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Direito Financeiro Aplicado
Aula 1 - Introdução ao estudo do Direito
Financeiro
INTRODUÇÃO
O Direito Financeiro Aplicado é a disciplina jurídica que estuda o conjunto de regras e princípios que regulamenta a
obtenção de receita pública, a contabilização e o gerenciamento desses valores, assim como, os limites para a
realização de despesas públicas. Tudo isso como forma de garantir que o Estado atenderá as necessidades públicas
da sociedade.
É primordial delimitar que a ciência das finanças está direcionada ao caráter político, econômico e técnico da atividade
financeira do Estado.
É tarefa do Estado realizar o bem comum que vai se concretizar por meio das necessidades públicas. Exemplo: saúde,
educação, habitação, defesa nacional etc. Para Aliomar Baleeiro,  a atividade financeira do Estado consiste em obter,
criar, gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades cuja satisfação o Estado assumiu fazer ou cometeu a
outras pessoas de Direito Público.
São muitos os autores que discorreram sobre a autonomia do Direito Financeiro, porém ainda é grande a divergência.
Há quem defenda que o Direito Financeiro é mera divisão do Direito Administrativo, porém, a corrente mais aceita diz
que o Direito Financeiro tem sua autonomia didático-científica.
Falamos aqui que o estudo é autônomo e não independente, pois faz parte da Ciência Jurídica, uma vez que o Direito é
uno, mas é um ramo jurídico à parte, tanto que referenciado expressamente no artigo 24, inciso I, da Constituição da
República de 1988.
OBJETIVOS
Reconhecer as questões referentes ao conceito de Estado, Direito Público e, Direito Financeiro, histórico e evolução do
Direito Financeiro.
Analisar, a partir do conceito de Estado, o propósito do Direito Financeiro.
Interpretar a Constituição Federal quanto à atividade financeira do Estado.
CLASSIFICAÇÕES
O Direito é dividido de forma clássica em Direito Público e Direito Privado. Tal classificação é considerada equívoca por
alguns doutrinadores. Analisando que, em muitos casos, não é possível identificar a natureza jurídica do interesse em
questão, uma vez que todos estão interligados.
Para entender melhor o que significa essa classificação e qual é o seu alcance vamos verificar, a seguir, a definição de
Direito Público que compreende o Direito Financeiro.
O QUE É O DIREITO PÚBLICO?
O Direito Público é o ramo do Direito composto pelas normas que têm por matéria interesse do
Estado, tais como a função e organização, a ordem e segurança, a paz social etc.
Tais normas regulam as relações entre o Estado e os particulares, visando sempre à concretização do
interesse público, conforme as previsões da lei.
O interesse público se concretiza por meio da atuação da
Administração Pública, com a organização e prestação dos
serviços públicos e utilização de recursos financeiros
públicos.
A compreensão desse conceito é de suma importância para o início dos nossos estudos e para o entendimento da
disciplina Direito Financeiro Aplicado.
O Direito Financeiro surge simultaneamente com a criação do Estado Moderno, principalmente junto com o Estado
Liberal. Assim como o Direito Constitucional, as relações entre o Estado e a sociedade precisavam ser organizadas e
disciplinadas de modo a garantir o interesse público.
Mas, afinal: qual a relação do Direito Financeiro com os
outros ramos do direito?
O Direito Financeiro se relaciona com outros ramos do Direito, como se segue:
Direito Constitucional
Vários institutos, regras e princípios do Direito Financeiro, se encontram no texto
constitucional em vigor (Constituição Federal), e a forma de se interpretar a Constituição se
aplica a ele.
Direito Administrativo
O Direito Financeiro nasceu do Direito Administrativo isso faz com que as duas matérias não
sejam totalmente independentes, pois, a existência de instrumentos de Direito
Administrativo, que serve ao Direito Financeiro, cria um elo entre elas. Exemplos: empenho
(ato pelo qual o administrador concretiza a despesa pública); receita pública (objeto de
arrecadação por meio de ato administrativo).
Direito Tributário
Surgiu do Direito Financeiro. O objeto deles é comum: o estudo do tributo. Enquanto o Direito
Financeiro o estuda na visão macro, o vê como uma das receitas do Estado, o Direito
Tributário o estuda em sua acepção científica; são aplicados aos dois os mesmos
princípios.
Direito Penal
Vários aspectos da atividade financeira do Estado estão tipificados no código penal e em
leis extravagantes (peculato, lavagem de dinheiro, leis de responsabilidade fiscal).
Direito Civil e Comercial/Empresarial
Na atividade financeira do Estado são utilizados institutos do Direito Civil e
Comercial/Empresarial para a obtenção de receitas públicas de forma subsidiária.
Direito Processual
O processo administrativo, civil e penal serão instrumentos de concreção do Dir. Financeiro.
Instrumentalização dos institutos do Direito Financeiro.
Direito Internacional Público
Quando tratado internacional for criado cujo objeto tenha relação com Direito Financeiro:
despesa, receita, orçamento, dívida ou crédito público. Dívida é o assunto mais comum.
