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IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas

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24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 1/67
Sete Lagoas
Sete Lagoas foi criado em 1867 e tem atualmente uma área de 539,55 Km² . Em 2017, sua população era de 233.867 habitantes, sendo
que 97,57 % desta população vivia na área urbana do município. A densidade populacional era de 433,45 habitantes por Km².
O propósito deste per�l é apresentar um estudo com alguns indicadores selecionados da base desta plataforma para estimular a
re�exão acerca da responsabilidade social da administração pública. Depois de uma breve caracterização do município, avaliam-se os
recursos humanos e �nanceiros humanos da administração municipal bem como os instrumentos de gestão utilizados e, �nalmente,
os resultados desta atuação, avaliados pela situação dos serviços prestados aos cidadãos nas diversas áreas.
Os itens abordados em cada temática estão detalhados a seguir e o leitor pode acessar diretamente o seu item de interesse
apontando o cursor para o mesmo.
A      BREVE CARACTERIZAÇÃO
1-  Regionalizações
2-  Características da População
3-  Posição em relação aos índices IDH e IMRS
B      RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS E GESTÃO
1-  Finanças
2-  Gestão
C      RESULTADOS
1-  Educação
2-  Saúde
3-  Assistência Social
4-  Segurança Pública
5-  Saneamento Básico e Habitação
6-  Meio Ambiente
7-  Cultura
8-  Esporte e Lazer
9-  Renda e Emprego
 
 
 
 
Dados cartográ�cos ©2020 Google(https://maps.google.com/maps?ll=-19.436477,-44.25367&z=6&t=m&hl=pt-BR&gl=US&mapclient=apiv3)
https://maps.google.com/maps?ll=-19.436477,-44.25367&z=6&t=m&hl=pt-BR&gl=US&mapclient=apiv3
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 2/67
A BREVE CARACTERIZAÇÃO
 
 
 
1. Inserção de Sete Lagoas nas diferentes regionalizações
Agrupamentos de municípios formando regiões atendem a vários objetivos, como a necessidade de um conhecimento aprofundado
do território nacional ou estadual, com o objetivo de administrar e/ou planejar intervenções coordenadas visando o desenvolvimento.
A de�nição de regiões pode atender a critérios econômicos, geográ�cos, políticos. Ao longo do tempo, em Minas Gerais os governos
estaduais adotaram diferentes regionalizações. Instâncias administrativas do governo também adotam regionalizações que atendam
mais diretamente ao exercício de suas atividades. O Quadro abaixo apresenta a inserção de Sete Lagoas nas regionalizações do
estado.
 
Microrregião: Sete Lagoas
Mesorregião: Metropolitana de Belo Horizonte
Região Imediata: Sete Lagoas
Região Intermediária: Belo Horizonte
Região de Planejamento: Central
Territórios de Desenvolvimento: Metropolitano
Região ampliada de Saúde (Macrorregião): Centro (Belo Horizonte/Sete Lagoas)
Região da Saúde (Microrregião): Sete Lagoas
Polo Regional da Secretaria de Educação: Central
Superintendência Regional de Ensino: Sete Lagoas
Superintendência Regional da Fazenda: Contagem
Unidade Regional Colegiada: Rio das Velhas
Bacia Hidrográfica: Bacia Hidrográ�ca do Rio São Francisco
Administração Fazendária: Sete lagoas
Comarca: Sete Lagoas
Região Integrada de Segurança Pública: 14ª RISP
Batalhão: 25º BPM
Delegacia: 2ª DRPC (Sete Lagoas)
Regional da SEDESE: Curvelo
 
Regionalizações são formas de
agrupamentos dos municípios do
estado criadas para �ns de
planejamento (estadual ou
nacional) ou de gestão setorial
(como da saúde, da educação, do
meio ambiente, da segurança
pública, da justiça e da
assistência social e Sebrae) 
Esses agrupamentos levam em
conta todos os municípios do
estado. 
Os municípios também
promovem associações entre si
(como os consórcios) para
atuarem em projetos de
interesse comum, como em
saneamento básico, turismo, etc.
A participação neste tipo de
associação é tratada nos temas
especí�cos.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 3/67
 
 
 
 
 
2. População
A população total do município cresceu a uma taxa média anual de 1,272% entre os anos de 2010 e 2017.
Um estudo mais detalhado das características da população municipal, levando em conta a sua composição segundo sexo e idade e
sua dinâmica de crescimento pode ser realizado para o período compreendido entre 2000 e 2010, utilizando-se os dados dos censos
demográ�cos.
As Figuras 1.1 e 1.2 mostram a composição da população de Sete Lagoas segundo sexo e idade para 2000 e 2010, respectivamente.
Elas explicitam mudanças na estrutura etária da população (queda na participação da população jovem e o consequente aumento da
participação da população mais velha) que caracterizam fases na transição demográ�ca de uma população e colocam importantes
questões a serem consideradas no desenho das políticas públicas, pois cada conformação da pirâmide sinaliza demandas
diferenciadas de serviços de educação, saúde, assistência social, para as quais o poder público deve se preparar.
FIGURA 1.1: Estrutura da População de Sete Lagoas por idade e sexo - ano 2000
FIGURA 1.2: Estrutura da População de Sete Lagoas por idade e sexo - ano 2010
Homens
Mulheres
-6 -4 -2 0 2 4 6
0 a 4
10 a 14
20 a 24
30 a 34
40 a 44
50 a 54
60 a 64
70 a 74
80 ou mais
Homens
Mulheres
-6 -4 -2 0 2 4 6
0 a 4
10 a 14
20 a 24
30 a 34
40 a 44
50 a 54
60 a 64
70 a 74
80 ou mais
 
A pirâmide é uma forma de
representar a estrutura da
população por idade e sexo. O
eixo horizontal representa a
proporção da população e o eixo
vertical a faixa etária. O lado
direito do eixo horizontal é
destinado à representação das
mulheres e o esquerdo dos
homens. 
Quanto mais larga é a base da
pirâmide maior é a proporção de
jovens na população retratada,
indicando populações com níveis
muito mais altos de fecundidade
do que de mortalidade. Com o
declínio da fecundidade, a base da
pirâmide vai se estreitando
(menor proporção de crianças e
jovens no total da população) e
tomando uma forma mais
retangular dado que as faixas
mais velhas passam a ser
proporcionalmente mais
representativas.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 4/67
Na década compreendida entre 2000 e 2010 a população de Sete Lagoas cresceu, em média, a uma taxa de 1,48% ao ano.
Esta taxa pode ser analisada por meio dos componentes da dinâmica demográ�ca. Ou seja, ela pode ser vista como o resultado da
taxa de crescimento natural ou vegetativo (diferença entre a Taxa Bruta de Natalidade 14,76% e a Taxa Bruta de Mortalidade 5,6%
observadas para Sete Lagoas). Ao resultado da diferença entre o número de nascimentos e de óbitos, deve ser somado o Saldo
Migratório (diferença entre o total de imigrantes e de emigrantes), para obter assim o crescimento absoluto da população.
 
A população de áreas geográ�cas especí�cas é resultante da interação dos componentes da dinâmica demográ�ca: mortalidade, fecundidade e migrações. Com a
redução das taxas de fecundidade e o consequente declínio do ritmo de crescimento da população do estado nas últimas décadas, a migração tornou-se ainda mais
importante no processo de redistribuição populacional de Minas Gerais, devendo ser considerada mais enfaticamente em todo o processo de formulação e
planejamento público. Para mais informações, consulte: http://migracao.fjp.mg.gov.br
 
As pessoas que moravam em Sete Lagoas na data de referência do censo de 2010, mas que declararam que moravam em outro
município ou país no dia 31/07/2005, formavam um contingente de imigrantes de 13336 pessoas ( 6,23% da população total do
município). Já os emigrantes, pessoas que nasceram e/ou moraram em Sete Lagoas e residiam em outros municípios, formavam um
contingente de 8786 pessoas, perfazendo um Saldo Migratório de 4.550,00 migrantes. Destaca-se que saldos migratórios positivos
signi�cam que o município recebeu mais migrantes do que expulsou e valores negativos que recebeu menos pessoas do que aquelas
que foram expulsas. A Taxa Líquida de Migração, por sua vez, foi de 5,65 em 2010 e mostra o quanto a população do município
cresceudevido à migração.
Tabela 1.1 mostra alguns indicadores da dinâmica demográ�ca de Sete Lagoas para os anos de 2000 e 2010.
Tabela 1.1: Dinâmica Demográ�ca Sete Lagoas - 2000-2010 (Taxas de Cresc. Médio anual p/1000)*
População 2000 População 2010
Crescimento
Demográfico Crescimento Natural
Taxa Líquida
Migratória
Taxa de
Crescimento
Médio Anual no
Período
2010/2000
Taxa de
Crescimento
Vegetativo (TCV)
Taxa Bruta de
Mortalidade
Taxa Bruta de
Natalidade
TCD= TCV+ TLM TCV=TBN-TBM TBM TBN TLM
184.871 214.071 14,81 9,16 5,60 14,76 5,65
*as taxas estão expressas em mil habitantes e não em percentuais 
Fonte: IBGE-Censos Demográ�cos/cálculos FJP- Dados preliminares.
Taxas de Crescimento Vegetativo positivas signi�cam que as Taxas Brutas de Natalidade são maiores que as Taxas Brutas de Mortalidade e, o contrário, para as taxas
negativas. Para as Taxas Líquidas Migratórias, resultados positivos signi�cam que os movimentos de Imigração para o município foram maiores do que os de Emigração
do município. Para as Taxas negativas os resultados signi�cam o contrário, ou seja, os movimentos de emigração expulsaram mais pessoas do município do que o total
de pessoas recebidas com os movimentos de imigração. Por meio desses componentes é também possível saber a contribuição de cada um para a conformação
demográ�ca do munícipio.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
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3. Posição no Índice de Desenvolvimento Humano/2010 e no Índice
Mineiro de Responsabilidade Social/2016
Um índice sintético, conforme o nome indica, faz um resumo da situação valendo-se da aglutinação de um conjunto de indicadores
que expressam diversas dimensões do desenvolvimento ao mesmo tempo. É, portanto, uma primeira aproximação que deve ser
detalhada posteriormente.
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado pelo Programa das Nações Unidas (PNUD) e é apresentado desde 1990 para os países �liados à ONU. Seu objetivo
seria o de apresentar uma medida do desenvolvimento destes países mais abrangente do que o desempenho econômico, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB). O
IDH abrange as dimensões educação, longevidade e renda. Foi feita uma adaptação deste índice para os municípios brasileiros, o Índice de Desenvolvimento Municipal (
IDHM). 
O índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) foi proposto por Lei, em 2004. Um de seus objetivos é apresentar uma medida mais tempestiva do desenvolvimento
municipal do que o IDHM, que é decenal. Ele abrange atualmente as dimensões educação, saúde, vulnerabilidade social, segurança pública, meio ambiente/saneamento
e cultura/ esporte.
3-1: O Índice de Desenvolvimento Humano - IDHM
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), de cuja construção a Fundação João Pinheiro participa, foi elaborado a partir
de uma parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), e com o Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (Ipea). Abrange três importantes dimensões na vida das pessoas: longevidade, educação e renda.
A Figura 3.1.1 sintetiza a situação de Sete Lagoas em relação ao IDHM e suas dimensões em 2010, último ano para qual o índice está
disponível (este índice é calculado com base nos censos demográ�cos e somente pode ser calculado para os municípios a cada dez
anos).
O Quadro 3.1.1 mostra a posição do município em relação aos demais municípios com maior e menor valores de IDHM do estado, em
2010.
QUADRO 3.1.1: Posição de Sete Lagoas no IDHM total e de seus componentes dos municípios de Minas Gerais- 2010.
FIGURA 3.1.1 IDHM e seus componentes – Sete Lagoas- 2010
IDHM IDHM educação IDHM
longevidade
IDHM renda
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
0,760
0,710
0,840
0,740
 
