAB foi morto pelo "grupo terrorista" Ação Popular do Rio de Janeiro, e não pelos militares. O atestado de óbito de Fernando, incluído no último dia 24 no sistema da Comissão de Mortos e Desaparecidos, diz que ele foi morto pelo Estado brasileiro. A presidente substituída da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos classificou a fala de Bolsonaro como "extremamente grave". O presidente da OAB entrou com interpelação no STF para que Bolsonaro conte o que diz saber sobre o pai dele. O ministro do Supremo Luis Roberto Barroso, relator do caso na Corte, vai notificar Bolsonaro, que não é obrigado a responder as perguntas. Só depois que Felipe Santa Cruz decidirá se entra com uma ação por crime como injúria, calúnia ou difamação. Gustavo Montezano toma posse como presidente do BNDES7 Engenheiro e economista foi escolhido há um mês para substituir Joaquim Levy à frente do banco público. Bolsonaro participou da cerimônia de posse, no Palácio do Planalto. O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), Gustavo Montezano, tomou posse nesta terça-feira (16/07) em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Jair Bolsonaro e ministros. Engenheiro e economista, Montezano foi escolhido no mês passado para presidir o banco no lugar de Joaquim Levy, que pediu demissão após Bolsonaro falar que ele estava com a "cabeça a prêmio". Bolsonaro exigiu de Levy a saída do diretor de Mercado de Capitais do BNDES, Marcos Barbosa Pinto. O diretor foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Após a declaração de Bolsonaro, o próprio Barbosa Pinto pediu demissão – e depois Levy. Perfil Gustavo Montezano é graduado em engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e tem mestrado em finanças pelo Ibmec. O novo presidente do BNDES tem 17 anos de carreira no mercado financeiro e foi sócio do Banco Pactual, onde atuou como diretor-executivo da área de commodities em Londres e como responsável pela área de crédito, resseguros e "project finance". 7 Guilherme Mazui e Luiz Felipe Barbiéri. Gustavo Montezano toma posse como presidente do BNDES. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/07/16/gustavo-montezano-toma-posse-como-presidente-do-bndes.ghtml. Acesso em 16 de julho de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 9 Antes de assumir a presidência do BNDES, posto na equipe do ministro Paulo Guedes (Economia), Montezano era o secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia. À frente do BNDES, Montezano terá entre suas prioridades privatizações, investimentos em infraestrutura, saneamento e reestruturação financeira de estados e municípios. Quando Montezano teve o nome anunciado, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, declarou que o governo deseja que o BNDES devolva recursos para o Tesouro Nacional e que seja aberta a “caixa-preta do passado” da instituição. Desde a campanha eleitoral Bolsonaro critica empréstimos concedidos pelo BNDES a países como Cuba e Venezuela. Reforma da Previdência: entenda ponto a ponto a proposta aprovada em primeiro turno8 Aprovação ocorreu nesta quarta-feira (10/07); veja como podem ficar as novas regras para as aposentadorias e pensões. O texto-base da reforma da Previdência foi aprovado em primeiro turno no plenário da Câmara nesta quarta-feira (10/07). Foram 379 votos favoráveis e 131 contrários. O projeto terá que ser aprovado também em segundo turno e ainda poderá sofrer modificações. Depois, se for aprovada, a reforma terá que ser apreciada também pelo Senado. A proposta de emenda à Constituição (PEC) para mudar as regras de aposentadoria foi apresentada pelo governo Bolsonaro no dia 20 de fevereiro. A comissão especial da Câmara aprovou o texto com mudanças na semana passada, a partir do parecer do relator Samuel Moreira (PSDB-SP). Foi esse o texto aprovado também no plenário, nesta quarta. Agora, a próxima etapa é votar os destaques, propostas para alterar o texto-base. A proposta aprovada no plenário reduz a previsão de economia para os cofres públicos com a reforma para R$ 990 bilhões em 10 anos, segundo cálculos do secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. O projeto enviado pelo governo ao Legislativo previa, inicialmente, uma economia de R$ 1,236 trilhão em 10 anos. Entenda, ponto a ponto, o texto aprovado no plenário da Câmara:Idade mínima e tempo de contribuição 8 G1. Reforma da Previdência: entenda ponto a ponto a proposta aprovada em primeiro turno. https://g1.globo.com/economia/noticia/2019/07/05/reforma-da- previdencia-entenda-ponto-a-ponto-a-proposta-que-vai-ao-plenario-da-camara.ghtml. Acesso em 11 de julho de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 10 A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de anos para mulheres e de 65 para homens. O tempo mínimo de contribuição será de 20 anos para homens e de 15 anos para mulheres. Para os servidores, o tempo de contribuição mínimo será de 25 anos. Professores, policiais federais, agentes penitenciários e educativos terão regras diferenciadas. As novas regras não valerão para os servidores estaduais e dos municípios com regime próprio de Previdência, uma vez que o projeto aprovado pela comissão especial tirou a extensão das regras da reforma para estados e municípios. Regras de transição A proposta prevê 5 regras de transição para os trabalhadores da iniciativa privada que já estão no