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Biossegurança e Prevenção de Acidentes

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Biossegurança
Biossegurança: é uma ciência interdisciplinar cujo objetivo é proteger tanto o trabalhador como o objeto de trabalho
Biossegurança e bioética possuem relação = objetiva a proteção de indivíduos (Lei n. 11.105/2005).
É um estudo que visa à prevenção de riscos ou, se não for possível, à contenção dos agentes perigosos. Para isso, busca-se o estudo dos mecanismos de ação desses agentes e, então, estabelecem-se procedimentos seguros de ação. 
 A maioria dos acidentes de trabalho é decorrente de imperícia, negligência e, até mesmo, imprudência dos operadores, portanto, a regra de ouro na prevenção de acidentes é atenção e bom senso.
Boas práticas: procedimentos seguros de trabalho. Boas práticas: antecedência – função principal de qualquer procedimento de segurança é evitar o acidente. Executar o trabalho seguindo rigorosamente os procedimentos estabelecidos pelas boas práticas, além de tornar a atividade segura, torna-a repetitiva, reduzindo a variação nos resultados.
Diferença entre perigo e risco:
Perigo é qualquer agente que cause danos à saúde ou à integridade física das pessoas. 
 Risco é um conceito que combina a probabilidade de ocorrência com a severidade da ocorrência.
Perigos físicos são: qualquer sólido estranho à atividade exercida em níveis e dimensões inaceitáveis; objetos e ferramentas perfurocortantes; ruídos intensos, radiações ionizantes, temperaturas excessivas, pressão ambiente anormal; insetos e animais.
A Norma Regulamentadora n. 9 do Ministério do Trabalho indica como riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
1. Perigos físicos são: qualquer sólido estranho à atividade exercida em níveis e dimensões inaceitáveis; objetos e ferramentas perfurocortantes; ruídos intensos, radiações ionizantes, temperaturas excessivas, pressão ambiente anormal; insetos e animais.
2. Perigo químico: a substância deve penetrar no organismo. São incluídos nessa análise os riscos de explosão e incêndios provocados pela má manipulação dos produtos químicos.
3. Perigos ergonômicos: uma disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema (ABERGO, 2010).
4. Perigos biológicos: são aqueles que causam infecções, caracterizadas pela invasão e pela multiplicação de organismos indesejáveis no objeto de trabalho ou no próprio trabalhador. Prevenção dos perigos biológicos está concentrada em se evitarem a multiplicação dos microrganismos e a inoculação.
Os microrganismos também são classificados de acordo com o potencial de risco que apresentam:
1. Classe 1: são os microrganismos que não apresentam nenhum risco de causar doenças. Contudo, isso não significa que eles não possuam riscos, pois, no caso de alimentos, por exemplo, eles podem ser deteriorantes.
2. Classe 2: são agentes patogênicos que não causam doenças graves em humanos ou animais. Essas doenças possuem um tratamento eficaz, e o risco de a infecção se alastrar é pequeno
3. Classe 3: são os microrganismos que causam doenças graves que podem levar à morte tanto homens como animais, mas cuja propagação é limitada. Existem tratamentos e medidas de prevenção.
4. Classe 4: são os agentes patogênicos que causam doenças graves, com risco de morte para humanos ou animais, e que são transmitidos facilmente, principalmente por via aérea.
LER/Dort
A expressão LER = Lesões por Esforços Repetitivos = surgiu oficialmente no Brasil em 1997, com a publicação da Portaria n. 4.062, que reconheceu a tenossinovite como uma doença relacionada ao trabalho.
A tenossinovite é uma inflamação dos tendões e das membranas que recobrem os tendões, provocando dor, falta de força e inchaço no local. Essa doença foi chamada, muitas vezes, de tenossinovite do digitador.
OMS: classifica os distúrbios de saúde relacionados à atividade laboral em: 
Doença profissional: São aquelas inerentes à atividade profissional, pois não há como o trabalhador atuar sem estar exposto ao agente causador da doença.
Doença relacionada ao trabalho: Não é possível identificar um agente específico entre os que estão relacionados à atividade profissional.
