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Características da Jurisdição e Ementas Jurisprudenciais

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Primeira Avaliação de Processo de Conhecimento 
 
Respostas:
Primeira questão: 
As características da Jurisdição;
Substitutividade: Ao decidir ingressar com uma ação, ou seja, iniciar um processo na esfera do judiciário, a parte está aceitando que a sua vontade seja substituída pela vontade da lei. Assim, o juiz, que deve ser imparcial e julgar de acordo com os limites e conceitos definidos em lei, deixa de aplicar a vontade das partes, para aplicar as normas do ordenamento jurídico;
Lide: Outra característica essencial à jurisdição é a existência de conflito entre as partes.
À medida que X deseja algo e Y se nega a atender sua vontade, o Estado é acionado como forma de solucionar o conflito;
Inércia: O Estado deverá ser procurado pelas partes, não sendo dado a ele iniciar uma ação processual sem que as partes tenham decidido desse modo;
Unidade: O ordenamento jurídico é uno, de forma a proporcionar segurança jurídica de que as leis aplicadas em todo território obedecem aos mesmos critérios, não havendo distinção de interpretação ou julgamento;
Imparcialidade: Conforme outrora mencionado, o juiz deve julgar o caso concreto de modo imparcial, com base na lei e não em critérios subjetivos;
Definitividade: Após a lide ser resolvida pelo Poder Judiciário, às partes só cabe aceitar a decisão, haja vista que após o fim do processo, ocorre a coisa julgada, que impede as partes de retornarem a discutir sobre o mesmo assunto.
Ementas jurisprudenciais
01) Em matéria de consumidor, imagine que o conflito entre as partes pode surgir a partir de uma cobrança indevida de energia elétrica.
Desse modo, o consumidor não concordando com os valores cobrados, aciona o judiciário para ver solucionado seu conflito.
Assim, caberá ao juiz decidir sobre qual parte possui razão (direito), de modo imparcial e desinteressado, aplicando as leis do ordenamento ao caso concreto.
 02)
1.	BREVE SÍNTESE DOS FATOS
Alega a Autora que no dia 06/06/2020, por volta das 18:00h, seu filho José Vieira da Silva foi atingido pelo veículo de propriedade do Requerido.
Afirma que o Requerido teria emprestado o veículo de sua propriedade ao segundo requerido, sendo este o sr. Lucas Macedo, sabendo que este estava com suspensão do direito de dirigir por tempo indeterminado, desde 11/10/2017, conforme decisão judicial dos autos do processo nº 201840600435.
Alega que o Requerido se quedou inerte em solucionar a demanda.
No entanto, as ilações ventiladas pela parte autora não condizem com a verdade ocorrida no infortúnio, bem como os pedidos não devem ser acolhidos, conforme demonstrará a seguir.
2.	NA VERDADE DOS FATOS
A priori é preciso mencionar que as alegações trazidas pela Demandante destoam da realidade, vez que o Requerido sequer estava no momento do acidente, conforme será a seguir demonstrado. 
É de suma importância antes de mais nada, esclarecer que o primeiro Requerido sr. George, pai do segundo Requerido (Sr. Lucas), não sabia da existência da ação de cobrança em face do seu filho, nem que a mesma havia culminado na Suspensão do direito de dirigir daquele, como também não sabia que seu filho havia pegado um dos seus veículos.
Como já mencionado este Requerido, não se encontrava no local do acidente, passando a ter conhecimento sobre os fatos horas após o acontecido.
Prima ressaltar, que ao analisar os pontos de impacto no veículo constante no Boletim de Acidente de Trânsito elaborado pelos Policiais Militares com competência sobre a via deixa esclarecer que na verdade a vítima estava realizando uma conversão à esquerda, quando deixou de agir com os devidos cuidados para realizar da manobra naquela rodovia ocasionando o resultado morte.
Diante disso, urge a necessidade da realização de análise por perito expert em trânsito para tornar a situação mais clara e dar mais segurança a este Juízo para decidir a lide. 