mercado. Uma dessas regras vale também para servidores – além disso, esta categoria tem uma opção específica. Para todas as modalidades vão vigorar por até 14 anos depois de aprovada a reforma. Pelo texto, o segurado poderá sempre optar pela forma mais vantajosa. Transição 1: sistema de pontos (para INSS) A regra é semelhante à formula atual para pedir a aposentadoria integral, a fórmula 86/96. O trabalhador deverá alcançar uma pontuação que resulta da soma de sua idade mais o tempo de contribuição, que hoje é 86 para as mulheres e 96 para os homens, respeitando um mínimo de 35 anos de contribuição para eles, e 30 anos para elas. A transição prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, chegando a 100 para mulheres e 105 para os homens. Transição 2: tempo de contribuição + idade mínima (para INSS) Nessa regra, a idade mínima começa em 56 anos para mulheres e 61 para os homens, subindo meio ponto a cada ano. Em 12 anos acaba a transição para as mulheres e em 8 anos para os homens. Nesse modelo, é exigido um tempo mínimo de contribuição: 30 anos para mulheres e 35 para homens. Transição 3: pedágio de 50% – tempo de contribuição para quem está próximo de se aposentar (para INSS) Quem está a dois anos de cumprir o tempo mínimo de contribuição que vale hoje (35 anos para homens e 30 anos para mulheres) ainda pode se aposentar sem a idade mínima, mas vai pagar um pedágio de 50% do tempo que falta. Por exemplo, quem estiver a um ano da aposentadoria deverá trabalhar mais seis meses, totalizando um ano e meio. O valor do benefício será reduzido pelo fator previdenciário, um cálculo que leva em conta a expectativa de sobrevida do segurado medida pelo IBGE, que vem aumentando ano a ano. Transição 4: por idade (para INSS) É preciso preencher dois requisitos. Homens precisam de ter 65 anos de idade e 15 anos de contribuição. Mulheres precisam ter 60 anos de idade e 15 de contribuição. Mas, a partir de janeiro de 2020, a cada ano a idade mínima de aposentadoria da mulher será acrescida de seis meses, até chegar a 62 anos em 2023. Além disso, também a partir de janeiro de 2020, a cada ano o tempo de contribuição para aposentadoria dos homens será acrescido de seis meses, até chegar a 20 anos em 2029. Transição 5: pedágio de 100% (para INSS e servidores) Para poder se aposentar por idade na transição, trabalhadores do setor privado e do setor público precisarão se enquadrar na seguinte regra: idade mínima de 57 anos para mulheres e de 60 anos para homens, além de pagar um "pedágio" equivalente ao mesmo número de anos que faltará para cumprir o tempo mínimo de contribuição (30 ou 35 anos) na data em que a PEC entrar em vigor. Por exemplo, um trabalhador que já tiver a idade mínima mas tiver 32 anos de contribuição quando a PEC entrar em vigor terá que trabalhar os 3 anos que faltam para completar os 35 anos, mais 3 de pedágio. Transição específica para servidores Para os servidores públicos, está prevista também uma transição por meio de uma pontuação que soma o tempo de contribuição mais uma idade mínima, começando em 86 pontos para as mulheres e 96 pontos para os homens. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 11 A regra prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, tendo duração de 14 anos para as mulheres e de 9 anos para os homens. O período de transição termina quando a pontuação alcançar 100 pontos para as mulheres, em 2033, e a 105 pontos para os homens, em 2028, permanecendo neste patamar. O tempo mínimo de contribuição dos servidores será de 35 anos para os homens e de 30 anos para as mulheres. A idade mínima começa em 61 anos para os homens. Já para as mulheres, começa em 56 anos. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 12 Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 13 Cálculo do benefício O valor da aposentadoria será calculado com base na média de todo o histórico de contribuições do trabalhador (não descartando as 20% mais baixas como feito atualmente). Com 20 anos de contribuição (o mínimo para os trabalhadores privados do regime geral), a pessoa terá direito a 60% do valor do benefício integral, que irá subir 2 pontos percentuais para cada ano a mais de contribuição. O trabalhador terá direito a 100% do benefício com 40 anos de contribuição. Quem se aposentar pelas regras de transição terá o teto de 100%. Quem se aposentar já pela regra permanente não terá esse teto, podendo receber mais de 100% do benefício integral, se contribuir por mais de 40 anos. O valor, no entanto, não poderá ser superior ao teto (atualmente em R$ 5.839,45), nem inferior a um salário mínimo. O texto também garante o reajuste dos benefícios pela inflação. Para servidores que ingressaram até 31 de dezembro de 2003, a integralidade da aposentadoria será mantida para quem se aposentar aos 65 anos (homens) ou 62 (mulheres). Para quem ingressou após 2003, o critério para o cálculo do benefício é igual ao do INSS. Aposentadoria rural Pelo texto, a idade mínima fica mantida em 55 anos para mulheres e 60 para homens. O tempo mínimo de contribuição também fica em 15 anos para mulheres e para homens. A proposta atinge, além de Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 14 trabalhadores rurais, pessoas que exercem atividade economia familiar, incluindo garimpeiro e pescador artesanal. Benefício de Prestação Continuada (BPC) O texto a ser votado permite