Em 1998, por meio da Ordem de Serviço INSS/DSS n. 606, foi adotada a terminologia Doença Osteomuscular Relacionada ao Trabalho (Dort). A partir daí, as expressões LER e Dort aparecem juntas, na forma LER/Dort.
As doenças enquadradas nesse grupo compreendem uma heterogeneidade de distúrbios funcionais e/ou orgânicos, que manifestam em seu portador sintomas comuns, muitas vezes inespecíficos, como: 
1. fadiga muscular;
2. dor;
3. parestesia;
4. sensação de peso;
5. mal-estar;
6. processos inflamatórios em tendões, ligamentos e bursas sinoviais;
7. contraturas musculares, entre outros.
O desenvolvimento da LER/Dort está relacionado a diversas causas. Então, é muito importante analisar cada caso e determinar quais os fatores de risco envolvidos de forma direta ou indireta na ocorrência.
 Nessa caracterização, é importante observar alguns elementos, como:
1. a região anatômica e a biomecânica associada a ela; 
2. a intensidade do esforço;
3. a organização temporal do trabalho (a duração do ciclo de trabalho e a distribuição das pausas); 
4. a adequação do posto de trabalho;
5. o conforto ambiental;
6. a carga estática;
7. a invariabilidade da tarefa;
8. as exigências de atenção, provocando aumento de tensão muscular ou reação mais generalizada de estresse;
9. os fatores psicossociais ligados ao trabalho, como percepções relativas à carreira, à carga e ao ritmo de trabalho e ao ambiente social e técnico do trabalho
Rotulagem, simbologia de risco e infecção hospitalar
Conforme discutimos, quando um laboratório adquire um produto químico no Brasil, o recipiente desse produto deve possuir um rótulo contendo informações de acordo com o especificado na norma NBR 14725;
Rotulagem em fracionamento: o laboratório faz aquisição de frascos de grande porte e em muita quantidade = inviável o uso na rotina e nas bancadas de trabalho.
O trabalhador precisará fracionar o material e acondicioná-lo em um novo frasco. Da mesma forma, quando é necessário fazer uma mistura, uma solução ou qualquer outro tipo de preparação, também pode ser preciso o acondicionamento dos produtos em frascos específicos para uso posterior.
Símbolo de risco biológico:
1. Todo material contaminado deve ser coletado e separado do lixo comum.
2. Esse material deve ser recolhido em sacos plásticos brancos com o símbolo de risco biológico. 
3. Esse símbolo é internacional e, no Brasil, é reconhecido pela norma NBR 7500:2003. 
4. Caso haja necessidade de armazenamento desses resíduos, eles devem ser depositados em baldes de lixo que apresentem a indicação de lixo contaminado não auto clavado.
5. Resíduos líquidos devem conter a descrição da natureza do soluto e do solvente, com as respectivas concentrações. A informação deve ser a mais exata possível.
Símbolos de riscos químicos:
1. A rotulagem por intermédio de símbolos e textos de avisos é precaução essencial de segurança. 
2. Os rótulos ou as etiquetas aplicadas sobre uma embalagem devem conter em seu texto as informações necessárias para que o produto contido seja tratado com toda a segurança possível.
3. Facilmente inflamável (F): determinados peróxidos orgânicos, líquidos com pontos de inflamação inferior a 21 ºC, substâncias sólidas fáceis de inflamar, de continuar queimando por si só; liberam substâncias facilmente inflamáveis por ação da umidade.
4. Extremamente inflamável (F+): líquidos com ponto de inflamabilidade inferior a 0 ºC e ponto máximo de ebulição a 35 ºC; gases, misturas de gases (presentes na forma líquida) que, com o ar e a pressão normal, podem se inflamar facilmente.
5. Tóxicos (T): são agentes químicos que, ao serem introduzidosno organismo por inalação, absorção ou ingestão, podem causar efeitos graves e/ou mortais
6. Nocivo (Xn): são agentes químicos que, por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade. Nocivo (Xn): são agentes químicos que, por inalação, absorção ou ingestão, produzem efeitos de menor gravidade. 