Sem qualquer prejuízo já podemos afirmar que inexiste qualquer liame entre o Réu e o resultado, sendo este ocasionado por culpa exclusiva da própria vítima, situação que ficará caracterizada com uma simples análise dos pontos de impacto ocorridos no veículo bem como de uma leitura das normas gerais de circulação e conduta previstas no Art. 28, 35,36, 37 e 38 do Código de Trânsito Brasileiro.
Importa ressaltar mais uma vez que o Requerido não estava presente no momento do acidente, e sequer sabia que o outro Demandado estava com a carteira suspensa e tampouco com um de seus veículos, entretanto cabe refutar as alegações trazidas pela Autora.
Um fato falsamente alegado é que o Sr. Lucas, o outro Requerido que conduzia do veículo de propriedade desde Demandado, encontrava-se embriagado e acompanhado com cervejas no automóvel, quando na verdade inexistiu qualquer indício de que o condutor se encontrava em tal estado, cabendo inclusive refutar totalmente as imagens trazidas pela Autora que mostram uma sacola com garrafas de tal bebida. 
Ora Excelência, tudo não se passa de uma montagem e simulação, sem nem mesmo serem tais fotos datadas, ou que haja qualquer comprovação de que elas estavam com o condutor do veículo, até porque os agentes acionados para acompanhar o acidente de trânsito não encontraram qualquer desses indícios, sejam eles garrafas de cerveja ou comportamento suspeito que levasse a crer o estado de embriaguez do condutor.
Afastada a hipótese da embriaguez do condutor, conforme supramencionado, o filho da Autora, conduzia a motocicleta no acostamento para realizar manobra de conversão na via, realizando uma manobra imprudente, invadindo o espaço enquanto o condutor do veículo transitava, vindo a colidir com o mesmo, e apesar de o condutor, transitar em velocidade aceita dentro do limite da rodovia, dadas as circunstâncias foi impossível frear para que se pudesse evitar tal colisão, o que infelizmente convém ressaltar que, qualquer condutor no sentido em que o Sr. Lucas estava, embriagado ou não, seria inevitável tal acidente em razão da manobra feita pelo filho da Requerente.
Outra alegação trazida é a que o condutor (Sr. Lucas) havia deixado o local sem prestar qualquer assistência ou socorro à vítima, o que também merece ser refutado vez que, ao tentar prestar os primeiros socorros, populares o agrediram, o que tornou impossível a permanência no local, assim , a evasão do lugar não guardou nenhuma relação com embriaguez, muito pelo contrário, vez que é inexistente, inclusive o outro Requerido/Condutor fora agredido por um cidadão de prenome Tatu, de fisionomia magro e pele clara, que estava acompanhado de um segundo cidadão pilotando uma moto Honda modelo Pop, os quais, após agredir o condutor disseram que pegariam uma arma de fogo para tirar a vida do condutor.
Insta constar ainda que o outro Requerido/Condutor não abandonou local, mas sim chamou o SAMU.
Inclusive o horário do acidente é mentiroso, pois o mesmo aconteceu por volta de 16:50, não 18:00. 
Assim, infelizmente, com a ação do filho da Autora dotado de imperícia e imprudência operou no acostamento com sua motocicleta uma conversão perigosa, enquanto o condutor realizava uma ultrapassagem dentro dos limites de velocidade, veio a ocasionar a colisão em espécie.
Logo, o alegado pela Autora, não condiz com a realidade dos fatos. Ocorre que as alegações da Requerente são absolutamente infundadas e seu pedido não merece prosperar.
3. PRELIMINARMENTE 
3.1 IMPUGNAÇÃO À GRATUIDADE DA JUSTIÇA
A lei nº 13.105, nos artigos 99 e 100 esclarece que a parte contrária pode oferecer impugnação na contestação. Vejamos:
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.