que pessoas com deficiência e idosos em situação de pobreza continuem a receber 1 salário mínimo a partir dos 65 anos, mas prevê a inclusão na Constituição do critério para concessão do benefício. Essa regra já existe atualmente, mas consta de uma lei ordinária, passível de ser modificada mais facilmente que uma norma constitucional. Mudança na alíquota de contribuição A proposta prevê uma mudança na alíquota paga pelo trabalhador. Os trabalhadores que recebem um salário maior vão contribuir com mais. Já os recebem menos vão ter uma contribuição menor, de acordo com a proposta. Haverá também a união das alíquotas do regime geral – dos trabalhadores da iniciativa privada – e do regime próprio – aqueles dos servidores públicos. Pelo texto, as alíquotas efetivas (percentual médio sobre todo o salário) irão variar entre 7,5% e 11,68%. Hoje, variam de 8% a 11% no INSS. Para os servidores públicos, irão as alíquotas efetivas irão variar de 7,5% a mais de 16,79%. Atualmente, o funcionário público federal paga 11% sobre todo o salário, caso tenha ingressado antes de 2013. Quem entrou depois de 2013 paga 11% até oteto do INSS. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 15 Aposentadoria por incapacidade permanente Pela proposta, o benefício, que hoje é chamado de aposentadoria por invalidez e é de 100% da média dos salários de contribuição para todos, passa a ser de 60% mais 2% por ano de contribuição que exceder 20 anos. Em caso de invalidez decorrente de acidente de trabalho, doenças profissionais ou do trabalho, o cálculo do benefício não muda. Pensão por morte Pela proposta, o valor da pensão por morte ficará menor. Tanto para trabalhadores do setor privado quanto para o serviço público, o benefício familiar será de 50% do valor mais 10% por dependente, até o limite de 100% para cinco ou mais dependentes. O texto garante benefício de pelo menos 1 salário mínimo nos casos em que o beneficiário não tenha outra fonte de renda. Quem já recebe pensão por morte não terá o valor de seu benefício alterado. Os dependentes de servidores que ingressaram antes da criação da previdência complementar terão o benefício calculado obedecendo o limite do teto do INSS. Limite de acumulação de benefícios Hoje, não há limite para acumulação de diferentes benefícios. A proposta prevê que o beneficiário passará a receber 100% do benefício de maior valor, somado a um percentual da soma dos demais. Esse percentual será de 80% para benefícios até 1 salário mínimo; 60% para entre 1 e 2 salários; 40% entre 2 e 3; 20% entre 3 e 4; e de 10% para benefícios acima de 4 salários mínimos. Ficarão fora da nova regra as acumulações de aposentadorias previstas em lei: médicos, professores, aposentadorias do regime próprio ou das Forças Armadas com regime geral. Abono salarial O pagamento do abono salarial fica restrito aos trabalhadores com renda até R$ 1.364,43. Hoje, é pago para quem recebe até 2 salários mínimos. Salário-família e auxílio-reclusão O texto define que os beneficiários do salário-família e do auxílio-reclusão devem ter renda de até R$ 1.364,43. Aposentadoria de policiais e agentes penitenciários A proposta atinge apenas policiais federais, agentes penitenciários e educativos; para policiais militares, policiais civis e bombeiros ficam mantidas as regras atuais, com exigências próprias determinadas por cada estado. A regra mantém a idade mínima da aposentadoria em 55 anos, mas mantém em vigor uma lei de 1985 que determina pelo menos 30 anos de contribuição, e 25 na função para ambos os sexos. Ficou de fora do texto, o trecho que determinava que policiais militares e bombeiros teriam as mesmas regras de aposentadoria e pensão das Forças Armadas - que não estão contempladas na proposta de reforma do governo federal – até que uma lei complementar local defina normas para essas corporações. O governo apresentou no dia 30 de março a proposta específica de reforma da previdência dos militares, que terá um outro trâmite no Congresso - ou seja, a aprovação dessa PEC não muda nada para eles. Aposentadorias dos professores Pelo texto, as professoras poderão se aposentar com 57 anos de idade e 25 anos de contribuição; os professores, com 60 de idade e 25 anos de contribuição. Para os servidores da rede pública, as regras são as mesmas, com a exigência de ao menos 10 anos de serviço público e 5 no cargo. Aposentadoria de magistrados A proposta do governo não tratava especificamente do assunto. Mas o texto aprovado pela comissão especial propõe retirar da Constituição a possibilidade da aplicação da pena disciplinar de aposentadoria compulsória. Um dia antes da votação da Previdência, governo libera mais de R$ 1 bi em emendas Governo publicou 37 portarias no 'Diário Oficial da União' para liberação de recursos do orçamento em emendas parlamentares, cuja aplicação é indicada por deputados e senadores. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 16 Um dia antes do início da votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, o governo liberou R$ 1,135 bilhão em emendas parlamentares vinculadas à área da saúde. A previsão de recursos está em 37 portarias publicadas em edição extra do "Diário Oficial da União" de segunda-feira (08/07). Segundo as portarias, os recursos são para incremento temporário do limite financeiro da Assistência de Média e Alta Complexidade e do piso da Atenção Básica. As emendas parlamentares são recursos previstos no Orçamento da União, cuja aplicação é indicada por deputados e senadores. O dinheiro tem de ser empregado em projetos e obras nos estados e municípios. Quando ocorre o empenho, o valor da emenda fica registrado em "contas a pagar", e o Executivo é obrigado efetuar o pagamento. Com a aprovação do orçamento impositivo, o governo passou a ser obrigado a liberar todo ano a verba prevista para as emendas. No entanto, o Palácio do Planalto pode decidir como fará a distribuição ao longo dos meses. Segundo levantamento da ONG Contas Abertas, só nos primeiros cinco dias de julho foram empenhados R$ 2,551 bilhões em emendas. O valor dos cinco primeiros dias de julho é superior ao empenhado durante todo o primeiro semestre de 2019. De janeiro a junho o valor das emendas impositivas empenhadas foi de R$ 1,773 bilhão. Segundo Gil Castelo Branco, secretário-geral da Contas Abertas, o valor até o quinto dia de julho é superior ao empenhado em julho de 2017 em meio às denúncias apresentadas contra o ex-presidente Michel Temer. "Esse é o idioma das conversas entre o Executivo e o Legislativo. Podem acontecer outras negociações, mas a liberação de emendas nunca deixa de acontecer. Não há irregularidade, visto que as emendas são obrigatórias. Mas os governos as liberam estrategicamente às vésperas de votações importantes. Sempre foi assim, e agora não parece diferente", afirmou Castelo Branco. Votação A votação da reforma da Previdência é considerada prioritária pelo governo para sanar as contas públicas, a proposta de reforma da Previdência que altera as regras de aposentadoria foi aprovada na semana passada pela comissão especial. A expectativa é a de que a votação seja iniciada nesta terça-feira (09/07) no plenário da Câmara. Por se tratar de uma emenda à Constituição, são necessários dois turnos de votação com o apoio de ao menos 308 dos 513 deputados, antes de seguir para o Senado. Em rápida entrevista nesta terça, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a Câmara vai aprovar a reforma da Previdência com "toda a certeza" em dois turnos antes do recesso parlamentar, marcado para começar no dia 18 de julho. "Segundo informações de vocês mesmos [da imprensa], o Rodrigo Maia é o nosso general dentro da Câmara, agora, para aprovar com toda a certeza antes do recesso os dois turnos dessa nova Previdência”" disse o presidente, após uma visita ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Oposição Uma reunião entre líderes partidários da Câmara na manhã desta terminou sem acordo sobre o passo a passo da votação da reforma no plenário da Casa. Parlamentares a favor da proposta queriam convencer a oposição a não apresentar o chamado "kit obstrução" (requerimentos regimentais com o objetivo de atrasar os trabalhos). Em troca, as sessões desta terça seriam destinadas apenas aos debates, deixando o início da votação para quarta (09/07). Além disso, a oposição se comprometeria a apresentar somente dois requerimentos de obstrução. A oposição, porém, não acatou a sugestão e vai discutir uma estratégia em uma reunião a portas fechadas. Ao chegar à reunião, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que a intenção é tentar votar o texto principal ainda nesta terça, para deixar os destaques para quarta (10/07). Voto evangélico Segundo a colunista do G1 Andréia Sadi, em meio à articulação por votos pela reforma da Previdência, parlamentares da bancada evangélica conseguiram uma sinalização nos últimos dias do governo de que haverá mudançasna declaração de receitas e despesas de Igrejas à Receita Federal. Os evangélicos somam 108 deputados e 10 senadores. Igrejas são isentas de todos os tributos pela Constituição, assim como partidos e sindicatos, mas precisam informar à Receita Federal receitas e despesas a cada três meses. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 17 De acordo com o deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), vice-líder da frente evangélica no Congresso, a demanda que será atendida pelo governo não tem a ver com os votos para a reforma da Previdência, apesar de ocorrer neste momento. Cidades brasileiras têm transporte público parcialmente parado e protestos nesta sexta-feira9 Mobilização foi convocada contra cortes na educação e a reforma da Previdência. Por volta de 9h, ao menos 20 estados e o DF tinham sido afetados. Cidades brasileiras registram protestos e paralisações em serviços públicos na manhã desta sexta- feira (14/06). Trabalhadores cruzaram os braços contra os cortes do governo na educação e a reforma da Previdência. Por volta de 9h, ao menos 20 estados e o DF tinham sido afetados. No início da manhã, os efeitos da paralisação eram sentidos nas grandes cidades principalmente no transporte público e com o fechamento de vias. Somente parte das linhas de ônibus, trem ou metrô funcionavam em capitais como São Paulo, João Pessoa, Curitiba, Maceió e Salvador. No Rio, protestos bloquearam vias da cidade. Resumo - No Rio, vias foram bloqueadas por manifestantes, e a PM chegou a usar bomba de efeito moral para dispersar protesto, mas o transporte público não parou - Em SP, somente algumas linhas do metrô paralisaram, e houve bloqueio de vias importantes por protestos - Em Salvador, ônibus foram atacados por pedras - Escolas e universidades amanheceram fechadas em locais como Goiás, São Paulo, Sergipe Distrito Federal, Minas Gerais e Pará - Até 8h05, 43 cidades de 14 estados tinham registrado protesto - Até 8h15, 31 cidades haviam registrado paralisação de serviços em 15 estados e no DF Comissão do Senado aprova projeto que derruba decreto de armas de Bolsonaro10 Decisão ainda precisa passar pelo plenário e pela Câmara; votação deve ocorrer ainda nesta quarta- feira (12/06). A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a derrubada dos decretos do presidente Jair Bolsonaro que flexibilizaram o porte de armas, com o argumento de que Bolsonaro extrapolou suas funções ao editá-los. Na semana passada, a CCJ já havia demonstrado que o resultado poderia ser desfavorável ao governo. Para ter validade, a decisão ainda precisa passar pelo plenário, o que deve ocorrer ainda nesta quarta, e pela Câmara dos Deputados. A CCJ analisou conjuntamente sete projetos de decretos legislativos (PDLs) que pedem a revogação dos decretos. O relator, Marcos do Val (PPS-ES), foi contrário aos projetos e defendeu sua manutenção. Seu relatório, no entanto, foi rejeitado por 15 votos a 9. No seu lugar, foi aprovado simbolicamente um voto em separado apresentado por Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB). Ainda nesta quarta-feira, a CCJ incluiu na pauta, de última hora, um projeto que tipifica o crime de abuso de autoridade. A discussão sobre o tema acontece em meio à crise provocada pela divulgação da suposta troca de mensagens entre o ministro Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Prevendo a derrota na questão relativa às armas, Marcos do Val tentou sensibilizar os senadores com uma história pessoal: ele relatou que sua irmã sofreu ameaças de morte recentemente e que, por isso, está pedindo a flexibilização das regras. — É a única maneira que ela está encontrando de garantir a vida dela. A segurança pública não tem condição de estar em todos os lugares em todos os momentos. Minha irmã nunca tocou em arma na vida dela. Depois dessa ameaçava, ela está se preparando. Não é o que ela queria, mas é a oportunidade que ela está tendo, por esse decreto, de proteger a vida dela. Eu peço para vocês, por favor, não tirem esse direito dela. Diversos senadores ressaltaram que não estavam debatendo a flexibilização ou não do porte de armas, mas sim a maneira pela qual ela foi feita, ou seja, por meio de decreto. Espiridião Amin (PP-SC), por exemplo, votou pela derrubada do decreto, mas defendeu que o Legislativo debata essa questão em breve. 9 G1. Cidades brasileiras têm transporte público parcialmente parado e protestos nesta sexta-feira. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/06/14/cidades-brasileiras-tem-paralisacoes-em-servicos-publicos-nesta-sexta-feira.ghtml. Acesso em 14 de junho de 2019. 10 Amanda Almeida. Daniel Gullino. Comissão do Senado aprova projeto que derruba decreto de armas de Bolsonaro. O Globo. https://oglobo.globo.com/brasil/comissao-do-senado-aprova-projeto-que-derruba-decreto-de-armas-de-bolsonaro-23734402. Acesso em 13 de junho de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 18 — Voto por considerar que este decreto exorbita, reconhecendo que será muito apropriado que o Legislativo trate desde assunto na forma constitucional e legal devida. Mesmo na discussão do mérito, houve discordância sobre os efeitos do decreto. Para o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), ele é necessário porque a política desarmamentista falhou em evitar homicídios. — O que mais em impressiona é como parece que estamos vivendo em um paraíso de segurança pública. Estou vendo os senadores defendendo um modelo falido. O Brasil é recordista mundial por homicídio cometido por arma de fogo. Por causa dessa política desarmamentista. Já Alessandro Vieira (PPS-ES) ressaltou a possibilidade da flexibilização facilitar o desvio de armas e munição. — O desordenamento que está sendo promovido pelo decreto, a desregulamentação excessiva, a concessão de calibres absurdos, quantidade de munição absurdas, ele só ajuda ao fabricante de arma e ao criminoso. Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta- voz11 Golpe que deu início a ditadura militar no Brasil completará 55 anos no próximo dia 31. Segundo Otávio Rêgo Barros, para Bolsonaro movimento militar de 1964 não foi golpe. O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (25/03) que o presidente Jair Bolsonaro determinou ao Ministério da Defesa que faça as "comemorações devidas" pelos 55 anos do golpe que deu início a uma ditadura militar no país. O golpe militar que depôs o então presidente João Goulart ocorreu em 31 de março de 1964. Após o ato, iniciou-se uma ditadura que durou 21 anos. No período, não houve eleição direta para presidente. O Congresso Nacional chegou a ser fechado, mandatos foram cassados e houve censura à imprensa. Na semana passada, Rêgo Barros havia dito que não haveria nenhum tipo de comemoração relacionada à data. Nesta segunda, porém, o porta-voz mudou o discurso. "O nosso presidente já determinou ao Ministério da Defesa que faça as comemorações devidas com relação a 31 de março de 1964, incluindo uma ordem do dia, patrocinada pelo Ministério da Defesa, que já foi aprovada pelo nosso presidente", afirmou Rêgo Barros durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto. Questionado por jornalistas sobre o que seriam as "comemorações devidas", Rêgo Barros