7. Irritante (Xi): esse símbolo indica substâncias que podem desenvolver ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório Irritante (Xi): esse símbolo indica substâncias que podem desenvolver ação irritante sobre a pele, os olhos e o trato respiratório
8. Explosivo (E): são agentes químicos que, pela ação de choque, percussão ou fricção, produzem centelhas ou calor suficiente para iniciar um processo destrutivo por meio de violenta liberação de energia.
Diamante de Hommel:
Outra simbologia bastante aplicada = diferentemente das placas de identificação, ele não informa qual é a substância, mas indica todos os graus de risco.
Essa simbologia foi proposta pela NFPA (Associação Nacional dos EUA) para proteção contra incêndios – por meio da norma NFPA 704 – e é adotada internacionalmente. 
Os números necessários para o preenchimento do Diamante de Hommel variam de 1 a 4 conforme os riscos apresentados pela substância química perigosa, podendo também constar no diagrama os riscos específicos dessa substância:
Infecções hospitalares são as infecções adquiridas durante a internação do paciente em um hospital ou depois, se essas infecções tiverem relação com algum procedimento executado na internação.
O perigo biológico não é a presença do microrganismo, mas a possibilidade dessa população de microrganismos se desenvolver acima de um nível aceitável
Cerca de 70% das infecções hospitalares têm causas endógenas (TURRINI, 2000) e, dentro do ambiente hospitalar, o controle das infecções de origem exógena é quase sempre possível com a utilização de boas práticas no ambiente de trabalho.
Infecções em cirurgias
1. Cirurgias limpas: são realizadas em tecidos que puderam ser descontaminados previamente e que não tenham nenhum processo infeccioso ou inflamatório local prévio. Não são incluídas as cirurgias com penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário.
2. Cirurgias potencialmente contaminadas: são realizadas em tecidos com flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação. Também são incluídas as cirurgias com penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
3. Cirurgias contaminadas: são realizadas em tecido com flora microbiana abundante e cuja descontaminação seja difícil ou quando existe a presença de inflamação aguda na incisão. 
4. Cirurgias infectadas: são as cirurgias realizadas em tecidos com processo infeccioso (supuração local) ou tecidos necróticos.
Essa classificação, feita pelo Ministério da Saúde, mostra claramente que muitas vezes o profissional da área da saúde precisa conviver com a possibilidade de não conseguir eliminar a flora microbiana existente no paciente. Dependendo de cada situação, existe uma probabilidade maior ou menor de ocorrência de infecção, e diversos fatores do paciente poderão agravar essa probabilidade: obesidade, tabagismo, diabetes, idade, desnutrição, tempo de internação, extensão da cirurgia.
Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH)
A Portaria n. 2.616/MS/GM, de 12 de maio de 1998, da Anvisa, estabeleceu o Programa de Controle de Infecções Hospitalares, com o objetivo de reduzir a incidência e a gravidade das infecções hospitalares.
Os hospitais foram obrigados a estabelecer uma comissão técnica, formada por profissionais de nível superior, da área da saúde, com o objetivo de assessorar a alta administração do hospital a estabelecer ações de controle de infecção hospitalar. Essa comissão é chamada Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH).
Os membros da CCIH serão de dois tipos:
1. consultores: serão representantes do serviço médico, do serviço de enfermagem, do serviço de farmácia, do laboratório de microbiologia e da administração; 
2. executores: representam o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar e são encarregados da execução das ações de controle. Serão, no mínimo, dois profissionais de nível superior da área de saúde para cada 200 leitos. Um desses profissionais deve ser, de preferência, enfermeiro.
Boas práticas, equipamentos de proteção e níveis de segurança laboratorial
Boas Práticas são procedimentos seguros de trabalho, tanto para o trabalhador quanto para o objeto de trabalho.
Essas práticas são sempre preventivas e incluem todos os aspectos da cadeia operacional, e, apesar de alguns procedimentos serem específicos de cada tipo de operação, alguns fatores são universais e sempre devem ser observados, como: 
1. higiene pessoal; 
2. uso de roupas adequadas; 
3. limpeza de equipamentos e utensílios; 
4. controle de pragas, como baratas, ratos, entre outros; 
5. controle da qualidade da água etc.
Boas Práticas de laboratório
Seguem algumas recomendações básicas de boas práticas de laboratório: 
1. Use um avental com mangas compridas, na altura dos joelhos e fechado; calças compridas e calçados fechados de modo a proteger, pelo menos, até o peito do pé e nunca trabalhe sozinho. 
2. Não use relógios, pulseiras, anéis ou quaisquer ornamentos durante o trabalho no laboratório. Cabelos compridos devem ser presos na forma de coque ou recobertos por touca. Nunca use lentes de contato em laboratórios. 
3. Não use avental, luvas ou qualquer outro EPI fora do lugar de trabalho. 
4. Não teste produtos utilizando o tato, o olfato ou o paladar. 
5. Todos os produtos devem ser muito bem identificados. 
6. Cuidados com processos de aquecimento: certifique-se, ao acender uma chama, de que não existem solventes próximos e destampados, especialmente aqueles mais voláteis (éter etílico, éter de petróleo, hexano, dissulfeto de carbono, benzeno, acetona, álcool etílico, acetato de etila). Mesmo uma chapa ou manta de aquecimento pode ocasionar incêndios quando em contato com esses solventes
Boas práticas no atendimento à saúde:
Recomendações básicas de boas práticas de atendimento na saúde:
1. Recomendações quanto à higiene e ao asseio pessoal.
2. Recomendações quanto ao uso de toucas, luvas e outros EPIs: esses EPIs, juntamente com o avental, devem ser vestidos imediatamente antes de se entrar na área de trabalho e retirados imediatamente após a saída. Não se deve circular com EPIs fora das áreas de trabalho. 
3. Recomendações quanto à manipulação de perfurocortantes: agulhas, cacos de vidro, escalpes, conexões, lâminas e diversos dispositivos de uso odontológico como brocas e limas fazem parte desse grupo. Todo objeto perfurocortante deve ser descartado em um recipiente rígido e corretamente identificado. O profissional deve estar sempre atento à capacidade máxima desse recipiente.
4. . Recomendações quanto ao ambiente de trabalho:
Manual de Boas Práticas e Procedimento Operacional Padrão:
O Manual de Boas Práticas é um documento que descreve, em linhas gerais, o trabalho executado no estabelecimento e as diretrizes para a forma correta de fazê-lo. Nele, podem se ter informações gerais sobre como é feita a limpeza, o controle de pragas, da água utilizada, os procedimentos de higiene e controle de saúde dos funcionários, o treinamento de funcionários, o que fazer com o lixo e como garantir a produção de alimentos seguros e saudáveis.
O Procedimento Operacional Padronizado, também chamado de POP, é um documento que descreve passo a passo como executar as tarefas no estabelecimento. O POP destaca as etapas da tarefa, os responsáveis por fazê-la, os materiais necessários e a frequência com que deve ser feita. Obrigação de seguir e necessidade de atualização.
Equipamentos de proteção individual (EPI)
A CLT surgiu como necessidade institucional após a criação da Justiça do Trabalho em 1939. Ela é chamada de Consolidação das Leis Trabalhistas, em vez de Código das Leis Trabalhistas, porque seu objetivo foi apenas reunir a esparsa legislação trabalhista já existentena época, consolidando-a. A assinatura do documento foi em 1 de maio de 1943.
Equipamentos de proteção coletiva
Como o próprio nome diz, os equipamentos de proteção coletiva (EPC) dizem respeito ao coletivo, devendo proteger todos os trabalhadores expostos a determinado risco. Como exemplo, podemos citar o enclausuramento acústico de fontes de ruído, a ventilação dos locais de trabalho, a proteção de partes móveis de máquinas e equipamentos, a sinalização de segurança, a cabine de segurança biológica, as capelas químicas, a cabine para manipulação de radioisótopos, os extintores de incêndio etc.
Níveis de biossegurança laboratorial:
A avaliação do perigo biológico é composta pela identificação do agente biológico e pelo dano que esse agente pode causar.
Classes de risco biológico
Os microrganismos patogênicos, ou seja, os causadores de doenças, são responsáveis pelos maiores problemas enfrentados pelos profissionais da área da saúde.
Classe de risco 1: são os agentes biológicos que não provocam doenças em pessoas ou animais sadios. Estão nesse grupo os probióticos, o fermento biológico e os microrganismos empregados na produção de iogurtes e queijos. O quadro a seguir mostra exemplos de agentes biológicos da classe de risco 1:
Agente biológico = Descrição 
Lactobacillus ssp. = Bactérias encontradas no iogurte 
Streptococcus thermophilus = Bactérias encontradas no iogurte 
Staphylococcus epidermidis = Bactérias encontradas na pele humana 
Sacharomyces cerevisae = Levedura usada em fermento biológico
Classe de risco 2: são os agentes biológicos que provocam doenças nos seres humanos ou nos animais, porém seu potencial de propagação pode ser limitado ou podem existir medidas terapêuticas e profiláticas. Em outras palavras, são os microrganismos das doenças não letais mais comuns, para as quais já existe tratamento, vacina ou que não são transmitidas por via aérea. O quadro a seguir mostra exemplos de agentes biológicos da classe de risco 2:
Agente biológico = Descrição 
Ascaris lumbricoides = Parasita conhecido como lombriga 
Clostridium tetani = Bactéria responsável pelo tétano 
Aspergillus flavus = Fungo que pode provocar infecções respiratórias
HPV = Vírus que pode provocar câncer de útero
• Classe de risco 3: estão nesse grupo os agentes transmitidos por via respiratória e que causam doenças possivelmente letais, mas que possuem tratamento. Esses patógenos representam um risco grande se forem disseminados no meio ambiente e podem ser transmitidos de indivíduo para indivíduo por via aérea. O quadro a seguir mostra exemplos de agentes biológicos da classe de risco 3:
Agente biológico = Descrição 
Brucella ssp. = Bactéria responsável pela brucelose 
Histoplasma capsulatum = Fungo responsável pela Histoplasmose 
HIV = Vírus da AIDS 
Bacillus anthracis = Bactéria responsável pelo carbúnculo
• Classe de risco 4: são os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou agentes biológicos exóticos e pouco conhecidos. Não existe nenhuma medida profilática ou terapêutica eficaz contra esses agentes biológicos. O quadro a seguir mostra exemplos de agentes biológicos da classe de risco 4:
Agente biológico = Descrição 
Cowdria ruminatium = Bactéria que ataca bovinos 
Theileria annulata = Protozoário que ataca bezerros 
Arenavirus = Vírus de diversas febres hemorrágicas 
Alcelaphine Herpesvírus = Vírus da febre catarral maligna de bovinos
• Classe de risco especial: são os agentes biológicos não existentes no país e que, embora não obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos. Um agente de classe de risco especial deverá ser manipulado seguindo os mesmos critérios da classe de risco 4 enquanto ainda não circular em território nacional. Após o primeiro caso diagnosticado no país, deverá ser classificado dentro das demais categorias.
Contenção
O termo “contenção” é usado para descrever os métodos de segurança utilizados na manipulação de materiais infecciosos em um laboratório. O objetivo da contenção é o de reduzir ou eliminar a exposição da equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes potencialmente perigosos.
Níveis de biossegurança
Os quatro níveis de biossegurança (NB) consistem em combinações de práticas e técnicas de laboratório, equipamento de segurança e instalações do laboratório.
1. Nível de biossegurança 1 (NB-1) Os laboratórios classificados como NB-1 são projetados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 1.
2. Nível de biossegurança 2 (NB-2) É aplicável aos laboratórios clínicos, de diagnóstico e outros laboratórios onde o trabalho é realizado com maior espectro de agentes nativos de risco moderado, presentes na comunidade e que estejam associados a uma patologia humana de gravidade variável. Os laboratórios NB-2 são projetados para trabalhar com agentes biológicos de classe de risco 2. 
3. Nível de biossegurança 3 (NB-3) São os laboratórios preparados para trabalhos com agentes biológicos de classe de risco 3. É aplicável para laboratórios clínicos, de diagnósticos, de pesquisa ou de produções. O NB-3 possui requisitos intensificados em relação aos níveis 1 e 2. 
4. Nível de biossegurança 4 (NB-4) Os laboratórios com nível de biossegurança 4 são projetados para manipular agentes biológicos com classe de risco 4.
DESCONTAMINAÇÃO
Conforme já foi discutido, os perigos biológicos são os mais presentes entre todos os perigos analisados. A quase onipresença dos microrganismos reduz a eficiência de medidas para evitar a sua presença e isso resulta na necessidade de adotar medidas para eliminá-los. “Eliminação” não é uma palavra correta para este caso, pois, conforme será discutido a seguir, não existe eliminação total. Sempre existirá a probabilidade da sobrevivência de alguns microrganismos, do que decorre que qualquer processo de limpeza tem prazo de validade. A palavra adequada para esse processo é “descontaminação”.
Definição dos graus de descontaminação:
Limpeza: é o primeiro passo para o processamento de descontaminação. É um processo de remoção mecânica das sujidades e seu objetivo é a remoção de sujidades físicas e químicas. Nessa remoção, ocorre também a redução de microrganismos como resultado da ação mecânica.
Etapas da limpeza:
1. Enxague inicial: a principal ação no processo de limpeza. Se benfeito, reduz gastos em tempo de operação, em produtos químicos e em tratamento de efluentes, além de aumentar a eficiência das próximas operações.
2. Ação mecânica: o enxague inicial removeu as sujidades que estavam soltas, mas as sujidades incrustadas precisam ser removidas por meio do atrito mecânico entre a bucha e a camada superficial da incrustação. O sabão é um coadjuvante nesse processo, fazendo a solubilização dos lipídios e das proteínas. Existem microrganismos aderidos nessas incrustações e nas paredes dos instrumentos, e essa ação mecânica removerá parte dessa carga.
3. Enxágue final: serve para remover os resíduos de detergente, incrustações e microrganismos
Desinfecção: é um processo mais severo, cujo objetivo é destruir os microrganismos no estado vegetativo, sejam patogênicos ou não. Esse processo pode ocorrer por meios físicos ou químicos.
Processos físicos de desinfecção: o principal processo físico de desinfecção é a elevação da temperatura. Em altas temperaturas, interrompe-se a divisão celular dos microrganismos e começa a acontecer a morte das células. Quanto maior o tempo na temperatura alta, mais células vão morrer. Quanto mais alta a temperatura, mais rápido esse processo acontece. Esse é o chamado binômio tempo x temperatura.
Consideram-se altas as temperaturas acima de 60 ºC. O tempo de exposição vai depender do tipo de microrganismo e da quantidade de células a serem eliminadas. Cada microrganismo tem características próprias na determinação desses parâmetros.
Processos químicos de desinfecção: nem todos os materiais suportam temperaturas elevadas. Usam-se produtos químicos para fazer a desinfecção, tomando muitocuidado na avaliação da compatibilidade química com os utensílios. A desinfecção química acontece porque algumas substâncias têm a capacidade de danificar a parede celular. Pode ser dividida em três níveis, dependendo da resistência do microrganismo a ser combatido:
1. Desinfecção de baixo nível: é quando objetiva eliminar bactérias vegetativas, vírus médios ou lipídicos. Um dos produtos mais comuns nesse processo é o quaternário de amônia, utilizado na limpeza de superfícies, paredes e mobiliários; tem a vantagem de ser pouco tóxico para humanos, mas pode causar irritações na pele e ataca borrachas sintéticas, cimento e alumínio.
2. Desinfecção de nível médio: o objetivo é eliminar, além dos microrganismos citados no baixo nível, os fungos e alguns tipos de vírus. Álcool etílico a 70%, compostos fenólicos entre 2% e 5% e hipoclorito de sódio a 1% são produtos utilizados nesse processo.
3. Desinfecção de alto nível: elimina microbactérias e esporos, além dos microrganismos citados anteriormente. Os produtos mais usados são o glutaraldeído a 2% e o ácido peracético. 
a. O glutaraldeído precisa de tempo de exposição de 20 a 30 minutos. Não produz corrosão de instrumentais e não altera componentes de borracha ou plástico, mas impregna matéria orgânica e pode ser retido por materiais porosos, além de ser irritante de vias aéreas, ocular e cutânea. 
b. O ácido peracético a 0,2% precisa de tempo de exposição de 5 a 10 minutos, é pouco tóxico, mas bastante irritante das vias aéreas. É corrosivo para metais (aço, bronze, latão, ferro galvanizado).
Esterilização: é a destruição de todas as formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus. Da mesma forma que a desinfecção, esse processo pode ocorrer por meios físicos ou químicos.
1. Processos físicos de esterilização: O principal processo físico de esterilização também é relacionado com o binômio tempo x temperatura, porém, as condições de processo são mais severas. Radiações: as mais usadas são a radiação gama, as micro-ondas e a radiação ultravioleta.
2. Processos químicos de esterilização: existem duas formas de esterilização com produtos químicos: com produtos líquidos e com produtos gasosos.
Monitoramento do processo de esterilização: testes para verificar se a esterilização foi eficiente de fato. O teste mais seguro para garantir que o produto foi esterilizado é promover a cultura dos microrganismos (muito demorado).
1. Tiras indicadoras: são tiras impregnadas com tinta termoquímica que muda de coloração quando exposta à temperatura. São colocadas sobre todos os produtos a serem esterilizados.
2. Teste Bowie e Dick: é um teste semelhante às tiras indicadoras, que avalia remoção de ar, penetração do vapor, tempo e temperatura. Normalmente, é usado na primeira operação do dia
Classificação dos artigos médico-hospitalares:
1. Artigos não críticos: são os que não entram em contato com pacientes ou que interagem apenas com a pele íntegra. Apesar de apresentarem baixo risco de transmissão de infecções, podem servir de disseminação de microrganismos entre os pacientes. Por exemplo: comadres, jarros, bacias, aparelhos de pressão e termômetros. 
2. Artigos semicríticos: são os artigos que entram em contato com a membrana mucosa que reveste os órgãos internos, como tubo digestivo, intestino ou pulmões, ou com a pele não íntegra. A pele íntegra é impermeável a microrganismos, mas, se estiver rompida, permitirá o ingresso destes. Estão incluídos nessa categoria endoscópios, equipamentos de terapia respiratória etc.
3. Artigos críticos: são aqueles que penetram em tecidos ou têm contato com o sangue, portanto, possuem alto risco de infecção. Por exemplo: agulhas hipodérmicas, instrumentos cirúrgicos, cateteres etc.
De acordo com a classificação do artigo médico-hospitalar, o processo de descontaminação deve ser especificado da seguinte forma:
Artigos não críticos devem receber apenas a limpeza;
Artigos semicríticos devem receber a limpeza e, posteriormente, a desinfecção; 
Artigos críticos devem receber a limpeza, a desinfecção e, posteriormente, a esterilização
Legislação em Biossegurança
A biossegurança é uma disciplina nova, que surgiu no século XX, voltada para o controle e a minimização de riscos advindos da prática de diferentes ramos do conhecimento humano relacionados à saúde e ao meio ambiente, seja em laboratório, produção de alimentos ou quando aplicadas a trabalhos de campo.
É regulada em vários países no mundo por um conjunto de leis, procedimentos ou diretivas específicas. 
Brasil: a primeira legislação de biossegurança (1995): foco na engenharia genética = tecnologia do DNA ou RNA recombinante. Desenvolvimento sustentável da biotecnologia (requisitos para o manejo de organismos geneticamente modificados).
O fundamento básico da biossegurança é assegurar o avanço dos processos tecnológicos e proteger a saúde humana e animal e o meio ambiente: As tecnologias baseadas em DNA ou RNA recombinantes são tratadas, pela biossegurança, sob três aspectos:
1. Procedimentos empregados para garantir a segurança imediata dos manipuladores;
2. Futuro (difícil prever os efeitos de manipulações genéticas em populações e no meio ambiente em longo prazo); 
3. Ética: quais manipulações genéticas são adequadas em relação à ética (bioética).
Conceito: surgiu na década de 1970, na reunião de Asilomar, na Califórnia, quando a comunidade científica iniciou a discussão sobre os impactos da engenharia genética na sociedade.
Termo “biossegurança” foi sofrendo alterações. Na década de 1970, a Organização Mundial da Saúde a definia como “práticas preventivas para o trabalho com agentes patogênicos para o homem”. O foco voltava-se para a saúde do trabalhador frente aos riscos biológicos no ambiente ocupacional.
Década de 1980, OMS incorporou a essa definição os chamados riscos periféricos presentes em ambientes laboratoriais que trabalhavam com agentes patogênicos para o homem, como os riscos químicos, físicos, radioativos e ergonômicos.
Em 1990: definição de biossegurança sofreu mudanças significativas = seminário realizado no Instituto Pasteur, em Paris, foi observada a inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologia de DNA recombinante, em programas de biossegurança.
A Lei de Biossegurança, de 1995, regulava todos os aspectos da manipulação e uso de OGM no Brasil, incluindo pesquisa em contenção, experimentação em campo, transporte, importação, produção, armazenamento e comercialização. Seu escopo limitou-se ao uso da engenharia genética, ou uso da técnica do DNA/RNA recombinante, para a troca de material genético entre organismos vivos. Outras técnicas biotecnológicas, como fusão celular e cultura de tecidos não foram incluídas. Porém, por não abordar assuntos polêmicos, como o uso terapêutico de células-tronco embrionárias e a autorização para o uso comercial de alimentos transgênicos, a Lei n. 8.794/95 foi revogada e substituída pela Lei n. 11.105, de 24 de março de 2005.
Lei n. 11.105/2005
Esta lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização sobre a construção, o cultivo, a produção, a manipulação, o transporte, a transferência, a importação, a exportação, o armazenamento, a pesquisa, a comercialização, o consumo, a liberação no meio ambiente e o descarte de OGMs e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente.
Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
1. preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do país e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
2. controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente.
Engenharia genética
No artigo das definições, a Lei n. 11.105/2005 explica diversos termos técnicos como:
1. organismo: todaentidade biológica capaz de reproduzir ou transferir material genético, inclusive vírus e outras classes que venham a ser conhecidas; 
2. ADN e ARN: material genético que contém informações determinantes dos caracteres hereditários transmissíveis à descendência; 
3. ADN/ARN recombinante: as moléculas manipuladas fora das células vivas mediante a modificação de segmentos de ADN/ARN natural ou sintético e que possam multiplicarse em uma célula viva, ou ainda as moléculas de ADN/ARN resultantes dessa multiplicação; consideram-se também os segmentos de ADN/ARN sintéticos equivalentes aos de ADN/ARN natural; 
4. engenharia genética: atividade de produção e manipulação de moléculas de ADN/ARN recombinante; 
5. organismo geneticamente modificado (OGM): organismo cujo material genético (ADN/ARN) tenha sido modificado por qualquer técnica de engenharia genética.
Esta lei não se aplica quando a modificação genética for obtida por meio de diversas técnicas de manipulação celular, desde que não impliquem a utilização de OGM como receptor ou doador.
Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS)
O Conselho Nacional de Biossegurança é um órgão de assessoramento do Presidente da República para a formulação e implementação da Política Nacional de Biossegurança (PNB).
Compete ao CNBS: 
1. fixar princípios e diretrizes para a ação administrativa dos órgãos e entidades federais
2. analisar, a pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniência e oportunidade socioeconômicas e do interesse nacional, os pedidos de liberação para uso comercial de OGM e seus derivados;
Plano de gerenciamento de resíduos de serviços de saúde (PGRSS):
1. Um documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos de serviços de saúde, observadas suas características e riscos, no âmbito dos estabelecimentos geradores de resíduos de serviços de saúde; é obrigatória a todo gerador de resíduos de serviços de saúde.

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