Art. 100. Deferido o pedido, a parte contrária poderá oferecer impugnação na contestação, na réplica, nas contrarrazões de recurso ou, nos casos de pedido superveniente ou formulado por terceiro, por meio de petição simples, a ser apresentada no prazo de 15 (quinze) dias, nos autos do próprio processo, sem suspensão de seu curso.”
Já com fulcro no art. 337, da respectiva lei, esclarece:Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça
O caput do art. 98 do NCPC dispõe sobre aqueles que podem ser beneficiários da justiça gratuita:
“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei”
Entretanto, tratando-se de requerente pessoa jurídica a simples afirmação do alegado estado de pobreza, ou seja, de que faz jus aos benefícios da justiça gratuita, acompanhada de requerimento, não é suficiente para caracterizar a exigência justiça gratuita, sendo indispensável demonstrar cabalmente nos autos a sua insuficiência de recursos financeiros.
Nesse sentido, os tribunais pátrios, inclusive o Colendo Superior Tribunal de Justiça, com entendimento já sumulado (súmula nº 481), já se pronunciaram:
Súmula 481: Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais
Vejamos os entendimentos dos tribunais Superiores, em casos análogos:
PROCESSO CIVIL - AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA A PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO - DESCABIMENTO - NÃO COMPROVAÇÃO DOS REQUISITOS LEGAIS.1. É inviável a concessão do benefício da assistência judiciária gratuita quando o interessado não comprova sua situação financeira precária.2. A alegação de a empresa estar em dificuldades financeiras, por si só, não tem o condão de justificar o deferimento do pedido de justiça gratuita, não sendo possível ao STJ rever o entendimento das instâncias ordinárias, quando fundamentado no acervo probatório dos autos, sem esbarrar no óbice da Súmula 7/STJ.3. Agravo regimental não provido. (STJ AgRg no AREsp 360.576/MG, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/11/2013, DJe 29/11/2013)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REVISÃO. CONTRATO BANCÁRIO. INDEFERIMENTO DO PLEITO DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA À PESSOA JURÍDICA. LEI N. 1.060, DE 5.2.1950. SIMPLES ALEGAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA QUE NÃO SE MOSTRA SUFICIENTE PARA O DEFERIMENTO DA BENESSE. RESOLUÇÃO N. 04/06-CM. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DA PRECARIEDADE DE RECURSOS FINANCEIROS QUE IMPÕE O SEU INDEFERIMENTO. RECURSO DESPROVIDO. Ausente a prova de que a pessoa jurídica exploradora da atividade mercantil não possui condições de suportar o ônus da sucumbência, persiste o que foi decidido no primeiro grau. (TJSC, Agravo de Instrumento n. 2013.015808-8, de Palhoça, rel. Des. Jânio Machado, j. 07-11-2013).
IMPUGNAÇÃO À CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. PESSOA JURÍDICA. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DO ESTADO DE NECESSIDADE. - Em se tratando de pessoa jurídica, exige-se a comprovação do estado de necessidade para a concessão da assistência judiciária gratuita. A recuperação judicial ou o estado de falência não gera a favor da empresa a presunção da impossibilidade do pagamento das custas processuais. Não demonstrada a alegada hipossuficiência de recursos, impõe-se a revogação do benefício indevidamente concedido. Recurso provido"(TJMG - Apelação Cível 1.0079.08.398393-6/001 - Rel. Des. Wagner Wilson - Julgamento em 03/12/2010 - Publicação no DJe em 28/01/2011)
De fato, impedir à concessão do benefício às pessoas jurídicas, vai de encontro a norma constitucional insculpida no art. 5º, inciso LXXIV, a qual estabelece que o “Estado prestará assistência jurídica e integral aos que comprovarem insuficiência de Recursos”, o que não ocorre no caso em questão, uma vez que não há qualquer documentação comprovando a insuficiência de Recursos, apenas uma mera declaração.
Desta forma, PRELIMINARMENTE requer que seja REVOGADO o benefício da justiça gratuita anteriormente concedido à parte autora, uma vez, por ser medida de direito, e com o intuito de não banalizar o instituto.

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