respondeu: "Aquilo que os comandantes acharem dentro das suas respectivas guarnições e dentro do contexto em que devam ser feitas". Ele afirmou que não há previsão de nenhum tipo de ato no Palácio do Planalto no próximo dia 31. Desde o período em que foi deputado federal, Bolsonaro sempre defendeu que o Brasil não viveu uma ditadura entre 1964 e 1985, mas, sim, um "regime com autoridade". De acordo com o porta-voz da Presidência, o agora presidente da República não considera que houve um golpe militar em 1964. "O presidente não considera 31 de março de 1964 um golpe militar.Ele considera que a sociedade, reunida e percebendo o perigo que o país estava vivenciando naquele momento, juntou-se, civis e militares, e nós conseguimos recuperar e recolocar o nosso país em um rumo que, salvo o melhor juízo, se isso não tivesse ocorrido, hoje nós estaríamos tendo algum tipo de governo aqui que não seria bom para ninguém", disse. Ao votar a favor do impeachment da então presidente Dilma Rousseff, Bolsonaro homenageou em plenário o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido pela Justiça de São Paulo como torturador durante o regime militar. Para Bolsonaro, Ustra é um "herói brasileiro". Segundo a Comissão da Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram durante o período – somente 33 corpos foram localizados. Diante disso, a comissão entregou em 2014 à então presidente Dilma Rousseff um documento no qual responsabilizou 377 pessoas pelas mortes e pelos desaparecimentos durante a ditadura. Reforma da Previdência Na mesma entrevista, Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro está “disposto” e “aberto” a realizar a interlocução com deputados e senadores para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional. “O presidente fará todos os esforços necessários para que a proposta da Previdência avance, sob a batuta agora do Congresso Nacional, mas entendendo que ele é parte dessa solução”, disse. 11 Guilherme Mazui. Bolsonaro determinou que Defesa faça as 'comemorações devidas' do golpe de 64, diz porta-voz. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/03/25/bolsonaro-determinou-que-defesa-faca-as-comemoracoes-devidas-do-golpe-de-64-diz-porta- voz.ghtml?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=g1. Acesso em27 de março de 2019 Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 19 Nos últimos dias, Bolsonaro e Maia travaram um duelo de declarações sobre a responsabilidade pela articulação e aprovação da reforma. O porta-voz disse que o presidente pretende buscar a paz na relação com os parlamentares. “Embora não tenha sido boina azul, ele [Bolsonaro] tem como lema ‘tudo pela paz’. Então, ele procurará, como sempre procurou, a paz a fim de, por meio da interlocução convencer e até aceitar ser convencido. Embaixada em Israel O porta-voz foi perguntando se Bolsonaro cogita anunciar durante viagem a Israel, a partir de sábado (30/03), a transferência da embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém, uma das promessas que fez após ter sido eleito. Rêgo Barros afirmou que Bolsonaro defende mais tempo para avaliar a questão. “Nosso presidente vem advogando que merece um estudo um pouco mais aprofundado, que ele o fará ao longo do tempo e no tempo necessário”, disse. Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ12 Mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da Justiça Federal do Rio de Janeiro. Procurada pela G1, a defesa do ex-presidente não atendeu. O ex-presidente Michel Temer foi preso em São Paulo na manhã desta quinta-feira (21/03) pela força- tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. Os agentes também prenderam o ex-ministro Moreira Franco no Rio. A PF cumpre mandados contra mais seis pessoas, entre elas empresários. Preso, Temer será levado para o Aeroporto de Guarulhos, onde vai embarcar em um voo e será levado ao Rio de Janeiro em um avião da Polícia Federal. O ex-presidente deve fazer exame de corpo de delito do IML em um local reservado e não deve ser levado à sede da PF de São Paulo, na Lapa. Os mandados foram expedidos pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro. A prisão de Temer é preventiva. Temer falou por telefone ao jornalista Kennedy Alencar, da CBN, no momento em que havia sido preso. O ex-presidente afirmou que a prisão "é uma barbaridade". Desde quarta-feira (20/03), a PF tentava rastrear e confirmar a localização de Temer, sem ter sucesso. Por isso, a operação prevista para as primeiras horas da manhã desta quinta-feira atrasou. O G1 ligou para a defesa de Temer, mas até a última atualização desta reportagem os advogados não haviam atendido a ligação. O G1 falou às 11h40 com o advogado Rafael Garcia, que defende o ex-ministro de Minas e Energia Moreira Franco em um dos inquéritos contra ele no STF, mas ele disse que não estava autorizado a falar e orientou a procurar o advogado Antônio Pitombo. A reportagem ligou para o escritório de Pitombo, mas não conseguiu falar com ele. O MDB, partido do ex-presidente, divulgou uma nota. "O MDB lamenta a postura açodada da Justiça à revelia do andamento de um inquérito em que foi demonstrado que não há irregularidade por parte do ex-presidente da República, Michel Temer e do ex-ministro Moreira Franco. O MDB espera que a Justiça restabeleça as liberdades individuais, a presunção de inocência, o direito ao contraditório