Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. Ma. Roberta Silva UNIDADE I Ciências Contábeis Interdisciplinar Rotinas Contábeis Contador Contabilidade Industrial Interdisciplinaridade Apresentação Influência Tecnológica Das tarefas mecânicas à Consultoria Sistema de Informações Integração Críticas à Contabilidade Relevância Usuários externos Falta de envolvimento Conveniência Questionamentos Normas Americanas O desafio da Contabilidade no padrão internacional Ápice da crise em 2008/2009 Normatização da Contabilidade e o G20 IASB – International Accounting Standards Boards (Comissão Internacional de Normas Contábeis) FASB – Financial Accounting Standards Boards (Comissão de Normas Contábeis dos Estados Unidos da América) Padronização e relevância Características qualitativas O desafio da Contabilidade no padrão internacional IFRS – International Financial Reporting Standards (Normas Internacionais de Contabilidade) Globalização União Europeia Circulação de capitais Necessidade de padronizar Brasil e ordenamento jurídico “A compreensão de regras internacionais é muito difícil porque as regras têm diferentes significados: na Alemanha, tudo é proibido a menos que esteja explicitamente previsto na lei, enquanto na Inglaterra tudo é permitido a menos que esteja explicitamente proibido em lei. No Irã, tudo é proibido, mesmo que esteja permitido na lei, enquanto na Itália tudo é permitido, especialmente se é proibido”. Walton (apud NIYAMA, 2005) O desafio da Contabilidade no padrão internacional Telecomunicação ERPs - Enterprise Resource Planning (Planejamento dos Recursos Empresariais) Novas exigências ao Contador Maior volume de dados a serem trabalhados Conhecimento O desafio da Contabilidade no padrão internacional A divisão mundial após a II Guerra Mundial: EUA e União Soviética e aliados de ambos Fim da União Soviética: EUA e Europa BRIC: Brasil, Rússia, Índia e China Países islâmicos: lei Sharia Essas ocorrências se relacionam com a Contabilidade Novos mercados: BRICS e finanças islâmicas Analise as afirmações apresentadas e escolha a alternativa incorreta: a) A necessidade e a preocupação com a padronização contábil ocorreram mediante a crise dos anos 2008-2010. b) Para a realização da padronização, várias entidades uniram esforços para desenvolver um trabalho conjunto. c) Atualmente existem empresas virtuais não vistas antes da globalização. d) A globalização modificou os negócios empresariais exigindo mais do contador. e) O conceito de valor justo traz relevância à informação contábil. Interatividade Analise as afirmações apresentadas e escolha a alternativa incorreta: a) A necessidade e a preocupação com a padronização contábil ocorreram mediante a crise dos anos 2008-2010. b) Para a realização da padronização, várias entidades uniram esforços para desenvolver um trabalho conjunto. c) Atualmente existem empresas virtuais não vistas antes da globalização. d) A globalização modificou os negócios empresariais exigindo mais do contador. e) O conceito de valor justo traz relevância à informação contábil. Resposta O que são Princípios? Características: ser praticável; ser útil Todas as áreas de conhecimento se desenvolvem baseadas em princípios Mediante a aceitação do grupo Alguns princípios: o da entidade, oportunidade, continuidade, registro pelo valor original, prudência, competência... Princípios de Contabilidade O professor José Carlos Marion (2005) evidencia que: PRINCÍPIO DA ENTIDADE: reconhece a autonomia patrimonial da empresa, diferenciando o patrimônio particular dos sócios do patrimônio da entidade. PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: pressupõe que a entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais levam em conta essa circunstância. Princípios de Contabilidade “[...] os princípios, preceitos, normas e regras convencionais são necessários para fundamentar as técnicas ou doutrinas e orientar os profissionais da Contabilidade na utilização de parâmetros para realização de suas atividades”. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas. PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL: determina que os componentes patrimoniais devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: determina que os efeitos das transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento. PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA: determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais e alterem o patrimônio líquido. Princípios de Contabilidade A Resolução 750/93 e alterada em 2010 por meio da Resolução 1.282/10, as quais dispunham sobre os Princípios da Contabilidade, foi revogada com efeitos a partir de janeiro/2017, vejamos o que o CFC nos orienta: Princípios de Contabilidade Revogação da Resolução 750/93 É o fim dos Princípios Contábeis? Revogar a Resolução nº 750/1993, porém, não significa que os Princípios de Contabilidade estejam extintos. A revogação das resoluções visa à unicidade conceitual, indispensável para evitar divergências na concepção doutrinária e teórica, que poderiam comprometer aspectos formais das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs). Conforme o Professor Iudícibus (2008) afirma: Princípios contábeis são premissas básicas sobre os fenômenos e eventos contemplados pela Contabilidade. QUAL O MOTIVO DA REVOGAÇÃO? Princípios de Contabilidade A convergência internacional, iniciada em 2008, foi desenvolvida mediante a adaptação e tradução das normas internacionais de Contabilidade à realidade brasileira. Com isso, os Princípios de Contabilidade, sob o ponto de vista das Estruturas Conceituais dos setores privado e público, passaram a ser comportados dentro das normas específicas, respectivamente, a NBC TG Estrutura Conceitual (Resolução nº 1.374/2011) e NBC TSP EC. Diante desses fatos, tornou-se necessária e natural a revogação da Resolução nº 750/1993, para evitar eventual conflito de referência conceitual. A segunda revisão foi publicada no D.O.U. em 16/12/2019. Conceito de true and fair value – valor justo e verdadeiro Características: ser praticável; ser útil O FASB norte-americano, por meio de seu pronunciamento SFAS 157, definiu valor justo como: “o valor que seria recebido ao vender um ativo, ou pago ao transferir um passivo em uma operação normal, entre participantes do mercado na data de mensuração”. Prática anterior: um ativo deveria ser mantido a custo de aquisição Nova prática: os ativos sofrem modificações ao longo do tempo Segundo estudo desenvolvido por Barreto (2009), Iudícibus e Martins (2007, p. 3): “O montante pelo qual um determinado item poderia ser transacionado entre participantes dispostos e conhecedores do assunto numa transação sem favorecimento”. Conceito de fair value – valor justo Conceito de valor justo segundo o CPC 46 – Mensuração do Valor Justo (item 9): “Este Pronunciamento define valor justo como o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração”. Nos itens 22 e 23 há a disposição sobre “Participantes do mercado”: “A entidade deve mensurar o valor justo de um ativo ou passivo utilizando as premissas que os participantes do mercado utilizariam ao precificar o ativo ou o passivo, presumindo-se que os participantes do mercado ajam em seu melhor interesse econômico”. (Item 22) O conceito de fair value – valor justo Ao desenvolver essas premissas, a entidadenão precisa identificar participantes do mercado específico. Em vez disso, a entidade deve identificar características que distinguem os participantes do mercado de modo geral, considerando fatores específicos para todos os itens seguintes: (a) ativo ou passivo; (b) mercado principal (ou mais vantajoso) para o ativo ou passivo; e (c) participantes do mercado com os quais a entidade realizaria uma transação nesse mercado. O conceito de fair value – valor justo O “Preço” é tratado no item 24: Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada no mercado principal (ou mais vantajoso) na data de mensuração nas condições atuais de mercado (ou seja, um preço de saída), independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado utilizando-se outra técnica de avaliação. Exemplos: máquinas, marcas e patentes, veículos. O conceito de fair value – valor justo Observe com atenção as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa correta: I – Os Princípios Contábeis servem como base para as práticas a se realizarem amparadas na aceitação ampla dos estudiosos dessa área. II – Todas as áreas do conhecimento se desenvolvem com base nos princípios que são o alicerce das técnicas e doutrinas. III – As características essenciais dos princípios contemplam que esses sejam praticáveis e úteis. a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. b) Apenas a afirmativa III é falsa. c) As afirmativas I, II e III são verdadeiras e a III tem relação com a I. d) As afirmativas I, II e III são verdadeiras e possuem relação entre si. e) Apenas a afirmativa II é verdadeira. Interatividade Observe com atenção as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa correta: I – Os Princípios Contábeis servem como base para as práticas a se realizarem amparadas na aceitação ampla dos estudiosos dessa área. II – Todas as áreas do conhecimento se desenvolvem