Comentario
, A Constituição adotou, como forma de governo, o federalismo, que é a união dos estados. O Brasil é
Estado Federal, soberano, dotado de personalidade jurídica de direito público internacional, composto
de Estados federados. Estes gozam de autonomia, ou seja, um autogoverno regido pela Constituição.
Quanto à evolução, o liberalismo entendia que tudo era do indivíduo, pugnava pelo livre comércio e não admitia a
intervenção do Estado no domínio econômico, podendo se socorrer de empréstimos em caráter excepcional para fazer
face às despesas de guerra.
A partir do final do século XIX começou a ocorrer um alargamento das atribuições do Estado, que deixou sua posição
de mero expectador do que ocorria no domínio econômico e nele passou a intervir, tendo por principais consequências:
FONTES DO DIREITO FINANCEIRO
As fontes formais do Direito Financeiro são as normas jurídicas que têm por conteúdo a regulação da atividade
financeira do Estado e se divide em: fontes formais primárias e fontes formais secundárias.
• Fontes formais primárias
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide1.jpg
Grandes oscilações que passavam a economia.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide2.jpg
Crises provocadas pelo desemprego.
galeria/aula1/img/slidertransicao/slide3.jpg
Efeitos das descobertas científicas.
As fontes formais primárias são aquelas normas jurídicas que inovam o sistema jurídico. São fontes formais primárias
do Direito Financeiro:
Constituição
Estipula os princípios gerais sobre o orçamento, as fontes de captação de receitas públicas
e os limites da despesa pública, além de se prescrever quais serão as competências
administrativas e legislativas no campo da atividade financeira.
Lei complementar
Haja vista existirem vários dispositivos constitucionais que a exigem na esfera do Direito
Financeiro (exemplo: artigos 161, 163, 165, § 9º, 169).
Lei ordinária
É a fonte mais utilizada no Direito Financeiro. Como exemplos de leis ordinárias, em matéria
financeira, temos a Lei 4320/64 que estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para
elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e
do Distrito Federal e temos as leis orçamentárias anuais (LOAs), as leis de diretrizes
orçamentárias (LDOs) e os planos plurianuais (PPAs), conforme o artigo 165, incisos I, II e III,
da CF/88.
Resoluções do Senado
Importância no que se refere à suspensão da execução, no todo ou em parte, de lei ou de
decreto declarados inconstitucionais por decisão do Supremo Tribunal Federal.
Tratados e convenções internacionais
Assinadas pelo Poder Executivo, revogam ou modificam a legislação financeira interna e
serão observadas pela que lhes sobrevenha. Transformam-se em fontes do Direito
Financeiro, após sua aprovação pelo Congresso Nacional, por Decreto Legislativo.
Medida Provisória
É fonte do Direito Financeiro, mas com limites,uma vez que o artigo 62, § 1º, inciso I, alínea
“d”, da CF/88, proíbe a sua utilização em matéria orçamentária, com exceção dos créditos
extraordinários. Assim, a medida provisória poderá ser utilizada em temas de crédito
público, despesa pública e receita pública, desde que não envolva dispositivos tipicamente
orçamentários.
• Fontes Formais Secundárias
As fontes formais secundárias têm como função auxiliar a tarefa das fontes formais primárias, e são, assim, normas
meramente complementares. São exemplos de fontes formais secundárias do Direito Financeiro:
Decretos regulamentares
Atos do Poder Executivo baixados com fim de dar cumprimento às leis financeiras quando
estas não são autoexecutáveis. Eles estão totalmente vinculados à lei anterior, portanto não
podem criar ou inovar o que a lei não estabeleceu. Temos como exemplo o Decreto de
Programação Orçamentária e Financeira que é editado em todo início de cada exercício
financeiro, para garantir a execução da Lei Orçamentária Anual.
Saiba Mais
, Em Direito Financeiro, toda lei nacional, isto é, aplicável à União, aos estados e aos municípios deverá
ser uma lei complementar., , O Direito Financeiro estuda o ordenamento jurídico e financeiro do Estado
e regula a atividade financeira do mesmo, sob o ponto de vista jurídico, com foco em:, , • Políticas
públicas e necessidades públicas;
• Princípios constitucionais;
• Despesas públicas;
• Orçamento e crédito adicional;
• Controle orçamentário., , Não faz parte do direito financeiro:
• Tributos;
• Câmbio;
• Moeda., , Faz parte do direito financeiro:
• Receitas não tributárias;
• Despesas;
• Orçamento;
• Controle pelo Tribunal de Contas;
• Responsabilidade fiscal., , Objeto
É a própria atividade financeira do Estado, cujos quatro elementos são:
• Receita;
• Despesa;
• Orçamento e;
• Crédito público.
DIREITO FINANCEIRO X DIREITO TRIBUTÁRIO
Tanto o Direito Tributário como o Direito Financeiro estão intimamente ligados à atividade financeira do Estado.
Fonte da Imagem:
É importante destacar que o Direito Financeiro estuda a atividade financeira como um todo, de forma que seria esta
uma grande área onde um dos seus tópicos seria o Direito Tributário, visto que seu objeto material é tão somente a
tributação.
Fonte da Imagem:
Assim sendo, o Direito Tributário versa sobre uma parcela da estrutura econômica do estado (relações tributárias),
enquanto o Direito Financeiro se incumbe de toda e qualquer atividade financeira estatal que envolva dinheiro, ou seja,
orçamento, tributos, receita, relações econômicas etc.
Fonte:
Nesse sentido, pode-se dizer que o Direito Financeiro regula a atividade financeira e orçamentária do ente público,
enquanto o Direito Tributário se delimita às arrecadações de tributos em seus aspectos de criação, arrecadação e
fiscalização, bem como as relações jurídicas derivadas.
Além disso, podemos analisar esses dois ramos do Direito sob a óptica do bem comum X interesse privado.
BEM COMUM X INTERESSE
PRIVADO
• O Direito Financeiro busca a melhor utilização dos recursos arrecadados em prol do bem comum.
• Visa à satisfação de necessidades públicas pelo Estado.
• O Direito Tributário, por vezes, é vinculado a uma ideia individual, de retirada de dinheiro do bolso privado.
• Busca limitar a arrecadação.
Alguns dos mais importantes princípios do Direito Financeiro são:
E QUAIS AS LEGISLAÇÕES MAIS IMPORTANTES QUE UTILIZAREMOS
NO DECORRER DO NOSSO CURSO?
Embora existisse a controvérsia de que o controle interno não havia sido regulamentado antes da vigência da Lei de
Responsabilidade Fiscal, registra-se a seguir sua cronologia:
ATIVIDADE PROPOSTA
Qual é a finalidade do Estado? Exemplifique.
Resposta Correta
1964 — Marco inicial do controle interno quando a Lei n. 4.320/64, Lei Federal contendo normas
gerais de Direito Financeiro, criou as expressões Controle Interno e Controle Externo. A norma instituiu
o controle interno no âmbito da Administração em seus artigos. 76 a 80.
1967 — O Decreto-Lei n. 200/67 prevê a atuação do controle das atividades da Administração Federal
em todos os níveis e em todos os órgãos, para fiscalizar a utilização de recursos e a execução de
programas. Com o advento da Constituição Federal de 1967, consolida-se a atividade de fiscalização
da gestão dos recursos públicos.
1988 — A Constituição Federal de 1988 traz a grande novidade: a criação do Sistema de Controle
Interno que deve ser mantido, de forma integrada, por cada Poder da Federação (Legislativo,
Executivo e Judiciário). Preceitua-se que uma das funções atribuídas aos responsáveis pelo Controle
Interno é a de apoiar o Controle Externo no exercício de sua missão institucional, dando ciência ao
Tribunal de Contas de qualquer irregularidade ou ilegalidade observada na gestão dos recursos
públicos, sob pena de responsabilidade solidária (art. 70 e art. 74, IV, § 1º - CF/88). Observa-se que as
atribuições de fiscalização e controle já não são mais exclusivas do Controle Externo (exercido pelo
Poder Legislativo, com o auxílio do Tribunal de Contas), mas também do Controle Interno de cada
Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário).
1989 — A exemplo da Constituição Federal, a Constituição Estadual prevê que a fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos poderes/órgãos e de todas as entidades da
administração direta e indireta, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade,
assim como a aplicação das subvenções e a renúncia de receitas, será exercida pelo Poder
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno que, de forma
integrada, serão mantidos pelo próprio poder e a entidade envolvida (artigos. 73, §1º inciso I, 74 e 81).
2000 — A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), Lei Complementar n. 101/2000, prevê a
obrigatoriedade da participação do responsável pelo controle interno nos relatórios de gestão fiscal
(controles de limites de despesas, empenhos e dívidas — artigo. 54, parágrafo único e art. 59).
EXERCÍCIOS
1. Relacione a coluna de cima com a coluna de baixo e marque a alternativa correta:
A. Pertence ao Direito Financeiro
B. Não pertence ao Direito Financeiro
1. Moeda ( )
2. Despesa ( )
3. orçamento ( )
4. Controle pelo Tribunal de Contas ( )
5. Tributos ( )
6. Câmbio ( )
7. Responsabilidade Fiscal ( )
8. Taxas ( )
a) 1(B); 2(A); 3(B); 4 (A); 5 (A); 6 (B); 7 (B); 8 (A)
b) 1(A); 2(A); 3(B); 4 (A); 5 (A); 6 (A); 7 (A); 8 (A)
c) 1(B); 2(A); 3(A); 4 (A); 5 (B); 6 (B); 7 (A); 8 (B)
d) 1(A); 2(B); 3(A); 4 (A); 5 (B); 6 (A); 7 (B); 8 (A)
Justificativa
2. Qual o princípio que determina que o orçamento será executado dentro do ano civil, no caso do Brasil, 1º de janeiro a
31 de dezembro?
a) Moralidade
b) Anualidade
c) Publicidade
d) Eficiência
e) Transparência
Justificativa
3.Qual a função das fontes formais secundárias do Direito Financeiro?
Resposta Correta
Glossário

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