e o direito de defesa", diz o texto. Inquéritos contra Temer Temer é um dos alvos da Lava Jato do Rio. A prisão teve como base a delação de José Antunes Sobrinho, dono da Engevix. O empresário disse à Polícia Federal que pagou R$ 1 milhão em propina, a pedido do coronel João Baptista Lima Filho (amigo de Temer), do ex-ministro Moreira Franco e com o conhecimento do presidente Michel Temer. A Engevix fechou um contrato em um projeto da usina de Angra 3. Além deste inquérito, o ex-presidente Michel Temer responde a nove inquéritos. Cinco deles tramitavam no Supremo Tribunal Federal (STF), pois foram abertos à época em que o emedebista era presidente da República e foram encaminhados à primeira instância depois que ele deixou o cargo. Os outros cinco foram autorizados pelo ministro Luís Roberto Barroso em 2019, quando Temer já não tinha mais foro privilegiado. Os inquéritos foram enviados à primeira instância. Michel Temer (MDB) foi o 37º presidente da República do Brasil. Ele assumiu o cargo em 31 de agosto de 2016, após o impeachment de Dilma Rousseff, e ficou até o final do mandato, encerrado em dezembro do ano passado. 12 A, Guimarães. Soares, P. R. Martins, M. A. Michel Temer e Moreira Franco são presos pela Lava Jato do RJ. https://g1.globo.com/rj/rio-de- janeiro/noticia/2019/03/21/forca-tarefa-da-lava-jato-faz-operacao-para-prender-michel-temer-e-moreira-franco.ghtml. Acesso em 21 de março de 2019 Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 20 Eleito vice-presidente na chapa de Dilma duas vezes consecutivas, Temer chegou a ser o coordenador político da presidente, mas os dois se distanciaram logo no começo do segundo mandato. Formado em direito, Temer começou a carreira pública nos anos 1960, quando assumiu cargos no governo estadual de São Paulo. Ao final da ditadura, na década de 1980, foi deputado constituinte e, alguns anos depois, foi eleito deputado federal quatro vezes seguidas. Chegou a ser presidente do PMDB por 15 anos. Senado aprova multa para empregador que pagar salário diferente para homem e mulher Proposta pretende assegurar igualdade de remuneração entre gêneros. Antes de virar lei, texto ainda terá que ser votado pela Câmara dos Deputados e sancionado pelo presidente. O Senado aprovou nesta quarta-feira (13/03) uma proposta que prevê multa para o empregador que não pagar o mesmo salário para homens e mulheres que exercem a mesma função. A proposta, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), segue agora para a análise da Câmara. Se for aprovado pelos deputados, o texto também terá que ser sancionado pelo presidente da República para virar lei. Pela proposta, a empresa que descumprir a regra será multada em valor correspondente ao dobro da diferença salarial verificada, calculada sobre cada mês em que ocorreu o pagamento desigual. O valor da multa, segundo o projeto, será repassado à vítima da discriminação. A igualdade salarial entre homens e mulheres é prevista na CLT, que diz que "a todo trabalho de igual valor corresponderá salárioigual, sem distinção de sexo". No entanto, defensores da proposta afirmam que a regra nem sempre é seguida. "A diferença salarial entre homem e mulher fere o princípio da isonomia consagrado em nossa Constituição e legislação vigente. Contudo, e apesar das inúmeras políticas de igualdade de gênero promovidas pelas mais diversas organizações, sejam públicas ou privadas, ainda se registram casos de discriminação contra a mulher no que se refere a remuneração", escreveu o autor do projeto, senador Fernando Bezerra (MDB-PE), na justificativa da proposta. O texto também prevê multa para o empregador que, além do sexo, considerar a idade, a cor ou situação familiar como variável determinante para fins de remuneração, formação profissional e oportunidades de ascensão profissional. Governo publica decreto que concede indulto para presos com doenças graves13 Presidente assinou decreto de perdão de pena restrito e humanitário para doentes graves e terminais nesta sexta-feira (08/02). Decreto foi publicado no 'Diário Oficial da União' nesta segunda. O governo federal publicou nesta segunda-feira (11/02), no "Diário Oficial da União", indulto humanitário (perdão de pena) para presos brasileiros e estrangeiros com doenças graves e terminais. O decreto proíbe indulto a condenados por corrupção, crimes hediondos e de tortura, entre outros. Bolsonaro assinou o decreto na sexta-feira (08/02), no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde está internado desde o dia 28 de janeiro em razão de uma cirurgia para retirar a bolsa de colostomia e religar o intestino. De acordo com o decreto, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro, caberá ao juiz de cada caso a decisão de conceder ou não o indulto, depois de ouvir o Ministério Público e a defesa do condenado. O texto prevê indulto nos seguintes casos: - por paraplegia, tetraplegia ou cegueira adquirida posteriormente à prática do delito ou dele consequente, comprovada por laudo médico oficial, ou, na falta do laudo, por médico designado pelo juízo da execução; - por doença grave, permanente, que, simultaneamente, imponha severa limitação de atividade e que exija cuidados contínuos que não possam ser prestados no estabelecimento penal, desde que comprovada por laudo médico oficial, ou, na falta do laudo, por médico designado pelo juízo da execução; ou - por doença grave, neoplasia maligna ou síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids), desde que em estágio terminal. 13 G1. Governo publica decreto que concede indulto para presos com doenças graves. G1 Política. https://g1.globo.com/politica/noticia/2019/02/11/decreto-que- concede-indulto-para-presos-com-doencas-graves-e-publicado-no-diario-oficial.ghtml. Acesso em 11 de fevereiro de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 21 O indulto fica proibido nos seguintes casos: - Condenados por crimes hediondos; - Crimes com grave violência contra pessoa; - Crimes de tortura; - Envolvimento com organizações criminosas; - Terrorismo; - Violação e assédio sexual; - Estupro de vulnerável; - Corrupção de menores; - Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente; - Favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável; - Peculato; - Concussão; - Corrupção passiva; - Corrupção ativa; - Tráfico de influência; - Vender/transportar ou se envolver com drogas; O indulto é geralmente concedido todos os anos, em período próximo ao Natal. A prática está prevista na Constituição como atribuição exclusiva do presidente da República. Depois de eleito, em novembro do ano passado, Bolsonaro afirmou em rede social que não concederia indulto a presos em seu governo. Decreto polêmico No fim do ano passado, o ex-presidente Michel Temer decidiu não editar o decreto de indulto de Natal. O indulto concedido por ele em 2017 está em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O julgamento foi interrompido em novembro do ano passado por um pedido de vista. Seis ministros votaram a favor do decreto e dois contras. Faltam os votos de outros três ministros. Na época da assinatura do indulto, o coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, procurador Deltan Dallagnol, chegou a dizer que o decreto de Temer era um "feirão de natal para corruptos". Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia14 A juíza federal Gabriela Hardt, da Operação Lava Jato, condenou nesta quarta-feira, (06/02), o ex- presidente Luiz Inácio Lula da Silva a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro na ação penal que envolve o sítio Santa Bárbara, em Atibaia. O petista foi sentenciado por supostamente receber R$ 1 milhão em propinas referentes às reformas do imóvel, que está em nome de Fernando Bittar, filho do amigo de Lula e ex-prefeito de Campinas, Jacó Bittar. Segundo a sentença, as obras foram custeadas pelas empreiteiras OAS e Odebrecht. A pena é maior do que a imposta pelo ex-juiz federal Sérgio Moro. Em julho de 2017, o então magistrado da Lava Jato condenou o ex-presidente no caso triplex a 9 anos e seis meses de prisão. A sentença de Gabriela Hardt tem 360 páginas. Também foram condenados os empresários José Adelmário Pinheiro Neto, o Léo Pinheiro, ligado a OAS, a 1 ano, 7 meses e 15 dias, o pecuarista José Carlos Bumlai a 3 anos e 9 meses, o advogado Roberto Teixeira a 2 anos de reclusão, o empresário Fernando Bittar (proprietário formal do sítio) a 3 anos de reclusão e o empresário ligado à OAS Paulo Gordilho a 3 anos de reclusão. A juíza condenou os empresários Marcelo Odebrecht a 5 anos e 4 meses, Emilio Odebrecht a 3 anos e 3 meses, Alexandrino Alencar a 4 anos e Carlos Armando Guedes Paschoal a 2 anos. O engenheiro Emyr Diniz Costa Junior recebeu 3 anos de prisão. Todos são delatores e, por isso, vão cumprir as penas acertadas em seus acordos. Gabriela Hardt absolveu Rogério Aurélio Pimentel, o ‘capataz’ das obras do sítio. 14 Brandt, R. Vassallo, Affonso, J. Macedo, F. Lula é condenado por Gabriela Hardt a 12 anos e 11 meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no sítio de Atibaia. Estadão Política. https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/gabriela-hardt-condena-lula-a-12-anos-e-11-meses-de-prisao-por-corrupcao-e- lavagem-de-dinheiro-no-sitio-de-atibaia/?utm_source=twitter:newsfeed&utm_medium=social-organic&utm_campaign=redes- sociais:022019:e&utm_content=:::&utm_term=. Acesso em 07 de fevereiro de 2019. Apostila gerada especialmente para: Josnei Maicon Elias Costa Riva 069.998.129-85 22 A Lava Jato afirma que o sítio passou por três reformas: uma sob comando do pecuarista José Carlos Bumlai, no valor de R$ 150 mil, outra da Odebrecht, de R$ 700 mil e uma terceira reforma na cozinha, pela OAS, de R$ 170 mil, em um total de R$ 1,02 milhão. Propriedade A juíza federal Gabriela Hardt afirmou que a família do petista ‘usufruiu do imóvel como se dona fosse’. “Inclusive, em 2014, Fernando Bittar alegou que sua família já não o frequentava com assiduidade, sendo este usado mais pela família de Lula”, anotou a juíza. A magistrada afirmou, no entanto, que a ação penal não ‘passa pela propriedade formal do sítio’. Em sentença, Hardt considerou que o valor de R$ 1 milhão empregado por OAS, Schahine Odebrecht no Sítio Santa Bárbara foram propinas em benefício do ex-presidente. Ela ressalta que a denúncia oferecida pela Operação Lava Jato narra “reforma e decoração de instalações e benfeitorias” que teriam sido realizadas em benefício de Luiz Inácio Lula da Silva e família. “O registro da propriedade do imóvel em que realizadas tais reformas está em nome de Fernando Bittar, também réu nos presentes autos, pois a ele imputado auxílio na ocultação e dissimulação do verdadeiro
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