com base nos princípios que são o alicerce das técnicas e doutrinas. III – As características essenciais dos princípios contemplam que esses sejam praticáveis e úteis. a) Apenas a afirmativa I é verdadeira. b) Apenas a afirmativa III é falsa. c) As afirmativas I, II e III são verdadeiras e a III tem relação com a I. d) As afirmativas I, II e III são verdadeiras e possuem relação entre si. e) Apenas a afirmativa II é verdadeira. Resposta Vida econômica e da vida útil de determinado ativo Benefício econômico consecução; após uma atividade Vida útil e vida econômica tempo; quanto dura Exemplos: computadores, softwares, maquinário. Conceitos importantes para a aplicação do IFRS e as características qualitativas das demonstrações financeiras Convergência Harmonização Padronização IFRS, CPC e NBC Convergência De acordo com CPC (2012), Pronunciamento Conceitual Básico (R1), as demonstrações devem ser: compreensíveis relevantes materiais ou importantes para os usuários confiáveis comparáveis O CPC (2012), Pronunciamento Conceitual Básico (R1), indicou como características qualitativas dos relatórios contábeis duas classes de características: as características qualitativas fundamentais as características qualitativas de melhoria Características qualitativas das demonstrações contábeis Características qualitativas fundamentais: Relevância. Materialidade. Representação fidedigna. Características qualitativas de melhoria: Comparabilidade. Verificabilidade. Tempestividade. Compreensibilidade. Características qualitativas de melhoria Relevância: Avaliação do passado, presente e futuro; A relevância da informação financeira é afetada pela sua natureza e materialidade. Materialidade: Utilidade para os usuários; qual o impacto da omissão ou inexatidão. Características qualitativas fundamentais Comparabilidade: Permitir a comparação; Verificabilidade: Garantia da informação prestada; Tempestividade: Exatidão no tempo; oportunidade; Compreensibilidade Fácil entendimento. Características qualitativas de melhoria Neutralidade Influenciar para resultado específico; Não deve atender interesses particulares. Confiabilidade Sem erros; Na preparação por erros internos ou processos equivocados. Outras características desejáveis Analise as proposições a seguir e escolha a alternativa correta: I – A característica desejável acerca da neutralidade da informação contábil diz respeito a que a mesma não deve atender a resultado específico. II – A relevância, característica qualitativa fundamental, relaciona-se à avaliação do passado, presente e futuro. III – Acerca da vida útil e vida econômica de um ativo, observa-se que o benefício econômico se encontra após a realização de uma atividade. IV – IFRS, CPC e NBC são elementos idênticos. V – A tempestividade, característica qualitativa de melhoria, refere-se a eventos conflitantes ocorridos nas entidades. a) F, F, V, F, F. b) V, V, F, F, V. c) V, V, V, F, F. d) F, F, F, F, F. e) V, V, V, V, V. Interatividade Analise as proposições a seguir e escolha a alternativa correta: I – A característica desejável acerca da neutralidade da informação contábil diz respeito a que a mesma não deve atender a resultado específico. VERDADEIRA II – A relevância, característica qualitativa fundamental, relaciona-se à avaliação do passado, presente e futuro. VERDADEIRA III – Acerca da vida útil e vida econômica de um ativo, observa-se que o benefício econômico se encontra após a realização de uma atividade. VERDADEIRA IV – IFRS, CPC e NBC são elementos idênticos. FALSA V – A tempestividade, característica qualitativa de melhoria, refere-se a eventos conflitantes ocorridos nas entidades. FALSA a) F, F, V, F, F. b) V, V, F, F, V. c) V, V, V, F, F. d) F, F, F, F, F. e) V, V, V, V, V. Resposta EQUILÍBRIO Oportunidade Tempestividade Avaliação individual Custo benefício Limitações existentes na divulgação de informações financeiras Já vimos: os desafios que se impõem ao profissional da contabilidade; a emergência da aplicação das normas internacionais de contabilidade; princípios contábeis; conceito de valor justo; características qualitativas das demonstrações contábeis; A interdisciplinaridade do profissional da Contabilidade Como atender à necessidade de interdisciplinaridade? Integração; Descentralização; Equipe; Formador; Antecipação. A competitividade corrobora para essa integração entre a Contabilidade e demais áreas. Como atender à necessidade de interdisciplinaridade A Contabilidade pela amplitude que possui se relaciona com as demais áreas de maneira uniforme e concreta. Foco da Contabilidade: os usuários, sejam internos e