O IDHM é uma adaptação, para
o nível municipal do IDH
calculado para países pelo
PNUD.
O índice é formado pela média
geométrica dos índices
especí�cos das três dimensões
que o compõem: educação,
longevidade e renda. A
educação é medida
considerando-se indicadores
que representam a
escolaridade da população
adulta (medida pelo indicador
18 anos e mais com
fundamental completo) e o
esforço educacional para com
a população em idade escolar
(medido pelos indicadores %
da população de 4 e 5 anos na
escola, % de 11 a 13 nos
últimos anos do fundamental,
% de 15 a 17 com fundamental
completo e % de 18 a 20 com
médio completo).
A longevidade é medida pela
esperança de vida ao nascer.
A renda é medida pelo
indicador renda familiar per
capita.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
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IDHM 
Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM)-
Municípios de Minas Gerais - 2010
0,810
0,530
0,760 
0 a 1
IDHM-Educação 
Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM)-
Municípios de Minas Gerais - 2010
0,740
0,340
0,710 
0 a 1
IDHM- Longevidade
Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM)-
Municípios de Minas Gerais - 2010
0,890
0,720
0,840 
0 a 1
IDHM- Renda
Índice de Desenvolvimento
Humano Municipal (IDHM)-
Municípios de Minas Gerais - 2010
0,860
0,500
0,740 
0 a 1
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 7/67
3-2 O Índice Mineiro de Responsabilidade Social - IMRS
O Índice Mineiro de Responsabilidade Social (IMRS) foi criado pela Lei Estadual n.º 15.011 de 2004, que de�niu que ele deveria ser
calculado pela Fundação João Pinheiro a cada dois anos, para todos os municípios do estado.
O processo de construção motivou a organização de uma base de dados municipal, baseada em estatísticas de registros, em diversas
dimensões, que hoje já conta com mais de 700 indicadores, para os anos de 2000 a 2017. Dessa base de dados são selecionados 45
indicadores que formam os índices do IMRS. Eles são calculados inicialmente para cada uma das dimensões e então agregados com a
utilização de uma média ponderada para formar o índice geral.
Medir a responsabilidade social da administração pública não é tarefa simples. A União, os Estados e os Municípios são pressionados a
dar respostas efetivas a muitos problemas como o dé�cit público, a oferta insu�ciente de serviços de saúde, melhorias no ensino
público, a assistência social, o desemprego persistente, a violência e muitos outros. Os índices re�etem a situação nestas dimensões, o
que é re�exo das intervenções ao longo dos anos.
A Figura 3.2.1 apresenta os índices do IMRS de Sete Lagoas referente ao ano de 2016. As �guras do quadro 3.2.1 apresentam a posição
relativa do município frente aos demais municípios do estado no IMRS e em cada uma das suas dimensões.
FIGURA 3.2.1- Índice Mineiro de Responsabilidade Social IMRS e dimensões - Sete Lagoas - 2016
Embora o conceito de responsabilidade social de uma maneira ampla deva envolver o setor público, o setor privado e os cidadãos, pela di�culdade de
medidas (para todos os municípios de Minas Gerais) comparáveis e con�áveis para esses dois últimos, o IMRS abrange de forma mais explícita apenas o
setor público. E, nesse caso, o Índice se propõe a medir a responsabilidade social conjunta das três esferas de governo. Assim, somente uma análise mais
aprofundada pode vir a identi�car a responsabilidade de cada uma delas individualmente.
O IMRS é uma média ponderada das dimensões retratadas na Figura 3.1: saúde, educação, vulnerabilidade social, segurança pública, saneamento/meio
ambiente e cultura/esporte.
IMRS IMRS saúde IMRS educação IMRS
vulnerabilidade
social
IMRS segurança
pública
IMRS
Saneamento e
Habitação
IMRS Cultura,
Esporte e Lazer
0.0
0.2
0.4
0.6
0.8
1.0
0,685 0,688 0,687
0,830
0,404
0,696
0,800
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 8/67
QUADRO 3.2.1: Posição de Sete Lagoas no IMRS e suas dimensões em relação aos demais municípios do estado – 2016
IMRS 2016
0,744
0,461
0,685 
0 a 1
IMRS Saúde 2016
0,902
0,436
0,688 
0 a 1
IMRS Educação 2016
0,761
0,368
0,687 
0 a 1
IMRS VulnerabilidadeSocial 2016
0,860
0,490
0,830 
0 a 1
IMRS Segurança Pública 2016
0,951
0,130
0,404 
0 a 1
IMRS Saneamento 2016
0,825
0,003
0,696 
0 a 1
IMRS Cultura, Esporte e Lazer 2016
0,960
0,000
0,800 
0 a 1
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 9/67
 
 
 
B - FINANÇAS E GESTÃO
Este bloco tem o objetivo de fornecer indicações relacionadas com os recursos e os processos aplicados na gestão pública municipal.
Em outras palavras, trata dos “insumos” (recursos �nanceiros) e dos processos administrativos utilizados pelas diferentes esferas de
governo para a provisão de bens e serviços públicos à população. 
Abarca, portanto, grupos de indicadores que fornecem elementos para diferenciar as capacidades dos governos em produzir e
entregar bens públicos aos cidadãos, organizados em duas seções: �nanças públicas e processos administrativos.
 
 
 
1. Finanças
Nas �nanças públicas os indicadores selecionados buscam retratar a capacidade de �nanciamento dos municípios, respaldando a
discussão da existência ou não de uma efetiva autonomia �nanceira dos entes locais, bem como um acompanhamento da receita
efetivamente disponível – receita corrente líquida per capita; recurso livre para �nanciar as atividades desempenhadas pelos entes
locais.
A discussão da priorização dos gastos públicos é um outro ponto muito importante, pois eles re�etem os objetivos governamentais
implementados, bem como a busca pela e�ciência e responsabilidade dos gestores públicos, como o comprometimento dos
orçamentos com pagamento de pessoal, o esforço de investimento, o custeio da máquina, além dos gastos obrigatórios com saúde e
educação.
Ainda no campo das �nanças públicas, é imprescindível demonstrar o balanço geral do município, veri�cando se os serviços públicos
essenciais são �nanciados pela receita arrecadada ou se houve necessidade de incorrer em desequilíbrios para mantê-los em
funcionamento.
1.1 Índice de Desenvolvimento Tributário e Econômico – IDTE
O IDTE expressa o desempenho econômico da administração municipal, à luz da composição de suas receitas tributárias e
transferências do ICMS, do IPVA e do FPM. Portanto, o indicador tem o intuito de auferir a capacidade de �nanciamento dos serviços
ofertados e prestados à sociedade a partir das principais receitas correntes da administração municipal.
Esse indicador possibilita medir o grau de desenvolvimento econômico a partir das receitas que têm como fato gerador as atividades
econômicas presentes no município. Do ponto de vista das políticas públicas, esta questão também é relevante, pois permite
identi�car, com maior clareza, áreas mais carentes de ações proativas, por parte do poder público, visando criar melhores condições
para o seu desenvolvimento. (Oliveira e Biondini, 2010).
Entre 2014 e 2017, o IDTE de Sete Lagoas passou de 69,13 para 69,99. A �gura 1.1 mostra a posição do município em relação aos
municípios de maior e menor IDTE do estado em 2017.
FIGURA 1.1 – Variação do Índice de Desenvolvimento Econômico e Tributário (IDTE) dos
municípios mineiros – 2017  
Questão metodológica: A partir de 2011 o cálculo do IDTE foi
aprimorado, com duas mudanças signi�cativas: a primeira foi a
incorporação das modi�cações trazidas pela Lei 18.030/2009,
bem como a diferenciação dos critérios de distribuição do ICMS
em proativos e reativos, descaracterizando a transferência total
do recurso apenas como um repasse constitucional recebido
sem esforços do município. Assim, os critérios proativos foram
incluídos no cálculo como re�exo do desempenho municipal, ao
passo que os reativos, foram equiparados à transferência do
FPM. A segunda mudança foi com a incorporação das
transferências do IPVA. 
Quanto maior o indicador, maior o grau de desenvolvimento da
economia do município e, consequentemente, maior a
capacidade da administração pública de �nanciamento de suas
atividades com receitas geradas por sua base econômica;
quanto menor o indicador, menor o grau de desenvolvimento
do município, e maior, portanto, sua dependência de
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 10/67
1.2 Receita Corrente Líquida per capita – RCLpc
O conceito de Receita Corrente Líquida (RCL) foi introduzido no campo das �nanças públicas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (art.
2º, IV). A RCL corresponde ao somatório das receitas de impostos, taxas, contribuições, receitas com as eventuais atividades
econômicas desenvolvidas pelos municípios e transferências constitucionais e legais, além de outras receitas correntes. Desse valor
são deduzidas as contribuições dos servidores municipais para o custeio do sistema de previdência e assistência social e as receitas
provenientes da compensação �nanceira.
Entre 2014 e 2017, a RCLpc de Sete Lagoas passou de R$2.629,15 para R$2.392,34 (a preços de dezembro de 2017), o que representou
uma variação de -9,01% no período. A �gura 1.2 mostra a posição do município em relação ao maior e ao menor valores de RCLpc
entre os municípios do estado em 2017. no período.
1.3 Gasto com pessoal
O indicador de percentual de gasto com pessoal expressa o montante de gastos que a administração pública realiza com pessoal em
relação à receita corrente líquida (RCL) que arrecada anualmente. Os gastos com pessoal sempre foram considerados, pela dimensão
que ocupam no orçamento, uma questão crucial para o ajuste estrutural das �nanças públicas, por isso, a Lei de Responsabilidade
Fiscal de�niu a forma de cálculo com suas exigências e parâmetros para todos os entes federados e para todos os poderes da
administração pública.
Para o cálculo do indicador as variáveis utilizadas são os gastos com pessoal da administração (ativos, inativos e pensionistas), deles
deduzidos indenizações por demissões, de incentivos à demissão voluntária, os com inativos que são custeados por outras fontes que
não as do Tesouro, em relação à sua RCL.
Vale esclarecer que para a apuração dos valores gastos com pessoal são incluídas no valor apurado, segundo o art. 18 da LRF, as
despesas relativas à mão-de-obra relativas a contratos de terceirização realizados com o intuito de substituir servidores públicos, os
quais tratam de funções permanentes da Administração Pública, bem como as sentenças judiciais referidas no § 2º do art. 19, e
Fonte: FJP/IMRS.
88,47
0,00
69,99 
%
transferências de outros níveis de governo para a cobertura e
�nanciamento de seus gastos.
FIGURA 1.2 – Receita Corrente Líquida per capita dos municípios mineiros – 2017 (preços
correntes)
Fonte: FJP/IMRS.
15.426,51
1.096,62
2.392,34 
R$ correntes / hab
 
Para tornar o conceito de RCL comparável entre os municípios,
buscou-se relativizar pelo número de habitantes, criando o
indicador Receita Corrente Líquida per capita. Quanto maior o
valor per capita, maior a capacidade potencial do município em
ofertar bens e serviços por habitantes. 
A avaliação da RCLpc (Receita Corrente Líquida per capita)
auxilia na análise das principais restrições �nanceiras, tais como
gasto com pessoal, assunção de dívidas e garantias às
operações de crédito. 
O indicador demonstra o montante de recursos correntes de
que dispõe o município por habitante, valor com o qual o
município poderá contar, independentemente de ações que
envolvam os demais entes federativos, como os convênios e as
transferências voluntárias.
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excluídas as despesas arroladas nos incisos I a IV do § 1 º do mesmo art. 19.
De acordo com a LRF (arts. 19 e 20), os limites máximos de gastos com pessoal que podem ser realização pela administração pública
municipal é 60% da RCL, distribuídos da seguinte forma entre os poderes: 54% para o Poder Executivo e 6% para o Legislativo. No caso
do Poder Executivo, o montante do gasto correspondente ao percentual �xado inclui as despesas ocorridas com a administração
direta, fundos, autarquias,fundações e empresas estatais dependentes.
Entre 2014 e 2017, o gasto com pessoal em relação à Sete Lagoas passou de 49,96% para 51,10%. A �gura 1.3 mostra a posição do
município em relação aos municípios com maior e menor percentuais de gasto com pessoal no estado, em 2017.
FIGURA 1.3 – Gasto com pessoal em relação à RCL para os municípios mineiros – 2017
Fonte: FJP/IMRS.
0,00
73,29
51,10 
%
 
É importante destacar que em dezembro de 2018 foi aprovada a
Lei Complementar nº 164, que acrescenta os §§ 5º e 6º ao art. 23,
e com isso há uma re�exibilidade no tocante aplicação das
penalidades descritas no § 3º, incisos I, II e III, para os municípios
que apresentarem queda na receita real superior a 10%, em
relação ao quadrimestre do exercício �nanceiro anterior, devido
a: I – diminuição das transferências do FPM decorrente de
concessões de isenções tributárias pela União; II – diminuição
das receitas recebidas de royalties e participações especiais. 
Contudo, essa �exibilização só se aplica aos municípios que
estavam dentro do limite de 60% da RCL no quadrimestre
correspondente do ano anterior, considerando a atualização
monetária. 
Quanto mais alto o indicador, maior o grau de
comprometimento da RCL com essa despesa e,
consequentemente, menor a capacidade da administração
pública de destinar/alocar recursos no orçamento para a
realização de investimentos ou para de�nir/reorientar
prioridades do governo, dado o seu elevado grau de
engessamento; quanto menor, maior a disponibilidade de
receitas com que conta para atender novas demandas por
políticas públicas da população, para ampliar ofertas
insu�cientes de serviços e/ou para expandir o capital social
básico da comunidade.
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1.4. Custeio da máquina
O indicador adotado expressa os gastos da administração pública com outras despesas relacionadas ao custeio da máquina em
relação à receita corrente líquida.
As despesas de custeio envolvem gastos com quatro conjuntos de atividades, sendo que três delas não se encontram diretamente
vinculadas à máquina pública. As despesas de custeio da máquina são as mais importantes para avaliar a e�ciência da gestão:
a) o custeio auxílio, vinculado, de modo geral, a despesas com pessoal (salário família, auxílio �nanceiro a estudantes, auxílio
alimentação, auxílio transporte, entre outros);
b) o custeio de terceiros, também decorrentes de gastos com pessoal (contratação de pessoal por prazo determinado, serviços de consultoria,
outros serviços de terceiros (pessoas físicas e jurídicas), locomoção de mão-de-obra etc.);
c) outras despesas de diversas naturezas, que não decorrem necessariamente do funcionamento da máquina (obrigações tributárias e
contributivas, subvenções sociais, sentenças judiciais, indenizações e restituições etc.; e
d) o custeio propriamente dito da máquina pública (diárias, material de distribuição gratuita, passagens e despesas com locomoção,
material de consumo, despesas de custeio da máquina).
O indicador revela o comprometimento da receita da administração com o �nanciamento de “outras despesas correntes”, excluídas as
despesas com aposentadorias, reformas e pensões, para manter em operação a máquina pública: quanto menor o coe�ciente,
menores os recursos que estarão sendo destinados para essa �nalidade, caracterizando uma situação de gestão pública e�ciente, já
que mais recursos poderão ser disponibilizados para os investimentos e para garantir a oferta de políticas públicas; quanto maior o
coe�ciente, maior o comprometimento da receita com o �nanciamento da manutenção e funcionamento da máquina pública,
con�gurando maior ine�ciência da administração, já que mais reduzida sua capacidade na realização de investimento e na provisão de
bens e serviços para a população.
Entre 2014 e 2017, o gasto com custeio da máquina em relação à RCL em Sete Lagoas passou de 50,89% para 46,73%. A �gura 1.4
mostra a posição do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valores desse indicador, em 2017.
1.5. Esforço em investimento
O esforço de investimento é avaliado pelas despesas que a administração pública realiza com investimentos e inversões �nanceiras
em relação ao total das despesas realizadas em determinado exercício �nanceiro.
Sua presença possibilita uma análise complementar aos dois indicadores imediatamente anteriores, sendo o terceiro grupo de
despesas mais importantes para administração pública.
O indicador re�ete a prioridade e a capacidade da administração na realização de investimentos que contribuem para expandir os
equipamentos urbanos e o capital social básico da comunidade, aumentando, consequentemente, sua capacidade de oferta de
políticas públicas. O grau de prioridade conferido a esses gastos pode ser visto, como indicador não somente de uma visão de futuro,
mas também de maior economicidade nas despesas correntes da administração.
Entre 2014 e 2017, o esforço em investimento em relação ao total das despesas de Sete Lagoas passou de 21,49% para 3,08%. A �gura
1.5 mostra a posição do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valor para esse indicador, em 2017.
FIGURA 1.4 Gasto com custeio da máquina em relação à RCL para os municípios
mineiros – 2017
Fonte: FJP/IMRS.
0,00
80,85
46,73 
%
 
Para uma avaliação mais criteriosa da qualidade da gestão, o
mais correto é considerar, portanto, apenas as despesas com o
custeio da máquina (item d), mas ainda aqui é necessário
cuidado, para diferenciar o custeio relativo a atividades-�m
(medicamentos, cadernos escolares, combustíveis para
policiamento etc.) do custeio de um atividade-meio (material de
consumo, diárias etc.), para que não se sacri�quem políticas
públicas essenciais para a sociedade. Dada a agregação dos
dados com que se trabalha, essa separação não é, contudo,
possível de ser feita nessa pesquisa. 
A análise do Custeio da máquina/RCL foi realizada para 2002 e
2017, por serem o primeiro e o último ano que permitem
comparações. Isso porque houve uma mudança na classi�cação
das despesas públicas em 2001, com base na Portaria nº 163, da
Secretaria do Tesouro Nacional.
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1.6 Gasto com saúde
O indicador de gasto com saúde revela o grau de comprometimento das receitas próprias municipais com as ações relacionadas à
política de saúde.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) expõe, no art. 196, que a saúde é um direito de todos e um dever
do Estado. Como forma de garantir recursos para o �nanciamento dessa política pública, a EC nº 29/2000, regulamentada em 2012
pela Lei Complementar 141, de�niu que os municípios deveriam alocar no mínimo 15% de suas receitas de impostos e transferências
de impostos nas ações de saúde. Com isso, além da proteção dada à essa área de política pública, a Constituição cria mecanismos
para fortalecer o processo de descentralização.
Com a descentralização política, os municípios, por serem os entes federados mais próximos dos cidadãos, �caram responsáveis por
garantir uma assistência pública de saúde com qualidade, capaz de atender às necessidades básicas.
Entre 2014 e 2017, a despesa com saúde em relação ao total das receitas e transferências de impostos de Sete Lagoas passou de
19,65% para 27,88%. A �gura 1.6 mostra a posição do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valor
para esse indicador em 2017.
1.7 Gasto com educação
O indicador de gasto com educação expressa a parcela obrigatória de aplicação por parte dos entes municipais.
De acordo com o artigo 212 da Constituição Federal de 1988 os municípios deverão aplicar, anualmente, no mínimo 25% da receita
resultante de impostos e de transferências de impostos na manutenção e desenvolvimento do ensino. Assim sendo, o indicador
re�ete a proteção dada à área de educação, por ser esta uma política pública capaz deamenizar as disparidades socioeconômicas e
promover o desenvolvimento do capital humano.
FIGURA 1.5 – Variação do gasto com investimento em relação ao total das despesas
para os municípios mineiros – 2017
Fonte: FJP/IMRS.
29,51
0,00
3,08 
%
 
Este indicador deve ser analisado com cautela: nem sempre os
investimentos realizados pela administração pública se
traduzem em benefícios para a comunidade, contribuindo
pouco ou nada para melhoria do bem-estar social. A qualidade
do investimento, todavia, só é recomendável ser avaliada caso-a-
caso e com dados desagregados, o que não é possível nesse
per�l. Assim, embora a análise deva ser feita com parcimónia, é
um indicador de e�ciência da gestão pública. Quanto maior o
coe�ciente, maior a prioridade atribuída a esses gastos,
indicando uma gestão pública mais e�ciente; quanto menor o
coe�ciente, menor essa prioridade, indicando ine�ciência na
gestão, à medida que as receitas são utilizadas para outra
�nalidade que não contribui para aumentar essa capacidade de
oferta. 
A análise do esforço em investimento foi realizada para 2002 e
2017, por serem o primeiro e o último ano que permitem
comparações. Isso porque houve uma mudança na classi�cação
das despesas públicas em 2001.
FIGURA 1.6 Gasto com saúde: Sete Lagoas em relação aos municípios
mineiros – 2017
Fonte: FJP/IMRS.
40,33
0,00
27,88 
%
 
A legislação a ser observada no tocante ao cumprindo do mínimo de 15% na
área de saúde é: 
1) Art. 198, § 2º da CRFB/88, regulamentado pelo art. 77, III e § 4º do Ato de
Disposições Transitórias Constitucionais (ADTC) da Constituição Federal de
1988, de�nidas pela Emenda Constitucional nº. 29, de 13 de setembro de
2000; e 
2) A partir de 2012, o art. 198, § 2º da CRBF/88 passa a ser regulamentado
pela Lei Complementar nº 141 de 2012. 
A leitura do índice pressupõe que quanto maior o gasto com saúde, melhor
para a população do município. Entretanto, isso deve ser analisado com
cuidado, pois ter uma grande quantidade de recursos destinados à saúde não
signi�ca necessariamente que eles estejam sendo gastos da melhor maneira
possível.
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Dessa maneira, analisar se o mínimo previsto pela CF/88 está sendo devidamente destinado à educação é fundamental para todos os
entes da federação - em especial para os municípios que, além de serem os entes federados mais próximos do cidadão, são, também,
os responsáveis pela educação básica: creches (até 3 anos), pré-escolas (educação infantil; 4 e 5 anos) e o ensino fundamental (7 a 14
anos).
Entre 2000 e 2017, a despesa com educação em relação ao total das receitas e transferências de impostos de Sete Lagoas passou de
20,93% para 20,93%. A �gura 1.7 mostra a situação do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valor
para esse indicador em 2017.
1.8 Equilíbrio Fiscal
O indicador de equilíbrio �scal expressa o resultado �scal entre as receitas arrecadadas e as despesas realizadas para um
determinado ano.
Uma gestão e�ciente e responsável exige do administrador público um acompanhamento e um controle das contas públicas de forma
a não incorrer em desequilíbrios. Assim, o intuito do indicador é demonstrar se o município está conseguindo permanecer dentro das
suas possibilidades �nanceiras, mantendo a provisão dos serviços públicos indispensáveis para a sociedade, e sem gerar dé�cits
orçamentários.
O indicador de equilíbrio �scal deve ser analisado com parcimônia e nunca de maneira isolada, uma vez que eventuais dé�cits podem
ocorrer em um ano, por motivos de força maior, e no ano seguinte ocorrer a recuperação das �nanças públicas municipais. Além
disso, uma gestão planejada e transparente requer a observância aos limites, condições e regras estabelecidos na LRF.
O somatório da receita arrecadada corresponde à capacidade de �nanciamento dos serviços ofertados à sociedade e ao montante de
receita disponível para o pagamento das principais restrições �nanceiras, sendo interessante assim, avaliar a situação �nanceira do
município sem que este recorra ao endividamento. O indicador de Equilíbrio Fiscal, portanto, mede a capacidade da administração
municipal de �nanciar o total das suas despesas com receitas correntes e de capital obtidas em determinado ano.
Entre 2014 e 2017, o equilíbrio �scal em relação à receita corrente líquida de Sete Lagoas passou de -17,47% para 8,06%. A �gura 1.8
mostra a posição do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valor deste indicador em 2017.
FIGURA 1.7 Gasto com educação: Sete Lagoas em relação aos municípios mineiros –
2017
Fonte: FJP/IMRS.
48,22
0,00
20,93 
%
 
Este indicador demonstra o cumprimento ou não do mínimo
constitucional de 25% previsto para o gasto com a educação
municipal. 
Quanto maior o indicador, mais recursos disponíveis para a
área, e quanto menor, menos recursos destinados à educação.
Não obstante a leitura correta do sentido do indicador, ele não
dever ser analisado de maneira isolada dos indicadores
�nalísticas da política de educação, por não ser su�ciente para
permitir conclusões mais profundas que tocam questões como a
e�ciência e qualidade do gasto, ou mesmo com as questões
atinentes à qualidade dos serviços públicos ofertados à
população. 
A análise do gasto com educação foi realizada para 2002 e 2017,
por serem o primeiro e o último ano que permitem
comparações.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
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1.9 Endividamento
O nível de endividamento municipal é medido a partir da participação da dívida consolidada líquida na receita corrente líquida.
Enquanto o indicador equilíbrio �scal é conjuntural nas �nanças públicas municipais, o nível de endividamento re�ete o estoque da
dívida.
O indicador mostra a relação entre o montante da dívida da administração (variável estoque) e as receitas líquidas que esta arrecada
anualmente (variável �uxo) para desempenhar suas funções e que também podem ser destinadas para o pagamento do serviço dessa
dívida (juros e amortizações).
A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), regulamentada pela Resolução n. 40, de 2001, do Senado Federal, impôs o limite de 1,2 da RCL
para o endividamento dos municípios. Esse limite poderia ser atingido somente até o ano de 2016, sendo que todos que se encontram
acima desse patamar, ou seja, com dívida superior ao previsto na Resolução nº 40/2001, deverão ajustar-se à razão de 1/15 avos por
ano, a contar de 2002.
Para os municípios que estão abaixo de 120% da RCL há a possibilidade de contratar novas operações de crédito, tanto internas como
externas, até o atingimento do limite. Entretanto, outros parâmetros que re�etem o comprometimento das contas municipais
também devem ser observados e mantidos dentro de limites legais, como o percentual das operações de crédito realizadas em um
exercício �nanceiro em relação à RCL, o comprometimento anual com amortizações e juros e o gasto com pessoal e seus encargos.
Entre 2014 e 2017, o estoque da dívida em relação à RCL de Sete Lagoas passou de 33,55% para 59,17%. A �gura 1.9 mostra a posição
do município em relação aos municípios do estado com o maior e o menor valores desse indicador em 2017.
 
 
FIGURA 1.8 Equilíbrio Fiscal: Sete Lagoas em relação aos municípios
mineiros – 2017
Fonte: FJP/IMRS.
-15,13
35,63
8,06 
R$ correntes / hab
 
Algumas limitações que impedem uma herança �scal nefasta para as
administrações futuras são: 
1) Aumento de despesas em geral: nos últimos 8 meses do mandato, os
administradores somente podem contrair obrigações que possam ser
cumpridas integralmente até o �m do seu mandato; 
2) Para o gasto com pessoal: é proibido o aumento de gasto com pessoal
nos últimos 180 dias do mandato (art. 21, parágrafo único, da LRF); 
3) Restos a pagar: quando não houve disponibilidade su�ciente de caixa,
�ca vedada a inscrição de restos a pagar no último ano do exercício; e 
4) Operaçõesde crédito por antecipação de receita: são exigidas maior
rigor para a contratação de novos empréstimos de curto prazo nos quais o
intuito é a antecipação de receitas, devendo estas serem liquidadas até o
�nal do exercício �nanceiro de sua contratação. 
Quanto maior o indicador, maior é o desequilíbrio �scal, indicando a
necessidade de se buscar a maior e�ciência e economicidade na promoção das
políticas públicas e no desempenho da máquina estatal. Quanto menor o
percentual, maior a austeridade, e, portanto, o comprimento de uma das
principais referências de responsabilidade do administrador público.
FIGURA 1.9 – Dívida Consolidada Líquida em relação à RCL para os municípios mineiros –
2017
Fonte: FJP/IMRS.
0,00
80,76
59,17 
%
 
Como Dívida Consolidada Líquida (DCL) entende-se a Dívida
Pública Consolidada (dívida bruta em títulos, contratos,
empréstimos superiores a 12 meses, precatórios judiciais
emitidos a partir de 5 de maio de 2000 e não pagos durante a
execução do orçamento em que foram incluídos, e operações de
crédito com prazo inferiores a 12 meses, mas registrados como
receitas no orçamento) deduzidas as disponibilidades de caixa,
as aplicações �nanceiras e os demais haveres �nanceiros da
administração pública. 
Quanto mais alto o indicador, maior a parcela de suas receitas
que poderá ser destinada ao pagamento do serviço da dívida,
dependendo das condições de sua contratação e dos prazos de
vencimento, e menor a parcela que restará para garantir a
oferta de serviços essenciais para a sociedade. Quanto menor a
relação, maior a capacidade do município de contar com
recursos disponíveis para suprir a demanda por bens públicos
da população.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 16/67
 
2. Gestão
No bloco anterior foram ressaltados os recursos com os quais os governos podem contar para realizarem as atividades de prestação
de serviço à população. Neste bloco serão abordados os processos, procedimentos e métodos de gestão empregados pelos governos
para implementar suas políticas.
Os indicadores estão agrupados em conjuntos que caracterizam as instituições, as práticas e procedimentos orçamentários, a gestão
de recursos humanos, a governança regulatória, as contratações públicas, o governo aberto, as inovações do setor público, incluindo o
governo digital e a gestão e comunicação.
Deve ser ressaltado que as comparações aqui realizadas não levam em conta o tamanho da população, do território e a capacidade
�nanceira do município, fatores que certamente in�uenciam as possibilidades e capacidades de ação.
2.1 Instituições
Esse segmento busca captar as estratégias para induzir a aplicação de mecanismos �nanceiros mais ágeis bem como a participação
em instâncias regionais que atuam de forma associada, visando à colaboração no alcance de objetivos compartilhados, por meio de
mecanismos de cooperação intergovernamental.
A existência de fundos de políticas setoriais é um mecanismo e�ciente no que se refere à maior agilidade �nanceira, sendo algo
positivo para o desenvolvimento da política pública a sua existência. O Quadro 2.1 mostra a situação de Sete Lagoas no tocante à
existência desses fundos:
QUADRO 2.1 – Sete Lagoas: Existência de fundos municipais para as políticas setoriais – 2017
Fundos municipais Existência de fundos
Municípios de Minas
Gerais (%)
    Sim Não
De saúde SIM 97,42 2,58
De assistência social SIM 34,35 65,65
De meio ambiente SIM 39,16 60,84
De patrimônio cultural NÃO 75,62 24,38
De Segurança Pública NÃO 93,55 6,45
Fonte: Índice de E�ciência da Gestão Municipal (IEGM) – 2017. IBGE, Pesquisa de Informações Municipais 2009, 2012 e 2014 (anos que tratam da temática da segurança
pública) e Per�l dos municípios brasileiros. Suplementos especiais 2005 e 2009 para o Fundo Municipal de Assistência Social. Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e
Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG). Pontuação detalhada anual, 2010 a 2018 para o Fundo Municipal de Patrimônio Cultural. Elaboração do próprio autor.
No que se refere à participação em instâncias regionais, a avaliação apresentada está limitada à participação do município na
Associação Mineira Municipal (AMM), e em suas regionais. Assim, todos os municípios presentes na base de dados do IMRS são
membros da AMM e da Associação dos municípios da microrregião do Alto Rio das Velhas (AMAV).
O quadro 2.2 mostra a participação do município em consórcios intermunicipais ou convênios nas várias áreas de políticas públicas:
QUADRO 2.2 – Sete Lagoas: Participação em consórcios intermunicipais ou convênios –
2011 e 2017
Consórcios ou convênios Participação
Municípios de Minas
Gerais (%)
    Sim Não
De educação NÃO 42,09 57,91
De saúde NÃO 82,88 17,12
De assistência e desenvolvimento
social
SIM 30,25 69,75
De emprego e/ou trabalho NÃO 3,99 96,01
De turismo SIM 17,58 82,42
De cultura NÃO 8,79 91,21
De habitação NÃO 12,19 87,81
 
Os consórcios intermunicipais são parcerias entre municípios
para a realização de ações conjuntas, com vistas a otimizar
custos e aprimorar a e�ciência e qualidade dos serviços
públicos. A Lei nº 11.107/2005 dispõe sobre normas gerais para
a realização de objetivos de interesse comum.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
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2.2. Práticas e Procedimentos Orçamentários
O orçamento público é o instrumento básico de planejamento e gestão, no qual os governos �cam autorizados a arrecadarem receitas
previstas e executarem as despesas nele �xadas, para um determinado período.
O uso de boas práticas e a adoção de procedimentos orçamentários adequados por parte da administração pública são fundamentais
para o alcance dos resultados, reforçados pela Constituição Federal de 1988. Desde então várias mudanças técnico-normativas
ocorreram para possibilitar a implementação efetiva do orçamento elaborado a partir da concepção de programas, tendo cada qual
seus objetivos, metas e monitoramento de resultados. Nessa lógica, as políticas públicas adotadas pelos governos, são
operacionalizadas nos orçamentos por meio dos programas e seus detalhamentos: projetos, atividades ou operações especiais.
Como instrumento de planejamento, o pressuposto é de que os governos devem elaborar os orçamentos públicos segundo um
diagnóstico que retrate a situação atual, identi�cando principalmente problemas e demandas da sociedade.
Sete Lagoas usa diagnósticos para elaborar o planejamento das peças orçamentárias.
Sete Lagoas elaborou seu orçamento com a de�nição de programas, indicadores, metas e ações, segundo as técnicas do orçamento-
programa.
No tocante à execução orçamentária, uma questão muito importante é a margem de alteração do orçamento autorizada pelo Poder
Legislativo, nos chamados créditos suplementares. Quanto maior o percentual autorizado na Lei Orçamentária Anual (LOA), maior a
liberdade do Poder Executivo para rede�nir a alocação dos recursos orçamentários-�nanceiros ao longo da sua execução.
Sete Lagoas possui mais de 20% de crédito suplementar autorizado previamente no orçamento. Percentuais elevados de crédito
suplementar autorizado, sugere a baixa capacidade do ente governamental em planejar e implementar o planejado, necessitando,
portanto, de alterar o orçamento ao longo da sua execução.
2.3. Gestão Recursos Humanos
A gestão de pessoas é um conjunto de práticas e técnicas aplicadas por pro�ssionais que atuam com o objetivo de gerir
comportamentos internos da equipe de colaboradores nas organizações e criar condições de potencializar o capital humano. No setor
público não é diferente, cabendo ao órgão responsável pelo desenvolvimento da política de recursos humanos implantar um
ambiente favorável aos servidores públicos com a criação de iniciativas que valorizem, motivem e retenham, especialmente os
servidores públicos concursados, levando-se em consideração as seguintes dimensões: existência de plano de cargos e salários,
avaliação de desempenho, saúde do servidor,jornada de trabalho e treinamento e capacitação.
Não dispondo de uma fonte de dados para consulta sobre a existência de Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos (PCCV) Geral para
os servidores municipais, a avaliação aqui apresentada está restrita à existência do PCCV para os professores.
Sete Lagoas possui PCCV para os professores públicos municipais.
A terminologia Plano de Cargos e Salários foi substituída recentemente na literatura que trata do tema pela expressão Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos. Esse
plano tem como objetivo estimular o desempenho pro�ssional, valorizar o servidor pelo seu desempenho, incentivar a quali�cação funcional contínua e o conhecimento
adquirido, de�nir normas claras e objetivas para a evolução funcional e racionalizar a estrutura de cargos e carreira. 
As jornadas de trabalho estão previstas nos PCCV´s existentes nos municípios, bem como nos contratos de trabalho para os servidores temporários. Cabe à gestão
pública buscar formas de contratar o pagamento das horas excedentes ao �xado no Plano ou nos contratos de trabalho. Ou seja, compreender quais são as principais
justi�cativas para pagamento de horas extras é uma questão de responsabilidade do gestor público e mesmo de responsabilidade �scal, pois impacta diretamente no
gasto com pessoal.
Para os professores, em Sete Lagoas, não existe pagamento de horas extras. Vale, contudo, dizer, que não há programa de inibição de
absenteísmo ou existe programa de inibição de absenteísmo sim, com benefício �nanceiro - com processo de perícia médica
municipal - com programas de prevenção à saúde do professor para essa categoria de servidores.
Para médicos em Sete Lagoas, não existe pagamento de horas extras.
Com relação à treinamento e capacitação, Sete Lagoas realiza capacitação e treinamento na(s) seguinte(s) área(s), conforme
apresentado no quadro 2.4:
Consórcios ou convênios Participação
Municípios de Minas
Gerais (%)
De meio ambiente NÃO 12,54 87,46
De transporte NÃO 6,45 93,55
De desenvolvimento urbano SIM 9,96 90,04
De saneamento NÃO 10,20 89,80
Fonte: IBGE, Pesquisa de Informações Municipais 2011 e 2017, sendo essa informação apenas a
área do meio ambiente.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
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Quadro 2.4: Treinamento e capacitação em Sete Lagoas
Área pesquisada Existência de treinamento Municípios de Minas Gerais (%)
    Sim Não
Planejamento 40 35,52 64,48
Tecnologia da Informação de acordo com a necessidade e demanda da equipe 68,00 32,00
Professores SIM 65,77 34,23
Demais servidores SIM 89,56 10,44
Fonte: Índice de E�ciência da Gestão Municipal (IEGM) – 2017. Elaboração do próprio autor.
2.4. Governança Regulatória
A governança regulatória, entendida como a busca por dispositivos de maior legitimidade, e�ciência e controle social, se re�ete na
existência de instrumentos de regulamentação que de�nam as metas de uma política e as formas de alcançá-las. Neste módulo a
governança regulatória foi aferida por meio dos planos de políticas públicas exigidos pelas legislações setoriais. O Quadro 2.5,
apresenta de forma sintética o(s) plano(s) existente(s) nos municípios.
QUADRO 2.5 – Sete Lagoas: Existência de planos municipais exigidos pela legislação – 2009, 2014 e 2017
Planos Situação Municípios de Minas Gerais (%)
    Sim Não
Plano Municipal de Assistência Social SIM 89,33 10,67
Plano Municipal de Educação SIM 97,54 2,46
Plano Municipal da Saúde SIM 94,49 5,51
Plano Municipal de Saneamento Básico SIM 56,04 43,96
Plano Municipal de Gestão Integrada de resíduos sólidos instrumento normativo publicado ou promulgado 29,77 70,23
Plano Municipal de Segurança Pública NÃO 4,22 95,78
Plano de mobilidade urbana(1) sim 25,32 6,45
Fonte: Índice de E�ciência da Gestão Municipal (IEGM) – 2017 para os planos municipais de educação, saúde, saneamento básico, gestão integrada de resíduos sólidos,
mobilidade urbana. Para o plano municipal de assistência social, os dados são do IBGE, Pesquisa de Informações Municipais. Per�l dos municípios brasileiros. Suplementos
especiais, 2009. Para o plano municipal de segurança pública Pesquisa de Informações Municipais 2009, 2012 e 2014 (anos que tratam da temática da segurança pública).
Elaboração do próprio autor. 
Nota: (1) A diferença entre a coluna do sim e o não é o “não se aplica”
No tocante ao Plano Diretor, Sete Lagoas: não precisa elaborá - lo.
2.5 Governo Aberto
O Governo aberto se refere a práticas governamentais que promovem a transparência, o acesso à informação pública e a participação
social. Os indicadores deste segmento estão agrupados nas informações disponíveis no Portal da Transparência do município, na
existência de Ouvidoria, nas oportunidades de participação popular na elaboração de políticas públicas, e na disponibilidade de
informações atualizadas.
No que se refere à transparência, Sete Lagoas possui lei municipal de acesso à informação. A implementação efetiva de políticas
relacionadas ao governo aberto é a abertura dos dados. Assim, nesse aspecto o foco foi nos dados orçamentários-�nanceiros.
Sete Lagoas não divulga as peças que compõem o planejamento com os indicadores de programas e metas de ações governamentais
comparando o que foi previsto e o que foi realizado. Em relação aos relatórios exigidos pelo art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal -
LRF, Sete Lagoas publica: planos, orçamentos e LDO,.
Outro aspecto importante do governo aberto é a existência de ouvidoria. Contudo, não foi possível obter informações sobre a
existência de uma ouvidoria geral nos governos locais, sendo possível listar apenas os municípios que possuem Ouvidoria de Saúde.
Assim, Sete Lagoas possui ouvidoria de saúde e com 1650 manifestações anuais, em 2017. O quadro 2.6 mostra quais os conselhos o
município possui.
QUADRO 2.6 – Sete Lagoas: Conselhos municipais exigidos pela legislação – 2009, 2014 e 2017
Conselho Conselhos em atividade Municípios de Minas Gerais (%)
    Sim Não Não aplicável
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 19/67
Conselho Conselhos em atividade Municípios de Minas Gerais (%)
Conselho Tutelar (Existência) SIM 99,30 0,70  
Conselho Municipal de Segurança Alimentar SIM 94,37 3,63 1,99
Conselho de Defesa dos Direitos de Crianças e adolescentes SIM 91,56 6,57 1,88
Conselho do Idoso SIM 36,93 14,65 48,42
Conselho da Pessoa com De�ciência SIM 13,13 8,09 78,78
Conselho dos direitos da Mulher NÃO 9,14 5,28 85,58
Conselho Gestor do programa Bolsa Família (Existência) (3) SIM 60,25 39,75  
Conselho Municipal da Habitação SIM 41,38 58,62  
Conselho Municipal de Saneamento NÃO 2,11 97,89  
Conselho Municipal de Meio Ambiente SIM 59,91 40,09  
Conselho de Segurança Pública SIM 41,27 58,73  
Conselho Municipal de Esportes NÃO 29,31 70,69  
Conselho Municipal de Saúde SIM 99,3 0,70  
Conselho Municipal de Educação SIM 85,23 14,77  
Conselho Municipal de Cultura SIM 55,22 44,78  
Conselho Municipal de Patrimônio Cultural SIM 67,76 32,24  
Conselho Municipal de Política Urbana ou de Desenvolvimento Urbano SIM 16,53 43,02 40,45
Conselho Municipal de Transporte False 4,34 2,46 93,20
Fonte: IMRS
2.6. Inovação do poder público e governo digital
Os governos estão enfrentando grandes desa�os com mudanças tecnológicas e demográ�cas, além de um contexto de crise
econômica na qual a sociedade passa a demandar mais dos governos, que precisam dar respostas mais efetivas e inovadoras, uma
vez que eles passam por sérias restrições �scais. O uso de tecnologias digitais é assumido como parte integrante das estratégias de
modernização e inovação dos governos.
Em Sete Lagoas a prefeitura possui nota �scal eletrônica (NFE) e os dados de contribuintes estão em sua posse indireta, ou seja,
gerenciados ou administrados por empresas terceirizadas para a arrecadação do Impostos sobre Serviços (ISS). Quanto ao Imposto
sobre Propriedade Territorial Urbano (IPTU) os dados são armazenados de forma eletrônica emum banco de dados e seu conteúdo
está na gerência direta do município.
No que se refere a prestação de serviços para a sociedade, Sete Lagoas disponibiliza agendamento de consultas médicas nas Unidade
Básica de Saúde (UBSs) por telefone, VOIP, internet, Toten, etc..
2.7. Contratação pública e logística
Os processos licitatórios para aquisição de bens e serviços, e realização de obras públicas são utilizados pelos governos como uma
ferramenta estratégica, para garantir a observância do princípio constitucional da isonomia nas contratações públicas. Os processos
regulamentados por normas legais de licitações, permitem o governo selecionar a proposta mais vantajosa para a administração
pública, a que atenda melhor os objetivos inerentes ao interesse público, pautada nos princípios constitucionais da impessoalidade,
moralidade e publicidade.
Os governos estão dedicando esforços para aumentar a e�ciência e a e�cácia nas contratações públicas, criando mecanismos que
visem assegurar a entrega das compras, dentro do prazo acordado e com a qualidade esperada, gerando implicações tanto para um
bom desempenho do setor público quanto para a satisfação dos cidadãos.
Sete Lagoas os dados e documentos relativos a editais dos processos licitatórios. Em relação às atas da comissão de licitação, elas não
são divulgadas na internet. Ele ainda divulga os dados e documentos relativos a contratos de processos licitatórios na Internet.
No que se refere ao uso de tecnologia nas compras públicas eletrônicas, Sete Lagoas usa esse recurso.
Quanto ao estoque os produtos comprados, em especial os da área de saúde, como luvas, capotes, gorros, máscaras e seringas para
operacionalização da atenção básica, o controle é feito manualmente.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 20/67
A Lei 8.666/93 em vários dispositivos normativos ressalta o princípio da publicidade, não apenas dos resultados do processo licitatório que culmina com a contratação da
empresa vencedora do certame, como de fase do processo, a exemplo de editais de convocação, e documentos necessários à habilitação. 
Outra informação importante, é que a lei nº 14.167/2002, que cria a modalidade licitatória do pregão, estabelece no art.4º que ele poderá utilizar-se de tecnologia da
informação. 
Para o Estado de Minas Gerais, foi publicado o Decreto 45.902/2012 que cria o Portal de compras para a divulgação das informações referentes às contratações públicas
de bens e obras dos usuários do Sistema Integrado de 
Administração de Materiais e Serviços do Estado de Minas Gerais (SIAD-MG).
2.8. Gestão de riscos e comunicação
Desastres de larga escala que afetaram os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE
nas últimas décadas os levaram a fortalecer as políticas de gestão de riscos. A OCDE emitiu, em 2014, uma recomendação sobre a
Governança dos Riscos Críticos, com vistas à defesa da integridade territorial e dos cidadãos. A comunicação de risco é uma estratégia
fundamental para a redução de perdas e danos causados por desastres.
Sete Lagoas possui uma coordenadoria municipal de proteção e defesa civil estruturada e um plano de contingência, nos termos
propostos pelo Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil.
A Lei 8.666/93 em vários dispositivos normativos ressalta o princípio da publicidade, não apenas dos resultados do processo licitatório que culmina com a contratação da
empresa vencedora do certame, como de fase do processo, a exemplo de editais de convocação, e documentos necessários à habilitação. 
Outra informação importante, é que a lei nº 14.167/2002, que cria a modalidade licitatória do pregão, estabelece no art.4º que ele poderá utilizar-se de tecnologia da
informação. 
Para o Estado de Minas Gerais, foi publicado o Decreto 45.902/2012 que cria o Portal de compras para a divulgação das informações referentes às contratações públicas
de bens e obras dos usuários do Sistema Integrado de Administração de Materiais e Serviços do Estado de Minas Gerais (SIAD-MG).
C - Resultados
 
1. Educação
O per�l municipal na dimensão Educação traça um panorama da educação do município considerando aspectos importantes que
tornam o sistema de ensino e�caz. Assim, é necessário saber a cobertura e o acesso ao sistema de ensino, o �uxo dos alunos entre as
séries, se as escolas conseguem garantir o aprendizado necessário a esses alunos e a formação dos docentes, atores importantes no
processo educacional. É necessário também conhecer os atuais níveis de escolaridade da população adulta, que re�etem não apenas
a condição do sistema atual de ensino, mas também do passado recente.
Para melhor compreensão do estado atual da educação no município, os dados serão comparados com a média geral do estado, com
o menor e maior valores do indicador entre os municípios do Estado, além de mostrar a evolução no período recente.
Em suma, o conjunto de indicadores selecionados fornece um panorama da educação do município, considerando que um sistema
educacional bom é aquele em que os indivíduos possuem acesso, aprendem e passam de ano. Dessa forma, poderá auxiliar na busca
pela melhora educacional.
1.1 – Acesso ao sistema de ensino
O acesso das crianças e jovens à educação básica é captado pela taxa de atendimento da educação básica. Esse indicador mostra a
proporção de pessoas nesta faixa etária que estão cursando algum estabelecimento de ensino em qualquer nível de ensino.
A taxa de atendimento na educação básica é a razão entre o número de matrículas de crianças e jovens de 4 a 17 anos de idade e o número total de pessoas nesta faixa
etária, multiplicada por 100.
Em 2017, 90,05%, das crianças e jovens de 4 a 17 anos em Sete Lagoas, estavam cursando a educação básica, ou seja, tinham acesso
ao sistema de ensino, independente se estavam ou não cursando a série adequada a sua idade. Este percentual é menor ao veri�cado
em 2013.
GRÁFICO 1.1: Taxa de atendimento na educação básica – Sete Lagoas – 2013/2017 FIGURA 1.1: Taxa de atendimento
da educação básica – Municípios
de Minas Gerais – 2017
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 21/67
1.2 – Fluxo no sistema escolar
Um sistema educacional e�ciente deve garantir não apenas o acesso das crianças e jovens como também que eles terminem seus
estudos na idade correta. Para captar a trajetória correta dos alunos entre as séries, o indicador utilizado foi a taxa de distorção idade-
série para os anos �nais (6º ao 9º ano) do ensino fundamental e para o ensino médio. A distorção do aluno entre a série cursada e a
idade adequada de cursá-la ocorre devido a problemas de retenção no sistema de ensino, seja por reprovação ou abandono.
Como a distorção idade-série é maior para os anos escolares mais avançados do sistema de ensino, não foi considerada a distorção
dos anos iniciais (1º ao 5º ano) do fundamental.
A taxa de distorção idade-série é a razão entre o total de matrículas de pessoas que estão cursando determinada série em idade superior à considerada ideal e o total de
matrículas na série em questão. Em um sistema educacional seriado, existe uma adequação teórica entre a série e a idade do aluno. No caso brasileiro, considera-se a
idade de 6 anos como a idade adequada para ingresso no ensino fundamental, cuja duração, normalmente, é de 9 anos. Seguindo este raciocínio é possível identi�car a
idade adequada para cada série. Este indicador permite avaliar o percentual de alunos, em cada série, com idade superior à idade recomendada.
Em Sete Lagoas, a taxa de distorção idade-série nos anos �nais do ensino fundamental apresentou queda entre 2013 e 2017,
passando de 21,40% para 15,70% . Este percentual indica que em 2017 havia 15,70% de alunos matriculados nesse nível de ensino que
possuíam idade superior à adequada.
No ensino médio, o percentual de alunos matriculados com idade superior à adequada foi de 22,40% em 2017. Observa-se que entre
2013 e 2017, a taxa de distorçãoidade-série nesse nível de ensino apresentou queda.
GRÁFICO 1.2: Taxa de distorção idade-série nos anos �nais do ensino fundamental e no ensino médio - Sete Lagoas – 2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
Fonte: FJP/IMRS.
2013 2017
0
20
40
60
80
100
93,24
90,05
100,00
36,48
90,05 
%
2013
2017
Anos finais do ensino
fundamental
Ensino Médio
14
16
18
20
22
24
21.40
23.00
15.70
22.40
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 22/67
1.3 – Formação docente
Atualmente há o reconhecimento da importância da capacitação do professor no processo de aprendizagem do aluno com destaque
para a sua valorização, formação e experiência de trabalho. A qualidade do ensino, nesse sentido, tem sido vista fortemente associada
à capacitação dos professores destacando seu impacto no rendimento da aprendizagem dos alunos. No Brasil, geralmente, quanto
maior a proporção de docentes com formação inadequada, menor é a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
Ademais, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da educação de 1996, estabelece a formação especí�ca de nível superior para os
pro�ssionais da educação.
Em Sete Lagoas,o percentual de docentes com curso superior no ensino infantil apresentou aumento entre 2013 e 2017, passando de
74,20% para 76,40%. Cabe destacar, que no caso da educação Infantil, a LDB permite a formação de nível médio na modalidade
Normal.
No ensino fundamental, o percentual de docentes com curso superior foi de 90,50% em 2013 e de 94,10% em 2017. Se considerarmos
apenas os anos iniciais desse nível de ensino, a proporção de professores com ensino superior passou de 83,30% para 91,30%. Já nos
anos �nais, apresentou aumento passando de 95,50% para 96,40%. No ensino médio, o percentual de docentes com curso superior foi
de 94,10% em 2013 e de 96,70%, em 2017.
GRÁFICO 1.3: Percentual de docentes com curso superior no ensino infantil, ensino fundamental, ensino fundamental anos iniciais e anos �nais - Sete Lagoas –
2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
FIGURA 1.2: Taxa de distorção idade-série dos anos �nais do ensino
fundamental – Municípios de Minas Gerais – 2017
2,70
52,80
15,70 
%
FIGURA 1.3: Taxa de distorção idade-série do ensino médio – Municípios de
Minas Gerais – 2017
3,30
65,50
22,40 
%
2013
2017
ens
ino 
infa
ntil
ens
ino 
fun
dam
ent
al a
…
ens
ino 
fun
dam
ent
al a
…
ens
ino 
fun
dam
ent
al
ens
ino 
mé
dio
70
75
80
85
90
95
100
74.2074.2074.20
83.3083.3083.30
95.5095.5095.50
90.5090.5090.50
94.1094.1094.10
76.4076.4076.40
91.3091.3091.30
96.4096.4096.40
94.1094.1094.10
96.7096.7096.70
FIGURA 1.4: Percentual de
docentes com curso superior no
ensino infantil – Municípios de
Minas Gerais – 2017
FIGURA 1.5: Percentual de
docentes com curso superior
ensino fundamental anos iniciais –
Municípios de Minas Gerais – 2017
FIGURA 1.6: Percentual de
docentes com curso superior
ensino fundamental anos �nais –
Municípios de Minas Gerais – 2017
FIGURA 1.7: Percentual de
docentes com curso superior
ensino fundamental anos iniciais
no ensino médio – Municípios de
Minas Gerais – 2017
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 23/67
Para analisar a formação do professor, também é utilizado o indicador de adequação da formação do docente, calculado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Ele classi�ca o docente segundo a adequação de sua formação
inicial a cada disciplina que leciona na educação básica, levando-se em conta as normatizações legais vigentes.
O Inep considerou as seguintes categorias de adequação da formação dos docentes em relação à disciplina que leciona: Grupo 1 - Docentes com formação superior de
licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona; Grupo 2 - Docentes com formação superior de bacharelado
(sem complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona; Grupo 3 - Docentes com formação superior de licenciatura (ou bacharelado com
complementação pedagógica) em área diferente daquela que leciona; Grupo 4 - Docentes com formação superior não considerada nas categorias anteriores e Grupo 5 -
Docentes sem formação superior.
Ensino infantil
Em Sete Lagoas , o percentual de docentes no ensino infantil com formação adequada (grupo 1) apresentou aumento entre 2013 e 2017, passando
de 53,00% para 54,30% .
GRÁFICO 1.4: Percentual de docentes por grupos de adequação de formação no ensino infantil - Sete Lagoas – 2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
Ensino fundamental, anos iniciais
Nos anos iniciais do ensino fundamental, no município de Sete Lagoas, o percentual de docentes com formação adequada, ou seja, com formação
superior de licenciatura (ou bacharelado com complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona, no ensino infantil apresentou
aumento entre 2013 e 2017, passando de 65,80% para 77,40% .
Á
100,00
0,00
76,40 
%
100,00
22,00
91,30 
%
100,00
24,20
96,40 
%
100,00
31,30
96,70 
%
2013
2017
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
0
10
20
30
40
50
60
53.0053.0053.00
0.400.400.40
17.0017.0017.00
4.30
25.3025.3025.30
54.3054.3054.30
0.800.800.80
17.3017.3017.30
6.906.906.90
20.7020.7020.70
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 24/67
GRÁFICO 1.5: Percentual de docentes por grupos de adequação de formação no ensino fundamental anos iniciais - Sete Lagoas – 2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
Ensino fundamental, anos �nais
Em Sete Lagoas, nos anos �nais do ensino fundamental, o percentual de docentes no grupo 1, ou seja, com formação superior de licenciatura (ou
bacharelado com complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona, no ensino infantil apresentou aumento entre 2013 e
2017, passando de 63,80% para 64,80% .
Á
2013
2017
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
0
20
40
60
80
65.865.865.8
2.32.32.3 11.1 3.83.83.8
17.017.017.0
77.477.477.4
2.12.12.1 9.3 2.02.02.0 9.2
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 25/67
GRÁFICO 1.6: Percentual de docentes por grupos de adequação de formação no ensino fundamental anos �nais - Sete Lagoas – 2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
Ensino Médio
Em Sete Lagoas, no ensino médio, o percentual de docentes no grupo 1, ou seja, com formação superior de licenciatura (ou bacharelado com
complementação pedagógica) na mesma área da disciplina que leciona, no ensino infantil apresentou queda entre 2013 e 2017, passando de
73,30% para 71,10% .
GRÁFICO 1.7: Percentual de docentes por grupos de adequação de formação no ensino médio - Sete Lagoas – 2013/2017
Fonte: FJP/IMRS.
2013
2017
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
0
20
40
60
80
63.8063.8063.80
3.203.203.20
24.6024.6024.60
4.004.004.00 4.404.404.40
64.8064.8064.80
3.003.003.00
24.6024.6024.60
5.20
2.402.402.40
2013
2017
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
0
20
40
60
80
73.3073.3073.30
2.102.102.10
12.9012.9012.90
6.10
5.605.605.60
71.1071.1071.10
6.00
14.1014.1014.10
6.306.306.30
2.502.502.50
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 26/67
1.4 –Qualidade do ensino ofertado
Outro aspecto importante para ser investigado é a qualidade da educação, tanto no que tange ao maior aprendizado das crianças e
jovens como também da melhora do �uxo escolar. Um sistema de ensino de qualidade é essencial para garantir uma maior qualidade
de vida da população, propiciando o desenvolvimento do indivíduo para o exercício da cidadania e do trabalho. A qualidade do
sistema de ensino foi medida pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) dos anos iniciais e �nais do fundamental, da
rede pública, fornecidos pelo INEP/MEC. Também foi utilizado um índice de qualidade calculado pela FJP com os dados do Programa
de Avaliação da Rede Pública de EducaçãoBásica de Minas Gerais (Proeb), quais sejam: Índice de Qualidade Geral da Educação (IQE),
Índice de Qualidade da Educação para o 9º ano do ensino fundamental e para a 3ª série do médio. A melhora nos indicadores de
qualidade educacional é importante não apenas porque garante que os alunos estão aprendendo, mas também porque possui
impacto positivo na redução da reprovação e abandono escolar.
O Ideb é um indicador de qualidade calculado pelo Governo Federal que combina as notas das avaliações externas (Prova Brasil) com as taxas de aprovação. O seu
cálculo é bianual e se iniciou em 2005. A Prova Brasil é uma avaliação censitária bianual que avalia o desempenho nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática dos
alunos da 4ª série/5ºano e 8ªsérie/9ºano do Ensino Fundamental das escolas públicas das redes municipais, estaduais e federal. 
O Ideb varia de 0 a 10 e, quanto mais próximo de 10, melhor a qualidade da educação.
Entre 2015 e 2017, o Ideb de Sete Lagoas passou de 6,30 para 6,40, no caso dos anos iniciais do fundamental, e de 4,50 para 4,40, no
caso dos anos �nais desse nível de ensino.
O grá�co abaixo mostra a evolução do Ideb desde a sua criação (2005) até o último ano disponível (2017). Neste período, Sete Lagoas
apresentou uma variação de 36.17% nos anos iniciais do ensino fundamental e 37.50% nos anos �nais.
Á Í
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 27/67
GRÁFICO 1.8: Índice da Educação Básica (IDEB) no ensino fundamental - Sete Lagoas - 2005-2017
Fonte: FJP/IMRS.
As Figuras 1.8 e 1.9 mostram as variações deste índice entre os municípios de Minas Gerais, permitindo situar Sete Lagoas.
No Índice de Qualidade da Educação, calculado pela Fundação João Pinheiro, Sete Lagoas obteve, em 2016, 0,35 no último ano do
fundamental e 0,26 na 3ª série do ensino médio.
O Índice de Qualidade Geral da Educação avalia conjuntamente a qualidade do ensino fundamental e médio. Em Sete Lagoas, entre os
anos de 2006 e 2016, ele passou de 0,37 para 0,41.
 
Os Índices de Qualidade da Educação consideram a pontuação na prova de matemática e língua portuguesa do Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação
Básica de Minas Gerais (Proeb) e a taxa de participação nessa mesma prova. Eles variam de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, melhor a qualidade da educação.
 
Á Í
Anos Iniciais
do EF
Anos Finais
do EF
2005 2007 2009 2011 2013 2015 2017
3
4
5
6
7
4,704,704,70
5,105,105,10
5,705,705,70 5,705,705,70
6,006,006,00
6,306,306,30 6,406,406,40
3,203,203,20
3,803,803,80
4,104,104,10
4,404,404,40
4,604,604,60 4,504,504,50 4,404,404,40
FIGURA 1.8: Índice da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental (anos
iniciais) -Municípios de Minas Gerais – 2017
8,10
3,70
6,40 
FIGURA 1.9: Índice da Educação Básica (Ideb) no ensino fundamental (anos
�nais) - Municípios de Minas Gerais – 2017
6,30
2,90
4,40 
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 28/67
GRÁFICO 1.9: Índice de Qualidade da Educação – Sete Lagoas - 2006-2017
Fonte: FJP/IMRS. 
Nota: Nos anos de 2015 e 2017 não foi aplicado o Proeb para a 8ª série/9º ano do EF.
A Figura 1.10 mostra a variação do Índice de Qualidade Geral da Educação entre os municípios de Minas Gerais, para o ano de 2016, permitindo situar Sete
Lagoas.
1.5 – Escolaridade
A escolaridade de uma população é resultante tanto dos avanços recentes dos investimentos em educação (maior acesso no sistema
de ensino e melhor �uxo entre as séries) quanto dos dé�cits passados (maior restrição ao sistema de ensino de parte da população).
Para captar esta dimensão será utilizada a proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com o ensino fundamental completo.
Em Sete Lagoas, em 2010, 59,56% da população de 15 anos ou mais possuíam o ensino fundamental completo. Esse percentual é
maior ao veri�cado em 2000, que foi de 44,19%.
Para efeito de comparação, em 2010, a proporção de pessoas de 15 anos ou mais com o fundamental completo em Minas Gerais era
de 52,1%. Nesse mesmo ano, a Figura 1.11 mostra o melhores e piores valores entre os municípios de Minas Gerais.
Á
Índice de
Qualidade
da
Educação
para 8ªsérie/
9ª ano EF
Índice de
Qualidade
da
Educação
para 3ª do…
Índice de
Qualidade
Geral da
Educação
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
0.25
0.30
0.35
0.40
0.45
0.50
0.55
0,350,350,35
0,370,370,37
0,340,340,34
0,350,350,35
0,450,450,45
0,440,440,44 0,440,440,44
0,390,390,39 0,390,390,39
0,350,350,35
0,270,270,27
0,290,290,29
0,330,330,33
0,310,310,31
0,420,420,42
0,380,380,38
0,370,370,37
0,300,300,30
0,320,320,32
0,270,270,27
0,260,260,26 0,270,270,27
0,370,370,37 0,370,370,37
0,400,400,40 0,400,400,40
0,510,510,51
0,490,490,49
0,500,500,50
0,420,420,42
0,430,430,43
0,410,410,41
0,62
0,21
0,41 
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 29/67
GRÁFICO 1.10: Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com ensino fundamental completo – Sete Lagoas - 2000-2010
Fonte: FJP/IMRS.
2000 2010
0
20
40
60
80
100
44,19
59,56
FIGURA 1.11: Proporção de pessoas de 15 anos ou mais de idade com ensino fundamental completo - Municípios
de Minas Gerais - 2010
69,89
17,85
59,56 
%
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790 30/67
 
 
2. Saúde
O per�l municipal na dimensão Saúde busca captar o estado de saúde da população e o acesso às ações e aos serviços de saúde no
município, situando-o relativamente aos vinte e cinco por cento com os menores valores (quartil 1) e aos vinte e cinco por cento com
os maiores valores (quartil 3) dentre os municípios do estado.
Taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis na população de 30 a 69 anos
As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) representam a maior carga de morbimortalidade no Brasil. As principais DCNT são:
doenças cardiovasculares, neoplasias, doenças respiratórias crônicas e diabetes.
Entre 2014 e 2017, a taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis na população de 30 a 69 anos em Sete Lagoas,
passou de 189,12 por 100 mil habitantes para 270,90 por 100 mil habitantes. 
A Figura 2.1 mostra a posição de Sete Lagoas em relação aos vinte e cinco por cento menores valores (Quartil 1) e aos vinte e cinco por
cento maiores valores (Quartil 3) desse indicador no estado, em 2017.
Taxa de mortalidade por câncer de colo de útero na população feminina
Reduzir a mortalidade por esse tipo de câncer constitui um dos objetivos do SUS que, para tanto, tem buscado ampliar as ações de
prevenção e de detecção precoce.
Entre 2007 e 2017, a taxa de mortalidade por câncer de colo de útero na população feminina em Sete Lagoas passou de 3,79 por 100
mil habitantes para 1,66 por 100 mil habitantes. 
A Figura 2.2 mostra a posição de Sete Lagoas em relação aos vinte e cinco por cento menores valores (Quartil 1) e aos vinte e cinco por
cento maiores valores (Quartil 3) desse indicador no estado, em 2017.
FIGURA 2.1: Taxa de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis na população de 30 a 69 anos –
Municípios de Minas Gerais - 2017
0,00
753,67
270,90 
por 100 mil
habitantes
 
Em 2011, o Ministério da Saúde
lançou seu Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento
das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis, enfatizando ações
populacionais para o controle do
fumo, da inatividade física, da
alimentação inadequada e do uso
prejudicial do álcool.
FIGURA 2.2: Taxa de mortalidade por câncer de colo de útero na população feminina – Municípios de Minas Gerais
- 2017
 
O câncer de colo de útero, quando
detectado precocemente, tem
ampla possibilidade de cura. A
estratégia utilizada nas últimas
décadas, em diversos países, para
a detecção precoce deste câncer e
suas lesões precursoras é a
realização do exame
citopatológico de Papanicolau.
24/09/2020 IMRS - Perfil Municipal - Sete Lagoas
imrs.fjp.mg.gov.br/Perfil/PerfilMunicipal?id=790

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