externos; Para os diversos usuários externos: especial atenção para três grupos: - investidores; - credores por empréstimo; e - outros credores, existentes e em potencial. Como atender à necessidade de interdisciplinaridade Até certo tempo atrás Relatórios por encomenda Departamento de relações públicas Procura constante pelo contador Como atender à necessidade de interdisciplinaridade Entravam em contato com a empresa, para conhecer detalhes da operação e/ou dos números divulgados. Em busca de informações complementares Informações constantes Gera incredibilidade Surgiu o conceito de “Relatórios contábil-financeiros de uso geral” O CPC 00-R2 Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro traz no item 1.2 Objetivo, utilidade e limitações do relatório financeiro para fins gerais. Vejamos: Como atender à necessidade de interdisciplinaridade Necessidades dos usuários primários Valorizando o trabalho rotineiro da Contabilidade 1.2 O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é: 1. fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimose outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade. 2. Essas decisões envolvem decisões sobre: (a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida; (b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou (c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade. Como atender à necessidade de interdisciplinaridade 1.3 As decisões descritas no item 1.2 dependem dos retornos que os existentes e potenciais investidores, credores por empréstimos e outros credores esperam, por exemplo, dividendos, pagamentos de principal e juros ou aumentos no preço de mercado. As expectativas dos investidores, credores por empréstimos e outros credores quanto aos retornos dependem de: sua avaliação do valor, da época e da incerteza (perspectivas) de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade, e de sua avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade. Investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, precisam de informações para ajudá- los a fazer essas avaliações. Como atender à necessidade de interdisciplinaridade Como atender à necessidade de interdisciplinaridade Resumidamente: o conhecimento do contador acerca dos planos será capaz de apresentar dados consistentes para que os gestores tomem decisões. Informações consistentes e tempestivas propiciam maior possibilidade aos gestores em prol de melhores decisões. De maneira conclusiva, entendemos que há uma necessidade de integração do contador com a equipe de profissionais de uma empresa e com os usuários externos em geral, na medida do possível. Analise as afirmações a seguir e escolha a alternativa incorreta: a) A interdisciplinaridade indica a necessidade do contador de promover integração com as outras áreas da empresa. b) Os usuários primários são: os investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial. c) A competitividade corrobora para essa integração entre a Contabilidade e as demais áreas. d) O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é: fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referentes à cobrança de recursos à entidade. e) Informações consistentes e tempestivas propiciam maior possibilidade aos gestores em prol de melhores decisões. Interatividade Analise as afirmações a seguir e escolha a alternativa incorreta: a) A interdisciplinaridade indica a necessidade do contador de promover integração com as outras áreas da empresa. b) Os usuários primários são: os investidores, credores por empréstimo e outros credores, existentes e em potencial. c) A competitividade corrobora para essa integração entre a Contabilidade e as demais áreas. d) O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é: fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referentes à cobrança de recursos à entidade. e) Informações consistentes e tempestivas propiciam maior possibilidade aos gestores em prol de melhores decisões. Resposta BARRETO, E. O. A contabilidade a valor justo e a crise financeira mundial. Dissertação de Mestrado em Ciências Contábeis – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. IUDÍCIBUS, S. Análise de balanços. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2008. IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E. Uma investigação e proposição sobre o conceito e o uso do valor justo. Revista de Contabilidade e Finanças da USP, n. 44, 2007. MARION, J. C. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005. NIYAMA, J. K. Contabilidade internacional. São Paulo: Atlas, 2005. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar